MARKETING, INTERNET E O COMPORTAMENTO DO E- …
Transcript of MARKETING, INTERNET E O COMPORTAMENTO DO E- …
MARKETING, INTERNET E O
COMPORTAMENTO DO E-
CONSUMIDOR
Yohans de Oliveira Esteves
(LATEC/UFF)
Resumo O presente artigo tem como objetivo apresentar e analisar o
comportamento do consumidor no e-commerce, buscando identificar
seu comportamento no que se refere ao seu processo de decisão de
compra, analisando o crescimento do número de pessooas conectado a
Internet e identificando motivos que levam os consumidores a
efetuarem suas compras on-line, captando, ainda, informações sobre
novas tendências de ações diante da inovação do comércio eletrônico.
O problema principal constituiu-se em apresentar quais as mudanças
os consumidores tendem a ter com uso da Internet. A coleta dos dados
foi realizada através de um questionário com dezesseis perguntas
fechadas e de múltipla escolha, disponível na Internet. Para análise
das respostas obtidas através do questionário, utilizou-se a
metodologia da análise de conteúdo temática. Os resultados apontam
para observar os motivos pelos quais os consumidores estão utilizando
a Internet, as maneiras que isto ocorre, a influência do comércio
eletrônico na vida das pessoas, as maneiras pelas quais as empresas
fazem seus negócios, e a forma pela qual os consumidores estão
obtendo uma maior satisfação durante o processo de decisão de
compra através da utilização da Internet.
Palavras-chaves: Comércio eletrônico. Comportamento do
consumidor. Internet. Online.
12 e 13 de agosto de 2011
ISSN 1984-9354
VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 12 e 13 de agosto de 2011
5
1. Introdução
Atualmente o estudo do Marketing e de suas técnicas tem sido fator preponderante dentro das
organizações, saber utilizar corretamente seus recursos e as novas tecnologias que emergem a
cada dia é fundamental e pode representar forte vantagem competitiva para quem as utiliza.
Os consumidores são influenciados por alguns fatores, tais como: culturais, pessoais, sociais e
psicológicos. Surge desta forma, a possibilidade de que tais características sejam trabalhadas
por meio do uso da internet, fazendo com que esta sirva de meio de comunicação entre o
consumidor e a empresa.
O presente artigo tem como área de interesse central o processo investigatório do Marketing, e
a partir desta área específica, o tema correlato escolhido é o comportamento do consumidor
frente ao novo conceito global do comércio virtual eletrônico. Desta forma, utilizando-se de
questões atuais, busca identificar fatores comportamentais destes consumidores e demonstrar
como os mesmos reagem em suas compras frente à facilidade proporcionada pelos meios
eletrônicos através da internet.
O objetivo deste artigo é comprovar se realmente existe uma tendência a mudanças de
comportamento quando os consumidores migram do ambiente tradicional de compras para o
virtual.
Pode-se observar claramente o crescimento do comércio eletrônico no Brasil e no mundo,
principalmente nos últimos tempos. Segundo Limeira (2007, p.15) “o Brasil é o quinto país do
mundo em número de usuários conectados na internet”. Desta forma, os consumidores são
bombardeados com informações praticamente instantâneas sobre os mais variados assuntos,
tornando-se mais exigentes e conscientes no que diz respeito as suas relações de consumo.
Quanto à metodologia a ser utilizada, e segundo a classificação de Vergara (2006), quanto a
seus fins, a pesquisa é do tipo descritiva e explicativa. O foco dos estudos descritivos está no
desejo de se conhecer uma comunidade, seus traços, características, seus problemas, seu
mercado. A pesquisa explicativa visa esclarecer os fatores que contribuem para a ocorrência
de determinado efeito ou, mesmo, determinam estas próprias ocorrências.
Quantos aos meios, a pesquisa é do tipo bibliográfica e de campo, caracterizando-se pela
análise de teorias existentes sobre marketing e o comportamento do consumidor.
2. Marketing
2.1. Evolução do Marketing
No início de sua existência na terra, ainda em sociedades primitivas, cada grupo social era
responsável pela produção e fornecimento de todos os recursos necessários a sua
sobrevivência. Evidentemente, à época, as necessidades e desejos de cada indivíduo eram
VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 12 e 13 de agosto de 2011
6
poucos, e os produtos destinados a saciar estes desejos estavam acessíveis a qualquer
indivíduo, sendo qualquer diferença e disputa resolvida basicamente pela lei do mais forte.
Ao longo do tempo as populações sofreram um acréscimo significativo em seu número de
componentes, como conseqüência houve a escassez de alguns produtos necessários a
sobrevivência dos indivíduos. A partir da revolução industrial, a comunicação tornou-se mais
difícil e os produtos passaram a ser apresentados e avaliados através do contato direto entre
fornecedor e comprador. Passou-se então a vender e distribuir o que já havia sido produzido.
