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Ministério da Educação Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI)
Política Institucional
2016-2020
Organização:
Maria Rita Neto Sales Oliveira
Angela de Mello Ferreira
Wesley Ruas Silva
Jacqueline Moreno Theodoro Silva
Brenda Barbosa Ragonezi
Belo Horizonte
2016
Ministério da Educação Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI)
2016-2020
Belo Horizonte
2016
Elaboração deste documento
Diretorias e Secretarias Especializadas
Assessoria do Diretor-Geral
Coordenação Geral da Comissão Executiva da COPEVE
Comissões PDI (Portarias DIR-1562/15, de 01/12/2015, e DIR-1649/15, de 22/12/2015,
alterada pela Portaria DIR-260/16, de 18/03/2016).
Wesley Ruas Silva
Jacqueline Moreno Theodoro Silva
Angela de Mello Ferreira
Denise Brait Carneiro Fabotti
Humberto Cardoso dos Santos
Márcia Cristina Feres
Nilza Helena de Oliveira
Sérgio Dias Ribeiro
Ulisses Cotta Cavalca
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG)
Diretor-Geral
Flávio Antônio dos Santos
Vice-Diretora
Maria Celeste Monteiro de Souza Costa
Chefe de Gabinete
Henrique Elias Borges
Diretoria de Educação Profissional e Tecnológica
Carla Simone Chamon – Diretora
Ezequiel de Souza Costa Júnior – Diretor-Adjunto
Diretoria de Graduação
Moacir Felizardo de França Filho – Diretor
Bráulio Silva Chaves – Diretor-Adjunto
Diretoria de Pesquisa e Pós-Graduação
Conrado de Souza Rodrigues – Diretor
Rodrigo Tomas Nogueira Cardoso – Diretor-Adjunto
Diretoria de Extensão e Desenvolvimento Comunitário
Giani David Silva – Diretora
Paulo Eduardo Maciel de Almeida – Diretor-Adjunto
Diretoria de Planejamento e Gestão
Gray Farias Moita – Diretor
Tomaz Antônio Chaves – Diretor-Adjunto
Diretores de Unidades
Campus I – Belo Horizonte
Wanderlei Ferreira de Freitas (até 18/05/2016)
Gilmer Jacinto Peres (a partir de 19/05/2016)
Campus II – Belo Horizonte
José Gomes da Silva
Campus Leopoldina
José Antônio Pinto (até 18/05/2016)
Douglas Martins Vieira da Silva (a partir de 19/05/2016)
Campus Araxá
Henrique José Avelar
Campus Divinópolis
Sandra Vaz Soares Martins
Campus Timóteo
Silvânia Aparecida de Freitas Souza (até 18/05/2016)
Leonardo Lacerda Alves (a partir de 19/05/2016)
Campus Varginha
Gilze Belém Chaves (até 18/05/2016)
Paulo César Mappa (a partir de 19/05/2016)
Campus Nepomuceno
Juliana Vilela Lourençoni Botega (até 18/05/2016)
Reginaldo Barbosa Fernandes (a partir de 19/05/2016)
Campus Curvelo
Adriano Gonçalves da Silva (até 18/05/2016)
Lourdiane Gontijo das Mercês Gonzaga (a partir de 19/05/2016)
Campus Contagem
Nelson Alexandre Estevão
Conselho Diretor
Flávio Antônio dos Santos – Presidente
Maria Celeste Monteiro de Souza Costa – Suplente
Oiti José de Paula – Titular
Nilva Celestina do Carmo – Suplente
Luciene Maria de Lana Marzano – Titular
Ed'Lúcia Aguiar Dornas Beghini – Suplente
Maria Luiza Maia Oliveira – Titular
Maura de Fátima Mendonça de Goffredo Costa dos Santos – Suplente
Antônio do Carmo Neves – Titular
Wilson Barros de Moura – Suplente
Ezequiel de Souza Costa Júnior – Titular
Clausymara Lara Sangiorge – suplente
José Geraldo Peixoto de Faria – Titular
Lindolpho Oliveira de Araújo Júnior – Suplente
Valter Júnior de Souza Leite – Titular
Augusto César da Silva Bezerra – Suplente
José Maria da Cruz – Titular
João Eustáquio da Silva – Suplente
Thais Michelle Mátia Zacarias – Titular
Jéssica Mariana Andrade Tolentino – Suplente
Alfredo Marques Diniz – Titular
João Bosco Calais Filho – Suplente
APRESENTAÇÃO
Este Plano de Desenvolvimento Institucional do Centro Federal de Educação Tecnológica de
Minas Gerais (CEFET-MG) – PDI 2016-2020 – explicita a política da Instituição para os
próximos cinco anos, contemplando seus princípios orientadores e os objetivos, além dos
programas e metas que lhes correspondem, para o período em pauta.
No Plano, revisita-se a trajetória histórica do CEFET-MG, instituição educacional pública e
gratuita, desde sua criação como Escola de Aprendizes Artífices de Minas Gerais, em 1909,
até os dias atuais, além de sua função social e de suas finalidades como instituição
educacional.
Reitera-se a sua caracterização como Instituição Federal de Ensino Superior (IFES),
consolidada como instituição universitária verticalizada, com conceito institucional quatro (4)
em uma escala de um a cinco (1-5) pelo Ministério da Educação (MEC), e atuação nos âmbitos
relacionados do ensino, da pesquisa e da extensão, na área da educação tecnológica, em
Minas Gerais. Além disso, reconhece-se o dever do CEFET-MG de prestação de contas à
sociedade, pelo qual este Plano explicita o seu processo de autoavaliação contínua, tendo em
vista o alcance pela Instituição de patamares cada vez mais elevados de excelência
acadêmica.
A construção deste PDI 2016-2020 teve caráter essencialmente democrático, envolvendo
ampla participação da comunidade por meio de equipes de trabalho em diferentes áreas e
comissões de sistematizações, sob a responsabilidade de equipe diretamente ligada à Diretoria
Geral, e, a partir de outubro de 2015, sob a coordenação da Assessoria do Diretor-Geral.
A coleta de dados foi feita por meio de vários recursos metodológicos, tais como análise
documental e arquivística, aplicação de questionários, realização de entrevistas, reuniões com
a comunidade geral e as Diretorias e Secretarias Especializadas. Informações sobre o
andamento e os produtos do processo de elaboração do Plano foram divulgadas no site
institucional, com vistas a facilitar para a comunidade a expressão de suas posições, suas
demandas e seus interesses aqui considerados.
Com a materialização deste PDI 2016-2020, que caracteriza as condições atuais e delineia as
condições futuras da Instituição no cenário educacional do país, no CEFET-MG busca-se o
atendimento crítico às demandas sociais na área da educação tecnológica, comprometendo-se
com projeto nacional democrático, de modernização inclusiva e de sustentabilidade ambiental,
socioeconômica e cultural.
Flávio Santos Diretor-Geral
SIGLAS
AEPEX Assessoria de Ensino, Pesquisa e Extensão
AMTEC Analogias e Metáforas em Tecnologia, Educação e Ciência
ANDIFES Associação Nacional de Dirigentes das Instituições Federais de Ensino
Superior
AVI Avaliação Institucional
CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
CC Conceito de Curso
CCC Centro de Computação Científica
CD Conselho Diretor
CEFET-MG Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
CEMIG Companhia Energética de Minas Gerais
CFE Conselho Federal de Educação
CGRAD Conselho de Graduação
CGAC Coordenação Geral de Atividades Culturais
CGDA Coordenação Geral de Desenvolvimento e Acompanhamento
CNAM Conservatoire National des Arts et Métiers
CNE Conselho Nacional de Educação
CNE/CEB Câmara de Educação Básica do CNE
CNE/CES Câmara de Educação Superior do CNE
CNE/CP Conselho Pleno do CNE
CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
COMUT Programa de Comutação Bibliográfica
CONAES Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior
CONIF Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação
Profissonal, Científica e Tecnológica
COPEVE Comissão Permanente de Vestibular
COPPE Coordenação de Projetos, Pesquisas e Estudos Tecnológicos
CP Coordenação Pedagógica
CPA Comissão Permanente de Avaliação
CPE Coordenação de Política Estudantil
CPC Conceito Preliminar de Curso
CPG Conselho de Planejamento e Gestão
CPE Coordenação de Política Estudantil
CSO Comunicação Social
CSIRO Commonwealth Scientific and Industrial Research Organization
CTAA Comissão Técnica de Acompanhamento da Avaliação
CTC/ES Conselho Técnico-Científico da Educação Superior
DAEE Departamento de Apoio às Atividades de Ensino
DAES Diretoria de Avaliação da Educação Superior
DEPT Diretoria de Educação Profissional e Tecnológica
DEDC Diretoria de Extensão e Desenvolvimento Comunitário
DIRGRAD Diretoria de Graduação
D.O.U. Diário Oficial da União
DPG Diretoria de Planejamento e Gestão
DPPG Diretoria de Pesquisa e Pós-Graduação
DRI Departamento de Recursos de Informática
EaD Educação a Distância
EGD Estratégia de Governança Digital
EJA Educação de Jovens e Adultos
ENADE Exame Nacional de Desempenho de Estudantes
ENEM Exame Nacional do Ensino Médio
EPIEJA Educação Profissional Integrada à Educação de Jovens e Adultos
EPT Educação Profissional e Tecnológica
EPTNM Educação Profissional Técnica de Nível Médio
EXT Extensão e Desenvolvimento Comunitário
FaE/UEMG Faculdade de Educação da Universidade do Estado de Minas Gerais
FAPEMIG Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais
FIEMG Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais
FONAPRACE Fórum Nacional de Pró-Reitores de Assuntos Comunitários e Estudantis
FORCIES Fórum dos Organizadores de Cerimônias Universitárias e Acadêmicas das
Instituições de Ensino Superior Brasileiras
FORCOPS Fórum das Comissões de Processos Seletivos
GIN Governança da Informação
GRD Graduação
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IBICT Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
IBM International Business Machine
IC Iniciação Científica
IC-Jr Iniciação Científica Júnior
IDH Índice de Desenvolvimento Humano
IDHM Índice de Desenvolvimento Humano Municipal
IES Instituto de Ensino Superior
IFES Instituição Federal de Ensino Superior
IGC Índice Geral de Cursos
INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
ISBN International Standard Book Number
ITI Iniciação Tecnológica e Inovação
IUT Institute Universitaire de Technologie
LACTEA Laboratório Aberto de Ciência, Tecnologia, Educação e Arte
LDB Lei de Diretrizes e Bases
LPLC Laboratório de Pesquisas em Leitura e cognição
LUT Loughborough University of Technology
MEC Ministério da Educação
MERCOSUL Mercado Comum do Sul
META Mostra Específica de Trabalhos e Aplicações
NEAC Núcleo de Engenharia Aplicada a Competições
NAPNE Núcleo de Atendimento a Pessoas com Necessidades Educacionais
Específicas
NEAD Núcleo de Educação a Distância
ONG Organização Não Governamental
PCDET Programa de Capacitação dos Docentes do Ensino Técnico
PDI Plano de Desenvolvimento Institucional
PDTI Plano Diretor de Tecnologia da Informação
PEI Pesquisa e Inovação
PIIM-LAB Laboratório de Pesquisas Interdisciplinares em Informação Multimidia
PEPT Projeto Político-pedagógico da Educação Profissional e Tecnológica
PGE Planejamento e Gestão
PGR Pós-Graduação
PGTI Planejamento e Gestão das Tecnologias da Informação
PIB Produto Interno Bruto
PNAE Política Nacional de Assistência Estudantil
PNAES Programa Nacional de Assistência Estudantil
PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
POE Política Estudantil
PPP Projeto Político-pedagógico
PPG Pesquisa e Pós-Graduação
PQV Programa Qualidade de Vida
PROEJA Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação
Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos
PUC-Minas Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
REI Relações Internacionais
RMIT Royal Melbourne Institute of Technology
RNE Rede Nacional de Ensino e Pesquisa
RSE S.p.A Ricerca Sul Sistema Energetico
SAC Seção de Atividade Cultural
SACC Seção de Atividade Cultural e Cívica
SAE Seção de Assistência ao Estudante
SAE Society of Automotive Engineering
SAES Seminário de Acesso ao Ensino Superior
SciELO The Scientific Electronic Library Online
SEAI Secretaria de Assuntos Internacionais
SECOM Secretaria de Comunicação Social
SEED Secretaria de Estado da Educação
SENEPT Seminário Nacional de Educação Profissional e Tecnológica
SESu Secretaria de Educação Superior
SETEC Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica
SINFRA Superintendência de Infraestrutura
SISP Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação
SGI Secretaria de Governança da Informação
SGP Superintendência de Gestão de Pessoas
SIAPE Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos
SISTEC Sistema Nacional de Informações da Educação Profissional e Tecnológica
SINAES Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior
SISU Sistema de Seleção Unificada
SNPG Sistema Nacional de Pós-Graduação
SPE Secretaria de Política Estudantil
SPM Setor de Preparação de Materiais
SRI Secretaria de Relações Internacionais
T Programa Transversal
TI Tecnologia da Informação
TIC Tecnologia da Informação e Comunicação
UEMG Universidade do Estado de Minas Gerais
UFMG Universidade Federal de Minas Gerais
UFSC Universidade Federal de Santa Catarina
UFV Universidade Federal de Viçosa
UNED Unidade de Ensino Descentralizada
UNESP Universidade Estadual Paulista
Uni-BH Centro Universitário de Belo Horizonte
UTFPR Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Figuras, gráficos, quadros e tabelas
Figuras
Figura I.01 Áreas temáticas do PDTI.
Figura III.01 CEFET-MG – PDI 2016-2020 – Núcleo conceitual
Gráficos
Gráfico II.01 Ofertas na EPTNM – 2011-2015.
Gráfico II.02 Ofertas na graduação – 2011-2015.
Gráfico II.03 Cursos de mestrado e doutorado – 2011-2015.
Gráfico II.04 Turmas de pós-graduação lato sensu de cursos novos em funcionamento – 2011-2015.
Gráfico II.05 Bolsas de IC/ITI e IC-Jr – 2011-2015.
Gráfico II.06 Bolsas de Iniciação Científica (BIC), Iniciação Tecnológica e Inovação (BITI) e Iniciação Científica Júnior (ICJr), por instituição – 2011-2015.
Gráfico II.07 Total de atividades de extensão registradas na DEDC e levadas a efeito – 2011-2012.
Gráfico II.08 Projetos de extensão com atendimento a população e comunidades em situação de risco – 2012-2015.
Gráfico II.09 Atividades de extensão – 2012-2015.
Gráfico II.10 Bolsas de extensão – 2012-2015.
Gráfico II.11 Bolsas permanência e alimentação – 2011-2015.
Gráfico II.12 Docentes efetivos – 2011-2015.
Gráfico II.13 Titulação dos docentes efetivos – 2011.
Gráfico II.14 Titulação dos docentes efetivos – 2015.
Gráfico II.15 Publicações em periódicos pelo corpo docente – 2011-2015.
Gráfico II.16 Titulação dos docentes contratados – 2011.
Gráfico II.17 Titulação dos docentes contratados – 2015.
Gráfico II.18 Servidores técnicos administrativos – 2011-2015.
Gráfico II.19 Titulação dos técnicos administrativos – 2011.
Gráfico II.20 Titulação dos técnicos administrativos – 2015.
Gráfico II.21 Orçamento anual – 2011-2015.
Quadros
Quadro I.01 Institucionalidade e oferta de cursos.
Quadro II.01 Cursos de educação profissional técnica de nível médio em 2015.
Quadro II.02 Cursos de graduação em 2015, por ano de início da oferta.
Quadro II.03 Mestrado (M) e doutorado (D) em 2015, por ano de início da oferta.
Quadro II.04 Grupos de pesquisa no Diretório de Grupos do CNPq em 2015.
Quadro II.05 Ações de extensão em 2015, segundo ano de início.
Quadro II.06 Acordos vigentes celebrados entre o CEFET-MG e instituições internacionais em 2015.
Quadro III.01 Programas gerais e específicos – PDI 2016-2020.
Tabelas
Tabela II.01 Atividades de extensão registradas na DEDC e levadas a efeito – 2011-2012.
Tabela II.02 Refeições subsidiadas a estudantes por campus – 2011-2015.
Tabela II.03 Titulação dos docentes efetivos por campus – 2011-2015.
Tabela II.04 Titulação dos docentes contratados por campus – 2011-2015.
