Materiais Ecológicos e Tecnologias Sustentáveis - Praticas e Aplicações
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Materiais Ecológicos e Tecnologias Sustentáveis para Arquitetura e
Construção Civil – Praticas e Aplicações
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Ecológico ou Sustentável?
O termo ecologia, cunhado pelo biólogo alemão Ernst Haeckel, em 1866, significa: “Relação dos seres vivos com o habitat ou meio ambiente natural”. Num ambiente urbano, criado e modificado pelo ser humano com o uso de maquinários e alta tecnologia, não se pode falar em relação direta com a Natureza, mas com um habitat formado pela mão humana. É inadequado, em se tratando de obras neste ambiente, falar-se de construção ecológica ou reforma ecológica.
A expressão/palavra que melhor se adequa à condição do homem
moderno é sustentável, conceito apresentado pela primeira vez em 1987, através do Informe Bruntland, da ONU – Organização das Nações Unidas, que definiu Desenvolvimento Sustentável como “aquele que permite fazer uso dos recursos naturais sem esgotá-los, preservando-os para as gerações futuras”. Aplicando o mesmo conceito, a definição mais correta para a construção com perfil moderno, urbano e industrial é Construção Sustentável.
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Sustentatibilidade (definição genérica) significa:
• exercer atividade econômica sem esgotar os recursos planetários, de forma a atender as necessidades das sociedades humanas contemporâneas (85% população mundial será urbana até 2027/ONU);
• desenvolver métodos ambientalmente corretos de produção e consumo, que garantam integridade dos ecossistemas e qualidade de vida dos seres vivos;
• estabelecer novos parâmetros de cidadania e convivência, que reduzam a pobreza, doenças e a fome e criem caminhos para uma sociedade mais harmoniosa e justa
Sustentabilidade não significa:
• Imobilidade ou visão ecológica purista, na qual a natureza deve permanecer intocada (visão impraticável no mundo moderno);
• rejeitar as boas conquistas do mundo moderno (indústrias, automóveis, tecnologias);
• retorno ao campo ou à vida mais natural, mas a compreensão de que é possível somar valores tradicionais à modernidade, de forma a usufruir dos seus benefícios em conjunto
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Conceito e teoria dos ecoprodutos
O que são ecoprodutos?
Produto ecológico é todo artigo de origem artesanal ou industrializada, de uso pessoal, alimentar, residencial, comercial, agrícola e industrial, que seja não-poluente, não-tóxico, benéfico ao meio ambiente e à saúde dos seres vivos, contribuindo para o desenvolvimento de um modelo econômico e social sustentável.
Termo usado pela primeira vez na Alemanha, no final dos anos 70, oriundo da agricultura orgânica.
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Paradigma atual
Produto convencional Preço Modo de produção visa lucro e competitividade.
Qualidade, durabilidade, vida útil Apresentação Especificações técnicas, Normas: NBRs, IS0 9001, IS0
14001, legislação corrente e ambiental Cliente visto como alguém que é o “produto” do
produto (deve ser ‘convencido’ e comprado)
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Ecoprodutos – Novo paradigma
Todos os benefícios do produto convencional + Desempenho sustentável
Definição correta: Produto Sustentável. Mais abrangente. Permite o uso sustentado dos recursos naturais (sem
esgotamento) Produto ético: ser humano e meio ambiente Saudável: não PVC, amianto, alumínio, solventes, COVs, outros Matérias-primas: fontes renováveis (orgânicos) ou reaproveitáveis
(terra), resíduos (agrícolas ou industriais), reciclagem e insumos de baixo impacto ambiental
ACV (Análise de Ciclo de Vida) Uso racional de energia e água Nenhuma, baixa emissão ou controle de geração e emissão de
poluentes ( gases, efluentes, resíduos sólidos, etc.)
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Uso de tecnologia agrega valor Ecoproduto é educativo Contribui para a consolidação do econegócio e do mercado verde Fabricados em escala industrial, atendem a demandas
crescentes Têm custo competitivo Retiram do meio ambiente resíduos que comprometem o uso do
solo, lençol freático, atmosfera e condições de saúde das comunidades
Atingem a população dos grandes centros urbanos, sem necessidade de ser usados apenas em áreas rurais ou com área verde disponível
Contam com normas (Brasil ainda não), especificação técnica, ensaios, testes e laudos
Valorizam o patrimônio do proprietário, investidores, outros Estimulam o uso de matérias-primas e soluções localizadas e
regionalizadas
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Tipos de Ecoprodutos
Perecíveis - produtos orgânicos não-transgênicos e alimentícios em geral, tais como hortifrutigranjeiros, laticínios, café, cereais e carne ‘verde’. A legislação européia de Selos Verdes não contempla estes produtos, que têm selos à parte;
Genéricos não-perecíveis – Manufaturados, prontos para uso, não- alimentícios ou farmacêuticos. Exs.: Telha solar, roupa de algodão orgânico, tijolo de solo-cimento, mini-estação de tratamento de água e esgoto, cosméticos não testados em animais, tintas naturais e ecológicas (à base de caseína, silicato de potássio), vernizes, móveis;
Tecnologias ambientais - Sistemas ou equipamentos que propiciam à indústria uma produção mais limpa. Ex.: Ozonizadores em substituição ao gás cloro para branqueamento de papel; plantas de tratamento de efluentes industriais.
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Tecnologias sustentáveis – Sistemas ou equipamentos de uso individual, unifamiliar ou para ambientes comerciais. Basicamente: uso, reuso e economia de água; sistemas para gestão de resíduos e poluentes; fontes de energia renovável para geração de energia (solar, eólica, biomassa, biodigestores, etc.)
Eco-smart tecnologies – Tecnologias eco-inteligentes: pequenos dispositivos utilizados para gestão e redução no consumo de energia elétrica e água (sistemas de fluxo duplo para descarga de vasos sanitários; controladores de vazão de água);
Exemplos de ecoprodutos para Arquitetura e Construção Civil: Mini-estações de tratamento de água e esgoto; Produtos base d’água em geral (tintas, colas, vernizes e outros), isentos de COVs (compostos orgânicos voláteis); Tubulações plásticas sem PVC (PP, PEAD, PEX)
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MATÉRIAS-PRIMAS
Ecoprodutos podem ser compostos por:
Matérias-primas naturais renováveis: de origem orgânica (vegetal ou animal). Exs.: Fibras naturais, tintas à base de caseína (proteína do leite de vaca), madeira, bambú, polímeros vegetais biodegradáveis (cana de açucar, amido de milho, caseína polimerizada).
Matérias-primas naturais não-renováveis: embora abundantes, não se renovam. Exs.: Terra, areia, pedra, rocha, argilas. Permitem reaproveitamento.
Materiais reciclados (vidro, plástico, metais, papel): são aqueles que não se decompõem ou se decompõem muito lentamente no meio ambiente, exigindo sua recolocação na cadeia (daí re-ciclagem) produtiva. Requerem processo industrial para sua transformação. Exs.: Telhas recicladas; plásticos reciclados; vidro e metais reciclados. Não confundir reciclável com reciclado. Não são considerados ecoprodutos materiais que, mesmo reciclados, resultam em graves problemas ambientais (alumínio e PVC).
Compósitos: materiais formados pela união de materiais de origem vegetal a produtos de origem sintética (plásticos). Exs.: chapas de polipropileno mecladas com sisal ou curauá.
