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MBA em
“Gestão de Polícia Ostensiva”
Organização e Logística
Docente:
Prof. Me. Glauco Leão Ferreira Alves
“O que importa na vida não é o ponto
de partida, mas a caminhada.
Caminhando e semeando, no fim terás
o que colher. ”
Cora Coralina
EMENTA
UD I - Logística Empresarial e Supply Chain Management
UD II - Ambiente Empresarial e Estratégias Competitivas
UD III - Gestão da Demanda
UD IV - Planejamento e Controle da Produção
UD V - Sistemas de Informações Aplicados à Logística
UD VI - Nível de Serviços e Indicadores de Desempenho
UD VII - Gestão da Produção
UD VIII - Gestão de Estoque
UD IX - Logística Reversa
UD X - Análise de Investimento e Risco
• Desde os tempos bíblicos, os líderes militares já se utilizavam da
logística.
• As guerras eram longas e geralmente distantes e eram
necessários grandes e constantes deslocamentos de recursos.
• Para transportar as tropas, armamentos e carros de guerra
pesados aos locais de combate eram necessários o
planejamento, organização e execução de tarefas logísticas, que
envolviam a definição de uma rota.
• Era necessária, assim, a busca por uma fonte de água potável
próxima, transporte, armazenagem e distribuição de
equipamentos e suprimentos.
Evolução
• Na antiga Grécia, Roma e no Império Bizantino, os militares com
o título de Logistikas eram os responsáveis por garantir recursos e
suprimentos para a guerra.
• A verdadeira tomada de consciência da logística como ciência
teve sua origem nas teorias criadas e desenvolvidas pelo
Tenente-Coronel Thorpe, do Corpo de Fuzileiros Navais dos
Estados Unidos da América que, no ano de 1917, publicou o livro
"Logística Pura: a ciência da preparação para a guerra". Segundo
Thorpe, a estratégia e a tática proporcionam o esquema da
condução das operações militares, enquanto a logística
proporciona os meios".
• Assim, pela primeira vez, a logística situa-se no mesmo nível da
estratégia e da tática dentro da Arte da Guerra.
Bibliografia
RAZZOLINI FILHO, Edelvino. Logística empresarial no Brasil: tópicos
especiais. Curitiba: Ibpex, 2007.
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ismo“O dinheiro é a coisa mais inútil
do mundo; não estou interessado
nele, mas sim no que posso fazer
pelo mundo com ele".
Henry Ford
Henry Ford
Iniciou sua trajetória com motores na fazenda de
seu pai. Ele era responsável pelos reparos nas
máquinas da fazenda, mostrando muita
habilidade para inovar e sua principal intenção
era observar o funcionamento mecânico das
máquinas e equipamentos.
H. Ford, 1888.
Ford Motor Company
Com 40 anos de idade, Ford com outros 11
investidores e 28.000,00 dólares de capital
formaram a Ford Motor Company em
1903, totalizando US$150 000.
Persuadido por esse êxito, o piloto de
corrida Barney Oldfield, que nomeou o
novo modelo Ford de "999" em honra de
uma locomotiva de corrida da época,
levou o carro por todo o país, tornando a
marca Ford conhecida em todos os
Estados Unidos.
Linha de montagem de Ford1913
Modelo T
O Ford Model T foi apresentadono dia 1 de out. de 1908. NoBrasil era conhecido como FordBigode.
Ele tinha muitas inovaçõesimportantes, como o volante nolado esquerdo, o que foi logocopiado por todas as outrascompanhias. O motor e o câmbioeram totalmente fechados.
Os 4 cilindros eram fundidos emum bloco sólido, e a suspensãousava duas molas semi-elípticas.O carro era muito simples de sedirigir e, o mais importante, suamanutenção era barata.
• O veículo era tão barato em 1908,custando 825,00 dólares (o preço caíatodo ano) que na década de 1920 amaioria dos motoristas norte-americanos aprenderam a dirigir oModelo T, o que deixou boas memóriaspara milhões de pessoas.
Ford T.
Modelo A
Por volta de 1926, oenfraquecimento das vendas doModelo T finalmente convenceuHenry a fazer um novo modelo deautomóvel.
O resultado foi o sucesso do FordModel A, introduzido em dezembrode 1927 e produzido até 1931, comuma produção total de mais dequatro milhões de automóveis.Posteriormente, a empresa adotouum sistema de mudança anual demodelo, semelhante ao que éutilizado pelos fabricantes deautomóveis de hoje.
• Não antes de 1930 Henry superousua oposição contra companhias definanciamento. No entanto, após isso,a Universal Credit Corporation, deFord, tornou-se a principalfinanciadora de veículos.
Produção em Massa do Modelo A
Filosofia de Trabalho
Fabricar um carro em aproximadamente 98 minutos, além dos altos saláriosoferecidos a seus operários.
“Capitalismo do bem-estar social” - concebido para melhorar a situação dosseus trabalhadores e especialmente para reduzir a grande rotação deempregados de muitos departamentos, que contratavam 300 homens porano para preencher 100 vagas. Eficiência significava contratar e manter osmelhores trabalhadores.
Em 5 de janeiro de 1914, Ford anunciou seu programa de cinco dólares pordia. O programa revolucionário incluía uma redução da duração do dia detrabalho de 9 para 8 horas, 5 dias de trabalho por semana, e um aumento nosalário mínimo diário de US$ 2,34 para US$ 5 para trabalhadores qualificados.Outra inovação para o período foi a repartição com seus empregados de umaparte do controle acionário.
Desenvolvimento
Muitos outros setores tiveram umdesenvolvimento substancial, setorescomo o têxtil, siderúrgicas, energia(combustível), entre tantos outros queforam afetados direta ou indiretamentecom a fabricação desses carros, pois comeles mais rodovias foram construídaspropiciando uma maior locomoção dapopulação e criando pólos comerciais aolongo de sua extensão.
• Ford também teveparticipações na mecanizaçãodo campo com seus tratores,na fabricação de motoresaeronáuticos, chegando aconstruir um motor Libertydurante o período da primeiraguerra mundial, e anos maistarde um trimotor para aviões.
Ford 4-AT-F (EC-RRA)
o Fordismo é um modelo de produção em massa que revolucionou aindústria automobilística a partir de janeiro de 1914, quando introduziu aprimeira linha de montagem automatizada. Ford utilizou à risca os princípiosde padronização e simplificação de Frederick Taylor (Pai da AdministraçãoCientífica) e desenvolveu outras técnicas avançadas para a época. Suasfábricas eram totalmente verticalizadas. Ele possuía desde a fábrica devidros, a plantação de seringueiras, até a siderúrgica.
Ford criou o mercado de massa para os automóveis. Sua obsessão era tornaro automóvel tão barato para que todos pudessem comprá-lo, porém mesmocom o barateamento dos custos de produção, o sonho de Henry Fordpermaneceu distante da maioria da população.
Os veículos eram montados em esteiras rolantes que movimentavam-seenquanto o operário ficava praticamente parado, realizando uma pequenaetapa da produção. Desta forma não era necessária quase nenhumaqualificação dos trabalhadores. Outra característica é a de que o trabalho éentregue ao operário, em vez desse ir buscá-lo, fazendo assim a analogia àeliminação do movimento inútil.
Fordismo
Novas Lógicas e Organização dos Trabalhadores
Impactos das novas lógicas na organização dos trabalhadores: a articulação doFordismo e o consumo de massa permitiu à classe operária uma determinadacorrelação de forças entre as diversas categorias sociais, mais evidente no finaldos anos 60 e começo dos 70.
A busca de localidades que oferecessem oportunidades rentáveis de expansãoera perseguida por diversas estruturas corporativas, visando obter corte decustos por meio da contratação de força de trabalho mais barata e disciplinada.
Do Fordismo à Acumulação Flexível
É a passagem para um regime de acumulação inteiramente novo,associado com um sistema de regulamentação política e social bem distinta.
A acumulação flexível se apóia na flexibilidade dos processo detrabalho, dos mercados de trabalho, dos produtos e padrões de consumo. Éo surgimento de setores de produção inteiramente novos, novas maneirasde fornecimento de serviços financeiros, novos mercados e, sobretudo,taxas altamente intensificadas de inovação comercial, tecnológica eorganizacional.
Toyotismo
Na década de 1970, após os choques do petróleo, a produção em massaentra em crise e começa gradativamente a ser substituída pela produçãoenxuta, modelo baseado no Sistema Toyota de Produção.
Japão - um pequeno mercado consumidor, capital e matéria primaescassos, e grande disponibilidade de mão de obra não-especializadaimpossibilitavam a produção em massa. A resposta foi o aumento naprodutividade na fabricação de pequenas quantidades de numerososmodelos de produtos, voltados para o mercado externo, de modo a gerardivisas tanto para a obtenção de matérias-primas e alimentos, quanto paraimportar os equipamentos e bens de capital necessários para a suareconstrução pós-guerra e para o desenvolvimento da própriaindustrialização. Sistema de administração de produção just in time, técnicaessa originalmente elaborada nos EUA, no início do século XX, por iniciativade Henry Ford,mas que não foi posta em prática. Os japoneses trabalhamcom a qualidade total.
Em 2007 a Toyota torna-se a maior montadora de veículos do mundo e pôeum ponto final no Fordismo. Em 2014 > VW.
O Volvismo foi criado pela indústria sueca e é caracterizada endogenamentepor um altíssimo grau de informatização e automação e exogenamente pelaforte presença dos sindicatos trabalhistas e mão-de-obra altamente qualificada.No caso das fábricas da Volvo, é ainda marcada por um alto grau deexperimentalismo, sem o qual talvez não fosse possível ter introduzido tantasmudanças.
Características particulares da sociedade sueca: além dos sindicatos fortes, oalto grau de automação das fábricas no país, faz com que desde muito tempo osjovens rejeitem serem vistos como “acessórios das máquinas”, como notaylorismo o seriam.
Operário - dita o ritmo das máquinas, conhece todas as etapas da produção, éconstantemente reciclado e participa, através do sindicatos, de decisões noprocesso de montagem da planta da fábrica (o que o compromete ainda maiscom o sucesso de novos projetos).
Fordismo = Máquina, Toyotismo = Organismo e Volvismo = Cérebro.
Volvismo
Bibliografia
• SZEZERBICKI, A. S.; PILATTI, L. A.; KOVALESKI, J. L. Henry Ford: AVisão Inovadora de um Homem do Início do Século XX. PontaGrossa, Paraná, 2004.
• WOOD, Thomas. Fordismo, Toyotismo e Volvismo: os Caminhosda Indústria em Busca do Tempo Perdido. São Paulo: Revista deAdministração de Empresas. P. 6 - 18. Set / Out 1992.