Tabela II.05 Titulação dos técnicos administrativos por campus – 2011-2015.
Tabela II.06 Área física em 2015.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 15
I. CONTEXTO .......................................................................................................... 21
A – Trajetória institucional ....................................................................................... 21
B – Função social, finalidades, áreas de atuação e gestão institucional .................. 78
C – Síntese de aspectos do contexto institucional ................................................... 82
II. DIAGNÓSTICO .................................................................................................... 88
A – Levantamento e avaliação das condições institucionais vigentes ..................... 88
B – Dados e informações sobre a caracterização institucional – 2011-2015 ........... 91
C – Síntese de aspectos do diagnóstico ................................................................ 128
III. VISÃO DE FUTURO .......................................................................................... 132
A – Visão geral e concepções ............................................................................... 132
B – Princípios, objetivos e programas gerais ......................................................... 136
C – Princípios, metas, programas e objetivos específicos por área ....................... 145
IV. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PDI ............................................... 195
REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 198
APÊNDICE – Servidores responsáveis pela etapa-base do diagnóstico .......... 206
INTRODUÇÃO
O Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) do Centro Federal de
Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG), para o período de 2016-
2020, teve como base orientações de órgãos centrais da administração
educacional do país relativas à elaboração de um PDI, além daquelas inferidas
dos processos de avaliações institucionais das Instituições Federais de Ensino
Superior (IFES). Essas orientações foram balizadas pelas particularidades
históricas e administrativas do CEFET-MG, por sua função social e suas
finalidades, e pelas condições de construção coletiva do Plano. Assim, a
elaboração deste PDI foi conduzida de forma a favorecer a participação da
comunidade institucional em todo o processo.
Decidiu-se manter a concepção defendida nos planos anteriores – PDI 2005-
2010 e PDI 2011-2015, tal como aprovados, respectivamente, pela Resolução
CD-122/05, de 19/12/2005 e Resolução CD-135/11, de 10/10/20111 – de que o
PDI é plano estratégico a ser entendido como uma projeção, o qual se enraíza
nas políticas e práticas vigentes na Instituição, aprimora sua organicidade,
sistematização e flexibilidade e supera seu grau de qualidade. Como plano
estratégico, o PDI 2016-2020 registra objetivos, metas e programas para os
próximos cinco anos, com base na realidade atual e na realidade projetada.
Isso à luz do conjunto de 19 princípios orientadores da atuação do CEFET-MG
que vêm sendo construídos e reconstruídos na trajetória histórica da
Instituição. Esses princípios e os objetivos e programas gerais constituem
núcleo fundamental do presente Plano e fazem o papel de mediadores entre as
condições do contexto da Instituição, o diagnóstico realizado e a atuação de
cada área institucional.
Na construção democrática e coletiva deste PDI, a comunidade foi demandada
a participar de sua elaboração e informada a respeito. Nessa direção, numa
primeira grande etapa, foram constituídas oito equipes de trabalho. Cada uma
dessas ficou responsável por conduzir o diagnóstico de uma área institucional:
ensino, pesquisa, extensão, planejamento e gestão, política estudantil
1 As resoluções e portarias da Diretoria-Geral e dos Conselhos do CEFET-MG encontram-se divulgadas no site da
Instituição, disponível em www.cefetmg.br.
16
governança e acesso à informação, além de aspectos relativos ao espaço
físico e à gestão de pessoas individualmente considerados1. Ressalta-se que
as questões da internacionalização institucional, contempladas na estrutura
institucional com uma Secretaria Especializada, foram abordadas pelas
equipes de trabalho responsáveis pelas áreas de ensino, pesquisa e extensão.
Também questões de avaliação foram abordadas por diferentes equipes.
O diagnóstico evidenciou aspectos positivos, ao lado de limitações ainda
vigentes, além de oportunidades para o aprimoramento institucional, em
relação às áreas mencionadas. A síntese desses aspectos, realizada pela
Assessoria do Diretor-Geral que assumiu a coordenação do processo,
viabilizou entendimento amplo das demandas da comunidade fundadas em sua
percepção das condições reais e das possibilidades institucionais.
A próxima etapa da elaboração do PDI também contou com a participação
efetiva dos presidentes das equipes de trabalho, além das Diretorias e
Secretarias Especializadas da Instituição. Essa segunda etapa envolveu: (1)
revisão e complementação de dados e informações sobre a trajetória histórica
do CEFET-MG, desde a sua criação, e análise de sua função social, suas
finalidades e sua organização administrativa; (2) conclusão da síntese da
primeira etapa, incluindo apreciação dos resultados dos processos de
avaliação institucional e levantamento de dados numéricos e qualitativos
relativos à atuação institucional no período de 2011 a 2015; (3) apreciação dos
planos preliminares das Diretorias e Secretarias Especializadas, tal como
projetados para os próximos anos; (4) consolidação do resultado do trabalho
anterior em objetivos e programas gerais traduzidos, por sua vez, em metas,
programas e objetivos específicos para cada uma das nove áreas de atuação
institucional para o período em pauta: ensino, pesquisa, extensão, política
estudantil, internacionalização institucional, comunicação, social, governança
da informação, administração e avaliação institucional. Todo o trabalho
1 Cada equipe de trabalho congregou um grupo de pessoas da comunidade indicadas pelas Diretorias e Secretarias
Especializadas e pelas Diretorias de Unidades, de forma que o diagnóstico em pauta foi conduzido por mais de 100 sujeitos institucionais. A lista desses sujeitos está incluída em Apêndice deste texto.
17
realizado levou em conta os princípios institucionais gerais que foram
reformulados, tendo em vista o contexto atual do CEFET-MG. Além disso, a
comunidade foi sendo informada sobre o processo e seus produtos, quer pelos
participantes diretos no processo de elaboração do Plano, quer por meio de
notícias divulgadas no site institucional.
Na etapa final foram realizadas: (1) sistematização do trabalho anterior em
Documento Base e sua apreciação, envolvendo revisões e sugestões das
Diretorias e Secretarias Especializadas e dos presidentes das equipes que
realizaram o diagnóstico; (2) nova sistematização do documento com a
consolidação das contribuições apresentadas; (3) apresentação da versão
consolidada do PDI 2016-2010 aos Diretores de Unidades, Departamentos e
comunidade e nova redação do Plano, contemplando possíveis sugestões e
revisões; apreciação dessa versão pelo Conselho Diretor e definição da versão
final, culminando com sua editoração, impressão e distribuição interna e
externamente, incluídos os órgãos de administração da educação no país.
Nessas condições, o presente Plano é bastante abrangente como documento
de referência da trajetória histórica, da situação atual e da situação projetada
para o período 2016-2020. Tal como na elaboração dos planos de períodos
anteriores, cuidou-se para que o PDI 2016-2020 fosse o mais abrangente
possível, de forma a prover uma visão panorâmica da Instituição. Além disso,
que ele fosse flexível em sua visão de futuro, de forma a favorecer não apenas
a compreensão das definições gerais nele presentes, mas sobretudo a
autonomia dos diferentes setores e sujeitos na condução da política
institucional. Nessas condições, ele busca contemplar de forma orgânica os
dados e informações encaminhados à Assessoria do Diretor-Geral da
Instituição, por parte de vários sujeitos institucionais, a quem se agradece pela
expressiva contribuição oferecida com generosidade singular. Esta última
característica deste PDI reforça o seu caráter democrático, porquanto:
elaborado com recursos metodológicos que favoreceram a participação da
comunidade; aprovado na forma de dispositivo normativo definido por órgão
colegiado; e envolvendo conteúdo fundado em princípios relacionados à
democratização da educação.
18
Nessa direção, reitera-se afirmação presente nos planos anteriores de que o
acompanhamento e a apreciação contínua da política institucional, por parte da
comunidade, são desejados e serão incentivados como fundamentais para o
aprimoramento das propostas institucionais para os próximos cinco anos, aqui
sistematizadas.
No entanto, essa apreciação implica o entendimento de que o presente Plano –
documento de política institucional – inclui questões de controle e avaliação,
para o apropriado provimento de condições, a fim de se realizar o que se
propõe, mas, também, a consciência da necessidade de recursos
orçamentários compatíveis com a elevação desejada da qualidade da atuação
institucional, pelos quais a Instituição se propõe lutar. Nesse contexto, não
pode prescindir do entendimento de várias características contraditórias da
contemporaneidade que têm relação direta com a educação em geral e a
educação profissional em particular.
Entre elas, cumpre salientar: (1) a defesa das diferenças, da diversidade
cultural e dos direitos humanos em âmbito mundial incluído o Brasil, ao lado da
crise das hierarquias de conhecimentos e culturas; (2) as transformações
tecnológicas, que, se de um lado, favorecem a divulgação do conhecimento e
seu domínio, por parte da humanidade, de outro não têm concretizado suas
promessas de melhoria de vida humana para grande maioria da população
mundial; (3) relacionado às características anteriores, o aumento da exclusão
social, do desemprego estrutural, e da concentração da riqueza e da
monopolização do conhecimento científico e tecnológico de ponta, por número
cada vez menor de sujeitos e grupos econômicos; (4) a existência de novo
padrão de sociabilidade com a comunicação entre indivíduos e grupos mediada
pelas redes sociais e aparelhos celulares que facilitam a interação em tempo
real e encurtam espaços, mas desprivilegiam interações interpessoais; (5) a
defesa da educação como direito e não como produto ou serviço, ao lado da
transferência para os agentes educacionais da responsabilidade de disputar,
no mercado, a venda de seus produtos; (6) a exigência de atualização contínua
dos trabalhadores, com interferência nas expectativas que tendem para a
formação ao longo da vida ou ao longo da vida produtiva, ao lado das
limitações socioeconômicas para se contemplar essa exigência; (7) o objetivo
19
de a educação profissional preparar o trabalhador para o domínio de amplos e
novos requisitos de qualificação e formação profissional, mas também para o
provável desemprego, num contexto de quedas nas taxas de emprego e renda;
(8) o fato de o Brasil ser um país rico em recursos naturais, mas situar-se entre
os dez países com maiores índices de desigualdade social, e, por dados de
2014, ocupar, o 75º lugar no ranking mundial do Índice de Desenvolvimento
Humano (IDH), segundo Jahan (2015); (9) a posição do Brasil, em 2015, no 8º
lugar no ranking da economia mundial2, com Produto Interno Bruto (PIB) de
quase seis trilhões de reais3, mas o que representa queda em relação ao ano
de 2011, quando ocupava o 6º lugar nesse ranking; (10) a especificidade da
história, da cultura e das instituições brasileiras que defendem a educação de
cidadãos comprometidos com a luta pela construção coletiva de um projeto de
nação democrática, no contexto da crise política que vem sendo construída no
país, com reflexos na economia, com oscilações na bolsa de valores e cotação
do dólar, num contexto de queda de emprego e renda, além da interferência na
educação de subjetividades permeadas pela incerteza, competição e
despolitização; (11) a vontade política dos sujeitos educacionais no
cumprimento de objetivos e metas das suas instituições, ao lado das restrições
orçamentárias e financeiras para tal; (12) a importância de se contextualizar a
política institucional no âmbito das políticas educacionais no país, as quais, no
entanto, sofrem processo global de padronização, orientado por organismos
internacionais, ao lado das resistências fundadas na sabedoria de gestores,
professores, e alunos trabalhadores e futuros trabalhadores que negam, na
prática, as propaladas vantagens absolutas da contemporaneidade.
Quanto à estrutura formal, este documento se estrutura em torno de três
grandes partes: contexto, diagnóstico e visão de futuro. Na primeira abordam-
se as características do contexto institucional, da sua condição como Escola de
Aprendizes Artífices até a condição de CEFET-MG. A segunda parte trata do
2 Dados diponíveis em:
http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/05/brasil-deve-cair-para-8-posicao-em-ranking-de-maiores-pibs-mostra-fmi.html. Acesso em 10/06/2016. 3 Segundo BANCO CENTRAL DO BRASIL. Indicadores de conjuntura. Disponível em:http://www.bcb.gov.br/?INDECO.
Acesso em 10/06/2016.
20
diagnóstico, especificando o trabalho realizado e apresentando dados e
informações sobre as condições institucionais vigentes. Completa o texto, a
visão de futuro, apresentada na terceira parte, com a definição dos princípios,
objetivos e programas gerais, que, conforme mencionado, fazem a mediação
entre as características históricas e atuais e a atuação planejada para cada
uma das áreas institucionais, também incluída nessa parte. Finalmente, o
documento trata de definições sintéticas sobre o acompanhamento e a
avaliação do próprio PDI 2016-2020.
21
I. CONTEXTO
A – Trajetória institucional
1 – Institucionalidade e inserção regional
Nesta apresentação da trajetória do Centro Federal de Educação Tecnológica
de Minas Gerais (CEFET-MG), optou-se por reproduzir o histórico da
Instituição, tal como relatado no plano anterior, com pequenas modificações de
ordem formal e redacional. Além dessas, a apresentação da trajetória foi
atualizada e revista, tendo em vista o contexto vigente e o projetado para o
período de 2016-2020, em seus aspectos políticos e materiais, incluindo novos
dados e informações.
Como nos planos anteriores, relatar a história do CEFET-MG implica,
necessariamente, uma leitura dessa trajetória a partir da função social e das
finalidades institucionais expostas neste documento. Tem-se também como
pano de fundo o compromisso com os princípios gerais da política institucional
que serão aqui apresentados.
Nesse sentido, essa leitura, que se assume como sendo determinada por esse
compromisso, busca identificar aspectos estruturais da Instituição que lhe
sejam pilares para sua continuidade em marcos condizentes com os princípios
definidos. Obviamente, não se desconhece que o fio que se puxa da história da
Instituição vem marcado por outros com os quais interage, muitas vezes de
forma contraditória, mas, exatamente por isso, esse fio indica uma realidade
que vem sendo possível construir, tendo-se em conta o jogo de forças e
interesses diversos que permeiam as políticas e as práticas institucionais. Não
se desconhece, também, que aspectos adversos deverão ser continuamente
superados para o alcance dos objetivos e metas definidos neste Plano.
Isso posto, o CEFET-MG é uma autarquia de regime especial, vinculada ao
Ministério da Educação (MEC), detentora de autonomia administrativa,
patrimonial, financeira, didática e disciplinar. É uma Instituição Federal de
Ensino Superior (IFES) e se caracteriza como instituição multicampi, com
atuação no Estado de Minas Gerais. Fruto da transformação da então Escola
22
Técnica Federal de Minas Gerais em Centro Federal de Educação Tecnológica
de Minas Gerais, pela Lei n. 6.545, de 30/06/784 (Brasil, 1978), alterada pela
Lei n. 8.711, de 28/09/93 (Brasil, 1993), o CEFET-MG é uma instituição pública
e gratuita de ensino superior no âmbito da educação tecnológica, abrangendo
a educação básica, em seu nível médio, e a educação superior e
contemplando, de forma indissociada, tal como uma universidade tecnológica,
o ensino, a pesquisa e a extensão. Tem atuação prioritária na área tecnológica
e no âmbito da pesquisa aplicada.
Por sua atuação, o CEFET-MG foi-se tornando Instituição de reconhecida
excelência, como centro de formação tecnológica de profissionais que atuam
no setor produtivo, na pesquisa aplicada e no magistério, particularmente, do
ensino de nível médio da educação básica. O papel que a Instituição exerce vai
além da formação profissional e envolve o diálogo crítico e construtivo com a
formação social brasileira. Envolve, portanto, a assimilação crítica e a produção
da cultura, de conhecimentos e soluções tecnológicas, assim como a relação
entre a escola e o setor produtivo e de serviços. Nesse contexto, a pesquisa e
a extensão desenvolvem-se por meio de programas e projetos que resultam no
fortalecimento e aprimoramento do programa geral de educação tecnológica da
Instituição.
O êxito que vem alcançando demonstra que a Instituição responde, de forma
apropriada, à formação do cidadão voltado para a participação social, a
pesquisa, a produção científico-tecnológica e o exercício profissional
relacionados com o desenvolvimento societário inclusivo e sustentável, nas
esferas cultural e socioeconômica.