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Identificação de Ecoprodutos
Informe-se sobre:
Matérias-primas (origem e natureza) Insumos (entram para composição final do produto). Agentes químicos
voláteis, resinas etc. Utilidade/finalidade Processo de fabricação/beneficiamento Ciclo de vida (do “berço ao túmulo”) Legislação – Não no Brasil. Só Anvisa (Associação Nacional de Vigilância
Sanitária) não permite uso de expressões como “ecologicamente correto” em produtos farmacêuticos/cosméticos
Prática ilegal corrente no país Rotulagem ambiental (quando existe) Nome/nomenclatura (nem sempre o produto é identificado por seus
benefícios ambientais)
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Conceitos gerais
Reciclagem: processo de transformação INDUSTRIAL de matérias-primas de difícil degradação no meio ambiente. Exs: vidro, plásticos, metais. Reciclar significa Recolocar no mesmo ciclo. Não confundir com reuso ou reutilização.
Reciclável: material que pode retornar ao ciclo produtivo após o fim de sua vida útil, com as mesmas aplicações ou não de seu uso original. Exemplos: plásticos (PET, PVC, PEBD, PS, ABS), vidros, metais e papéis reciclados. Importante: a reciclagem requer o uso de equipamento industrial específico. Ex.: PE de sacolas plásticas ou embalagens que são coletados e transformados em resina reciclada pelo processo de extrusão.
Reuso ou Reutilização: processo de reaproveitamento de material ou objeto que, finda a vida útil, pode ser empregado com outra finalidade, sem a necessidade de modificação por processos industriais (energia). Ex.: Materiais de demolição utilizados em uma nova obra; raspa de pneu ou areia de fundição usadas como sub-base de pavimentação.
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Tipos de reciclagem
• Reciclagem pós-consumo: resulta da reciclagem de produtos que foram consumidos e utilizados pelos indivíduos. Ë a de maior valor sócio-ambiental, uma vez que contribui para a retirada de lixo do meio ambiente, liberação de espaços em aterros sanitários, além de gerar emprego e renda à população carente, que coleta este material e o destina para sua remanufatura industrial.
• Reciclagem pós-industrial ou pré-consumo: resulta da coleta de material descartado dentro de processos industriais. Não chega a ser usado pelo consumidor.
Tipos de plásticos
Termoldáveis ou termoformáveis – Com uso de calor (prensagem, extrusão, injeção, outros), podem ser transformados nos mesmos ou em novos materiais. Há sete tipos de plásticos básicos que permitem reciclagem, identificados por numeração de 1 a 7. São eles: PET (1), PEAD (2), PVC (3), PEBD (4), PP (5), PS (6), Outros (7).
• Termo-rígidos - são aqueles que não se fundem e, depois de moldados e endurecidos, não podem ser reciclados. Exs.: Poliester, poliuretano, epóxis.
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Ferramentas para identificação
• Permitem identificar, escolher e especificar ecoprodutos e tecnologias sustentáveis
• Contribuem para minimizar os impactos ambientais da obra em todo seu ciclo de vida e para gerar construções sustentáveis, autônomas e responsáveis
• Devem ser empregadas de preferência antes da elaboração do projeto
Ferramentas
ACV SGAs ISO 14000/14001 Selo Verde/rotulagem ambiental Critérios e Parâmetros de Sustentabilidade (ver em Construção
Sustentável)
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ACV - Análise de Ciclo de Vida
Método para análise de sistemas de produtos e serviços, considerando os aspectos ambientais do berço ao túmulo,
estabelecendo vínculos entre esses aspectos e categorias de impacto potencial ligadas a consumo de recursos naturais,
saúde humana e ecologia.
Ciclo de Vida: expressão usada para referir-se a todas as etapas e processos de um sistema de produção de produtos ou serviços, englobando toda a cadeia de produção e consumo, considerando aquisição de energia, matérias-primas e produtos auxiliares; aspectos dos sistemas de transportes e logística; características da utilização, manuseio, embalagem, marketing e consumo; sobras e resíduos e sua respectiva reciclagem ou destino final.
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História
Crise do Petróleo (Opep) – 1973/74.
1974 - Coca-cola encomenda ao MRI (Instituto de Pesquisa do Meio Oeste) pesquisa sobre embalagens de vidro e de plástico (PET). Energia.
1985 – Ecobalance – Ferramenta européia para produção de alimentos, monitoramento do consumo de matérias-primas, energia e geração de resíduos na fabricação de seus produtos.
1991 - Ministério de Meio Ambiente da Suíça contrata estudo sobre materiais para embalagens, gerando um Banco de Dados referencial para outros estudos, inclusive a versão do primeiro software para ACV, o Ökobase I.
Norma ISO 14040: ACV é "compilação e avaliação de entradas e saídas (de matérias-primas e recursos energéticos) e impactos ambientais potenciais de um produto através de seu ciclo de vida".
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ACV - Etapas
Definição de objetivos: finalidade, dados a serem levantados.
Inventário – formação de um banco de dados com informações quantitativas de energia, matérias-primas usadas/necessárias, emissões e poluentes gerados, lançamentos no ambiente durante o ciclo de vida do produto, processo ou atividade.
Análise de impacto – Avalia os efeitos das cargas ambientais identificadas no inventário. Considera os efeitos sobre a saúde humana e meio ambiente.
Análise de melhoria – Avalia as necessidades e oportunidades para reduzir a carga ambiental associada à energia e matéria-prima utilizadas e às emissões de resíduos em todo ciclo de vida de um produto ou serviço.
Interpretação de resultados e tomada de decisões – Os resultados são avaliados e medidas corretivas são propostas, de forma a melhorar o desempenho sustentável de todo o processo.
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ACV encara meio ambiente como consumidor final ou 'cliente' que irá receber o produto.
Impactos ambientais são defeitos do produto ou de seu controle de qualidade e devem ser reduzidos.
Problemas ambientais resultam em desperdício por parte da empresa, ela se torna geradora de resíduos e perde em competitividade.
Aspectos considerados
Matérias-primas Processo produtivo Energia1 (energia incorporada/embodied energy) Energia2 (Análise do dispêndio de energia necessária para elaboração,
transformação e beneficiamento do produto) Água Poluentes (ar, água, terra, som) Resíduos Reciclagem ou potenciais de reuso Logística Embalagens
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Sistemas de Gestão Ambiental (SGAs)
Pós Rio-92 (Conferência Mundial para o Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente). Primeiras normas para Sistemas de Gestão Ambiental (também conhecidas como SGAs). 1a - BBS 7750, criada pelo BSI (British Standart Institution), na Inglaterra.
SGAs começam a ser implementados nas empresas, como indispensáveis ao processo produtivo (P+L).
ISO 14000
Em 93, ISO 14000, elaboradas pela ISO - International Standart Organization (Organização Internacional de Normatização), ONG sediada em Genebra, Suíça, com representação em 130 países. Representada no Brasil pela ABNT.
Em 94, a UE criou a EMAS - Esquematização de Gestão e Auditoria Ambiental, para todos os países membros (similar às Normas ISO).
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ISO 14001: É a descrição dos esforços empreendidos pelas empresas para resolverem ou administrarem problemas ambientais por elas mesmas gerados. A série das Normas que confere rótulos ambientais ainda não está vigente.
