Microdrenagem Memorial FINAL

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1.0 Objetivo e localização Este documento tem por finalidade descrever as instalações hidráulicas, o sistema de esgotamento e tratamento de esgoto sanitário e sistema de drenagem, para a residência localizada à Rua Rua 02, no Bairro Augusto Franco, obedecendo às normas da ABNT, especificamente a NBR 5626/98 e as exigências da concessionária local (DESO) referentes a instalações hidráulicas, a NBR-8160/99 e NBR-7229/93 e ainda às exigências do órgão local de Administração de Meio Ambiente (ADEMA), referentes a escoamento e tratamento de esgoto sanitário, a NBR-I0844/89 referente a escoamento de águas pluviais, para que desta forma garanta aos usuários, economia, segurança, higiene e conforto. 2.0 Descrição do empreendimento Condomínio residencial popular com área total de 10.046m², sendo dividido em 30 lotes de 137.31m², com casa de 47.84m², contendo varanda, sala, dois quartos, cozinha, banheiro e área de serviço. Além de uma guarita para controle da entrada. Os resíduos sólidos serão coletados e separados, atendendo a 4

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Page 1: Microdrenagem Memorial FINAL

1.0 Objetivo e localização

Este documento tem por finalidade descrever as instalações hidráulicas, o

sistema de esgotamento e tratamento de esgoto sanitário e sistema de drenagem, para a

residência localizada à Rua Rua 02, no Bairro Augusto Franco, obedecendo às normas da

ABNT, especificamente a NBR 5626/98 e as exigências da concessionária local (DESO)

referentes a instalações hidráulicas, a NBR-8160/99 e NBR-7229/93 e ainda às exigências

do órgão local de Administração de Meio Ambiente (ADEMA), referentes a escoamento e

tratamento de esgoto sanitário, a NBR-I0844/89 referente a escoamento de águas pluviais,

para que desta forma garanta aos usuários, economia, segurança, higiene e conforto.

2.0 Descrição do empreendimento

Condomínio residencial popular com área total de 10.046m², sendo dividido em 30

lotes de 137.31m², com casa de 47.84m², contendo varanda, sala, dois quartos, cozinha,

banheiro e área de serviço. Além de uma guarita para controle da entrada.

Os resíduos sólidos serão coletados e separados, atendendo a lei 12305 de 2010.

O Acondicionamento dos Resíduos domiciliares será em recipientes rígidos coletores,

divididos em materiais orgânicos, plástico, metal, papel e vidro.

Para proporcionar o bem estar e a qualidade de vida dos moradores, foi projetada

uma ampla área de lazer bem arborizada, com deck, play ground e quadra poliesportiva.

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Page 2: Microdrenagem Memorial FINAL

3.0 Microdrenagem

O Projeto em anexo contem os seguintes elementos de um sistema de drenagem

de águas pluviais composto por uma série de unidades e dispositivos hidráulicos para os

quais existe uma terminologia própria e cujos elementos mais frequentes são conceituados

a seguir. 

Greide - é uma linha do perfil correspondente ao eixo longitudinal da superfície

livre da via pública. 

Guia - também conhecida como meio-fio, é a faixa longitudinal de separação do

passeio com o leito viário, constituindo-se geralmente de peças de granito argamassadas. 

Sarjeta - é o canal longitudinal, em geral triangular, situado entre a guia e a pista

de rolamento, destinado a coletar e conduzir as águas de escoamento superficial até os

pontos de coleta (Fig. 01).

Bocas coletoras - também denominadas de bocas de lobo, são estruturas

hidráulicas para captação das águas superficiais transportadas pelas sarjetas e sarjetões; em

geral situam-se sob o passeio ou sob a sarjeta (Fig.02).

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Fig.01: Modelo de Sarjeta. Fonte: FERNANDES, Carlos.

Microdrenagem, Um estudo inicial. Campina Grande, 2002.

Page 3: Microdrenagem Memorial FINAL

Galerias - são condutos destinados ao transporte das águas captadas nas bocas

coletoras até os pontos de lançamento; tecnicamente denominada de galerias tendo em vista

serem construídas com diâmetro mínimo de 400mm. 