A área geográfica de atuação institucional mais imediata é o próprio Estado de
Minas Gerais. Situado na Região Sudeste, Minas é o maior Estado em área
dessa região e as estimativas de população para 1º de julho de 2015
4 Essa lei é regulamentada pelo Decreto n. 87.310, de 21/06/1982 (Brasil, 1982a) revogado pelo Decreto n. 5.224, de
01/10/2004 (Brasil, 2004c). Por este, os Centros Federais de Educação Tecnológica são instituições “na oferta de educação tecnológica, nos diferentes níveis e modalidades de ensino com atuação prioritária na área tecnológica”. Já o Decreto n. 5.225, de 01/10/2004 (Brasil, 2004d) define todos esses Centros como instituições de ensino superior, ao lado das universidades.
23
publicadas no Diário Oficial da União (D.O.U.), em 28 de agosto de 20155,
registram 20.734.097 habitantes distribuídos em 853 municípios. Isso
representa 10,08% da população brasileira, ou seja, de um total de
205.588.952 habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE)6, no caso, relativos a 2016. Essas características do Estado,
além de outras de ordem socioeconômica, cultural e ambiental, cujo
conhecimento mais detalhado demanda contínua pesquisa de cenário, vêm
sendo contempladas na oferta educacional do CEFET-MG e, de acordo com a
política institucional aqui defendida, deverão ser consideradas sempre que a
Instituição se propuser a expandir essa oferta.
No geral, essas características envolvem o fato de o Estado apresentar uma
diversidade regional considerável, semelhante a do próprio país. Segundo a
classificação do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
(PNUD), em 2005, Minas Gerais apresentava o Índice de Desenvolvimento
Humano (IDH) de 0,8 e, em 2010, o Índice de Desenvolvimento Humano
Municipal (IDHM) de 0,731, situando-se, neste caso, na 9ª posição do país.
Entre os fatores que mais determinaram esse crescimento está, em terceiro
lugar, a educação, cujos índices relativos à escolaridade da população se
elevaram7.
No entanto, em 2013, a taxa bruta de matrículas e a taxa líquida de
escolarização ajustada ainda eram inferiores, respectivamente, às metas de
50% e 33% da população de 18 a 24 anos, conforme dados referentes ao
Plano Nacional de Educação para o decênio 2014-20248.
O CEFET-MG tem sua sede em Belo Horizonte, cuja região metropolitana
compreende 34 municípios, além de outros 16 no colar metropolitano. A
Instituição possui três campi em Belo Horizonte e oito nas regiões: da Zona da
5 Dados disponíveis em:
http://novoportal.amm-mg.org.br/wp-content/uploads/Estimativa-da-Popula%C3%A7%C3%A3o-2015-e-FPM-2016.pdf. Acesso em 10/06/2016. 6 Dados disponíveis em: http: //www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/. Acesso em 10/06/2016.
7 Dados disponíveis em: http://www.atlasbrasil.org.br/2013/pt/perfil_uf/minas-gerais#idh. Acesso em 10/06/2016.
8 Dados disponíveis em: http://www.publicacoes.inep.gov.br/portal/download/1362. Acesso em 10/06/2016.
24
Mata (Leopoldina), do Alto Paranaíba (Araxá), do Centro-oeste de Minas
(Divinópolis), do Sul de Minas (Varginha e Nepomuceno), do Rio Doce
(Timóteo); além da Região Central do Estado (Curvelo), e da Metropolitana de
Belo Horizonte (Contagem). Este último campus foi implantado em 2012. Em
2015, a Instituição contava com área total de terreno próprio de 457.027 m 2 e
área construída própria de 189.795 m2.
Dentro de sua política de democratização da educação profissional técnica de
nível médio, no início desta década, a Instituição manteve convênios de
cooperação técnico-pedagógica com prefeituras do Estado, para oferta de
cursos técnicos como os casos das Prefeituras Municipais de Itabirito,
Contagem, Vespasiano, Betim e Poços de Caldas.
2 – Da Escola de Aprendizes Artífices ao CEFET-MG
Com a sua criação como Escola de Aprendizes Artífices de Minas Gerais, com
base no Decreto n. 7.566, de 23/09/1909 (BRASIL, 1909), editado pelo
Presidente da República Nilo Peçanha, a Instituição, que começou a funcionar
em 08 de setembro de 1910, instalada na capital do Estado, Belo Horizonte,
passou por várias denominações e funções sociais. No entanto, desde 1910, a
escola comprometeu-se com a construção de práticas educativas e processos
formativos que vão ao encontro de seu papel e das demandas que lhe foram
sendo postas no decorrer de sua história. A política praticada se veio pautando
pelo reforço do caráter público da Instituição, além da crescente busca de
integração entre o ensino profissional e o acadêmico, entre cultura e produção,
entre ciência, técnica e tecnologia.
Em 1941, em função da Lei n. 378, de 13/01/1937, (Brasil, 1937), que
reestruturou o Ministério da Educação e Saúde Pública e transformou as
escolas de aprendizes artífices em liceus profissionais, a Escola de Aprendizes
Artífices de Minas Gerais transforma-se no Liceu Industrial de Minas Gerais. No
ano seguinte, por força do Decreto n. 4.073, de 30/01/1942 (Brasil, 1942a), a
Instituição transformou-se em Escola Industrial de Belo Horizonte, e, ainda no
mesmo ano, pelo Decreto-Lei n. 4.127, de 25/02/1942 (Brasil, 1942b), conforme
Fonseca (1962, p. 483), “subia de categoria” passando a se denominar Escola
25
Técnica de Belo Horizonte. Posteriormente, a partir da Lei n. 3.552, de
16/02/1959 (Brasil, 1959), que estabelece a nova organização escolar e
administrativa dos estabelecimentos de ensino industrial do Ministério da
Educação e Cultura, e do Decreto n. 796, de 27/08/1969 (Brasil, 1969b), a
instituição é transformada em Escola Técnica Federal de Minas Gerais.
Essas transformações condicionam a oferta educacional da Instituição a qual
passa a ofertar o ensino técnico de nível médio, sob a égide da Lei de
Diretrizes e Bases (LDB) de 1961 – Lei n. 4.024, de 20/12/1961 (Brasil, 1961) –
que garantia a equivalência entre o ensino acadêmico e o profissionalizante,
envolvendo a articulação horizontal entre os ramos – secundário, técnico e
normal – e a articulação entre qualquer um desses ramos e o ensino superior.
No entanto, relembre-se de que, na década de 1970, o ensino técnico de nível
médio foi redefinido pela Lei n. 5.692, de 11/08/1971 (Brasil, 1971) e
dispositivos legais correspondentes. Com essa lei, foi implantado o ensino
profissionalizante compulsório para todo o ensino médio, denominado ensino
de 2º grau, e o CEFET-MG alinhou seus cursos técnicos a esse dispositivo
legal. Mesmo após a supressão desse caráter compulsório, pela Lei n. 7.044,
de18/10/1982 (Brasil, 1982c), continuou-se com a oferta do ensino técnico
integrado ao ensino médio de natureza acadêmica, o que só veio a ser
modificado na década de 1990, por força de novo dispositivo legal, conforme
será tratado mais à frente.
No ensino superior, em 1971, implantam-se os cursos de Formação de
Tecnólogos e, em 1972, os primeiros cursos superiores de curta duração de
Engenharia de Operação – Elétrica e Mecânica –, o que fora viabilizado pelo
Decreto n. 547, de 18/04/69 (Brasil, 1969a).
Em 1978, em conformidade com a Lei n. 6.545, de 30/06/1978 (Brasil, 1978),
conforme mencionado, a Escola Técnica Federal de Minas Gerais foi
transformada no Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais –
instituição federal de ensino superior pública –, passando a ter como objetivos
a realização de pesquisas na área técnica industrial e a oferta de cursos:
técnicos industriais; de graduação e de pós-graduação para a formação de
profissionais em engenharia industrial e de tecnólogos; de licenciatura plena e
26
curta para as disciplinas especializadas do então denominado 2º grau; além de
cursos de extensão, aperfeiçoamento e especialização na área técnica
industrial. Os cursos de Engenharia de Operação Elétrica e Mecânica foram
extintos e, em 1979, começaram a funcionar os cursos de Engenharia Industrial
Elétrica e Mecânica, com cinco anos de duração.
Em síntese, com funções inicialmente relacionadas à oferta educacional para o
ensino primário e, posteriormente, para a formação do auxiliar técnico e do
técnico de nível médio, a Instituição foi assumindo em sua trajetória o papel de
instituição de ensino superior, com oferta de cursos no nível superior de ensino
e com inserção, ainda que tímida, nas áreas da pesquisa e da extensão. Nessa
última importa registrar que, desde 1964, a Instituição iniciou as atividades do
seu Coral, constituído basicamente por alunos e ex-alunos, mas contando
também com a participação de funcionários e pessoas da comunidade externa.
O Coral continua com suas atividades até os dias de hoje, com reconhecimento
de sua competência musical para além dos muros do CEFET-MG.
3 – O Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
A trajetória apresentada a seguir contempla informações sobre a histórica da
Instituição desde a sua transformação em Centro Federal de Educação
Tecnológica de Minas Gerais até o ano de 2015, em dois tópicos. O primeiro
aborda as atividades-fim da Instituição, ou seja, ensino, pesquisa e extensão.
O segundo contempla as atividades que poderiam ser denominadas de
atividades de apoio relativas a: atividades culturais e de divulgação da Ciência
& Tecnologia; processo de ingresso; políticas de assistência estudantil;
cooperação institucional; comunicação social; e governança da informação.
Finalmente, são feitas considerações gerais sobre a administração do CEFET-
MG, ressaltando-se as características de gestão democrática, construída no
decorrer de uma longa história, e de avaliação contínua da Instituição.
Como pode ser constatado, ao longo da sua história, a Instituição foi se
transformando e expandindo com modificações em seus objetivos, em sua
estrutura organizacional, em suas atividades de ensino, pesquisa e extensão,
entre outros aspectos. Essas modificações ocorreram gradativamente,
27
reiterando seu caráter de instituição educacional pública e gratuita de alta
qualidade e configurando-a, pouco a pouco, como instituição universitária
verticalizada, da educação básica à educação superior. Nos últimos dez anos,
o desenvolvimento institucional assume características de desenvolvimento
acelerado, em todas suas áreas de atuação, com especial relevo para a
expansão do ensino de graduação, da pesquisa e da pós-graduação stricto
sensu.
3.1 – Ensino, pesquisa e extensão
Na década de 1980, a Instituição continuou ofertando o ensino técnico
integrado ao médio. No nível superior, em cumprimento ao disposto na Lei n.
6.545 de 30/06/1978 (Brasil, 1978), pela Resolução CD-033/85, de 16/05/1985,
foi aprovada a oferta de cursos de Licenciatura Plena para Graduação de
Professores da Parte de Formação Especial do Currículo do Ensino de 2º
Grau. Com base nessa resolução, foram ofertados cursos tanto em Belo
Horizonte quanto no interior do Estado de Minas Gerais, e também em outras
Unidades da Federação. Vários cursos foram ofertados em convênios com a
Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais, instituições da Rede
Federal de Educação Tecnológica e outras instituições de ensino superior. Tais
cursos foram individualmente reconhecidos.
Na área tecnológica, em 1982, pelo Decreto n. 87.310, de 21/06/1982 (Brasil,
1982a), que regulamentou a Lei n. 6.545 de 30/06/1978 (Brasil, 1978), amplia-
se a autonomia do CEFET-MG que passa a ter atuação em toda a área
tecnológica e não apenas na área industrial, porém exclusivamente nessa
área, além do fato de que seu ensino superior foi definido como sendo
diferenciado do ensino universitário. Em 1983, os Cursos de Engenharia
Industrial Elétrica e Mecânica foram reconhecidos pela Portaria MEC n. 457, de
21/11/1983 (Brasil, 1983).
Na pós-graduação, a atuação institucional deve-se ao Decreto n. 87.411, de
10/08/1982 (Brasil, 1982b), e à Portaria MEC n. 003, de 09/01/1984 (Brasil,
1984), pelos quais foram aprovados, respectivamente, o Estatuto e o
Regimento Geral da Instituição. Assim, o Regimento Geral prevê atividades de
28
pesquisa e pós-graduação a serem desenvolvidas pela Instituição. Essas
atividades estiveram até o início da década de 1990 sob a gestão da
Assessoria de Ensino, Pesquisa e Extensão (AEPEX), órgão da Diretoria-
Geral.
No entanto, pode-se afirmar que, na década de 1980, as atividades de
pesquisa ainda foram tímidas, e tiveram seu desenvolvimento incrementado a
partir da oferta da pós-graduação, cujo marco histórico encontra-se em 1987.
Em julho desse ano, pela Resolução CD-005/87, de 07/07/1987, o Conselho
Diretor (CD) aprovou a criação de cursos nesse nível de ensino, com base na
proposta do mestrado em Educação Tecnológica, que começou a funcionar em
caráter experimental em 1988, envolvendo convênio com a Loughborough
University of Technology (LUT), na Inglaterra. O projeto original foi
reconstruído, dando origem, já no início da década de 1990, ao mestrado
regular na mesma área.
Na oferta da pós-graduação lato sensu, registra-se o programa de Capacitação
dos Docentes do Ensino Técnico (PCDET), ofertado a partir de 1988. O
programa continuou a ser ofertado na década seguinte, até o ano de 1996, em
convênio com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior (CAPES). Ele envolveu vários cursos, muitos deles interdisciplinares.
Participaram dos cursos professores de escolas técnicas e agrotécnicas
federais de todo o país, além de professores do próprio CEFET-MG.
Convém registrar, ainda, que, na já década de 1980, iniciaram-se ações de
fortalecimento da assistência estudantil, salientando-se o início da concessão
de bolsas de alimentação e de permanência. Esta última caracteriza-se pelo
suporte financeiro aos estudantes com carência econômica e que apresentam
dificuldades para manter os gastos com suas despesas escolares.
Em síntese, durante a década de 1980, a Instituição foi desenvolvendo projetos
e ações que visavam ampliar a materialização das suas finalidades como
instituição federal de ensino superior no âmbito da educação tecnológica. Sua
característica peculiar de verticalização da oferta educacional pública e gratuita
da educação básica de nível médio à educação superior implicou, de início, a
29
ênfase no então ensino de 2º grau. Em 1987, houve a interiorização da oferta
desse nível de ensino, quando se implantou a primeira Unidade de Ensino
Descentralizada (UNED), em Leopoldina.
Nas décadas seguintes, incluída a atual, a história da Instituição foi sendo
construída nos marcos da legislação e da política e prática institucionais que
tiveram como eixo sua consolidação como IFES, no âmbito da educação
tecnológica, contemplando, de forma relacionada, o ensino, a pesquisa e a
extensão.
Em 1993, novos objetivos foram formulados para os Centros Federais de
Educação Tecnológica, pela Lei n. 8.711, de 28/09/1993 (Brasil, 1993), que
altera a lei de 1978, ampliando-se a autonomia dos Centros para a realização
de atividades de ensino, pesquisa e extensão relativas a toda a área
tecnológica, sem a explicitação da exclusividade dessa área enquanto campo
de atuação institucional.
Nesse mesmo ano, foi elaborado o Plano Institucional do CEFET-MG, que
contou com participação da comunidade interna e de representantes da
Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) e do MEC. Esse
documento passou a nortear a política e a maior parte das ações institucionais,
sendo aprovado pela Resolução CD-034/93, de 12/11/1993.
Nesse contexto, a atuação educacional da Instituição foi definida na forma de
missão, com base na visão empresarial que reforçava questões do
empreendedorismo e da gestão pela qualidade. No entanto, tal como foi
formulada essa missão, o polo da visão mercadológica é transcendido pelo
polo da visão humanista e de cidadania, por meio da ênfase em 13 princípios
definidos no Plano: tecnologia a serviço do homem, valorização do ser
humano, preservação de valores éticos, satisfação da sociedade, integração
escola-governo-sociedade, educação tecnológica continuada, pesquisa
tecnológica, equilíbrio entre desenvolvimento e meio ambiente, gerenciamento
descentralizado, administração participativa, crescimento contínuo da imagem
institucional, qualidade da informação e a formação humanística e científica.
Neste caso, afirma-se: “(...) educação tecnológica pressupõe desenvolvimento
30
humano. Portanto, desde os programas das disciplinas, o currículo escolar, até
as menores ações do dia-a-dia deverão refletir, explicitamente, esta postura de
equilíbrio e de harmonia” (Resolução CD-034/93, de 12/11/1993). Essas
definições vigoraram até 2005, quando se elaborou o PDI 2005-2010, com
muitas de suas linhas gerais prevalecendo, com devidas adaptações ao
contexto vigente, no PDI 2011-2015 e mesmo no presente Plano, como se
pode verificar nos próximos tópicos deste documento.