ISO 14001: Também documenta o destino que as empresas dão a seus resíduos (envio a aterros sanitários legalizados, área para separação e coleta de lixo reciclável etc.).
CUIDADO: Empresas que associam as Normas ISO à imagem de produtos “ecológicos”. É obrigatória para exportação para a Europa. Há empresas que utilizam insumos condenados com ISO 14001 no Brasil.
RESUMO
SGAs e ISO 14001 são ferramentas para a qualidade ambiental dentro das empresas, mas não representam um compromisso direto com a fabricação de produtos sustentáveis. São uma base importante, mas não servem de referência para identificar ecoprodutos. Na ausência de ecoprodutos, fabricantes com ISO 14001 são a opção possível de mercado.
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Comitê Técnico 207 – Gestão Ambiental
O que está implementado no Brasil, hoje:
Sistema de Gestão Ambiental (Sim) Auditoria Ambiental (Não) Rotulagem Ambiental (Não) Avaliação de Performance Ambiental (Não) Avaliação de Ciclo de Vida (Não) Termos e Definições (Não) Aspectos ambientais em Normas de Produtos (Não)
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Selos Verdes e Rotulagem Ambiental
Surgem na Europa, em 1978 - Anjo Azul, ex-Alemanha Ocidental. São de caráter voluntário e servem para identificar produtos inofensivos
ao meio ambiente para o consumidor Adotam critérios de avaliação bem definidos São técnicos e não de advertência (como “cigarro faz mal à saúde” ou
“produto reciclável”). Exigem acompanhamento, ensaios em laboratório e laudos
Garantem diferencial ao fabricante Na UE, servem de estímulo aos fabricantes Ferramenta de marketing às empresas IS0 14020 já contempla: princípios gerais de rotulagem e declarações
ambientais Objetivam criar uma cultura do ecoproduto. Ex.: Na Alemanha, 85% da
população conhecem o Anjo Azul e dão preferência a produtos com este selo.
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Principais Selos Verdes
Anjo Azul – Alemanha, 1977. Environmental Choice – Canadá, 1988 Cisne Branco – Países Escandinavos – 1988 Eco-Mark – Japão – 1989 Green Seal – EUA – 1990 NF Environnement - França – 1991 Eco-Mark – Índia – 1991 European Ecolabelling – 1992 AENOR Medio Ambiente – Espanha – 1993 ABNT – Qualidade ambiental – Brasil – (1995)
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Selos verdes: Brasil
Madeira – FSC (Forest Stewardship Council) – Imaflora – Amigos da Terra; Produtos orgânicos alimentícios (IBD/AAO); Chuveiros anti-incêndio (ABNT)
Resumo: Objetivo dos Selos Verdes é identificar produtos ambientalmente corretos para o consumidor e estimular seu uso e produção. Na ausência desses selos, busque informações junto a entidades com capacitação na área.
Não há rótulos ambientais no Brasil para ecoprodutos. Empresas costumam se autocertificar ou usar emblemas com símbolos e títulos como: Ecologicamente correto, Amigo do meio ambiente, etc.
DESCONFIE: Rótulos de auto-certificação como “Empresa amiga do meio ambiente”. Estes rótulos são conferidos pelas próprias empresas a si mesmas, as quais aplicam critérios baseados na defesa dos próprios interesses. Ex.: PVC, alumínio.
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Construção Sustentável e Construção Ecológica
Construção ecológica
Uso de materiais e recursos naturais regionais com baixo dispêndio de energia para extração e transformação (terra crua, adobes, bambú, madeira lavrada)
Integração do material e projeto com as características geográficas, regionais, locais realizada pelo(s) próprio(s) morador(es)
Comunidade usuária que não exceda a capacidade do próprio ecossistema de processar resíduos gerados (fossas, rios, solo, etc.)
Construção em área campestre, semi-urbana ou rural
Ausência de resíduos de origem sintética
Uso de resíduos locais (palhas) ou agrícolas
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Pequeno aporte de recursos tecnológicos para beneficiamento e transformação de matérias-primas (artesanal). Auto-tecnologia
Exs: Iglús, habitação indígena, casas de terra na Argélia e Marrocos
Habitações com excelente conforto térmico e acústico, sem poluentes internos ou circundantes
Necessidades econômicas resolvidas
Modelo planejado que mais se aproxima: Permacultura
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12/04/23 47Casa “Mano Alzada”
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Proyecto “Ciudad Alegoría”
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Proyecto “Ciudad Alegoría”
12/04/23 50Materno Infantil -Colegio Alemán
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Construção Sustentável
Design sustentável e projeto por profissionais da área
Aproveitamento passivo dos recursos bioclimáticos
Uso de materiais naturais ou não-naturais nos elementos construtivos, a depender da disponibilidade de material próximo à obra
Construção que resulte em baixo impacto ambiental para extração e processamento de matérias-primas (aço, cimento, cal, gesso, outros)
Uso de ecoprodutos em todas as instâncias da obra
Aplicação de sistemas e técnicas de gestão ambiental antes, durante e implantadas na obra final
Uso de materiais reciclados de origem urbana, industrial ou agrícola
Uso de resíduos incorporados na obra como produtos ou insumos (entulho de construção na forma de agregados, argamassa e blocos leves)
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Criação de área para coleta seletiva de lixo e compostagem de resíduos orgânicos
Uso de materiais naturais ou não-naturais para conforto térmico e acústico
Uso de materiais saudáveis para acabamentos e revestimentos (argamassas naturais, tintas ecológicas, vernizes isentos de COVs)
Controle dos poluentes voláteis (compostos orgânicos voláteis), presentes em tintas, thinners, vernizes, resinas e colas, e das MPs (matérias particuladas), como pós, fibras em suspensão etc.
Não-uso ou minimização de materiais como PVC, alumínio, chumbo, espumas à base de poliuretano, isopores etc.
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Uso de tecnologias sustentáveis para gestão e tratamento de água e esgoto (efluentes domésticos)
Uso de sistemas para aproveitamento de água de chuva
Uso de fontes renováveis para geração de energia elétrica (eólica, solar, biomassa, biodigestores, microhidrelétricas) ou racionalização no uso das energias existentes (hidrelétrica, outras)
Estudo de emissões e contaminações eletromagnéticas
Gestão dos resíduos gerados antes e durante a obra.
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SÍNTESE:
A Construção Ecológica permite a integração entre homem e meio ambiente, com um mínimo de alteração e impactos sobre a Natureza.
A Construção Sustentável promove intervenções sobre o meio ambiente, adaptando-o para as necessidades de uso, produção e consumo humano, com uso de modernas tecnologias e sem esgotar os recursos naturais.
Denominadores comuns: habitações que preservam o meio ambiente e buscam soluções locais para os problemas gerados.
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Critérios ou Parâmetros de Sustentabilidade
Critérios para avaliação da sustentabilidade de produto. São aplicados em países desenvolvidos, na área da construção. Formam a base da Agenda da Construção Sustentável (Espanha) e também são aplicados na Austrália. Avaliam: Matérias-primas; Processo produtivo; Energia (balanço); Água; Poluentes; Resíduos gerados; Ciclo de vida
Agenda da Construção Sustentável de Barcelona
* Produtos Aceitáveis (Baixo ou médio impacto ambiental)** Produtos Corretos (Reciclados ou que mesclem matérias-primas ecológicas com outras de baixo impacto ambiental)*** Produtos Recomendados (Ecologicamente mais adequados ou corretos)
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1) Instalações hidráulicas: Mecanismo de descarga para vaso sanitário Características e AplicaçõesCaixa acoplada para vaso sanitário. Descarga de 6 l. Conta com regulador de descarga, permitindo quantificar o fluxo de água. Dimensões: 348 mm X 355mm X 140mm (profundidade).