Condutos de ligação - também denominados de tubulações de ligação, são

destinados ao transporte da água coletada nas bocas coletoras até às galerias pluviais.

Poços de visita - são câmaras visitáveis situadas em pontos previamente

determinados, destinadas a permitir a inspeção e limpeza dos condutos subterrâneos

(Fig.03). 

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Fig.02: Modelo de Boca-de-lobo. Fonte: FERNANDES, Carlos.

Microdrenagem, Um estudo inicial. Campina Grande, 2002.

Page 4: Microdrenagem Memorial FINAL

4.0 Área de Superfície da Bacia de Retenção

Uma estimativa da área que vai ocupar o reservatório de retenção pode ser feita

conforme a Tabela abaixo,

Onde se entra com a profundidade escolhida para o reservatório e com a área

impermeável da bacia e a chamamos área da superfície em porcentagem da área total.

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Fig.03: Poço de visita. Fonte: FERNANDES, Carlos. Microdrenagem,

Um estudo inicial. Campina Grande, 2002.

Tabela 01: Porcentagem da Área de superfície da área total

Page 5: Microdrenagem Memorial FINAL

O terreno do condomínio possui área total de 10046m² e área impermeável de

4603m² que corresponde à 46% da área total, com profundidade de 1.20m. Seguindo á

tabela 01, foi adotado, 3.0% como sendo porcentagem da área de superfície da área total.

PA x AT = AB

0.03 x 10.046 = 302m²

A Bacia de Retenção projetada terá 360 m²

Onde:

AB =Área da bacia

PA=Porcentagem da área

AT=Área do terreno

5.0 Aproveitamento de água da chuva

O Aproveitamento de Água de Chuva pode ser uma solução simples para

economizar água potável, os principais objetivos do projetos são:

incentivar a população a fazer o aproveitamento correto da água de chuva;

fazer com que toda casa urbana tenha pelo menos um sistema simples

de Aproveitamento da Água de Chuva;

servir de instrumento didático;

minimizar o escoamento do alto volume de água nas redes pluviais durante as

chuvas fortes;

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Page 6: Microdrenagem Memorial FINAL

usar a água para irrigações nos jardins e lavagens de pisos externos. Assim,

essa água vai infiltrar na terra e ir para o lençol freático; preservando o ciclo natural da água.

se necessário usar a água de chuva para as descargas no vaso sanitário.

A princípio, o reservatório deve armazenar o máximo de água da chuva possível,

portanto para começar o cálculo, é necessário ter uma média da quantidade de chuva que

costuma cair na região, com 6 meses de estiagem e 6 meses de chuva (precipitação média

anual em Aracaju é de 1590 mm).

5.1 Calculo para a capacidade do reservatório

V=PxAxCxη fator de captação

V= 1590 x 60.46 x 0.90

V = 86518,26 m³

Onde:

V = volume anual, mensal ou diário de água de chuva aproveitável, em litros;

P = precipitação média anual, mensal ou diária, em milímetros;

A = área de coleta, em metros quadrados;

C = coeficiente de runoff. Normalmente C=0,90

η fator de captação = eficiência do sistema de captação, levando em conta o descarte do first

flush.

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Page 7: Microdrenagem Memorial FINAL

Foi observado que o volume da água capitada é desnecessário para uma família

de 4 pessoas. Desta forma, o calculo para a capacidade do reservatório foi levada em

consideração a necessidade dos moradores:

6 descargas de 3 litros por pessoa/dia

1 descarga de 6 litros por pessoa/dia

279 litros* - Calçada e carro

186 litros* - Irrigação de Jardim

Necessidade mínima diária:

(6 x 3 x 4) + (1 x 6 x 4) = 96 litros

Necessidade mínima semanal:

(96 x 7) + 279 + (186 x 3) = 1509 litros

Necessidade mínima quinzenal:

Aproximadamente 3000 litros.

*Dados obtidos pelo site da SABESP.

Será necessário ter um reservatório de 3000 litros para aproveitamento de água

de chuva. Sendo assim, ficará 2000 litros no reservatório inferior (enterrado) e 1000 litros no

superior.