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UD I - Logística Empresarial e Supply ChainManagement
Desenvolvimento Agrário, Agrícola e Agroindustrial Brasileiro
"Morte por Estafa"
Todos os anos dezenas de cortadores de cana morrem por estafa, ou seja,por cansaço.
Eles precisam cortar 12 toneladas de cana por dia, para não perderem seusempregos.
• Segundo alguns fisiologistas, ocorte de cana requer umadisponibilidade física igual à de umatleta de ponta, porém otrabalhador não possui tal preparo.
• A máquina faz o trabalho de 80pessoas.
Modernização da Agricultura Brasileira
Questão Agrícola Questão Agrária
CAIs – industrialização da agricultura , agroindustrialização e mudança no
padrão de consumo (diferenciação; diversificação e inovação).
-Elevações da produção e da
produtividade
- Vantagens comparativas de
muitas cadeias agroindustriais
no comércio agrícola
internacional
-Ampliação da concentração
da estrutura fundiária;
- Queda do nível de renda de
pequenos agricultores e
trabalhadores rurais;
- Impactos negativos no emprego
agrícola
A Decomposição do Complexo Rural e
a Modernização da Agricultura
•Indústria nas cidades voltada para a demanda dossegmentos da agricultura;
•São Paulo – núcleo dinâmico do processo deindustrialização.
•Demais estados não conseguem atingir o grau demodernização sulina.
Do Complexo Rural aos Complexos Agroindustriais
•A agricultura segue o caminho da indústria.
•Substituição da economia natural por atividades agrícolas
integradas à indústria;
•Intensificação da divisão do trabalho e das trocas intersetoriais;
•Especialização da produção agrícola.
D1 Agrícola – Modelo Produtivista
•Substituição das exportações pelo consumo produtivo interno
como núcleo da alocação dos recursos produtivos.
Agricultura segue o caminho da indústria
Ciência Econômica – Como o progresso técnico orienta
o desenvolvimento econômico?
Natureza Espaço Tempo
A maneira de fazer
o trabalho
Especialização do
Do trabalho
O controle do trabalho:
Inovações Tecnológicas
e as mudanças na
Organização do Trabalho
Riqueza da Terra
Potencial natural de
cada agricultura
Dotação Natural Especialização Acumulação
Fábrica Verde: o padrão fordista alcança aagricultura
Agricultura autônoma Agricultura Integrada
Produção intensiva
Produtos massificados
Produtos padronizados
Produção primária e extensiva
Produtos naturais
Baixa utilização de insumos químicos
CONCEITO DE MODERNIZAÇÃO DA AGRICULTURA
Modificações na base técnica da produção, com aumento
do uso de máquinas, insumos e sementes selecionadas;
Modificações nas relações sociais de produção, com
maior integração do agricultor e da produção no mercado
e na racionalidade do lucro;
A agricultura tende a especializar-se, orientando-se para
um ou dois produtos, em cada região;
Aumento da interdependência da agricultura com os
setores industriais; e,
Crescimento das relações de trabalho assalariadas.
RAZÕES DA MODERNIZAÇÃO
Elevação da produtividade do trabalho, visando a apropriação
da mais-valia;
Redução dos custos unitários de produção;
Necessidade de superar os conflitos entre o capital e o
latifúndio;
AS DUAS OPÇÕES PARA A AGRICULTURA
1. A Opção da Reforma Agrária:
Esta opção teria como ponto de partida a reformulação da
estrutura fundiária, com redistribuição da propriedade da terra,
acompanhada de políticas agrícolas adequadas que garantissem
condições efetivas à expansão da produção agropecuária e ao
bem-estar e elevação do padrão de vida das famílias rurais.
2. A Estratégia da Modernização Conservadora:
Teve por objetivo o aumento da produção e da produtividade
agropecuária mediante a renovação tecnológica, sem alterar a
estrutura fundiária.
Propriedades Rurais no Agronegócio
Perdem sua auto-suficiência;Passam a depender mais de insumos e serviços que nãosão os seus;Especializam-se somente em determinadas atividades;Geram excedentes de consumo e abastecem mercados, asvezes muito distantes;Recebem informações externas;Necessitam de fatores estruturais, como estradas,armazéns, portos, softwares, bolsas de mercadorias,pesquisas, fertilizantes, novas técnicas, tudo fora dapropriedade rural; e,Conquistam mercados e enfrentam a globalização einternacionalização da economia.
Clusters e Arranjos Produtivos Locais (APL`s)
O que é “cluster”?Agrupamento físico de empresas de mesmo setor (clusters): o que permiteescala necessária para promover capacitações, treinamentos e apoiotecnológico às empresas desse setor;
Qual a relação entre “cluster” e “APL – Arranjo Produtivo Local”?APL significa Arranjo Produtivo Local e é a expressão que vem substituindoo termo em inglês “cluster”. Ambos significam uma concentração local ouregional de atividades econômicas geralmente industriais , mas tambémagrícolas ou extrativas , formando cadeias produtivas em um determinadosetor . A força econômica, a competitividade e a capacidade de geração deemprego e renda das APLs está justamente na sinergia decorrente dasdiferentes formas de integração entre empresas da APL.
Exemplos de APLs no Brasil:Rochas ornamentais em Nova Venecia e Cachoeiro de Itapemirim (ES);Calçados em Franca (SP) e Vale Rio dos Sinos (RS); Têxtil no Vale Itajaí (SC);Vitivinicultura no vale dos Vinhedos (RS); bijuteria em Limeira (SP); floriculturaem Holambra (SP); cerâmica em Crisciúma (SC) e Sta Gertrudes (SP); móveisna Serra Gaucha (RS) e na nossa Itatiba (SP) cidade de nossa região.
Clusters e Arranjos Produtivos Locais (APL`s)
É um grupo econômicos constituído por empresas instaladas daregião, líderes em seus ramos, apoiado por outras que fornecemprodutos e serviços; Ambas sustentadas por organizações que oferecem profissionaisqualificados, tecnologias de ponta, recursos financeiros, ambientepropicio para negócios e infra-estrutura física;Todas estas organizações interagem, ao propiciarem umas às outrasos produtos e serviços de que necessitam;Estabelecem desse modo relações que permitem produzir mais emelhor, a um custo menor;O processo torna as empresas mais competitivas;Significa aglomerados agroindustriais que mostram as integrações einter-relações entre sistemas e/ou cadeias produtivas diferentes, mascomplementares em uma determinada região.Possibilidade de sinergismo entre diferentes atividades aproveitandoprodutos, sub-produtos, resíduos, utilização de estruturas físicas, trocade conhecimentos, permitindo escalas, escopos e diminuindo custos.
Fases de Evolução de um APL
Embrionária: não há ainda uma atração de firmas correlatas e acooperação é baseada, principalmente, em relaçõesfamiliares;
Crescimento de mercado: iniciam-se inovações para consolidareconomias de escalas e há uma preocupação maior comqualidade, com a competição se concentrando nos preços;
Maturidade: a competição acirra-se em torno da qualidade,flexibilidade, design ou marca e a cooperação apareceentre os diversos segmentos da cadeia, tanto a jusantecomo entre firmas em um mesmo nível, e as economias deescala não têm mais papel de destaque; e,
Pós-maturidade: a proximidade geográfica não é acondicionante principal, e o arranjo pode ter outrodirecionamento para algum setor correlato.
Novo Rural Brasileiro
1) uma agropecuária moderna (commodities,
indústria para a agricultura e agroindústria –
processo, distribuição);
2) atividades de subsistência (agricultura
rudimentar, criação de pequenos animais, sem
terra, sem emprego fixo, sem qualificação);
3) atividades não-agrícolas (moradia, lazer,
variadas atividades industriais e de prestações de
serviços);
4) "Novas" atividades agropecuárias (localizadas
em nichos específicos de mercado).
Bibliografia
• KAGEYAMA, Angela. Os rurais e os agrícolas de São Paulo noCenso de 2000. Cadernos de Ciência e Tecnologia, Brasília, DF, v. 20,n. 3, p. 413-451, set./dez. 2003.
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Logística Integrada - conceitos
Existem empresas que apenas se orientam para vender os seus
produtos, sem preocupação com as necessidades e satisfação
dos clientes.
Os consumidores são cada vez mais exigentes em qualidade,
rapidez e sensíveis aos preços, obrigando as empresas a uma
eficiente e eficaz gestão de compras, gestão de produção,
gestão logística e gestão comercial.
A logística integrada é impulsionada principalmente pela
revolução da tecnologia de informação e pelas exigências
crescentes de desempenho em serviços de distribuição.
Logística integrada é o processo de planejar, implementar e
controlar de maneira eficiente o fluxo e a armazenagem de
produtos, bem como os serviços e informações associados,
cobrindo desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com
o objetivo de atender aos requisitos do consumidor. A logística
integrada tem foco na gestão e não na operacionalização.
Logística como instrumento de marketing e ferramenta gerencial
capaz de agregar valor.
Marketing Mix – Composto Mercadológico - 4 Variáveis (P‟s):
1. Produto (Linha & Qualidade, Marca, Embalagem),
2. Preço (Básico, Ofertas & Descontos, Créditos),
3. Promoção (Propaganda) e
4. Praça (Serviço -Canais).
Integração da Cadeia de Suprimentos
Supply Chaim
Existe uma corrente doutrinária de que a Cadeia de Suprimentos
seria a união da Logística com o Marketing e as operações de
compra, o que concluiria na integração de todas as funções vitais
da empresa em si e, também, com outras empresas.
Conjunto de empresas independentes pela qual o produto passa,
envolvendo desde fabricante, depósitos, produtores de
componentes e/ou matérias-primas, montadoras, atacadistas,
comerciantes até companhias de transporte.
Um agrupamento de 3 ou mais entidades (organizações ou
indivíduos) diretamente envolvidos de montante a jusante nos
fluxos de produtos, serviços, finanças e/ou informação para
atendimento ao cliente.
Integração da Cadeia de Suprimentos
Supply Chaim
Uma rede de organizações conectadas e interdependentes,
trabalhando conjuntamente, em regime de cooperação mútua,
para controlar, gerenciar e aperfeiçoar o fluxo de matérias-primas
e informações dos fornecedores para os clientes finais.
A gestão integrada da cadeia de suprimentos visa eliminar
desperdícios, garantir um alinhamento mais afinado das decisões
e uma melhor coordenação dos fluxos de produtos e de
informações entre os diferentes elos de uma rede logística.
Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos
GCS consiste no planejamento e gerenciamento de todas as
atividades que envolvem o fornecimento e vendas,
transformação, e todas as atividades da gestão logística. Elas
também incluem a coordenação e colaboração dos e entre os
parceiros do canal, na qual podem ser fornecedores,
intermediários, prestadores de serviços terceiros, e
consumidores. Em essência GCS integra a gestão de
fornecimento e demanda entre e através das empresas.
Logística Integrada representa uma integração interna de
atividades em cada empresa;
Cadeia de Suprimentos representa uma integração
externa de atividades entre empresas, envolvendo
fornecedores e clientes.
Bibliografia
• NOVAES, Antônio Galvão. Logística e Gerenciamento da Cadeia deDistribuição: estratégia, operação e avaliação. Rio de Janeiro:Campus, 2001.
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Operações da Logística
Tipos de Atividades Logísticas
A logística é dividida em dois tipos de atividades - as principais e
as secundárias (Carvalho, 2002, p. 37):
Principais:
Transportes, Gerir os Estoques, Processamento de Pedidos.
Secundárias:
Armazenagem, Manuseio de materiais, Embalagem, Obtenção/
Compras, Programação de produtos e Sistema de informação.
1- Transportes
Ainda hoje, muitas empresas consideram esta atividade como a mais
importante, sendo que muitas pensam que a área de Logística se resume a
esta atividade o que é um grande equívoco. A atividade de transporte está
relacionada aos diversos métodos de se movimentar produtos e insumos e
por isso é essencial ao processo logístico, sendo ainda responsável por
uma grande parte dos custos logísticos da empresa. Vale ressaltar que
existem 5 modais (meios) de transportes disponíveis no país: rodoviário
(61,1%), ferroviário (20,7%), aquaviário (13,6%), dutoviário – transpecto /
gasoduto Bolívia-Brasil (4%) e aeroviário (0,6%), segundo ANTT. Em termos
mundiais, observa-se uma tendência a multimodalidade, ou seja, a
integração dos diversos modais de transporte.
2- Manutenção de Estoques
A questão dos estoques merece uma atenção especial dos
profissionais de logística, pois o grande desafio é ter o menor nível
de estoque possível sem prejudicar o nível de serviço ao cliente, ou
seja, dispor da quantidade necessária para atender ao cliente
quando ele desejar. Sabemos que não é um desafio simples. No
entanto existem técnicas de gestão que auxiliam nesta tarefa. Em
termos de custo logístico esta atividade também representa uma
parcela considerável dos mesmos.
3- Processamento de Pedidos
Mesmo não sendo uma atividade que representa um custo elevado como
as anteriores, esta atividade está relacionada diretamente ao nível de
serviço ofertado aos clientes. O grande desafio do profissional de Logística
consiste em reduzir o “ciclo do pedido” que é o tempo total entre o cliente
realizar um pedido e o mesmo ser entregue. Logo é importante contar com
sistemas eficientes de recebimento de pedido, checagem de estoque,
aprovação de crédito, separação, expedição e entrega do produto
comprado para o cliente. Com o crescimento do comércio eletrônico esta
atividade pode ser um diferencial competitivo para as empresas, visto que
ao fazer uma compra na Internet o consumidor espera uma entrega tão ágil
quanto foi o processo de realizar o pedido.
4- Armazenagem
É a administração do espaço que se dispõe para manter os
estoques, logo percebemos que trata-se de uma atividade que
necessita de um alto grau de planejamento, pois quando tratamos
com armazenagem estamos relacionados diretamente a algumas
condições chaves para o seu satisfatório desempenho como
localização, espaço físico, arranjo físico e sistemas de
informações.
5- Manuseio de Materiais
É associado com a armazenagem e também apóia a manutenção
de estoques. É uma atividade que diz respeito à movimentação do
produto no local de estocagem, como por exemplo, a transferência
de mercadorias do ponto de recebimento no depósito até o local de
armazenagem e deste ponto até o despacho.
6- Embalagem
A embalagem é um recipiente ou envoltura que armazena produtos
temporariamente e serve principalmente para agrupar unidades de
um produto, com vista à sua manipulação, transporte ou
armazenamento. Um dos objetivos da logística é movimentar bens
sem danificá-los além do economicamente razoável. Um bom
projeto de embalagem do produto auxilia a garantir a
movimentação sem quebras.
7- Obtenção / Compras
Tal atividade deixa o produto disponível para o sistema logístico.
Trata da seleção de fontes de suprimento, quantidades a serem
adquiridas, programação das compras e da forma pela qual o
produto é comprado. Não pode ser confundida com a função de
compras, tendo em vista que as compras incluem vários detalhes
de procedimento, como negociação, avaliação de preços, de
vendedores, que não são especificamente relacionados com a
tarefa logística.
8- Programação de Produto
Ao passo que a obtenção trata do suprimento (fluxo de entrada), a
programação de produto lida com a distribuição (fluxo de saída).
Trata das quantidades agregadas que devem ser produzidas e
quando devem ser fabricadas.
9- Manutenção de Informação
É a base de dados gerada pela cadeia, uma fonte de dados para
futuros planejamentos. As informações são essenciais para o
correto planejamento e controle logístico, como por exemplo,
localização dos clientes, volumes de vendas, padrões de entrega e
níveis de estoques.
IMPORTÂNCIA DO MARKETING NA LOGÍSTICA
• Marketing como ferramenta logística é um dos processos da
cadeia de suprimentos. Sua atividade hoje é de interligar o cliente
ao restante da cadeia e, na Logística, é uma das atividades de
conexão com o cliente. A função logística vai além do simples fato
do atendimento ao cliente e das vendas.
• Tem a ver com o posicionamento da empresa em relação ao
mercado. Posicionamento com objetivo de alcançar competitividade
e consequentemente a lucratividade.
Bibliografia
• COSTA, Jaciane Cristina. et al. A Gestão da Cadeia deSuprimentos: teoria e prática. XXV ENEGEP. Encontro Nacional deEngenharia de Produção. Porto Alegre, RS. 29 de out. a 01 de nov. de2005.
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Com o planejamento da logística, a organização visa definir os
modais de transporte, níveis de estoque, tamanhos e quantidade de
armazéns e localização física das instalações (fábrica, armazéns e
garagens).
Importância da Logística em uma Empresa de Produção
• É através dos processos logísticos que os insumos chegam até as
fábricas e os produtos são distribuídos aos consumidores. Mas, para
assegurar este fluxo de bens ou serviços com desempenhos
superiores, as empresas despendem altos custos com as operações
logísticas.
O custo logístico nas empresas pode chegar a 30% do valor
das vendas, a depender do setor econômico, da localização
geográfica e da relação entre o peso e o valor dos produtos.
Em muitas empresas, o custo logístico total é uma das
maiores parcelas do custo final do produto, superado apenas
pelo custo das matérias primas.
• As empresas buscam atingir níveis diferenciados de desempenho
em termos de disponibilidade de estoques, velocidade e
confiabilidade nas entregas, conquistando a preferência dos
clientes. Estas evidências confirmam o acerto das estratégias de
gerenciar a logística como uma das competências centrais da
organização.
• A competência logística decorre da avaliação relativa da
capacitação da empresa para fornecer ao cliente um serviço
competitivamente superior e ao menor custo.
• O serviço logístico deve ser medido em termos de
disponibilidade, desempenho operacional e flexibilidade. A
disponibilidade significa ter estoque para atender o cliente no local
e momento certo. O desempenho operacional se refere ao tempo
entre o recebimento e entrega do pedido. A flexibilidade mostra a
capacidade da empresa responder às situações não previstas.
a) Ciclo de pedido: ocorre na interface entre cliente e o varejista, e inclui todas
as atividades ou processos para atender o pedido do cliente (chegada ou
acesso às opções, emissão, atendimento e recebimento do pedido).
b) Ciclo de reabastecimento: ocorre na interface entre o varejista e o
distribuidor (inclui todas as atividades relacionadas ao reabastecimento dos
estoques do varejista - emissão, atendimento e recebimento do pedido).
c) Ciclo de fabricação: ocorre na interface entre o distribuidor e o fabricante
(inclui todas as atividades ou processos relacionados ao reabastecimento dos
estoques ao distribuidor - emissão e chegada do pedido, programação e
controle da produção e transporte dos produtos).
d) Ciclo de suprimentos: ocorre na interface entre o fabricante e o fornecedor
(inclui todas as atividades ou processos para garantir o ressuprimento dos
estoques para a fabricação dos produtos nos prazos solicitados pelos clientes).
O exemplo acima reafirma a perspectiva do reposicionamento estratégico da
logística nas organizações. Os diversos estágios da cadeia até o cliente final,
além de ressaltar a abrangência e a complexidade, sugerem a necessidade de
uma coordenação integrada para maximizar as operações logísticas, embora
de difícil execução por uma única organização, segundo Ballou (2001).
Bibliografia
RAZZOLINI FILHO, Edelvino. Logística empresarial no Brasil: tópicos
especiais. Curitiba: Ibpex, 2007.
MBA em “Gestão de Polícia Ostensiva”
• As funções logísticas de uma organização pública têm
peculiaridades que as distinguem de suas correlatas no setor
privado.
• Entretanto, essas diferenças não apagam as semelhanças.
• Gerenciar uma política ou serviço público requer também um
componente logístico > melhoria do Estado e dos serviços
públicos.
• Elevados níveis de integração entre operadores e entre
serviços logísticos são úteis não apenas para o setor privado.
Esses novos desenvolvimentos do pensamento e das práticas
logísticas podem ser usados na gestão e implementação de
políticas públicas.
Gestão de Políticas Públicas
As Novas Exigências para o Desenvolvimento Estatal
• Ao longo das últimas duas décadas, as organizações
públicas e as políticas por elas implementadas têm passado
por uma série de transformações que buscaram responder
a questões estruturais, como uma forte crise fiscal, o
esgotamento do modelo de desenvolvimento que era
baseado no financiamento externo, os problemas sociais
crescentes, a má distribuição de renda e a incapacidade
governamental de coordenar e implementar políticas
públicas que pudessem, de fato, transformar esse contexto
(Bresser Pereira e Spink, 1998).
• A Constituição Federal de 1988 levou também o Estado a ter de
repensar seu funcionamento com base na reconstrução democrática e
aumento significativo da participação dos movimentos sociais no
processo de tomada de decisão governamental.
• Nesse contexto, três forças direcionaram a evolução do serviço
público brasileiro:
1. a racionalização do uso de recursos crescentemente escassos;
2. a demanda por um novo patamar de qualidade dos serviços e;
3. a pressão da sociedade por participação, transparência e
controle social sobre as ações dos agentes públicos.