Parâmetros de Sustentabilidade Água: Permite economia de água
Certificações VerdesAnjo Azul - Umweltzeichen weil... Avaliação da Agenda da Construção Sustentável*** Recomendado
2) Protetor de madeiras: Preservante à base de sais de boro. Características e aplicaçõesProtege de fungos e insetos. Solúvel em água. Para revestimentos e vigas em ambientes úmidos. Para ambientes não expostos a intempéries.
Parâmetros de SustentabilidadeEmissões: Não contém Compostos Orgânicos VoláteisResíduos: Não contém residuos tóxicos ou perigososAvaliação Agenda da Construção Sustentável
*** Recomendado
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3) Pinturas: Pintura acrílica Características e aplicaçõesPintura acrílica
Parâmetros de Sustentabilidade Emissões: Baixa emissão de Compostos Orgânicos Voláteis (C.O.V.)Resíduos: Nível de resíduos tóxicos ou perigosos inferior ao mínimo normativoCertificacões VerdesEtiqueta ecológica da União Européia - EU-Ecolabel Avaliação Agenda da Construção Sustentável* Aceitável
Parâmetros de Sustentabilidade reúnem ACV e avaliações dos rótulos ambientais e os disponibilizam para o mercado da construção.
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Implantação de uma Obra Sustentável
IDHEA – Instituto para o Desenvolvimento da Habitação
Ecológica
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Construção e meio ambiente
CERF (Civil Engineering Foundation), ligada ao American Society of Civil Engineers (ASCE) dos Estados Unidos, estima que:
Construção Civil (CC) responde por 15 e 50 % do consumo dos recursos
naturais extraidos;
CC Consome cerca de 2/3 da madeira natural extraída e a maioria das florestas não têm manejo adequado;
1 tonelada de clinquer = 600 kg de CO2 emitidos;
CC maior gerador de resíduos. Valores internacionais oscilam entre 0,7 a 1 ton/habitante/ano
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Informe Bruntland/ONU – 1987
Construção sustentável é:
Aquela que, com especial respeito e compromisso com o Meio Ambiente, implica no uso uso sustentável da energía. [Casado, 1996];
Aquela que reduz os impactos ambientais causados pelos processos construtivos, uso e demolição dos edificios e pelo ambiente urbanizado [Lanting, 1996].
Um sistema que promove alterações conscientes em seu entorno, de forma a atender as necessidades de habitação humana, preservando o meio ambiente e qualidade de vida para usuários e gerações futuras. [IDHEA, 2003].
Construção sustentável
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Ferramentas para avaliação da obra sustentável
A maior parte dos países desenvolvidos conta hoje com ferramentas de avaliação e pontuação de obras consideradas sustentáveis. Entre as mais conhecidas estão:
• Agenda de la Construcción Sostenible (ES)• Athena – Sustainable Materials Institute• BEES – Building for Environmental and Economic Sustainability• BRE – Environmental Profiles• BREEAM UK – Building Research Establishment Environmental
Assessment Method (Método de Avaliação Ambiental do Organismo de Investigação da Construção), desenvolvido pela BRE/Building Research Establishment. Trata-se primeira ferramenta de avaliação e pontuação do mundo (LEED americano baseou-se no BREEM)
• BREEAM Canada• Bequest – Building Environmental Quality for Sustainability Through
Time• Crisp – Construction and City Related Sustainability Indicators
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Ecohome UKEco-effect (Suécia)Eco-Pro (Finlândia)Eco-Quantum (Holanda)Escale (França)Envest – Environmental Impact Estimating Design Software (Inglat.)Environmental Support SolutionsEquer (França)GbtoolGreen Building Assessment Tool – GBTool 1.3Green Building Rating System (Korea)Interactive Tools Survey (University of Weimar, Germany)International Association for Impact Assessments (IAIA)LCAid (Austrália)LEED – Leadership in Energy and Environmental Design (EUA)Nature Plus (Alemanha)
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Linhas-mestras da Construção Sustentável: Gestão da obra: Estudo de impacto ambiental; Análise de Ciclo de Vida
da obra e materiais; Planejamento Sustentável e Aplicação de Critérios de Sustentabilidade; Gestão dos resíduos na obra; Estudos de consumo de materiais e energia para manutenção e reforma; Logística dos materiais;
Aproveitamento passivo dos recursos naturais: iluminação natural, conforto térmico e acústico, formação e interferências no clima e microclima;
Eficiência energética: racionalização no uso de energia pública fornecida
e, quando possível, aproveitamento de fontes de energia renováveis, como eólica (vento) e solar; uso de dispositivos para conservação de energia
Gestão e economia da água: uso de sistemas e tecnologias que permitam
redução no consumo da água; uso de tecnologias que permitam o reuso e recirculação da água utilizada na habitação (fins não potáveis); aproveitamento de parte da água de chuva para fins não-potáveis e até potáveis (dependendo da região e do tratamento aplicado);
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Gestão dos resíduos gerados pelos usuários: criação de área(s) para coleta seletiva do lixo, destinação e reciclagem;
Qualidade do ar e do ambiente interior: criação de um ambiente saudável, respirante, não-selado/plastificado, isento de poluentes (tais como partículas em suspensão, COVs/ compostos orgânicos voláteis), com uso de materiais biocompatíveis, naturais e/ou que não liberem substâncias voláteis;
Conforto termo-acústico: uso, se preciso for, de tecnologias eco-inteligentes para regular a temperatura e som compatíveis com o ser humano; umidade relativa do ar adequada
Uso de ecoprodutos e tecnologias sustentáveis para todas as instâncias da obra
Não-uso ou redução no uso de materiais condenados na Construção Sustentável, como PVC, amianto, chumbo e alumínio, dentre outros.
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CaracterísticasEdifícios sustentáveis:
Consumir mínima quantidade de energia e água na implantação da obra ao longo de sua vida útil;
Uso de matérias-primas ecoeficientes (cuja obtenção não cause/causou agressão ao meio ambiente, que sejam renováveis, recicláveis e, quando possível, desmontáveis);
gerar mínimo de resíduos e contaminação ao longo de sua vida (durabilidade e reciclabilidade);
utilizar mínimo de terreno e integrar-se ao ambiente natural;
adaptar-se às necessidades atuais e futuras dos usuários;
criar um ambiente interior saudável (free VOCs/COVs) [Lanting, 1996].
