Mineração indústria da - IBRAM · CBMINA – CoNgresso BrAsIleIro de MINA A Céu ABerto e o...

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WWW.FACEBOOK.COM/IBRAM-INSTITUTO-BRASILEIRO-DE-MINERAçãO WWW.TWITTER.COM/IBRAM_MINERACAO IBRAM NAS REDES SOCIAIS: WWW.IBRAM.ORG.BR 8ª EDIÇÃO DO CBMINA TERÁ MELHORES TRABALHOS PUBLICADOS NA REVISTA REM PROGRAMA MINERAÇÃO: CONFIRA A PROGRAMAÇÃO PARA 2014 IBRAM inaugura auditório em homenagem a Carlos Anísio Rocha Figueiredo Março/Abril de 2014 Ano IX – nº 65 Mineração indústria da

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8ª edição do CBMiNA terá Melhores trABAlhos puBliCAdos NA revistA reM

progrAMA MiNerAÇÃO: CoNfirA A progrAMAção pArA 2014

IBRAM inaugura auditório em

homenagem a Carlos Anísio Rocha Figueiredo

Março/Abril de 2014Ano IX – nº 65

Mineraçãoi n d ú s t r i a d a

IBRAM inaugura auditório em homenagem a Carlos Anísio Rocha Figueiredo

EDITORIAL

EXPEDIENTE | Indústria da Mineração – Informativo do Instituto Brasileiro de Mineração • DIRETORIA EXECUTIVA – Diretor-Presidente: José fernando Coura | Diretor de Assuntos Minerários: Marcelo ribeiro tunes | Diretor de Assuntos Ambientais: rinaldo César Mancin | Diretor de Relações Institucionais: Walter B. Alvarenga | Diretor Financeiro e Administrativo: Ary Pedreira • CONSELHO DIRETOR – Presidente: ricardo vescovi de Aragão | Vice-Presidente: Luiz Eulálio Moraes Terra • Produção: profissionais do texto – www.ptexto.com.br | Jorn. resp.: sérgio Cross (MtB3978) | textos: luisa Amorim, raquel Cotta e ETC Comunicação • Sede: SHIS QL 12 – Conjunto 0 (zero) – Casa 04 – Lago Sul – Brasília/DF – CEP 71630-205 – Fone: (61) 3364.7272 – Fax: (61) 3364.7200 – E-mail: [email protected] – portal: www.ibram.org.br • IBRAM Amazônia: Travessa Rui Barbosa, 1536 – B. Nazaré – CEP: 66035-220 – Belém/PA – Fone: (91) 3230.4066/55 – Fax: (91) 3349-4106 – E-mail: [email protected] • IBRAM/MG: rua Alagoas, 1270, 10º andar, sala 1001, ed. são Miguel, Belo Horizonte/MG – CEP 30.130-160 – Fone: (31) 3223-6751 – E-mail: [email protected] • Envie suas sugestões de matérias para o e-mail: [email protected]. siga nas redes sociais – twitter:@ibram_mineracao • Facebook: www.facebok.com/ibram.mineracao.

É com muita emoção que o iBrAM anuncia a inauguração do Auditório Carlos Anísio rocha figueiredo, na sede do instituto em

Brasília (DF). O local foi criado para homenagear o Ex-Membro do Conselho Diretor, que faleceu em julho de 2013. Carlos Anísio foi Diretor do Departamento de Relações Institucionais da Vale s.A., presidente do sinferbase e Conselheiro ti-tular do iBrAM.

Lembrar Carlos Anísio é lembrar de um irmão, amigo, parceiro e companheiro, que destinou sua vida à indústria Mineral. É agradecer porque tive-mos a oportunidade de conviver com um grande profissional, que deixou para todos nós um grande

legado em seus excelentes trabalhos a frente da vale s.A., do sinferbase, do iBrAM e do sindiextra. É lembrar sua destreza e determinação, sua von-tade e sua garra em cada um dos projetos em que se envolvia e sua perseverança e persistência nos anseios e objetivos. Precisamos, sem dúvida, enal-tecer a doação de corpo e de alma que ele dedi-cou a causa do setor mineral.

por meio dessa homenagem, o iBrAM marca, na história do setor mineral brasileiro, o nome de um grande homem que colaborou, sem dúvida, para a construção da mineração em nosso País.

A todos, uma excelente leitura.

o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM – www.ibram.org.br) recebeu, no mês de fevereiro, representantes do serviço Nacional de Aprendizagem industrial (senai) para debate sobre possível parceria entre os institutos senai de inovação e as minerado-ras que atuam em território nacional.

durante o encontro, os representantes do senai explicaram a atuação dos institutos se-nai de inovação, que trabalham para aumen-tar a competitividade e a sustentabilidade da indústria Brasileira, favorecendo a inovação

Senai apresenta projeto de institutos de tecnologia para equipe do IBRAM

para que processos, produtos e serviços se tornem mais competitivos e sustentáveis.

O objetivo da visita dos representantes do Senai foi discutir com o IBRAM possíveis parcerias com a indústria mineral, seguin-do a premissa de fortalecer o setor indus-trial brasileiro. As parcerias visam facilitar o acesso das empresas a espaços que podem ser equiparados aos Centros de pesquisa e desenvolvimento mais avançados do mun-do, que contam com pesquisadores de alto--nível e uma ampla rede de parceiros.

para o diretor de Assuntos Ambientais do iBrAM, rinaldo Mancin, “essa é uma excelen-te oportunidade para a indústria mineral brasi-leira e vai de encontro ao trabalho do iBrAM que busca, constantemente, fomentar a inova-ção tecnológica e a transferência de tecnologia em todas as áreas de desenvolvimento”.

Com recursos do Banco Nacional de de-senvolvimento econômico e social (BNdes) e apoio de duas das maiores organizações de pesquisa aplicada do mundo, o instituto fraunhofer, da Alemanha, e o instituto de tecnologia de Massachusetts, dos estados Unidos, a expectativa é que estejam em funcionamento, até 2015, 25 Institutos de inovação. A iniciativa faz parte do progra-ma Nacional de Apoio à Competitividade da indústria Brasileira.

José Fernando CouraDiretor-Presidente do IBRAM

Indústria da Mineração Ano IX – nº 65, Março/Abril de 2014 3

o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM – www.ibram.org.br) realiza entre os dias 6 e 8 de agosto de 2014, em Belo horizonte (Mg), a oitava edição do CBMi-NA, fórum que reúne o Congresso Brasileiro de Mina a Céu Aberto, o Congresso Brasi-leiro de Mina subterrânea e o Workshop “economia Mineral: recursos e reservas”. o evento, que ocorre a cada dois anos, é resultado de parceria com a universidade federal de Minas gerais (ufMg).

o Congresso promete promover um am-plo debate técnico sobre o setor e difundir conhecimento sobre os avanços tecnológi-cos, solução de problemas, desafios e ten-dências, nacionais e internacionais, para as áreas de lavra a céu aberto e lavra subterrâ-nea, além de discutir as práticas rotineiras de seus processos produtivos em um talk-show com líderes do setor mineral.

Segundo o Diretor-Presidente do IBRAM, José fernando Coura, é de extrema impor-tância que o setor esteja em permanente dis-cussão. “o setor mineral é um dos mais im-portantes para a economia brasileira. Abriga uma enorme massa de trabalhadores, além de representar entre 3% a 5% do Produto interno Bruto (piB). A mineração é uma ativi-dade determinante para o sucesso da balan-ça comercial nacional e, por isso, deve estar sempre se atualizando”, afirma.

Coura ressalta ainda que, desde a primei-ra edição, o evento tem como foco congre-gar a academia e a indústria mineral, criando oportunidades mútuas e um ambiente fértil para a discussão de temas técnicos com o intuito de aprimorar a atividade mineral.

Inscrições

A apresentação de trabalhos técnicos durante o CBMiNA pode ser feita por es-tudantes e profissionais de diferentes em-presas do ramo da mineração. A data li-mite para efetivação da inscrição do autor apresentador para inclusão do trabalho no Programa Oficial e no CD-ROM do Con-gresso é no dia 6 de junho de 2014. Serão premiados os três melhores trabalhos na Categoria “estudantes de Cursos técnicos e graduação” e o melhor trabalho na Ca-tegoria “profissional”.

os trabalhos devem abordar temas como Barragens de Rejeitos (tecnologia, implantação e gestão), Controle de Quali-dade, Economia Mineral/Avaliação Econô-mica, fechamento de Mina, geomecânica Aplicada, hidrogeologia (gestão de recur-sos hídricos e controle de drenagem áci-da), Meio Ambiente (controle ambiental e recuperação de áreas mineradas), ope-rações Unitárias (automação e outras tec-nologias), Planejamento de Lavra, Saúde e segurança, ventilação de Mina subterrâ-nea, Mineração e sustentabilidade (biodi-versidade e comunidades) e prospecção e exploração Mineral.

