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Matéria: Geografia Assunto: Demografia Prof. Luciano Teixeira

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Matéria: GeografiaAssunto: DemografiaProf. Luciano Teixeira

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1. Demografia1.1 Estudos de População

Demografia é uma área que dentro da Geografia estuda as populações humanas e a sua dinâmica nas mais diferentes escalas de análise. É uma das principais partes dentro da ciência geográfica e, também, uma das mais interessantes tendo em vista que muito do que se aprende pode ser aplicado ao nosso cotidiano direto. Antes de nos aprofundarmos nessas questões é necessário conhecermos alguns conceitos básicos dentro da demografia.

Conceitos Básicos

Populoso:é uma área que tem elevada __________________________. Para ser considerado populoso, um país precisa ter no mínimo ______________________.

Os países mais populosos do mundo são:

País População Absoluta (milhões)

1º China

2º Índia

3º EUA

4º Indonésia

5º Brasil

Povoado: é uma área que tenha elevada densidade demográfica (número de habitantes pela área) ou elevada _____________________________ que. Para ser considerado populoso, um país precisa ter no mínimo ___________________________.

País Densidade Demográfica (Hab/km²)

1º Mônaco 18.063

2º Cingapura 7.403

3º Malta 1.310

4º Maldivas 1.081

5º Bangladesh 1.058

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Superpopuloso/superpovoado: Incapacidade do governo em atender às demandas básicas da população. Exemplo: países subdesenvolvidos (Bangladesh, Índia, Somália).

Cuidado!Não confunda superpopulação/superpovoamento com os termos populoso e povoado, pois o primeiro diz respeito a relação população x recursos (serviços, alimentação, agricultura, etc.). O Japão é um país populoso e povoado, mas não é superpopuloso/superpovoado.

Ecúmenos -áreas com elevada concentração populacional que podem ser associadas a aspectos físicos e humanos:

• Latitude/temperatura: as áreas de maior concentração se estendem de aproximadamente 65ºN até 55ºS. Regiões que coincidem com as zonas temperadas e tropicais do planeta. Há maior concentração na zona Temperada.

• Relevo:maior parte da população mundial está concentrada em áreas de planícies com altitude que vão do nível médio do mar até 300 metros de altitude, devido às facilidades para uso e ocupação do solo.

• Áreas Urbanizadas: Devido ao maior número de empregos, principalmente nos setores secundário ( indústria e transformação) e terciário da economia (comércio e serviços), as cidades continuam a receber pessoas provenientes do campo, principalmente em países pobres.

Anecúmenos - áreas consideradas Vazios demográficos que podem ser associadas a aspectos físicos e humanos:

• Latitude/Temperatura: Regiões polares (latitudes a partir de 66º33’) e áreas adjacentes, desertos (Saara, Atacama, Gobi, Namíbia, etc.)

• Relevo: Planaltos e cordilheiras e montanhas com altitude significativas ou depressões (geralmente absolutas).

• Zonas de Guerra/Fome/Crises socioeconômicas: Podem ter sido ecúmenos anteriormente, mas a problemática que se instaura acaba por repelir a população para localidades mais afastadas.

2. Concentração PopulacionalAs áreas de maior concentração populacional no planeta são:

• Ásia (Sul, Sudeste e Extremo Oriente) – países como China, Índia, Japão, Bangladesh, Paquistão, entre outros.

• Europa Centro-Ocidental – Países como Alemanha, Itália, Reino Unido, França, Holanda, Bélgica, entre outros, não apresentam individualmente população significativa, mas a densidade demográfica da região é muito elevada devido à área reduzida.

• Leste dos EUA - Tem a maior concentração da América, principalmente no Nordeste área conhecida como região dos grandes lagos, berço da forte indústria norte-americana.

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No Brasil existem muitas disparidades quanto à distribuição da população. Devido ao processo de ocupação por parte dos colonizadores/exploradores europeus, a maior parte da população brasileira está na faixa que se estende do litoral até 700km continente adentro.O destaque fica para a região Sudeste, que é a região mais populosa e mais povoada do Brasil, sendo que nessa região, a maior parte da população está localizada no estado de São Paulo.

Leitura Complementar

China ratifica reforma da ‘Política do Filho Único’

Agora, casais poderão ter dois filhos, mas só se um deles for filho único.

O governo chinês adotou formalmente neste sábado (28/12/2013) a reforma de sua política do “Filho Único”. Até então, os casais poderiam ter apenas um filho. Agora, a nova política permite aos casais ter dois filhos, mas apenas se um dos pais for filho único, informou a imprensa local.

Anunciadas em novembro pelas autoridades, essas importantes medidas foram ratificadas e aprovadas em votação do Comitê Permanente do Congresso Nacional do Povo, o mais importante órgão legislativo do país, de acordo com a agência de notícias chinesa Xinhua.

A medida é parte de um plano para aumentar as taxas de fecundidade e aliviar a carga financeira sobre a população chinesa, que está envelhecendo em ritmo acelerado.

O gigante asiático com cerca de 1,4 bilhão de pessoas é o país mais populoso do mundo. O governo chinês disse que a política de limitar as famílias a um único filho cobre 63% da população e impediu 400 milhões de nascimentos desde 1980.

O comitê permanente da ANP também adotou neste sábado uma resolução que “autoriza os casais formados por ao menos um filho único a ter dois filhos”, acrescentou a agência oficial.

Isto marca uma clara flexibilização da política chinesa de planejamento familiar, chamada de “política do filho único”, adotada há três décadas para frear o crescimento demográfico no país mais populoso do mundo.

Atualmente, a lei chinesa proíbe que os casais tenham mais de um filho. No entanto, existiam até agora exceções para os casais compostos por filhos únicos, para as minorias étnicas e para os casais rurais que tiveram primeiro uma filha.

As autoridades provinciais “deverão emendar suas regras de controle de nascimentos ou tomar decisões específicas, quando chegar o momento, segundo a avaliação da situação demográfica local e de acordo com a (nova) lei”, indica a resolução do comitê permanente da ANP, citada pela Xinhua.

Esta modificação das regras de planejamento familiar está destinada a frear o envelhecimento da população chinesa, quando o índice de fecundação no país, de 1,5 filhos por mulher, é muito inferior ao nível que garante a renovação geracional.

Adaptado de : http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/12/china- ratifica-reforma-da-politica-do-filho-unico.html

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3. Crescimento Populacional ou DemográficoPara analisarmos o crescimento populacional é necessário rever as principais taxas de demografia que são:

• Taxa de Natalidade: número de óbitos (ano) x 1000 / pop. Absoluta. É o número de nascimentos a cada mil habitantes.Brasil – 15‰

• Taxa de Mortalidade: número de óbitos (ano) x 1000 / pop. Absoluta. É o número de óbitos a cada 1000 habitantes.Brasil – 6‰

CUIDADO: dentro da taxa de mortalidade existe um indicador social extremamente importante que é a Taxa de Mortalidade Infantil. Existem várias taxas de mortalidade que levam em consideração diversas faixas etárias (até mesmo de fetos), mas a mais considerada é aquela que mede o número de óbitos de crianças (nascidas vivas) com até 1 ano de idade a cada mil nascimentos.

• Taxa de Fecundidade:número médio de filhos por mulher em idade reprodutiva (15 - 49 anos). A Organização das Nações Unidas (ONU), baseada em dados de 2009, divulgou os seguintes resultados de fecundidade: Mundo (2,52), Europa (1,52), Canadá e Estados Unidos da América (2,02), América Latina (2,17), Ásia (2,3), Oceania (2,42), África (4,45). No Brasil, a taxa de fecundidade é de 1,81 filhos por mulher.

• Taxa de Fertilidade:proporção de mulheres na sociedade em idade reprodutiva.

Para medirmos o crescimento demográfico de uma determinada localidade é necessário levar em consideração dois fatores importantes. O primeiro é o Crescimento Vegetativo (ou Crescimento Natural)que é a taxa de natalidade menos a taxa de mortalidade.

Crescimento Vegetativo (Natural) = Taxa de Natalidade – Taxa de Mortalidade

O segundo é o Saldo Migratório, que calculamos pegando o número de pessoas que entraram no local (taxa de Imigração) menos o número de pessoas que saíram de uma região (Taxa de Emigração).