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Implantação do edifício sustentável
1. Escolha do local Análise de Ciclo de Vida
2. Planejamento Design sustentável
3. Construção 4. Uso 5. Manutenção e adequação 7. Reforma 8 Demolição
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ACV: avaliação de produtos e serviços do ponto de vista do meio ambiente com relação a extração, beneficiamento e uso de matérias-primas; energia e água; emissão de poluentes, geração de resíduos e tratamentos; transporte e distribuição; manutenção, reutilização, reciclagem e disposição final
ACV nas Normas ISO 14000: ISO 14040; ISO 14041; ISO 14042; ISO 14043 – Gestão Ambiental, Interpretação de Ciclo de Vida (2000)
ACV - Escolha do local (coleta das informações para planejamento)
1. Escolha do local – Aplicação de ACV
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Fatores observados para aplicação de ACV na obra sustentável
Clima: macroclima e mcroclima: índice pluviométrico; fotoperíodo; trajetória do sol; direção do vento e velocidade média;
Topografia: uso das superfícies e movimentação de terra; configuração da paisagem e forma da edificação;
Orientação: localização da edificação dentro de um ecossistema natural ou urbano
Oferta ambiental: caracterização dos recursos locais e que poderão ser incorporados à obra: matérias-primas, formas orgânicas do próprio local
Integração ao local e à paisagem: geografia local; identificação dos ecossistemas que serão afetados, naturais ou urbanos; reconhecimento e adequação à história local; especificação dos materiais a serem utilizados na construção
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2. Planejamento e Design Sustentável
Design sustentável: uso das informações coletadas via ACV, de forma a causar o menor impacto em todas as fases da obra. É a etapa onde se definirá o Ciclo de Vida da Edificação e todos os impactos que poderá causar ao longo de sua existência
Estudos de solo, anteprojeto, projeto, cálculo estrutural
Escolha de ecoprodutos consoante à situação avaliada e à necessidade de gerar um ambiente interno e externo não-invasivo e não-poluente (não uso de PVC, alumínio, chumbo, COVs). OBS: além da ACV da implantação da obra, é importante que seja haja ou seja realizada ACV dos produtos a serem utilizados (documentação junto a fornecedores; conhecimento ou documentação com esclarecimento dos processos industriais utilizados)
Especificação das tecnologias sustentáveis a serem aplicadas (uso racional de água e energia)
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Planejamento (continua)
Projeto de hidráulica prevendo pontos para reuso de água e aproveitamento de águas pluviais
Projeto sanitário prevendo reuso das águas servidas
Projeto de elétrica com estudo de emissões eletromagnéticas
Gestão dos trâmites legais (licenças junto a órgãos públicos, ambientais)
Estudos de impacto ambiental, cultural, sócio-econômico
Manual do usuário
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3. Construção
Coordenação da obra: programação, compras, quantidades, logística e transporte, integração e sinergia com fornecedores (redução de embalagens nos materiais entregues, racionalização nas viagens, cumprimento de prazo e pontualidade), evitar perdas;
Segurança e saúde: obediência às regras de segurança e trabalho nas obras; informar colaboradores sobre as medidas adotadas;
Gestão dos: recursos humanos - informar e educar os colaboradores sobre a
natureza da obra sustentável; financeiros – prever gastos e adotar procedimentos menos onerosos; resíduos - oriundos do processo construtivo; redução e
responsabilização pelos resíduos gerados (CONAMA); poluentes - emissões de gases, efluentes e poluição acústica
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4. Uso
Informação: deve permitir aos usuários o conhecimento das características da edificação e seus objetivos quanto à eco-eficiência
Energético: energia consumida pela construção e para seu funcionamento
Normas de segurança: planos de contingência para casos de emergência; localização dos aparelhos (extintores); saídas (escadas, portas corta-fogo)
Higiene: ventilação e iluminação saudável (raios UV-A); emissões nocivas (controle de COVs); controle de enfermidades relacionadas à SEE/ Síndrome do Edifício Enfermo
Gestão dos resíduos gerados pelos usuários: destinação e uso sustentável dos resíduos (elaboração de composto orgânico, venda de recicláveis a aparistas)
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5. Manutenção e adequação
Incorporação de novas tecnologias e recursos que permitam melhorar a eco-eficiência da edificação ao longo de sua vida útil
Manutenção preventiva para evitar a deterioração da edificação, instalações e aparelhos em função do tempo, fatores climáticos, poluição, etc.
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7. Reforma ecológica
Reestruturação da edificação ou de seus interiores com vistas a:
melhorar os espaços existentes, incorporar ou redestinar áreas existentes (lazer)
aumentar sua eco-eficiência e autonomia valorizar o patrimônio do ponto de vista econômico-cultural Incorporar novos conceitos tecnológicos, sócio-culturais de
ordem regional ou mundial (salas de ginástica, shoppings, cinemas, salas de jogos)
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8. Demolição
Finda a vida útil da edificação, a mesma deverá ser substituída por outra de tecnologia mais avançada. Sendo que 85% a 90% dos resíduos de demolição são de natureza pétrea, deve-se:
Utilizar técnicas de demolição e desmontagem. Implementar, sempre que possível, técnicas e materiais que permitam seu reuso futuro, mesmo que com funções diferentes das originais
Separar resíduos. Implementar princípios da coleta seletiva também aos resíduos de demolição
Utilizar na construção materiais que sejam recicláveis (evitar amianto, gesso), reutilizáveis, renováveis
Impacto ambiental da demolição: controlar emissões de resíduos descartados, ruídos, poeiras, efluentes
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Dificuldades para implantação da obra sustentável
Desconhecimento do mercado, dos profissionais, dos consumidores, governos sobre o tema
Inexistência de Normas ou Certificações específicas de materiais, tecnologias e novos sistemas construtivos
Marketing falacioso e propagação sistemática de equívocos Uso de metodologias ultrapassadas para um sistema construtivo que
exige visão multidisciplinar (integração de arquitetura, engenharia, química, psicologia, antropologia, filosofia, espiritualidade);
Desconhecimento dos materiais e tecnologias sustentáveis pelos profissionais do setor
Ausência de mercado verde organizado (dificuldade de localização de materiais, compra e venda, precificação)
Falta de profissionais habilitados para aplicação de ecoprodutos e novas tecnologias
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Resistência cultural do meio e do mercado Qualidade insuficiente dos fabricantes e fornecedores (produtos com
baixa padronização, falta de matéria-prima, não cumprimento de prazos de entrega, produtos não normatizados, produtos que frequentemente apresentam problemas)
Excesso de experimentalismo
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Case: implantação de uma obra sustentável
Cliente: Fundação Jardim Botânico de Poços de Caldas – MG
Objetivo: Execução de edificação para Laboratório de Pesquisas em área verde, com viveiro de plantas e animais silvestres
Área: 650m2 construídos
Projeto: arq. João Neves Toledo
Assessoria para ACV e recomendação de ecoprodutos e tecnologias Sustentáveis: IDHEA
Descrição: Implantar um edifício sustentável no Jardim Botânico de Poços de Caldas, de forma a causar o menor impacto possível sobre o meio ambiente, servir de modelo para quatro outras edificações e de objeto de estudo para universidades e instituições de pesquisa
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Gestão da obra
Nomear um profissional com especialização em Meio Ambiente como “dono do processo” dentro da obra