• Baseadas em serviços, as políticas públicas dependem da
movimentação de materiais, têm clientes e fornecedores
claramente definidos e podem ser decompostos em diversas
atividades que podem ser organizadas em uma cadeia de
suprimentos. O serviço ou política pública, para ser distribuído e
fruído pelos cidadãos-usuários, depende de uma organização
que envolva as várias etapas e processos, cuja responsabilidade
é desempenhada pelos agentes estatais.
• O Estado assume, naturalmente, o papel de organizador da
cadeia de suprimentos.
• Entretanto, as restrições de ordem legal, a fragmentação das
responsabilidades derivada do funcionamento do sistema político
e os obstáculos decorrentes de disfunções burocráticas são
muito presentes na gestão do setor público (Aberdeen Group,
2004). Podem ser considerados naturais ou não totalmente
evitáveis e, muitas vezes, se sobrepõem a critérios de ordem
logística na tomada de decisão.
• O setor público gerencia simultaneamente distintas cadeias de
suprimentos das várias políticas públicas, o que lhe abre grandes
possibilidades de integração e otimização de esforços, elemento
central neste novo paradigma de gestão pública.
• Ao privilegiar a otimização das várias etapas da cadeia
de suprimentos com foco no cliente, a abordagem e as
ferramentas da logística contribuem para a ampliação do
repertório do gestor público na busca de eficiência e
qualidade dos serviços.
• No caso das organizações privadas, a discussão sobre
logística aparece como uma nova forma de cortar custos
e, portanto, aumentar lucro. Já no caso das
organizações públicas, o foco também é no corte de
custos, mas devendo ser assegurados elementos como:
garantia de direitos, promoção do acesso da população
e garantia da legalidade nos procedimentos que regem a
gestão pública (Costa, 2000; Starks, 2006).
• No caso dos serviços, eles são naturalmente não
estocáveis e não se pode falar de produção para
estoque. Entretanto, serviços de consumo coletivo
tendem a ser produzidos e tornados disponíveis
independentemente do consumo (por exemplo, o
policiamento preventivo ou um sistema telefônico de
atendimento ao cidadão).
• Em relação ao trabalho do Corpo de Bombeiros: o serviço de
recebimento de chamadas coleta informações que descrevem a
situação e permitem enviar equipamentos, materiais e pessoal
adequados à demanda e localizados mais proximamente a ela:
não se enviará uma guarnição completa, com equipamentos e
materiais contra incêndio, para retirar um gatinho do telhado de
uma casa, por exemplo. Assim, a partir da demanda (que vem
por meio da chamada), o produto é montado pela ponta mais
próxima ao cliente (o que, logicamente, exige padronização na
medida em que, nesse caso, o cliente também não pode
esperar).
• As políticas públicas oferecem um grande leque de
possibilidades de integração logística:
1. Compartilhamento de instalações (abertura de escolas no
fim de semana para atividades de lazer da comunidade);
2. Compartilhamento da rede logística (uso do correio para
distribuição de material escolar; uso da rede de agentes
comunitários de saúde para programas sociais);
3. Compartilhamento de informações (cadastros únicos e/ou
integrados).
Decisões Logísticas em Políticas Públicas
a) Custo versus qualidade;
b) Custos versus velocidade;
c) Velocidade versus qualidade;
d) Nível de serviços versus externalidades negativas;
e) Custos versus redução de externalidades negativas.
a) Custo versus qualidade
• A opção por maior qualidade dos serviços prestados gera
pressão sobre os custos, ou seja, normalmente, a qualidade
dos serviços prevê que eles tenham custos maiores (seja para
produção, para pagamento da mão de obra melhor qualificada
ou para a própria compra de matérias-primas). Neste sentido,
vale também a ideia de que, na gestão pública, a lei de licitação
(Lei 8.666/93) prevê que, ressalvando-se algumas exceções, as
compras (principalmente de matérias-primas e insumos) devem
privilegiar o menor custo, o que acaba, portanto,
comprometendo a própria ideia de qualidade, muitas vezes.
b) Custos versus velocidade
• Atender a demanda mais rapidamente também gera uma
pressão nos custos. Por exemplo, para fazer com que o usuário
espere menos pelo ônibus é necessário aumentar a frequência
de ônibus em uma dada linha, o que exige mais veículos, mais
pessoal, mais combustível etc.
c) Velocidade versus qualidade
• Em muitos casos, produzir mais rapidamente um serviço ou
produto pode exigir redução na sua qualidade, e vice-versa. A
educação é um exemplo deste trade-off: reduzir o tempo de
formação de um médico para dois anos forçosamente levará a
uma oferta de médicos de menor qualificação. A saúde também
é um exemplo disso na medida em que consultas médicas
muito rápidas (e, portanto, médicos produtivos) também pode
ser indício de má qualidade no serviço.
d) Nível de serviços versus externalidades negativas
• A produção de bens e serviços leva à criação de
externalidades negativas (degradação ambiental, poluição,
perda de patrimônio histórico ou cultural etc.). Quanto maior a
demanda por velocidade, qualidade a serviços agregados,
maior a possibilidade de se criar pressão geradora de
externalidades negativas.
e) Custos versus redução de externalidades negativas
• Por outro lado, também existe o custo da responsabilidade
sócio-ambiental. Muitas vezes a busca por menor preço e por
potencializar os custos logísticos também pode ter impactos
negativos e causar externalidades na produção econômica e na
geração de renda. É o caso, por exemplo, da compra de
insumos em grande volume, que seria possível a apenas
poucos fornecedores e tira a possibilidade de pequenas
empresas participarem do processo licitatório. Nesse caso,
acaba-se limitando a própria capacidade do Estado de induzir
desenvolvimento, geração e distribuição de renda.
Bibliografia
BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos/Logística empresarial. São Paulo: Bookman, 2006.
MBA em “Gestão de Polícia Ostensiva”
UD II - Ambiente Empresarial e
Estratégias Competitivas
Cadeia de Suprimentos e Vantagem Competitiva
Fluxo para baixo > montante à jusante = matéria prima ao consumidor
Fluxo para cima > jusante à montante = consumidor à matéria prima
Valor Econômico > ZERO, para a empresa obter vantagem competitiva.
Vantagem Competitiva - Empresa é capaz entregar um benefício para o
consumidor maior que o custo incorrido para produzir aquele bem ou
serviço.
Vantagem Competitiva Sustentável = tempo indefinido ou indeterminado.
Vantagem Competitiva = temporária ou tempo curto.
Existe uma tendência para delegar a responsabilidade do serviço ao cliente
para departamentos como o marketing ou as vendas, ao invés de integrá-lo
no sistema logístico. Tem se provado que a importância da logística em
relação ao comportamento dos clientes é, às vezes, superior ao preço,
qualidade e outros elementos do marketing, finanças e produção. Já se
provou que o efeito do Marketing Mix (preço, produto, promoção e local) não
contribuem de maneira igual na participação do mercado, sendo, para os
clientes, os elementos logísticos os mais importantes.
Já algum tempo que se acredita que os elementos logísticos (arranjo físico,
atendimento ao cliente, rapidez e eficiência) têm influência na contratação de
um serviço de uma empresa. Provada a importância da logística em uma
empresa prestadora de serviço, esta poderia ser aperfeiçoada e melhorada
se houvesse o conhecimento da relação entre contratação de seus serviços e
níveis da logística, ou seja, que mudanças existem na prestação dos
serviços, após uma mudança dos níveis logísticos.
Importância da Logística em uma Empresa Prestadora de Serviço
Entretanto está explicitamente documentado a sensibilidade dos clientes
em relação aos serviços prestados pela empresa.
Consequentemente, melhorar os serviços significa também baixar custos
para o cliente, partindo do princípio que a qualidade do serviço e preço
têm que ser otimizados e sincronizados respeitando a lei da vantagem
competitiva.
Assim, os clientes são pressionados a fidelizar-se às empresas que
oferecem os melhores serviços a um menor preço.
A logística é parte integrante, senão a principal variável de eficiência para o
comércio. Tempo, prazo de entrega, assistência técnica e pronta-entrega são
itens importantes da variável. Devemos entender a logística, não somente
como transporte, mas, sim, desde a comunicação até a entrega do produto
ao cliente.
Na verdade, é inadmissível conceber a ideia de comércio sem a presença da
logística, pois esta, por natureza deve dar suporte à manutenção daquele,
desde a movimentação da extração da matéria prima até o produto acabado
chegar às mãos do consumidor final.
O comércio nos parâmetros atuais não pode sobreviver sem o apoio
logístico. No entanto, o precário sistema de malha viária dificulta e muito o
fluxo tanto de insumos para a indústria, como dos produtos acabados e os
seus vários deslocamentos até chegar às prateleiras dos varejistas onde
estão de fato prontos para serem consumidos pelos clientes.
Importância da Logística em uma Empresa de Comércio
Como gestor de logística, é interessante está atento ao reabastecimento
dos materiais ou produtos, a fim de não deixar faltá-los, tendo sempre um
estoque mínimo e que para isso precisa ter em mente a previsão de certos
contratempos, principalmente com a quantidade e a trajetória da carga a
receber, em tempo hábil e sem avarias.
Deve preocupar-se também com a qualidade do serviço prestado pelos
seus fornecedores, dispor de um sistema de informação atualizado e,
principalmente, atuar com diferentes planos de ação, para que quando um
plano não dê certo, outro entre em cena para suprir a demanda, procurar
sempre se antecipar aos possíveis desvios, quando não, tentar corrigi-los
ou minimizá-los.
Enfim, a contribuição basilar e primordial da logística em prol do comércio
é justamente a disposição de todo o seu aparato para sempre alimentar
(abastecer) através da distribuição dos produtos nas lojas, visando os
prazos de entrega; o tipo de modal mais qualificado tendo em vista o
custo/benefício; a segurança e a qualidade na transposição das
mercadorias.
5 (cinco) problemas enfrentados pelo Gestor de Logística na
Empresa de Comércio:
Hoje, as empresas buscam maior competitividade, maior desenvolvimento
tecnológico, maior oferta de produtos e serviços adequados à expectativa
do cliente e maior desenvolvimento e motivação do capital intelectual.
Temos empresas que enxergam a Logística como uma estratégia
competitiva bastante eficaz. Estas empresas planejam e coordenam suas
ações gerenciais de uma forma integrada, avaliando todo o processo
desde o fornecimento da matéria prima até a certeza de que o cliente teve
suas necessidades e expectativas atendidas pelo produto ou serviço
entregue. O resultado é a superação dos desafios apresentados e
consequentemente um melhor posicionamento no mercado.
