FÁBRICA DE CALÇADOS ECOLÓGICOS

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IDEIAS DE NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS FÁBRICA DE CALÇADOS ECOLÓGICOS

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IDEIAS DE NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS

FÁBRICA DE CALÇADOS

ECOLÓGICOS

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APRESENTAÇÃO DO NEGÓCIO ...........................................3MERCADO .............................................................................6

MERCADO COnSuMIDOR .................................................................7

COnCORRênCIA .................................................................................7

FORnECEDOR .....................................................................................8

LOCALIZAÇÃO .....................................................................10ExIGêNCIAS LEGAIS ESPECífICAS ...................................13

1º pASSO – LOCALIzAÇãO ..............................................................14

2º pASSO – ESCOLhA DO tIpO DE SOCIEDADE EMpRESÁRIA .14

3º pASSO – nOME DA EMpRESA ....................................................14

4º pASSO – COntRAtO SOCIAL E DEMAIS DOCuMEntOS .......14

5º pASSO – CADAStRO nACIOnAL DE pESSOA JuRíDICA ........15

6º pASSO – ALvARÁ DE FunCIOnAMEntO ...................................15

7º pASSO – CADAStRAMEntO nA pREvIDênCIA SOCIAL .........16

8° pASSO – ApARAtO FISCAL .........................................................16

LEGISLAÇãO ESpECíFICA ...............................................................16

ESTRUTURA ........................................................................17ÁREA COMERCIAL E ShOWROOM .................................................18

InDÚStRIA .........................................................................................18

PESSOAL .............................................................................19vEnDAS / ShOWROOM ....................................................................20

InDÚStRIA / pRODuÇãO .................................................................20

EqUIPAMENTOS .................................................................22ÁREA DE OpERAÇõES/InDÚStRIA .................................................23

ÁREA ADMInIStRAtIvO-FInAnCEIRA ............................................23

MATéRIA PRIMA / MERCADORIA .......................................24

SU

RIO

ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO PRODUTIVO ...................... 28AUTOMAÇÃO .......................................................................... 31CANAIS DE DISTRIbUIÇÃO ..................................................... 33

A) vEnDA nO AtACADO .........................................................................34

B) vEnDA nO vAREJO ...........................................................................34

INVESTIMENTOS ..................................................................... 36ÁREA InDuStRIAL .................................................................................37

ItEnS pARA uSO nA ÁREA ADMInIStRAtIvO-FInAnCEIRA E

ShOWROOM ..........................................................................................37

CAPITAL DE GIRO.................................................................... 39CUSTOS ................................................................................... 41DIVERSIfICAÇÃO/ AGREGAÇÃO DE VALOR ......................... 43DIVULGAÇÃO .......................................................................... 45INfORMAÇõES fISCAIS E TRIbUTÁRIAS .............................. 47EVENTOS ................................................................................. 50ENTIDADES EM GERAL .......................................................... 53NORMAS TéCNICAS ............................................................... 62

1. nORMAS ESpECíFICAS pARA uMA DE FÁBRICA DE CALÇADOS

ECOLÓGICOS: ........................................................................................63

2. nORMAS ApLICÁvEIS nA EXECuÇãO DE uMA FÁBRICA DE

CALÇADOS ECOLÓGICOS:...................................................................63

DICAS DO NEGÓCIO ............................................................... 66CARACTERíSTICAS ESPECífICAS DO EMPREENDEDOR .... 68BIBLIOGRAFIA COMpLEMEntAR .............................................................70

GLOSSÁRIO .................................................................................................73

EXpEDIEntE ................................................................................................75

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Aviso:

Antes de conhecer este negócio, vale ressaltar que os tópicos a se-guir não fazem parte de um Plano de Negócio e sim do perfil do ambiente no qual o empreendedor irá vislumbrar uma oportunidade de negócio como a descrita a seguir. O objetivo de todos os tópicos a seguir é desmistificar e dar uma visão geral de como um negócio se posiciona no mercado. quais as variáveis que mais afetam este tipo de negócio? Como se comportam essas variáveis de mercado? Como levantar as informações necessárias para se tomar a iniciativa de empreender?

Os calçados já fazem parte da vida do ser humano há várias gerações, ten-do como sua utilidade inicial a proteção dos pés. Segundo informações da Wikipedia, a origem está nos egípcios, pois é deles a arte de curtir couros e fabricar sapatos. Há ainda indícios de que os sapatos mais rudimentares surgiram 10 mil anos antes de Cristo, em regiões da Espanha e frança.

A história atual dos calçados já é bastante conhecida, pois é uma das maio-res indústrias que compõem o setor de moda e vestuário. Atualmente os sapatos e calçados não são apenas equipamentos para proteção dos pés, mas itens de moda, com características próprias que definem, inclusive, o comportamento e estilo de seu usuário.

A fabricação de calçados hoje em dia não é considerada algo complicado, porém ainda é muito intensiva na utilização de mão-de-obra direta, com pou-ca automação do processo. Os insumos utilizados são bastante comuns e

facilmente encontrados em lojas especializadas como couros, solas, forros e tintas, dentre outros.

Porém, a sociedade tem evoluído e buscado diferenciais em seu comporta-mento, principalmente na busca por uma sociedade mais ambientalmente responsável. Nesse sentido, as pessoas, incorporando estes sentimentos ao seu modo de vida, na hora de comprar algum item, optam por aqueles que possuem uma preocupação com o meio ambiente.

Este sentimento, que já toma conta do mundo inteiro, está sendo amplamen-te difundido inclusive pelo meio empresarial e indústria. Exemplo disso são os conceitos de Ecodesign e Produção Mais Limpa que os novos empresá-rios estão a buscar e entender para diferenciar seus produtos em relação à concorrência, ao mesmo tempo que aliam a responsabilidade ambiental aos preceitos e missão de sua empresa.

Isto é que tem acontecido com a indústria de calçados ecológicos, que ao perceber essa migração, mesmo que ainda incipiente, para os hábitos de consumo ambientais, tem identificados novos materiais, processos e gestão voltados para a produção dos caçados ecologicamente corretos.

Esse mercado, cada vez mais crescente e impulsionado pelas discussões de âmbito mundial, como as Conferências da Nações Unidas para o Meio Ambiente Eco92 e Rio+20, é considerado o mercado do futuro, no qual os consumidores irão optar por produtos de qualidade aliados aos conceitos de sustentabilidade ambiental. E é justamente para esse perfil de pessoas e empresários que esta Ideia de Negócio se apresenta.

Os custos, investimentos, processos e técnicas são muito semelhantes aos da fabricação de calçados não ecológicos, porém, com modificações e ajus-

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tes nas escolhas dos insumos, nos processos e utilizando conceitos como Ecodesign e Produção Mais Limpa e Cinco Menos que São Mais, que farão o diferencial para o empresário e um grande diferencial competitivo de sua empresa para com os demais concorrentes.

Este documento não substitui o plano de negócio. Para elaboração deste plano consulte o SEbRAE mais próximo.

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MercAdo consuMidor

A utilização de calçados não é algo da sociedade atual e perpassa por todos os tipos de pessoas, isto é, desde bebês, crianças a adultos e idosos. Cada qual utiliza um tipo distinto, de acordo com seu gênero, masculino ou femi-nino, ou mesmo de acordo com o clima e temperatura em que vivem: mais frios usam botas e galochas e mais quentes, sandálias e chinelos. Há diversi-dade também em seu uso quanto ao trabalho: sociais ou botas de operários. E, por último, pode-se subdividir por classes sociais: calçados caríssimos e exclusivos, assinados por grandes estilistas, ou mesmo aqueles produzidos em larga escala, para um público de mais baixa renda.

Na verdade, quando se procura definir ou mesmo mensurar o tamanho do mercado consumidor de calçados, percebe-se que toda a população utiliza esse acessório essencial e parte integrante da moda de vestuário. Nesse sentido, pode-se afirmar que toda a população do mundo é um potencial cliente de calçados. Porém, quando se trata de um país específico, no caso o Brasil, há de se verificar que há uma população da ordem de 192 milhões de pessoas potencialmente consumidoras, sendo que 51% são mulheres e 49% homens, 84,4% são urbanas e 15,6% vivem em zonas rurais. Em ter-mos de idade, de 0 a 14 representam 24,1%, de 15 a 64 representam 65,1% e maiores de 65 representam 10,8% da população brasileira.

Segundo a Associação brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), em termos de números de pares de calçados, o brasil é um dos maiores produ-tores do mundo, ficando em terceiro lugar no ranking. No ano de 2010 foram produzidos 893 milhões de pares de calçados pela indústria nacional, totalizan-do uma produção da ordem de 12, 3 bilhões de dólares. (Abicalçados, 2011)

Do total produzido, foram consumidos (mercado aparente) cerca de 780 mi-lhões de pares de calçados dos mais diferentes modelos e tamanhos. Isso significa um consumo per capita médio da ordem de 4,1 calçados por pes-soa no ano de 2010. (Abicalçados, 2011)

Tanto o total da produção quanto o total do consumo interno e per capita tem apresentado crescimento desde de 2008, com índices de 9,5% 2010/2009 e 13,1% 2010/2008. Tal informação demonstra que o investimento no setor de calçados é promissor.

quando se trata de calçados ecológicos, há de se inferir o mesmo pensamento e que o consumo desses produtos tende a aumentar, uma vez que as ques-tões ecológicas estão cada vez mais presentes no cotidiano das pessoas. A busca por produtos ecológicos tem aumentado cada vez mais e a preocupa-ção das empresas em ofertar tais produtos também tem crescido. Essa é uma demanda que vem da sociedade e será cada vez mais presente no futuro.

A título de exemplo e de olho nesse mercado, empresas do Rio Grande do Sul já estão criando sapatos ecológicos, inclusive com a criação de um selo específico, se diferenciado no mercado.

concorrênciA

Como em todo mercado em expansão, a concorrência tende a ser mais acirrada. Para o setor da moda, mais precisamente calçados, isso não seria diferente. Ainda mais no brasil, que é um grande player mundial no setor de calçado. Como a tendência do setor é de crescimento, cresce, também o mercado concorrencial.

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Para se ter ideia do tamanho da concorrência do setor calçadista existem hoje mais de 8 mil empresas espalhadas por todas as regiões brasileiras. Os principais estados produtores de calçados são: Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, bahia, Paraíba e Ceará. Apesar da região sudeste possuir o maior número de empresas, cerca de 4 mil, produz 188 milhões de pares, enquanto a região sul produz 302 milhões de pares com cerca de 3,4 mil empresas. (Abicalçados, 2011)

A busca para se diferenciar da concorrência é algo natural no setor de moda, refletindo diretamente no setor de calçados. Os lançamentos de novos pro-dutos acontecem em diferentes estações do ano, utilizam cores variadas, personagens, preços distintos, públicos distintos, novas estampas, públicos jovens, adultos, idosos, por sexo, dentre vários outros. O ideal é ter neste tipo de negócio a busca por um diferencial competitivo.