Neste momento da história, o Marketing era visto e trabalhava de forma isolada, e os baixos
padrões de vida faziam com que o foco principal não fosse o atendimento aos desejos e
anseios do mercado. Os ambientes de negócios sofreram mudanças abruptas ao longo do
tempo, em grande parte produzidas pela globalização dos mercados mundiais, que exige das
empresas aprimoramentos constantes em todas as suas áreas de atuação.
Segundo a AMA (American Marketing Association), Marketing é o processo de planejar e
executar a concepção, a determinação do preço, a promoção e a distribuição de idéias, bens e
serviços a fim de criar trocas que satisfaçam metas individuais e organizacionais.
Para melhor entender o conceito de Marketing, Kotler e Armstrong (2007, p.4) nos dizem o
seguinte: (...) o Marketing é um processo administrativo e social pelo qual indivíduos e
organizações obtêm o que necessitam e desejam por meio da criação e troca de valor
com os outros. Em um contexto mais específico dos negócios, o Marketing envolve
construir relacionamentos lucrativos e de valor com os clientes. Assim, definimos
Marketing como o processo pelo qual as empresas criam valor para os clientes e
constroem fortes relacionamentos com eles para capturar seu valor em troca.
(KOTLER E ARMSTRONG, 2007, p.4)
Existem termos que permeiam a discussão sobre o Marketing, para Kotler e Armstrong (2007)
alguns destes termos são os seguintes: Necessidade, desejos, demanda, produtos, valor,
satisfação, qualidade, troca, transação, relacionamento e mercados.
Estes termos podem ser melhor entendidos tomando-se como base a figura a seguir, em que se
percebe a interação constante entre cada movimento relacionado aos conceitos principais do
Marketing.
VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 12 e 13 de agosto de 2011
7
Figura 1 – Conceitos Centrais de Marketing
Fonte: KOTLER e ARMSTRONG, 1998, p.4.
Para Mcdonald (2008, p.2), Marketing é um processo para:
1) definir mercados; 2) quantificar as necessidades dos grupos de clientes
(segmentos) dentro desses mercados; 3) determinar as proposições de valor para
atender a essas necessidades; 4) comunicar essas proposições de valor a todas as
pessoas da organização responsáveis por entregá-las e conseguir que elas cumpram
seu papel; 5) desempenhar um papel adequado na entrega dessas proposições de
valor (em geral, apenas comunicações); 6) monitorar o valor entregue.
Pode-se inferir, portanto, que a grande preocupação do Marketing consiste na percepção e
identificação das reais necessidades do cliente, fazendo com que todas as ações de uma
determinada empresa sejam direcionadas de forma a atendê-las. A partir ainda das
necessidades percebidas, o Marketing busca explorar e melhorar não somente os atuais
negócios da empresa, mas sim vislumbrar novas possibilidades e novos negócios no ambiente
externo ao da organização.
2.2. Comportamento de consumo
Existem algumas formas de classificarmos os consumidores, critérios como classe social e
situação financeira são apenas algumas delas. Para melhor entendimento acerca do
comportamento do consumidor, vejamos a citação abaixo:
É definido como atividades com que as pessoas se ocupam quando obtêm,
consomem e dispõem de produtos e serviços. Simplesmente falando, o
comportamento do consumidor é tradicionalmente pensado como o estudo de por
que as pessoas compram, sob a premissa de que é mais fácil desenvolver estratégias
para influenciar os consumidores depois que entendemos porque as pessoas
compram certos produtos ou marcas. (BLACKWELL; MINIARD; ENGEL, 2005, p.
6).
O consumidor apresenta-se como figura essencial para a existência do processo empresarial,
que consiste, basicamente, em um processo de troca. Nos anos posteriores a revolução
industrial, estes consumidores dispunham de pouquíssimas alternativas para a seleção de
produtos, rendendo-se ao chamado Marketing de massa que ditava a oferta. Ao longo do
tempo, a indústria e o comércio mudaram, e, a economia de escala aliada aos ganhos de
produção proporcionaram um aumento significativo da oferta de produtos. Durante este
processo fica nítida a evolução também dos consumidores, que passam a contar com mais
opções e mecanismos disponíveis para efetuarem suas aquisições.
As classes sociais variam independentemente do salário recebido por um indivíduo, Kotler
(1996) diz que estas classes sociais são divididas da forma mostrada no quadro a seguir.
VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 12 e 13 de agosto de 2011
8
Tipo da Classe Percentual % Características das classes
Alta – alta Menos de 1% Representada pela Elite Social
Consumo de jóias, antiquários, lazer..
Alta – baixa Aproximadamente 2% Pessoas que ganham altas rendas ou fortunas.
Adquirem símbolos de Status para si e para seus filhos.
Média – alta 12%
Preocupam-se com a carreira.
Galgam profissões como: advogados, cientistas e
professores universitários.
Média – baixa 30%
Preocupam-se com a respeitabilidade.
Representa em grande parte por “homens de escritório”,
“funcionários” e “operários especializados”.
Baixa – alta 35%
Homens trabalham em empregos manuais e mulheres
em casa.