Edição 2014

Nesta edição, a programação do even-to irá abordar temas de alta relevância na agenda da mineração brasileira. os desta-ques ficam com o Workshop “economia Mi-neral: recursos e reservas” – e o talk-show “investimento social privado”. para o pro-fessor do departamento de engenharia de Minas da universidade de federal de Minas gerais, Cláudio pinto, “a principal ideia do workshop é enfatizar a necessidade de en-xergar a avaliação e o planejamento mineral como processos aleatórios que devem in-cluir as incertezas geológicas e econômicas”.

A 8º edição do CBMiNA reserva uma novi-dade: os melhores trabalhos serão publicados na revista escola de Minas (reM), publicação indexada e classificada como QUALIS B1.

Patrocinadores

Até o momento, cinco empresas já con-firmaram patrocínio ao evento: Vale S.A. (patrocinador diamante), geobrugg (patro-cinador Bronze), Metso (patrocinador Bron-ze) Anglogold Ashanti (patrocinador Bronze) e geosol (patrocinador Bronze).

Apoio Institucional e Editorial

o CBMiNA conta com o apoio do insti-tuto Aço Brasil, e das revistas in the Mine, Brasil Mineral, Minérios e Minerales e da es-cola de Minas (reM).

CBMINA – CoNgresso BrAsIleIro de MINA A Céu ABerto e o CoNgresso BrAsIleIro de MINA suBterrâNeA

dAtA: 6 e 8 de agosto de 2014 • loCAl: Universidade Federal de Minas gerais (UFMg) – Belo Horizonte (Mg) • INforMAções: assessoria de iMprensa – institUto

Brasileiro de Mineração • lUisa aMoriM – [email protected] • raqUel Cotta – [email protected] • (61) 3364-7215/ 3364-7216 • sAIBA MAIs: www.CBMina.org.Br

7º Edição do CBMINA

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IBRAM realiza 8ª edição

do CBMINArealizado a cada dois anos, o

evento, que espera reunir cerca de 700 participantes, possibilita a inscrição de trabalhos técnicos

de estudantes e profissionais ligados ao setor mineral

Ano IX – nº 65, Março/Abril de 2014Indústria da Mineração 4

o sindicato das indústrias Minerais do estado do pará (simineral) completou, no mês de janeiro, sete anos de atividades. Criado em 2007 pela iniciativa de empre-sas mineradoras, o sindicato está localizado atualmente na Casa da Mineração, local que abriga também a filial da Amazônia do Ins-tituto Brasileiro de Mineração (IBRAM – www.ibram.org.br).

o atual presidente, José fernando gomes Junior, acredita que entre as atividades mais importantes desenvolvidas pelo sindicato está o diálogo com todos os entes públicos do estado do pará. “sabemos que a minera-ção ainda tem muito a avançar, mas também tem muita coisa boa para mostrar para a so-

inaugurada em 30 de agosto de 2012, a Casa da Mineração, sediada na cidade de Belém (pA), é ponto de encontro do setor mineral, referência e fonte de informações sobre a indústria da mineração. No local, atuam duas das mais fortes referências do se-tor na região: o iBrAM e o simineral. A Casa da Mineração é aberta à visitação pública e tem aproximado, cada vez mais, o setor pro-dutivo mineral e a população.

o pará é a nova fronteira minerária do Brasil, embora a atividade mineradora tenha pouco mais de 30 anos no estado. “o iBrAM e o simineral foram pioneiros com a iniciativa de criação da Casa. para nós, é de extrema importância que a sociedade veja nossa pre-ocupação com o meio ambiente e o desen-volvimento sustentável e que acompanhe de perto nossas ações”, pontua o Diretor-Presi-dente do iBrAM, José fernando Coura.

A indústria de mineração é responsável por 92% da exportação do estado do pará

Simineral completa sete anos de atividade

ciedade”, pontua. “Queremos que o paraen-se entenda que a mineração está no dNA do estado. somos o segundo maior exportador de minério e temos diversas empresas mine-rando na Amazônia com respeito ao meio ambiente e à sociedade local”, completa.

Também fazem parte das ações desen-volvidas pelo simineral a criação e o apoio da frente parlamentar da Assembleia le-gislativa e a criação do dia da Mineração. o simineral desenvolveu ainda a publica-ção intitulada “Anuário Mineral do pará”, que reúne os principais dados do setor mineral do estado. “para a terceira edição, lançada em março deste ano, inovamos com a possibilidade de download gratuito,

para atingir um público ainda maior”, pon-tua José fernando. o mesmo vale para o “Anuarinho”, versão voltada ao público in-fantil. “Criamos também, em parceria com o governo do estado um concurso de reda-ção que premia os três melhores colocados do ensino Médio e do ensino fundamental. somente em 2013 foram mais de quatro mil alunos de escolas publicas inscritos e, para nossa grande alegria, o vencedor na categoria ensino fundamental foi um se-nhor de 65 anos que estava há 30 anos sem estudar”, comemora.

o sindicato é muito atuante também em congressos ligados à mineração e em eventos técnicos voltados à discussão de as-pectos técnicos voltados à área. “sabemos da importância de interagir com a socieda-de e com as universidades a fim de formar a ‘geração da mineração’ que irá suceder a nossa. são essas pessoas que irão produzir e gerar emprego, renda e riqueza para o pará”, finaliza.

Casa da Mineraçãoe gera mais de 230 mil empregos diretos e indiretos. o setor é o grande indutor de desenvolvimento do estado e tem um peso de mais de 92% na balança comercial para-ense. “Estamos cumprindo nosso objetivo de expor o desenvolvimento de nosso es-tado a partir das atividades minerais. Cada vez mais nossa casa tem servido de espa-ço para tomadas de decisão, programas, projetos, políticas e ações relacionadas à atividade”, elogia o gerente executivo do iBrAM Amazônia, ronaldo lima.

para José fernando gomes, presiden-te do simineral, a grande importância da Casa da Mineração é mostrar a união entre o simineral e o iBrAM. “Além disso, é fun-damental nosso papel em relação à divul-gação da indústria mineral no pará, levando informações de qualidade esclarecendo os aspectos e as contribuições positivas do se-tor à sociedade com nossas exposições per-manentes”, completa.

Indústria da Mineração Ano IX – nº 65, Março/Abril de 2014 5

C onfrontados com desequilíbrios fis-cais após a crise financeira de 2008, vários governos de países ricos em

minerais intensificaram sua intervenção no setor da mineração, que vinha desfrutando de lucros recordes seguindo a disparada da demanda da China por commodities. A combinação de um setor com abundância de recursos aos pontos fracos em outros seg-mentos da economia alimentou a pressão do populismo e de políticas voltadas para as empresas mineradoras tanto em países emergentes como industrializados.

entretanto, esses governos tiveram que conciliar seu desejo de cobrar mais impostos do setor para financiar suas prioridades orça-mentárias com a necessidade de manter um ambiente geral acolhedor aos investidores que garante a continuidade dos investimen-tos, receitas e geração de empregos no setor. em decorrência disso, nos últimos anos os governos vêm adotando um nacionalismo de recursos mais pragmático por meio da moderação de propostas radicais a fim de não afugentar investimentos.

Agora que o superciclo das commodities passou e os preços caíram consideravelmente dos picos atingidos em 2011, as empresas mi-neradoras viram sua lucratividade despencar de forma generalizada, sobretudo com a dis-parada dos custos do setor. Assim, as empresas passaram de uma estratégia de maximização da produção para uma postura de economia e estão cortando gastos de capital, reavaliando carteiras e engavetando projetos ou se desfa-zendo de ativos. os governos, por sua vez, te-rão que enfrentar um cenário em que as ame-

aças de retirada de investimento das empresas se aplicarão mais ainda. Nesse sentido, cai o nível de afugentamento do investimento.