Tendo em vista que os equipamentos e insumos estão disponíveis para todos os concorrentes, o futuro empreendedor tem que contar com uma capaci-dade criativa bastante expressiva. O que irá requerer um designer qualificado para desenvolver projetos arrojados, com perfil diferenciado dos comumente encontrados no mercado e que junte ao processo projetos criativos que tra-duzam beleza, conforto e funcionalidade.

Nesse sentido, para se obter vantagem na comercialização de pares de cal-çados, e se diferenciar dos demais, empresas estão utilizando o conceito de ecodesign, reunindo designs exclusivos e diferentes combinações de mate-riais ecológicos, fabricando, assim, os chamados calçados ecológicos.

Exemplo desse novo segmento, com forte apelo competitivo, foi o selo Pro-dução Consciente = Amanhã Mais feliz criado pelo Sindicato das Indústrias de Calçados, Componentes de Calçados de Três Coroas. Este selo só pode

ser utilizado por empresas que utilizam normas de separação e destinação de seus resíduos, totalizando 17 empresas. (Projeto amanhã mais feliz)Dentre os princípios que podem ser adotados na diferenciação dos produtos, segundo o projeto Amanhã Mais feliz, destacam-se: preservação dos recur-sos naturais, menor impacto para o meio ambiente, educação das futuras gerações e proteção da fauna.

Assim, mesmo com crescente acirramento da concorrência na indústria de calçados, o nicho de calçados ecológicos ainda está em fase de desenvol-vimento, apresentando espaço para novas empresas. Caberá ao futuro em-presário analisar a região na qual pretende investir para verificar e quantificar a concorrência local.

Fornecedor

Todos os insumos e materiais utilizados na fabricação dos calçados ecoló-gicos são considerados de média complexidade e são produzidos no brasil. Em sua maioria são borrachas, couros, cadarços, ilhós, plásticos, todos pro-venientes de uma produção mais limpa ou utilizando-se insumos reciclados, sendo todos esses setores fortes na economia brasileira, garantido o forne-cimento desses insumos no brasil.

Porém, como a venda calçados ecológicos ainda não está amplamente di-fundida nos hábitos de consumo do brasileiro, os insumos necessários para sua produção também não o são, caracterizando o mercado fornecedor como relativamente pequeno.

Assim, pode-se verificar que o futuro empreendedor que optar por investir na construção de uma fábrica de calçados ecológicos deverá buscar for-necedores específicos para a compra de seus insumos, buscando princi-

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palmente volume necessário, qualidade do produto e que realmente sejam insumos ecológicos.

De qualquer forma, é importante manter uma lista de bons fornecedores para possuir margem de negociação, qualidade dos insumos a serem utilizados e prazo de entrega, itens fundamentais para quem trabalhar com a fabricação de calçados ecológicos.

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Em pesquisa realizada pelo SEbRAE, a localização é responsável pelo fe-

chamento de empresas em seus primeiros dois anos de existência. Assim, a

busca pela identificação do melhor local para instalação é uma etapa crucial

para a estruturação do negócio.

Para identificar o local ideal para instalação de uma fábrica de calçados eco-

lógicos é necessário que o empreendedor defina se o seu empreendimento

utilizará revendedores para a venda dos seus produtos ou se funcionará tam-

bém com venda direta a consumidores (varejo).

Caso a opção seja apenas de produção para venda a revendedores, a locali-

zação não irá requerer necessariamente as facilidades de acesso ao público

em geral. No entanto, se a opção for mista, ou seja, fabricação tanto para

revendedores (atacado) quanto para consumidores de forma direta (varejo),

o empresário deverá direcionar a localização para próximo a um localidade

com grande público potencial comprador.

Tendo em vista que há estados considerados como grandes produtores de

calçados, o futuro empresário poderá optar por estar perto desses pólos pro-

dutivos, uma vez que a cadeia de suprimentos já está instalada e poderá facili-

tar na compra por insumos. Porém, há que se pensar em mercados regionais,

onde a concorrência para os calçados ecológicos ainda é pequena, sendo

importante a garantia dos insumos para a produção de suas mercadorias.

Como todo tipo de indústria emite um nível bastante expressivo de ruído, e

caso a opção seja de ter duas frentes de vendas, ou seja, atacado e varejo,

será ideal que o empreendedor conte com duas estruturas, conforme segue:

indústriADeverá ser estruturada em uma área não residencial, de preferência em distritos industriais ou área que seja autorizada, pelo plano diretor urbano, a instalação de indústrias. Essa condição é fundamental para evitar transtornos com os vizinhos.

showrooM (área exclusiva para comercialização): esse espaço deverá ser concebido na forma de loja comercial, em que todos os diferentes tipos de calçados ecológicos

possam ser expostos aos consumidores potenciais. Desta forma, os clientes possuirão um atendimento diferenciado, inclusive poderão buscar os produtos

adquiridos diretamente com o fabricante. Nesse formato de venda existe a vantagem de não haver intermediários, reduzindo o preço ao consumidor final.

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O showroom deve ou possuir estacionamento próprio ou a região deve ter estacionamento público ou serviços de estacionamento terceirizado, facili-tando o fluxo de clientes motorizados. A área para instalação desse espaço comercial deve estar numa região de grande movimentação de pedestres. O ideal é que seja numa região comercial.

As estruturas físicas indicadas acima são interdependentes, mas a segun-da primordial deve ser instalada numa região que conte com o público-alvo de seu empreendimento, pois cada público deve ser considerado, segundo seus hábitos, costumes e poder aquisitivo.

Outras questões relevantes para a localização são:

• Tamanho e dimensão da produção, para ter ideia do espaço necessário;

• Localização próxima do mercado fornecedor dos insumos, pois otimiza o custo com frete e distribuição;

• Local apropriado para o despejo dos resíduos que não serão utilizados no processo ou reaproveitados;

• Suprimento de água confiável (ou potável);

• Suprimento adequado de energia;

• facilidade e disponibilidade de mão-de-obra;

• Proximidade com rodovias e vias de acesso para escoamento.

De qualquer forma, é importante optar por locais de baixa concorrência, po-rém com consumidores potenciais, caso dos novos pólos de desenvolvimen-to econômicos.

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O empreendedor que deseja abrir uma empresa deve procurar conhecer a legislação e os procedimentos corretos para tal fim. A legislação específica para a abertura de empresas segue as normas instituídas pelo Departamento Nacional de Registro do Comércio (DNRC), que funciona como órgão na-cional destinado à supervisão, orientação, coordenação e normatização, no plano técnico; e supletiva, no plano administrativo, com as Juntas Comerciais (JC) como órgãos de execução e administração dos serviços de registro no brasil. Em seu site, estão todas as normas, legislação vigente e endereços e telefones das Juntas Comerciais em todos os Estados e no Distrito federal.

Clique aqui para acessar o site do DNRC

Para se tornar um empreendedor/empresário, a pessoa deve atentar para os princípios legais vigentes no Código Civil brasileiro de 2003, que indica que a idade mínima para constituir uma sociedade é de 18 anos e a idade para eman-cipação varia dos 16 aos 18 anos, desde que não seja impedida legalmente.

Abaixo é apresentado um passo-a-passo genérico para abertura de uma empresa no brasil:

1º pAsso – LocALizAção

O primeiro passo é definir a localização da empresa para que seja realizada uma consulta prévia de endereço na Administração Municipal para verificar se a atividade pretendida é compatível com a lei de zoneamento da região pretendida, inclusive sobre questões ambientais. O cliente fornece endereço e a atividade para análise da administração. Etapa imprescindível para aber-tura da empresa. É interessante, no momento da consulta, verificar se o imó-

vel está regularizado, isto é, se possui HAbITE-SE e se o IPTU está em dia.

2º pAsso – escoLhA do tipo de sociedAde eMpresáriA

Conforme o novo Código Civil existem cinco tipos de sociedade que podem ser organizadas no brasil: Sociedade em Nome Coletivo, Comandita Sim-ples, por Ações, Anônima e Limitada, sendo as últimas as mais comuns no brasil. De todas as apresentadas, a melhor para se constituir uma empresa de pequeno porte, é Sociedade Limitada, por possuir regramentos mais sim-plificados e preservar melhor os sócios.

3º pAsso – noMe dA eMpresA

Toda empresa dever ter um nome. Nesse momento, o empresário escolhe o nome de sua empresa e na Junta Comercial ou no Cartório de Registro de Pessoa Jurídica de seu município efetua uma pesquisa para saber se o nome já está registrado. Essa consulta é realizada em formulário próprio ob-tido na hora. Há possibilidade de ser realizada pela Internet. Aproveite para verificar no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual se o nome ou marca já estão patenteados.

4º pAsso – contrAto sociAL e deMAis docuMentos

Ainda na Junta Comercial ou Cartório de Registro de Pessoa Jurídica, após a definição do nome da empresa, deverão ser apresentados os seguintes documentos:

• Contrato Social ou Requerimento de Empresário Individual ou Estatuto, em três vias;

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• Cópia autenticada do RG e CPf do titular ou dos sócios;

• Requerimento Padrão (Capa da Junta Comercial ou Cartório), em uma via;

• fCN (ficha de Cadastro Nacional) modelo 1 e 2, em uma via;

• Pagamento de taxas através de DARf.

O Contrato Social é a peça principal na constituição da empresa. Nele são identificados os objetivos da empresa, a composição societária e a forma jurídica de constituição da mesma. São apresentados a legislação, deveres e direitos dos sócios. Conforme Estatuto da Micro e Pequena Empresa (LC 123/2006), não haverá a necessidade da assinatura de um advogado nesse documento. Nos demais casos essa assinatura é obrigatória. Peça auxílio ao seu contador ou advogado. Ao final dessa etapa será emitido o Número de Identificação do Registro da Empresa (NIRE), necessário para cadastramento da empresa junto à Secretaria da Receita federal, nosso próximo passo.

5º pAsso – cAdAstro nAcionAL de pessoA JurídicA

Com o NIRE em mãos, o empresário deve registrar sua empresa junto à Se-cretaria da Receita federal, efetuado exclusivamente pela internet através de programa específico. Os documentos exigidos, apresentados no momento do cadastramento, serão enviados por SEDEx para a Receita federal. O número do CNPJ será disponibilizado também pela internet. é de extrema importância nessa fase que o empresário defina o porte de seu empreendimento e sua classificação, pois é nessa etapa em que a depender da atividade exercida o contribuinte poderá optar pelo sistema de tributação simplificada, o SIMPLES.