Treinamento da mão-de-obra e profissionais envolvidos em técnicas de aplicação de novos materiais e tecnologias. Exs.: Tubos de PP, sistemas de saneamento e captação de água de chuva
Envolvimento dos fornecedores e controle de qualidade dos produtos fornecidos (redução de substituição e reposição de materiais)
Controle de entrada de materiais: evitar embalagens desnecessárias; adquirir produtos com o mínimo de embalagem possível
Atender Resolução do Conama e lesgislação vigente
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Selecionar entulho da construção
Atender às Normas de Segurança do trabalho
Realizar inventário dos poluentes gerados e introduzidos na obra, tais como: partículas em suspensão (cimento, cal, resíduos em geral); produtos que possam conter COVs (vernizes, colas, resinas, tintas, outros); controlar a qualidade de produtos de limpeza no pré e pós-obra (cloro, ácido muriático, outros)
A partir do inventário, criar programa de redução e controle de poluentes internos (COVs, MPs) e externos
Inventariar todos os resíduos gerados, bem como documentar seu destino para locais devidamente legalizados –fornecedores, aterros sanitários, usinas de coleta seletiva e reciclagem
Obrigatoriedade de emissão de relatórios confirmando envio de resíduos
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ACV – Análise de Ciclo de Vida
Aplicou-se a ACV no local de implantação da obra, avaliando os seguintes fatores: topografia, geografia, história, disponibilidade, caracterização e uso de materiais, consumo de energia e água, minimização no uso de materiais descartáveis, uso de ecoprodutos e tecnologias sustentáveis
Privilegiaram-se os materiais naturais, optando por produtos extraídos/obtidos na região: terra, pedra, madeira, areia; uso e sistemas de iluminação natural; tratamento de efluentes; aproveitamento de águas pluviais
Instalação do canteiro de obra
Tapumes e barracos feitos de chapas recicladas/recicláveis.Material de maior resistência que madeiriteUso de material retornável ao fabricante para reciclagem
Gabaritos em madeira plásticaNão consumo de madeira comumUso de material reciclado e reciclável, que retornará ao fabricante
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Fundação e estrutura
Estaqueamento – composição da estacaUso de concreto usinado CPIIIUso de ferragem (vegalhões, armaduras) de empresas com ISO 14001Uso de formas de plástico recicladoEstrutura em madeira de eucalipto (tratado) e reaproveitadoContenção do pé da coluna em cálice de concreto, grauteadoSelagem posterior da madeira com resinaEstrutura de cobertura em muiracatiara-rajada certificada
Impermeabilização das fundações
Impermeabilizante base vegetal
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Cobertura
Telha cerâmica não-esmaltadaImpermeabilização com produto à base de siliconeForro-fibra
Alvenaria
Uso de pedra localTijolos de solo-cimento (resistência mínima 4Mpa)
Revestimento
Massa única pozolânica (respirante, vapor dágua)Azulejo – empresa com ISO 14001
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Pisos
Porcelanato, granito (local) Tacão de madeira (muiracatiara) para áreas quentes
Esquadrias
Portas de madeira certificada Janelas em vidro temperado Portões e telas em metal não tratados com produtos à base de
óxidos de chumbo Divisórias de banheiro em fibrocimento sem amianto Colagem de fórmicas com adesivo não fenólico Divisórias de escritório com placas de fibra de madeira
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Pintura
Proteção para madeira, tijolos e pedras aparentes com óleos impregnantes
Pintura base calMetais: esmalte sintético base dágua
Deck
Madeira plástica
Hidráulica, abastecimento, saneamento, águas pluviais, combate a incêndio
Esgoto – PP e PET (educativo)Pluvial - PP
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Calhas – alumínio pintadoLouças sanitárias – Empresa com ISO 14001, caixa acoplada com fluxo duploMetais sanitários – torneiras com sensores infra-vermelhoReservatório de 30.000 litros para armazenamento de água de chuva, em
polietileno ou aço carbonoUso de Mini-ETE e sistema de captação de água de chuva, sem mistura das
águas, com ozonização para pós-tratamento
Aquecedor solar
Sem cobre (tubos de PP para condução da água quente)
Energia
Fotovoltaica para computador, iluminação de emergência, lâmpadas PL para os ambientes
Iluminação natural
Solatube (corredor) e vidro aramado (área externa)
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Instalação elétrica
Cabos ecopower ou borracha de silicone Conduite corrugado reciclado (a partir de embalagens de agrotóxico
recicladas ou de PE reciclado) Espelhos – madeira natural ou MDF
Área para coleta seletiva e destinação de lixo
Seco – embalagens plásticas, vidro, metais Úmido – composteira, triturador Incinerável – papel higiênico, resíduos de medicamentos, outros
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POLUENTES DO AMBIENTE CONSTRUIDO
Tipos de poluição: Do ar (NO2, SO2, CO2, CO); Matérias Particuladas (MPs) em
suspensão, microrganismos; bactérias hospedadas em espumas ou veiculadas pela umidade permanente da habitação; gases eliminados por substâncias voláteis no interior da habitação (tintas, resinas, vernizes, colas, outros), fumaças de cigarro, queimas em geral
Poluição da água (detergentes, orgânicos, antibióticos, hormônios, outros)
Poluição da terra (incluem-se emanações telúricas/contaminação eletromagnética) e do solo
Poluição sonora (eletro-eletrônicos, operações comerciais/ industriais, outras)
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Poluentes interiores
Poluicao atmosférica - fumaças de cigarro, escapamento de automóveis, uso de ar refrigerado, vernizes, tintas, colas e resinas, partículas em suspensão (poeiras, COVs não degradados).
Contaminação da água - despejo de substancias químicas diversas, carga
orgânica, resíduos de hormônios e antibióticos, resíduos de tubulações de chumbo
Solo - contaminação pela emissão de radiações (radon), através de pisos Poluicao sonora - movimentação e usos dos próprios ocupantes, acústica
inadequada dos edifícios com entrada dos sons externos, uso de eletro-eletronicos cujo funcionamento supera os limites estabelecidos de emissão de decibéis.
Poluentes biológicos - fungos e bactérias hospedados em equipamentos de ar
condicionado e carpetes, paredes que não transpiram, tintas de baixa qualidade
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Síndrome do Edifício Enfermo (SEE) Termo surge na Europa e EUA nos anos 70, à época da Crise do Petróleo.
Habitações foram reduzidas em altura, bem como foram diminuídas as aberturas, com a finalidade de conservar calor e energia. Como consequência, criou-se ambiente adequado para menor dispersão de poluentes internos e hospedagem e propagação de microorganismos (bactérias como Legionella, hospedadas em sistemas de ar condicionado).
Descreve problemas de saúde comuns aos ocupantes de edifícios.
Classificada como enfermidade pela OMS desde a década dos 80. Quando mais de 20% dos moradores ou ocupantes apresentam sintomas
em comum como irritação ocular, dores de cabeça, náuseas e tonturas, dermatites, secura na garganta, congestão nasal, considera-se indicativo da Síndrome do Edifico Enfermo.
Há dois tipos de edifícios enfermos: os temporários, nos quais os sintomas
desaparecem com o tempo. Os cronicamente doentes, nos quais as patologias permanecem mesmo depois de adotadas medidas corretivas.
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Causas da SEE
- Ventilação inadequada – 52%
- Contaminação do ar interno (cigarros, uso de produtos que contêm formaldeído, etc.) – 12%
- Contaminação externa – 9% - Contaminação gerada na fabricação – 2% - Contaminação biológica – 1% - Causas desconhecidas – 24% - 5% dos poluentes interiores resulta de fontes no próprio edifício,
como uso de colas, pinturas, compensados, carpetes, mobiliário, maquinas de xerox, produtos de limpezas. Todos são emissores de Compostos Orgânicos Voláteis (COV´s).