Instrução escolar é apenas média.
Baixa – baixa 20%
Representa a camada mais baixa da sociedade.
Pessoas desta classe são consideradas pelas outras
classes como moradores de favelas ou “refugos”.
Quadro 1 – Tipos de Classes Sociais
Fonte: Adaptado de KOTLER, 1996, p.107.
2.3. Processo de decisão de compra
A partir do entendimento das classes sociais, é nítida a existência de uma diferenciação entre
ter e ser dentro de cada classe. Em grande parte, e na maioria das vezes, são estas
diferenciações que influenciam o poder de compra do consumidor. Acerca dos fatores de
comportamento dos consumidores, Kotler e Armstrong (2007) apresentam um modelo que
visa demonstrar os fatores psicodinâmicos internos e externos que atuam sobre o consumidor.
Figura 2 – Fatores de influência no processo de decisão de compra
Fonte: KOTLER E ARMSTRONG, 2007, p. 163.
Para Kotler e Keller (2007, p.112), o consumidor, por si só, é uma “caixa preta”, justamente
por carregar em seu histórico de vida, características que fazem dele um sujeito único. Essas
características podem ser descritas como influências que afetam o processo de consumo – elas
podem ser culturais, sociais e pessoais.
Os fatores culturais são os responsáveis por exercerem a maior e mais profunda influência
sobre os consumidores, estes fatores estão, basicamente, subdivididos em três: cultura,
subcultura e classe social.
Cultura é aquela referente aos aspectos gerais da realidade social, para Blackwell, Miniard e
Engel (2005, p.89), “a cultura como utilizada no estudo do comportamento do consumidor, se
VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 12 e 13 de agosto de 2011
9
refere a valores, idéias, artefatos e outros símbolos significativos que auxiliam os indivíduos a
se comunicar, interpretar e avaliar como membros da sociedade”.
No que diz respeito a subcultura, Kotler e Armstrong (2007, p.162) dizem que “cada cultura
consiste em subculturas menores as quais fornecem identificação mais específica e
socialização para os membros”. Logo, pode-se entender que são compostas pelas
nacionalidades, religiões, grupos raciais e regiões geográficas.
Já para Churchill e Peter (2000), a classe social consiste em distribuir a população em classes
seguindo critérios pré-estabelecidos. No Brasil, este critério está fundamentado em um
sistema de pontuação baseado na posse de bens de consumo durável, instrução do chefe da
família, além de outros fatores, como por exemplo, a presença de empregados domésticos.
Os fatores sociais constituem-se basicamente de grupos de referência, família, papéis e
posições que acabam por influenciar o comportamento do consumidor. Para Kotler e
Armstrong (2007) existem dois grupos de afinidade distintos, chamados de primários e
secundários.
O grupo primário tem sua constituição formada pela família, amigos, vizinhos e colegas de
trabalho. Já o grupo secundário constitui-se de religiões, sindicatos e profissões, aos quais
tendem a ser mais formais, exigindo, portanto, uma interação menos contínua.
Para Kotler e Armstrong (2007, p.122), existem quatro importantes fatores psicológicos que
influenciam o comportamento do consumidor durante seu processo de decisão de compra:
motivação, percepção, aprendizagem, crenças e atitudes.
Todas as pessoas, em geral, são motivadas por necessidades e desejos inesgotáveis. Alguns
destes desejos e necessidades envolvem seu bem estar físico outros estão relacionados à forma
com que o indivíduo se vê e se relaciona com os outros. Todas as pessoas sentem sede quase
que constantemente, porém, são motivadas a cada segundo a trocarem a água por um
refrigerante.
Sobre a motivação, Kotler e Armstrong (2007, p.121), afirmam que “motivo ou impulso é a
necessidade que está pressionando suficientemente para levar uma pessoa a agir”. Desta
forma, a motivação passa a ser a força motriz interna de cada indivíduo e que os impele a
ação.
Ao momento em que uma pessoa encontra-se motivada e pronta para agir dá-se o nome de
percepção. Sobre percepção, Kotler e Armstrong (2007, p.123) a definem como “o processo
pelo qual uma pessoa seleciona, organiza e interpreta as informações para formar uma visão
significativa do mundo”.
3. CONTEXTUALIZAÇÃO DA INTERNET
3.1. Evolução da Internet
VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 12 e 13 de agosto de 2011
10
Em seu trabalho Limeira (2007, p.15) nos informa que a preocupação com a informação
sempre foi uma constante em todo o mundo, principalmente em tempos de guerra.
Preocupados em estabelecer a liderança norte-americana em ciência e tecnologia na área
militar, no ano de 1957, em plena guerra fria, o departamento de defesa dos Estados Unidos
criou um projeto pioneiro e que iria causar grandes mudanças em todo o mundo.
