Mídias locativas: conceitos, participação social e desenvolvimento laboratorial

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Aspectos da apropriação artística da tecnologias móveis

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Aspectos da apropriaçãoartística da tecnologias

móveis

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O fluxo da comunicação existente hoje érealizado através de uma participação massiva

Baseda nas escolhas em rede de muitos

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Com a participação de grupos, empresas e indivíduos

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Devemos considerar de que forma as relações privadas não implicam em pensamentos a respeito da construção de um espaço compartilhado

Ao mesmo tempo, podemos nos perguntar se a necessidade de participação na vida pública seria uma espécie de sindrome cultural

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As tecnologias locativas estabelecem um nova

definição de espaço público e de interação

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capacidades das redes

maximização do potencial de troca

estabelecimento de formas de colaborações

emergência de uma nova expressividade

o conceito de mídia locativa

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Nas produções audiovisuais contemporâneas,a vida é constantemente capturada, em uma explosão de filmes “baseados em histórias

verdadeiras”, que aumentam em quantidade e qualidade e permitem uma multiplicidade de visões

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As cameras de vídeo cada vez mais portáteis, associadas às tecnologias de transmissão,

possibilitaram a emergência de impulsos de extroversão, sinceridade, assim como da banalidade do comportamento humano

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É necessário compreender um processo que vem acontecendo há algum tempo, com incontáveis

mudanças sociais, culturais e tecnológicas que nos permitem fazer tal afirmação

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Em um período de poucos anos nós vimos a produção, distribuição e a presença das tecnologias audiovisuais ficar cada dia mais próxima de nossa vida cotidiana

Somos mais do que apenas testemunhas

Somos todos sujeitos e atores deste tipo de transformação

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o meio em si, não pode mais ser identificado enquanto tal

Jean Baudrillard

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A emeregência de uma sociopatia: a possibilidade de, em um mundo que todo mundo “tuba” e publica-se em dois clicks, as pessoas tornaram-se capazes de fabricar a história antes de que ela aconteça

Giselle Beiguelman

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Poderiam os artistas das novas mídias serem mais do que apenas “testers” da indústria que estariam fazendo um trabalho de experimentação, barato, para as grandes corporações? Estariam estes apenas dando funcionalidade a técnicas que de outra forma seriam apenas promessas vazias?

Armin Medosch

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O acesso baseado na localização muda a maneira como a mídia foi concebida, na medida em que o espaço geográfico e de informação desempenham um papel não só na sua entrega, mas também no seu significado e no potencial de interação.

Jonah Brucker-Cohen

“Através de meus projetos, espero que as pessoas possam reexaminar as suas relações com as redes e sistemas e os comportamentos que eles perpetuam.”

O principal trunfo de mídias portáteis como iPods e celulares é que você pode acessar tanto a Internet como outras formas de mídia pessoal em qualquer localização física, sem depender de um computador. Portanto, a principal mudança no modo como as pessoas trocam experiências e se comunicam uns com os outros está ligada ao fato de que o dispositivo sabe a sua localização e torna possível personalizar ainda mais essa interação tendo como base seu entorno. Ademais, estes dispositivos permitem o acesso instantâneo às informações de qualquer locação acessível por rádio, e pode ainda customizar essa interação conforme se move no espaço.

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Inspirado na teoria e na prática de grupos como Oulipo, Fluxus, Situationistas, Forced Entertainment, e Infocom, o grupo Knifeandfork usa mensagens de texto para inserir uma realidade imaginária na realidade da vida cotidiana.

Brian HouseKnifeandfork

Subversive (Mobile) Storytelling

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Usa telefones celulares e os agora onipresentes dispositivos GPS que os mesmos contêm para produzir uma ferramenta de segurança que possa ser usada pelos imigrantes que cruzam os desertos para encontrar vários recursos de segurança, incluindo os fornecidos pela Patrulha da Fronteira Americana e grupos humanitários.

The Transborder Immigrant Tool Project

Brett Stalbaum

O projeto Transborder Immigrant Tool busca alavancar telefones celulares baratos e os agora onipresentes dispositivos GPS que os mesmos contêm para produzir uma ferramenta de segurança que possa ser usada pelos imigrantes que cruzam os desertos para encontrar vários recursos de segurança, incluindo os fornecidos pela Patrulha da Fronteira Americana e grupos humanitários. Uma geografia virtual pode potencialmente marcar novas trilhas e rotas mais seguras através deste deserto do real. Tecnologias geoespaciais tais como dados do GPS (Sistema de Posicionamento Global) e do GIS (Sistema de Informação Geográfica) têm permitido um relacionamento humano inteiramente novo com a paisagem, incluindo algoritmos que mapeiam trilhas sugeridas para as verdadeiras pessoas que fazem extensos passeios a pé seguirem.

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Re-circuiting the Social: Sound Tactics For Urban Public Space

Mark ShepardShepard chama a atenção para a f o rma como temos usados os f o n e s d e o u v i d o c o m o u m a espéc ie de descu lpa para nos move rmos pe la c i dade sem a necessidade de nos envolvermos e n o s r e s p o n s a b i l i z a r m o s p o r a q u i l o q u e a c o n t e c e à n o s s a vol ta.Em efei to para ele o iPod é uma fe r ramen ta de o rgan i zação do e s p a ç o , d o t e m p o e d a s fronteiras em torno do corpo no espaço públ ico.