Saldo Migratório = Taxa de Imigração – Taxa de Emigração

Sendo assim:

CD = CV + SMCD = Crescimento DemográficoCV = Crescimento VegetativoSM = Saldo Migratório

A partir da obtenção desses dados podemos calcular o quanto a população de uma cidade, estado, país, continente, cresceu. Para o Crescimento Demográfico Mundial é necessário apenas calcular o crescimento Vegetativo, tendo em vista que não existe saldo migratório.

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3.1  Fases do Crescimento Demográfico:

• 1ª Fase: Crescimento Baixo – Elevada taxa de Natalidade e elevada taxa de Mortalidade. • 2ª Fase: Crescimento Alto – Elevada taxa de Natalidade e queda na taxa de Mortalidade (

maioria dos países) • 3ª Fase: Crescimento Baixo – Baixa taxa de Natalidade e baixa taxa de Mortalidade. (Países

ricos e alguns pobres) • 4ª Fase: Quando o governo cria mecanismos de incentivo para a população local ter mais

filhos. Apenas alguns países ricos chegaram a essa fase. Ex: Canadá, Itália, Alemanha, etc.

Observações Importantes

• Os países ricos encerraram a 1ª fase na transição do século XVIII para o século XIX. • A maior parte dos países do mundo encontra-se na segunda fase. • A segunda fase no mundo deu margem para a ocorrência do Baby Boom, entre as

décadas de 40 e 50 do século XX. Quando os benefícios da industrialização, antes restritos aos países desenvolvidos, começam a chegar aos países subdesenvolvidos (vacinas, remédios, informação, etc.)

• Alguns países considerados subdesenvolvidos já chegaram até a terceira fase, como o Brasil, Uruguai, Argentina, China, Chile, etc.

• A transição pelas fases do crescimento no Brasil foi muito mais rápida do que nos países desenvolvidos.

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Ao analisarmos a evolução da população mundial desde o início da era cristã até os dias de hoje, onde o planeta conta com uma população de mais de 7 bilhões de pessoas, percebemos que o intervalo entre o 1º e o segundo bilhão de habitantes foi muito menor que o intervalo entre 6º e o 7º bilhão. No entanto, o ritmo de crescimento já começou a diminuir.

1 a 2 bilhões de pessoas entre 1804 a 1927 - 123 anos se passaram.2 a 3 bilhões de pessoas entre 1927 a 1960 - 33 anos se passaram.3 a 4 bilhões de pessoas entre 1960 a 1975 - 15 anos se passaram.4 a 5 bilhões de pessoas entre 1975 a 1987 - 12 anos se passaram.5 a 6 bilhões de pessoas entre 1987 a 1999 - 12 anos se passaram.6 a 7 bilhões de pessoas entre 1999 a 2011 - 12 anos se passaram.

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3.2 Teorias Demográficas

Alguns estudiosos ao analisarem o ritmo de crescimento de determinadas localidades fizeram análises e estudos acerca do crescimento populacional.

Teoria Malthusiana

A teoria demográfica formulada pelo economista inglês Thomas Robert Malthus (1776-1834) foi publicada em 1798, no livro Ensaio sobre o princípio da população. Segundo Malthus, a população mundial cresceria em um ritmo rápido, comparado por ele a uma progressão geométrica (1, 2, 4, 8, 16, 32, 64...), e a produção de alimentos cresceria em um ritmo lento, comparado a uma progressão aritmética (1, 2, 3, 4, 5, 6...).

Assim, segundo a visão de Malthus, ao final de um período de apenas dois séculos, o crescimento da população teria sido 28 vezes maior do que o crescimento da produção de alimentos. Dessa forma, a partir de determinado momento, não existiriam alimentos para todos os habitantes da Terra, produzindo-se, portanto, uma situação catastrófica, em que a humanidade morreria de inanição.

Malthus chegou a propor como única solução - para o problema da defasagem entre população e alimentos - o que ele chamou de “sujeição moral”, ou seja, a própria população deveria adotar uma postura de privação voluntária dos desejos sexuais, com o objetivo de reduzir a natalidade, equilibrando o crescimento demográfico com a possibilidade de expansão da produção de alimentos.

Naquela época, a obra fez muito sucesso, mas hoje suas idéias são consideradas ultrapassadas pela maioria dos estudiosos. Para os críticos de Malthus, não se elimina a falta de alimentos diminuindo o número de nascimentos entre a população mundial, mas redistribuindo a riqueza produzida no mundo.Na realidade, ocorre grande concentração de alimentos nos países ricos e, consequentemente, má distribuição nos países pobres. Porém, em nenhum momento a população cresceu conforme o cálculo de Malthus.

Teoria Neomalthusiana

É uma teoria que começa a se desenvolver nas primeiras décadas do século 20, baseada no pensamento de Malthus, razão pela qual passou a ser denominada de neomalthusiana. O neomalthusianismo somente se firmou entre os estudiosos da demografia após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), em função da explosão demográfica ocorrida nos países subdesenvolvidos. Esse fenômeno foi provocado pela disseminação, nos países subdesenvolvidos, das melhorias ligadas ao desenvolvimento da medicina, o que diminuiu a mortalidade sem, no entanto, que a natalidade declinasse.

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Os neomalthusianos analisam essa aceleração populacional segundo uma ótica alarmista e catastrófica. Para conter o avanço populacional, esses teóricos utilizam várias propostas, principalmente a da adoção de políticas visando o controle de natalidade, que se popularizaram com a denominação de Planejamento Familiar.

Algumas medidas adotadas por entidades mundiais (ONU, FMI, Banco Mundial, UNICEF, entre outros) nos países subdesenvolvidos, ajustadas a cada população, são exemplos de políticas de controle de natalidade: esterilização em massa de populações pobres (como foi feito na Índia e na Colômbia); distribuição gratuita de anticoncepcionais; assistência médica para uso de dispositivos intrauterinos (DIUs); divulgação de um modelo de família bem-sucedida, com no máximo dois filhos, em programas de televisão, na publicidade e no cinema.

Teoria Reformista

As idéias básicas desta teoria são todas contrárias às de Malthus: sua principal afirmação nega o princípio malthusiano, segundo o qual a superpopulação é a causa da pobreza. Para os reformistas, é a pobreza que gera a superpopulação.

De acordo com a teoria reformista, se não houvesse pobreza as pessoas teriam acesso a educação, saúde, higiene, etc., o que regularia, naturalmente, o crescimento populacional. Portanto, é exatamente a falta dessas condições o que acarreta o crescimento desenfreado da população.

Neste caso, é necessário explicar a origem da pobreza: os reformistas atribuem sua origem à má divisão de renda na sociedade, ocasionada, sobretudo, pela exploração a que os países desenvolvidos submetem os países subdesenvolvidos. Assim, a má distribuição de renda geraria a pobreza - e esta, por sua vez, geraria a superpopulação.

Outra crítica dos estudiosos reformistas aos malthusianos diz respeito ao crescimento da produção. Como vimos, para Malthus esta crescia em ritmo inferior ao da população. Para os reformistas, contudo, isso também não é verdadeiro, pois, com o início da revolução industrial e a consequente revolução tecnológica, tanto a agricultura quanto a indústria aumentaram sua capacidade produtiva, resolvendo, dessa forma, o problema da produção.

Os reformistas defendem que os governos deveriam implantar uma política de reformas sociais - na tecnologia, para aumentar a produção e resolver definitivamente o problema da sobrevivência humana, e na distribuição da renda, visando o acesso da maioria às riquezas produzidas. Só assim o problema da pobreza se resolveria. E, resolvendo o problema da pobreza, se resolveria também o problema da superpopulação. Ou seja, não haveria mais desequilíbrio entre uma e outra.

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4. População BrasileiraO Brasil é um país de aproximadamente 200 milhões de pessoas que, embora possa ser considerado um país de imigração, cresce em decorrência do seu crescimento vegetativo. O Brasil encontra-se hoje na terceira fase do crescimento demográfico e, como dito anteriormente, essa transição foi muito mais rápida aqui do que nos países desenvolvidos.