Surge então a ARPANET – Advanced Research Projects Agency Network (Rede de Agências
de Projetos Avançados de Pesquisa da Defesa Americana). O principal e maior desafio estava
justamente em projetar uma rede que pudesse funcionar mesmo que uma de suas seções
parasse de funcionar. Já no início dos anos 80 a internet passou por uma série de mudanças
radicais em sua estrutura, todas as suas redes foram convertidas para protocolos baseados em
TCP/IP, pois a ARPANET acabara de se transformar em backbone1, que estabelecia a
comunicação física entre os principais sites da internet.
Nesta época a internet ainda estava começando e, portanto, seus números ainda eram bastante
inexpressivos, porém, seu crescimento se deu de forma gigantesca. No ano de 1981 os
computadores que hospedavam sites e estavam ligados a ARPANET eram apenas 230, já no
ano de 1986 chegaram ao surpreendente número de 2.308.
Evidentemente que a evolução ocorreu rapidamente, hoje à grande rede global conta com
milhões de computadores ligados a outros milhões de servidores espalhados por todo o
mundo, onde usuários compartilham informações digitalizadas a grandes velocidades, mesma
velocidade em que a rede cresce como um todo.
No Brasil a internet dá seu pontapé inicial na década de 80, aproximadamente no ano de 1989,
sobre este assunto Limeira nos diz o seguinte:
Em 1989, com o objetivo de implantar no Brasil uma rede de pesquisa que
interligasse as principais universidades, órgãos governamentais e não-
governamentais e instituições de pesquisa, o Ministério da Ciência e Tecnologia
formou um grupo composto por representantes do Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Financiadora de Estudos e
Projetos (FINEP), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo
(FAPESP), da Fundação Carlos Chagas de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de
Janeiro (Faperj) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul
(Fapergs), para discutir o tema. Como resultado, surgiu o projeto da Rede Nacional
de Pesquisa (RNP), lançado em setembro de 1989. [...] Entre os anos 1996 e 1998, a
RNP realizou melhorias em sua infra-estrutura, ampliando a capilaridade e
velocidade de suas linhas. Em outubro de 1997, a RNP deu inicio a terceira fase do
projeto denominada RNP2, que o objetivou o desenvolvimento de uma nova geração
de redes Internet, interligando todo o país numa rede acadêmica de alto desempenho
e conectando-se à iniciativa norte-americana Internet2. [...] (LIMEIRA, 2007, p. 24).
1 São operadores de telecomunicações que mantêm sistemas internos de elevadíssimo desempenho para comutar
os diferentes tipos de fluxos de dados (voz, imagem, texto, etc). Na Internet, numa rede de escala planetária,
pode-se encontrar hierarquicamente divididos, vários Backbones: os de ligação intercontinental, que derivam nos
Backbones internacionais, que por sua vez derivam nos Backbones nacionais.
VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 12 e 13 de agosto de 2011
11
O conteúdo multimídia é a grande fixação atual dos usuários da internet, isto se deve, em
grande parte, as altíssimas velocidades atingidas com o advento da banda larga. As ofertas de
produtos e serviços pela internet estão crescendo a olhos vistos, bem como outras
funcionalidades proporcionadas pela grande rede.
As empresas estão percebendo cada vez mais a utilidade de tecnologias como a transmissão
por videoconferência com qualidade de TV, telefonia IP e outros. Estas novas ferramentas
além de otimizar o tempo gasto nos procedimentos rotineiros da empresa também geram uma
economia considerável aos cofres das organizações.
A Internet tem se propagado em velocidade incrível no país, o pedido de registro de domínios
no site registro.br2 tem chegado a quantidade extraordinárias, e não param de crescer,
ajudando, desta forma, o crescimento no número de páginas Web existentes no Brasil.
Para uma melhor visão deste crescimento vemos abaixo um gráfico que demonstra o
crescimento do número de registros efetuados no período de 01/01/1996 até 05/03/2011.
Gráfico 1 – Crescimento de Domínios Registrado no Brasil
Fonte: Registro.br.
3.2. Comércio Eletrônico
Perder o dia na fila do banco para pagar uma simples conta, andar horas por livrarias a
procura de livros especializados sobre algum tipo de assunto, brigar por produtos no
supermercado do bairro, esses tipos de situação eram comuns até bem pouco tempo atrás.
Hoje é possível realizar estas mesmas atividades à velocidade de um clique, tornando tarefas
árduas em uma simples navegação pela internet, isso sem contarmos com a significativa
2 É comandado pelo órgão FAPESP, responsável por registro dos nomes de domínios e atribuir números IP
(endereços pelo qual um computador é identificado na Internet) no Brasil. Onde através do Registro.Br, uma
pessoa conectada à Internet consegue registrar no site http://registro.br um domínio brasileiro (.br).
VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 12 e 13 de agosto de 2011
12
diminuição dos custos. Este cenário representa uma revolução em nosso modo de vida,
quebrando barreiras e transformando conceitos e velhos hábitos.
Olhando pela ótica empresarial, o uso dos ambientes virtuais tem alterado significativamente
a forma pela qual as empresas realizam seus negócios no século XXI, esta revolução, embora
seja positiva, assusta pela velocidade a qual impõe ao nosso dia a dia com suas
transformações.