1- Excesso de chuvas; 4- Defeitos em lotes de embalagens;
2- Cumprimento de prazos; 5- Roubo de cargas.
3- Condição das estradas;
Como pontos centrais da Logística na Empresa de Comércio,
podemos destacar:
• Visão integrada e sistêmica de todos os processos da empresa. A ausência
deste conceito faz com que cada área / departamento da empresa pense e
trabalhe de forma isolada. Isto gera conflitos internos por poder e faz com que
os maiores concorrentes de uma empresa estejam dentro dela mesma;
• Fazer com que materiais e informações se movimentem o mais rápido
possível, conseguindo assim otimizar os investimentos em ativos (estoques);
• Enxergar toda a cadeia de suprimentos como parte importante do seu
processo. Seus fornecedores, colaboradores, comunidade e clientes são como
elos de uma corrente e estão intimamente interligados. Por isso, devemos
sempre avaliar se suas necessidades e expectativas estão sendo plenamente
atendidas;
• O Planejamento (Estratégico, Tático e Operacional) e a constante Avaliação
de Desempenho, por meio de indicadores, são ferramentas gerenciais
essenciais para o desenvolvimento de um bom sistema logístico.
Bibliografia
HANDFIELD, Robert B. e NICHOLS, Ernest L. Introduction to Supply ChainManagement. New Jersey: Prentice-Hall, 1999.
MBA em “Gestão de Polícia Ostensiva”
Custo de Distribuição dos Produtos para o Consumidor
- O custo varia de acordo com:
1. estágio ciclo de vida do produto;
2. tipo de produto.
qual o Custo para o produto chegar ao
consumidor ?
a Empresa tem o produto para entregar ?
o Consumidor tem acesso fácil ao produto ?
1- Qto maior a velocidade da venda, maior o custo de
distribuição > giro rápido, com frequência, maior gasto
com transporte.
2- Qto mais restrito for o estoque, menor o custo de
distribuição > se o produto estiver espalhado em vários
locais, maior será o custo da empresa para o produto
chegar nesses pontos de venda.
Bibliografia
HANDFIELD, Robert B. e NICHOLS, Ernest L. Introduction to Supply ChainManagement. New Jersey: Prentice-Hall, 1999.
MBA em “Gestão de Polícia Ostensiva”
• No âmbito da administração da produção, este processo se traduz
em um conjunto de funções inter-relacionadas que objetivam
comandar o processo produtivo e coordená-lo com os demais
setores administrativos da empresa, fazendo com que se ampliem
informações necessárias para o dia-a-dia, reduzindo os conflitos
existentes entre vendas, finanças e produção.
• Lead time ou ciclo é o período entre o início de uma atividade e o
seu término. O lead time é um conceito importante da Logística e
deve ser levado em consideração em todas as atividades, pois está
associado ao custo da operação, estoque, processos produtivos e
etc.
PRODUÇÃO EMPURRADA
Empurrar é emitir ordens periodicamente para atingir o plano mestre da
produção. Do inglês “push system”, o sistema de Produção Empurrada é
determinado a partir do comportamento do mercado. Neste modelo, a
produção em uma empresa começa antes da ocorrência da demanda pelo
produto. Ou seja, a produção depende de uma ordem anteriormente enviada,
assim, não existe qualquer relação com a real demanda dos clientes da
empresa. Este modelo de produção surgiu no início da era industrial (século
XVIII até o fim do século XIX), onde a qualidade dos produtos não importava
muito, uma vez que existia uma demanda praticamente infinita em um mercado
sem competição. O volume dos produtos produzidos para atender à esta
demanda era a única preocupação das indústrias.
PRODUÇÃO PUXADA
Do inglês “pull system”, a produção puxada controla as operações sem a
utilização de estoque em processo. Neste modelo, diferentemente da
produção empurrada, o fluxo de materiais ganha relevante importância.
Aqui, a demanda gerada pelo cliente é o “start” da produção. O controle de
o que, quando e como produzir é determinado pela quantidade de produtos
em estoque. Assim, a operação final do processo “percebe” a quantidade de
produtos vendidos aos clientes, e que, naturalmente, saíram do estoque, e
as produz para repor o consumo gerado. Neste tipo de produção o consumo
do cliente é que determina a quantidade produzida, em um cenário onde a
qualidade começou a determinar a compra de um produto e a demanda
deixou de ser infinita. Assim, tornou-se necessário um modelo produtivo
mais avançado e menos estático.
- Planejar e controlar, então significa garantir que os recursos produtivos
estejam disponíveis na quantidade, no momento e no nível de qualidade
adequados. O objetivo maior do Planejamento e Controle é garantir que a
produção ocorra eficazmente e produza produtos e serviços como deve. O
planejamento e o controle são utilizados em todos os momentos do
processo de produção e tem o objetivo de traçar objetivos mais bem
definidos, utilizar os recursos de maneira racional, corrigir possíveis falhas e
distorções, obtendo com isso resultados mais satisfatórios.
• Resultados do PCP = altos índices de produtividade e qualidade, menor
índices de falhas e erros, menor custo de produção, facilidade em atingir
metas e objetivos traçados; decisões mais acertadas, melhor gerenciamento
dos recursos disponíveis; melhor fluxo de informações e maior satisfação do
cliente, obtendo, assim, maior lucratividade.
NATUREZA DA DEMANDA E DO FORNECIMENTO
- Esse é o processo de conciliar demanda e fornecimento, que
dependerão tanto da demanda quanto da natureza do fornecimento.
CONCILIAÇÃO DE FORNECIMENTO E DEMANDA
- O fornecimento de recursos não é infinito. Um exemplo é um
determinado serviço em que há muita gente para sua realização, ou
um número menor de pessoas em um tempo maior. Também pode
haver uma limitação física que por falta de espaço acaba atrasando o
serviço.
-Quando as operações previstas ocorrem conforme o planejado a
necessidade de controle é mínima. Incertezas, tanto de fornecimento
como de demanda, afetarão a complexidade das tarefas de
planejamento e controle.
- Planejamento é a destinação de recursos avaliados visando atingir
determinados objetivos a curto (programação de fábrica), médio
(executado pela visão gerencial) e longo prazo (visão da Diretoria)
num ambiente altamente competitivo e dinâmico. Faz se necessário a
participação de lideranças e uma visão geral da empresa em relação
ao ambiente em que atua. Todo tipo de operação requer que sejam
feitos planos de controle, algumas com grau de complexidade maior
que outros.
Bibliografia
NEUMANN, Clóvis. Gestão de sistemas de produção e operações:
produtividade, lucratividade e competitividade. Rio de Janeiro, RJ:
Elsevier, 2013.
MBA em “Gestão de Polícia Ostensiva”
• Manufacturing Resourses Planning ou MRP tem como principal objetivo Planejar,
Supervisionar e Controlar todos os recursos da empresa, de forma a aumentar a
produtividade da empresa, minimizar o nível de estoque e aperfeiçoar as estruturas de
produção. > Planejamento de Necessidades de Materiais é um sistema lógico de cálculo
que converte a a previsão de demanda em programação da necessidade de seus
componentes. A partir do conhecimento de todos os componentes de um determinado
produto e os tempos de obtenção de cada um deles, podemos, com base na visão de
futuro das necessidades, calcular o quanto e quando se deve obter de cada item. De
forma, que não haja falta ou sobra do suprimento das necessidades da produção.
• O MRP II, que além das quantidades e momentos de aquisição e fabricação de cada item,
são calculados e planejados os recursos a serem utilizados como a capacidade de
máquinas, recursos humanos e recursos financeiros. São módulos de pacotes de softwares
e sistemas de informações que auxiliam na tomada de decisão gerencial – ERPs.
MRP - MATERIALS REQUIREMENT PLANNING
(PLANEJAMENTO DAS NECESSIDADES DE MATERIAIS)
Com base na lista de material (Bill of material), obtida por meio da estrutura
analítica do produto, também conhecida por “árvore do produto” ou “produto
explodido”, e em função da demanda dada, o computador calcula as
necessidades de materiais que serão utilizados e verifica se há estoques
disponíveis para o atendimento. Caso não haja material em estoque na
quantidade necessária, ele emite uma solicitação de compra ou uma ordem de
fabricação.
Árvore de Produto - Um produto é constituído por diversos componentes físicos
que atuam com recursos específicos para realizar determinada função.
A arquitetura do produto descreve como estes componentes são organizados e
como eles interagem entre si (funcionalmente).
X1
A3 B2 C3
D4 E2 F3 G3
H2
E2
H2
Quando se deve iniciar a produção ?
LT = 3
LT = 5
LT = 3 LT = 4
LT = 5 LT = 4 LT = 6 LT = 3 LT = 4
LT = 4 LT = 4
N 0
N 1
N 3
N 4
X1
A3 B2 C3
D4 E2 F3 G3
H2
E2
H2
Para cada X, eu preciso de 3 A, 2 B e 3 C.
Para cada A, eu preciso de 4 D e 2 E.
LT = 3
LT = 5
LT = 3 LT = 4
LT = 5 LT = 4 LT = 6 LT = 3 LT = 4
LT = 4 LT = 4
N 0
N 1
N 3
N 4
X1
A3 B2 C3
D4 E2 F3 G3
H2
E2
H2
Quantos H eu preciso para cada X?
LT = 3
LT = 5
LT = 3 LT = 4
LT = 5 LT = 4 LT = 6 LT = 3 LT = 4
LT = 4 LT = 4
N 0
N 1
N 3
N 4
1 x 3 = 3 C
3 x 2 = 6 E
6 x 2 = 12 H
1 X
2 B
6 F 9 G
3 A
12 D 6 E
12 H
X1
A3 B2 C3
D4 E2 F3 G3
H2
E2
H2
Quantos H eu preciso para cada Lote?
LT = 3
LT = 5
LT = 3 LT = 4
LT = 5 LT = 4 LT = 6 LT = 3 LT = 4
LT = 4 LT = 4
N 0
N 1
N 3
N 4
1 x 3 = 3 C
3 x 2 = 6 E
6 x 2 = 12 H
1 X
2 B
6 F 9 G
3 A
12 D 6 E
12 H
10 X
10 x 3 = 30 C
10 x 6 = 60 E
10 x 12 = 120 H
20 B
60 F 90 G60 E
120 H
120 D
30 A
X1
A3 B2 C3
D4 E2 F3 G3
H2
E2
H2
Quantos H eu preciso para cada Lote?