Eis alguns dados a respeito da população Brasileira:

• Taxa de Natalidade: 15‰ • Taxa de Mortalidade: 6‰ • Taxa de Mortalidade Infantil: 15,6‰ • Taxa de Crescimento Vegetativo: 0,9%

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Eis alguns dos fatores fatores levaram à redução do ritmo de crescimento da população brasileira e das taxas associadas:

• Entrada da mulher no mercado de Trabalho • Urbanização • Maiores custos para criar filhos • Educação • Acesso a tratamento médico e métodos contraceptivos

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5. Migrações • Migração – ______________________________________________________________

• Emigração – ______________________________________________________________

• Imigração – ______________________________________________________________

Lembrando: Crescimento Demográfico = ___________________________________________

Exemplos de fatores que levam as pessoas a migrarem:

1. Políticos

2. Conflitos étnicos e religiosos

3. Naturais

4. Econômicos

Classificação das migrações:

1. Quanto ao tempo de duração:

• Temporárias - _________________________________________________________

• Definitivas - ___________________________________________________________

2. Quanto ao espaço de deslocamento:

Internas-

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

Externas-

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

3. Quanto à iniciativa:

Espontâneas - _________________________________________________________________

Forçadas - ____________________________________________________________________

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Tipos de Migração

Nomadismo:

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

Migrações Pendulares (Nacionais e Commuting):

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

Transumância:

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

Campo – Cidade

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

Campo – Campo-

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

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Cidade-Cidade-

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

Cidade – Campo-

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

Peregrinação-

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

Refugiados-

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

Anotações:

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Proteção ou apoio do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, por país de Origem (2008)

Fuga de cérebros-

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

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1.  Deslocamento de países subdesenvolvidos para países desenvolvidos: trabalhadores com qualificação reduzida, ocupando atividades pouco valorizadas nos países de destino.

2.  Deslocamento entre países desenvolvidos: trabalhadores altamente qualificados, em busca de ampliação de seus horizontes profissionais.

3.  Deslocamento entre países pouco desenvolvidos: trabalhadores desempregados ou subempregados, com baixa qualificação, em busca de ocupação em áreas com maior dinamismo econômico.

Polos de Atração (países de Imigração):

EUA – _______________________________________________________________________

Alemanha – __________________________________________________________________

Canadá – ____________________________________________________________________

Austrália – ___________________________________________________________________

França – _____________________________________________________________________

R.U. – _______________________________________________________________________

Japão – ______________________________________________________________________

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Exercícios de População

A explosão demográfica que ocorreu a partir dos anos 50, especialmente no Terceiro Mundo, suscitou teorias ou políticas demográficas divergentes. Uma primeira teoria, dos neomalthusianos, defende que o crescimento demográfico dificulta o desenvolvimento econômico, já que provoca uma diminuição na renda nacional per capita e desvia os investimentos do Estado para setores menos produtivos. Diante disso, o país deveria desenvolver uma rígida política de controle de natalidade. Uma segunda, a teoria reformista, argumenta que o problema não esta na renda per capita e sim na distribuição irregular da renda, que não permite o acesso à educação e saúde. Diante disso o país deve promover a igualdade econômica e a justiça social.

1. Qual dos “slogans” a seguir poderia ser utilizado para defender o ponto de vista neomalthusiano?

a) “Controle populacional - nosso passaporte para o desenvolvimento”b) “Sem reformas sociais o país se reproduz e não produz”c) “População abundante, país forte!”d) “O crescimento gera fraternidade e riqueza para todos”e) “Justiça social, sinônimo de desenvolvimento”

2. Qual dos “slogans” a seguir poderia ser utilizado para defender o ponto de vista dos reformistas?

a) “Controle populacional já, ou país não resistirá.”b) “Com saúde e educação, o planejamento familiar virá por opção!”c) “População controlada, país rico!”d) “Basta mais gente, que o país vai pra frente!”e) “População menor, educação melhor!”

3. (Fuvest) “O crescimento populacional contemporâneo é responsável pela estagnação econômica do Terceiro Mundo.””Os altos investimentos demográficos desviam os escassos recursos de capital do investimento produtivo.””O planejamento familiar visa alterar as taxas de fertilidade sem precisar modificar as estruturas fundamentais da sociedade.” Estas afirmações integram uma doutrina demográfica:

a) terceiro-mundista.b) neo-marxista.c) neomalthusiana.d) muçulmano-xiita.e) clerical-progressista.

4. O fenômeno das migrações foi sempre um marco na história da humanidade. Segundo a ONU, o deslocamento populacional cresceu significativamente nos últimos 25 anos. Com relação a este movimento de pessoas, analise as proposições seguintes.

( ) Pessoas com elevado grau de formação profissional, especializadas, de países periféricos e emergentes, são chamadas para assumirem postos de trabalho em países centrais. Esse tipo de migração é chamado de “migração de cérebros” ou “fuga de cérebros”.

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( ) O êxodo rural, que bem caracterizou as migrações no Brasil, nos anos de 1960 e 1970, continua a ocorrer e até mesmo com mais intensidade nessa primeira década do Século XXI, em função do poder de atração que têm as metrópoles.

( ) Hoje em dia, está em evidência uma migração de nordestinos voltando, geralmente, do sudeste para a sua terra natal, ou para outras áreas do nordeste. Esse movimento é conhecido como migração de retorno.

Assinale Verdadeiro (V) ou falso (F):

a) V - V - Fb) F - F - Vc) V - F - Vd) V - V - Ve) F - V - F

5.  “Para produtos e capital, a globalização acabou com as fronteiras. Para pessoas, não.” (“Época”, 03/07/06, p.38)

A diferença de nível de vida leva milhares de habitantes de países pobres a tentar a busca de novas oportunidades nos países ricos, gerando problemas de imigração. Nesse contexto, é INCORRETO afirmar:

a) A motivação que impulsiona o processo migratório, antes de ser um processo de expulsão pela falta de perspectiva de trabalho no país de origem, é resultante da ajuda que os países ricos oferecem sobre os países pobres, recebendo essa mão-de-obra e garantindo os seus direitos como se fossem nativos desses países.

b) As restrições impostas à migração têm gerado políticas cada vez mais rígidas de controle de fronteiras, condicionando o surgimento de inúmeros itinerários de rotas não convencionais.

c) A acolhida e a rejeição da mão-de-obra do imigrante são partes de um mesmo processo: países ricos precisam de sua força de trabalho para tarefas menos qualificadas ao mesmo tempo em que desenvolvem resistência contra suas características culturais/étnicas.

d) As migrações internacionais não foram estancadas pelo processo de globalização, pois, a despeito de uma considerável geração de trabalho nos países fonte de migrantes, a globalização tem contribuído, dentre outras coisas, para a concentração de renda e ampliação das desigualdades sociais nos países periféricos.

e) ocorreu um aumento de ações decorrentes da xenofobia que caracteriza parcela da população dos países receptores de imigrantes.

6.  O professor Tiago, morou durante muitos anos no campo, onde acordava cedo para tirar leite da vaca, dar ração para os porcos, arar a terra e plantar mandiocas, entre outras atividades; mas, tinha o sonho de ir para a cidade grande, para estudar e trabalhar, então tomou a decisão de vender a sua pequena propriedade, para um rico e jovem fazendeiro do cerrado (Raysson), essa mudança do professor Tiago pode ser considerada uma migração:

a) Sazonalb) Campo-Cidadec) Campo-Campod) Pendulare) Cidade-campo

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7. Sobre a demografia brasileira, são feitas as seguintes afirmações.

I. A combinação do aumento das taxas de fecundidade com a diminuição das taxas de mortalidade aponta para uma tendência de envelhecimento da população.

II. Assim como a fecundidade do passado determina o crescimento atual da população, a fecundidade atual determinará o crescimento futuro.

III. Fatores externos são a causa mais frequente da mortalidade entre os jovens (dos 15 aos 19 anos).

Quais estão corretas?

a) Apenas I.b) Apenas II.c) Apenas III.d) Apenas I e II.e) Apenas IIe III.

8.  No Brasil Central, observa-se um fenômeno migratório de trabalhadores em função da necessidade de diferentes colheitas em diferentes épocas do ano, já que o clima tropical permite cultivos perenes que podem proporcionar até duas safras ao ano. Esse tipo de movimento migratório de trabalhadores rurais (boias-frias) é conhecido como

a) migração temporária, tipo nomadismo.b) migração definitiva pendular.c) migração temporária, tipo peregrinação.d) migração definitiva, tipo transumância.e) migração temporária sazonal.