Aproveite para ir à Secretaria da Receita Estadual para verificar quais os tribu-tos sua empresa deverá pagar e efetuar o registro nesse órgão, item obriga-tório para os setores do comércio, indústria e serviços de transporte intermu-

nicipal e interestadual, bem como os serviços de comunicação e energia. A inscrição estadual é essencial para a obtenção da inscrição no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Há casos em que essa inscri-ção ocorre em conjunto com o CNPJ. Verifique no site da Receita Federal os órgãos que possuem convênio.

6º pAsso – ALvArá de FuncionAMento

O alvará de funcionamento, documento obtido junto à prefeitura, ou adminis-tração regional ou na Secretaria Municipal da fazenda de cada município, é o documento final que autoriza o funcionamento da empresa. Na maioria dos casos, os documentos necessários são:

• formulário próprio da prefeitura;

• Consulta prévia de endereço aprovada;

• Cópia do CNPJ;

• Cópia do Contrato Social;

• Laudo dos órgãos de vistoria, quando necessário.

A depender do tipo de atividade a ser exercida, é necessária que uma vistoria seja realizada no local. Essas vistorias são realizadas por diversos órgãos, tais como: corpo de bombeiro (obrigatória), vigilância sanitária, órgãos am-bientais e outros. Veja se sua atividade é passível de licenciamento ambiental no órgão responsável em seu município.

quando o atendimento é realizado no próprio domicílio, a obtenção do alvará de funcionamento é condicionada à declaração explícita dos vizinhos de que a atividade não traz prejuízos à comunidade, autorizando o funcionamento do estabelecimento.

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7º pAsso – cAdAstrAMento nA previdênciA sociAL

Após realizar com sucesso as etapas anteriores, o empresário já pode iniciar o seu tão sonhado negócio. Contudo, ainda há a necessidade de realizar o cadastramento da empresa na Previdência Social e de seus sócios em até 30 dias, mesmo que não possua nenhum funcionário.

8° pAsso – ApArAto FiscAL

Para finalizar e iniciar de forma legal o negócio, o empreendedor deverá se dirigir Secretaria de Estado da fazenda para solicitar a autorização para im-pressão das notas e dos livros fiscais. A ajuda do contador, nesse momento, é muito importante. Pronto, seu negócio está apto a ser iniciado e com todas as necessidades cumpridas.

observações:

• Não esqueça que a partir desse momento a empresa deverá cumprir outras obrigações de caráter fiscal, tributário, trabalhista, previdenciário e empresariais;

• O novo empresário deve consultar o PROCON para adequar seus produ-tos às especificações do Código de Defesa do Consumidor (LEI Nº 8.078 DE 11.09.1990).

LegisLAção especíFicA

Lei nº 11.21/2005 – Dispõe sobre as condições exigíveis para a identifica-ção do couro e das matérias-primas sucedâneas, utilizados na confecção de calçados e artefatos.

Lei nº 11.774/2008 – Criação de instrumento de desoneração tributária do PIS/COfINS na aquisição de máquinas e equipamentos para produção de calçados;

resolução cAMeX nº 14, em 4 de março de 2010, quando foi consolidada medida anti-dumping contra os calçados originários da República Popular da China, nas posições NCM 6402 a 6405, com o valor de U$ 13,85 por par;

Decreto nº 6.761, 5/2/2009, artigo 1º, inciso I - automatização da concessão de redução a 0% do IR nas remessas ao exterior de recursos para fins de promoção comercial;

resolução rdc nº 13, de 11 de fevereiro de 2000 – ANVISA – sobre fabri-cação de calçados ortopédicos.

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O tamanho da estrutura varia, segundo o interesse, expectativa do empre-endedor e a forma com que será estruturado seu empreendimento, além da estimativa da quantidade de produtos a serem produzidos.

Apresenta-se abaixo uma ideia de estrutura baseada na condição de ter uma área para indústria e outra, em local diferente, para montagem da área co-mercial e do “showroom”.

áreA coMerciAL e showrooM

Espaço sugerido de aproximadamente 70m². Esse espaço deverá ser es-truturado em ambientes que traduzam a ideia e o conceito dos calçados ecológicos como associado a esportes, qualidade de vida e melhoria do meio ambiente. Esses ambientes representativos deverão ser montados com “su-gestões” de mobiliário, visando dar uma idéia aos clientes da qualidade do trabalho realizado na indústria de calçados ecológicos.

Nesse mesmo espaço devem ser colocadas mesas e cadeiras para aten-dimento aos clientes. O ambiente deve ser bem iluminado, convidativo e extremamente organizado, dando aos clientes uma sensação agradável e de organização, primando sempre pela utilização consciente de energia e aspectos ambientais.

indústriA

Área ideal pode variar de 150 a 1.000m², sendo que cerca de 85% destinada à área industrial e o restante para área administrativa.

A) produção – nesse espaço deverá ser instalado todo o maquinário que será aplicado na produção dos calçados ecológicos, que poderão ser pro-duzidos em larga escala ou produzidos conforme projeto específico de cada cliente, no caso de produção para revendedores ou marcas específicas. Deve-se reservar espaço para acondicionamento de matéria-prima e outro espaço para embalagem e estocagem das peças produzidas para posterior comercialização.

B) Administração – nesse espaço deverá ser instalado o escritório adminis-trativo-financeiro da indústria.

Leve em conta que todo tipo de atividade que atua com fabricação de cal-çados, com a utilização de madeiras, papéis, tecidos plásticos, borrachas e produtos químicos deve possuir um ambiente que preze muito pela se-gurança dos trabalhadores, visto que os materiais e insumos são altamente inflamáveis e os instrumentos utilizados são potencialmente perigosos.

Pense em ambientes onde possam ser aproveitadas, quando couber, luz e ventilação natural, a fim de evitar custos desnecessários com energia e equi-pamentos de apoio e que os materiais de construção sejam facilmente lavá-veis. Para a estrutura pode ser utilizado o conceito de arquitetura ambiental, reforçando cada vez mais os aspectos ambientais da produção.

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O pessoal necessário para implantação de uma fábrica de calçados ecológi-cos irá variar de acordo com o tamanho do empreendimento que se pretende implantar. Nesse tipo de negócio, a mão-de-obra deve ser dimensionada de acordo com a estimativa de pares de calçados a serem produzidas e quanti-dade de turnos com que a fábrica irá operar.

Assim, é fundamental que o empresário realize um dimensionamento de seu pessoal para eventuais períodos de maior ou menor demanda e elabore um planejamento de contratação de mão-de-obra temporária, ou mesmo sub-contratação de serviços para os períodos de maior movimento.

Considerando a estrutura sugerida, entende-se que o quadro de funcionários para o início das atividades poderá ser de 20 a 100 profissionais, distribuídos conforme abaixo:

vendAs / showrooM

• 3 vendedores(a) para atendimento e comercialização dos produtos;

• 1 pessoa para atuar no caixa, para recebimento dos pagamentos. Essa mesma funcionária também poderá atender as ligações de clientes;

• A depender do tamanho da loja, deve haver um gerente para organização e gerenciamento.

Destes profissionais espera-se, em termos mínimos de nível educacional, o nível médio completo, com cursos de recepcionista e atendimento ao públi-co. Somente para o gerente é que deve haver curso de nível superior, prefe-rencialmente em administração.

indústriA / produção

• designer/estilistas – profissional de nível superior responsável pelo conceito do produto, isto é, esta é a pessoa que irá desenhar o produto com base nos desejos das pessoas e nas tendências da moda;

• Modelador – profissional de nível médio ou superior responsável por traduzir o projeto e o conceito em realidade, dando vida ao calçado, escolhendo, para isso, os materiais a serem utilizados e os números dos calçados;

• operador de corte – profissional com curso técnico responsável pelos cortes dos moldes. Este poderá utilizar máquinas de corte ou faca para os cortes de couro e outro materiais. Profissional importante, pois nessa fase pode haver muito desperdício;

• costureiras – com cursos técnicos em costura industrial. Deverão estar aptas a utilizarem máquinas de costura industrial ou mesmo prontas para costura a mão;

• Profissional de montagem e acabamento – com nível técnico, deverá estar apto a realizar a montagem dos sapatos e os acabamentos finais.

• gestor de qualidade – profissional de nível superior, que será respon-sável pela realização do controle de qualidade.

Destaca-se que os profissionais de design e de modelagem são muito im-portantes para a indústria de calçados, pois eles irão definir o conceito do produto e quais serão os materiais a serem utilizados.

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Outros profissionais deverão ser contratados para realizar a gestão financei-ra e administrativa, a gestão da produção, gestão de compras e estoques, profissional de recursos humanos (a depender do tamanho da empresa) e o dirigente da empresa.

A quantidade de pessoas irá depender diretamente do tamanho da produção esperada pelo futuro empresário.

Ressalta-se que o empreendedor deverá estar presente em tempo integral na empresa, principalmente na área da indústria, pois será nesse ambiente que se configurará o sucesso de seu empreendimento, ou seja, produzindo itens de alta qualidade e que atendam a expectativa do cliente. Enfim o em-preendedor deverá se fazer presente integralmente na gestão completa da indústria de calçados ecológicos.

Como dica, o empresário deve atentar à Convenção Coletiva do Sindicato dos Empregados, ou outro similar, de acordo com a característica específica do negócio, utilizando-a como balizadora dos salários e orientadora das rela-ções trabalhistas, evitando, assim, consequências desagradáveis.

Independente da dimensão da estrutura e da quantidade de pessoas é in-teressante estar atualizado no setor, verificar novos produtos e tendências de consumo dos clientes, bem como realizar cursos de capacitação para a equipe da empresa.

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Os equipamentos necessários para a montagem de uma indústria de calça-dos ecológicos, considerando uma estrutura de 150 m2, são os seguintes:

áreA de operAções/indústriA

• Máquina de costura de coluna;

• balancim de cortar sola;

• Calibradeira de sola;

• Chanfradeira;

• Asperadeira;

• blaqueadeira;

• Máquina de montar;

• Prensa;

• frezadeira;

• Máquina de lixar;

• Máquina de escovar;

• fôrmas;

• formeiro;

• Móveis e utensílios;

• Veículos;

• Margem de segurança (10% do valor do investimento fixo).

áreA AdMinistrAtivo-FinAnceirA

Microcomputador completo

Mesas e cadeiras

Impressora

Armário para escritório

Telefone

fax

Mesmo com a quantidade de equipamentos acima mencionada, a produção de calçados, ecológicos ou não, é realizada quase que de forma artesanal.

Ressalta-se que a quantidade de equipamentos deverá ser dimensionada tendo em vista o espaço físico no qual a empresa será estruturada e na pro-dução total esperada ou estimada pelo empreendedor.