No entanto, até que ponto esta prática espacial urbana contribui para um afastamento ou recuo do morador urbano moderno em relação ao espaço público distanciando-o dos encontros e atritos lá encontrados?O Tactical Sound Garden [TSG] Toolkit é uma plataforma de software de fonte aberta para cultivar "ambientes sonoros participativos" públicos dentro de cidades contemporâneas. Ele conta com a cultura da comunidade urbana trabalhando para firmar um ambiente participativo onde novas práticas espaciais para a interação social dentro de ambientes tecnologicamente mediados podem ser exploradas e avaliadas. Tratando do impacto de dispositivos de áudio móveis como o iPod, o projeto examina as gradações da privacidade e publicidade dentro do espaço público contemporâneo.

O Toolkit permite que qualquer pessoa que viva dentro de densas áreas que oferecem acesso sem-fio 802.11 (WiFi) possa instalar um "ambiente sonoro participativo" para uso público. Usando um dispositivo móvel habilitado para rede sem-fio (PDA, laptops, celulares), os participantes "introduzem" sons dentro de um ambiente de áudio posicional. Estas introduções são traçadas sobre as coordenadas de um local físico por um mecanismo de áudio 3D comum aos ambientes de jogos – revestindo um ambiente acústico construído numa área aberta sobre um espaço urbano específico. Usando fones de ouvido conectados a um dispositivo habilitado para WiFi, os participantes são levados através de ambientes sonoros participativos virtuais à medida que eles se movem pela cidade.

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O e s p a ç o p ú b l i c o , c o n f o r m e é redesenhado pela tecnologia, ganha novos sentidos, numa sociedade de petições online.

Suas urgências não são mais apenas físicas, uma vez que a paisagem urbana se utiliza crescentemente de imagens, dispositivos imateriais, redes de conexão, serviços locativos e mediações técnicas de todo tipo.

Será que hoje em dia caminhamos em direção a modelos distópicos que impedimento da sociabilidade?

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A tecnologia redesenha os diversos âmbitosda vida coletiva, estimulando formas de pensar melhor a trama de relações possíveis hoje em dia, conforme cidades, comunidades e, enfim, toda a sociedadeconvertem-se em espaços fluidos, em movimento constante de rearticulação sobimpacto de tecnologias portáteis e ubíquas cada vez mais diversas.

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“Locative Media” é um termo que tem sido utilizado para designar projetos de artistas, grupos ou ativistas que se utilizam de dispositivos de comunicação móvel (telefones, laptops, palms, etc) e de localização (GPS) em obras que buscam explorar a relação entre as pessoas e o espaço em que vivem.

O termo locative media surge, para propor uma abordagem mais positiva de tecnologias capazes de localizar seu usuário, procedimento que implica em formas potenciais de vigilância ampla e irrestrita.(Medosch)

As chamadas artes locativas estão simultaneamente abrindo novos caminhos para o engajamento no mundo e mapeando seus próprios domínios.(Hemment)

A suposta novidade dos projetos baseados em localizações específicas [sob a idéia de locative media] pareceestar na maneira como estendem o conceito de mídia de modo a incluir além das próprias pessoas, o espaço, e seus elementos constitutivos.

LOCATIVE ARTSDeslocamentos da tecnologia no espaço urbano

The term seems to have been coined by Karlis Kalnins as a category to denote processes and works originated at the Locative Media Lab, an international

network of people working with some of the technologies mentioned.

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O conceito de locative media está relacionado também com um novo d i m e n s i o n a m e n t o d a i d é i a d e sitespecific e que introduz o ‘site’ como um espaço de possibilidades não materiais, mas que apontam para espaços efetivos

A idéia de site-specific locativo atualizaria assim uma visão do ‘context-specific’, como um uso da tecnologia que serviria de ‘interface’ para contextos não-tecnológicos. Essa interface preencheria gaps, falhas operando como ponte e não como instância separadora.

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um sistema que se infiltra (de forma t r a n s p a r e n t e ) e m s i t u a ç õ e s r e a i s , produzindo conexões no ambiente social público, permitindo o fluxo crítico de questões que permeiam um determinado contexto.

Esse tipo de ‘interface’ permitiria vir à tona f o r m a s d e c o n s c i e n t i z a ç ã o , instrumentalizando o público/usuário de forma inclusive a integrá-lo no espaço urbano

Não sendo conteúdo, é uma proposta de mediação mínima, de eliminação de obstáculos. Funcionariam,como modelos de v e í c u l o s i n t e r s t i c i a i s , ‘ f r o n t e i r a s compartilhadas’.(PLAZA)

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O conceito de locativo que nos interessa, se refere à organização dos elementos em jogo em um trabalho em relação a locações e estratégias específicas.

Para que contexto esses elementos apontam em termos de mobilidade, trânsito, impermanência, mudanças espaço-temporais?

Interessa nesse conceito que ele e n g l o b e e n f r e n t a m e n t o s c o m c o n t e x t o s q u e p o s s u e m características próprias, incluindo espaços reais e seus conflitos.

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Questionando e experimentando novas formas e usos não previstos para estas, não apenas produzindo mais (arte)mídia, mas fazendo-o de modo crítico.

Tecnologias que teimam em nos fazer‘espiões de nós mesmos e do outro’

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Rodrigo Minelli Figueira

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Trebor Scholz http://www.flickr.com/photos/treborscholz/402404792/sizes/l/

nako http://www.flickr.com/photos/alexnako/257891909/sizes/o/

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