5.2 Dimensionamento de calha, condutores horizontais e verticais

5.2.1 Condutor Horizontal

Conforme NBR 10844/89 a vazão na calha é dada pela equação:

Q= I x A / 60

Q = 150 x 60,46 /60

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Page 8: Microdrenagem Memorial FINAL

Q = 151,15 l/min

Onde:

Q= vazão de pico (litros/min)

I= intensidade pluviométrica (mm/h)

A= área de contribuição (m2)

Conforme o livro Aproveitamento de água de chuva do prof. Azevedo Neto, para

calha de comprimento de até 15m a largura da calha deverá ser de 0,30m.

Equação de Manning

Q = A x1nx R2 /3 x S

0,5

Q= vazão de pico (m³/s)

N= coeficiente de Manning

R= raio hidráulico (m)

S= declividade (m/m)

Será utilizado grelhas no chão para a capitação das águas da chuva (planta em anexo).

5.2.2 Condutor Vertical

O coletor vertical recebe água de chuva de área de 60.46m²

Para área de 60.46m², segundo a tabela 03, será necessário um tubo vertical com

diâmetro de 100 mm.

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Page 9: Microdrenagem Memorial FINAL

6.0 Descrição do abastecimento de água potável

O Consumo Diário foi calculado através da fórmula:

Cd = P x q

Cd = 4 x 150 = 600 litros

Onde:

Cd = consumo diário em litros/dia

P = população

q = consumo "per capita" em litros/dia (tabela 04)

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Tabela 03: Condutores verticais

Page 10: Microdrenagem Memorial FINAL

6.1 Capacidade dos reservatórios

A capacidade dos reservatórios foi calculada em função do consumo diário e

considerando uma reserva para atender a residência durante o período mínimo de dois

dias, dando uma reserva de 1200 litros, mas será utilizado um reservatório em polietileno,

com capacidade de 1500litros.

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Tabela 04: Estimativa de consumo diário de água.

Fonte:http://www.renatomassano.com.br/dicas/residencial/dimensionamento_das_instalacoes.asp. Acesso em 17

de junho de2010 às 17:15.

Page 11: Microdrenagem Memorial FINAL

O sistema de abastecimento nos compartimentos sanitário, cozinha e área de

serviço deverão ser indireto, através de reservatório superior e este por sua vez, abastecido

através de alimentador predial ligado à rede pública de abastecimento. Na torneira para

limpeza geral em áreas externas, o sistema de abastecimento será direto, derivado do

alimentador predial.

6.2 Alimentador predial

O Alimentador Predial foi determinado em função dos ramais a serem abastecidos

diretamente dele tais como, cozinha e área de serviço, ficando com o diâmetro de 25mm.

6.3 Pontos d'água e sub-ramais

Os diâmetros dos pontos de água e sub-ramais foram definidos pelos mínimos

estabelecidos pela NBR-5626/98, observando-se as pressões mínimas estabelecidas pela

mesma norma.

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Page 12: Microdrenagem Memorial FINAL

DIAMETRO DE

REFERENCIA

APARELHO SANITÁRIO PEÇA DE UTILIZAÇÃO SOLDAVEL ROSCAVEL

(mm) (polegada)

Bacia sanitária Caixa de descarga 20 1/2

Bacia sanitáriaVálvula de descarga (de 6 a

40mca)40 I 1/4

Bacia sanitáriaVálvula de descarga (de 2 a

10mca)50 1 1/2

Banheira Misturador (água fria) 20 1/2

Bebedouro Registro de pressão 20 1/2

Bidê ou ducha manual Misturador (água fria) 20 1/2

Chuveiro (2mca) Misturador (água fria) 20 1/2

Chuveiro (lmca) Misturador (água fria) 25 3/4

Chuveiro elétrico Registro de pressão 20 1/2

Lavadora de pratos ou de

roupaRegistro de pressão 20 1/2

Lavatório Torneira ou misturador (água fria) 20 1/2

Mictório cerâmicoCaixa de descarga ou registro de

pressão20 1/2

Mictório tipo calhaCaixa de descarga ou registro de

pressão20 1/2

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Page 13: Microdrenagem Memorial FINAL