O SEbRAE local deverá ser buscado para ajudar o futuro empreendedor a dimensionar corretamente o negócio.

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A gestão de estoques no varejo é a procura do constante equilíbrio entre a oferta e a demanda. Este equilíbrio deve ser sistematicamente aferido através de, entre outros, os seguintes três importantes indicadores de desempenho:

• giro dos estoques: o giro dos estoques é um indicador do número de vezes em que o capital investido em estoques é recuperado através das vendas. Usualmente é medido em base anual e tem a característica de representar o que aconteceu no passado.

obs.: quanto maior for a freqüência de entregas dos fornecedores, logica-mente em menores lotes, maior será o índice de giro dos estoques, também chamado de índice de rotação de estoques.

• cobertura dos estoques: o índice de cobertura dos estoques é a indi-cação do período de tempo que o estoque, em determinado momento, consegue cobrir as vendas futuras, sem que haja suprimento.

• nível de serviço ao cliente: o indicador de nível de serviço ao cliente para o ambiente do varejo de pronta entrega, isto é, aquele segmento de negócio em que o cliente quer receber a mercadoria, ou serviço, ime-diatamente após a escolha; demonstra o número de oportunidades de venda que podem ter sido perdidas, pelo fato de não existir a mercadoria em estoque ou não se poder executar o serviço com prontidão. Portanto, o estoque dos produtos deve ser mínimo, visando gerar o menor impacto na alocação de capital de giro. O estoque mínimo deve ser calculado levando-se em conta o número de dias entre o pedido de compra e a entrega dos produtos na sede da empresa.

A matéria-prima utilizada na confecção de pares de calçados é bastante va-riada, sendo couro, pelica, tecidos de todos os tipos, cores e espessuras, dentre outros. Abaixo são apresentados alguns desses materiais utilizados na fabricação de qualquer tipo de calçados.

• Couro;

• Salto;

• Sola;

• Linha;

• Elástico;

• Palmilha de montagem;

• Cola;

• Argolas;

• Enfeites;

• fivelas;

• Rebites;

• Lhoses;

• Elástico;

• Reguladores e Ponteira;

• Palmilha;

• Salto;

• Solado.

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IDEIAS DE NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS

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Podem-se agrupar os componentes em alguns grandes grupos:

• Palmilhas e Termoconformados;

• Solados e fôrmas;

• Metais;

• Embalagens;

• Produtos químicos para Couro;

• Produtos químicos para Calçados;

• Têxteis e Sintéticos.

Porém, quando se busca ofertar produtos ambientalmente responsáveis, es-ses insumos se tornam parte essencial do processo produtivo. O Centro Tec-nológico do Calçado do SENAI Rio Grande do Sul, na busca pela produção de calçados ecológicos, identificou e utilizou um conjunto de matérias-primas que pudessem trazer o sentido de ecológicos para os calçados já fabricados.

Nesse sentido, foram utilizados os seguintes materiais:

• Couros cujo processo de curtimento possuem baixo grau de toxidade e não utilizam substâncias de usos restritos;

• Solados e espumas em borracha natural de fontes renováveis;

• Adesivos sem solventes;

• quanto ao cabedal foi utilizado couro vacum vegetal pigmentado, o qual na sua produção emprega insumos com isenção de sais de cromo no curtimento; emprega produtos engraxantes isentos de AOx; não empre-ga produtos contendo metais pesados; emprega compostos tensoati-

vos isentos de nonilfenoletoxilado; não emprega corante contendo aminas consideradas restritivas; emprega produtos isentos de fenol e formol livre; não emprega produtos contendo difenilo polibromato (Pbb) e éter difenilo polibromato (PbDE). A utilização destes insumos aumenta a capacidade de biodegradabilidade do couro, após o término de seu ciclo de vida;

• quanto ao solado, foi utilizada borracha natural Hevea brasiliense, a qual em sua produção empregou insumos livres de nitrosaminas, substâncias carcinogênicas e metais pesados;

• quanto à fabricação da palmilha interna, em espuma de látex de borra-cha natural matrizada coberta com couro vacum vegetal com adesivo termofilme à base de poliolefinas; contraforte em laminado termoplástico composto de polímeros biodegradáveis e baixo ponto de fusão e fibras de origem natural em farinha de madeira;

• Palmilha de montagem em celulose produzida a partir da polpa de fibra longa de madeira impregnada com mistura de látices de borracha natural;

• Adesivos que não utilizaram solventes orgânicos. A remoção de solvente orgânico além de melhorar a qualidade do ambiente de trabalho elimina a geração de resíduos classe I dos setores de montagem, costura e acabamento (subprodutos altamente poluentes, como borras, pincéis, panos com solvente);

• Embalagem para invólucro e transporte em papel sem a utilização de adesivo nas dobraduras. Também foi desenvolvida a opção de uma em-balagem em algodão cru.

Destaca-se que todo o processo, os materiais, componentes e suas quanti-dades acima especificados, são objeto de pedido de patente número 717691 junto ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI). (SbRT, 200x)

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Outros insumos são necessários como luvas e máscaras descartáveis, água, materiais de limpeza, energia, sacos laminados. Portanto, é bom estar atento para todos os tipos de insumos usados diretamente e indiretamente na empresa.

Lembre-se que o estoque dos produtos deve ser sempre mínimo, visando gerar o menor impacto na alocação de capital de giro. O estoque mínimo deve ser calculado levando-se em conta o número de dias entre o pedido de compra e a entrega dos produtos na sede da empresa.

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O processo produtivo de calçados ainda é muito intensivo na utilização de mão-de-obra e por não possuir um fluxo contínuo, em série, pode ser dividido em diferentes estágios. A interligação entre os diferentes estágios é considerada bastante importante, visando ter um melhor aproveitamento e, por consequência, a redução de perda de matéria-prima.

O fluxo que deve seguir uma fábrica de calçados ecológicos é bastante genérico e cada empresa deve possuir o seu. De forma simples, as etapas são:

designEtapa de criação e desenvolvimento do conceito do produto. Nessa fase são desenhados os modelos dos produtos e identificados os potenciais insumos.

ModeLAgeMEtapa em que são definidos os modelos dos calçados, utilizando o design proposto pelo designer. é aqui onde os insumos e os materiais são testados para a fase de manufatura dos produtos.

corteEtapa em que os tecidos, borrachas, couros e demais insumos serão cortados em diferentes tamanhos para cada tipo de calçado e numeração. Tomar cuidado com essa etapa, pois pode haver muito desperdício.

costurAEtapa na qual a parte superior do calçado é montada. é onde ocorrem as dobras, costuras, picotes e colagens. é uma das fases mais importantes devido aos detalhes que devem ser realizados, inclusive sendo passível de terceirização.

MontAgeMquando o calçado começa a tomar forma. Nesta fase a parte superior do calçado (cabedal) é unido ao solado, por meio de colagens ou costura. Posteriormente são inseridos os saltos, as biqueiras e as palmilhas.

AcABAMentoÚltima etapa da produção, onde são colocados os forros, feita a pintura final, enceramento, colocação de etiquetas, dentre outros. Nessa fase em que deve ser realizado o controle de qualidade.

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Na fase de produção deve haver um cuidado maior quando da elaboração de calçados ecológicos. Conforme dados da SbRT (200x), no brasil não há diretrizes específicas para esse tema, porém, a União Européia aponta três alternativas para viabilizar a produção dos calçados ecológicos:

• 1a. Elaboração e produção de produtos, mediante utilização de compo-nentes atóxicos e biodegradáveis;

• 2a. Elaboração e produção de produtos, mediante utilização de compo-nentes desenvolvidos a partir de novas matérias-primas, que permitam reciclagem;

• 3a. Elaboração e produção de produtos, mediante a utilização de com-ponentes reciclados.

Recomenda-se também a utilização de conceitos como Ecodesgin e Pro-dução Mais Limpa (P+L) para a gestão de processos focados na produção dos calçados ecológicos. O SEbRAE recomenda a utilização da metodologia Cinco Menos que São Mais desenvolvida para este propósito.

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A produção de calçados, como já apresentado, é intensiva em mão-de-obra, porém realizada em fases distintas. Dessa forma, a automação pode ocorrer em menor escala e é realizada dentro de cada fase, não sendo necessária a automação entre as distintas fases.

• Nas fases de design e modelagem a automação pode ocorrer por meio de computadores e programas do tipo CAD;

• Na fase de corte, a automação ocorre por meio da aquisição de máqui-nas de corte como os balancins;

• Na fase da costura o diferencial são as diferentes máquinas industriais de costura.

No entanto, se a unidade produtiva (indústria) for de grande porte, o nível de automação e maquinário avançado será requerido, pois se passa da produ-ção em pequenas séries para produção em grande escala.

A depender do tamanho da unidade, deve-se procurar sistemas de automa-ção para a gestão administrativa, financeira e de estoque.

Ressalta-se que a empresa é parte integrante da vida do empresário, por-tanto, conhecer todos os seus atos e fatos será de fundamental importân-cia, já que uma empresa bem gerida estará bem encaminhada rumo ao sucesso empresarial.

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Os canais de distribuição se constituem em um elemento definidor de sucesso ou não deste tipo de empreendimento, devendo tais canais ser bem definidos segundo a categoria da empresa, conforme segue:

A) vendA no AtAcAdo

Para esse tipo de venda o empreendedor tem duas opções, as quais devem ser avaliadas:

primeira: a empresa mantém estoque suficiente para comercialização em pronta entrega, visando atender aos lojistas/revendedores que buscam o ponto de venda (showroom) da indústria, ou ainda para atender as vendas via representantes comerciais ou simplesmente vendedores externos.

segunda: a indústria de calçados ecológicos não mantém estoque para pronta entrega e sim apenas mostruário dos itens fabricados pela sua empresa. Com base no mostruário exposto no showroom os lojistas/revendedores fazem os seus pedidos e a indústria parte então para a produção das encomendas.

Ressalta-se que existem vantagens e desvantagens em ambos os pro-cessos de distribuição. Neste processo de venda no atacado, a estru-turação do showroom é extremamente importante para que quando o cliente chegar à sua loja é importante que todos os tipos de calçados fabricados pela indústria estejam expostos, facilitando assim a identifi-cação por parte dos compradores das peças que mais se enquadram no perfil de seus consumidores finais.

vantagens

• Na primeira opção o lojista/revendedor chega na sua loja escolhe os pro-dutos, compra e sua empresa procede a entrega de imediato;

• Na segunda opção sua empresa não trabalha com estoques altos, ape-nas tem mostruário.

desvantagens

• Na primeira opção o nível de estoque de sua empresa é expressivo, o que provoca uma maior necessidade de capital de giro para suportar todos os gastos;

• Na segunda os clientes não conseguem adquirir o produto de imediato, tem aguardar a produção na indústria.