O comércio eletrônico tem como conceito qualquer forma de transação de negócio na qual as
partes interagem eletronicamente, ao invés de compras físicas ou contato físico direto. Logo,
fica evidente que todos os consumidores, empresas e governos estão envolvidos no processo
contínuo de mudança tecnológica.
A criação de novas tecnologias bem como a evolução de algumas já existentes serviram de
suporte para o crescimento e evolução do comércio eletrônico. Algumas delas merecem
destaque por sua importante contribuição neste processo evolutivo, as técnicas que garantem
segurança na transmissão de dados sigilosos pela rede e a técnica de Marketing personalizado
e direcionado ao consumidor alvo com novas formas de apresentar o produto são apenas
algumas delas.
3.3. Comportamento do consumidor na era da Internet
Os clientes que utilizam a Internet para efetuarem suas compras podem ser definidos como
consumidores eletrônicos. Este consumidor cibernético pode ter várias outras denominações
como, por exemplo, e-consumer, consumidor eletrônico, simplesmente consumidor, entre
outras.
Os consumidores têm a liberdade de visitar sites para busca de dados e comparações entre os
produtos, podem utilizar agentes inteligentes que atendem suas preferências, oferecendo
novas sugestões, e também contam com a facilidade de comunidades virtuais na Internet, as
quais transferem um grande poder de negociação aos consumidores.
Segundo Kotler e Armstrong (2007, p.131), a Difusão de inovações é classificada em níveis,
como mostrado no gráfico abaixo:
Figura 3 – Curva de adotantes
Fonte: Adaptado de KOTLER E ARMSTRONG, 2007, p.131.
Contudo, é necessário superar essas resistências dos consumidores as inovações tecnológicas,
pois os consumidores da nova economia criaram anticorpos. O que os profissionais de
VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 12 e 13 de agosto de 2011
13
Marketing devem fazer, é em vez de falar com as pessoas, fazer com que os mesmos falem
entre si, criando idéias que se espalhem como um vírus.
Para garantir a satisfação do consumidor, ou seja, uma avaliação pós-consumo positiva, assim
como dar prioridade à retenção dos atuais clientes em relação à conquista de novos
consumidores, devem ser seriamente considerada uma estratégia de Marketing on-line. Então,
é possível diferenciar um cliente dos outros, e, conseqüentemente, dar a ele o tratamento
personalizado que os concorrentes não oferecem.
3.4. Perfil do consumidor na Internet
Alguns fatores oferecem fortes contribuições para que efetuem compras on-line, um dos mais
representativos é definido pelo fato da diminuição constante do tempo disponível para
realização das diversas atividades do cotidiano. À medida que as horas trabalhadas pelos
membros da família aumentam, diminui, de forma proporcional, a quantidade de tempo
disponível para pesquisas e compras de produtos da maneira tradicional.
Segundo pesquisa realiza pela Câmarae-net, o perfil do consumidor levantado foi o seguinte:
A renda média familiar do e-consumidor é de R$3.900,00 e se divide da seguinte
maneira: Cerca de 37% tem renda familiar entre R$3.000,00 e R$8.000,00. Já, a
parcela com renda entre R$1.000,00 e R$3.000,00, também tem uma grande
participação no mercado, representando cerca de 31%. Do total de e-consumidores,
5% têm renda familiar menor que R$1.000, já 9% ganham mais de R$8.000 e 19%
preferem não dizer (mesmo assim, a maior parte dos que preferem não dizer a renda
são das camadas que têm um maior poder aquisitivo).
A parcela compreendida entre os 25 e 49 anos de idade é esmagadora maioria entre
os consumidores das lojas virtuais, sendo 71% da população que realiza compras
pela Internet. O estudo mostra também que apenas 1% dos consumidores tem até 17
anos e 12% têm entre 18 e 24 anos. Outros 12% têm de 50 a 64 anos e apenas 1%
tem mais de 65 anos. 2% preferiram não responder. Quando estimada a idade média
do consumidor das lojas virtuais encontramos um número entre 34 e 35 anos.
A grande maioria tem pelo menos nível superior completo (57%), sendo que 21%
possuem também uma pós-graduação.
Mais um dado sobre os consumidores das lojas virtuais é que os homens têm um
maior hábito de comprar pela Internet. Em média 60% das pessoas que costumam
comprar pela rede são do sexo masculino, contra 40% do sexo feminino. (Camarae-
net, 2009)
Nos últimos anos, a internet tem feito parte do cotidiano de grande parte das pessoas, e vem se
transformando em um dos principais meios de comunicação mundial. As formas de utilização
e a finalidade de uso de seus recursos variam de acordo com o perfil de cada usuário,
dependendo da necessidade e do momento em que se realizam os acessos.