9. Considere as afirmações abaixo sobre demografia.

I. A transição de taxas elevadas de fecundidade e mortalidade para taxas baixas, que durou em torno de 150 anos nos países europeus, é muito mais rápida hoje em países em desenvolvimento, como o Brasil.

II. A Ásia é o continente que apresenta as taxas mais elevadas de crescimento demográfico.

III. Crescimento natural ou vegetativo de uma população é calculado subtraindo-se simplesmente, do número de nascimentos, o número de mortes.

Quais estão corretas?

a) Apenas I.b) Apenas II.c) Apenas III.d) Apenas I e III.e) Apenas II e III.

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10.  O tema do crescimento populacional é sempre controvertido. Estima-se que no ano I da Era Cristã o número de habitantes da Terra era de aproximadamente 250 milhões, passando para 500 milhões entre 1600 e 1700, para um bilhão por volta de 1850 e para 2,5 bilhões em 1950. No ano de 1999, constatou-se que a população mundial ultrapassava os 6 bilhões. Sobre o crescimento populacional são feitas as seguintes afirmações.

I. Mesmo que uma enorme quantidade de mulheres no mundo esteja atingindo a idade ideal de procriação, a taxa de fertilidade está diminuindo drasticamente em alguns países.

II. Os Estados Unidos possuem uma das mais altas taxas de crescimento populacional entre os países industrializados.

III. Deve-se enfatizar que o ritmo de crescimento da população mundial se acelerou muito a partir de 1800, principalmente pela rápida queda nos índices de mortalidade.

IV. Atualmente a relação “número de habitantes x área produtiva necessária para a manutenção da vida de cada pessoa”, em cada sociedade, nos diz que nos países centrais um cidadão se utiliza quatro vezes mais dos recursos ambientais do que uma pessoa nos países periféricos. Portanto, são os países centrais os responsáveis pelo maior consumo desses recursos.

Quais estão corretas?

a) Apenas I e II.b) Apenas I e III.c) Apenas III e IV.d) Apenas II, III e IV.e) I, II, III e IV.

Gabarito1. A 2. B 3. C 4. C 5. A

6. B 7. E 8. E 9. D 10. D

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5.2 Migrações Brasileiras

5.1.1 Imigrações

O Brasil foi o quarto país a receber mais imigrantes no continente americano, no período que vai de 1800 a 1955. Ficamos atrás dos EUA (40 milhões), da Argentina (7 milhões) e do Canadá (5 milhões). Nesse período, o Brasil recebeu cerca de 4,3 milhões de imigrantes.

Podemos falar em imigração no Brasil apenas a partir de 1808, com a chegada da família real ao país. Antes desse período, o país estava sendo colonizado e a maioria dos que aqui chegavam eram provenientes da Europa (principalmente colonizadores portugueses) e da África (Escravos, forçados a fazerem esse deslocamento). Para entendermos melhor o processo migratório em nosso país é necessário dividi-lo em três períodos:

1º Período – de 1808 a 1850

• Fluxo imigratório estimulado pelo decreto de D. João, de 15 de Novembro de 1808. Que permitia ao estrangeiro ser proprietário de terras no Brasil.

• As dificuldades para a compra de escravos. • Instabilidade política do período regencial. • O temor do imigrante em ser tratado como um escravo (a escravidão repele a

imigração).

2º Período – de 1850 a 1930

• Período de maior entrada de imigrantes no Brasil. • Desenvolvimento da cafeicultura, exigindo numerosa mão-de-obra. • Proibição do tráfico de escravos, através da lei Eusébio de Queirós. • Disposição dos fazendeiros do café de cobrir as despesas do imigrante durante

o primeiro ano de trabalho e de permitir a este o cultivo de alimentos para a subsistência da própria família, fornecendo-lhe uma parcela de terra de sua propriedade.

• O custeio por parte do governo imperial, dos gastos de transportes dos imigrantes até 1889.

• A abolição da escravatura em 1888. • Instabilidade política e econômica na Itália e na Alemanha devido às guerras de

unificação territorial de cada país. O imigrante italiano foi o que mais entrou no Brasil do período de 1878 até o final do século XIX.

Nesse período, as principais correntes migratórias foram formadas por italianos, alemães, espanhóis, sírio-libaneses, poloneses, ucranianos e japoneses.

3º Período – de 1850 até os dias atuais.

• Caracterizado pela queda acentuada do fluxo migratório no Brasil, com exceção das décadas de 1940-50 (2ª Guerra mundial) e de 1970 (“milagre econômico”).

• Marcado por uma série de problemas econômicos e políticos que diminuíram a vinda de imigrantes.

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Brasil – Principais Grupos de Imigrantes e Áreas de Fixação

Imigrantes Áreas de Fixação

Portugueses Praticamente em todo o Brasil, principalmente no Rio de Janeiro (preferência por cidades em detrimento ao campo)

ItalianosSão Paulo (capital e Interior), Rio Grande do Sul (Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Garibaldi, etc.) e Santa Catarina (Nova Trento, Uruçanga, Nova Veneza).

AlemãesSanta Catarina (Vale do Itajaí – Joinville, Brusque, Blumenau), Rio Grande do Sul (Vale do Sinos -São Leopoldo, Novo Hamburgo, Estrela, Lajeado,etc.), Paraná, São Paulo e Espírito Santo.

Espanhóis Principalmente São Paulo (capital e interior), Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

JaponesesSão Paulo (capital e áreas do interior: Marília, Tupã, Presidente Prudente, Vale da Ribeira), Pará (região Bragantina), Paraná (Londrina e Maringá) e Mato Grosso do Sul.

Eslavos Paraná (Curitiba, Ponta Grossa, Castro e Lapa), em especial.

Sírio-Libaneses Quase todo o país, com destaque para o estado de São Paulo.

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5.1.2 Emigrações Brasileiras

O período onde o Brasil teve um aumento significativo na taxa de emigração coincide com a o grande recesso econômico brasileiro da década de 1980, quando o governo perde a capacidade de investimento e o país está passando por um processo político conturbado, a transição democrática. Sendo assim, muitos brasileiros acabam saindo do país para tentar a vida em outros lugares do planeta. Os principais polos de destino dos emigrantes brasileiros foram:

• EUA – 800.000 • Paraguai – 455.000 • Japão – 270.000

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Emigração BrasileiraMais de 100 mil brasileiros emigram todos os anos à procura de melhores condições de trabalho no mundo. O número global de emigrantes brasileiros ascende já a mais 2 milhões, calculando-se que perto de 33% estejam clandestinamente nos seus países de acolhimento (Dados de 2005).

A emigração brasileira é um fenômeno relativamente recente e ocorre apenas a partir dos anos 70 do século XX. A partir dos anos 80, o brasileiro está a tornar-se num novo nômade do mundo, seguindo as pegadas dos portugueses.

Paraguai - As primeiras vagas de imigrantes estão ligadas à expulsão dos campos de milhares de camponeses que se são literalmente empurrados para os países fronteiriços, como o Paraguai, onde o seu número não para de aumentar. A emigração aumentou com a fundação de Cidade do Leste, mas, sobretudo depois da abertura da Ponte entre a Foz do Iguaçu e esta cidade. A produção de soja foi outro fator de atração de novos imigrantes. Ao longo da fronteira com o Brasil tem-se desenvolvido várias cidades constituídas maioritariamente por brasileiros (brasiguaios). Esta emigração de brasileiros chegou a ser incentivada na década de 70 pelo governo de Alfredo Strossner (presidente do Paraguai ente 1959-1989). A maioria destes imigrantes dedica-se à agricultura e está registada no Consulado do Brasil em Ciudad del Este (Cidade do Leste), junto à fronteira com o Brasil.

Na última década o Paraguai tem vindo a adotar uma série de medidas discriminatórias contra os brasileiros, nomeadamente no seu acesso à terra e aos estudos. Em 2002 foi aprovada uma lei que proíbe numa faixa de 50Km da fronteira que qualquer estrangeiro possa adquirir terras.

Paraguai: cerca de 500 mil emigrantes brasileiros (dados de 2006), o número de ilegais é também muito elevado.