Contudo, apesar da deterioração das con-dições de mercado, um levantamento dos pa-íses ricos em minerais revela que seus gover-nos não estão se afastando do nacionalismo de recursos, embora tendam a demonstrar mais moderação na aplicação dessas políticas.

Principais lições:

• A queda mundial dos preços dos mine-rais, aliada à escalada dos custos nas di-versas jurisdições, levou as mineradoras a cortar os planos de gastos de capital e engavetar os planos de novos projetos.

• A entrada em um ciclo de baixa para as commodities geralmente vem acompanha-da do sumiço do prestígio dos governos para aprovar políticas de recursos naciona-listas. Porém, vários países estão adotando condições mais onerosas, apesar de tudo.

• o principal determinante do nacionalis-mo de recursos é a pressão orçamentária, graças ao enfraquecimento das condi-ções econômicas e da escalada das ne-cessidades de gastos sociais. em resposta, os governos dependentes de minerais estão recorrendo ao setor da mineração para obter receitas adicionais.

• o outro grande determinante do nacio-nalismo de recursos é a pressão populista em meio à crescente conscientização da população acerca da atividade minera-dora. Em particular, as populações nacio-nais estão preocupadas que muitas vezes haja um descompasso entre a distribui-ção das receitas do setor e os cronogra-mas de investimento.

• À medida que o nacionalismo de recur-sos se torna uma plataforma populista atraente, o setor da mineração também está se vendo vítima de politicagens elei-torais em alguns países.

• Vários países estão estudando fazer mu-danças que promovam a ampliação do nacionalismo de recursos. A lista inclui Canadá, EUA, Bolívia, Brasil, Colômbia, república dominicana, equador, Mé-xico, república democrática do Congo (rdC), gana, guiné, áfrica do sul, Mo-çambique, Zâmbia, filipinas, Mongólia, Quirguistão e Romênia.

• porém, muitos governos estão demons-trando moderação em relação a propos-tas mais radicais que consideraram inicial-mente, com república democrática do Congo, Guiné e Bolívia.

RobeRt Johnston

Diretor Global de Energia e Recursos Naturais Eurasia Group [USA]

ARTIGO

Ambiente acolhedor garante continuidade dos investimentos

um levantamento dos países Ricos em mineRais Revela que seus goveRnos não estão se afastando do nacionalismo de RecuRsos, emboRa

tendam a demonstRaR mais modeRação na

aplicação dessas políticas.

Há duas razões principais para o atual movi-mento de nacionalismo de recursos. A primei-ra é a pressão orçamentária com o aumento das demandas sociais, e com os tropeços do crescimento econômico e a queda da arreca-dação (inclusive do setor de mineração). para os países dependentes dos minerais, o setor continua a ser um alvo atraente para novas re-ceitas, dada a dependência orçamentária em relação a ele, bem como a continuidade da percepção de que o setor continua lucrativo em comparação com os outros. evidências disso podem ser encontradas nas mudanças nas políticas que estão sendo estudadas por euA, república dominicana, México, gana e África do Sul. Ademais, para os países em que as atividades de mineração já estão em fase de operação ou instalação, as autorida-des sentem maior confiança para implemen-tar mudanças sem afugentar os investimentos.

Ano IX – nº 65, Março/Abril de 2014Indústria da Mineração 6

o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM – www.ibram.org.br) realiza, entre os dias 17 e 20 de novembro, em Belém (pA), a eXposiBrAM AMAZÔNiA 2014 (www.exposibramamazonia.org.br), evento que reúne a exposição internacional de Mi-neração da Amazônia e o 4º Congresso de Mineração da Amazônia. Com o tema “Mi-neração: consolidando o desenvolvimento nos territórios minerais”, o evento conta com a participação das principais minera-doras com atuação global, além de grandes fornecedores de produtos e serviços.

A eXposiBrAM AMAZÔNiA tem como objetivo apresentar e promover a evolução tecnológica da moderna indústria mineral. Além disso, pretende mostrar novidades nas formas de atuação empresarial do setor, levando em conta a preservação do meio ambiente e temas como saúde e segurança dos trabalhadores.

Segundo o Diretor-Presidente do IBRAM, José fernando Coura, a Amazônia é uma das regiões com maior potencial mineral do mun-

do. “este é um evento de extrema importân-cia e permite aproximar a indústria mineral e a sociedade, desmistificando o setor. A ideia é que, a cada evento, a sociedade passe a com-preender melhor uma das principais ativida-des econômicas da região”, completa.

Nesta edição, o público terá a oportuni-dade de visitar um espaço com cerca de 4 mil metros quadrados, dividido entre dife-rentes e tecnológicos estandes das principais empresas ligadas ao setor mineral. A expec-tativa é que, durante os quatro dias, dez mil pessoas visitem a feira.

Congresso

o 4º Congresso de Mineração da Ama-zônia pretende discutir os principais desafios e tendências do setor. estudantes, pesquisa-dores e profissionais ligados à indústria mine-ral terão a oportunidade de conhecer mais sobre os principais temas da mineração. o evento, que ocorre simultaneamente com

IBRAM promove em novembro a EXPOSIBRAM AMAZÔNIA 2014evento reúne a exposição internacional de Mineração da Amazônia e o 4º Congresso de Mineração da Amazônia

a eXposiBrAM AMAZÔNiA, reúne, em mé-dia, 1.000 congressistas a cada edição.

para o diretor de Assuntos Ambientais do iBrAM, rinaldo Mancin, o Congresso de Mineração da Amazônia é considerado ex-celente fórum para mapear perspectivas de negócios na Amazônia e em várias outras regi-ões do País. “O IBRAM tem como meta neste evento reforçar o conceito de que a Amazônia faz parte do cenário internacional da minera-ção. Além disso, queremos estreitar os laços entre governos, corpo acadêmico, oNgs, so-ciedade civil da Amazônia e empresas mine-radoras, por meio de uma agenda regular de discussões sobre a responsabilidade socioam-biental da mineração”, afirma Mancin.

Mancin explica ainda que o iBrAM está no período de construção da programação. “Nessa fase, nossa função é elaborar uma agenda interessante e convidativa. para isso, entramos em contato com as associadas do iBrAM para pedir a colaboração com suges-tões de temas de interesse”.

Patrocinadores e Apoiadores

A eXposiBrAM Amazônia, que conta com o apoio do governo do estado do pará e do instituto Aço Brasil, tem como patrocinado-res já confirmados a Anglo American, a Mine-ração rio do Norte, a hydro e a John deere.

para dinamizar os debates, o iBrAM esta-belece uma programação que conta com pa-lestras magnas, workshops, talk shows, entre outras iniciativas.

eXPosIBrAM AMAZÔNIA 2014

loCAl: BeléM (pa) – Hangar Centro de Convenções e Feiras da aMazônia

Período: 17 a 20 de noveMBro de 2014

sAIBA MAIs: www.exposiBraMaMazonia.org.Br

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EXPOSIBRAM AMAZÔNIA 2012

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Indústria da Mineração Ano IX – nº 65, Março/Abril de 2014 7

PROGRAMA ESPECIAL DE

SEGURANÇA E SAÚDE

OCUPACIONAL NA MINERAÇÃO

Curso “Gerenciamento e Controle de Emergências na Mineração” chega a sua terceira edição

Palestrante Jorge Alexandre Alves, da Fire & Rescue

Div

ulga

çãoo programa MiNerAÇÃO realizou nos

dias 19 e 20 de março, em Criciúma (sC), a terceira edição do curso “gerenciamento e Controle de emergências na Mineração”. O evento teve como objetivo transmitir co-nhecimento de qualidade aos profissionais ligados ao atendimento de emergências, além de apresentar tecnologias disponíveis no mercado para garantir eficiência nestas operações. O conteúdo envolveu unidades de plantas mineradoras e industriais.

para Cláudia pellegrinelli, Coordenadora do programa, o treinamento utilizou conceitos básicos da metodologia recomendada para gerenciamento das ações e os recursos des-tinados para as operações de resposta, por meio de uma estrutura organizacional com procedimentos e comunicações definidas nos planos de Atendimento às emergências (pAe).

A questão de atendimento às emergências é um assunto que tem apresentado demanda expressiva no setor mineral. “A ideia é levar

informações de qualidade a todas as empre-sas ligadas ao setor, de forma a igualar o ní-vel de conhecimento em relação às questões de saúde e segurança do trabalho (sst) na mineração”.