Outra forma de distribuição pode ser a montagem de um catálogo bem elaborado com criatividade para que os representantes comerciais ou vendedores externos possam ter uma forma de apresentação de todos os tipos de calçados, perante os lojistas e revendedores.

B) vendA no vAreJo

Deve ser utilizado o mesmo espaço do showroom. Com isto haverá uma redução de custos na estruturação de duas unidades de vendas.

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c) Os canais apresentados acima são os tradicionais, no entanto o empreendedor de uma indústria de calçados ecológicos poderá lançar mão de seus produtos na rede mundial de computadores (internet), visando possibilitar a compra por consumidores que talvez não sejam atendidos por um lojista, revendedor, vendedor externo ou mesmo con-seguir fazer-se presente no showroom da sua empresa.

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O volume de recursos a ser investido dependerá da capacidade produtiva e de comercialização que o empreendedor entenda como possível atender, bem como do espaço disponível para montagem de sua fábrica de calça-dos ecológicos.

Visando dar uma estimativa do volume de investimentos, apresenta-se uma seleção de itens e suas respectivas quantidades para se ter estruturado uma indústria de médio porte, com cerca de 150 m2.

áreA industriAL

• Máquina de costura de coluna – 2 – r$ 4.400,00;

• balancim de cortar sola – 1 – r$ 5.000,00;

• Calibradeira de sola – 1 – r$ 4.500,00;

• Chanfradeira – 1 – r$ 1.890,00;

• Asperadeira – 1 – r$ 2.850,00;

• blaqueadeira – 1 – r$ 4.650,00;

• Máquina de montar – 1 – r$ 6.500,00;

• Prensa – 2 – r$ 3.450,00;

• frezadeira – 2 – r$ 2.950,00;

• Máquina de lixar – 4 – r$ 2.240,00;

• Máquina de escovar – 3 – r$ 1.740,00;

• Fôrmas – 30 – r$ 2.500,00;

• formeiro – 2 – r$ 1.560,00;

• Móveis e utensílios – geral – r$ 15.000,00;

• Veículos – 1 – r$ 38.000,00;

• fardamento para paramentar os funcionários envolvidos na área de pro-dução – r$ 2.500,00;

• EPI (Equipamentos de Proteção Individual), para cada um dos funcioná-rios da empresa – r$ 3.000,00.

total dos equipamentos da área industrial ..................... r$ 102.730,00Aquisição de matéria-prima ............................................... r$ 25.000,00

itens pArA uso nA áreA AdMinistrAtivo-FinAnceirA e showrooM

• Mesa – 3 – r$ 1.200,00;

• Cadeira – 9 – r$ 1.800,00;

• Computador – 2 – r$ 3.600,00;

• Impressora laser – 2 – r$ 1.800,00;

• Telefone – 4 – r$ 200,00.

total mobiliário ..................................................................... r$ 8.600,00total de equipamentos/mobiliário ................................... r$ 136.330,00

Para a instalação da área de produção/indústria o ideal é que o espaço es-colhido seja na forma de galpão para facilitar a distribuição dos ambientes requeridos tanto na parte da instalação das máquinas para produção quanto

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a área administrativa, e ainda os espaços destinados ao estoque de matéria--prima e produtos acabados.

A área que se destina ao showroom/comercial pode ser uma sala comer-cial ou mesmo uma casa adaptada para essa finalidade. Qualquer que seja o ambiente será necessário adequar uma recepção e dispor amostras de trabalhos para que os clientes possam ter uma primeira noção do trabalho desenvolvido em sua área produtiva.

O custo de adequação de imóvel (eis) será bastante variável, pois dependerá de como será encontrada a estrutura atual, as condições das instalações elétricas, hidráulicas, dentre outros espaços, mas estima-se algo em torno de R$ 8.000,00 à R$ 50.000,00.

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Capital de giro é o montante de recursos financeiros que a empresa precisa manter para garantir fluidez dos ciclos de caixa. O capital de giro funciona com uma quantia imobilizada no caixa (inclusive banco) da empresa para suportar as oscilações de caixa. O capital de giro é regulado pelos prazos praticados pela empresa, são eles: prazos médios recebidos de fornecedo-res (PMf); prazos médios de estocagem (PME) e prazos médios concedidos a clientes (PMCC). quanto maior o prazo concedido aos clientes e quanto maior o prazo de estocagem, maior será sua necessidade de capital de giro. Portanto, manter estoques mínimos regulados e saber o limite de prazo a conceder ao cliente pode melhorar muito a necessidade de imobilização de dinheiro em caixa. Se o prazo médio recebido dos fornecedores de matéria--prima, mão-de-obra, aluguel, impostos e outros forem maiores que os pra-zos médios de estocagem somada ao prazo médio concedido ao cliente para pagamento dos produtos, a necessidade de capital de giro será positi-va, ou seja, é necessária a manutenção de dinheiro disponível para suportar as oscilações de caixa. Neste caso um aumento de vendas implica também em um aumento de encaixe em capital de giro. Para tanto, o lucro apurado da empresa deve ser ao menos parcialmente reservado para complementar esta necessidade do caixa. Se ocorrer o contrário, ou seja, os prazos recebi-dos dos fornecedores forem menores que os prazos médios de estocagem e os prazos concedidos aos clientes para pagamento, a necessidade de ca-pital de giro é negativa. Neste caso, deve-se atentar para quanto do dinheiro disponível em caixa é necessário para honrar compromissos de pagamentos futuros (fornecedores, impostos). Portanto, retiradas e imobilizações exces-sivas poderão fazer com que a empresa venha a ter problemas com seus pagamentos futuros. Um fluxo de caixa, com previsão de saldos futuros de caixa deve ser implantado na empresa para a gestão competente da neces-sidade de capital de giro. Só assim as variações nas vendas e nos prazos praticados no mercado poderão ser geridas com precisão.

Nesse segmento, normalmente a Necessidade de Capital de Giro é alta, con-siderando que na empresa de fabricação de calçados ecológicos, normal-mente com vendas parceladas e ainda tem sempre um estoque substancial tanto de matéria-prima quanto de produto acabado. Sendo assim, o nível de capital de giro irá variar na ordem de 75% a 100% do investimento total.

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São todos os gastos realizados na produção de um bem ou serviço e que serão incorporados posteriormente no preço dos produtos ou serviços pres-tados, como: aluguel, água, luz, salários, honorários profissionais, despesas de vendas, matéria-prima e insumos consumidos no processo de produção, depreciação de maquinário e instalações.

O cuidado na administração e redução de todos os custos envolvidos na compra, produção e venda de produtos ou serviços que compõem o negó-cio, indica que o empreendedor poderá ter sucesso ou insucesso, na medida em que encarar como ponto fundamental a redução de desperdícios, a com-pra pelo melhor preço e o controle de todas as despesas internas. quanto menores os custos, maior a chance de ganhar no resultado final do negócio.

Os custos para estruturar uma empresa de fabricação calçados ecológicos devem ser estimados considerando os itens abaixo:

• Salários e encargos – r$ 10.000,00;

• Tributos, impostos, contribuições e taxas – r$ 1.000,00;

• Água, Luz, Telefone e acesso a internet – r$ 850,00;

• Produtos para higiene e limpeza da empresa e funcionários – r$ 500,00;

• fardamento para paramentar os funcionários envolvidos na área de pro-dução – r$ 500,00;

• EPI (Equipamentos de Proteção Individual), para cada um dos funcioná-rios da empresa – r$ 180,00;

• Assessoria contábil – r$ 650,00;

• Propaganda e Publicidade da empresa – r$ 1.000,00;

• Manutenção de estoques para vendas diretas e imediatas – r$ 3.500,00;

• Despesas com transporte – r$ 800,00.

o custo estimado mensal é de .......................................... r$ 18.980,00

Seguem algumas dicas para manter os custos controlados:

• Comprar pelo menor preço;

• Evitar gastos e despesas desnecessárias;

• Manter equipe de pessoal enxuta e treinada.

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Agregar valor significa oferecer produtos e serviços complementares ao pro-duto principal, diferenciando-se da concorrência e atraindo o público-alvo. Não basta possuir algo que os produtos concorrentes não oferecem. é ne-cessário que esse algo mais seja reconhecido pelo cliente como uma van-tagem competitiva e aumente o seu nível de satisfação com o produto ou serviço prestado.

Nesse segmento de mercado, diversificar é o ponto delimitador da barreira entre ser um empresário comum ou de sucesso. Visando dinamizar a referida diversificação e por conseqüência agregar valor ao seu trabalho e produto final, pode-se incluir:

• Ter no processo de criação dos calçados ecológicos um designer com uma grande capacidade criativa, que seja capaz de criar peças inova-doras e que ofereçam boas condições de uso e satisfação da clientela;

• Da mesma que o designer, a indústria deverá contar com ótimos pro-fissionais na área industrial, pois será esse funcionário que dará vida ao projeto que foi criado pelo designer;

• Manter sempre em sua linha de produção peças inovadoras, tanto em designer quanto em modelos variados, sendo necessário ter essa ino-vação para atender a demanda dos diversos consumidores de sua linha de produtos.

Tendo em vista que os equipamentos utilizados numa planta de calçados ecológicos são os mesmos para produção de acessórios para o vestuário como bolsas, cintos, pulseiras então o empresário poderá optar, em mo-mentos de ociosidade na produção, produzir estes mesmos produtos porém ecológicos. Esse pode ser um grande diferencial e início de uma possível marca própria.

Ressalta-se que o empresário deve manter em sua linha produtiva a maior va-riedade possível de calçados, cores, números, visando despertar nos clientes em geral o desejo de ter um calçado produzido em sua indústria.

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A propaganda é um importante instrumento para tornar a empresa e seus serviços conhecidos pelos clientes potenciais. O objetivo da propaganda é construir uma imagem positiva frente aos clientes e tornar conhecidos os serviços oferecidos pela empresa. A mídia mais adequada é aquela que tem linguagem adequada ao público-alvo, se enquadra no orçamento do empre-sário e tem maior penetração e credibilidade junto ao cliente.

Para uma ideia de negócio como a proposta nesse documento poderão ser usados todos os canais de propaganda, de acordo com o porte do empre-endimento e a capacidade de investimento do empreendedor. Um pequeno estabelecimento poderá utilizar-se de panfletos a serem distribuídos de forma dirigida, em locais de grande circulação de pessoas (próximos ao estabele-cimento), ou no bairro onde está localizado. Possuir cartões de visitas para entregar aos clientes e potenciais clientes é bastante recomendado.