Na década de 80 e 90, devido à crise económica em que o Brasil atravessa, a emigração dirige-se para três destinos privilegiados: EUA, Japão e Europa. Na Europa, vivem 350 mil brasileiros, a maioria dos em Portugal (dados de 2006).

EUA - O número de brasileiros não para de aumentar, malgrado as brutais medidas que tem sido tomadas para impedir a sua entrada. É curioso constatar que muito estão a estabelecer-se em regiões e localidades com forte implantação de imigrantes portugueses. Cerca de 300 mil estão na região de Nova York, 200 mil na região de Boston e mais 150 mil na Flórida. A Califórnia regista também um número expressivo de brasileiros: 25 mil estão registados no Consulado do Brasil em São Francisco e 17 mil no de Los Angeles (dados de 2004). A maioria destes imigrantes é oriunda de Minas Gerais, especialmente da região de Governador Valadares. Uma larga percentagem entrou nos EUA ilegalmente, sem visto, pela fronteira com o México.

EUA: 800 mil emigrantes brasileiros, mais de metade são clandestinos (Dados de Julho de 2003).

Japão - A colónia de japoneses no Brasil, iniciada nos anos 20 do século XX, está hoje a servir meio para a circulação de novos migrantes mas em sentido contrário.

Japão: 225 mil emigrantes (Dados de Julho de 2003)

Autor: Carlos Fontes

Fonte:http://lusotopia.no.sapo.pt/indexBREmigrantes.html

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5.1.3 Migrações Internas

Ao analisarmos o histórico de migrações no Brasil é possível destacar regiões que são tradicionais polos de emigração( repulsão de pessoas) e imigração (atração de pessoas). Em nossa história, os principais fluxos migratórios são:

• Migração de nordestinos da Zona da Mata para o Sertão, cujos pioneiros foram baianos e pernambucanos que levaram a pecuária para o interior (séculos XVI e XVII)

• Migração de paulistas e nordestinos para Minas Gerais (século XVII) devido ao início do Ciclo do Ouro.

• Migração de inter-regional de Nordestinos para o Sudeste além do fluxo intra-regional de pessoas do Sudeste para os estados do Rio de Janeiro e São Paulo, devido ao Ciclo do Café (século XIX)

• Migração, principalmente de nordestinos, para a região Norte (Amazônia) devido ao ciclo da Borracha (transição séculos XIX/XX)

• Migração de gaúchos, nordestinos, paulistas para o Centro-Oeste (principalmente para Rondônia e Mato Grosso), devido à expansão da fronteira agrícola (Soja e Gado) para o Cerrado Brasileiro, na década de 70.

• Migração de Nordestinos para Goiás, na década de 50, para a construção de Brasília.

Embora tenha ocorrido uma diminuição dos fluxos migratórios no Brasil, ainda é possível perceber a ocorrência destes em todo o território nacional. Os movimentos migratórios mais intensos das décadas de 80, 90 e 2000 são:

• Centro-Oeste: Brasília, cidades do interior do MT, MS e GO, devido à expansão do agronegócio para essas regiões.

• Norte: áreas de extrativismo mineral (RO, AP e PA) e zonas de extrativismo vegetal (PA e AM), além de regiões agrícolas de RO, AC e RR.

• Sudeste: migração das metrópoles (São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte) para cidades do interior desses estados (desconcentração industrial).

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• Sul: até a década de 80, os principais fluxos foram inicialmente para os estados da região Sul, depois para as regiões Norte e Centro-Oeste. Atualmente, existe um fluxo intraestadual das maiores cidades para o interior.

• Nordeste: essa região pode ser considerada tradicionalmente uma área de repulsão populacional, principalmente para a região sudeste do Brasil. Hoje, devido ao crescimento econômico do Nordeste, essa região vem atraindo muitas pessoas que já tinham migrado, mas estão retornando devido aos atrativos socioeconômicos que vem aumentando. É o que chamamos de Migração de Retorno.

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5.1.4 Brasil: País de Imigrantes?

Devido ao crescimento econômico que o Brasil vem apresentando nos últimos anos, o país vem apresentando um número significativo de estrangeiros que optaram por residirem aqui. Peruanos, bolivianos, paraguaios, estão entre os principais grupos de imigrantes que chegam até o nosso país. No entanto, nos últimos tempos, o que mais chama a atenção das nossas autoridades são os haitianos que entraram ou estão tentando entrar no Brasil, principalmente pelo estado do Acre.

O Haiti é o país mais pobre do continente americano e a situação socioeconômica do país sempre foi muito precária, mas logo após o terremoto ocorrido no início do ano de 2010 ( que vitimou fatalmente mais de 300 mil pessoas) a situação complicou-se de tal forma que muitos foram obrigados a emigrarem para outros países.

A primeira opção é a República Dominicana, país que faz fronteira com o Haiti na ilha de Santo Domingos, mas esse país não tem condições de receber todos os imigrantes haitianos que são atraídos pelos salários relativamente altos, pagos em lavouras em de cana-de-açúcar ou no turismo. Os EUA, que também seriam uma opção, fazem um rigoroso controle de fronteiras o que dificulta o acesso para os haitianos. Logo, o Brasil é um dos alvos preferencias, devido à economia, a diversidade étnica e, principalmente, à flexibilidade do governo brasileiro quanto à imigração de outros países, já que essa mão de obra é necessária para o nosso crescimento.

No entanto, muitos dos imigrantes que chegam até o país não conseguem se estabelecer por enfrentarem uma série de barreiras, como as diferenças culturais, o idioma, jornadas de trabalho extenuantes, preconceito, entre outros fatores.

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Brasil terá 50 mil imigrantes haitianos até o fim do anoPesquisa da PUC Minas revela que 40% dos haitianos no Brasil têm curso médio e 30% trabalham na construção civilBertha MaakarounLeonardo Augusto

Publicação: 17/05/2014 06:00 Atualização: 17/05/2014 07:16

Aos 33 anos, viúvo, o imigrante haitiano Marco Comblonini acalenta um sonho: trazer os três filhos de 4, 8 e 11 anos para o Brasil, onde tem emprego formal de pedreiro. Ganha R$ 1,2 mil e todos os meses separa a metade para enviar à irmã que cuida das crianças. Sempre atuando na construção civil desde que desembarcou no Brasil, já desempenhou funções de carpinteiro e de pintor. É assíduo no trabalho, mantém boas relações sociais, respeita hierarquias e teve adaptação tranquila. Pesquisa inédita com a combinação de métodos quantitativo e qualitativo, realizada entre julho e novembro de 2013, que traça o perfil da imigração haitiana ao Brasil, divulgada ontem pelos professores da PUC Minas Duval Fernandes e Maria da Consolação Gomes de Castro e pelo representante da Organização Internacional para as Migrações (OIM) indica que, assim como Marco Comblonini, 30% dos imigrantes haitianos, no Brasil, são absorvidos pela construção civil.

Cerca de 70% dos haitianos que vivem no Brasil estão em idade ativa, entre 18 e 50 anos, são homens, dividem a moradia com outros imigrantes e decidiram migrar por causa do caos e da falta de perspectiva profissional no país caribenho, devastado por um terremoto, de 7 graus na escala Richter, em janeiro de 2010. Pouco mais de 40% dos imigrantes haitianos têm escolaridade de nível médio completo ou incompleto. “A ideia de que a maioria deles seja analfabeta não é verdadeira, sendo muito pequeno o número dos que não têm nenhuma instrução. Estamos ganhando com a presença deles aqui”, afirma Duval.

Segundo o professor Fernandes, a taxa de ocupação dos haitianos é maior do que a dos brasileiros. “Em geral essa é a regra entre imigrantes: fazem trabalhos que ninguém quer. Em Porto Velho (RO), por exemplo, 70% dos empregados de uma empresa de coleta de lixo são haitianos”, assinala o professor. “A maior parte está trabalhando em condições semelhantes à dos brasileiros”, acrescenta o professor. Assim é com Elson Charles, de 32, há seis meses em Belo Horizonte. Ajudante de jardinagem, com um salário de R$ 1 mil, acaba de conquistar no Departamento Estadual de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG) sua carteira de motorista. “Vou ser caminhoneiro”, diz o haitiano, que luta para aumentar seu salário e oferecer uma condição de vida melhor para os três filhos e a mulher que continuam no Haiti. “Um dia ainda vamos nos reunir”, espera ele.