Ainda segundo Cláudia pellegrinelli, essa é uma forma indireta de apresentar o pro-grama MiNerAÇÃO para as mineradoras da região que ainda não são associadas. “os riscos inerentes à atividade mineral es-tão cada vez mais sendo objeto de atenção por parte das indústrias do setor. É neces-sário que todas as empresas estejam atua-lizadas em relação ao assunto, com intuito de diminuir os acidentes de trabalho. o MiNerAÇÃO proporciona condições para que todas as empresas de mineração do País possam dispor de meios para gerenciar seus riscos e desenvolver a cultura de segurança em suas operações de trabalho”, ressalta.

A terceira edição do Curso contou com o apoio do sindicato da indústria de extra-

ção de Carvão do estado de santa Catarina (sieCesC) e da Associação Brasileira de Car-vão Mineral (ABCM). o programa firmou ainda parceria com o fire&rescuegroup, grupo escolhido para desenvolver e minis-trar programas de treinamentos sobre con-trole de emergências voltados ao setor mi-neral em minas a céu aberto e subterrâneas.

o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM – www.ibram.org.br), represen-tado pelo diretor de Assuntos Ambientais – rinaldo Mancin, e pela Coordenadora do programa MiNerAÇÃO, Cláudia pel-legrinelli, participou no mês de fevereiro, em Brasília (DF), do Workshop de Saúde e segurança do trabalho para o setor de Mi-neração. O evento teve o objetivo de defi-nir principais ações a serem desenvolvidas para o setor em 2014.

iBrAM pArtiCipA do Workshop de segurANçA e sAúde do trABAlho

pArA o setor de MiNerAção

Na ocasião, Cláudia apresentou o pro-grama, que tem entre os principais objeti-vos a tarefa de minimizar os riscos à saú-de e segurança das pessoas nas atividades de mineração. o evento, promovido pela secretaria de geologia, Mineração e trans-formação Mineral do Ministério de Minas e Energia (SGM/MME), foi o primeiro orga-nizado por meio do acordo de cooperação técnica em análise com o serviço social da indústria, departamento Nacional (sesi).

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progrAMA MiNerAÇÃO dispoNiBiliZA AgeNdA de Cursos de 2014

Maio

22/05 Palestra: “E- Social” • Belo horizonte (Mg)

30/05 Fórum: “Compartilhando Boas práticas” – áudio e web conferência

Junho

3 a 6/06 Curso: “gerenciamento e Controle das emergências na Mineração”

• Belo horizonte (Mg)

Julho

25/07 Fórum: “Compartilhando Boas Práticas” - Áudio e web conferência

Agosto

27 e 28/08 Curso: “Busca e resgate em Áreas Remotas Nível I”

• Belém (pA)

Setembro

24 e 25/09 Curso: “formação de instrutor de Câmara de Regúgio – Nível I”

• Belo horizonte (Mg).

26/09 Fórum: “Compartilhando Boas Práticas” - Áudio e web conferência

Outubro

23/10 II Seminário: “fadiga nas Operações de Trabalho ”

• Belo horizonte (Mg).

Novembro

28/11 Fórum: “Compartilhando Boas Práticas” - Áudio e web conferência

Dezembro

02/12 Reunião do grupo de estudos e pesquisas em seguridade social e Trabalho (GESST)/ Programa MiNerAÇÃO

09/12 Prêmio: “Melhores práticas em saúde e segurança do trabalho”

• Belo horizonte (Mg)

Evento: “programa integrado de respostas às emergências – divulgação do pAe e pAM”

• Belo horizonte (Mg)

MiNerAÇÃO reAliZA 1º fóruM CoMpArtilhANdo

BoAs prátiCAs de 2014

Fórum Virtual debateu o tema “Acidentes com

Movimentação de Cargas”

o programa MiNerAÇÃO promo-veu, em fevereiro, a primeira edição de 2014 do fórum virtual “Compar-tilhando Boas práticas”. o encontro, que teve como tema central “Aciden-tes com Movimentação de Cargas”, contou com a participação de repre-sentantes da samarco Mineração, vale s.A., Anglo gold Ashanti, eMBu engenharia e Comércio e da gerdau.

de acordo com a Coordenadora do programa, Cláudia pellegrinelli, a evo-lução do trabalho que o MiNerAÇÃO tem exercido é evidente: “temos no-tado um interesse cada vez maior das mineradoras em participar de nossas discussões relacionadas às boas práti-cas empregadas no setor”, afirma.

esse tipo de fórum é fundamental para discussão das estratégias adota-das pelas empresas relacionadas às boas práticas em saúde e segurança no trabalho (sst). “As próprias mine-radoras enviam cases sobre determi-nados temas relacionados às suas ativi-dades. os participantes apresentam o acontecimento, explicam as medidas adotadas e relatam os aprendizados colhidos com a situação enfrentada. Após cada reunião, disponibilizamos aos associados, em nosso site, todo o material para download” esclarece.

Mineradoras de todo o mundo estão cada vez mais voltadas à realização de ações que visam a redução dos riscos inerentes à atividade mineral. Os resultados, cada vez mais visíveis nos programas de saúde e segurança do trabalho (sst) das empresas, são potencializados por meio da utilização de tecnologias avançadas de prevenção de acidentes de trabalho e de promoção da saúde do trabalhador.

o programa MiNerAÇÃO, do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM – www.ibram.org.br), com o intuito de desenvolver e discutir práticas de sst realiza, durante todo o ano, uma agenda de debates, cursos e workshops voltados especificamente ao setor mineral.

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o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM – www.ibram.org.br) inaugurou, no dia 26 de março o auditório Carlos Anísio rocha figueiredo. localizado na sede do Instituto, em Brasília (DF), o local homena-geia o Ex-Membro do Conselho Diretor, que faleceu em julho de 2013.

“essa é uma singela homenagem, mas revestida de muita emoção. eu e todos os companheiros da mineração devemos mui-to a nosso querido companheiro Carlos Aní-sio. Nada é mais importante nessa vida do que deixar uma marca. A marca que vamos deixar é a lembrança desse grande brasilei-ro, mineiro e, acima de tudo, grande apoia-dor e entusiasta da mineração brasileira”, lembrou o Diretor-Presidente do IBRAM, José fernando Coura.

“Nossa missão é fazer com que nosso querido Carlos Anísio seja lembrado não só por seu carinho e por seu jeito singular de tratar as pessoas, mas, principalmente, por defender como ninguém o setor que ele tanto acreditava”, emociona-se. “Esse é um gesto simples mas que, com certeza, ficará imortalizado”, completa.

o deputado federal luiz fernando fa-ria (PP/MG), aproveitou a oportunidade e falou em nome de todos os parlamenta-res presentes. “para mim é uma honra fa-lar sobre essa figura tão importante para a

mineração e para a siderurgia. esse é, sem dúvida, um momento de grande emoção, se considerarmos tudo o que Carlos Anísio fez pela indústria nacional. ele sempre de-fendeu com determinação os interesses do setor mineral”, pontua. “É uma honra parti-cipar da nominação de uma sala que, sem dúvida, será palco de grandes decisões da história de nosso País”, elogia.

o Consultor do iBrAM e filho do ho-menageado, o advogado fábio figueiredo, agradeceu em nome da família. “O Coura era, talvez, a pessoa mais próxima do meu pai e sabe toda a trajetória dele, dedicando toda sua vida ao trabalho, à mineração e ao IBRAM”, contou. “Quero agradecer a cada um de vocês, amigos do meu pai, a home-nagem e a oportunidade. É, sem dúvida, um momento muito especial”, finalizou.