Na medida do interesse e das possibilidades, poderão ser utilizados anún-cios em jornais de bairro, jornais de grande circulação, rádio, revistas, ou-tdoor e internet. Entretanto, o contato pessoal é imprescindível particular-mente para aqueles empreendedores que se propõem a atender empresas do mercado varejistas.

O grande destaque para os calçados ecológicos que deve ser o principal apelo na hora da comercialização e divulgação são os conceitos de ecode-sign, produção mais limpa e a responsabilidade ambiental que a empresa possui. Atualmente, a sociedade tem buscado diferenciais competitivos em soluções ambientais ou mesmo produtos cujo processo produtivo é ambien-

talmente correto. Investir nesse tipo de publicidade será o grande diferencial.Porém, caso o empreendedor deseje investir na marca própria e concorrer com as demais empresas já firmadas no mercado, haverá a necessidade de produzir calçados ecológicos com qualidade. Uma ótima forma de divulga-ção do negócio pode ser feita ainda por meio de desfiles para apresentar os produtos a compradores, donos de lojas e potenciais clientes, além de catálogos com o mostruário completo e mala direta.

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O segmento de fÁbRICA DE CALÇADOS ECOLÓGICOS, assim entendido pela CNAE/IBGE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) 1939-9/00 como atividade de fAbRICAÇÃO DE CALÇADOS DE OUTROS MATERIAIS:

• A fabricação de calçados de madeira, de tecidos de fibras, de borracha e de outros materiais não especificadas, inclusive para esporte;

• A fabricação de calçados de borracha e de outros materiais para segu-rança industrial e pessoal.

Esse segmento poderá optar pelo SIMPLES Nacional - Regime Especial Uni-ficado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas ME (Micro-empresas) e EPP (Empresas de Pequeno Porte), instituído pela Lei Comple-mentar nº 123/2006, desde que a receita bruta anual de sua atividade não ultrapasse a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) para micro em-presa e R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais) para empresa de pequeno porte e respeitando os demais requisitos previstos na Lei.

Nesse regime, o empreendedor poderá recolher, segundo o que está previsto no Art. 4º, da Resolução CGSN n.º 94, os tributos e contribuições listados abaixo, por meio de apenas um documento fiscal – o DAS - Documento de Ar-recadação do Simples Nacional, que é gerado no Portal do SIMPLES Nacional:

Clique para acessar o site da Receita

• irpJ – Imposto de Renda da Pessoa Jurídica;

• csLL – Contribuição Social sobre o Lucro;

• pis – Programa de Integração Social;

• coFins – Contribuição para o financiamento da Seguridade Social;

• inss – Contribuição para a Seguridade Social relativa a parte patronal;

• icMs – Imposto sobre Operações Relativas a Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços e Transporte Interestadual e Intermunici-pal e de Comunicação;

• iss – Impostos sobre Serviços de qualquer Natureza.

Conforme a Lei Complementar n.º 123/2006, as alíquotas do SIMPLES Na-cional, para esse ramo de atividade, que estão previstas no Anexo II da re-ferida Lei, variam de 4,5% a 12,11%, dependendo da receita bruta auferida pelo negócio.

No caso de início de atividade no próprio ano-calendário da opção pelo SIM-PLES Nacional, para efeito de determinação da alíquota no primeiro mês de atividade, os valores de receita bruta acumulada devem ser proporcionais ao número de meses de atividade no período.

Se o faturamento no primeiro mês de atividade da empresa, o faturamento for igual ou superior a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), que multiplicado pelo número de meses compreendidos entre o início de atividade e final do res-pectivo ano-calendário, considerada as frações de meses como mês inteiro. (Art. 3º, Resolução CGSN n.º 94).

No ano-calendário de abertura da empresa se exceder esse limite de fatura-mento de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) mensais, até o percentual de 20% a exclusão se dará no ano seguinte, no entanto se esse excesso for superior a 20% a exclusão ocorrerá no mesmo exercício e retroagirá até o mês de início de atividade da empresa.

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IDEIAS DE NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS

49

MEI (Microempreendedor Individual): para se enquadrar no MEI o CNAE de sua atividade deve constar e ser tributado conforme a tabela da Resolução CGSN nº 94/2011 – Anexo XIII.

Clique para acessar o site da Receita

Neste caso, este segmento não pode se enquadrar no MEI, conforme Re-solução 94/2011.

Para este segmento, tanto ME ou EPP, a opção pelo SIMPLES Nacional po-derá ser vantajosa sob o aspecto tributário. Mas para assegurar dessa van-tagem o empreendedor deverá buscar apoio técnico especializado, visando avaliar o efeito desse enquadramento. O optante pelo SIMPLES Nacional encontra facilidades para cumprimento das obrigações acessórias.

fundamentos Legais: Leis Complementares 123/2006 (com as alterações das Leis Complementares n.º 127/2007, 128/2008 e 139/2011) e Resolução CGSN – Comitê Gestor do Simples Nacional nº 94/2011.

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FÁBRICA DE CALÇADOS ECOLÓGICOS

EV

EN

TOS

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IDEIAS DE NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS

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rodAdA de negócios eM FrAncA - são pAuLo

informações: Abicalçados – Unidade de Eventos

Fone: (51) 3594-7011

novA serrAnA FeirA e ModA

Local: Centro de Convenções Nova Serrana Nova Serrana/MG

nformações: Sindinova

iFLs – internAtionAL FootweAr & LeAther show – Bogotá/coA IfLS é a principal feira colombiana do setor e é promovida pela Associação Nacional dos Calçadistas, a Acicam. Cada edição reúne em torno de 500 expositores – são fábricas locais e estrangeiras de calçados, acessórios em couro, artigos de viagem, couros, insumos e componentes – distribuídos em uma área de 11 mil metros quadrados. Aproximadamente 15 mil visitantes circulam pelos corredores da mostra.

website da feira: IfLS

couroModA FeirA internAcionAL de cALçAdos, ArteFAtos e AFinsFone: 11 3897 6100 Fax: 11 3897 6161

Emai

l [email protected]

Clique para acessar o site da Couromoda

seMinário soBre terceirizAção nA indústriA de cALçAdos

Local: Salão de Atos da Universidade feevale Novo Hamburgo/RS

informações: Unidade de Eventos Abicalçados

Fone: (51) 3594-7011

16º seMinário nAcionAL dAs indústriAs de cALçAdos

Local: federação das Indústrias do Estado da Paraíba Campina Grande - Paraíba

informações: Abicalçados – Unidade de Eventos

Fone: (51) 3594-7011 eXpo rivA schuh, gArdA/itExpo Riva Schuh representa a mais importante feira internacional de calça-dos de volume. Acontece duas vezes ao ano, em janeiro e em junho, em Riva Del Garda na Itália.

website da feira: Expo Riva

FrAncAL 2012 – FeirA internAcionAL de cALçAdos e Acessórios

Local: Parque Anhembi São Paulo/SP

informações: francal Première Classe – frança

preMiere cLAsse A feira internacional Premiere Classe – The International fashion Accessory Designers Trade Show, reúne essencialmente criadores de moda. Calçadis-tas brasileiros participam da mostra.

informações: Unidade de Eventos Abicalçados

website: Premiere Classe

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IDEIAS DE NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS

52

FrAncAL – FeirA internAcionAL de cALçAdos, ArteFAtos e AFins

Fone: (11) 6226-3100

Fax: (11) 6226-3200

Emai

l

[email protected]

Clique para acessar o site da Francal

FenAc s/A – proMotorA dAs FeirAs FiMec e courovisão

Fone: (51) 3587-3366

Emai

l

[email protected]

Clique para acessar o site da Fenac

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FÁBRICA DE CALÇADOS ECOLÓGICOS

EN

TID

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M G

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IDEIAS DE NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS

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receitA FederALbrasília - Df

Clique para acessar o site da Receita

sndcSistema Nacional de Defesa do ConsumidorEsplanada dos Ministérios, bloco T, Edifício Sede – brasília – Dfcep: 70.064-900.Fone: (61) 3429-3000

Clique para acessar o site MJ

ABicALçAdos – AssociAção BrAsiLeirA dA indústriA de cAL-çAdos

Clique para acessar o site Abicalçados

ABit – AssociAção BrAsiLeirA dA indústriA têXtiL e de con-FecçãoNo site encontra-se o calendário de vários eventos na área confeccionista

Clique para acessar o site da Abit

cdL – câMArA de dirigentes LoJistAsProcurar o de sua cidade ou região, pois este órgão normalmente promove vários eventos na área do comércio.

cursos

serviço nAcionAL de AprendizAgeM coMerciAL (senAc)

Clique para acessar o site do Senac

seBrAe – serviço BrAsiLeiro de Apoio Às Micro e pequenAs eMpresAs

Clique para acessar o site do Sebrae

BrAziLtrAdenet – site do governo FederAL soBre negó-cios internAcionAis

Clique para acessar o site Braziltradenet

Page 55: FÁBRICA DE CALÇADOS ECOLÓGICOS

IDEIAS DE NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS

55

ABecA – AssociAção BrAsiLeirA dos estiListAs de cALçAdos e AFinsFone: (51) 3587-4889 Fax: (51) 3587-4889

Emai

l

[email protected]

Clique para acessar o site da Abeca

ABqtic – AssociAção BrAsiLeirA dos quiMicos e tecnicos dA industriA do courofone: (51) 3561–2761 fax: 51) 3561-2250

Emai

l

[email protected]

Clique para acessar o site da ABQTIC

ABrAMeq – AssociAção BrAsiLeirA dAs indústriAs de Má-quinAs e equipAMentos pArA os setores do couro, cALçA-dos e AFins

Fone: (51) 3594–2232

Emai

l

[email protected]

Clique para acessar o site da ABRAMEQ

Aci/nh/ev/cB – AssociAção coMerciAL, industriAL e de ser-viços de novo hAMBurgo, estânciA veLhA e cAMpo BoM

diretor executivo: Marco Kirsch

Fone: (51) 2108-2108

Fax: (51) 2108-2108

Emai

l

[email protected]

Clique para acessar o site da ACINH

Page 56: FÁBRICA DE CALÇADOS ECOLÓGICOS

IDEIAS DE NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS

56

AeB – AssociAção de coMércio eXterior do BrAsiL

Fone: (21) 5440-0048

Emai

l

[email protected]

Clique para acessar o site da AEB

AicsuL – AssociAção dAs indústriAs de curtuMes do rio grAnde do suLdiretor executivo: Janete MainoFone: (51) 3594-8986

Emai

l

[email protected]

Clique para acessar o site da AICSUL

Aspeur – AssociAção pró-ensino superior eM novo hAM-Burgo

Fone: (51) 3586-8800

Emai

l

[email protected]