Um pouco diferente é a trajetória de Jean Evens, de 33, há dois anos vivendo em Contagem. Ele veio com a mulher e o filho menor de dois anos, deixando com a mãe, no Haiti, as duas filhas, de 3 e 12 anos. Trabalhou por um ano e sete meses em uma empresa de alimentação como carregador noturno: ganhava entre R$ 1,1 mil e R$ 1,3 mil. Mas há poucos meses a empresa reduziu o quadro e Jean ficou desempregado. Está agora trabalhando, em um “bico”, com carga e descarga em uma transportadora. “Quero ficar no Brasil, guardar dinheiro, construir uma casa e trazer as minhas filhas. Aluguel aqui é muito caro”, revela ele, que tem instrução de nível médio e em seu país trabalhava como segurança e pescador do próprio barco.

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Há, no Brasil, cerca de 34 mil haitianos, segundo estimativa Duval Fernandes, que calcula 50 mil até o fim deste ano. No conjunto do fluxo migratório que chega ao país, eles representam 10% do contingente – há quatro anos eles não passavam de duas centenas, mas, no fim de 2011, somavam 4 mil. As estatísticas fazem do Brasil o maior ponto do tráfico de imigrantes haitianos da América do Sul: 75% passam pelo Equador, seguem para o Peru e ingressam no Brasil por Tabatinga e Brasileia, fazendo, na fronteira, o pedido de refúgio. Apenas 5% deles tomam rotas distintas com passagem pela Argentina, Bolívia ou Chile antes de imigrar para o Brasil. Cerca de 20% saem do Haiti com vistos obtidos nos consulados e fazem escala no Panamá, antes de desembarcar nos aeroportos de Belo Horizonte, Brasília ou São Paulo.

“Eles demoram em média 15 dias para chegar ao Brasil e gastam no trajeto cerca de US$ 2,9 mil”, explica o professor Fernandes, considerando ainda que as despesas podem ser mais altas e chegar a mais de US$ 5 mil. “Muitos são cooptados por um poderoso esquema, que se vale de coiotes haitianos, que acenam com promessas de altos salários. As casas são hipotecadas em troca de empréstimos em espécie e do serviço burocrático da viagem”, afirma o pesquisador. “É grande a vulnerabilidade desses 80% de imigrantes que entram no país dessa forma, sobretudo pelo Peru”, acrescenta, lembrando que, após o trajeto até a fronteira brasileira, é longo o processo para a regularização da situação migratória: depois de solicitar o refúgio, a abertura do processo leva à emissão de um protocolo que permite ao imigrante a obtenção de carteira de trabalho e CPF provisórios.

Embora estejam em 286 cidades brasileiras, 75% dos haitianos estão concentrados em São Paulo, em torno de 10% em Manaus e 7% – cerca de 3 mil – em Minas Gerais, sobretudo em Belo Horizonte e Esmeraldas e Contagem, ambas na Grande BH. “O Brasil não é mais o país de imigração do início do século nem o país da emigração dos anos 1980. Somos hoje um país de imigração, emigração e trânsito, além dos brasileiros que retornam depois de viver muitos anos no exterior. A questão migratória é atualmente muito maior do que foi no passado”, considera Duval Fernandes. Segundo ele, considerando a redução da taxa de natalidade no país, em 2030, a população brasileira começará a encolher, e mais da metade das aposentadorias serão bancadas pela contribuição dos imigrantes.

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6. Estrutura da População6.1 A distribuição da população

6.1.1 A distribuição pelos espaços geográficos

• Ocorrem irregularidades na distribuição da população na superfície terrestre (anecúmenos e ecúmenos).

• A Ásia é o continente mais populoso com 4,14 bilhões de pessoas. • Ela é, também, o continente mais povoado com 89 hab/km². • A Oceania é o continente habitado menos populoso com 37 milhões de pessoas. • O Brasil tem uma população de quase 200 milhões de pessoas. • É o quinto país mais populoso do mundo. • Na América fica atrás, apenas, dos EUA.

As Regiões mais Populosas do Brasil são (milhões de pessoas):

1ª- Região Sudeste – 80,7 milhões2ª- Região Nordeste – 53,081 milhões3ª- Região Sul – 27,665 milhões4ª- Região Norte – 16,318 milhões5ª- Região Centro-Oeste – 14,423 milhões

As Regiões mais Povoadas (hab/km²):

1ª- Região Sudeste – 84,212ª- Região Sul – 47,993ª- Região Nordeste – 324ª- Região Centro-Oeste – 8,975ª - Região Norte – 3,77

6.1.2 A idade e o sexo da população.

Quanto à idade, a população está dividida em três grupos:

• Jovens – de 0 – 19 anos • Adultos – 20 – 59 anos • Velho – com 60 ou mais anos

• A força de trabalho de uma população está concentrada na idade adulta, constituindo a população ativa de um país. Quando um país tem grande parte da sua população concentrada na idade adulta, dizemos que eles esta na fase de bônus demográfico.

• Em países ricos, predominam adultos e idosos (maior expectativa de vida e taxas de fecundidade reduzidas).

• Em países pobres, temos mais jovens (Baixa expectativa de vida e altas taxas de fecundidade).

• A representação gráfica da idade e do sexo da população é feita através de pirâmides etárias.

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6.1.3 A distribuição pelos setores da economia

PEA – pessoas de 10 até 65 anos de idade que estão empregadas ou a procura de empregos. Países ricos ( a partir de 15 anos).

Setor Primário: 21%Setor Secundário: 22%

Setor Terciário: 57%

PEI – pessoas que não estão empregadas (crianças, estudantes, aposentados, etc).

População Ocupada – Parcela da população que exerce atividade remunerada (não engloba a população desempregada).

Economia Informal – De acordo com a Organização Internacional do Trabalho, consiste no conjunto de atividades organizadas em bases não capitalistas. Abrange o trabalho realizado por conta própria e as pequenas empresas nas quais não existe separação entre o capital do negócio e o patrimônio da família. Na grande maioria das vezes, os empregados não estão amparados pelas leis trabalhistas nem pelos direitos sociais.

6.1.4 A tipologia étnica

O Brasil é, provavelmente, o país com maior diversidade étnica do planeta. Ao analisarmos a população de qualquer parte do mundo é comum nos depararmos com o conceito raça, utilizando como critério principal para diferenciá-las a cor da pele. No entanto é possível perceber generalizações que colocam grupos diversificados dentro de apenas um.

Atualmente, ao invés de utilizarmos o conceito raça, fazemos distinções entre os mais variados grupos populacionais pela etnia. Um dado grupo étnico não apresenta somente semelhanças fisionômicas, mas também culturais.

No caso brasileiro, a formação étnica advém de basicamente cinco fontes migratórias distintas:

• Os nativos indígenas, que se encontravam no território antes da chegada dos colonizadores. Possivelmente, vieram pelo estreito de Bering durante a última grande glaciação.

• Os colonizadores, principalmente portugueses, que vieram explorar a colônia. • Os negros provenientes do continente africano, que foram trazidos pelos

colonizadores como escravos. • A significativa migração de europeus, principalmente para o sudeste e sul do país, já

no século XIX. • A entrada de outros imigrantes, especialmente da Ásia.

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Brasil (2010)

• Brancos: 47,3% • Pardos: 43,1% • Negros: 7,6% • Amarelos: 2,1% • Índios: 0,3%

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6.1.5 Indicadores Sociais

• Renda Nacional Bruta (RNB) per capita, baseada na paridade de poder de compra dos habitantes.

• Saúde (Refere-se à qualidade da saúde da população). • Alimentação (Refere-se à alimentação mínima que uma pessoa necessita, cerca de

2.500 calorias, e se essa alimentação é balanceada). • Condições médico-sanitárias (Acesso a esgoto, água tratada, pavimentação etc.) • Qualidade de vida e acesso ao consumo (Correspondem ao número de carros, de

computadores, televisores, celulares, acesso à internet entre outros).