Quanto à oferta de cursos, conforme mencionado, no ensino de nível médio, a
orientação da Lei n. 5.692, de 11/08/1971 (Brasil, 1971), relativa ao ensino de
2º grau profissionalizante, prevaleceu na Instituição até 1997, quando, pela
reforma do ensino técnico, tal como estabelecido pelo Decreto n. 2.208 de
17/04/1997 (Brasil, 1997a), inviabilizou-se a oferta do ensino técnico integrado
ao ensino médio.
A partir de 1998, deflagrou-se o processo de implantação dessa reforma,
implicando três modalidades de oferta nesse nível de ensino: concomitância
interna (ensino técnico da educação profissional concomitante ao ensino médio
da educação básica, com duas matrículas por parte do aluno, na própria
Instituição), concomitância externa (ensino técnico para alunos matriculados no
ensino médio em outras escolas – cursos técnicos modulares –) e subsequente
ou pós-médio, ou seja, ensino técnico para egressos do ensino médio.
Em 2004, o Decreto n. 5.154, de 23/07/2004 (Brasil, 2004b) regulamenta a
possibilidade, presente na Lei n. 9.394, de 20/12/1996 (Brasil, 1996), de oferta
dos cursos da Educação Profissional Técnica de Nível Médio (EPTNM) na
modalidade integrada. Assim, a Instituição iniciou a construção teórico-prática
do Projeto Político-pedagógico da Educação Profissional e Tecnológica (PEPT)
visando à construção dos projetos de cursos integrados de EPTNM,
paralelamente e em consonância com a construção do PDI 2005-2010. Nesse
contexto, o novo ensino integrado foi implantado no primeiro semestre de 2005.
O ensino médio foi se expandindo na Instituição, e de 28 cursos ofertados em
2005 passou-se a oferta de 39 em 2010, dos quais 35 na modalidade
integrada. Do total, 23 eram ofertados, também, nas modalidades de
31
concomitância externa e/ou subsequente simultaneamente, quatro ocorriam
exclusivamente na modalidade subsequente e dois no âmbito do Programa
Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na
Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA).
Os cursos de EPTNM na modalidade integrada e do PROEJA obedeciam ao
regime anual e, em sua grande maioria, os cursos nas modalidades
concomitância externa e subsequente, também eram ofertados nesse regime,
restando apenas cinco cursos dessas modalidades em regime semestral.
Acrescente-se a esse contexto, que os cursos de EPTNM na modalidade
integrada funcionavam no turno diurno e os cursos nas modalidades
concomitância externa, subsequente e do PROEJA no noturno.
A situação da oferta de cursos de EPTNM continuou bem expressiva em
termos de oferta ampla e diversificada. Assim, no período de 2011-2015, são
ofertados quatro novos cursos, sendo três em 2012 e um em 2015. Neste
último ano, passa-se a ofertar 21 cursos diferentes, mas, considerando que a
expressiva maioria dos cursos é ofertada em mais de um dos campi, a
quantidade de ofertas passa para 43 incluídas duas no PROEJA, no noturno.
Além disso, em sua expressiva maioria, os cursos são ofertados em todas as
modalidades – integrado, concomitância externa e subsequente – sendo que o
integrado continua sendo ofertado no diurno e a concomitância externa e
subsequente no noturno. Consideradas todas essas modalidades de oferta e o
PROEJA, a comunidade conta com 90 opções de oferta.
Do ponto de vista didático-pedagógico, visando atender à política institucional
definida no PDI 2005-2010, a EPTNM se desenvolve desde aquele período
com base na concepção educacional que contempla o atendimento à formação
cidadã e à preparação crítica e criativa para o mundo do trabalho, além da
perspectiva da integração e verticalização do ensino. Esta em consonância
com a característica geral da Instituição, que oferta cursos do nível médio na
educação básica ao doutorado na educação superior.
Nessas condições em sua trajetória de implantação e desenvolvimento dos
cursos de EPTNM, a Instituição foi progressivamente consolidando-se com
32
ensino de excelência envolvendo práticas pedagógicas inovadoras, o que a
coloca como referência nacional nesse nível de ensino.
No nível superior, no campo da formação de professores, em 1994, a
Instituição solicitou ao Conselho Federal de Educação (CFE) o reconhecimento
de seu curso de Licenciatura Plena para Graduação de Professores da parte
de Formação Especial do currículo do ensino de 2º grau, o qual foi obtido
segundo a Portaria MEC n. 1.835, de 29/12/1994 (Brasil, 1994b).
A partir da LDB de 1996 e dispositivos legais que a sucederam, a estrutura
organizacional e o currículo do ensino médio e dos cursos de formação de
professores, para esse nível de ensino, sofreram modificações, o que
caracterizou a oferta de formação de professores para esse nível de ensino
nos CEFET's como sendo relativa às disciplinas das áreas científica e
tecnológica.
Em 1998, foi apresentada ao MEC nova proposta de formação de professores
na forma do Programa Especial de Formação Pedagógica de Docentes,
disciplinado pela Resolução CNE/CP n. 002, de 26/06/1997 (Brasil, 1997c).
Pelo Parecer CNE/CES n. 214, de 24/02/1999 (Brasil, 1999), o Conselho
Nacional de Educação (CNE) manifestou-se favorável à autorização da
implantação do referido programa, que conta com oferta regular e gratuita
desde 1999. Em 2004, o programa foi avaliado com conceito A por Comissão
de Avaliação do MEC, para efeito de seu reconhecimento, tendo recebido
parecer favorável do CNE, em dezembro de 2004 – Parecer CNE/CES n. 342,
de 17/12/2004 (Brasil, 2004a) – e sendo reconhecido em 2005, conforme
Portaria MEC n. 2.372, de 05/07/2006 (Brasil, 2006a).
Continuando a ampliar suas ações no nível superior de ensino, em setembro
de 1995, a Instituição iniciou a oferta do curso de Tecnologia em Normalização
e Qualidade Industrial. Em 2001, o curso foi reconhecido pelo MEC, segundo a
Portaria MEC n. 2.858, de 13/12/2001 (Brasil, 2001), recebendo o conceito B.
Quanto ao curso de Tecnologia em Radiologia, o início de seu funcionamento
se deu em agosto de 1999 e seu processo de reconhecimento pelo MEC ficou
em tramitação até 2005. Nesse ano, por força da Portaria MEC n. 3.722, de
33
21/10/2005 (Brasil, 2005), o curso foi reconhecido para efeito de expedição e
registro dos diplomas dos que o concluíram até 31 de dezembro de 2005. Seu
reconhecimento pleno se deu em 2006, pela Portaria MEC n. 88, de
10/10/2006 (Brasil, 2006b).
A partir de 1999, passou-se a oferecer também o curso de Engenharia de
Produção Civil, com a duração de cinco anos. Em sua concepção, verifica-se a
busca pela integração dos conhecimentos de Engenharia Civil e Gestão de
Sistemas de Produção. O curso foi avaliado com conceito B no geral e em cada
um dos três itens, ou seja, corpo docente, organização didático-pedagógica e
infraestrutura, e reconhecido pelo MEC conforme Portaria MEC n. 4.374, de
29/12/20049 (Brasil, 2004f).
Os cursos de Engenharia Industrial Elétrica e Mecânica, que tiveram início em
1979 e foram reconhecidos em 1983, foram reavaliados em outubro e
dezembro de 2004, recebendo, respectivamente, os conceitos A (A nos itens
corpo docente e organização didático-pedagógica e B no item infraestrutura) e
B (B em todos os três itens) pelas comissões de avaliação do MEC. Em 2007,
com a reestruturação curricular, esses cursos passaram a se denominar
Engenharia Elétrica e Engenharia Mecânica.
Em 2015, houve a renovação do reconhecimento dos três cursos de
engenharia – Elétrica, Mecânica e Produção Civil – que se iniciaram em
décadas anteriores à de 2000. Essa renovação ocorreu por força da Portaria
MEC n. 1092, de 24/12/2015 (Brasil, 2015d) para Elétrica e Mecânica, e da
Portaria MEC n. 1091, de 24/12/2015 (Brasil, 2015c) para Produção Civil.
Desde 2005 a Instituição iniciou o processo de interiorização da graduação,
passando a oferecer o curso de Engenharia de Controle e Automação, no
9 A partir de 2004, com a instituição do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE), os cursos de
graduação passaram a receber notas segundo o resultado desse Exame aplicado aos estudantes. Além do conceito
no ENADE, há outros indicadores de qualidade dos cursos, como o Conceito Preliminar de Curso (CPC), calculado no
ano seguinte ao da realização do ENADE e com base nele. Há também o indicador denominado Conceito de Curso
(CC). Este se refere à nota final atribuída a um curso, por parte do MEC, de forma a expressar a sua qualidade. Todos
esses conceitos podem variar de um a cinco. Os conceitos de cada um dos cursos do CEFET-MG se encontram em
quadro apresentado no tópico Diagnóstico neste texto.
34
campus Leopoldina. Esse curso, que se encontra no conjunto dos cursos
previstos no PDI 2005-2010, representou uma das conquistas da interiorização
da oferta educacional da Instituição, agora, no âmbito do ensino superior. No
ano de 2006, teve início a oferta do curso de Engenharia de Automação
Industrial, no campus Araxá, consolidando ainda mais esse processo de
interiorização. Esses Cursos contam com reconhecimento, tal como definido,
respectivamente, pela Portaria MEC n. 286, de 21/12/2012 (Brasil, 2012b) e
Portaria MEC n. 1091, de 24/12/2015 (Brasil, 2015c). Esta última portaria inclui
também o reconhecimento do curso de bacharelado em Química Tecnológica,
cuja oferta se iniciou em 2006, em Belo Horizonte.
Ainda em 2006, em consonância com uma das metas do PDI 2005-2010, o
Conselho de Ensino deliberou pela não criação de novos cursos superiores de
tecnologia e a transformação dos existentes em cursos de bacharelado,
conforme Resolução CE-086/06, de 06/04/2006. Com isso, em 2007, a
Instituição passa a ofertar, em Belo Horizonte, o curso de Administração, cujo
projeto resultou da proposta de transformação do curso de Tecnologia em
Normalização e Qualidade Industrial em bacharelado. Com o curso de
Administração, a Instituição, tradicionalmente voltada para a área tecnológica,
começou a diversificar a oferta dos cursos superiores de bacharelado em
outras áreas. O curso conta com reconhecimento do MEC, tal como definido
pela Portaria MEC n. 148, de 14/07/2011 (Brasil, 2011b), e Portaria MEC n.
702, de 18/12/2013 (Brasil, 2013b).
Na área das engenharias, incrementando seu programa de expansão na oferta
da educação tecnológica, no nível da graduação, e pela característica da
Instituição de especialização na área tecnológica, foram implantados: em 2007,
o curso de Engenharia da Computação em Belo Horizonte; em 2008, o curso
de Engenharia de Materiais, também em Belo Horizonte e o de Engenharia
Mecatrônica, no campus Divinópolis; em 2009, o Curso de Engenharia da
Computação em Timóteo; em 2010, o curso de Engenharia Ambiental e
Sanitária em Belo Horizonte e o curso de Engenharia de Minas no campus
Araxá. Os cursos de Engenharia da Computação e Engenharia de Minas
encontram-se em processo de reconhecimento. Os demais foram reconhecidos
pela Portaria MEC n. 1091, de 24/12/2015 (Brasil, 2015c), (Engenharias de
35
Computação e de Materiais), e Portaria MEC n. 48 de 23/01/2015 (Brasil,
2015a), (Engenharia Mecatrônica).
Dando continuidade à expansão da graduação, e na direção da diversificação
da oferta de cursos, em 2011, a Instituição passa a ofertar o curso de Letras
em Belo Horizonte cujo processo de reconhecimento está aguardando parecer
da Secretaria de Educação Superior (SESu). Encontram-se também
aguardando parecer final de reconhecimento o curso de Engenharia Civil com
início de oferta no campus Curvelo, em 2012, e ainda os cursos de Engenharia
de Transportes, em Belo Horizonte, e Engenharia Elétrica no campus
Nepomuceno, ambos com início de oferta em 2015. Completando a expansão
dos cursos de engenharia na Instituição e a sua interiorização, também em
2015 inicia-se a oferta do curso de Engenharia Elétrica, no campus
Nepomuceno, tendo sido reconhecido pela Portaria MEC n. 915, de 27/11/2015
(Brasil, 2015b).
Pelo exposto, verifica-se não apenas progressiva expansão expressiva na
oferta de cursos no nível da educação superior como também reforço à
interiorização da oferta de cursos nos campi do interior do Estado, a partir da
década de 2000, em atendimento às políticas institucionais expressas nos
PDI’s de 2005-2010 e 2011-2015. Essas políticas tiveram como resultado o
alcance, em 2015, de 19 ofertas, pelo CEFET-MG, no nível da graduação. No
entanto, verifica-se o fato de que essa expansão começou a se retrair no último
período mencionado – 2011-2015 – em função da necessidade de se equilibrá-
la com a consolidação da elevação da qualidade dos cursos existentes, para a
qual se necessita maior destinação de recursos humanos e físico-materiais.
No âmbito da pós-graduação, desde 1991, o mestrado em Educação
Tecnológica deixou de ter o caráter experimental, sendo aberto processo
seletivo não restrito aos professores da casa e constituindo-se uma turma de
alunos que se agregaram àqueles que haviam iniciado o curso em caráter
experimental. Em 1993, o mestrado em Educação Tecnológica foi
reestruturado, passando a envolver duas áreas de concentração, uma na
própria área da Educação Tecnológica e outra em Sistemas Flexíveis de
36
Produção. Esta última sofreu nova reestruturação em 1994, passando a se
denominar Manufatura Integrada por Computador.
Em 1994, por recomendação da CAPES, a coordenação do curso entendeu ser
necessário fazer um projeto de reestruturação geral do programa,
transformando-o em um mestrado em Tecnologia com as duas áreas de
concentração já existentes. O projeto, denominado Plano de Recuperação, foi
aprovado pela CAPES em 1995. Em 1997, o programa foi credenciado,
segundo a Portaria MEC n. 490, de 27/03/1997 (Brasil, 1997b), e continuou
sendo objeto de frequentes avaliações externas e internas, sofrendo
modificações curriculares sempre em atendimento a essas avaliações. Como
fruto dessa avaliação contínua, o mestrado em Tecnologia foi sendo
desativado, a partir de 2005, quando deu origem a dois novos cursos,
aprovados pela CAPES: Educação Tecnológica e Modelagem Matemática e
Computacional.
Em 2006 e 2007, respectivamente, dois novos programas foram aprovados
pela CAPES: mestrado em Engenharia Civil e em Engenharia de Energia. Em
2008, foram aprovados os mestrados em Engenharia Elétrica e em Estudos de
Linguagens que iniciaram suas atividades em 2009. No período de 2011-2015,
dois novos cursos de mestrado iniciaram suas atividades: Engenharia de
Materiais, em 2010, e Administração, em 2015. Além disso, em 2013 e 2014,
respectivamente, a Instituição passou a ofertar, em nível de doutorado, o curso
de Modelagem Matemática e Computacional e o curso de Estudos de
Linguagens, ambos devidamente aprovados pela CAPES. Dessa forma, nesta
década da trajetória histórica do CEFET-MG, completa-se a verticalização
institucional – do nível médio na educação básica, ao nível de doutorado na
educação superior.
Ressalte-se, assim, que a política de expansão da pós-graduação stricto sensu
veio apoiando-se na ênfase à formação vertical do profissional no âmbito da
educação tecnológica conduzida pela Instituição e, ainda, em dois outros
pilares: a pós-graduação lato sensu e a pesquisa.
37
Quanto à pós-graduação lato sensu – especialização –, ela vem sendo
ofertada desde o final da década de 1980, tal como mencionado. O programa
correspondente prevê estreita interação nos âmbitos organizacional e
curricular, entre o ensino e a extensão. Assim, sua administração é levada a
termo pelos órgãos centrais da Instituição ligados à pós-graduação e à
extensão.