Clique para acessar o site da ASPEUR

AssintecAL – AssociAção BrAsiLeirA dAs indústriAs de coMponentes pArA couro, cALçAdos e AFinsdiretor executivo: Ilse GuimarãesFone: 3594-2158

Emai

l

[email protected]

Clique para acessar o site da ASSINTECAL

Page 57: FÁBRICA DE CALÇADOS ECOLÓGICOS

IDEIAS DE NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS

57

Aicnor – AssociAção dAs indústriAs de curtuMes do nor-deste e norte do BrAsiL

Fone: (71) 343-1223

Emai

l

[email protected]

Clique para acessar o site da AICNOR

ABLAc – AssociAção BrAsiLeirA dos LoJistAs de ArteFAtos e cALçAdos

Fone: (11) 4702-7336

Fax: (11) 4702-7336

Emai

l

[email protected]

Clique para acessar o site da ABLAC

ABint – AssociAção BrAsiLeirA dAs indústriAs de não teci-dos e tecidos técnicos

diretor executivo: Odoardo Heitor Lantieri

Fone: (11) 3032-3015

Fax: (11) 3819-6311

Emai

l

[email protected]

Clique para acessar o site da ABINT

centro tecnoLógico do couro e do cALçAdo ALBAno FrAn-co/senAi

Fone: (83) 333-1522

Emai

l

[email protected]

Clique para acessar o site do SENAI

Page 58: FÁBRICA DE CALÇADOS ECOLÓGICOS

IDEIAS DE NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS

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centro tecnoLógico do couro/senAi

Fone: (51) 561-1864

Emai

l

[email protected]

Clique para acessar o site do SENAI

cndL – conFederAção nAcionAL dos dirigentes LoJistAs

Fone: (61) 3327-2327

Emai

l

[email protected]

Clique para acessar o site do CNDL

cnpc – conseLho nAcionAL de pecuáriA de corte

Fone: (11) 251-3231

Emai

l

[email protected]

Clique para acessar o site do CNPC

gs1 BrAsiL

Fone: (11) 3068-6200

Emai

l

[email protected]

Clique para acessar o site do GS

Page 59: FÁBRICA DE CALÇADOS ECOLÓGICOS

IDEIAS DE NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS

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escoLA senAi MArcio BAqueirA LeAL

Fone: (16) 3727-1101

Emai

l

[email protected]

Clique para acessar o site do SENAI

ipt – instituto de pesquisAs tecnoLógicAs do estAdo de são pAuLo

Fone: (11) 3767-4000

Emai

l

[email protected]

Clique para acessar o site do IPT

ipt – instituto de pesquisAs tecnoLógicAs do estAdo de são pAuLo - unidAde de FrAncA/sp

Fone: (16) 3720-1033

Emai

l

[email protected]

Clique para acessar o site do IPT

centro universitário FeevALe

Fone: (51) 586-8800

Emai

l

[email protected]

Clique para acessar o site da FEEVALE

Page 60: FÁBRICA DE CALÇADOS ECOLÓGICOS

IDEIAS DE NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS

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Fiergs – FederAção dAs indústriAs do rio grAnde do suLFone: (51) 3347-8787 Fax: (51) 3347-8700

Emai

l

[email protected]

Clique para acessar o site da FIERGS

cicB – centro dAs indústriAs de curtuMes do BrAsiLdiretor executivo: Luiz Augusto Siqueira bittencourtFone: (61) 3224-1867 Fax: (61) 3323-7943

Emai

l

[email protected]

Clique para acessar o site da CICB

iBtec – ninstituto BrAsiLeiro de tecnoLogiA do couro,cALçAdos e ArteFAtosFone: (51) 3587-1477 Fax: (51) 3587-2101

Emai

l

[email protected]

Clique para acessar o site da IBTEC

ABnt – AssociAção BrAsiLeirA de norMAs tecnicAsFone: (11) 3767-3600 Fax: (11) 3767-3633

Emai

l

[email protected]

Clique para acessar o site da ABNT

Page 61: FÁBRICA DE CALÇADOS ECOLÓGICOS

IDEIAS DE NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS

61

ieMi – instituto de estudos e MArketing industriAL

Fone: (11) 3167-3202

Fax: (11) 3167-4208

Emai

l

[email protected]

Clique para acessar o site da IEMI

ABiAcAv – AssociAção BrAsiLeirA dAs indústriAs de ArteFA-tos de couro e Artigos de viAgeM

Fone: (11) 3739-3608

Emai

l

[email protected]

Clique para acessar o site da ABIACAV

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FÁBRICA DE CALÇADOS ECOLÓGICOS

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IDEIAS DE NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS

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Norma técnica é um documento, estabelecido por consenso e aprovado por um organismo reconhecido que fornece para um uso comum e repetitivo re-gras, diretrizes ou características para atividades ou seus resultados, visando a obtenção de um grau ótimo de ordenação em um dado contexto. (AbNT NbR ISO/IEC Guia 2).

Participam da elaboração de uma norma técnica a sociedade, em geral, re-presentada por: fabricantes, consumidores e organismos neutros (governo, instituto de pesquisa, universidade e pessoa física).

Toda norma técnica é publicada exclusivamente pela AbNT – Associação brasileira de Normas Técnicas, por ser o foro único de normalização do País.

1. norMAs especíFicAs pArA uMA de FáBricA de cALçAdos ecoLógicos:

ABnt nBr 14834:2011 – Conforto do calçado — Requisitos e ensaios.

Esta Norma estabelece os métodos de ensaios e os requisitos para estabe-lecer o índice de conforto dos calçados, bem como define as características para a seleção de modelos de calce.

ABnt nBr 15172:2004 – Calçados – Terminologia

Esta Norma define os termos empregados para calçados.

2. norMAs ApLicáveis nA eXecução de uMA FáBricA de cALçAdos ecoLógicos:

ABnt nBr 15842:2010 – qualidade de serviço para pequeno comércio – Requisitos gerais.

Esta Norma estabelece os requisitos de qualidade para as atividades de ven-da e serviços adicionais nos estabelecimentos de pequeno comércio, que permitam satisfazer as expectativas do cliente.

ABnt nBr 12693:2010 – Sistemas de proteção por extintores de incêndio.

Esta Norma estabelece os requisitos exigíveis para projeto, seleção e instala-ção de extintores de incêndio portáteis e sobre rodas, em edificações e áreas de risco, para combate a princípio de incêndio.

ABnt nBr 5410:2004 versão corrigida: 2008 – Instalações elétricas de baixa tensão.

Esta Norma estabelece as condições a que devem satisfazer as instalações elétricas de baixa tensão, a fim de garantir a segurança de pessoas e ani-mais, o funcionamento adequado da instalação e a conservação dos bens.

Page 64: FÁBRICA DE CALÇADOS ECOLÓGICOS

IDEIAS DE NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS

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ABnt nBr 5413:1992 versão corrigida:1992 – Iluminância de interiores.

Esta Norma estabelece os valores de iluminâncias médias mínimas em ser-viço para iluminação artificial em interiores, onde se realizem atividades de comércio, indústria, ensino, esporte e outras.

ABnt nBr 5419:2005 – Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas.

Esta Norma fixa as condições de projeto, instalação e manutenção de sis-temas de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA), para proteger as edificações e estruturas definidas em 1.2 contra a incidência direta dos raios. A proteção se aplica também contra a incidência direta dos raios sobre os equipamentos e pessoas que se encontrem no interior destas edificações e estruturas ou no interior da proteção impostas pelo SPDA instalado.

ABnt nBr 5626:1998 – Instalação predial de água fria.

Esta Norma estabelece exigências e recomendações relativas ao projeto, execução e manutenção da instalação predial de água fria. As exigências e recomendações aqui estabelecidas emanam fundamentalmente do respeito aos princípios de bom desempenho da instalação e da garantia de potabili-dade da água no caso de instalação de água potável.

ABnt nBr 8160:1999 – Sistemas prediais de esgoto sanitário – Projeto e execução.

Esta Norma estabelece as exigências e recomendações relativas ao projeto, execução, ensaio e manutenção dos sistemas prediais, de esgoto sanitário, para atenderem às exigências mínimas quanto á higiene, segurança e confor-to dos usuários, tendo em vista a qualidade destes sistemas.

ABnt nBr iec 60839-1-1:2010 – Sistemas de alarme – Parte 1: Requisitos gerais – Seção 1: Geral.

Esta Norma especifica os requisitos gerais para o projeto, instalação, comis-sionamento (controle após instalação), operação, ensaio de manutenção e registros de sistemas de alarme manual e automático empregados para a proteção de pessoas, de propriedade e do ambiente.

ABnt nBr 50001:2001 – Sistemas de gestão da energia — Requisitos com orientações para uso.

Esta Norma especifica requisitos para o estabelecimento, implementação, manutenção e melhoria de um sistema de gestão da energia, cujo propósito é habilitar uma organização a seguir uma abordagem sistemática para aten-dimento da melhoria contínua de seu desempenho energético, incluindoeficiência energética, uso e consumo de energia.

Page 65: FÁBRICA DE CALÇADOS ECOLÓGICOS

IDEIAS DE NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS

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ABnt nBr 15569:2008 – Sistema de aquecimento solar de água em circui-to direto – Projeto e instalação.

Esta Norma estabelece os requisitos para o sistema de aquecimento solar (SAS), considerando aspectos de concepção, dimensionamento, arranjo hi-dráulico, instalação e manutenção, onde o fluido de transporte é a água.

ABnt nBr 15527:2007 – Água de chuva – Aproveitamento de coberturas em áreas urbanas para fins não potáveis – Requisitos.

Esta Norma estabelece os requisitos de qualidade para as atividades de ven-da e serviços adicionais nos estabelecimentos de pequeno comércio, que permitam satisfazer as expectativas do cliente.

Page 66: FÁBRICA DE CALÇADOS ECOLÓGICOS

FÁBRICA DE CALÇADOS ECOLÓGICOS

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IDEIAS DE NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS

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A criatividade do designer de uma indústria de calçados ecológicos, aliada à habilidade dos profissionais que irão trabalhar na transformação do projeto no produto final é parte fundamental do sucesso do negócio. A inovação na criação de modelos deve ser constante, principalmente aqueles que traduzam estilo e beleza para cada peça produzida, bem como a utilização de diferentes insumos ecológicos para fazer a diferença em relação aos concorrentes.

O empreendedor de uma indústria de calçados ecológicos deverá procu-rar o uso exclusivo de matéria-prima de primeira qualidade, o que significa comprar de fornecedores que atuem com materiais das melhores indústrias existentes no mercado.

O treinamento da mão-de-obra também é parte do processo, o funcionário entra como aprendiz e só depois de certo tempo pode se tornar um profis-sional de transformação de matéria-prima em pares de calçados. Ele deve ser treinado a realizar o melhor trabalho com o menor consumo de matéria-prima.