6.1.6 IDH – Índice de Desenvolvimento Humano

Definição

Foi criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) para tentar medir o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é um índice que serve de comparação entre os países, com objetivo de medir o grau de desenvolvimento econômico e a qualidade de vida oferecida à população. Este índice é calculado com base em dados econômicos e sociais. O IDH vai de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano total). Quanto mais próximo de 1, mais desenvolvido é o país. Este índice também é usado para apurar o desenvolvimento de cidades, estados e regiões.

No cálculo do IDH são computados os seguintes fatores: educação (anos médios de estudos), longevidade (expectativa de vida da população) e Renda Nacional Bruta.

Objetivo: oferecer um contraponto a outro indicador muito utilizado, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que considera apenas a dimensão econômica do desenvolvimento.

Os três pilares que constituem o IDH são:

• Expectativa de Vida - Uma vida longa e saudável (saúde) • O acesso ao conhecimento (educação) é medido pelo número médio de anos de

educação recebidos durante a vida por pessoas a partir de 25 anos. • E o padrão de vida (renda) é medido pela Renda Nacional Bruta (RNB) per capita

expressa em poder de paridade de compra (PPP) constante, em dólar, tendo 2005 como ano de referência.

Apesar de ampliar a perspectiva sobre o desenvolvimento humano, o IDH não abrange todos os aspectos de desenvolvimento e não é uma representação da “felicidade” das pessoas, nem indica “o melhor lugar no mundo para se viver“.

Democracia, participação, equidade, sustentabilidade são outros dos muitos aspectos do desenvolvimento humano que não são contemplados no IDH.

O IDH tem o grande mérito de sintetizar a compreensão do tema e ampliar e fomentar o debate.

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Melhores colocações do IDH:

1. Noruega 0,9552. Austrália 0,9383. Estados Unidos 0,9374. Países Baixos 0,9215. Alemanha 0,9206. Nova Zelândia 0,9197. Irlanda 0,9168. Suécia 0,9169. Suíça 0,91310. Japão 0,912

Piores colocações do IDH:

• 178 Burundi 0,355 • 179 Guiné 0,355 • 180 República Centro-Africana 0,352 • 181 Eritreia 0,351 • 182 Mali 0,344 • 183 Burkina Faso 0.343 • 184 Chade 0,340 • 185 Moçambique 0,327 • 186 Níger 0,304 • 187 República Democrática do Congo 0,304

IDH 2010

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Exercícios

1.  ... na verdade, o grande período da sociedade brasileira foi o pós-guerra, quando é adotado o padrão da sociedade de “bem-estar social”. Esse é o melhor momento tanto em termos de crescimento econômico quanto de crescimento ligado a uma política redistributiva. Foram abertos canais de promoção social, com investimentos públicos em infraestrutura, em serviços de base, educação, saúde e urbanização. Isso perdurou até os fins dos anos 1970, mas a partir daí o país voltou a patinar e tornou-se cada vez mais concentrador de renda. Como, mesmo com retração econômica, a população continuou a crescer, passamos a ter cada vez mais marginalizados e excluídos. Hoje, o que era um problema social virou um problema de segurança e vivemos o agravamento de um quadro que era excludente. Temos uma situação de confronto entre o contingente de excluídos e aqueles que concentram as possibilidades.

(Nicolau Sevcenko. In: “Cartacapital”, 8/10/2003, p. 38)

Mesmo com a retração econômica (dos anos de 1980), a população continuou a crescer, fato que confirmou a tese dos cientistas

a) neomalthusianos que atribuíam ao forte crescimento vegetativo às condições de pobreza crônica da população.

b) malthusianos que, de forma alarmista, previam fortes crises de abastecimento de gêneros alimentícios para a população.

c) neoliberais que defendiam a expansão irrestrita dos mercados consumidores, a partir da melhoria das condições de vida.

d) pragmáticos que atribuíam ao Estado a obrigação de criar políticas de controle de natalidade em todo o país.

e) keynesianos que asseguravam que o Estado não teria condições de proporcionar a elevação do padrão de vida da população.

2. A fome e a desnutrição constituem alguns dos problemas mais antigos conhecidos pelo homem.

Considere sobre este problema os seguintes aspectos:

I. A fome e a desnutrição nada têm que ver com a produção e a disponibilidade de alimentos produzidos.

II. Os grupos mais sujeitos à fome e à desnutrição são formados por famílias de camponeses que vivem no campo ou aqueles que migraram em direção às cidades.

III. A fome está intimamente ligada ao crescimento populacional e aos problemas ambientais.

Estão corretos SOMENTE

a) I.b) II.c) III.d) I e II.e) II e III.

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3. (Ufpe) “Os sertanejos davam conta da metade do serviço do campo. Batiam na usina, aos bandos, contratando tarefas. Só queriam receber dinheiro corrente, nada de vales. Metiam-se assim nos partidos, nas limpas e, enquanto o eito da fazenda se mexia devagar, os sertanejos raspavam terra com uma velocidade de máquina. Tiravam as tarefas em três tempos. Agora com a falta de braços o serviço deles era estimado por toda parte. Podiam até contar com os “corumbas” até que para as bandas do sertão, os relâmpagos aclareassem, porque só ficavam por ali esperando que as chuvas caíssem pelas suas caatingas. Não havia pedidos que os contivessem. Com a chuva a terra deles era um presente do céu.”

(José Lins do Rego - “Usina”)

O texto faz referência ao tipo de movimento horizontal da população denominado:

a) migração pendular.b) migração sazonal.c) migração urbano-rural.d) migração microrregional.e) migração internacional

4. No estudo das populações humanas, convencionou-se representar a composição etária através da Pirâmide de Idades. As pirâmides A e B representam a realidade de dois grupos de países: os desenvolvidos e os subdesenvolvidos. Dessa forma, analisando-se os 2 gráficos, pode-se afirmar:

Assinale verdadeiro (V) ou falso (F):

( ) a pirâmide B representa a realidade de países desenvolvidos, possuindo base larga que vai se estreitando á proporção que se aproxima do ápice;

( ) as alterações que vêm ocorrendo na taxa de fecundidade da população brasileira terão um reflexo na pirâmide etária do país;

( ) a maior expectativa de vida está expressa na pirâmide B;

( ) países como os Estados Unidos, a Alemanha e a França apresentam uma baixa taxa de natalidade, inferior a vinte por mil, e uma taxa de mortalidade também baixa, inferior a dez por mil. A pirâmide etária desses países é semelhante à pirâmide A;

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( ) a existência de uma elevada percentagem de população jovem nos países novos é o resultado da queda observada, no pós-guerra, da taxa de mortalidade, sem que tenha havido uma correspondente queda da taxa de natalidade. Tal situação é representada pela pirâmide A.

A ordem correta das afirmações é:

a) F – V – F – V – Fb) F – F – V – V – Fc) V – V – V – F – Vd) F – V – F – V – Fe) V – V – F – F – V

5.  “... em nossos dias, multidões de expatriados em marcha, buscando sobreviver, continuam a refazer o itinerário trágico dos vencidos.”

Sobre essa “marcha de expatriados” pode-se afirmar que

I. Os fluxos internacionais de migração, atualmente, têm direção semelhante àquela do início do século.

II. A Ásia é, hoje, o continente com maior poder de atração, recebendo grande número de africanos e australianos.

III. Os desequilíbrios econômicos e demográficos presentes em várias partes do mundo são fatores responsáveis pelas migrações.

IV. A emigração diminui a pressão demográfica mas priva a região de considerável parcela de população jovem e ativa.

Estão corretos SOMENTE

a) I e IIb) I e IIIc) I e IVd) II e IIIe) III e IV

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6. (Ufc) Na(s) questão(ões) a seguir escreva no espaço apropriado a soma dos itens corretos.

Considere os indicadores sociais de cada país, conforme a tabela a seguir:

Pode-se concluir que os dados revelam:

(01) que o país E assemelha-se a país desenvolvido; (02) características de todos os países da África e da Ásia Meridional; (04) uma gradação diferenciada de nível de desenvolvimento de diferentes países; (08) que os países A, B e C apresentam baixas condições de vida; (16) características de todos os países do continente europeu. Soma ( )

Para responder as questões 7 e 8, utilize o mapa e as informações citadas a seguir:

A história recente da humanidade nos mostra um dinamismo intenso, difuso e desigual da população mundial. O mapa nos mostra a distribuição da população por continentes em 2000 e a projeção para 2050.

