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Benedito SaidNesmária Sany C. Alves

Novo Acordo Ortográfico

Para uso interno da Universidade

Miniguia Prático

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REITOR

VICE-REITOR

DIRETOR DE DOCUMENTAÇÃO E INFORMAÇÕES

DIRETOR DA IMPRENSA UNIVERSITÁRIA

CONSELHO EDITORIAL

IMPRESSÃO/ACABAMENTO

EDITORAÇÃO GRÁFICA/CAPA

Paulo César Gonçalves de Almeida

João dos Reis Canela

Giulliano Vieira Mota

Humberto Velloso Reis

Maria Cleonice Souto de FreitasRosivaldo Antônio Gonçalves

Sílvio Fernando Guimarães de Carvalho Wanderlino Arruda

Imprensa Universitária/ UnimontesCampus Universitário Prof. Darcy Ribeiro

Montes Claros – MG

Marcos Aurélio MaiaMaria Rodrigues Mendes

Universidade Estadual de Montes Claros

Campus Universitário Professor Darcy Ribeiro, s/nCaixa postal 126 - CEP 39401-089 - Montes Claros - MG

Telefone: (38)3229-8000 - Site: www.unimontes.br

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Sumário

Apresentação

Principais Mudanças

Alfabeto

Trema

Acento Agudo

Acento Circunflexo

Acento Diferencial

Hífen

Quadro-resumo

Miniguia Prático - Novo Acordo Ortográfico

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Apresentação

A Universidade Estadual de Montes Claros lança este miniguia, p com as principais alterações na ortografia do português propostas pelo Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (1990), que envolve sete países além do Brasil.

Embora o decreto assinado em 29 de setembro de 2008 estabeleça um prazo de quatro anos, até dezembro de 2012, para aplicação do Acordo, a Unimontes adotará as novas regras, em documentos oficiais, já a partir de 1º de janeiro, data em que elas entram oficialmente em vigor. Essa medida ajudará a comunidade acadêmica a familiari-zar-se com as mudanças.

Nas páginas deste miniguia, você vai conhecer as principais alterações, com exemplos de grafias atuais e de como passaremos a escrever. São regras fáceis, mas que necessi-tam ser bem compreendidas para ser usadas corretamente. Haverá dúvidas e a solução virá com a publicação de dois manuais, um da Academia de Ciências de Lisboa e outro da Academia Brasileira de Letras(ABL), além de novas edições de dicionários e gramáticas.

Entre as mudanças na ortografia, que está o uso dos acentos

agudo e circunflexo, do trema e do hífen.

ara uso interno,

vão alterar cerca de 0,5% do vocabulário brasileiro,

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Principais mudanças

As letras k, w e y foram oficialmente incorporadas ao alfabeto brasileiro, que passa a ter 26 letras, em vez de 23.

Totalmente eliminado das palavras portuguesas ou aportuguesadas. Agora, portanto, escreve-se cin-quenta, tranquilo, linguiça, aguentar, enxágue, pinguim, sequestro etc.

Alfabeto

Como já ocorre, seu emprego fica restrito a nomes próprios de pessoas, lugares e seus derivados (Darwin, darwinismo, Taylor, taylorista, Kuwait, kuwaitiano etc.); símbolos, abreviaturas e siglas de uso internacional e palavras estrangei-ras incorporadas ao português (sexy, show, download etc.).

Trema

O trema permanece em nomes próprios estrangeiros e seus derivados, como Müller e mülleriano, Bündchen, Schönberg etc.

(kg, km, watt etc.)

A B C D E F G H I J L M N O P Q R S T U V X Z K W Y

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Acento Agudo

1)

Continuam a ser acentuadas as oxítonas terminadas em ditongos –éi, –éu ou –ói, seguidos, ou não, de –s. Exemplos: anéis, fiéis, céu(s), véu(s), corrói, herói(s), sóis etc.

2)

As vogais “i” e “u” continuam a ser acentuadas se formarem hiato e estiverem sozinhas ou seguidas de “s” na sílaba. Exemplos: saída, saúde, baú, cafeína, viúvo, país, egoísta etc. O acento também permanece nas palavras oxítonas, nas mesmas condições descritas no item anterior. Exemplos: tuiuiú,

Piauí etc.

3)

Pode-se também acentuar desta forma esses verbos: ele apazígue, averígue, oblíque, enxágue.

O acento agudo desaparece em três casos:

Nos ditongos abertos –ei e –oi de palavras paroxítonas. Exemplos: ideia, joia, jiboia etc. (antes idéia, jóia, jibóia).

Nas palavras paroxítonas cujas vogais tônicas “i” e “u” formam hiato e são precedidas de ditongo. Exemplos: feiura, baiuca, bocaiuva, boiuno etc. (antes feiúra, baiúca, bocaiúva, boiúno)

No “u” tônico de formas rizotônicas (com acento tônico na raiz) dos verbos como arguir, redarguir, apaziguar, averiguar, obliguar, enxaguar. Exemplos: (tu)arguis, (ele)argui, (eles)apaziguem (antes argúis, argúi, apazigúem).

tuiuiús,

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Acento Circunflexo

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2)

Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir e seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). Exemplos: Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros. Ele vem de Belo Horizonte. / Eles vêm de Belo Horizonte. Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra. Ele detém o poder. / Eles detêm o poder.