A forma com que se identifica a utilização da internet se dá basicamente por meio do local de
acesso, como: residências, lan-houses, no local de trabalho, em aeroportos, na casa de amigos,
entre outros lugares. O tempo que cada usuário leva em seu acesso à internet também
representa um fator importante, ou seja, é importante observar a média de tempo que as
pessoas ficam conectadas à rede, utilizando as informações nela contidas.
Conseqüentemente, o usuário da Web está presente em dois ambientes, simultaneamente: o
ambiente físico imediato, em que ele esta presente; e o ambiente mediador da Web. Surge,
VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 12 e 13 de agosto de 2011
14
então, o conceito de tele presença, que vem a ser o grau em que o usuário se sente presente e
se envolve no ambiente da Web.
Portanto, para que a comunicação pela Internet se torne eficaz, é necessário que se crie um
ambiente agradável e que estimule a tele presença, isto é, um ambiente com abrangência
suficiente para que o usuário fique imerso e amplamente envolvido pela comunicação
propiciada.
4. ANÁLISE DE RESULTADOS DA PESQUISA
Visando subsidiar o presente artigo foi realizada uma pesquisa através de um questionário
contendo 16 perguntas sobre consumo e utilização da internet pelos consumidores. O
questionário continha perguntas fechadas e de múltipla escolha, disponível na Internet através
do site http://www.idmrj.org.br/yoh.
O período de levantamento das respostas foi do dia 10 de Dezembro de 2010 até 10 de
Fevereiro de 2011, alcançando opiniões no total de 108 pessoas sendo 61 respondentes do
sexo masculino e 47 do sexo feminino.
De acordo com os dados levantados 99% das pessoas costumam utilizar a Internet. Das 108
pessoas entrevistadas, 107 afirmaram utilizar a Internet, somente uma pessoa respondeu
afirmando não utilizar a Internet. Esta pessoa pode ser considerada segundo Kotler e
Armstrong (2007, p.131), não adotante, ou seja, pessoas que não utilizam determinados
serviços ou produtos, por não aderirem à difusão de inovações.
Gráfico 2 – Local de acesso mais utilizado
Fonte: O autor.
A partir do gráfico anterior, pode-se observar que das 108 pessoas que opinaram 69% utilizam
a Internet prioritariamente em suas casas, com isso observa-se que a maioria destas pessoas
possui computadores conectados na Internet.
A segunda opção de acesso à Internet, por ser um local onde as pessoas passam grande tempo
de suas vidas, foi o trabalho. Pode observar-se também a mínima quantidade de pessoas que
utilizam a Internet, seja na escola ou em universidades, bem como daquelas fazem uso de lan-
houses ou cyber cafés para efetuarem seus acessos. Esses resultados evidenciam o fato que
desde 2005 tem crescido de forma considerável e acelerada os números de conexões
residenciais na Internet.
Outro fator de extrema relevância para qualquer estudo a respeito do consumo e do
consumidor eletrônico, e em especial deste artigo, é o tempo que cada indivíduo leva
conectado diariamente a grande rede.
Das 108 pessoas entrevistadas, 51% afirmaram ficar na Internet por mais de 5 horas ao dia.
VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 12 e 13 de agosto de 2011
15
Gráfico 3 – Tempo médio conectado na Internet
Fonte: O autor.
Como se pode observar as facilidades de acesso e os novos recursos disponibilizados na
grande rede vem estimulando o acesso e a permanência dos usuários conectados a internet.
Por outro lado, este cenário somado às necessidades cada vez mais intensas dos consumidores
também vem contribuindo para o aumento do tempo de conexão. A internet permite que as
pessoas tenham acesso a um amplo e diversificado conjunto de opções e conteúdos para
navegação, esse fato torna possível sua utilização para os mais variados fins, desde diversão
até relacionamentos de trabalho.
Grande parte dos pesquisados (40%) utiliza a internet prioritariamente para pesquisas
diversas, já 25% delas utilizam para o trabalho e 13% deles priorizam o relacionamento e o
contato com amigos.
Gráfico 4 – Fins de utilização da Internet
Fonte: O autor.
De acordo com as escolhas apresentadas no gráfico, apenas 7% dos respondentes apontam a
internet como forma de se efetuar compras. No entanto Blackwell R. D. et al, (2005),
considera que as pessoas não entram na Internet pensando em comprar, mais sim obter
informações de um produto ou alguma coisa de sua necessidade, e acabam sendo
influenciadas através das propagandas expostas pelas empresas na Internet.
Em resumo, os resultados encontrados evidenciam o fato de como as pessoas estão se
comportando na Internet, o objetivo é o de entender se a utilização da internet e do comércio
eletrônico tem mudado ou não a forma com que as pessoas tomam suas decisões durante o
processo de decisão de compra.
VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 12 e 13 de agosto de 2011
16
Das 108 pessoas pesquisadas, 85% das pessoas responderam sim, ou seja, que o comércio
eletrônico tem mudado o comportamento das pessoas em seu processo de decisão de compra,
e apenas 15% de pessoas afirmaram negativamente.
Gráfico 5 – E-commerce no processo de decisão de compra do consumidor
Fonte: O autor.