Distribuição da população por continente (em milhões)

(Modificado de ONU, 2000.)

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7. O continente que apresentará crescimento vegetativo negativo é a:

a) Ásiab) Américac) Oceaniad) Áfricae) Europa

8. O continente que apresentará maior crescimento vegetativo é a:

a) Ásiab) Américac) Oceaniad) Áfricae) Europa

9. Em relação à estrutura, à dinâmica e aos problemas socioeconômicas e políticos da população mundial e do Brasil, pode-se dizer:

(01)  A população mundial está crescendo mais que a produção de alimentos, devendo-se, portanto, controlar o crescimento da população, para acabar com a fome.

(02)  A expectativa média de vida é um dos principais indicadores socioeconômicos que refletem o nível de pobreza dos países do mundo.

(04)  Nos países subdesenvolvidos, a incidência de pobreza é maior entre as populações urbanas do que entre as populações rurais.

(08)  Nos dias atuais, observa-se um aumento do ritmo do crescimento vegetativo, na maioria dos países subdesenvolvidos.

(16)  No Brasil, o êxodo rural determina um aumento, nas cidades, do contingente populacional de baixa renda, provocando uma acelerada demanda pelos produtos da economia urbana.

(32)  No Nordeste brasileiro, a pobreza é consequência do modelo político-econômico antigo e atual, que reflete na estrutura fundiária brasileira.

Soma ( )

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10. Com base nos conhecimentos sobre a estrutura e a dinâmica da população e sobre os problemas demográficos, pode-se afirmar:

(01)  A expectativa de vida e a média de vida traduzem o número de anos que um recém-nascido pode esperar viver, com base nos recursos disponíveis no seu país.

(02)  Os países ricos detêm menos de um quinto da população mundial, no entanto consomem 20% dos recursos naturais produzidos na Terra, enquanto os 80% restantes são consumidos pelos países pobres.

(04)  As projeções demográficas indicam que, durante a primeira metade do século XXI, o maior crescimento da força de trabalho, no mundo, irá ocorrer nas atuais nações subdesenvovidas.

(08)  O aumento crescente da presença da mulher no mercado formal de trabalho, a difusão dos métodos anticoncepcionais e o mais fácil acesso a esses métodos têm provocado a queda da fecundidade, em alguns países do mundo subdesenvolvido.

(16)  Os problemas econômicos e sociais existentes nos países subdesenvolvidos decorrem de decisões políticas e dos processos sociohistóricos, e não do excesso de população que possuem.

(32)  Os países subdesenvolvidos que possuem as menores taxas de natalidade e de mortalidade são os que apresentam maior proporção de população economicamente ativa (PEA).

(64)  No mundo subdesenvolvido, os maiores bolsões de pobreza encontram-se na Ásia Meridional, na Ásia Oriental e na África Subsaariana, onde uma parcela significativa da população vive abaixo da “linha da pobreza”.

Soma ( )

11. “Carlos Salinas de Gortari assumiu a presidência após uma eleição controvertida (os resultados oficiais lhes deram 50,8% dos votos, depois que os computadores que fizeram a contagem passaram cinco dias em pane), e é hoje, sem dúvida, o político mais popular do México. Seu projeto político-econômico, no entanto, está sendo decidido no país vizinho, pois a reeleição de George Bush tornou-se fundamental para que o Tratado de Livre Comércio seja aprovado no congresso americano. Nunca antes as eleições nos EUA tinham despertado tanto interesse no México, embora seja costume dizer que, quando os EUA se resfriam, o México tem pneumonia.”

(Adaptado de O GLOBO, 09 de fevereiro, 1992, p.48)

Vivemos num mundo sem fronteiras, dizem alguns. Contudo, na fronteira entre o México e os Estados Unidos ocorrem fatos que DESMENTEM a afirmativa anterior. Como exemplo daqueles fatos é correto citar a(o):

a) ausência de vias de circulação modernas entre os dois países.b) restrição da entrada de trabalhadores mexicanos nos Estados Unidos.c) dificuldade de acesso terrestre de norte-americanos ao México.d) redução das exportações do norte do México para os Estados Unidos.e) embargo econômico dos Estados Unidos à produção agrícola do México.

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12. Com relação à distribuição e crescimento da população, é correto afirmar que:

(01)  O crescimento populacional de um país resulta, basicamente, do crescimento vegetativo e de correntes migratórias.

(02)  A explosão demográfica nos países subdesenvolvidos foi posterior à Segunda Guerra Mundial.

(04)  São regiões de baixos índices demográficos: o nordeste dos Estados Unidos, o Sudeste Asiático e planícies do Leste da China.

(08)  Canadá e Estados Unidos são países de grande extensão territorial e com grande população absoluta.

(16)  A Europa, embora não possa ser considerado um continente populoso se comparado aos demais, pode ser considerada um dos continentes mais povoados e urbanizados do planeta.

soma = ( )

13. (UFF) HAITI

Quando você for convidado pra subir no adro daFundação Casa de Jorge AmadoPra ver do alto a fila de soldados, quase todos pretosDando porrada na nuca de malandros pretosDe ladrões mulatosE outros quase brancosTratados como pretosSó pra mostrar aos outros quase pretos(E são quase todos pretos)E aos quase brancos pobres como pretosComo é que pretos, pobres e mulatosE quase brancos quase pretos de tão pobres são tratadosE não importa se olhos do mundo inteiro

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Não importa nadaNem o traço do sobrado, nem a lente do FantásticoNem o disco de Paul SimonNinguémNinguém é cidadãoSe você for ver a festa do PelôE se você não forPense no HaitiReze pelo HaitiO Haiti é aquiO Haiti não é aqui

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(http://www.gilbertogil.com.br/disconew/letras_0.htm)

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Em “Haiti”, está retratada uma realidade sociopolítica observada nos países latino-americanos, que diz respeito à questão da Cidadania e dos Direitos Humanos. Acerca dessa questão, pode-se afirmar:

a) O desrespeito à Cidadania e aos Direitos Humanos na América Latina, em particular no Brasil, atinge de modo indiscriminado negros, índios e brancos, homogeneizando as condições sociopolíticas.

b) As sociedades latino-americanas não têm sido capazes de superar os conflitos étnicos, fenômeno inexistente nas democracias raciais vigentes nos países anglo-saxões da América, onde os direitos do cidadão são respeitados.

c) A globalização econômica, que possui como pressuposto a democratização política, tem um importante papel na ampliação dos direitos humanos das etnias na América Latina.

d) Na América Latina, as desigualdades socioeconômicas se entrelaçam com a discriminação étnica e cultural, fragilizando as possibilidades de instituição de uma territorialidade democrática que assegure os Direitos do Homem e do Cidadão.

e) As dificuldades para se ampliar o respeito à Cidadania e aos Direitos Humanos em territórios com forte presença de populações negras, como as do Brasil e do Haiti, decorrem da incapacidade de adaptação desse grupo étnico às exigências de sociedades democráticas.

14. (Unesp) Em 1990, as maiores taxas de crescimento natural da população ocorriam no oeste e leste da África (3,0%) e na América Latina (2,1%). De acordo com a tendência geral apresentada pelos diversos países, é verdadeiro afirmar que:

a) as taxas de crescimento natural da população independem do nível de desenvolvimento econômico do país.

b) quanto maior o nível de desenvolvimento de um país, maior é a taxa de crescimento natural de sua população.

c) quanto maior o nível de desenvolvimento de um país, mais elevada é a taxa de natalidade de sua população.

d) a taxa de crescimento natural da população tende a diminuir com o desenvolvimento econômico.

e) quanto maior o nível de desenvolvimento de um país, maior a tendência de aumento do número de filhos por família.

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15. (Fuvest) O esboço I representa os continentes segundo a superfície. Os esboços II e III representam cada parte do mundo com uma dimensão proporcional a diferentes informações.

São elas, respectivamente:

a) renda per capita e volume da produção agrícola.b) total da população e renda per capita.c) valor da produção industrial e percentagem da população alfabetizada.d) consumo de energia e renda per capita.e) total da população e volume da produção de minérios.

Gabarito1. A 2. D 3. B 4. D 5. E

6. 14 7. E 8. D 9. 58 10. 125

11. B 12. 19 13. D 14. D 15. B