O Senador José Agripino (DEM/RN), di-vidiu com os presentes um pouco de seu relacionamento com Carlos Anísio. “Para mim, Carlos Anísio foi muito mais do que um interlocutor do setor. ele era meu ami-go e um homem de bem, que lutava pelos interesses do País”. “Carlos Anísio sempre

IBRAM inaugura auditório em homenagem a Ex-Conselheiro Carlos Anísio Rocha Figueiredo

Ricardo Vescovi, Senador Armando Monteiro, José Margalith, Antônio Carlos Saldanha Marinho e Hélcio Guerra

Homenagem ao Ex-Conselheiro Carlos Anísio Figueiredo

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edmundo paes de Barros Mercer, da Mine-rações Brasileiras Reunidas, Andreia Sousa Magalhães reis e stella silva Cabreira, da Mineração paragominas, silvano de sou-za Andrade, da Mineração rio do Norte, Clóvis torres Júnior, da vale s.A., ricardo Rodrigues dos Santos e Guilherme Simões, da votorantim.

o presidente do sindicato das indústrias Minerais do estado do pará (simineral), José fernando gomes, fernando kusnch, da sa-marco Mineração, João santos e ricardo Castilho, da vale s.A. e Marcelo Moraes, da Associação Brasileira dos investidores em Autoprodução de energia (ABiApe) também marcaram presença no evento.

entre os que acompanharam a home-nagem estavam o secretário de geologia,

será uma grande referência, principalmen-te por seu jeito sempre suave, cordial, mas muito eficiente”, completou o senador Ar-mando Monteiro (PTB/PE).

entre os presentes, a diretoria executiva do iBrAM, composta pelo diretor de As-suntos Ambientais, rinaldo Mancin, dire-tor de Assuntos Minerários, Marcelo tunes, Diretor de Relações Institucionais, Walter Alvarenga e pelo diretor Administrativo e financeiro, Ary pedreira.

também participaram os membros do Conselho diretor ricardo vescovi de Aragão e Júlio eustáquio tizon, da samarco Mine-ração, luiz eulálio Moraes terra, da embú s.A. engenharia e Comércio, hélcio roberto Martins guerra e José Margalith, da Anglo-gold Ashanti, paulo roberto Castellari por-chia e ruben Marcus fernandes, da Anglo American, daniel santos, da Companhia si-derúrgica Nacional, Marcos rocha, da ger-dau Açominas Brasil, Antonio Carlos salda-nha Marinho, da kinross Brasil Mineração,

Homenagem ao Ex-Conselheiro Carlos Anísio Figueiredo. No detalhe, Consultor Jurídico do IBRAM, filho do Ex-Conselheiro Carlos Anísio Figueiredo (in memorian), Fábio Figueiredo

Deputado Estadual Gustavo Corrêa (DEM/MG), Presidente do Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará (Simineral), José Fernando Gomes,

Consultor Geral da Vale S.A., Clóvis Torres Júnior e Marcos Rocha, da Companhia Siderúrgica Nacional

Mineração e transformação Mineral do Mi-nistério de Minas e energia, Carlos Noguei-ra da Costa Júnior; deputado federal Ar-naldo Jardim (PPS/ SP); Deputado Federal Arthur de Oliveira Maia (SDD/BA); Depu-tado Federal Luiz Argôlo (SDD/BA); Depu-tado Federal Mário Negromonte (PP/BA); Deputado Federal Eduardo Sciarra (PSD/pr); deputado federal Bernardo santana de Vasconcellos (PR/MG); Deputado Fede-ral Paulo Pereira da Silva (SDD/SP); o De-putado Federal Simão Sessim (PP/ RJ), De-putado Federal Marcos Montes (PSD/MG), deputado federal José otávio germano (PP/RS), Deputado Federal Paulo Abi-Ackel (PSDB/MG), Deputado Federal Gabriel Guimarães (PT/MG) e o Deputado Estadual Gustavo Corrêa (DEM/MG), representando a Assembleia legislativa de Minas gerais.

Senador José Agripino Maia (DEM/RN), Consultor Jurídico do IBRAM, Fábio Figueiredo, Diretor- Presidente do IBRAM, José Fernando Coura, e Deputado Federal Luiz Fernando Faria (PP/MG)

José Fernando Coura e Salma Torres Ferrari, Diretora de Relações Institucionais da Vale S.A.

Indústria da Mineração Ano IX – nº 65, Março/Abril de 2014 11

durante os primeiros dias de abril, uma comitiva formada por representantes do go-verno da finlândia e de empresas daquele país esteve no Brasil para discutir parcerias e intercâmbios comerciais, especialmente na área de sustentabilidade. o Ministro finlandês de Meio Ambiente, ville Niinistö, a delegação oficial e a delegação de negócios foram acom-panhadas pelo diretor de Assuntos Minerários do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM – www.ibram.org.br), Marcelo ribeiro tunes, em grande parte da programação no Brasil.

A preocupação com as questões ambien-tais e sociais tornou-se cada vez mais importan-te no setor de mineração em todo o mundo. A altamente desenvolvida indústria finlandesa de tecnologia da mineração está empregando grande esforço no desenvolvimento de no-vas tecnologias e procedimentos sustentáveis visando alta produtividade. A finlândia é um dos países que mais investe em pesquisa (4% do piB), desenvolvimento e inovação tecno-lógica no mundo e tem conseguido aliar au-mento de produção industrial com simultânea redução de emissões ambientais, através do desenvolvimento de tecnologias limpas.

A primeira parte da programação da comi-tiva teve local na Confederação Nacional da indústria (CNi), em um seminário sobre tec-nologia limpa. Na abertura, o diretor de de-senvolvimento industrial da CNi, Carlos eduar-

Comitiva Finlandesa visita o Brasil e discute tecnologias sustentáveis

do Abijaodi, frisou a importância da discussão do tema para os dois países. “O Brasil possui recursos em abundância e trabalha para agre-gar valor aos seus produtos industriais. A CNi tem como prioridade a inovação e, para isso, deve considerar as possibilidades brasileiras. sem dúvida, a opção finlandesa por tecnolo-gias limpas e investimentos em pesquisa pode servir de exemplo para nosso país e viabilizar novos negócios”, disse. “Nosso desafio é estrei-tar relações econômicas entre a Finlândia e o Brasil considerando os interesses comuns e as potencialidades dos dois países”, completou.

em seguida, o Ministro finlandês ville Nii-nistö traçou um panorama da situação atual

da finlândia e explicou a questão da tecnolo-gia limpa utilizada como forma de aumentar a sustentabilidade dos processos e solucionar problemas climáticos e sociais. “precisamos educar nosso povo para o desenvolvimento de tecnologias de alta produtividade”, pontuou.

durante toda a manhã foram debatidos temas como a regulação finlandesa com re-levância em tecnologias limpas, o papel da finlândia em investimentos nesse tipo de tec-nologia, as políticas ambientais brasileiras e o novo marco regulatório da mineração, assunto abordado por Marcelo tunes. Alguns empresá-rios finlandeses aproveitaram a oportunidade para apresentar suas inovações tecnológicas.

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Visita à Mina de Águas Claras

Como parte da programação da comiti-va, a vale s.A. recebeu no dia 2 de abril os integrantes em uma visita técnica na Mina de águas Claras, localizada na cidade de Belo horizonte (Mg). A apresentação teve início com palestra de Lúcio Cavalli, Dire-tor do setor de desenvolvimento de ferro-sos da companhia, que apresentou a visão, missão e valores da vale, e detalhou a atu-ação da empresa em 30 países. Durante a exposição, contou um pouco da história da empresa desde a fundação, passando pela privatização e pela diversificação contínua em busca de novos mercados.

A comitiva da finlândia pode conhecer também as estratégias adotadas pela vale para redução de custos (especialmente de implantação de projetos), reaproveitamento da água (a empresa reutiliza cerca de 77% da água em suas operações) e projetos de sus-tentabilidade e proteção ao meio ambiente. também foi apresentado o valemax, iniciati-va da empresa para facilitar o transporte de minério de ferro e diminuir o impacto am-biental e a emissão de gás carbônico. Atual-mente a vale é a maior produtora mundial de minério de ferro, a 2ª maior produtora mundial de níquel e a 104ª maior empresa do mundo.

em seguida foram apresentados os prin-cipais desafios vivenciados pela companhia, especialmente relacionados à regulação am-biental e logística. Os finlandeses obtiveram também informações sobre as principais minas e reservas da empresa em especial o projeto S11D, que será o grande salto da empresa relacionado à produtividade.