No final da vigência do PDI 2005-2010, ou seja, em 2010, a Instituição contava
com 14 cursos aprovados nos conselhos. Entre eles, cumpre destacar a
especialização em Educação Profissional Integrada à Educação Básica na
Modalidade de Educação de Jovens e Adultos, por seu caráter singular. O
curso foi financiado pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do
MEC (SETEC/MEC) e era gratuito para os alunos. Ele fez parte de um conjunto
de ações em âmbito nacional que envolvia também o PROEJA, no âmbito da
educação profissional, na área do ensino, e projetos de produção científica e
tecnológica na área da pesquisa. O CEFET-MG participou também desses
projetos, coordenando, em Minas Gerais, o projeto Formação e Produção
Científica e Tecnológica na Educação Profissional Integrada à Educação de
Jovens e Adultos (EPIEJA) 10 . A atuação do CEFET-MG nos cursos e
atividades ligadas ao PROEJA é um exemplo da política institucional de
verticalização e integração entre ensino, pesquisa e extensão.
No âmbito da pesquisa, esta foi se expandindo e se consolidando
progressivamente, a partir da segunda metade da década de 1990, de forma
que, se em 1995 havia 17 grupos de pesquisa, e em 2010 o total de grupos era
de 58, em 2015, esse total chegou a 95 grupos cadastrados no Diretório de
Grupos de Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq).
Os alunos da pós-graduação, da graduação e do ensino médio participam
desses grupos e de projetos de iniciação científica nas áreas de atuação
10 A menção ao EPIEJA será retomada no tópico Cooperação nacional neste texto.
38
institucional, financiados por um total de 48 bolsas, em 2005, 326 em 2010, e
332 em 2015, consideradas as que foram gerenciadas pela Diretoria de
Pesquisa e Pós-Graduação (DPPG) e relativas a bolsas de Iniciação Científica
e Tecnológica (ICT) e de Iniciação Científica Júnior (IC-Jr). Essas bolsas
contaram com o financiamento de agências oficiais de fomento – o CNPq, a
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) – ou
com financiamento proveniente de convênios com empresas tais como a
Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG) e a FIAT Automóveis S/A.
Ainda no âmbito da pesquisa, há os laboratórios dos grupos de pesquisa com
computadores e outros equipamentos de informática, mantidos atualizados,
geralmente, com recursos captados com as agências de fomento.
Frequentemente, é nesses laboratórios que os alunos e pesquisadores
desenvolvem suas atividades. Entre os laboratórios, destacam-se: o Centro de
Computação Científica (CCC), utilizado por todos os grupos de pesquisa,
construído a partir de convênio entre o CEFET-MG e a International Business
Machine (IBM); o Laboratório Aberto de Ciência, Tecnologia, Educação e Arte
(LACTEA) por seu caráter inovador na comunidade, como espaço formativo e
de democratização da ciência e da tecnologia, desde a década de 1995, e o
Laboratório de Pesquisas em Leitura e Cognição (LPLC), fundando em 1999, e
congregando pesquisadores das áreas de educação e letras.
O LACTEA, constituído em 1995, tem por objetivo fundamental contribuir para
a construção de novas perspectivas na Educação em Ciência, Tecnologia e
Arte. Seu trabalho concretiza-se num ambiente de desenvolvimento de projetos
de amplo acesso pelo aluno que nele encontra enriquecimento de sua
formação pessoal e profissional. Nesse sentido, o laboratório contribui para a
capacitação humanístico-tecnológica dos alunos, estimulando o
desenvolvimento de projetos científicos e tecnológicos voltados, entre outros, à
apresentação de produtos e protótipos técnicos em mostras e exposições
diversas. Entre estas, situa-se a Mostra Específica de Trabalhos e Aplicações
(META), realizada na própria Instituição. Em síntese, o LACTEA oferece um
espaço que estabelece um círculo virtuoso entre prática e reflexão teórica,
contribuindo, também, para uma política de popularização da ciência e da
39
tecnologia. O laboratório está vinculado a uma das linhas de pesquisa do
mestrado em Educação Tecnológica.
O LPLC, desde o início em 1999, congregou pesquisadores do mestrado em
Educação Tecnológica e pesquisadores da área de letras, que vinham criando
os primeiros cursos da área, como o curso lato sensu em Linguagem e
Tecnologia, em 2002, a partir do qual surgiriam o mestrado em Estudos de
Linguagens e o bacharelado em Letras, respectivamente em 2008 e 2011.
É preciso ressaltar, no entanto, que grande parte da pesquisa da pós-
graduação, como também na graduação e na educação profissional técnica de
nível médio ocorre nos diversos laboratórios especializados dos cursos, seja na
graduação ou nos cursos de educação profissional técnica de nível médio.
Alguns laboratórios vieram a se constituir mais recentemente em decorrência
da expansão da graduação e da pós-graduação, como o Laboratório de Edição
do curso de Letras, os laboratórios dos cursos de Engenharia de Materiais,
entre outros. Destaca-se, no contexto das pesquisas interdisciplinares entre as
pós-graduações, o Laboratório de Pesquisas Interdisciplinares em Informação
Multimídia (PIIM-LAB), que integra o conjunto de laboratórios de pesquisa do
Departamento de Computação, e que, porém, acolhe trabalhos nas áreas da
Ciência da Computação e dos Estudos de Linguagens, abrangendo as
seguintes linhas de pesquisa: Visão Computacional, Processamento de
Imagens Digitais, Recuperação de Informação Multimídia, Sistemas de
Informação Multimídia, Análise do Discurso e Semiótica.
A Instituição conta ainda com um núcleo responsável por competições
tecnológicas, o Núcleo de Engenharia Aplicada a Competições (NEAC). Esse
Núcleo, cujos trabalhos se iniciaram em 2004, envolve professores e alunos em
competições promovidas pela Society of Automotive Engineering (SAE), tais
como: Mini Baja, Fórmula SAE e Aerodesign. O Núcleo iniciou seu trabalho em
2004, sendo considerado inicialmente como atividade na área da pesquisa,
mas, tendo em vista a natureza predominante de suas ações, passou a ser
vinculado à área da extensão. Conforme se constatará mais à frente, o NEAC
40
continuou em atividade, fazendo parte dos trabalhos da extensão inclusive no
ano de 2015.
Além dos cursos de especialização, que, conforme mencionado, implicam
estreita interação entre o ensino e a extensão, nos âmbitos organizacional e
curricular, em sua trajetória até hoje, desenvolveram-se no CEFET-MG projetos
de fundamental importância para o cumprimento da função social da
Instituição, com ênfase na extensão comunitária e envolvendo a formação do
aluno em suas interfaces com o mundo do trabalho. Na direção particular da
formação empreendedora, desenvolveu-se o projeto de apoio ao
desenvolvimento de projetos tecnológicos, com a participação da incubadora
de empresas. Outro destaque refere-se às ações de cooperação técnica, com
projetos articulados com o ensino e a pesquisa, em conjunto com prefeituras e
empresas públicas e privadas.
Em reforço a essas iniciativas, a participação dos alunos em atividades de
extensão foi formalmente definida pela aprovação das Normas Gerais para
Atividades de Extensão, contidas na então Resolução CD-004/04, de
16/02/2004. Esta foi revogada pela Resolução CD-041/11, de 04/04/2011. Tal
como na resolução revogada, esta última prevê, em seu artigo 16: “É permitida
a participação de alunos regulares da Educação Profissional e Tecnológica de
Nível Médio, de Graduação e Pós-graduação stricto sensu em Atividades de
Extensão”.
Do ponto de vista da política geral da extensão, a atuação da área foi pouco a
pouco ocorrendo em torno de dois programas: o programa de Desenvolvimento
de ações de extensão e o programa de Relações escola-empresa. O primeiro
envolvia projetos nas áreas tecnológica, comunitária e cultural, e o segundo
contava com os projetos de Acompanhamento de estágios, Formação
empreendedora, e Acompanhamento profissional.
Fruto de avaliação contínua, a partir do segundo semestre de 2007, a extensão
se organizou em torno de três novos programas: Extensão comunitária e
cultural, Cooperação técnica e prestação de serviços, e Desenvolvimento
41
estudantil. Em cada um desses programas, a área conduziu um conjunto de
ações, de forma que em 2011 contava com um leque de 42 atividades.
No período de 2011 a 2015, a área da extensão continuou a consolidar e
expandir suas ações, de forma que em 2015 contou com 56 ações em
andamento, das quais 19 se iniciaram no período de 2004 a 2014, e 37 no ano
de 2015.
Registre-se que, desde a década de 2000, a política da área passou a ser
referida, de forma mais contundente, às políticas das instituições de ensino
superior integrantes do Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Universidades
Públicas Brasileiras. Ela se encontra também orgânica à política expressa no
Plano Nacional de Extensão Universitária, publicado em novembro de 1999, o
qual define como diretrizes para a extensão: a indissociabilidade com o ensino
e a pesquisa; a interdisciplinaridade; e a relação bidirecional com a sociedade.
Para consecução de sua função fundamental, a de dar respostas a
necessidades e demandas da sociedade, o trabalho de extensão das
instituições públicas de ensino superior contempla áreas temáticas, tais como:
comunicação, meio ambiente, cultura, saúde, direitos huma-
nos, tecnologia, educação, trabalho. As ações, em cada área temática, são
executadas segundo linhas programáticas definidas, com o cuidado de ser
estimulada a interdisciplinaridade, o que supõe a existência de interfaces e
interações temáticas. Além disso, a extensão universitária passou por um
processo de sistematização, no qual se insere a implementação de um sistema
de informação de base nacional e um sistema de avaliação contínuo e
prospectivo.
Dentro disso, a área da extensão e desenvolvimento comunitário no CEFET-
MG orientou-se, de forma mais próxima, por três documentos básicos definidos
no Fórum de Pró-Reitores: o mencionado Plano Nacional de Extensão
42
Universitária; Sistemas de dados e informações; e Avaliação nacional da
extensão11.
Nessas condições, as atividades de extensão foram realizadas sob várias
formas, entre as quais programas, projetos, cursos e eventos. Enfatizam o
apoio e a interação com as políticas públicas voltadas para a sociedade, em
especial para as comunidades de baixa renda, permitindo a ampliação do
acesso ao saber e o desenvolvimento tecnológico. Além disso, envolvem a
qualificação profissional e a educação permanente, a disponibilização de novos
meios e processos de comunicação e produção, a parceria técnica e
transferência de conhecimento, e a inovação. Até 2012, envolvia ainda
programas ligados à educação inclusiva e permanência do aluno na escola, os
quais se encontram atualmente conduzidos pela Secretaria de Política
Estudantil (SPE). No entanto, continua responsável por ações na área do
atendimento às diferenças e diversidades culturais.
Na apresentação da trajetória institucional, em relação a suas atividades-fim –
ensino, pesquisa e extensão – há que se referir ainda às atividades de
Educação a Distância (EaD).
Em 2007, a Instituição credenciou-se para oferta de cursos a distância da Rede
e-Tec Brasil por meio da aprovação de proposta submetida ao MEC em
resposta ao Edital de Seleção nº 01/2007/SEED/SETEC/MEC. Com base na
proposta aprovada em 2008, as atividades na área se iniciaram em 2010 com a
oferta dos cursos de Meio Ambiente e Planejamento e Gestão das Tecnologias
da Informação (PGTI). Em 2011, houve a ampliação do projeto com a
implantação do curso de Eletroeletrônica, e, em 2012, o curso de PGTI foi
substituído pelo de Informática para Internet, com o objetivo de atender ao
Currículo de Referência para Cursos Técnicos a Distância do MEC. Assim,
atualmente, a Instituição oferta esses três cursos na modalidade de educação
a distância.
11 Documentos disponíveis em: http://www.renex.org.br, na sessão documentos. Acesso em 10/06/2016.
43
A opção pelos cursos mencionados teve como referência os cursos da
modalidade presencial de grande demanda no processo vestibular e de
profissionais pelo mercado de trabalho, tendo sempre em vista a busca da
excelência dos processos de ensino e aprendizagem e manutenção do perfil de
qualidade do CEFET-MG.
Ao dar início às atividades dos cursos, foi também instituído o Núcleo de
Educação a Distância (NEAD) do CEFET-MG com a finalidade de gerir todo o
processo educativo dos cursos e-Tec e de outras demandas da Instituição que
por ventura fossem surgindo. No ano de 2015, o NEAD foi instituído pelo
Conselho Diretor como órgão vinculado à Diretoria Geral, por meio da
Resolução CD-008/15, de 16/03/2015.
Em 2010 e 2011, os polos atendidos pelo Projeto e-Tec CEFET-MG foram
Almenara, Campo Belo, Porteirinha e Timóteo. Atualmente os polos que fazem
parte do projeto são Timóteo, Campo Belo, Curvelo e Nepomuceno. Os três
últimos são credenciados pelo MEC e pelo CEFET-MG e, portanto esta
Instituição tem a responsabilidade da gestão administrativa e acadêmica. O
polo Timóteo é credenciado pelo Instituto Federal Sudeste de Minas, em Juiz
de Fora. Em 2015, o Conselho Diretor do CEFET-MG aprovou a implantação
dos polos Varginha, Araxá e Belo Horizonte campus VI.
Atualmente, todas as disciplinas da EaD se iniciam com: livro de referência
impresso e disponível em formato pdf na plataforma web; avaliações
presenciais armazenadas em banco de dados; atividades de interação
programadas; e atividades para realização no ambiente virtual, tais como,
vídeo-aulas, transparências, wikis, e tutoriais inseridas no moodle. Além disso,
são postados no ambiente o calendário das atividades avaliativas, as visitas
técnicas e as aulas presenciais. Existe um manual do aluno que contempla
algumas questões pertinentes à atividade em EaD, contudo as Normas
Acadêmicas Institucionais regem todo o processo educacional. Os livros
didáticos das disciplinas têm sido fornecidos pela Rede e-Tec e os professores
dos cursos têm participado na sua elaboração. Assim, vários livros utilizados
são produto do trabalho desses professores e receberam certificado de
qualidade do MEC para materiais didáticos para EaD.
44
Para as atividades da área, conta-se com coordenadores de curso, professores
e tutores, além de três profissionais para, respectivamente, coordenarem e
acompanharem: a logística dos cursos; as atividades educativas; os sistemas
computacionais na web.
A contratação de professores, tutores e coordenadores de polo é realizada a
partir de edital público que prevê critérios de avaliação e condições de atuação
em EaD.
O Projeto e-Tec CEFET-MG também desenvolve atividades de pesquisa e
extensão. Nesse sentido, está ancorado no grupo de pesquisa AVACEFETMG
que realiza estudos e pesquisas na área de EaD e está cadastrado no Diretório
de Grupos de Pesquisa do CNPq. O grupo tem conduzido vários projetos de
pesquisa e contado com financiamento da FAPEMIG. Para a formação de
professores e tutores, semestralmente são ofertados cursos com objetivo de
preparação para melhor atuação na área, com vagas disponibilizadas para a
comunidade cefetiana.
Finalmente, em termos de apoio às atividades-fim, registram-se três aspectos.
O primeiro refere-se às atividades culturais e de divulgação da Ciência &
Tecnologia, as quais vêm ocorrendo sob a gestão de diferentes órgãos
institucionais, desde a Diretoria Geral, as Diretorias e Secretarias
Especializadas até os Departamentos e Coordenações de Curso. Tais
atividades reforçam sobremaneira a atuação institucional no ensino, na
pesquisa e na extensão. O segundo refere-se à política e práticas de ingresso
nos cursos da educação profissional técnica de nível médio e de graduação,
coordenadas pela Comissão Permanente de Vestibular (COPEVE).
O terceiro relaciona-se ao também reforço histórico das atividades-fim, por um
conjunto de atividades conduzidas em quatro áreas (1) política de assistência
estudantil, com expressivo aporte a questões de inclusão social e defesa dos
direitos humanos, particularmente o direito social à educação; (2) cooperação
intersinstitucional, nos âmbitos nacional e internacional, implicando, por
exemplo, convênios de cooperação acadêmica no ensino, na pesquisa e na
relação escola-comunidade; (3) comunicação social, na qual se salientam
45
ações e ferramentas de comunicação em mídia impressa ou eletrônica e a
busca pela inserção da comunidade no uso das mídias sociais; e (4) acesso e
gestão da informação com atividades relacionadas ao armazenamento, ao
processamento e à transmissão de dados e informações com o uso de
equipamentos de informática.
Em 2012, ao se redefinir a organização administrativa da Instituição, a
Resolução CD-049/12, de 03/09/2012 estabeleceu a gestão das atividades
mencionadas, excluídas as de cooperação nacional, sob a administração de
Secretarias Especializadas – Política Estudantil, Relações Internacionais,
Comunicação Social e Governança da Informação. Observe-se que a
Secretaria de Relações Internacionais já existia desde 1996, quando se
denominava Secretaria de Assuntos Internacionais (SEAI).