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COVs (Compostos Orgânicos Voláteis)
Também conhecidos pela sigla VOCs (volatile organic compounds)
Substâncias derivadas de petróleo (hidrocarbonetos aromáticos), altamente voláteis. Oxidam em presença do ar e reagem com o calor. Encontram-se em tintas, solventes, espumas em geral, adesivos de contato (“de sapateiro”) e produtos fenólicos em geral (até mesmo em esmaltes para unhas);
Tíneres, aguarrazes e produtos similares contêm COVs, que, em ambientes fechados, podem demorar até 1 ano para serem completamente eliminados
Agressivos à saúde dos seres vivos e à camada de ozônio que protege o planeta dos efeitos nocivos dos raios ultra-violeta
Degradação 100 vezes mais lenta em ambientes fechados;
Tintas sintéticas incluem COVs em sua formulação, mesmo aquelas à base de água (2% de COVs);
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COVs agridem ozônio (O3), que se encontra na forma de gás no alto da atmosfera (entre 20km e 50km acima da superfície).
O uso de produtos com COVs contribui para a quebra das moléculas de ozônio, resultando na redução da camada que protege o planeta dos raios UV-B. Quando isso ocorre, a incidência de enfermidades -como o câncer de pele- aumenta nas regiões onde a camada foi fragilizada (caso do Chile).
Outro efeito perverso: o ozônio ´desce´ e concentra-se nas regiões inferiores da atmosfera formando o ozônio troposférico (“mau ozônio”), causando dores de cabeça, irritação nasal e ocular, dentre outros sintomas.
Para reduzir os níveis de ozônio troposférico é preciso controlar as
emissões dos seus precursores, que são o dióxido de nitrogênio e os compostos orgânicos voláteis (COVs).
Alguns COVs: Formaldeído (HCHO), xilol, benzeno, toluol
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Formaldeído – composto tóxico presente em muitas instâncias da vida moderna, em materiais como:
Reagente de adesivos fenólicos para produção de mobiliário e derivados de madeira prensada e compensada (compensados, OSBs, MDFs);
Pinturas e vernizes para madeira;
Tapetes e carpetes de fibras sintéticas; produtos de papel com maior resistência à umidade, tais como guardanapos e papel higiênico;
Solvente para limpeza a seco em tinturaria;
Irritante das mucosas e narinas e letal acima de 100ppm (partes por milhão)
Classificado como cancerígeno de Classe 3 –potencial agente carginogênico- mesmo em baixas concentrações quando em exposição continuada, o que ocorre em ambientes fechados;
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Xilol, benzeno, toluol
Encontrados em tíneres (mistura de solventes), tintas, espumas de poliuretanos.
Preferir produtos à base de água ou 100% sólidos (isentos de solventes);
Evite epóxis e esmaltes sintéticos à base de solventes;
Recusar solventes que contenham benzeno;
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PVC – Policloreto de Vinil
PVC – Policloreto de Vinil. Único dos termoplásticos existentes que requer cloro para sua produção.
É gerada cerca de um milhão de toneladas/ano de resíduos clorados perigosos na síntese do etileno dicloreto (ethylene dichloride-EDC) e no cloreto de monovinil (vinyl chloride monomer-VCM), precursores do PVC.
Monômero de cloreto de vinil (molécula básica do PVC) é um conhecido agente cancerígeno.
Combustão do cloro gera dioxinas e furanos –riscos na queima do material em incêndios ou processo de fabricação não controlado adequadamente.
Dioxina – uma das substâncias mais letais já geradas pelo ser humano. Segundo relatório da EPA (Agência de Proteção Ambiental norte-americana) de 1994, não há nível de exposição seguro às dioxinas.
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Dioxinas são lipossolúveis, isto é, dissolvem-se nas gorduras e acumulam-se nos tecidos (tecido adiposo). Tais substâncias podem ser encontradas no leite materno de seres humanos e de outros mamíferos.
Queima do PVC gera ácido clorídrico.
Requer organo-estânicos para sua estabilização frente aos raios UV do sol. Causam problema de esterilidade no homem.
Contém ftalatos como elementos plastificantes (conferem para a flexibilidade do plástico).
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u13366.shtml (clique no link para acessar matéria sobre proibição na União Européia de produtos infantis que contenham ftalatos, uma das matérias-primas do PVC)
Clique http://www.pangea.org/~vmitjans/pvc/acto2.html para ler PVC – Biografia de um Veneno do Meio Ambiente (em espanhol)
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Saúde e bem-estar do ambiente interno Recomendações:
Contar com uma lista de materiais cujos componentes tóxicos possam ser levados ao interior da obra;
Controlar a qualidade ambiental dos materiais de acabamento interno das paredes, pisos e mobiliários.
Montar banco de dados das fontes de contaminação do ambiente interior, tais como pessoas, gases, poeria e pó, materiais de construção, mobiliário, carpintaria, pinturas e componentes voláteis, têxteis, instalações, ambiente externo, produtos de limpeza etc.
Separar areas com ambientes mais contaminados, como area de fumantes, banheiros, salas de maquinas, etc.
Promover a renovação do ar interior, para manter sua qualidade, estabelecendo os corretos índices de troca de ar.
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Materiais Saudáveis
Biologia da Construção - Novo campo de abordagem da Construção, que estuda a relação do homem com sua habitação, do ponto de vista da qualidade do ambiente construído, dos fatores climáticos, geológicos e materiais utilizados.
Materiais saudáveis: são os que apresentam compatibilidade com o ser humano, sem resultar em enfermidades, preservando a saúde do indivíduo.
Características
Não tóxicos. Mantêm elevada qualidade do ar interno (Indoor quality air) - sem contaminantes internos, ambientes arejados;
Não emitem poluentes após sua aplicação ou instalação na obra. Exs.: telhas e tijolos de barro cozido, madeira não tratada com derivados de petróleo ou substâncias poluentes (arsênico, cromo)
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Isentos de COVs;
Não causam contaminação eletromagnética ou emissão de radiação;
Contribuem para preservar o ambiente interno livre da presença de fungos e patógenos (ex.: pintura a cal);
Permitem a respiração do ambiente, transpiração do vapor d´água e proporcionam boas condições térmicas ou termo-acústicas (inércia térmica). Exs.: Paredes de terra, paredes de madeira, paredes de pedra em ambientes frios ou na face sul).
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Recomendações
Definir, durante a fase de projeto, materiais levando-se em conta formação de um ambiente saudável;
Preferir materiais naturais para áreas com maior tempo de permanência de pessoas (quartos e salas de estar);
Preferir pisos quentes e naturais para dormitórios, escritórios e salas de estar;
Optar por pinturas naturais para dormitórios, salas e escritórios ou usar aquelas isentas de COVs (compostos orgânicos voláteis);
Evitar o uso de aglomerados, MDFs, compensados e OSBs em áreas úmidas ou expostas diretamente ao sol -isso provoca reação das resinas empregadas para sua colagem, como fenólica ou uréia-formaldeído.