Seminário Mineração: Tecnologia, Produtividade e Sustentabilidade

A segunda etapa da visita a Belo hori-zonte, realizada em 3 de abril, ocorreu na sede da federação das indústrias de Minas gerais (fieMg) em um seminário relaciona-do à tecnologia, produtividade e sustentabi-lidade. A programação do seminário contou com apresentações iniciais, técnicas e, em seguida, com encontros de negócios previa-mente agendados, entre empresas brasilei-ras e finlandesas.

o superintendente de desenvolvimen-to empresarial da fieMg, sérgio lourenço, que representou o presidente da instituição, olavo Machado, afirmou que existe grande necessidade em desenvolver parcerias para que as empresas se destaquem no mercado. “Mineração demanda eficácia de processos e agregação de valor”, frisou.

o diretor de Assuntos Minerários do iBrAM, Marcelo ribeiro tunes, foi o respon-sável pela abertura do seminário, represen-tando o Diretor-Presidente José Fernando Coura. “tenho certeza que eventos como esse representam avanços nos relaciona-mentos e na possibilidade de parcerias en-tre o Brasil e a finlândia, principalmente no campo que, para nós, é o mais importante: a mineração altamente eficiente e que respei-ta o meio ambiente”.

em seguida, o Ministro de Meio Ambiente da finlândia, ville Niinisto, palestrou sobre a importância da discussão relacionada às so-luções sustentáveis relacionadas à indústria mineral e a diversidade brasileira. “precisa-mos de soluções que minimizem o risco ao meio ambiente, aumentem a produtividade e, ao mesmo tempo, que combinem progres-so econômico e bem-estar social”, pontuou. “É importante que a mineração seja tratada como propulsora do desenvolvimento social e econômico. No entanto, precisamos con-siderar também que os recursos são finitos e que impõem um preço ao meio ambiente. Daí a necessidade de desenvolvermos ativi-dades cada vez mais sustentáveis e que res-pondam à crescente demanda mundial por minério”, completou.

Ainda durante sua palestra, o ministro disse acreditar que o futuro da mineração mundial está em países como o Brasil, “que

reúnem ingredientes básicos como biodiver-sidade, abundância de recursos e prospe-ridade”. “precisamos investir nesse tipo de progresso a fim de completar e desenvolver esse segmento”, finalizou.

em seguida, o ouvidor do departamento de produção Mineral (dNpM), paulo santa-na, apresentou o órgão e detalhou a atuação no País. Santana aproveitou a oportunidade para apresentar dados recentes relacionados aos requerimentos de pesquisas e à emissão de alvarás realizada pelo dNpM.

A palestra seguinte foi do diretor do se-tor de desenvolvimento de ferrosos da vale s.A., lúcio Cavalli, que traçou um panorama da atuação da empresa no Brasil. em segui-da, o secretário de estado de desenvolvi-mento econômico de Minas gerais, paulo Sérgio Ribeiro, apresentou um vídeo sobre a realidade socioeconômica de Minas gerais e falou sobre possíveis parcerias entre as em-presas da finlândia e empresas que atuam no estado. Após as palestras, os empresários se reuniram para encontros de negócios.

Fonte: IBRAM – Profissionais do Texto

Ministro finlandês de Meio Ambiente, Ville Niinistö, Marcelo Ribeiro Tunes, Diretor de Assuntos Minerários

do IBRAM e Lúcio Cavalli, Diretor do Setor de Desenvolvimento de Ferrosos da Vale S. A..

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O Diretor-Presidente do Instituto Brasi-leiro de Mineração (IBRAM – www.ibram.or.br), José fernando Coura foi homenagea-do, no dia 20 de março pela fundação Bio-diversitas. A premiação ocorreu na sede da federação das indústrias do estado de Minas gerais (fieMg), localizada na cidade de Belo horizonte (Mg). Na ocasião, fernando Cou-ra foi representado pela filha luciana Coura e homenageado na categoria líder empresarial.

o evento foi aberto com a apresentação do músico tavinho Moura. em seguida, o público pode conhecer um pouco mais so-bre a questão da preservação ambiental no Brasil e no Mundo, incluindo a criação, em 1988, da fundação Biodiversitas, por Célio valle, gustavo fonseca, Anthony rylands, il-mar Bastos e Ângelo Machado.

o professor Ângelo Machado aprovei-tou a oportunidade para contar a história da fundação seguido pelas palestras de gustavo fonseca, professor titular do departamen-to de Zoologia da universidade federal de Minas gerais (ufMg) e diretor de recur-sos Naturais do fundo global para o Meio Ambiente. Em seguida, foi a vez de Vírgilio viana, superintendente geral da fundação Amazonas sustentável (fAs), proferir sua pa-lestra. Após as apresentações, o jornalista Hi-ram firmino, presidente do grupo ecológico, mediou um debate entre os ambientalistas.

Diretor-Presidente do IBRAM é homenageado pela Fundação Biodiversitas

luciana Coura entregou, em nome de José fernando Coura, atual presidente do Conelho Curador da fundação, homenagens aos primeiros conselheiros da fundação Bio-diversitas: Angelo Machado, Célio valle, gus-tavo fonseca, francisco fonseca, João paulo Campello, ibsen gusmão Câmara, octávio Elísio. Hugo Eiras Furquim Werneck e Gilber-to pedralli (in memorian) também foram lem-brados como membros deste grupo.

em seguida, o Almirante ibsen de gus-mão Câmara, foi agraciado com o “prêmio Curupira”. Concebido pela fundação Bio-diversitas, em parceria com o Centro para Conservação da Natureza em Minas gerais, o prêmio Curupira visa homenagear pessoas ou instituições que se destacaram na pro-teção ao meio ambiente e conservação da biodiversidade. A homenagem foi concedi-da também a George Fenwick, Presidente da organização não-governamental ameri-cana American Bird Conservancy.

receberam homenagens também os ex--Presidentes da Fundação Professor Célio Murilo valle, roberto Messias franco, luiz Márcio pereira haddad, prof. Castor Cartel-le guerra e o atual, prof. Angelo Machado. Na cerimônia, foram lembrados também os “guardiões”, que fazem a proteção dos santu-ários da Biodiversitas: Caboclo, dorico, seu Zequinha e flávio, responsáveis por Canudos, seu Jairo (Mata do sossego) e Bill (Mata do

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passarinho), homenageados pela dedicação e pelo amor à natureza; assim como helder, considerado o “arquivo vivo” da instituição.

em seguida, o professor Célio valle entre-gou às filhas de ilmar Bastos (in memorian), homenagem em reconhecimento à grande dedicação de Bastos à fundação. o Conse-lheiro e Ex-Presidente, Professor Cástor Car-telle homenageou a roberto porto fonseca e Amândio soares fernandes Junior em agrade-cimento à ação da oncomed, que adquiriu um imóvel no Bairro Belvedere para servir à nova sede institucional da fundação.

Ao final do evento, foi assinado um ter-mo de intenção com vistas à publicação do decreto de criação do Corredor ecológico Sossego-Caratinga e lançado o Guia Fotográ-fico das Aves da reserva Mata do passarinho.

Célio Valle entrega homenagem às filhas de Ilmar Bastos Santos (in memorian)

Cristiano Parreiras, do Sindiextra, entrega homenagem ao atual e aos Ex-Presidentes da Fundação Biodiversitas

Octávio Elisio Alves de Brito entrega homenagem a Luciana Coura, filha e representante de José Fernando Coura

Ano IX – nº 65, Março/Abril de 2014Indústria da Mineração 14

ARTIGO

Sustentabilidade e avaliação do ciclo de vida na produção de metais

Johannes gediga

D.Eng., PhD, Solution Manager na PE INTERNATIONAL AG, Pós-Graduado em Engenharia Química (Dr.-Ing.) é um acionista e parceiro da PE INTERNATIONAL AG desde 2000 e responsável pelo setor de metalurgia e mineração. Especialista em eficiência energética, tecnologia e benchmark com enfoque em sustentabilidade e redução de emissões de carbono. Alguns projetos incluem: Workshop em Energy efficiency e water efficiency na indústria de mineração (por exemplo Impala Platinum); Gerenciamento do carbono para diferentes empresas de mineração na África do Sul (African Rainbow Mineral, Rössing Uranium); Eficiência Energética e estudos de benchmark no setor de aço e metais não-ferrosos (incluindo Corporate Carbon Footprint e desenvolvimento de roadmaps para redução de emissões de gases de efeito estufa).

maRkus a. ReuteR

D.Eng., PhD, Dr.habil., Director Technology Management na Outotec.

antti Roine

PhD Senior Research Metallurgist – Modelling at Outotec.