A organização geral definida pela Resolução em pauta se deveu a fatores
internos, como à expansão e à importância que aquelas atividades foram
alcançando na Instituição, à luz dos objetivos institucionais, e também a fatores
externos. Entre esses fatores destacam-se o contexto da contemporaneidade
com o reforço à luta pela inclusão social, as parcerias relativas ao
desenvolvimento científico e tecnológico e a democratização da informação.
Dessa forma, as atividades em pauta passaram a se realizar de forma mais
orgânica e com maiores recursos humanos e físico-materiais.
Assim, é importante, neste Plano, o registro de algumas informações históricas,
ainda que gerais, sobre: as atividades culturais e de divulgação da Ciência &
Tecnologia; o processo de ingresso; a cooperação interinstitucional,
envolvendo, no âmbito internacional, a atuação da Secretaria de Relações
Internacionais; e as atividades geridas pelas demais Secretarias
Especializadas. Essas informações contemplam, de forma privilegiada, os
últimos dez anos, quando se pode contar com a política institucional
sistematizada nos dois PDI’s de 2005-2010 e 2011-2015. Esses constituem
fontes fundamentais de conhecimento do contexto da Instituição para definição
da política institucional para os próximos cinco anos. Finalmente, cabe registrar
aspectos relativos às áreas da administração e da avaliação, quer em termos
da concepção de gestão democrática que a Instituição assumiu ao longo da
46
sua história, quer em termos de questões relativas a recursos humanos,
infraestrutura física e acadêmica, quer em termos do processo de avaliação
institucional.
3.2 – Atividades de apoio sistemático ao ensino, à pesquisa e à extensão
Atividades culturais e de divulgação da Ciência & Tecnologia12
A partir do ano de 1984, as atividades culturais tornaram-se frequentes, com a
criação da Seção de Atividade Cultural e Cívica (SACC), conforme art. 43 do
Regimento Interno do CEFET-MG, aprovado pela Portaria MEC n. 003, de
09/01/1984 (Brasil, 1984). No organograma da Instituição, tratava-se de uma
Seção do Departamento de Apoio às Atividades de Ensino (DAEE), e que, por
sua vez, encontrava-se subordinado à Diretoria de Ensino. A essa Seção,
competia “planejar, executar, acompanhar e avaliar as atividades
complementares, nelas incluídas as culturais, as cívicas, as religiosas e
recreativas, com integração com os demais setores do Centro”.
Desse modo, as atividades culturais tornaram-se atividades complementares
às demais atividades institucionais passaram a ser rotineiras na Instituição,
embora, em alguns períodos, elas tenham ocorrido de maneira esporádica.
A partir de 2004 até 2011, a Seção foi reestruturada e rebatizada como Seção
de Atividades Culturais (SAC), tendo suas ações se tornado regulares,
diversificadas e amplas. Nesse período, foram apoiadas publicações de livros,
revistas e jornais, e os alunos foram envolvidos em programações variadas de
ação cultural, como recitais, teatro, festivais de bandas e oficinas diversas.
Essas atividades deram substância à realização de seis edições do Festival de
Arte e Cultura, iniciadas em 2006, com apoio institucional e financeiro da
parceria do CEFET-MG com a Caixa Econômica Federal. O Festival passou a
congregar a maioria das atividades culturais de maior porte na Instituição e, ao
mesmo tempo, a conferir relevância a essas atividades.
12 Alguns dados da divulgação internacional serão registrados no tópico Cooperação internacional deste capítulo.
47
Com o Festival, favoreceu-se o envolvimento dos campi do interior, inicialmente
estimulando a participação da comunidade em atividades realizadas em Belo
Horizonte, com traslado de alunos e professores, e posteriormente promovendo
a criação de núcleos de cultura em cada campus.
Já em 2011, na terceira edição do Festival de Arte e Cultura, sua interiorização
e as parcerias com instituições e setores da sociedade começaram a florescer.
Nesse mesmo ano, o Conselho Diretor alterou a Resolução CD-122/07, de
21/11/2007, por meio da Resolução CD-039/11, de 04/04/2011, estabelecendo
nova estrutura organizacional, no âmbito dos órgãos executivos
especializados. Nesse contexto, a Seção de Atividades Culturais se transforma
em Coordenação Geral de Atividades Culturais (CGAC), integrada à estrutura
da nova Diretoria de Extensão e Desenvolvimento Comunitário (DEDC). Assim,
a Coordenação amplia sua autonomia na promoção de atividades culturais e
promove suas ações com metas de desenvolvimento interno e
desenvolvimento comunitário. Nessas condições, estimula a participação da
comunidade nos seus vários campi em Belo Horizonte e no interior.
Em sua quarta edição, em 2012, o Festival de Arte e Cultura realizou-se dentro
e fora dos muros institucionais, por meio de parcerias com setores públicos e
privados, além de se efetivar com programação autônoma em Belo Horizonte e
nos demais campi em que ocorreu. A quinta e sexta edições, ocorridas
respectivamente em 2013 e 2014, seguiram os mesmos parâmetros de
organização da quarta edição. Dadas as dimensões assumidas pelo festival,
iniciou-se discussão no sentido de realizá-lo bianualmente. Nesse sentido,
projeta-se para o ano de 2016 a realização da sétima edição do festival,
mantendo-se a sua descentralização e reforçando as parcerias e a interação
com a comunidade interna e externa ao CEFET-MG.
Quanto à divulgação nacional da Ciência & Tecnologia, salienta-se a realização
da Semana de Ciência & Tecnologia, instituída a partir de 2005, e que se
constitui em amplo evento que congrega toda a comunidade institucional, com
a participação de pesquisadores de várias instituições mineiras e de outros
Estados. Em 2006, esse evento foi realizado juntamente com a I Jornada
48
Científica em Educação Profissional do MERCOSUL, promovida pelo MEC e
realizada no CEFET-MG, em Belo Horizonte.
Além da Semana de Ciência e Tecnologia, entre os veículos de socialização e
intercâmbio dos saberes construídos no âmbito acadêmico, seja da própria
Instituição, seja de outras instituições de ensino e pesquisa, contou-se, nos
últimos dez anos, com um conjunto de atividades periódicas em todas as
áreas. Entre essas atividades, cumpre evidenciar alguns eventos relacionados
a questões de inclusão social, como os seminários Diversidade Cultural e
Inclusão Social na Educação Tecnológica, Seminário PROEJA, e o evento
Educação Profissional em Unidades Prisionais.
Em relação aos veículos em mídia impressa, salienta-se a edição e publicação
da revista Educação & Tecnologia, desde 1994, de periodicidade
quadrimestral. O periódico foi registrado no Instituto Brasileiro de Informação
em Ciência e Tecnologia (IBICT), em maio de 1997 (ISSN-1414-5057). Ao
completar 15 anos de existência, em 2010, a revista passou por transformação
em sua política editorial e assumiu um novo projeto, tendo em vista aprimorar o
rigor científico de seu conteúdo, modernizar sua forma e, consequentemente,
qualificá-la melhor no Qualis de periódicos da CAPES. A revista tem como
propósito a publicação de textos considerados relevantes para as discussões
da inter-relação entre educação e tecnologia. É distribuída gratuitamente a
instituições de ensino superior e tecnológico, bibliotecas, pesquisadores e
órgãos governamentais ligados à educação, e à ciência e tecnologia. Conta
com uma tiragem de 500 exemplares impressos e também com a sua
divulgação por via eletrônica13. Além desse periódico, mais recentemente, o
CEFET-MG passou a publicar a revista Educação, Extensão & Comunidade,
com periodicidade semestral, cujo número 1 do seu 3º volume, foi publicado
em outubro de 2015. A revista está sob a administração da DEDC e divulga
artigos, entrevistas, relatórios de experiência, entre outras matérias, desde que
relacionadas à extensão e ao desenvolvimento comunitário e tecnológico.
13 Disponível em: http://seer.dppg.cefetmg.br/index. php/revista-et. Acesso em 10/063/2016.
49
Além dos dois periódicos mencionados, a Instituição encontra-se cadastrada
na Agência brasileira do International Standard Book Number (ISBN). E por
meio de sua gráfica, publica livros de diferentes autores, embora
predominantemente da própria Instituição.
Processo de ingresso
O ingresso de alunos é conduzido pela Comissão Permanente de Vestibular
(COPEVE). Essa comissão responsabiliza-se pela execução dos processos
seletivos para o preenchimento das vagas oferecidas pela Instituição nos
cursos de educação profissional técnica de nível médio e de graduação,
observando para isso as diretrizes dos órgãos colegiados superiores.
É atribuição da COPEVE atuar como uma das primeiras instâncias de contato
da Instituição com a sociedade, disseminar a imagem institucional, e divulgar
as opções de cursos e modalidades de ensino ofertadas. Além disso, a
COPEVE participa de seminários nacionais – Seminário de Acesso ao Ensino
Superior (SAES) – e fóruns estaduais – Fórum das Comissões de Processos
Seletivos (FORCOPS) –, juntamente com comissões de outras instituições para
a troca de experiências e tomada de decisão sobre o ingresso de alunos.
Nesse contexto, a Comissão planeja e operacionaliza os processos seletivos
para ingresso em todas suas etapas, sendo elas: divulgação dos editais,
inscrição dos candidatos, elaboração e aplicação das provas e, finalmente, a
convocação para matrícula dos candidatos aprovados.
No período de 2013 a 2015, uma das principais mudanças nos processos
seletivos da Instituição foi relativa à Lei n. 12.711, de 29/08/12 (Brasil, 2012a).
Por meio dessa lei, as instituições federais de educação passaram a reservar,
obrigatoriamente, um mínimo de 50% de suas vagas para candidatos que
tivessem realizado integralmente seus estudos em escolas públicas. De acordo
com a lei, 50% dessas vagas seriam destinadas a candidatos oriundos de
famílias com renda igual ou inferior a 1,5 salário-mínimo per capita. As vagas
reservadas deveriam ainda ser preenchidas por candidatos autodeclarados
pretos, pardos e indígenas, na mesma proporção dessas populações em cada
unidade federativa, observando-se para isso o último censo do IBGE.
50
Em atendimento á lei em pauta, no ensino técnico, a partir do ano de 2013,
foram reservadas 50% das vagas oferecidas pela instituição. No ensino
superior, a oferta ocorreu de forma escalonada: no ano de 2013 foram
reservadas 25% das vagas, no ano de 2014, 37,5%, e no ano de 2015, 50%.
Para os autodeclarados pretos, pardos e indígenas, foram ofertadas 53,7% do
total das vagas reservadas, considerando-se a proporção dessas populações
em Minas Gerais, segundo o Censo Demográfico do IBGE, de 2010, assim
distribuídas: 9,2% para pretos, 44,3% para pardos e 0,2% para indígenas.
Para a Instituição adequar-se à lei em pauta, foi necessário realizar alteração
no sistema de inscrição, bem como no processamento da classificação final
dos candidatos. Houve também a necessidade de se criar procedimento para
comprovação das declarações dos candidatos quanto à escolaridade, cor ou
etnia e ou renda familiar.
Outra mudança importante na Instituição foi a disponibilização de vagas da
graduação para o Sistema de Seleção Unificado (SISU), gerido pelo MEC e
que seleciona candidatos pelas notas obtidas no Exame Nacional do Ensino
Médio (ENEM). Até o ano de 2014, a Instituição ofertava 25% das vagas14 de
graduação para essa modalidade. A partir de 2015, o percentual passou a ser
de 50%.
Além do exposto, o CEFET-MG continua viabilizando isenção total de
pagamento de taxa de inscrição aos candidatos que, em função de sua
condição socioeconômica, não podem arcar com essa despesa. As normas
para solicitação da isenção são determinadas em edital específico.
Como meta em todo seu trabalho, a COPEVE busca atender aos candidatos
em suas necessidades, facilitando o acesso às informações sobre os cursos,
as inscrições, os resultados e as matrículas. Dessa forma, e com o objetivo de
14 Apenas para cursos cadastrados no MEC.
51
propor melhorias, ao fim de cada processo seletivo, é realizada avaliação dos
procedimentos adotados e dos sistemas de informação utilizados.
Cooperação Interinstitucional – Nacional e internacional
Nessa área situam-se a cooperação do CEFET-MG com instituições nacionais
e com instituições estrangeiras. Neste último caso, a atuação é administrada
pela Secretaria de Relações Internacionais.
Cooperação nacional – Em âmbito nacional, uma amostra da cooperação
geral do CEFET-MG com outras instituições brasileiras, em sua trajetória
histórica, envolve a cooperação com: as universidades Federais de Minas
Gerais, de Ouro Preto, do Rio Grande do Sul, do Rio de Janeiro/Coordenação
de Projetos, Pesquisas e Estudos Tecnológicos (COPPE), de Santa Catarina,
de São João del-Rei e de Viçosa; as Universidades Estaduais de Minas Gerais
e São Paulo; as Pontifícias Universidades Católicas de Minas Gerais e do Rio
de Janeiro.
A cooperação nacional com outras instituições faz-se de forma sistemática e
frequente pela participação, particularmente, dos pesquisadores da Instituição
em atividades de cursos de pós-graduação de outras instituições e pelo
desenvolvimento de pesquisas interinstitucionais. Salienta-se, ainda, que todas
as bancas de exame de defesa de dissertação na Instituição contam,
obrigatoriamente, com pelo menos um examinador externo. Há também a
parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a
Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) na realização de curso
de pós-graduação, financiado pelo MEC, em Gestão e Docência em EaD.
Também em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina, entre
2008 e 2012, o CEFET-MG constituiu-se como um dos nove polos para oferta
da Licenciatura e do Bacharelado em Letras/Libras, criado em 2006 na UFSC.
A meta era que, juntos, os polos ofertassem 900 vagas no total à oferta das
duas modalidades do curso, cabendo a cada polo a oferta de 60 vagas, sendo
30 para o bacharelado e 30 para a licenciatura em Letras/Libras. No CEFET-
MG, o curso foi instituído em 2008, quando da abertura da segunda turma pela
instituição sede, e foi registrado como projeto de extensão associado ao
52
Núcleo de Atendimento a Pessoas com Necessidades Educacionais
Específicas (NAPNE). Em 2009, com a criação do Departamento de
Linguagem e Tecnologia o projeto do curso Letras/Libras foi associado a este
novo Departamento. No entanto, com a reformulação feita no Projeto pela
UFSC, os polos foram finalizando as atividades com a conclusão dos cursos
dos últimos ingressantes em 2012.
Registre-se ainda que, no âmbito dos programas de pós-graduação stricto
sensu da Instituição, há a promoção de seminários de abertura dos semestres
letivos além de seminários de progresso dos alunos, com a participação de
doutores pesquisadores de outros programas, além de outros eventos
significativos, como o Encontro Interinstitucional de Pesquisa em Educação e
Pós-Graduação.
Uma atividade significativa que merece registro e que ocorreu no período de
2004 a 2008, foi o seminário Diálogos sobre o Trabalho. Tratou-se de evento
envolvendo as áreas das ciências humanas e das engenharias, realizado com
as Faculdades de Educação e de Engenharia da Universidade Federal de
Minas Gerais (UFMG), o mestrado em educação da Pontifícia Universidade
Católica de Minas Gerais (PUC-Minas), a Faculdade de Educação da
Universidade do Estado de Minas Gerais (FaE/UEMG) e o Centro Universitário
de Belo Horizonte (Uni-BH). Com apoio da FAPEMIG, professores e
pesquisadores brasileiros e estrangeiros foram convidados para participação
nesse seminário. Como produto do evento foram editadas três coletâneas
publicadas pela Papirus, e pelas Editoras UFMG e PUCMINAS.
Exemplo de outras atividades semelhantes encontra-se no Seminário de
Educação Tecnológica (SENEPT), promovido desde 2005 pelo mestrado em
Educação Tecnológica, envolvendo a participação de professores e alunos de
toda a comunidade institucional e de várias instituições do País, entre as quais
a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a Pontifícia Universidade
Católica de Minas Gerais (PUC-Minas), a Universidade do Estado de Minas
Gerais (UEMG), a Universidade Estadual Paulista (UNESP) e a UTFPR.