Foi visto que o consumidor em seu processo de decisão de compra é influenciado pelos
fatores culturais, sociais, pessoais e psicológicos. De acordo com as repostas, apesar de os
consumidores sofrerem essas influências, a maioria concordou que o e-commerce está
ajudando para que os mesmos tomem suas decisões de forma diferenciada.
De acordo com a pesquisa, a grande maioria confirmou comprar pela Internet, sendo que 49%
destas pessoas somente para determinado tipo de produto e 25% em sites confiáveis. Outras
10% pensam em trocar mais sentem insegurança e 16% somente usa o comércio tradicional,
excluindo o comércio eletrônico.
Gráfico 6 – E-commerce e comércio tradicional no processo de decisão de compra
Fonte: O autor.
Desta forma observa-se que os consumidores estão optando pela compra on-line, pois 74%
confirmaram comprar pela Internet, e apenas 26% não compram, sendo que 10% já pensam
em trocar, mais ainda sentem insegurança, mas que brevemente acabarão vencidas com o
crescimento de meios de proteção e criptografias que estão sendo implantadas para transações
eletrônicas.
Do total de 108 pessoas, 75% já compraram e pretendem comprar novamente pela Internet,
apenas 3% dos respondentes afirmaram que nunca irão comprar pela Internet. Além disto,
19% das pessoas responderam que nunca compraram, mais pretende comprar um dia.
VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 12 e 13 de agosto de 2011
17
Gráfico 7 – Diferenças entre os que adotam a compra on-line e os que não adotam
Fonte: O autor.
Fica nítido a inclinação dos consumidores em aderir ao comércio eletrônico, seja pela
facilidade propiciada, seja simplesmente por acompanhar as inovações do novo milênio. A
internet e seus recursos vêm proporcionando aos consumidores o poder de confrontar
produtos e analisar seus recursos, funcionalidades, preço, entre outros. Estes recursos tem sido
de grande importância para o crescimento do e-commerce.
Praticamente todas as pessoas buscam informações do produto antes de comprá-los, e
somente duas afirmam não obter informações dos produtos. Além de entender se os
consumidores efetivamente buscam informações sobre os produtos aos quais desejam
adquirir, é importante também buscar entender quais os meios pelos quais estes consumidores
mais utilizam para obter informações antes de comprar um produto.
Gráfico 8 – Busca de informações, e onde
Fonte: O autor.
Conforme o gráfico anterior, 98% das pessoas confirmaram buscar informações antes de
comprar um produto, e ao mesmo tempo utilizam a Internet como meio de ferramenta para
esta busca. Pode-se entender que o consumidor esta cada dia mais procurando informações e
compra de produtos utilizando a Internet, fato este que vem comprovar um aumento do
comércio eletrônico no Brasil.
Com base nos resultados obtidos, pode-se ver que produtos pertencentes à classe dos
eletroeletrônicos, telefonia e informática lideram com folga o ranking dos produtos mais
adquiridos ou procurados dentro do ambiente virtual.
Estes produtos são responsáveis pela preferência de 58% do total de respondentes da
pesquisa. As outras categorias dividem o interesse dos consumidores eletrônicos, com
destaque apenas para a categoria de livros e DVD’s/CD’s que detém 19% da preferência dos
consumidores.
VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 12 e 13 de agosto de 2011
18
Gráfico 9 – Produtos mais procurados
Fonte: Próprio autor
Das 108 pessoas que opinaram 41% concordaram totalmente que o comércio eletrônico está
possibilitando que as empresas possam conhecer melhor as necessidades de seus clientes e,
portanto, vem mudando a forma com que estas empresas realizam seus negócios. Apenas uma
pessoa discorda totalmente, ou seja, é nítido que na visão das pessoas a internet tem não só
facilitado a maneira com que adquirem produtos, mas também a forma com que as empresas
buscam ofertá-los.
Como se pode observar, as respostas obtidas a partir dos dois questionamentos são bastante
parecidas, 39% dos respondentes concordam totalmente e 47% concordaram parcialmente que
a internet e o comércio eletrônico têm alterado de alguma forma o seu modo de vida, seja pela
facilidade proporcionada ou pelos recursos existentes.
Gráfico 10 – Mudanças na vida das pessoas e nos negócios das empresas com o crescimento do comércio
eletrônico
Fonte: O autor.
Conforme observado no gráfico abaixo, 76% das pessoas que opinaram, concordou que a
Internet tem contribuído para uma maior satisfação delas próprias enquanto consumidores.
Observa-se ainda que 16% que não discorda e nem concorda com a afirmativa, e apenas 8%
discorda sobre o aumento de satisfação do cliente através da utilização da Internet.
Gráfico 11 – Empresa, consumidor, e a internet como facilitador
Fonte: O autor.
5. CONCLUSÃO
VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 12 e 13 de agosto de 2011
19
Conforme apresentado, durante a evolução do consumo e do Marketing, o consumidor não
dispunha de muita variedade de produtos e marcas para sua escolha e as empresas não
conseguiam agradar por completo as necessidades das pessoas.