Até agora o projeto de plantas meta-lúrgicas e a sustentabilidade de produtos eram considerados dois campos distintos. No entanto, com o propósito de otimizar o perfil sustentável de metais, metais não--ferrosos e metais preciosos, a Outotec, em conjunto com a PE INTERNATIONAL Ag, desenvolveram uma nova interface de software. ela foi baseada em uma exten-sa pesquisa combinando um software para projeto de plantas e um para Análise de Ci-clo de vida (ACv).

Na fase de projetos de plantas e pro-cessos metalúrgicos, é muito importante poder avaliar a ACv e a sustentabilidade dos metais específicos em “tempo real”, o que auxilia e evita custos adicionais em um estágio posterior.

A integração de projetos para plantas e processos e a Análise do Ciclo de vida (ACv), permitiria aos usuários o desen-volvimento de modelos de simulação de produtos e processos bem como de ce-

nários. Além disso, a original equipment Manufacturers (oeM), e demais empresas, poderiam planejar suas operações e tomar decisões relacionadas a seus materiais. Tudo isso baseado em informações sobre sustentabilidade e ciclo de vida dos cená-rios atuais e futuros na manufatura de me-tais e seus impactos ambientais. isso auxilia também na redução da pegada ambiental nas futuras instalações.

Com a integração destas duas ferramen-tas importantes, os modelos das plantas existentes e seus impactos ambientais se tornam possíveis. Também é possível ava-liar o perfil ambiental da situação atual. A vantagem disso está na possibilidade de projetar futuras plantas compostas de mi-nério e ainda produzir metais sustentáveis e ambientavelmente amigáveis em plantas.

o outotec’s hsC Chemistry software é projetado para várias simulações de pro-cessos e modelos de aplicação e o hsC consiste em 24 módulos de cálculo e 12 bases de dados extensas. essas ferramen-tas possibilitam projetar processos tecni-camente viáveis e eficientes. os modelos fornecem os dados iniciais para o projeto de processos, engenharia e automação. A nova solução descrita aqui possibilita o de-senvolvimento de sistemas eco-industriais, baseados em reciclagem sustentável e uma simbiose frutífera entre processos, plantas e toda sociedade. Combinado ao software padrão em ACV GaBi 6 e sua base de da-dos de ciclo de vida, o perfil ambiental dos metais produzidos, bem como impactos específicos da nova planta a ser projetada, são fornecidos em tempo real.

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ENTREVISTA

cláudio lúcio lopes pinto – EngEnhEiro dE Minas

o engenheiro de Minas Cláudio lúcio lopes pinto, formado e mestre em tecnologia Mineral pela universidade federal de Minas gerais (ufMg) e doutor em Mecânica de rochas pela Colorado school of Mines, é o entrevistado dessa edi-ção do Jornal indústria da Mineração. professor do departa-mento de Engenharia de Minas desde 1996, responsável por cadeiras como Mecânica de Rochas, Planejamento de Lavra e lavra subterrânea e Coordenador do laboratório de tec-nologia de rochas, Cláudio pinto faz parte da organização da oitava edição Congresso Brasileiro de Mina a Céu Aberto e Congresso Brasileiro de Mina subterrânea – CBMiNA, em parceria com o iBrAM. Confira entrevista exclusiva.

CBMINA promove diálogo entre Centros Acadêmicos

e a Indústria Mineral

as mudanças de conceitos e legislação am-biental e de direito minerário (vide novo marco regulatório).

I.M.: Após oito edições, o que o senhor espera do CBMiNA em 2014?

C.P.: Nesta ocasião, o assunto escolhido para nosso workshop será a definição de recursos e Reservas. Quando se pensa na avaliação econômica de um empreendimento mine-ral, como em qualquer avaliação econômi-ca, procura-se definir parâmetros como Va-lor Líquido Presente (VLP), Taxa Interna de retorno (tir), etc. todos estes parâmetros estão assentados sobre a definição de recur-sos e reservas que podem ser vistos como o principal ativo de um empreendimento de

Jornal Indústria da Mineração: o CBMiNA é um evento voltado para a promoção de in-tercâmbios de ideias entre estudantes, pro-fessores, pesquisadores, autoridades, execu-tivos e profissionais ligados ao setor mineral. para o senhor, professor da universidade de Minas Gerais, quais os benefícios que o evento proporciona para a Academia?

Professor Cláudio Pinto: o CBMiNA tem como principal objetivo estabelecer um local de discussão entre os profissionais e os interessados na mineração. Neste fó-rum, são apresentados problemas e solu-ções encontrados pelos profissionais, novas metodologias e tecnologias utilizadas pela indústria mineral e pela academia e discu-tidos cenários técnicos e sociais, às vezes políticos, que devem ser encontrados com

mineral. outra novidade desta edição do CBMiNA é publicação dos melhores traba-lhos na revista reM.

I.M.: Como o senhor avalia a parceria da universidade com o iBrAM?

C.P.: A parceria do iBrAM com a universi-dade federal de Minas gerais, mais espe-cificamente com o departamento de en-genharia de Minas, é de longa data. esses anos de trabalho próximo têm gerado frutos principalmente para o curso de graduação. A participação dos alunos nos eventos que congregam os profissionais da mineração e o próprio encontro Nacional dos estudantes de engenharia de Minas, que possui sua origem

Ano IX – nº 65, Março/Abril de 2014Indústria da Mineração 16

"a apRoximação entRe os centRos

acadêmicos e a indústRia

mineRal sempRe foi um dos pRincipais

obJetivos do cbmina."

IBRAM recebe homenagem

em Belém (PA)o Instituto Brasileiro de Mineração

(IBRAM – www.ibram.org.br) foi home-nageado, no dia 11 de março, em Be-lém (pA), pelo presidente da federação das indústrias do estado do pará – fiepA, José Conrado Azevedo santos, com um almoço, nas dependências da federa-ção. A instituição foi representada na ocasião por rinaldo Mancin, diretor de Assuntos Ambientais, ronaldo lima, gerente executivo do iBrAM Amazô-nia e Alberto rogério Benedito da silva, Consultor do iBrAM Amazônia.

O encontro teve como objetivo pro-mover a celebração do Convênio de Cooperação entre o iBrAM e o serviço Social da Indústria (SESI/PA), para a divul-gação das atividades do instituto seNAi de inovação em tecnologias Minerais.

Além disso, foi discutido o apoio do sistema fiepA da 4ª eXposiBrAM AMAZÔNiA e o Congresso de Mine-ração da Amazônia, que serão realiza-dos em Belém em novembro próximo. representantes do sesi e do seNAi, que estiveram presentes no encontro, confirmaram a presença como exposi-tores da feira.

o encontro também contou com a presença de José Olímpio Bastos, Supe-rintendente do sesi, gualter leitão, su-perintendente do instituto euvaldo lodi, José Maria Mendonça, Vice-Presidente da fiepA, Marcel souza, Coordenador regional da rede de desenvolvimento de fornecedores do pará (redes) e iva-nildo pontes, tesoureiro da fiepA.

intimamente ligada aos eventos promovidos pelo IBRAM, são exemplos destes benefícios.

I.M.: o CBMiNA, além de promover a dis-cussão entre a Academia e as principais per-sonalidades ligadas ao cenário mineral, tam-bém proporciona um maior conhecimento do mercado de trabalho deste segmento. o senhor acredita que este tipo de evento faci-lita as condições dos estudantes ingressarem no mercado de trabalho?

C.P.: sim. É um grande fator positivo destes even-tos. levar aos estudantes parte do público e coti-diano das empresas de mineração e possibilitá-los expandir suas relações de trabalho e suas opções. É de grande importância para as escolhas dos futu-ros engenheiros e técnicos da mineração.

I.M.: Fala-se muito no dis-tanciamento entre as uni-versidades e as empresas no Brasil. eventos como o CBMiNA podem trazer novas perspectivas de aproximação e, consequentemente, maior investimento em inovação pelas empresas?

C.P.: A aproximação entre os centros acadê-micos e a indústria mineral sempre foi um dos principais objetivos do CBMINA. Algu-mas Universidades, leia-se departamentos, conseguiram estreitar suas relações com algumas empresas, fornecendo serviços e recebendo alunos de pós-graduação prin-cipalmente. entretanto, muito se precisa caminhar nesta direção e sentido. É preciso que as empresas entendam os centros aca-dêmicos como possibilidade de investimen-to em inovação e que os centros acadêmicos entendam as necessidades das empresas.