53
Na realização interinstitucional de projetos de pesquisa, em âmbito nacional,
destaca-se a participação de alunos da pós-graduação stricto sensu de outras
instituições brasileiras nas equipes do CEFET-MG. Nessa participação,
encontra-se, por exemplo, em 2009, estágio de aluno do mestrado profissional
em Ensino de Ciências da Universidade Estadual do Amazonas, realizado no
laboratório do grupo de pesquisa Analogias e Metáforas em Tecnologia,
Educação e Ciência (AMTEC). Há, também, a participação de doutorandos da
UFMG em projetos de pesquisa coordenados por doutores do CEFET-MG e
projetos interinstitucionais formalmente construídos. Entre eles, registram-se, a
partir da segunda metade da década de 2000, os projetos: Estudos
hidrogeológicos e gestão de mananciais de água subterrânea em sistemas de
abastecimento de água; Processo de escolarização e culturas escolares em
Minas Gerais; Capacitação de trabalhadores da construção civil; e A formação
de professores para o ensino técnico, todos em parceria com a UFMG; e o
projeto Por uma teoria e uma história da escola primária no Brasil, em parceria
com a UNESP-Araraquara.
De especial importância, por sua amplitude e valor social, há que se referir ao
projeto EPIEJA, já mencionado anteriormente neste texto. O projeto se iniciou
em 2006, com atividades previstas até 2010. Tratou-se de projeto de pesquisa,
aprovado pela CAPES/SETEC, sob a coordenação do CEFET-MG e com a
participação das instituições: UFMG, Universidade Federal de Viçosa (UFV) e o
atual Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Norte de Minas
Gerais. O projeto deu origem, em 2009, a um dos grupos registrados no
Diretório de Pesquisa do CNPq, tal como consta em quadro correspondente
apresentado neste documento. Vários outros projetos que envolvem
cooperação interinstitucional foram vinculados aos mencionados grupos, o que
pode ser constatado pela análise do diretório em pauta.
Também na área da pesquisa, em 2013, registra-se parceria com a UFSC,
ainda que sem convênio formal, na condução de pesquisa nacional para
identificar experiências exitosas de EaD, nos 57 núcleos de educação a
distância do Pais, com vistas a construir referenciais de qualidade e
metodologias para EaD.
54
Na perspectiva de apoio a ações de políticas de inclusão, a Instituição tem
participado ativamente, inclusive com a coordenação, do Fórum Permanente
de Educação e Diversidade Étnico-Racial de Minas Gerais, com a Secretaria
de Estado da Educação de Minas Gerais e Secretarias Municipais do Estado.
Nessa área, particularmente nos últimos cinco anos, sobretudo por parte de
coordenação vinculada à DEDC, tem sido expressiva a participação do CEFET-
MG, em eventos regionais e nacionais.
Cooperação internacional – O desenvolvimento das ações de cooperação
internacional, na Instituição, implicou maior desenvolvimento orgânico e
sistematizado a partir do período de 2005-2010, o que foi fortalecido no período
seguinte – 2011-2015 – pela definição do programa de Inserção nacional e
internacional, vinculado à Diretoria Geral, e pela reestruturação da Secretaria
de Assuntos Internacionais (SEAI). Nesta, que, a partir de 2012, conforme
mencionado, passou a se denominar Secretaria de Relações internacionais
(SRI), esteve em implementação uma série de ações com o objetivo de
fortalecer a mobilidade externa discente e docente, para as quais os programas
de pós-graduação stricto sensu e a pesquisa contribuíram expressivamente.
No entanto, registram-se atividades na área desde épocas anteriores. Assim,
entre as atividades desenvolvidas com instituições internacionais, podem-se
citar convênios de cooperação acadêmica multidisciplinar com instituições de
ensino tecnológico no exterior, entre as quais a já mencionada LUT, na
Inglaterra, ainda na década de 1980.
Já nas décadas seguintes, tem-se, como exemplo, a cooperação entre o
mestrado em Engenharia Civil e a Universidade de Edimburgo, Escócia. Como
fruto dessa cooperação, que passou a ocorrer de forma mais ampla em 1997,
registra-se o desenvolvimento do Projeto experimental para avaliação do
comportamento e resistência de estruturas em alvenaria. Ainda ligado a esse
mestrado, encontra-se, no campo da Engenharia Ambiental, o projeto de
Elaboração de modelos de otimização e simulação de sistemas de recursos
hídricos de larga escala com análise econômica, em cooperação com os
departamentos de Engenharia Civil e Ambiental e Economia e Recursos
Naturais da Universidade da Califórnia.
55
Particularmente, na década de 2000, registra-se, com a França, o
desenvolvimento de projeto e produção conjunta na área de eco-concepção e
qualidade ambiental das construções, envolvendo pesquisadores do CEFET-
MG e da École National Superieure dês Arts et Métiers. Ainda com a França, e
envolvendo também a Itália, no ano de 2009, foram firmados acordos com as
seguintes instituições: Institut Universitaire de Technologie (IUT) de Grenoble,
França, e Ricerca sul Sistema Energetico (RSE S.p.A.) de Milão, Itália. Os
acordos têm como objetivo o intercâmbio de estudantes, docentes e
pesquisadores nas áreas de ciências exatas e da terra (Química) e
engenharias (Engenharia de Materiais).
Outro exemplo é a cooperação com a Universidade Politécnica de Valência,
Espanha, em pesquisa e produção científica nas áreas de gestão de recursos
hídricos e águas subterrâneas, oficializada formalmente em 2004. Registre-se
ainda que, na relação internacional com a Espanha, em 2013, foi celebrado
acordo com a Universidad de Cantábria para intercâmbio de estudantes e
docentes pesquisadores da pós-graduação na área das engenharias.
Muito importante para o atendimento a sua função social, tem sido, também, o
intercâmbio sistemático do CEFET-MG com outras instituições de ensino
tecnológico na Alemanha, desde 1995: as Fachhochschulen posteriormente
denominadas Hochschulen.
No período de 2005-2010 havia três convênios em operação, firmados com as
Universidades de Ciências Aplicadas de Munique, Karlsruhe e da Ostfalia. Nos
três casos, a cooperação no período foi mais intensa em atividades de
intercâmbio de alunos de graduação. De 2005 a 2010, 61 alunos dos cursos de
graduação participaram de programas de mobilidade externa como estagiários
em empresas de tecnologia em áreas correlatas a seus cursos de graduação, e
também como alunos especiais das universidades locais. Analogamente, 54
alunos estrangeiros foram recebidos como alunos especiais e realizaram
estágios em projetos de pesquisa desenvolvidos na Instituição. No caso da
Universidade de Ciências Aplicadas de Karlsruhe, houve também a
cooperação na área da pesquisa, implicando a participação em projetos
56
conjuntos por parte do CEFET-MG, da UFMG e de organismos de fomento da
Alemanha.
No período de 2011 a 2015, houve a continuidade da cooperação com
instituições de ensino e pesquisa na Alemanha, de forma que, em 2015, havia
seis atividades em andamento, envolvendo intercâmbio de estudantes,
docentes e pesquisadores. Quatro delas tiveram início em décadas passadas e
duas em 2014 e 2015, com a Beuth Hochschule Fur Technik Berlin, por meio,
inclusive, do Programa Erasmus +, com financiamento da União Europeia.
Em termos de viagens de caráter técnico-científico, como um dos produtos das
ações da então SEAI, em 2008, foram realizadas viagens por: cinco doutores,
à Universidade da Califórnia e à Universidade de Ciências Aplicadas de
Munique; pelo Diretor-Geral à Austrália, em atividade de cooperação com os
centros de pesquisa australianos Commonwealth Scientific and Industrial
Research Organization (CSIRO) e Royal Melbourne Institute of Technology
(RMIT); e por dois outros pesquisadores ao Egito e ao México, com missões
científicas relacionadas a projetos de pesquisa em andamento na Instituição.
Em 2009, três pesquisadores das áreas da educação e da linguística visitaram
instituições de educação superior em Portugal e na Hungria. Ainda nesse ano,
seis outros participaram de intercâmbio no exterior.
É importante destacar também que a atual SRI tem como um de seus pontos
de apoio o potencial de ampliação da cooperação internacional, vez que vários
pesquisadores da Instituição possuem experiência internacional, via doutorado
pleno ou sanduíche, em centros de excelência como Concordia University,
Delft University of Technology, Florida State University, University of California,
Imperial College, University of Edinburgh, École Central de Paris, Université de
Paris.
Em síntese, como expressão das ações de internacionalizaçã, em 2010, a
Instituição contava com 13 parceiros internacionais. No entanto, como
resultado do esforço de incremento a essa internacionalização realizado nos
57
últimos cinco anos, em 2015, passou-se a contar com mais de 30 parceiros
internacionais em mais de 12 países15.
Quanto à divulgação internacional da Ciência & Tecnologia, convém registrar a
participação institucional, juntamente com a Universidade de Edimburgo, na
organização do VII International Seminar on Structural Masonry for Developing
Countries, em 2002. Também desde 2006 vem sendo realizado, a cada dois
anos, o Simpósio Internacional Trabalho, Relações de Trabalho, Educação e
Identidade, organizado pela Instituição juntamente com a UFMG, a UEMG e a
Universidade de Paris/Conservatoire National des Arts et Métiers (CNAM),
França. Os primeiros simpósios ocorreram no CEFET-MG e os demais na
Faculdade de Educação da UFMG. O próximo ocorrerá em maio de 2016,
completando, assim, a sua sexta versão.
Ainda no contexto da divulgação, pesquisadores da Instituição participam como
revisores em periódicos, entre os quais: Journal of Irrigation and Drainage
Engineering (ISSN 0733-9437), Environmental Modeling and Software (ISSN
1364-8152), Journal of Water Resources Planning and Management (ISSN
0733-9496), Water Resources Research (ISSN 0043-1397), Finite Elements in
Analysis and Design (ISSN 0168-874X), Journal of Structural Engineering
(ISSN 0733-9445), Computer Applications in Engineering Education (ISSN
1061-3773), e Revista Portuguesa de Educação (ISSN 0871-9187).
Política estudantil
A assistência estudantil aos alunos, em sua concepção mais restrita, remonta à
Escola de Aprendizes Artífices de Minas Gerais, que tinha como um de seus
objetivos proporcionar o aprendizado de um ofício a jovens de famílias de baixa
renda. O trabalho sistematizado, no entanto, inicia-se efetivamente, em 1973,
com a atuação da primeira assistente social na Instituição.
15 A relação das atividades de internacionalização vigentes em 2015 encontra-se apresentada em quadro no tópico
Diagnóstico deste texto.
58
Em 1982, apresentou-se a demanda por um espaço específico para a atuação
do serviço social e da psicologia no CEFET-MG, e em 1984 foi criada a Seção
de Assistência ao Estudante (SAE). Desde sua origem, a atuação da SAE se
pautou por um caráter multidisciplinar, com o envolvimento de assistentes
sociais, e psicólogos e, em alguns períodos, de pedagogos, na concepção e no
desenvolvimento de programas na área da assistência estudantil.
Na década de 1990, houve a ampliação da equipe de assistência estudantil
com a manutenção e a implantação de ações socioeducativas. Nessa época,
também ocorreu investimento decrescente do governo federal em programas
de assistência estudantil, chegando à manutenção exclusiva dos mesmos com
recursos advindos dos próprios estudantes.
Na década seguinte, em 2004, foi aprovada a proposta da Política de Assuntos
Estudantis, regulamentada pela Resolução CD-083/04, de 13/12/2004, e
gerenciada pela recém-criada Coordenadoria de Assuntos Estudantis. Esta fica
subordinada à Diretoria Geral e passa a coordenar a assistência estudantil em
todos os campi. No mesmo ano, foi extinta a Caixa Escolar e o financiamento
da assistência estudantil passa a ser feito com recursos do orçamento do
CEFET-MG, mantida ainda a contribuição dos estudantes. Em 2006, a
contribuição dos estudantes é extinta; o financiamento integral da assistência
estudantil passa a ser de responsabilidade exclusiva da Instituição, como
resultado de uma reivindicação histórica dos estudantes e dos profissionais da
área de assistência estudantil.
Continuando a trajetória da área, em 2007, no contexto mudança de gestão e
reorganização administrativa da Instituição, a Coordenadoria de Assuntos
Estudantis vincula-se à então Diretoria de Extensão, passando a se denominar
Coordenação Geral de Desenvolvimento Estudantil, mantidas suas atribuições
anteriores. Em 2008, os denominados programas de permanência são
implantados em todos os campi. Neste ano inicia-se o recebimento de recursos
do governo federal, específico para a Assistência Estudantil, que em 2010 se
consolida por meio do Decreto n. 7.234, de 19/07/2010 (Brasil, 2010), que
dispõe sobre o Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES) e institui
59
uma política de governo nessa área, com recursos crescentes a cada ano, o
que possibilitou maior investimento por parte da Instituição.
Entre 2009 e 2012 são inaugurados seis restaurantes estudantis, com
atendimento universalizado e refeições subsidiadas a todos os estudantes. O
atendimento foi estendido aos servidores, de forma não subsidiada.
Conforme mencionado, em 2012, em virtude de mudanças da estrutura
organizacional pela Resolução CD-049/12, de 03/09/2012, a Coordenadoria de
Desenvolvimento Estudantil volta a se subordinar à Diretoria-Geral e se
constitui como Secretaria de Política Estudantil (SPE), compondo uma das
quatro Secretarias Especializadas. Sua estrutura passa a contar com três
Coordenadorias: Coordenadoria de Programas de Acesso e Temáticas das
Juventudes, Coordenadoria do Programa de Alimentação Estudantil, e
Coordenadoria de Programas de Bolsas e de Acompanhamento Psicossocial.
Essas coordenadorias são responsáveis pelo assessoramento à Secretaria na
coordenação geral das ações, dos programas e projetos da Política de
Assuntos Estudantis. As antigas Seções de Assistência ao Estudante
existentes nos campi passam a ser denominadas Coordenações de Política
Estudantil (CPE). Essa organização viabiliza uma atuação mais orgânica e
ampla das atividades de assistência ao estudante na Instituição, contribuindo
de forma expressiva para a inclusão educacional e social do seu corpo
discente. Para tal, a SPE possui uma equipe multidisciplinar, com profissionais
das áreas de serviço social, psicologia, nutrição e assistência administrativa.
Nesse contexto, de 2013 a 2015, por meio da Coordenadoria de Programas de
Acesso e Temáticas das Juventudes, a SPE participou da implementação da
Lei n. 12.711, de 29/08/2012 (Brasil, 2012a) que dispõe sobre o ingresso em
instituições federais de educação superior e de ensino técnico, estabelecendo
reserva de vagas nos processos seletivos para estudantes de escolas públicas,
autodeclarados pretos e pardos e por recorte socioeconômico. No ano de
2015, as atividades relativas às análises socioeconômicas dos candidatos por
critério de renda passa a ser coordenada pela COPEVE, entendendo-se estar
encerrada a contribuição da SPE na estruturação e implementação da
atividade em pauta.
60
Registre-se ainda que a atuação na área da assistência estudantil vem
transcendendo os muros institucionais pela contribuição efetiva dos sujeitos da
área em atividades em âmbito nacional. Exemplo disso é o fato de que, em
2015, a SPE participou da elaboração, pelo Fórum Nacional de Pró-Reitores de
Assuntos Estudantis (FONAPRACE), órgão assessor da Associação Nacional
dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES), da
proposta de Política Nacional de Assistência Estudantil, encaminhada ao
Congresso Nacional como projeto de lei, de forma a torná-la política de Estado.
Comunicação social
Na política de comunicação e acesso, parte-se do reconhecimento de que a
Instituição lida diretamente com um amplo contingente de sujeitos
institucionais. Sob essa condição, precisa-se contar com uma política de
comunicação que, além de informar ao público os serviços que presta à
sociedade, cumpra seu papel estratégico de integrar os diversos segmentos da
comunidade e os órgãos executivos e deliberativos da Instituição, em prol dos
princípios de transparência e participação que devem nortear a gestão de toda
instituição pública.
A Instituição preza por uma política de comunicação clara, ética, democrática e
eficiente, voltada para aproximar e fortalecer o relacionamento entre a
Instituição e seus públicos prioritários – servidores, alunos, entidades parceiras,
imprensa e comunidade em geral. Entre os objetivos dessa política está a
organização do fluxo de informações de interesse público sobre a Instituição,
para fazê-lo chegar de maneira compreensível aos grupos com os quais se
relaciona.