Com o crescimento de usuários e empresas conectados na Internet, surge o comércio
eletrônico. Esta nova ferramenta traz novos conceitos e usabilidades, possibilitando para as
empresas que estas criem suas lojas virtuais, tornando o acesso a seus produtos fácil e
democrático para todos. Por esta razão, vem crescendo o número de pessoas que estão
utilizando o método on-line para comprarem determinados produtos, pela versatilidade e
facilidade apresentada pela Web.
Com base nos resultados apurados com a pesquisa, fica sugerido que a internet e suas
ferramentas estão sim, influenciando o comportamento do consumidor durante o seu processo
de decisão de compra. Fatores como disponibilidade, comparação, facilidade e acessibilidade
tem sido fundamentais para que estes consumidores tornem-se cada vez mais exigentes e
criteriosos em suas compras.
Portanto, pode-se inferir que o comércio eletrônico realmente está mudando a maneira das
pessoas e das empresas realizarem seus negócios. De acordo com o objetivo da pesquisa
pode-se observar que os consumidores tendem a mudarem os seus comportamentos no
consumo, como também na forma de vida. Pois como foi demonstrado, a Internet é uma
ferramenta de extrema importância para o cotidiano, seja das pessoas, seja das empresas.
Observa-se que as empresas têm obtido bons resultados através da utilização de ferramentas
on-line, fazendo uso da Internet para obter conhecimento sobre o seu consumidor e suas
preferências. Por outro lado, pode também obter um confiável feedback sobre seus produtos e
serviços, aumentando o nível de conhecimento da empresa frente a seu mercado.
Com a utilização da internet as pessoas tendem a obter de forma mais ágil e ampla, vários
tipos de informações distintas acerca de todo o tipo de tema imaginável. Esta facilidade vem a
contribuir para formação de um consumidor consciente de seus direitos e necessidades, além
de mais atento a detalhes técnicos e a credibilidade de seus potenciais fornecedores.
Da mesma forma, é preciso que as empresas entendam este novo ambiente e busquem
soluções imediatas para que consigam satisfazer os anseios de seus atuais e potenciais
consumidores.
Neste contexto, ganham força os sites de relacionamentos em que as pessoas expõem sua vida
de forma voluntária, fornecendo poderosas informações sobre sua personalidade e
preferências. Estas informações devem ser exploradas ao máximo, já que podem proporcionar
uma significativa vantagem competitiva para as empresas que as utilizem, onde propagandas e
eventos podem ser direcionados somente ao público-alvo escolhido, poupando tempo,
dinheiro e sem cansar o consumidor.
Além disto, o e-commerce tornou-se muito mais do que somente um ponto de venda virtual,
ele pode ainda ser utilizado como ferramenta durante todo o ciclo de venda, que vai desde a
criação de uma demanda específica até a retenção do cliente na pós-compra. Agregando, desta
forma, não só clientes e empresas de varejo, mas também estas empresas com seus
fornecedores.
VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 12 e 13 de agosto de 2011
20
Referências
AMERICAM MARKETING ASSOCIATION (AMA). Definição de Marketing.
Disponível em: <http://www.marketingpower.com/AboutAMA/Pages/DefinitionofMaRk
eting.aspx>. Acesso em: 06 de Março. 2011.
BLACKWELL, R. D.; MINIARD, P. W.; ENGEL, J. F. Comportamento do Consumidor.
9ª ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005.
CÂMARA BRASILEIRA DE COMÉRCIO ELETRÔNICO. Perfil do consumidor on-line
no Brasil. Disponível em: <http://www.camara-e.net/_upload/perfil_e-consumidor.pdf>.
Acesso em: 06 de Março. 2011.
CHURCHILL, Gilbert A.; PETER, J. Paul. Marketing: criando valor para o cliente. São
Paulo: Saraiva, 2000.
GRUPO DE PESQUISAS EBIT. Perfil do e-consumidor.
Disponível em: <http://www.ebitempresas.com.br/perfil>. Acesso em: 18 de Nov. 2009.
KOTLER, Philip; KELLER, Kevin Lane. Administração de Marketing. 12ª ed. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2006.
KOTLER, Philip; ARMSTRONG, G. Princípios de Marketing. 12ª ed. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2007.
LIMEIRA, Tânia Maria Vidigal. E-Marketing: O Marketing na Internet com casos
brasileiros. São Paulo: Saraiva, 2007.
MCDONALD, Malcolm. Planos de Marketing: Planejamento e Gestão Estratégica. Rio de
Janeiro: Elselvier, 2008.
REGISTRO.BR. Estatística de Crescimento do Registro de Domínios no Brasil.
Disponível em: <http://registro.br/stat/all.html> . Acesso em: 06 de Março. 2011.
VERGARA, Sylvia Constant. Métodos de Pesquisa em Administração. 7ª. ed. São Paulo:
Atlas, 2006.