120 + 120 = 240 H
LT = 3
LT = 5
LT = 3 LT = 4
LT = 5 LT = 4 LT = 6 LT = 3 LT = 4
LT = 4 LT = 4
N 0
N 1
N 3
N 4
1 x 3 = 3 C
3 x 2 = 6 E
6 x 2 = 12 H
1 X
2 B
6 F 9 G
3 A
12 D 6 E
12 H
10 X
10 x 3 = 30 C
10 x 6 = 60 E
10 x 12 = 120 H
20 B
60 F 90 G60 E
120 H
120 D
30 A
X1
A3 B2 C3
D4 E2 F3 G3
H2
E2
H2
E o Tempo? Horas...
LT = 3
LT = 5
LT = 3 LT = 4
LT = 5 LT = 4 LT = 6 LT = 3 LT = 4
LT = 4 LT = 4
N 0
N 1
N 3
N 4
1 x 3 = 3 C
3 x 2 = 6 E
6 x 2 = 12 H
1 X
2 B
6 F 9 G
3 A
12 D 6 E
12 H
10 X
10 x 3 = 30 C
10 x 6 = 60 E
10 x 12 = 120 H
20 B
60 F 90 G60 E
120 H
120 D
30 A
30 x 4 = 120
60 x 4 = 240
120 x 4 = 480
10 x 5 = 50
60
270360
90
240600
480
X1
A3 B2 C3
D4 E2 F3 G3
H2
E2
H2
E agora? Somar cada braço para saber o tempo de produção.
LT = 3
LT = 5
LT = 3 LT = 4
LT = 5 LT = 4 LT = 6 LT = 3 LT = 4
LT = 4 LT = 4
N 0
N 1
N 3
N 4
1 x 3 = 3 C
3 x 2 = 6 E
6 x 2 = 12 H
1 X
2 B
6 F 9 G
3 A
12 D 6 E
12 H
10 X
10 x 3 = 30 C
10 x 6 = 60 E
10 x 12 = 120 H
20 B
60 F 90 G60 E
120 H
120 D
30 A
30 x 4 = 120
60 x 4 = 240
120 x 4 = 480
10 x 5 = 50
60
270360
90
240600
480
Árvore de Produto
E agora? Somar cada braço para saber o tempo de produção.
XAD = 50 + 90 + 600 = 740
XAEH = 50 + 90 + 240 + 480 = 860
XBF = 50 + 60 + 360 = 470
XCG = 50 + 120 + 270 = 440
XCEH = 50 + 120 + 240 + 480 = 890
5 dias x 8 horas = 40 horas semanais
890 horas / 40 horas = aprox 22 semanas
Árvore de Produto
XAD = 50 + 90 + 600 = 740
XAEH = 50 + 90 + 240 + 480 = 860
XBF = 50 + 60 + 360 = 470
XCG = 50 + 120 + 270 = 440
XCEH = 50 + 120 + 240 + 480 = 890
5 dias x 8 horas = 40 horas semanais
890 horas / 40 horas = aprox 22 semanas
Quando se deve iniciar a produção ?
Entrega = 30 Dez----------- Semana 52
Então 52 – 22 = 30
DEVE-SE INICIAR A PRODUÇÃO NA SEMANA 30,
OU SEJA, INÍCIO DE AGOSTO.
Programa Mestre de Produção (PMP), Plano Mestre de
Produção ou Planejamento Mestre da Produção é um documento
que diz quais itens serão produzidos e quando cada um será
produzido, em determinado período. Geralmente este período cobre
algumas poucas semanas, podendo chegar de seis meses a um ano
ERP - é um sistema de informação que integra todos os
dados e processos de uma organização em um único
sistema. A integração pode ser vista sob a perspectiva
funcional (sistemas de finanças, contabilidade, recursos
humanos, fabricação, marketing, vendas, compras etc)
e sob a perspectiva sistêmica (sistema de
processamento de transações, sistemas de informações
gerenciais, sistemas de apoio a decisão.
Os ERP em termos gerais, são plataformas de software
desenvolvidas para integrar os diversos departamentos
de uma empresa, possibilitando a automação e
armazenamento de todas as informações de negócios.
Bibliografia
MACHLINE, Claude. A Administração da Produção na Pequena
Empresa Brasileira. Rio de Janeiro, RJ: FGV, 2006.
MBA em “Gestão de Polícia Ostensiva”
• Processamento dos pedidos;
• Correção da documentação;
• Transporte;
• Disponibilidade de produto e estoque;
• Produtos danificados;
• Tempo de processamento da produção / armazém.
• A medida que aumento a produção da empresa, vou ter um custo total
médio menor (decrescente) – Zona de Economia de Escala, até um
ponto que o aumento da produção vai reverter essa tendência de queda
fazendo com que o custo médio suba – Zona de Deseconomia de
Escala.
Bibliografia
MACHLINE, Claude. A Administração da Produção na Pequena
Empresa Brasileira. Rio de Janeiro, RJ: FGV, 2006.
MBA em “Gestão de Polícia Ostensiva”
A Administração da Produção ou Administração de operações é a
função administrativa responsável pelo estudo e pelo
desenvolvimento de técnicas de gestão da produção de bens e
serviços.
Segundo Slack (1996, p.34) a produção é a função central das
organizações já que é aquela que vai se incumbir de alcançar o
objetivo principal da empresa, ou seja, sua razão de existir.
A função produção se preocupa, principalmente com a estratégia
de produção: as diversas formas de organizar a produção para
atender a demanda e ser competitivo.
GESTÃO DA PRODUÇÃO
Um sistema pode ser definido como um conjunto de elementos
inter-relacionados que interagem no desempenho de uma função.
Os sistemas de produção são exatamente isto, conjunto de
elementos pertencentes a produção de um bem ou serviço que
interligados entre si chegam a um resultado final.
SISTEMAS DE PRODUÇÃO
SISTEMAS DE PRODUÇÃO,
AGREGAÇÃO DE VALOR E
AUTOMAÇÃO
A maneira de produzir também exige formas diferentes de controle e
monitoramento. Atualmente existem três tipos de formas de produção:
• sistema de produção sob encomenda;
• sistema de produção em lote;
• sistema de produção contínua.
SISTEMA DE PRODUÇÃO INTERMITENTE SOB ENCOMENDA
É um sistema de produção onde o processo é puxado pelo cliente final.
Um exemplo de empresa que pratica este sistema de produção é a Dell,
onde a venda através do site é o inicio da cadeia produtiva. A maior
vantagem deste sistema está na diminuição de perdas e na possibilidade
de fazer customização no produto do cliente.
O maior problema para o PCP (Planejamento e Controle da Produção)
neste tipo de sistema surge especialmente no sequenciamento das
atividades, no sentido de assegurar a data de conclusão do projeto. Um
produto muito customizado pode solicitar demanda de vários
profissionais interagindo entre si, o que dificulta o controle de custos e
prazos.
SISTEMA DE PRODUÇÃO INTERMITENTE EM LOTES
Este sistema de produção leva em consideração informações de mercado e
de tendências. Nele, entende-se que é preciso considerar perdas ocorridas
em todo o processo produtivo. Uma empresa que trabalha neste sentido é a
Editora Abril, pois para lançar tiragem de uma publicação, é necessário
levar em conta o histórico de vendas e o próprio “apelo de capa”. A
indústria de publicações já leva em consideração o número de encalhe
como algo que faz parte do sistema de produção. Este sistema possui um
inconveniente: quando surge um problema em determinado produto, neste
caso o lote a ser produzido, não é possível recomeçar o processo produtivo
imediatamente, uma vez que o próximo produto estará entrando na fila e
deverão ser alterados os testes e a preparação de máquinas visando
atender a um novo cliente.
SISTEMA DE PRODUÇÃO CONTÍNUA
No sistema de produção contínua o objetivo é produzir o maior número
de itens em menor tempo possível. Geralmente não há grandes
modificações no produto, e o processo flui de maneira prevista
e ininterrupta. Possui a característica de realizar as mesmas
operações, com poucas interrupções. O processo de engarrafamento
de bebidas e o processo de refinamento do petróleo são alguns
exemplos.
CONTRIBUIÇÃO JAPONESA AOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO
Kaizen significa mudança para melhor, e é uma palavra de
origem japonesa e tem o significado de melhoria contínua na vida em
geral, seja ela pessoal, familiar, social e no trabalho. Permite baixar os
custos e melhorar a produtividade. Além disso, o envolvimento de todos os
colaboradores da empresa é essencial no kaizen, porque esta é uma
metodologia que não se concentra nas elites > aprimoramento contínuo.
Essa prática visa o bem não somente da empresa como do homem que
trabalha nela, partindo do princípio de que o tempo é o melhor indicador de
competitividade, além de atuar de reconhecer e eliminar os desperdícios
existentes na empresa, sejam em processos produtivos, produtos novos,
manutenção de máquinas ou, ainda, processos administrativos.
Segundo o kaizen, é sempre possível fazer melhor, nenhum dia deve
passar sem que alguma melhoria tenha sido implantada, seja ela na
estrutura da empresa ou no indivíduo.
O Sistema de produção da Toyota é conhecido pela sua aplicação do
princípio do kaizen.
Para o kaizen, trabalha-se e vive-se de forma mais equilibrada e
satisfatória possível, se pelo menos três quesitos forem atendidos:
estabilidade financeira e emocional ao empregado, clima organizacional
agradável e ambiente simples e funcional.
Qualidade Total – 5 S
Kaisen e os 5 S
Os 5s's são conceitos que funcionam como base do kaizen:
1. Seiton: sentido de organização do material necessário para a
produção de alguma coisa. Desta forma, os funcionários não
perdem tempo procurando esses materiais.
2. Seiri: conceito que implica a distinção entre coisas essenciais e
não essenciais, separando as duas categorias, para que as coisas
menos importantes fiquem guardadas onde não perturbam a
atividade normal.
3. Seiso: está relacionado com a limpeza, e indica que as áreas
onde é feito o trabalho deve estar asseado, para que a
produtividade não seja afetada.
4. Seiketsu: conceito relacionado com a higiene e a manutenção de
um ambiente satisfatório e sadio para os trabalhadores.
5. Shitsuke: remete para a disciplina, determinação, honra e retidão
de caráter. Princípios que garantem o cumprimento dos anteriores
elementos e que facilitam o alcance do sucesso.
• O just in time está relacionado com os sistemas de gestão de
produção, e determina que nada deve ser produzido, transportado ou
comprado antes da hora certa. Adotado por empresas como a Toyota,
alguns administradores afirmam que em alguns países ocidentais, o
JIT é apenas usado para diminuir o tempo de produção, enquanto que
no Japão remete para a quantidade e qualidade exatas, no tempo
certo.