Pia Torneira ou misturador (água fria) 20 1/2

Pia Torneira elétrica 20 1/2

Tanque Torneira 20 1/2

Torneira de jardim ou

lavagem geralTorneira 20 1/2

De acordo a tabela 05, os sub-ramais ficaram com os seguintes diâmetros:

Chuveiro=15 mm (1/2”)

Bacia sanitária= 15mm (1/2”)

Lavatório= 15 mm (1/2’’)

Pia de cozinha= 15mm (1/2”)

Tanqie de lavar roupa= 20mm (3/4”)

6.4 Ramais

Os diâmetros dos ramais foram definidos através do consumo máximo provável nos

compartimentos, ou seja, da probabilidade de uso simultâneo das peças instaladas nos

mesmos, em função dos pesos dessas peças.

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Tabela 05: Diâmetros mínimos dos sub-ramais. Fonte: (NBR5626/98)

Page 14: Microdrenagem Memorial FINAL

Dimensionamento em função dos pesos das peças:

Ramal do banheiro =CH+VS+LV = 1+1+1 = 3. . Será utilizado tubulação de com diâmetro de 25

mm (1”). (tabela 06).

Ramal da cozinha = P = 1. . Será utilizada tubulação de com diâmetro de 15 mm (1/2”). (tabela

06).

Ramal da área de serviço = TQ + ML = 2,9 +2,9 = 5,8 . Será utilizada tubulação de de 25 mm

(1”). (Tabela 06).

6.5 Colunas e barriletes

Os diâmetros das colunas e barrilete foram definidos através do cálculo da vazão

necessária a estas instalações, através da fórmula:

Q = 0,3 √ ∑P

Q= 0,3√(9,8)

Q = 0,3 x 3,13 = 0,93

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Tabela 06: Dimensionamento dos ramais.

Page 15: Microdrenagem Memorial FINAL

Onde:

Q = vazão necessária à instalação calculada

0,3 = coeficiente de vazão da água

∑P = somatória dos pesos das peças abasteci das pela coluna de distribuição ou barrilete.

Tendo uma vazão de 0,93 será utilizado pela coluna de distribuição ou barrilete, tubulação de 1”

de diâmetro. (tabela 07).

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Tabela 07: vazão e diâmetro em função dos pesos.

Page 16: Microdrenagem Memorial FINAL

7.0 Instalações Sanitárias

7.1 Ramais de descarga

Os diâmetros dos ramais de descarga foram definidos observando-se os

mínimos estabelecidos pela NBR-8160/93, que relaciona os diâmetros mínimos para os

mesmos em função das unidades Hunter de contribuição (tabela 08).

DIAMETRO DO RAMAL DE

APARELHO UHC DESCARGA (mm)

Banheira de residência 2 40

Bidê (ducha manual) 1 40

Chuveiro de residência 2 40

Lavatório de residência 1 40

Máquina de lavar louça 2 50

Máquina de lavar roupa 3 50

Pia de cozinha residencial 3 50

Tanque de lavar 3 40

Vaso sanitário 6 100

7.2 Ramais de Esgoto

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Tabela 08:

UHC dos

aparelhos

sanitários e

diâmetro dos

ramais de

descarga

Page 17: Microdrenagem Memorial FINAL

Também os ramais de esgoto são dimensionados em função das unidades

Hunter de contribuição e devem obedecer a declividades (tabela 09).

DIAMETRO NOMINAL DO TUBO (mm) NUMERO MAXIMO DE UHC

40 03

50 06

75 20

100 160

Dados: PIA (COZ) = 3 + LAVATÓRIO = 1 + VASO SAN. = 6 + CHUVEIRO = 2 + TANQUE

ROUPA = 3 + MAQ. ROUPA = 3

Total UHC = 18.

De acordo com a tabela de dimensionamento dos ramais de esgoto para o total de 18

UHC deve ser utilizado um tubo com diâmetro de 75mm.

Recomendam-se as seguintes declividades mínimas para ramais de descarga e de esgoto:

a) 2% para tubulações com diâmetro nominal igual ou inferior a 75.

b) 1 % para tubulações com diâmetro nominal igual ou superior a 100.