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Materiais naturais são sempre mais saudáveis que os sintéticos, embora possam
apresentar vida útil menor em alguns casos e exigir mais manutenção;
Pedras naturais - utilizar de preferência as de extração local, reconhecidamente abundantes e que possuam boa inércia térmica;
Terra/argila - cozida a uma temperatura máxima de 900oC, dá origem a produtos de excelente qualidade biológica, caso de telhas, tijolos e pisos. Preferir produtos não-esmaltados, sem adição de pigmentos
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Madeira - Um dos materiais mais tradicionais e de melhor compatibilidade com o ser humano. Ideal para estruturas de telhado, pisos, móveis e assoalhos, esquadrias, etc. Normas recomendavam uso da madeira para dormitórios, salas de estar, escritórios
Isola 5 a 10 vezes mais do que o concreto e 1.500 vezes mais que o alumínio (esquadrias de alumínio resultam em perda de calor);
Deve-se observar: escolha da madeira mais adequada para cada situação (madeiras de alta densidade/ C60 para estruturas, por exemplo); vida útil; manutenção; tratamentos dispensados e por dispensar;
Evitar carpetes de madeira. Vida útil curta, prensados com resina fenólica, revestidos com fórmica, são apenas imitação da madeira
Deve-se evitar tratamentos à base de químicos como pentaclorofenol, creosoto e elementos de proteção como vernizes nitrocelulósicos. Usar óleo de linhaça refinado, goma laca, outros
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Fibras e outros materiais vegetais - Bambú (estruturas, mobiliário, adornos, utilitários, pisos), sisal (carpete), juta (base para carpete), fibra de coco (isolante termo-acústico), cortiça (piso, linóleo, isolante termo-acústico), rami (persianas)
Cal - Um dos melhores e mais saudáveis produtos já elaborados pelo homem. Usada para argamassas de assentamento, revestimento e pintura.
Fungicida natural, permite respiração da parede. Ideal para quartos de criança e de pessoas com problemas respiratórios; banheiros e áreas úmidas -não acumula umidade ou fungos, não “estoura” como as pinturas plastificantes;
Não deve ser aplicada sobre massa corrida ou acrílica. Usar massa fina ou aplicar sobre cimento desempenado
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Roteiro para escolha dos Ecoprodutos e Tecnologias Sustentáveis
Faça a ACV do processo e do local de implantação da obra antes de especificar materiais e tecnologias sustentáveis
Já existem centenas de materiais fabricados no Brasil, que incorporam resíduos ou com preocupação ambiental. Procure identificá-los próximos ao local da obra
Caso resolva adquirir ecoprodutos oriundos de outros Estados ou regiões, faça antes seu balanço energético (emissões de poluentes, transporte, distância, despesas). Aplique este critério primeiramente para produtos de alvenaria convencional (blocos, tijolos, pedra, areia, cimentos)
12/04/23 136
Gabarito de obra
Madeira Plástica
12/04/23 137
12/04/23 138
Areia e brita recicladas
Atendem Resolução 307 do Conama
12/04/23 139
Fôrmas para concreto
Plástico reciclado (policarbonato) Aço Madeirite certificado Isopor revestido de isopor
Cimentos
CP III RS 32 CP IV (Pozolânico)
Cal Pozolânica SiO2 Al2 O3 K2O + CaCO3 (CaCO2(OH)) O que são pozolanas? Cal hidráulico (não existe no Brasil)
12/04/23 140
12/04/23 141
Fechamento de parede
Tijolos de solo-cimento – tijolos de demolição
12/04/23 142
12/04/23 143
Blocos cerâmicos reforçados com fibra celulósica
12/04/23 144
Recibloco
12/04/23 145
12/04/23 146
Alvenaria leve (dry-wall)
Chapas fibrocimento sem amianto
12/04/23 147
12/04/23 148
Cobertura
Telhas cerâmicas não-esmaltadas Telhas de madeira Telhas de taubilha Telhado verde (Telhado vivo) Telhas de fibrocimento sem amianto (PVA) Telhas fibroasfálticas
12/04/23 149
12/04/23 150
12/04/23 151
12/04/23 152
12/04/23 153
Telhas recicladas (Ecotelhas)
12/04/23 154
Hidráulica
Por que não PVC?(Já visto)
Alternativas
PP (Polipropileno) PEBD, PEAD (polietileno de alta e baixa densidade) PEX (polietileno reticulado) Tubos de PET (politereftalato de etileno) reciclado
12/04/23 155
12/04/23 156
12/04/23 157
12/04/23 158
12/04/23 159
Saneamento - Mini-estações de tratamento
12/04/23 160
12/04/23 161
Fo ssa Sé p tic a
Tub o PVC Ø 100m m Pe rfu ra d o Te rra Ve g e ta l
A re ia g ro ssa Tub o Dre no
Se p to D ifu so r
C a ixa d e p a ssa g e m c o le to ra c / ta m p a
p e rfu ra d a p / ve n tila ç ã o
Re se rva tó rio p a ra Ág ua tra ta d a
- C o rte lo ng itud ina l - (Filtro d e a re ia c o m se p to D ifuso r
12/04/23 162
C x. De G o rd ura
Fo ssa Sé p tic a
Filtro d e A re iaC o m p rim e n to
C x. De Pa ssa g e mC / ta m p a
3FTub o PVCØ 1 00 m mP erfurado
(P arte su p erio r)
Tub o Dre noØ 1 00 m m(F u nd o)
C x. De Pa ssa g em -(3F)C / ta m p a p e rfura d a
P/ a e ra ç ã o d o siste m a
C x. De Pa ssa g em C / ta m p a -(6F)
Esq ue m a d e Insta la ç ã o d o siste m a d e sa ne a m e nto c o m filtra g e m d a s á g ua s se rvid a s.
Rese rva tó rio p a ra á g ua tra ta d a c o m b o m b a p a ra re utiliza ç ã o
(p re ve r c lo ra ç ã o se ne c e ssá rio )
Filtro Bio lo g ic oSep to Difuso r
12/04/23 163
Te rra Ve g e ta l
Se p to Difuso r
Are ia G ro ssa(1 a 4m m )
Tub o Dre no Ø 100m m
1.10m
0. 300 .20
0. 500. 10
1 .00m
0.50m
Bid im O P-15
Tub o PVC Ø 1 00m mPe rfura d o
C o rte Tra nsve rsa l(Filtro d e a re ia c o m se p to D ifuso r)
N íve l m á xim o d o le nç o l fre á tic o
M ín im o
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SISTEMA DE CAPTAÇÃO E APROVEITAMENTO DE ÁGUAS PLUVIAIS (CHUVA)
Aproveita recurso disponível e não utilizado Solo impermeabilizado nas grandes cidades não percola Contribui para reduzir a necessidade de água para fins não-
potáveis (centros urbanos) e potáveis (locais distantes de grandes cidades, indústrias e aplicação de agrotóxicos)
Contribui para reduzir enchentes Sistema simples. O mais oneroso é o reservatório para
armazenamento da água de chuva.
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Madeira, madeiramento e tratamentos naturais
Madeira Alternativa da Amazônia Madeira Reflorestada (com e sem selo FSC) Madeira de demolição Madeira certificada com Manejo Florestal Sustentável (Selo FSC) Tipos de madeira Aplicações Resistências Tratamentos naturais – produtos filmogêneos e não filmogêneos
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Tintas, vernizes, resinas, solventes e colas
Tintas sintéticas convencionais Tintas sem VOCs Vernizes sem VOCs (base dágua) Vernizes PU à base óleos vegetais Colas base dágua Pinturas naturais Óleo de linhaça Goma laca