Bibliografia
SLACK, Nigel et al. Administração da Produção. São Paulo : Atlas, 1996.
MBA em “Gestão de Polícia Ostensiva”
CURVA ABC
• A curva ABC é um importante instrumento para se examinar estoques,
permitindo a identificação daqueles itens que justificam atenção e tratamento
adequados quanto à sua administração. Ela consiste na verificação, em certo
espaço de tempo (normalmente 6 meses ou 1 ano), do consumo em valor
monetário, ou quantidade dos itens de estoque, para que eles possam ser
classificados em ordem decrescente de importância. Aos itens mais
importantes de todos, segundo a ótica do valor, ou da quantidade, dá-se a
denominação de itens da classe A, aos intermediários, itens da classe B, e
aos menos importantes, itens da classe C.
• A experiência demonstra que poucos itens, de 10% a 20% do total, são da
classe A; 30% a 40%, são da classe B; enquanto uma grande quantidade, em
torno de 50%, é da classe C.
• A curva ABC é muito usada para a administração de estoques, para a
definição de políticas de vendas, para estabelecimento de prioridades, para a
programação da produção, etc.
• Podem reduzir custo, pois não vai haver necessidade de investir na
ampliação da produção; aquisição de máquinas e equipamentos.
• Custo de manutenção de estoque será provavelmente menor que o
custo de medidas corretivas (ajuste imediato na linha de produção).
• Oferta Sazonal – Demanda Constante = Ex: frutas de época.
• Oferta Constante – Demanda Sazonal = Ex: ventiladores.
Bibliografia
RAZZOLINI FILHO, Edelvino. Logística empresarial no Brasil: tópicos
especiais. Curitiba: Ibpex, 2007.
MBA em “Gestão de Polícia Ostensiva”
Bibliografia
ARAÚJO, Jorge Sequeira de. Almoxarifados: Administração e
Organização. São Paulo, SP: Atlas, 1981.
MBA em “Gestão de Polícia Ostensiva”
Devido ao aumento populacional, as ações antrópicas
estão sendo realizadas com uma frequência muito maior e,
nem sempre, de uma maneira responsável e sustentável,
causando danos à fauna e flora em geral, acabando por
levar à extinção plantas e animais, e por vezes, elevando a
população de espécies prejudiciais, como mosquitos
transmissores de doenças por exemplo.
A Logística Reversa visa contribuir com o desenvolvimento
econômico equilibrado, de forma ética em relação ao
aspecto socioambiental.
Logística Reversa e Desenvolvimento Sustentável
Segundo Baran (1977), o desenvolvimento é um processo de
transformação social, por meio do qual o crescimento do padrão de
vida da população tende a tornar-se automático e autônomo.
A comunidade tem que participar e cooperar com o planejamento e
gestão dos projetos públicos ligados a questão de saúde e meio
ambiente, assim, é necessário que exista estoques de confiança social
e institucional na comunidade, principalmente na questão de
abastecimento de água e tratamento de esgoto.
Qualidade de vida = envolvimento dos cidadãos nos problemas +
melhor aplicação dos bens coletivos.
“Desenvolvimento sustentável é aquele que atende as necessidades
do presente sem comprometer as possibilidades de as gerações
futuras atenderem suas próprias necessidades”.
O desenvolvimento de uma cidade deve privilegiar o atendimento das
necessidades básicas de todos e oferecer oportunidades de melhora
de qualidade de vida para a população, ou seja, a pobreza
generalizada não é mais inevitável.
“Equidade” - condição para que haja a participação efetiva da
sociedade na tomada de decisões, através de processos
democráticos, para o desenvolvimento urbano.
•O processo de crescimento da cidade também objetiva a conservação
do uso racional dos recursos naturais incorporados às atividades
produtivas.
•Entre esses objetivos estão:
1. crescimento renovável;
2. mudança de qualidade do crescimento;
3. satisfação das necessidades essenciais por emprego, água,
energia, alimento e saneamento básico;
4. garantia de um nível sustentável da população;
5. conservação e proteção da base de recursos;
6. reorientação da tecnologia e do gerenciamento de risco;
7. reorientação das relações econômicas internacionais.
SUSTENTABILIDADE – Sachs (1993)
1. Sustentabilidade ecológica – refere-se à base física do processo de
crescimento e tem como objetivo a manutenção de estoques dos recursos
naturais, incorporados as atividades produtivas.
2. Sustentabilidade ambiental – refere-se à manutenção da capacidade de
sustentação dos ecossistemas, o que implica a capacidade de absorção e
recomposição dos ecossistemas em face das agressões antrópicas.
3. Sustentabilidade social – refere-se ao desenvolvimento e tem por objetivo
a melhoria da qualidade de vida da população. Para o caso de países com
problemas de desigualdade e de inclusão social, implica a adoção de
políticas distributivas e a universalização de atendimento a questões como
saúde, educação, habitação e seguridade social.
4. Sustentabilidade política – refere-se ao processo de construção da
cidadania para garantir a incorporação plena dos indivíduos ao processo de
desenvolvimento.
5. Sustentabilidade econômica – refere-se a uma gestão eficiente dos
recursos em geral e caracteriza-se pela regularidade de fluxos do
investimento público e privado. Implica a avaliação da eficiência por
processos macro sociais.
SUSTENTABILIDADE URBANA
No Brasil, principalmente nas grandes metrópoles, os problemas
causados pelo aumento da população urbana se deve, em parte, pela
ausência do poder público acompanhando essa urbanização “quase
que espontânea” (favelas). A imagem das cidades brasileiras está
definitivamente associada à violência, à poluição, ao tráfego caótico,
às enchentes, à desigualdade social, entre outros fatores.
A sustentabilidade urbana é definida como a capacidade das políticas
urbanas se adaptarem à oferta de serviços, à qualidade e à quantidade
das demandas sociais, buscando o equilíbrio entre as demandas de
serviços urbanos e investimentos em estrutura. Além desses aspectos,
também é imprescindível para a sustentabilidade urbana o uso racional
dos recursos naturais, a boa forma do ambiente urbano baseado na
interação com o clima e os recursos naturais, além das respostas às
necessidades urbanas com o mínimo de transferência de dejetos e
rejeitos para outros ecossistemas atuais e futuros.
• Logística Reversa - De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos
(estabelecida pela lei 12.305 de 2/08/2010), a logística reversa pode ser definida como
“instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de
ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos
resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em
outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada”.
• Questão Legal – Lei 12.305 de 02 de agosto de 2010.
• Questão Ambiental – O reaproveitamento dos resíduos sólidos diminui a poluição do
meio ambiente, das águas, ar e solos. A vida útil dos aterros sanitários aumenta, pois
minimiza a quantidade de dejetos a serem depositados.
• Questão Estratégica – Programas de Coleta seletiva do poder público, bem como a
iniciativa de cooperativas de catadores, vem contribuindo para diminuir o lixo, com
benefícios ambientais, sociais, educativos e econômicos.
Lei N.º 12.305 de 02 de agosto de 2010.
• Esta Lei institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, dispondo sobre seus
princípios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas à
gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluídos os perigosos,
às responsabilidades dos geradores e do poder público e aos instrumentos
econômicos aplicáveis.
• Não se aplica aos rejeitos radioativos, que são regulados por legislação
específica.
• Resíduos sólidos: material, substância, objeto ou bem descartado resultante de
atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe
proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem
como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem
inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d‟água.
• Rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de
tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e
economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a
disposição final ambientalmente adequada.
Vantagens para a sociedade e meio ambiente
- Possibilita o retorno de resíduos sólidos para as empresas de origem, evitando
que eles possam poluir ou contaminar o meio ambiente (solo, rios, mares,
florestas, etc.);
- Permite economia nos processos produtivos das empresas, uma vez que estes
resíduos entram novamente na cadeia produtiva, diminuindo o consumo de
matérias-primas;
- Cria um sistema de responsabilidade compartilhada para o destino dos resíduos
sólidos. Governos, empresas e consumidores passam a ser responsáveis pela
coleta seletiva, separação, descarte e destino dos resíduos sólidos
(principalmente recicláveis);
- As indústrias passarão a usar tecnologias mais limpas e, para facilitar a
reutilização, criarão embalagens e produtos que sejam mais facilmente reciclados.
A função de cada setor no processo:
1. Consumidores: devolver os produtos que não são mais usados em postos
(locais) específicos.
2. Comerciantes: instalar locais específicos para a coleta (devolução) destes
produtos.
3. Indústrias: retirar estes produtos, através de um sistema de logística, reciclá-
los ou reutilizá-los.
4. Governo: criar campanhas de educação e conscientização para os
consumidores, além de fiscalizar a execução das etapas da logística reversa.
Principais produtos que fazem parte do sistema de logística reversa:
- Pneus
- Pilhas e baterias
- Embalagens e resíduos de agrotóxicos
- Lâmpadas fluorescentes, de mercúrio e vapor de sódio
- Óleos lubrificantes automotivos
- Peças e equipamentos eletrônicos e de informática
- Eletrodomésticos (geladeiras, fogões, micro-ondas, freezers, etc.)
Exemplo de Logística Reversa
Uma empresa fabricante de pneus deverá receber de volta seus produtos já
usados. O consumidor, após usar os pneus, deverá encaminhá-los a postos de
coleta específicos (que podem estar instalados no comércio onde ele adquiriu),
onde serão retirados pelo fabricante. O fabricante reutilizará estes pneus usados,
após passar por determinados procedimentos, na linha de produção de pneus
novos ou outros produtos.
Desta forma, a logística reversa impedirá que estes pneus sejam descartados em
rios ou terrenos, poluindo o meio ambiente.
INTERAÇÃO HOMEM-AMBIENTE
Numa perspectiva econômica, pragmática e valorativa, de análise de
custo/benefício, os padrões interativos homem-ambiente reduzem-se a quatro
modelos básicos: dois modelos equilibrados, com interações simétricas; e dois
modelos desequilibrados, com interações assimétricas (Quadro).
No primeiro caso (modelos equilibrados, com interações simétricas), temos
duas situações possíveis; custo menor que benefício, tanto para o homem
como para o ambiente; e custo maior que benefício, tanto para o homem como
para o ambiente.
No segundo caso (modelos desequilibrados, com interações assimétricas),
temos também duas situações possíveis; custo menor que benefício, para o
homem, e custo maior que benefício, para o ambiente; e custo maior que
benefício, para o homem, e custo menor que benefício para o ambiente.