I.M.: Nesta edição, a programação do evento vai abordar temas de alta relevân-cia na agenda da mineração brasileira. os destaques ficam com o workshop “econo-mia Mineral: recursos e reservas” e o talk show “investimento social privado”. para o

senhor, qual é a importância de se discutir esses dois temas?

C.P.: recursos e reservas são os principais ativos de um empreendimento mineral. Apesar da importância desta afirmação, o processo de avaliação mineral guarda uma série de incertezas – incertezas geológicas, incertezas econômicas, incertezas polí-ticas, etc. – que devem ser contornadas.

várias metodologias têm sido apresentadas com o objetivo de contrapor estes aspectos (geoesta-tística, simulação con-dicional, planejamento estocástico, etc.).

A proposta deste workshop é discutir o processo de avaliação mineral (meto-dologias, fatores econômi-cos, incertezas, etc.) e as certificações utilizadas na indústria mineral.

para se ter uma ideia da preocupação social da in-

dústria mineral, costuma-se dizer que além do direito mineral (dNpM – prefeituras) e da licença ambiental, qualquer empreendi-mento necessita de uma licença social, ape-sar de não ser formal e nem documentada. esta importância é a motivação do talk show desta edição do CBMiNA.

I.M.: Como o senhor avalia a parceira do CBMiNA com a revista escola de Minas (reM)? o senhor acredita que essa é uma oportunidade para aumentar a competitivi-dade entre os participantes?

C.P.: A associação entre o CBMiNA e a re-vista escola de Minas representa um grande ganho, principalmente para a comunidade acadêmica. um dos grandes diferenciais será a publicação de uma edição especial da revista com os melhores trabalhos, esco-lhidos pelo comitê técnico, após o evento. A REM é classificada como QUALIS B1 e isto é importante para os autores dos traba-lhos nela publicados.

Indústria da Mineração Ano IX – nº 65, Março/Abril de 2014 17

o sindicato das indústrias Minerais do estado do pará (simineral) lançou, no dia 13 de março, o 3º Anuário Mineral do pará 2014. Com foco na sustentabilidade e responsabilidade social, a publicação traz como tema “Mineração sustentável. um legado para nossa gente”. o lançamen-to ocorreu no espaço são José liberto, na cidade de Belém (pA). o grande homena-geado da noite foi o Diretor-Presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM – www.ibram.org.br), José fernando Coura.

representado por sua esposa, lucy Cou-ra e por sua filha, luciana Coura, assim como pelo diretor de Assuntos institucionais do iBrAM, Walter Alvarenga e pelo diretor de Administrativo e financeiro, Ary pedreira,

José Fernando Coura é homenageado no lançamento do 3º Anuário Mineral do Pará

desafio de tornar, a cada edição, a publica-ção mais atrativa e com uma linguagem mais didática e acessível, além de abranger os te-mas de interesse do setor e da sociedade. “Nesta terceira edição, vimos a necessidade de esclarecer alguns mitos sobre o setor. A sociedade, de uma forma geral, precisa sa-ber que todas as ações que realizamos são pautadas no respeito ao meio ambiente. so-mos um estado minerador por excelência, que faz mineração na Amazônia e isso, por si só, é um case de sucesso. Com o Anuário temos a oportunidade de mostrar os bene-fícios do setor mineral”, afirma o executivo.

José fernando Coura re-cebeu a Comenda Méri-to Minerador honorário, que representa a impor-tância do setor da mine-ração dentro do estado.

O Anuário

Com edição bilíngue (português/inglês), o anu-ário faz uma radiografia completa da mineração paraense, apresentando ao público o desempe-nho do setor mineral na balança comercial, saldo das exportações, geração de empregos, projetos de responsabilidade social, ações de sustentabi-lidade e futuros empreendimentos na região e participação das mulheres na mineração.

A publicação traz também informações sobre os municípios mineradores paraenses, sobre os destinos e valores das exportações paraenses, a aplicação do minério no dia a dia, as características de cada tipo de miné-rio e números relacionados à mão de obra e impostos do setor. o anuário terá tiragem de cinco mil exemplares impressos.

José fernando gomes Júnior, presidente do simineral, ressalta que o sindicato tem o

Walter Alvarenga, Diretor de Assuntos Institucionais do IBRAM, Deputado Estadual Gustavo Corrêa (DEM/MG), Luciana Coura

e Lucy Coura representam o Diretor-Presidente do IBRAM, José Fernando Coura, premiado no Lançamento do 3º. Anuário Mineral

do Pará com a “Comenda Mérito Minerador Honorário"

Anuário Mineral do Pará

José Fernando Gomes, Presidente do Simineral no lançamento do 3º Anuário Mineral do Pará

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para comemorar o sucesso e a consolida-ção do Anuário Mineral, o siNdiCAto rece-beu mais de 800 convidados em uma noite especial que contou com shows de lia so-phia e Yasmin fiaça para animar o público. Na ocasião, o siNdiCAto também lançou o 3º Concurso de redação da Mineração e o 2º prêmio hamilton pinheiro de Jornalismo, que tem como tema “Mineração sustentá-vel. um legado para a nossa gente”.

Anuarinho

o Anuário terá uma versão exclusiva para o público infantil, o “Anuarinho”, que será anexado à versão principal. A publicação vem com dez páginas, contendo ilustrações, caça-palavras, passatempo, jogos de erros e outras ferramentas lúdicas para transmitir, de forma didática e divertida, informações sobre mineração. “Não podemos mais estar dissociados da infância e da adolescência. Nossa meta é fazer com que essa futura mão de obra venha para o setor mineral. Mas, para isso, precisamos estimular e mostrar que o segmento tem oportunidades incrí-veis. Acreditamos no potencial dessa ferra-menta para formar futuras gerações para a mineração”, diz José fernando gomes.

A publicação principal terá versão digital, sendo que o simineral fará a distribuição de 15 mil CDs às escolas públicas e instituições de ensino superior. o sindicato também fará os lançamentos presenciais do Anuário em 14 municípios paraenses.

IBRAM promove reunião para discutir II Inventário de Emissão

de Gases de Efeito Estufa

o setor mineral dá mais um passo im-portante para a elaboração do ii inventário de emissão de gases de efeito estufa, uma preocupação recorrente nas principais em-presas de todo o mundo. o Instituto Brasi-leiro de Mineração (IBRAM – www.ibram.org.br) realizou, no dia 26 de fevereiro, reu-nião com representantes das principais mi-neradoras do País para debater os resulta-dos dos estudos já realizados sobre o tema.

de acordo com o diretor de Assuntos Ambientais do iBrAM, rinaldo Mancin, o inventário é um passo respeitável para en-globar um maior número de minérios a se-rem analisados. “No primeiro documento foram analisadas dez tipologias. Nesta se-gunda etapa, agregamos mais cinco, o que totalizam 15, que correspondem a cerca de 95% da produção mineral brasileira”.

o ii inventário, segundo a Coordena-dora do estudo, isaura frondizi, pretende apresentar informações sobre os seguintes minérios: bauxita, caulim, cobre, ferro, manganês, fosfato, carvão mineral, ouro, nióbio, níquel, potássio, zinco, agrega-dos (brita e areia) e rochas ornamentais. “A intenção é atualizar e ampliar, com

diferentes minérios, o trabalho já realizado no primeiro inventário”, afirmou isaura.

o iBrAM acredita que a construção deste documento é uma excelente forma de consolidar as informações para os bens minerais. “fizemos uma consulta e uma compilação das respostas do diagnóstico enviado pelas empresas e hoje discutimos alguns resultados parciais já obtidos. Va-mos continuar trabalhando junto às mine-radoras para que, ainda neste semestre, possamos publicar o estudo completo”, afirmou Cláudia salles, gerente de Assun-tos Ambientais do iBrAM.

para rinaldo Mancin, o ii inventário de gee tem significativa importância para o setor. “A partir desse estudo as empresas poderão buscar formas de reduzir a emis-são de gases de efeito estufa, conhecer suas limitações e realizar um planejamento de forma gradual e permanente”, completou.

participaram da reunião representantes da vale s.A., CBMM, votorantim, Anglo American, Camargo Correia, gerdau, Celta, CsN, sAMA, ABeM, Anepac, samarco, kinross, Alcoa e vallourec.

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Reunião paradiscutir II Inventário de Emissão de Gases de Efeito Estufa

Indústria da Mineração Ano IX – nº 65, Março/Abril de 2014 19