A comunicação para os clientes finais deve focar sempre na responsabilidade ambiental da empresa e produção mais limpa, agregando valor ao produto ao mesmo tempo em que se diferencia em relação aos demais concorrentes.

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FÁBRICA DE CALÇADOS ECOLÓGICOS

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IDEIAS DE NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS

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O empreendedor que pretender ingressar no segmento de fabricação de cal-çados ecológicos, deve ter algumas características básicas, tais como:

1. Ter conhecimento específico sobre indústria de calçados e moda, bem como as diversas variações de estilos, tipos e numeração, etc. Esse conheci-mento pode ser inato ou poderá ser adquirido com a participação em cursos e eventos específicos do setor;

2. Deverá possuir preocupação com o meio ambiente e produção mais limpa, bem como conhecer informações sobre responsabilidade ambiental;

3. Tal conhecimento requer habilidades para analisar o projeto que será exe-cutado, devendo conseguir distinguir com facilidade qual será a melhor forma e técnica a ser utilizada na execução do referido projeto de cada calçado. A criatividade e a abordagem comercial devem andar juntas;

4. Estar amparado nas tendências de mercado. Ser capaz de elaborar mos-truário que desperte a atenção dos clientes. Apresentar sugestões de utili-zação de novos materiais para os clientes; por isso torna-se necessário co-nhecer princípios básicos de moda e estar atento às novas tendências do mercado, além é claro de evitar os exageros;

5. Buscar melhorar o nível de seu negócio, participando de cursos específi-cos sobre o setor e de gestão empresarial;

6. Ter habilidade no tratamento com pessoas tanto com seus colaboradores quanto com clientes, fornecedores e concorrentes, enfim, com todos que de forma direta ou indireta tenham ligação com a empresa;

7. Ser empreendedor com visão de futuro, antecipando tendências, pros-pectando o interesse do consumidor, além de estar sempre atento com as inovações de mercado;

8. Entender que um projeto estilizado, com produção sob encomenda de um determinado produto deverá refletir o gosto do cliente e não o seu, por isso deverá produzir e trabalhar projetos sob encomenda na forma e situação que atenda aos anseios do cliente.

As características indicadas são apenas direcionamentos, isto não quer dizer que um empreendedor que talvez não se sinta com tais características tenha que desistir de investir nesse novo negócio; contudo esse empresário terá que se esforçar um pouco mais dos que já contam com tais habilidades.

Page 70: FÁBRICA DE CALÇADOS ECOLÓGICOS

BIBlIOgRafIa COMpleMentaR

Page 71: FÁBRICA DE CALÇADOS ECOLÓGICOS

IDEIAS DE NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS

71

ABicALçAdos. Estatísticas do setor.São Paulo, 2012. Disponivel em:

Font

e

Clique para acessar o site da Abicalçados

AiuB, George Wilson et al. Plano de Negócios: serviços. 2. ed. Porto Alegre: Sebrae, 2000.

BArBosA, Mônica de barros; LIMA, Carlos Eduardo de. A Cartilha do Ponto Comercial: como escolher o lugar certo para o sucesso do seu negócio. São Paulo: Clio Editora, 2004.

BirLeY, Sue; MUZYKA, Daniel F. Dominando os Desafios do Empreendedor. São Paulo: Pearson/Prentice Hall, 2004.

BrAsiL. Código civil brasileiro, 2003.

costA, Nelson Pereira. Marketing para Empreendedores: um guia para montar e manter um negócio. Rio de Janeiro: qualitymark, 2003.

depArtAMento nAcionAL de registro de coMércio – dnrc. Serviços-Código Civil/2002. Disponível em:

Font

e

Clique para acessar o site do DNRCAcesso em: 10 de janeiro de 2011.

instituto BrAsiLeiro de geogrAFiA e estAtísticA –iBge. Pes-quisa Nacional de Amostra por Domicílio – PNAD 2009. Rio de janeiro, 2010. Disponível em:

Font

e

Clique para acessar o site do IBGEAcessado em: 07 março 2011.

receitA FederAL do BrAsiL. Lei 123/06. Disponível em:

Font

e

Clique para acessar o site da ReceitaAcessado em: 17 Janeiro 2011.

receitA FederAL do BrAsiL. Lei 128/08. Disponível em:

Font

e

Clique para acessar o site da ReceitaAcessado em: 17 Janeiro 2011.

serviço BrAsiLeiro Apoio A Micro e pequenA eMpresA – se-BrAe. Disponível em:

Font

e

Clique para acessar o site do SEBRAEAcessado em: 10 de janeiro de 2011.

Page 72: FÁBRICA DE CALÇADOS ECOLÓGICOS

IDEIAS DE NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS

72

serviço BrAsiLeiro de respostAs técnicAs – sBrt. Respostas Técnica 16.361. Rio de Janeiro, 2012. Disponivel em:

Font

e

Clique para acessar o site do SBRT

serviço BrAsiLeiro de respostAs técnicAs – sBrt. Respostas Técnica 14. Rio de Janeiro, 2012. Disponivel em:

Font

e

Clique para acessar o site do SBRT

serviço BrAsiLeiro de respostAs técnicAs – sBrt. Respostas Técnica 12.560. Rio de Janeiro, 2012. Disponivel em:

Font

e

Clique para acessar o site do SBRT

serviço BrAsiLeiro de respostAs técnicAs (sBrt). Respostas Técnica 16.037. Rio de Janeiro, 2012. Disponivel em:

Font

e

Clique para acessar o site do SBRT

serviço BrAsiLeiro de respostAs técnicAs (sBrt). Respostas Técnica 15.700. Rio de Janeiro, 2012. Disponivel em:

Font

e

Clique para acessar o site do SBRT

siLvA, José Pereira. Análise financeira das Empresas. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2006.

outros sites:

Font

e

Clique para acessar o site Amanhã Mais Feliz

Font

e

Clique para acessar o site Coletivo Verde

Font

e

Clique para acessar o site Calçado Infantil

Font

e Clique para acessar o site Sucesso News

Page 73: FÁBRICA DE CALÇADOS ECOLÓGICOS

IDEIAS DE NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS

73

gLossário

pArtes dos cALçAdos:

cabedal – é a parte superior, o corpo do calçado, incluindo a lingüeta. Ele tem a função de proteger os pés e garantir o conforto necessário. O cabedal pode variar de formato e na combinação de materiais que o constituem. Este é o resultado da junção das diferentes partes cortadas, que são costuradas em um bloco único.

Forro – Revestimento utilizado para acabamento interno do calçado. Além de reforçar a estrutura, proporciona conforto e absorve a umidade. Geral-mente (mas não obrigatoriamente) ele cobre toda a parte interna do cabedal. Também, geralmente é de laminados sintéticos, couro, materiais têxteis, en-tre outros.

entressola – Localizada entre o cabedal e o solado, a entressola normal-mente se assemelha a uma espuma macia. Tem também uma função esté-tica, pois possibilita que o solado pareça mais espesso, sem aumentar seu peso. Geralmente são feitas com poliuretano (PU) ou EVA (material moldado em altas temperaturas, com as mesmas propriedades resilientes do PU, con-tudo mais leve).

solado – É a parte do calçado que fica em contato direto com o solo. Por-tanto, deve garantir proteção, resistência e estabilidade. São feitos geralmen-te em borracha, mas há também solados em couro e madeira.

sistema de amarração – é a estrutura composta pelo cadarço e os pas-santes, responsável pela firmeza dos pés dentro do calçado.

talão – é a estrutura que sustenta o calcanhar e posiciona o tornozelo cor-retamente dentro do calçado.

palmilha – é um componente destinado a proporcionar conforto para o usu-

ário. A palmilha é também responsável pela postura correta do pé dentro do calçado. Muitas já são fabricadas com o mesmo EVA aplicado nas entresso-las, aumentando o conforto para os pés.

contraforte – O contraforte é um elemento estrutural, de reforço. Tem a finalidade de proteger a parte traseira do calçado. Ajuda a manter a forma quando se retira o pé. Geralmente fica entre o forro traseiro e o cabedal.

Avesso – Elemento para proporcionar conforto ao usuário, fica na parte tra-seira do calçado e evita que o calcanhar deslize durante o caminhar e entre em contato com o contraforte.

couraça – A couraça, assim como o contraforte, é um elemento estrutural que tem o objetivo de reforçar o calçado. É colocado com a finalidade de proteger o bico ou a biqueira (parte dianteira do calçado). Assim, mantém o formato do calçado mesmo quando este está fora do pé.

salto – Utilizado tanto para questões estéticas (altura), quanto para garantir a sustentação e melhor caminhar ao calçado. Geralmente é fabricado em madeira ou poliestireno, fixados no solado na região do calcanhar.

tipos de sApAtos (Fonte: “eu quero AqueLe sApAto!”, de pA-oLA JAcoBBi, editorA oBJetivA)

Mocassim – Criado pelos índios norte-americanos, não tinha salto e era feito de couro. O modelo se aperfeiçoou e pode ser encontrado para homens e mulheres, com ou sem salto e em outros materiais.

Alpargatas – Moda nos anos 1970, esses calçados de verão eram feitos de lona e com solado de corda, nas versões rasteira, anabela e com cadarços acima do tornozelo.

chanel – Esse modelo, inventado pela estilista francesa Coco Chanel, é um clás-sico. Deixa os calcanhares à mostra, mas presos aos sapatos por uma tirinha.

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IDEIAS DE NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS

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Mule – São como tamancos, mas sem o design arrendondado e pesado. São abertos atrás, deixando os calcanhares totalmente à mostra e sem ne-nhuma proteção.

salto sabrina – Inspirado na personagem do filme Sabrina, interpretada por Audrey Hepburn, em 1954, o salto é baixo e ligeiramente curvado.

sapatilha – Em alta, faz sucesso pelo conforto e praticidade. Lembra sapati-lha de bailarina, mas pode ter os mais variados bicos: redondos, quadrados, pontudos etc.

cromwell – Sapato de salto com uma fivela na frente. Ganhou esse nome pois era muito usado no século 17, na época do político inglês Oliver Cromwell.

escarpin – é o mais clássico. Sapato de salto alto todo fechado.

peep toe – é o sapato fechado, alto ou baixo, com um pequena abertura na pontinha dos dedos.

salto carretel – Lembra a forma de um carretel de linha, com as extremida-des mais largas e a haste mais fina.

Boneca – Os sapatos boneca são aqueles de bico redondo com uma pulsei-ra abotoada no tornozelo.

Meia-pata – Eles têm uma meia plataforma no apoio da frente e salto grosso.

Anabela – é um salto que acompanha todo o solado do sapato.

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