O modelo “cooperativo” estabelece uma interação de ganhos mútuos (para o homem e para o
ambiente). Exemplo: agricultura Kaiapó (agricultura familiar na Amazônia), pesca artesanal de
caiçaras (habitantes da zona litorânea) e a pecuária de gado pantaneiro (algumas das
características da adaptação adquiridas pelo gado Pantaneiro relacionam-se à grande
rusticidade, destacando-se a resistência à escassez de alimentos e a certas doenças).
O modelo „competitivo” caracteriza-se pela interação de perdas mútuas (para o homem e para
o ambiente), situação típica dos chamados desastres ambientais, como Hiroshima, Nagasaki,
Chernobyl ...
O modelo “conflitivo”, que se caracteriza por ganhos sócio-econômicos e perdas ambientais
(Tipo I), é o mais comum de todos, desde a Antiguidade até os nossos dias. É, por excelência,
o modelo dos processos civilizatórios e, por isso, o modelo usual de desenvolvimento,
responsável pelo limite crítico de resiliência ecossistêmica do planeta nos tempos atuais. Sua
natureza é essencialmente antropocêntrica; daí a denominação de modelo “egoísta”.
O modelo “conflitivo”, que se caracteriza por ganhos ambientais e perdas socioeconômicas
(Tipo II), é o mais raro de todos, mas se tem registro de sua ocorrência desde tempos
remotos. É, por excelência, o de proteção à natureza e do aprimoramento ambiental. Resulta
do investimento humano na natureza, como acontece com a criação e a manutenção de
unidades de conservação, com os planos de manejo ecológico e até mesmo com a proteção
de uma única espécie. Pela sua natureza, pode ser chamado de modelo “altruísta”.
Em resumo, o quadro atual de crise planetária resulta da preponderância ao
longo da história evolucionária humana, especialmente a partir da Revolução
Industrial, e muito mais acentuadamente nos últimos 55 anos, de padrões
interativos homem-ambiente que se caracterizam por crescentes ganhos
sócio-econômicos para o homem, ao preço de crescentes perdas ecológicas
para o ambiente (modelo “conflitivo”, do Tipo I).
O objetivo é a concretização do modelo “cooperativo” que estabelece uma
interação de ganhos mútuos (para o homem e para o ambiente).
A insustentabilidade do planeta é tão gritante que passou a ser a melhor
demonstração de que urge a ação política capaz de catalisar a sociedade
sustentável. A insustentabilidade planetária, portanto, está a ditar a urgência
do desenvolvimento sustentável.
A escolha a ser feita, ainda nesta geração, entre o ato político pela sociedade
não-sustentável e o ato político pela sociedade sustentável, será a medida da
nossa liberdade, mas será também a medida da nossa responsabilidade como
seres morais.
Tipologia de estratégias ambientais empresariais
Escala de evolução de atitudes de internalização da
dimensão ambiental nas organizações.Estratégia reativa:Atendimento mínimo e relutante com relação às regulamentações
ambientais;
Não modificam a estrutura produtiva e os produtos;
Preocupação apenas em controlar saída de efluentes (end-of-pipe) ;
Percepção: não há oportunidade de mercado para compensar os
aumentos de custos proporcionados pela internalização da dimensão
ambiental;
Incompatibilidade entre responsabilidade ambiental e maximização de
lucros;
Não há integração entre o meio ambiente e as unidades estratégicas de
negócios;
Gestão ambiental orientada à conformidade.
Efluente é o resíduo líquido resultante de processos
industriais.
A Resolução CONAMA n. 430/2011 estabelece limites para
lançamento de efluentes e a Portaria n. 518/2004 do
Ministério da Saúde estabelece procedimentos e
responsabilidades do controle e vigilância da qualidade da
água para consumo humano.
Tipologia de estratégias ambientais empresariais
Estratégia ofensiva
Princípios básicos: prevenção da poluição (end-of-pipe) e redução do uso de
recursos ambientais;
Mudanças incrementais (mas não fundamentais) nos seus
processos/produtos/serviços;
Preocupação: fazer antes que os concorrentes façam;
Objetivo: manter vantagem competitiva sem muito investimento;
Interface entre estratégias ambientais e de negócios pouco clara e imprecisa.
End of Pipe: “End of Pipe” quer dizer fim da chaminé, ou seja, tecnologias que
ajudam a filtrar o poluente, porém não propõe um salto qualitativo-tecnológico para
reduzir a emissão na fonte.
Tipologia de estratégias ambientais empresariaisEstratégia inovativa:
Antecipação aos problemas ambientais futuros para fortalecer sua posição
no mercado;
Excelência ambiental como condição necessária ao sucesso empresarial
(mas não é o suficiente);
Necessidade de integração da excelência ambiental e comercial;
Desenvolvimento, produção e comercialização de novos produtos, mudanças
substanciais de performance ambiental e gerenciamento do ciclo de vida dos
mesmos;
Acoplamento total e sinérgico entre estratégias ambiental e de negócios;
Questão ambiental encarada como elemento importante de construção de
vantagens competitivas duradouras.
Bibliografia
SACHS, Ignacy. Estratégias de Transição para o século XXI –
Desenvolvimento e Meio Ambiente. São Paulo: Studio Nobel – Fundação
para o desenvolvimento administrativo, 1993.
MBA em “Gestão de Polícia Ostensiva”
ANÁLISE DE INVESTIMENTO
1. O investimento vai se pagar?
2. O investimento vai aumentar o capital aplicado ou vai diminuí-lo?
3. Esta é a melhor alternativa de investimentos?
Tais respostas são obtidas por meio de um processo chamado Análise de
Investimentos. Ele é o estudo que avalia a aplicação de recursos, bem como
as condições que o antecederam e seus resultados posteriores, com o
objetivo final de proporcionar não só os melhores rendimentos, mas também
outros aspectos atraentes, como liquidez e segurança, por exemplo.
O QUE É ANÁLISE DE INVESTIMENTO ?
A análise de investimentos se baseia no emprego de técnicas contábeis e
financeiras para identificar qual melhor alocação de investimento entre as
diversas alternativas existentes. Ao se processar os dados, equações e cálculos
relativos ao ativo, é possível enxergar se existe rentabilidade, de quanto ela pode
ser e se o investimento está ou não dando certo.
Sendo assim, pode-se afirmar que essa análise é indispensável ao se considerar
a realização de um investimento, pois ela demonstra ser claramente uma ótima
ferramenta de apoio a decisão do investidor. Tendo em vista que todo
investimento possui em si um risco envolvido, a análise de investimento
contribuirá para minimizá-los, tornando a ação de investir mais lucrativa no longo
prazo.
GERENCIAMENTO DE RISCOS EM UMA ORGANIZAÇÃO
• Ao longo do processo evolutivo mundial, a GESTÃO DE RISCOS
consolidou-se como um fator preponderante de sucesso para os mais
diversos segmentos, agregando valor ao desenvolvimento social, econômico
e tecnológico. As demandas decorrentes dos cenários diversos dos
fenômenos sociais, comuns aos grandes centros populacionais,
impulsionaram a alocação de esforços com vistas à proteção de recursos
tangíveis e intangíveis, evidenciando a necessidade do planejamento
fundamentado no gerenciamento de riscos que possam impactar
negativamente nos ambientes organizacionais.
Diante do complexo e dinâmico cenário social, econômico e político,
caracterizado pela incerteza, o gerenciamento de riscos apresenta-se como
uma importante ferramenta de suporte as tomadas de decisões.
Gerenciamento de riscos, segundo a definição proposta pela Ferma (2002):
• Um processo através do qual as organizações analisam metodicamente os
riscos inerentes as respectivas atividades, com o objetivo de atingirem uma
vantagem sustentada em cada atividade individual e no conjunto de todas as
atividades.
• O gerenciamento de riscos é concebido como parte integrante das
atividades em uma organização, apoiando os processos decisórios através
de atividades gerenciais com vistas à consecução dos objetivos fins de cada
organização.
• Segundo Roper (1999), apoiar o processo decisório quanto a que tipo de
estrutura de gestão é necessária para o contexto avaliado, alinhando as
demandas e recomendações a um investimento economicamente viável.
• Para Ferma (2002) o risco é expresso pela combinação das consequências
de um evento e a probabilidade de sua concretização A exposição às
incertezas, as consequências decorrentes de eventos que as explorem e as
probabilidades de suas concretizações são fatores que caracterizam os
riscos em todos os ambientes, impactando-os de forma positiva ou negativa.
• O termo risco quando conceituado está diretamente relacionado com a
possibilidade de concretização de um acontecimento incerto, fortuito,
adverso ou indesejável que produza consequências danosas para a
organização, resultando em perdas, depreciações ou alterando uma
situação desejada (Parker, 2007).
• A análise de riscos é percebida como uma ferramenta administrativa, um
processo empregado em decisões gerenciais com vistas a minimizar a expectativa
de perdas (Broder, 2006). É conceituada como um processo sistemático com vista
a entender a natureza dos riscos e seus respectivos níveis, através de atividades
gerenciais que objetivam atingir uma vantagem sustentada em cada atividade
individual e de forma global nas organizações.
• A mensuração do grau de risco constitui-se em um processo onde, inicialmente,
busca-se gerar conhecimento sobre como os riscos possam impactar o ambiente
organizacional, qual a frequência com que são concretizados e quais as
consequências decorrentes de suas concretizações. A partir do conhecimento
obtido ou gerado, são emitidos pareceres, onde os riscos são classificados
segundo níveis de criticidade pré-estabelecidos. Tais níveis podem ser
exemplificados como: crítico; alto; médio; baixo (AS/NZS 2004).
Etapas para a execução do gerenciamento dos riscos
• A norma australiano-neozelandesa está estruturada em 07 fases ou etapas,
a saber:
[1] Estabelecer o contexto;
[2] Identificar os riscos;
[3] Analisar os riscos;
[4] Avaliar os riscos;
[5] Tratar os riscos;
[6] Comunicação e consultas; e
[7] Monitorar e revisar.
• A norma européia apresenta um processo estruturado em 09 (nove) fases
ou etapas, sendo elas:
[1] Definição dos objetivos estratégicos da organização;
[2] Avaliação dos riscos;
[3] Reportar os riscos;
[4] Decisão sobre os riscos;
[5] Tratamento dos riscos;
[6] Reportar os riscos residuais;
[7] Monitoramento;
[8] Modificação; e
[9] Auditoria formal
• Brasiliano (2003) sugere a utilização de uma matriz denominada de “matriz
de vulnerabilidade”, correlacionando duas informações estratégicas que
direcionam a uma visão global dos riscos, sendo: [1] probabilidade de cada
risco identificado e analisado; e [2] o impacto negativo no negócio (impacto
financeiro), inserindo todos os riscos em uma única representação gráfica.