7.3 Coletor Predial

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Tabela 09: Dimensionamento dos ramais de esgoto

Page 18: Microdrenagem Memorial FINAL

Para o dimensionamento do coletor predial, foi considerado apenas o aparelho

sanitário de maior contribuição para cada compartimento e sua declividade (tabela 10).

DIAMETRO NUMERO MAXIMO DE UHC

DO DECLIVIDADES MINIMAS

TUBO (mm) 0,5 1 2 4

100 - 180 216 250

150 - 700 840 1000

200 1400 1600 1920 2300

250 2000 2900 3500 4200

300 3900 4600 5600 6700

400 7000 8300 10000 12000

7.4 Ventilação

Assim como os itens anteriores, o dimensionamento da ventilação foi baseado no número de

Unidades Hunter de Contribuição e obedeceram a dados da tabela (11).

DIAMETRO NOMINAL DO DISTANCIA

RAMAL DE DESCARGA (mm) MÁXIMA (m)

21Tabela 10: Dimensionamento e declividades de coletores

Page 19: Microdrenagem Memorial FINAL

40 1,00

50 1,20

75 1,80

100 2,40

GRUPO DE APARELHOS GRUPO DE APARELHOS

SEM VASOS SANITÁRIOS COM VASOS SANITÁRIOS

NUMERO DIAMETRO DO RAMAL NUMERO DIAMETRO DO RAMAL DE

DE UHC DE VENTILAÇÃO (mm) DE UHC VENTILAÇÃO (mm)

Até 2 30 Até 17 50

3 a 12 40 18 a 60 75

13 a 18 50 - -

19 a 36 75 - -

8.0 Disposição do Efluente

A NBR 7229/93 recomenda que a disposição do efluente de fossas sépticas

sejam no solo ou em águas de superfície, podendo ser através dos seguintes dispositivos:

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Tabela 11:Distância máxima de um desconector ao tubo ventilador

Tabela 12:Dimensionamento de ramais de ventilação

Page 20: Microdrenagem Memorial FINAL

8.1 Filtro Anaeróbio

O filtro deve apresentar um fundo falso, por meio do qual se faz a disposição

do efluente. O leito filtrante deve ter altura de 1.20m, para qualquer volume obtido no

dimensionamento e profundidade útil de 1.80m. O volume útil será de 640 litros.

O volume é calculado através da fórmula:

V=1,60 N C T

Onde:

V= volume útil em litros

N= número de contribuintes

C= contribuição de dejetos em litros/pessoas/dia (Tabela 13)

T= período de detenção em dias (Tabela 14)

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Page 21: Microdrenagem Memorial FINAL

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Tabela 13: Contribuição Diária de Esgotos (C) e de Lodo Fresco (Lf) por tipo de prédio e de ocupante.

Tabela 14: Período de Detenção (T), por faixa de contribuição diária.

Page 22: Microdrenagem Memorial FINAL

Cálculos:

Nº de Contribuintes = 4 pessoas

Contribuição de Esgoto = 100L/pessoa dia

Tempo de Detenção (residência) = 1

V=1,60 x 4 x 100 x 1 = 640L

8.2 Sumidouro

O sumidouro deve ter paredes revestidas de alvenaria de tijolos, conjuntas livres,

ou anéis de concreto convenientemente furados e o fundo com enchimento de brita, com

50cm de espessura.

As lajes de cobertura do sumidouro deve estar ao nível do terreno, ser de concreto

armado e dotadas de aberturas de inspeção com tampão de fechamento hermético.

A área de infiltração necessária para determinado despejo, pode ser calculado

pela formula:

A = V/Ci

Onde:

A = área de infiltração em m²

V= volume de contribuição diários em litros / dia

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Page 23: Microdrenagem Memorial FINAL

Ci= coeficiente de infiltração em m² / dia (Tabela 15)

Cálculos:

V = 100L/dia

Ci = 50 – Na faixa 3 em solo variando a areia argilosa ou silte argiloso.

A = 100/50 = 2m²

Foram levados em considerarão 1.80m acima do lençol freático, tendo

dimensões 1.20 x 2.00m e 2.00m de profundidade.