Foram eliminados os acentos circunflexos nos hiatos dos seguintes casos:

Na 3ª pessoa (plural) dos verbos crer, dar, ler e ver e seus derivados. Exemplos: creem, deem, leem, veem, descreem, releem, preveem etc. (antes crêem, dêem, lêem, descrêem, relêem, prevêem)

No primeiro “o” de “oo(s)”. Exemplos: voo, enjoos, abençoo, magoo, coroo etc. (antes vôo, enjôos, abençôo, magôo, corôo)

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Acento Diferencial

A forma verbal pôde (poder no passado) conserva o acento para se distinguir de pode (presente); pôr (verbo) conserva o acento para se distinguir de por (preposição).

O uso é facultativo em dêmos (verbo dar no subjuntivo: que nós dêmos), para se diferenciar de demos (do passado: nós demos), e em fôrma (substantivo), para se diferenciar de forma (verbo). Observe que o uso do acento deixa a frase mais clara: Qual é a forma da fôrma do pão?

O acento diferencial, usado para diferenciar palavras homófonas, deixa de ser usado nos seguintes casos: para (verbo), que se diferenciava da preposição para; pelo (substantivo), que se diferenciava da preposição pelo; polo (substantivo), que se diferenciava da preposição polo; pera (substantivo), que se diferen-ciava da preposição arcaica pera etc.

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Hífen

1)

Quanto ao uso de subumano sem hífen há divergência, já que alguns linguistas creem que o correto será usar sub-humano. Devemos preferir, até a publicação do Manual da ABL, o primeiro registro.

Exigem hífen sempre

- Além, aquém, bem, ex, pós, pré, pró, recém, sem, vice. Exemplos: além-mar, ex-presidente, pós--graduação, pré-primário, pró-reitor, recém--nascido, sem-terra, aquém-muros, vice-presidente etc.

- Os prefixos seguidos de h. Exemplos: anti-higiênico, super-homem, micro-história, proto-história, sobre--humano etc.

Há dúvidas no tocante ao uso de hífen após o prefixo bem. Conforme o Acordo, o hífen desaparece em bem-feito, que passa a ser grafado benfeito; bem-querer, que passa a ser escrito benquerer, e bem-querido, que ganha roupa nova sem o hífen: benquerido. No entanto, a ABL manifestou-se para que se mantenha o hífen quando o bem com outra palavra formar adjetivo ou substantivo, como no caso bem-educado.

Quando a pronúncia for fechada, “pos”, “pre”, “pro” ligam-se sem hífen ao outro termo. Ex.: preencher, posposto (exceções: preaquecer, predeterminar, preestabelecer, preexistir). Atenção: dobram-se o “r” e o “s” do segundo termo quando a pronúncia assim o exigir .

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- O “sub” recebe hífen com a palavra iniciada com “r”. Exemplos: sub-região, sub-raça.

- Prefixos terminados em vogal seguidos por palavra iniciada pela mesma vogal. Exemplos: anti-inflamatório, contra-ataque, micro-ondas.

- Prefixos terminados por consoante seguidos de palavra iniciada pela mesma consoante. Exemplos: hiper-rico, inter-racial, sub-bloco, super-resistente, super-romântico etc.

- Sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçu e mirim. Exemplos: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu.

Rejeitam o hífen

- Prefixos terminados em vogal diferente da vogal que inicia o segundo elemento. Exemplos: aeroes-pacial, agroindústria, autoescola, coautor, plurianual, infraestrutura.

- Prefixos que terminam em vogal e o segundo ele-mento começa por consoante diferente de “r” ou “s”.

No caso do prefixo “co”, este se junta ao elemento posterior, mesmo quando ele começar com “o”. Exemplos: cooperação, coordenar, coobrigação etc.

2)

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Exemplos: anteprojeto, antipedagógico, autopeça, coprodução, geopolítica, microcomputador, pseudoprofessor, semicírculo, semideus, seminovo, ultramoderno.

- Prefixos terminados em vogal que se juntam a palavras começadas por “r” ou “s”. Nesses casos, duplicam-se o “r” e o “s” para manter a pronún-cia, como já ocorre com minissaia ou motosserra: antirrábico, antissocial, contrassenso, microssiste-ma, ultrassom. - Em certas palavras que perderam a noção de composição. Exemplos: girassol, madressilva, mandachuva, paraquedas, paraquedista.

Uma regra antiga, mas que não é usada, diz respeito ao uso do hífen ao final de uma linha onde ocorre partição de palavras ou combinação de palavras. Para coincidir com hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Exemplos:

a) O professor afastou- -se da sala de aula.

b) O reitor recebeu os ex- -alunos.

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Atenção: quando em dúvida, consulte on-line a maior autoridade ortográfica da Língua Portuguesa no Brasil, o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), documento que registra a grafia oficial das palavras, de responsabilidade da Academia Brasileira de Letras (www.academia.org.br), que também oferece um serviço de respostas a dúvidas relativas à língua.

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Quadro-resumoH

ífen

Tre

ma

Mudanças

nas

regra

s de a

centu

ação

Como era Como ficou geléia heróico apóio/apóia (verbo apoiar) platéia

geleia heroico apoio, apoia plateia

bocaiúva

feiúra

baiúca

bocaiuva

feiura

baiuca agúis

redargúi

aguis redargui averigúe

apazigúe

averigue (averígue) apazigue (apazígue)

vêem

lêem

descrêem

veem

leem

descreem

vôo

enjôo

abençôo

voo

enjoo

abençoo

cconseqüência

agüentar

ambigüidade

eqüino

consequência

aguentar

ambiguidade

equino

anti-religioso

anti-semita

auto-aprendizagem

auto-estrada

contra-regra

contra-senha

extra-escolar

extra-regulamentação

antirreligioso

antissemita

autoaprendizagem

autoestrada

contrarregra

contrassenha

extraescolar

extrarregulamentação

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