8.3 Fossa Séptica

Constituída de compartimento único, no qual ocorrem os fenômenos de

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Tabela 15: Possíveis Taxas de Variação de Coeficiente de Infiltração.

Page 24: Microdrenagem Memorial FINAL

decantação e digestão das partículas sólidas.

O volume da fossa foi definido em função da fórmula:

V = 1000+N (C T + K Lf) da NBR-7229/93,

Onde:

V = volume útil em litros

N = número de contribuintes do prédio

C = contribuição de despejos em litros/pessoa/dia (Tabela 13)

T = período de detenção em dia (Tabela 14)

K = taxa de acumulação de lodo digerido em dias (Tabela 16)

Lf = contribuição de lodo fresco em litro/pessoa/dia (Tabela 13).

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Tabela 16: Taxa de Acumulação Total de Lodo (k), em dias, por intervalo entre limpezas e temperatura do mês mais frio.

Page 25: Microdrenagem Memorial FINAL

Cálculos:

Nº de Contribuintes = 4 pessoas

Contribuição de Esgoto = 100L/pessoa dia

Lodo Fresco = 1L/dia

Tempo de Detenção (residência) = 1

Taxa de Acumulação Total de Lodo considerando intervalo de limpeza de 3 anos, K= 137

V = 1000 + 4 (100x1 +137x1) = 1948L

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Tabela 17: Profundidade Útil Mínima e Máxima, por faixa de volume útil.

Page 26: Microdrenagem Memorial FINAL

9.0 Descrição do sistema de escoamento e tratamento de esgotos

Os despejos do banheiro serão coletados através de tubos, conexões e caixas

sifonadas em PVC rígido para esgoto, até as caixas de inspeção e passagem (em

alvenaria e concreto) com declividade de 2% e destas escoarão até a fossa séptica com

declividade de 1 % em áreas não construídas e 2% em área construída.

Os despejos da cozinha serão coletados através de tubos e conexões de PVC

rígido série R (conforme indicação no projeto) até as caixas de gordura com chincana

(em alvenaria e concreto) com declividade de 2% e desta para a caixa de inspeção de

onde escoarão com declividade de 1 % até a fossa séptica. A caixa de gordura com

chincana será dimensionada para atender a necessidade da residência e ter uma

periodicidade de limpeza bimestral.

Os despejos da área de serviço serão coletados através de tubos e conexões

em PVC rígido até a caixa de gordura com chincana com declividade de 2% e desta para

a caixa de inspeção. As caixas sifonadas serão dimensionadas para atender a

necessidade da residência e ter uma periodicidade de limpeza semestral.

Nas instalações primárias de esgotos serão instalados tubos de ventilação, a

fim de evitar a ruptura do fecho hídrico dos desconectores e também para que os gases

emanados do tratamento sejam encaminhados para a atmosfera.

Todo o sistema de tratamento é composto por fossa séptica e filtro anaeróbio,

dimensionados de acordo com a NBR-7229/93, norma da ADEMA e condições do

terreno.

Quanto ao tratamento dos efluentes da fossa séptica, este serão conduzido a

um sumidouro.

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Page 27: Microdrenagem Memorial FINAL

Bibliografia

FERNANDES, Carlos. Microdrenagem, Um estudo inicial. Campina Grande, 2002.

CREDER, Helio, Instalações Hidráulicas e Sanitárias, Editora: LTC, Ano: 2006

SOUSA, José Laércio Matos. .Manual de Instalações Prediais Hidro Sanitárias.

Modulo III. CEFET, 2006.1

FUNASA. Manual de Saneamento. Brasília, 2004.

http://www.dec.ufcg.edu.br/saneamento/Dren01.html

http://www.renatomassano.com.br/dicas/residencial/

dimensionamento_das_instalacoes.asp

http://www.tigre.com.br/pt/produtos_unico.php?

rcr_id=4&cpr_id=7&cpr_id_pai=4&ulnh_id=3&prd_id=1801

Slides apresentados em sala de aula.

NBR 7229/93

NBR 5626/98

NBR-8160/99

NBR 10844/89

LEI 12305

LEI 11445

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Page 28: Microdrenagem Memorial FINAL

ANEXOS

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