No intuito de construir uma política de comunicação institucional, em
consonância com a proposta de política de comunicação para as IFES, o
CEFET-MG tem participado dos Encontros de Comunicadores da Rede Federal
de Educação Profissional e Tecnológica, promovidos pelo Conselho Nacional
das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e
Tecnológica (CONIF), dos Encontros das Assessorias de Comunicação das
Universidades Federais, promovidos pela ANDIFES, e dos Encontros
61
Nacionais de Cerimonial Universitário, promovidos pelo Fórum dos
Organizadores de Cerimônias Universitárias e Acadêmicas das Instituições de
Ensino Superior Brasileiras (FORCIES), realizados anualmente. Nesses
encontros, são apresentados êxitos e dificuldades relativas a ações de
comunicação nas instituições federais. Os comunicadores de diversas IFES
apresentam estratégias de comunicação implementadas em suas instituições,
proporcionando um debate sadio e construtivo entre os pares. A intenção é a
de que se possa construir uma política de comunicação institucional de caráter
público, democrático e participativo, que apoie o atendimento aos
compromissos de ensino, pesquisa e extensão dessas instituições.
Na vigência do PDI 2011-2015, as ações e ferramentas de comunicação
institucional interna e externa, tanto em mídia impressa quanto eletrônica,
foram consolidadas e aprimoradas. Além disso, buscou-se inserir a Instituição
no âmbito das mídias sociais digitais.
Atualmente, entre as atividades de comunicação desenvolvidas pela Secretaria
de Comunicação Social (SECOM), em seus setores (Gráfica, Comunicação
Visual, Audiovisual) e núcleos (Redação e Mídias Sociais), destacam-se:
a) atualização do site institucional;
b) produção do jornal institucional: veículo impresso bimestral, no formato
tabloide, com tiragem de 4.000 exemplares;
c) gerenciamento dos perfis da Instituição nas mídias das redes sociais na
Internet, com atualização permanente de conteúdo: twitter (CEFET-MG),
facebook (CEFET-MG – Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas
Gerais), youtube (CEFET-MG) e instagram (@cefetmg);
d) gerenciamento do canal de atendimento à comunidade, o “Fale Conosco”:
canal de interação em moldes similares a uma ouvidoria, com acesso
disponível na página principal do site institucional (www.cefetmg.br);
e) realização de media training voltados para preparação de alunos e
professores em situações de entrevista com os veículos de comunicação;
62
f) realização do Workshop de Comunicação nos diversos campi; para treinar
servidores a identificar possíveis assuntos para divulgação nos canais de
comunicação institucionais;
g) desenvolvimento do vídeo institucional sobre cada um dos 11 campi e outro
sobre a instituição como um todo, relatando, entre outros aspectos, sua
história, infraestrutura, cursos, corpos docente e discente;
h) apoio nas ações de integração de novos servidores ingressantes na
Instituição, em parceria com a Superintendência de Gestão de Pessoas (SPG),
e a elaboração de um manual com orientações práticas;
i) promoção e apoio logístico a eventos institucionais, por meio de serviços
como cerimonial, cobertura jornalística e fotográfica.
j) coordenação, criação e produção das mídias de divulgação dos processos
seletivos da Instituição;
k) atendimento à demanda da imprensa (jornal, rádio, TV, web etc.);
l) produção, em parceria com a DEDC da revista Extensão & Comunidade, com
periodicidade semestral e impressão de 500 exemplares.
Nos próximos cinco anos, por parte da SECOM, planeja-se manter os serviços
que já vêm sendo prestados, além de implementar novas estratégias de
aperfeiçoamento da comunicação e, consequentemente, de relacionamento
com os públicos prioritários, tal como expresso nas metas para a área
apresentadas neste Plano.
Governança da informação
A política de governança da informação está sob a responsabilidade da
Secretaria de Governança da Informação (SGI) que tem como principais
atribuições elaborar, coordenar, avaliar e planejar as políticas dos recursos de
Tecnologia da Informação (TI) e do desenvolvimento de projetos, sistemas e
tecnologias para a gestão da informação institucional. Essas competências
63
estão definidas na Resolução CD-49/12, de 03/09/2012, que estrutura a SGI no
seguinte formato:
Escritório de Projetos: responsável por elaborar e executar os projetos,
sistemas e tecnologias de gestão da informação que darão suporte às
ações estratégicas definidas pela Secretaria:
Subsecretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação:
responsável por planejar, coordenar e implementar a infraestrutura de TI
necessária para a execução das ações estratégicas definidas pela
Secretaria, e atender às demandas dos usuários, possuindo as
seguintes unidades organizacionais:
o Divisão de Sistemas: responsável por operacionalizar os sistemas de
informação institucionais;
o Divisão de Infraestrutura de Tecnologia da Informação e
Comunicação: responsável por coordenar, desenvolver,
operacionalizar, avaliar e elaborar o planejamento da infraestrutura de
Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) da Instituição;
o Setor de Atendimento ao Usuário: responsável por atender às
demandas dos usuários dos sistemas de informação e de TICI em
conjunto com os Núcleos de Tecnologia de Informação e
Comunicação dos campi.
Anteriormente, o setor responsável pela TI era regulamentado pela Resolução
CD-41/93, de 17 de dezembro de 1993, que modificou o Departamento de
Processamento de Dados, transformando-o em Departamento de Recursos de
Informática (DRI). Essa modificação apresenta o departamento no formato de
unidade organizacional, com atribuições e competências específicas. A
Resolução CD-13/96, de 31 de maio de 1996, faz alterações pontuais na
resolução anterior.
No âmbito da Administração Pública Federal, Decreto n. 1. 048 de 21/01/1994
(Brasil, 1994a) e Decreto n. 7.579 de 11/10/2011 (Brasil, 2011a) instituem o
Sistema de Administração dos Recursos de Tecnologia da Informação (SISP),
64
sob gerência da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do
Ministério do Planejamento e Gestão. Esse sistema tem como objetivo
organizar a operação, o controle, a supervisão e a coordenação dos recursos
de informação da administração direta, autárquica e fundacional do poder
executivo federal.
Em termos de governança e gestão de TI, desde 2008, o SISP conta com o
documento Estratégia Geral de Tecnologia da Informação, que define e norteia
políticas, diretrizes e rumos da TI no âmbito das instituições do poder executivo
da Administração Pública Federal. Em 2016, esse documento foi novamente
concebido como Estratégia de Governança Digital (EGD) 2016-2019, cuja
abrangência não se refere apenas à TI, e sim ao acesso às informações dos
denominados “dados abertos”, prestação de serviços no formato digital e
participação social.
Paralelamente, nota-se evolução na gestão e no tratamento das informações
institucionais. O DRI transforma-se na Secretaria de Governança da
Informação (SGI) o que favorece foco e atenção no tratamento e na
disponibilidade das informações institucionais, em detrimento do uso isolado
dos recursos de informática. Na prática, isso representa integração e sinergia
entre sistemas de informação, infraestrutura, atendimento à comunidade,
segurança da informação e gestão de TI, termos que definem as áreas de
atuação da Secretaria.
Em consonância com a Estratégia de Governaça Digital e o próprio PDI, conta-
se com o Plano Diretor de Tecnologia da Informação (PDTI), documento que
consolida as estratégias de TI da Instituição, e apresenta o conjunto de ações a
serem tomadas pela SGI no biênio 2016/2017.
O PDTI não só permite a implantação de novas iniciativas pela SGI, como
também norteia contratações e políticas em TI. As áreas de TI contempladas
nesse documento estão divididas em: sistemas de informação; infraestrutura de
TIC; segurança da informação; atendimento à comunidade; e recursos
humanos em TIC. A figura a seguir ilustra essas áreas.
65
Figura I.01 – Áreas temáticas do PDTI.
Fonte – Secretária de Governança da Informação.
Ainda no âmbito da Estratégia de Governança Digital (EGD), dispõe-se do
Conselho de Informática, estrutura análoga ao Comitê de Governança Digital
previsto no Decreto n. 8.638, de 15/01/2016 (Brasil, 2016b). Essa estrutura
deliberativa passa hoje por reformulação na Instituição com o propósito de
atualização tecnológica e conceitual no contexto de governança da informação.
Seu objetivo é monitorar e avaliar as ações da SGI perante o Plano Diretor de
Tecnologia da Informação, e discutir e aprovar políticas e normas no âmbito da
governança da informação.
Cabe ressaltar a parceria do CEFET-MG como Instituição usuária dos serviços
avançados de TI da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). Esses
serviços incluem: acesso à internet com velocidade de 10Gbps na rede
metropolitana (COMEP) em Belo Horizonte e 100Mbps para unidades do
interior; participação do CEFET-MG na Comunidade Acadêmica Federada,
telefonia sobre IP (fone@RNP) (VoIP), webconferência, certificação digital
(ICPEdu), além da capacitação dos servidores de TI pela Escola Superior de
Redes (ESR).
Por fim, as principais soluções e projetos que caracterizam a governança da
informação são: sistema SINAPSE para gestão administrativa; implantação do
Sistema Integrado de Gestão (SIG) para gestão institucional; sistemas
acadêmicos (Qualidata e Moodle); processamento, armazenamento e
transmissão de dados providos pelo CEFET-MG e pela RNP; acesso à rede
66
sem fio (wireless); correio eletrônico; hospedagem de páginas web; robustez na
aquisição de equipamentos de informática; sistema departamental de
impressão; implantação da Central e Catálogos de Serviços de TI; aderência
aos preceitos de segurança da informação do Decreto n. 8.135, de 04 de
novembro de 2013 (Brasil, 2013a); adoção dos princípios da IN 04/2014
SLTI/MPOG para contratação de soluções de TI.
Administração
A administração geral foi pouco a pouco consolidando-se com algumas
características marcadamente assumidas nos últimos dez anos, entre as quais
cumpre salientar: a substituição progressiva da cultura da oralidade, em seus
princípios, normas e práticas, pela cultura dos marcos regulatórios definidos e
aprovados por órgãos normativos de representação institucional. Em estreita
relação com essa característica, encontra-se a consolidação da gestão
democrática com expressivo aporte das políticas de acesso e divulgação da
informação.
Além disso, salienta-se o investimento institucional na melhoria da
infraestrutura e na qualificação dos recursos humanos. No primeiro caso,
salienta-se o cuidado com o atendimento às pessoas com deficiências e com
necessidades especiais. No segundo, registra-se a política praticada de
capacitação dos servidores como fator importante na elevação da qualificação
do quadro de pessoal, tal como evidenciam os dados relativos à titulação do
corpo docente e dos técnicos administrativos, apresentados no tópico
Diagnóstico deste PDI.
Essa situação é fruto do investimento que a Instituição tem feito há muito, na
qualificação e capacitação de seus recursos humanos. Assim, desde 1989, o
Conselho Diretor deliberou favoravelmente pelo afastamento dos docentes
para cursar pós-graduação. Em 1995, foi aprovada, nesse mesmo conselho, a
Resolução CD-032/95, de 29/09/1995, relativa ao programa institucional de
capacitação docente, indicando as áreas preferenciais de capacitação.
Posteriormente, foi aprovada a Resolução CD-009, de 14/04/1997, estendendo
aos técnicos administrativos o direito de afastamento e investimento em
67
capacitação. No período de 1999 a 2003, a Instituição promoveu um curso de
suplência, viabilizando para todos os servidores técnicos administrativos, do
nível de apoio e operacional, a possibilidade de concluir o curso fundamental e
cursar o ensino médio.
Em 2005, teve inicio o programa institucional de Apoio à graduação e à pós-
graduação propiciando aos servidores técnicos administrativos condições para
cursarem a graduação e, também a eles e aos docentes, a pós-graduação, em
instituição privada de ensino. Todo o esforço feito na área resultou no fato de a
Instituição ultrapassar os índices relativos às características de uma
universidade, em termos da qualificação do seu pessoal.
Ao lado das atividades de capacitação, a Instituição desenvolveu outras
atividades voltadas ao desenvolvimento de recursos humanos, tais como as
congregadas pelo Programa Qualidade de vida (PQV). Este teve início em
2006 buscando, primordialmente, a promoção do bem estar e a integração dos
servidores ao ambiente laboral. Em 2010, o calendário das atividades envolveu
danças, yoga, ginástica localizada e oficinas de cerâmica e pintura. No período
de 2011 a 2015, as atividades relativas à área de desenvolvimento de recursos
humanos continuaram a ser desenvolvidas.
Em 2014, as então Superintendências de Desenvolvimento Organizacional e
de Administração de Pessoal foram extintas e, em substituição, foram criadas as
Superintendências de Gestão de Pessoas (SGP) e a de Saúde e Relações de
Trabalho (SSRT). A criação desta última favorece a qualidade de vida dos sujeitos
institucionais, fortalecendo o cuidado com as relações e segurança de trabalho, a
saúde desses sujeitos, a prevenção e a gestão de conflitos. Nesse contexto, os
exames médicos periódicos tiveram o seu primeiro ano de implantação.
Em termos de infraestrutura física, houve também grande crescimento. Na
segunda metade da década de 2000, graças à política de investimentos por
parte do governo federal, desenvolveram-se obras de melhoria e ampliação
das edificações da Instituição. Entre elas, registra-se, em abril de 2009, a
inauguração do novo restaurante universitário no campus II e, em setembro do
mesmo ano, a inauguração do novo prédio da biblioteca e do restaurante no
campus I. No interior, em 2010, houve a inauguração do novo campus
68
Divinópolis e do campus Curvelo. Nessas condições, em 2010, a Instituição
possuía área total de terreno de 679 776,78. m² e área construída de
129.823,69 m², distribuídas por seus campi16, além de 78.437,50 m² de terreno
relativo ao novo campus Contagem, que se encontrava em implantação.
Registre-se que a inauguração do novo campus Varginha ocorreu no ano de
2011.
Nos anos seguintes, a estrutura física da Instituição foi-se expandindo, de
forma que, em 2015, contava com uma área de terreno de 457.027 m2 e área
construída própria de 189.795 m2.
Quanto à infraestrutura acadêmica, propriamente dita, a Instituição conta com
um Sistema de Bibliotecas composto de dez unidades, duas em Belo Horizonte
(campus I e campus II) e uma em cada campus do interior. O sistema é
integrado via o sistema de gerenciamento SOPHIA, para o compartilhamento
do acervo entre os campi. Além de livros e periódicos, o acervo inclui normas
técnicas, catálogos, mapas, monografias, dissertações e teses, equipamento e
material audiovisual, totalizando, em dezembro de 2015, 2.852 títulos e 4.471
exemplares, com concentração na área tecnológica. Embora ainda
necessitando de ampliação, sobretudo em função da expansão institucional
nos últimos anos, esses números foram fruto de uma política para a biblioteca
implantada em 2005. Esta visou, entre outras metas, exatamente a ampliação
do acervo das bibliotecas. Para essa ampliação, a Instituição contou com seus
próprios recursos, mas também, com recursos advindos de órgãos de fomento
à pesquisa e à pós-graduação.
Além de funcionar com três modalidades de empréstimo, o Sistema de
Bibliotecas oferece aos usuários diversos serviços, tais como: consulta ao
acervo, reserva e renovação on-line; orientação à pesquisa; realização de
levantamento bibliográfico; catalogação na fonte; treinamento de usuários;
16 Incluídas as áreas relativas a Governador Valadares, Montes Claros e Ribeirão das Neves, que não se tornaram
campus do CEFET-MG.
69
comutação bibliográfica (COMUT); auxílio e treinamento para acesso às bases
de periódicos CAPES, SciELO, web of science, entre outras.
Ainda em relação à infraestrutura acadêmica, ressalta-se que, desde o início
da década de 2000, vêm-se adquirindo novos equipamentos e modernizando
os laboratórios que atendem a diferentes cursos técnicos e superiores. Para tal,
têm sido importantes os projetos de pesquisa que solicitam financiamento às
agências oficiais de fomento, federais e estaduais.
Para terminar, a trajetória institucional do CEFET-MG, desde sua criação até
2015, tem sido fundamental na construção de suas ações educacionais que
implicam a construção de seu caráter de instituição universitária verticalizada –
do nível médio na educação básica até o doutorado na educação superior –,
envolvendo estreita relação entre o ensino, a pesquisa e a extensão. Suas
atividades-fim são apoiadas por ações expressivas nas áreas da cultura, da
divulgação do conhecimento científico e tecnológico, da cooperação
interinstitucional, da assistência estudantil, da comunicação e das tecnologias
da informação. Todas essas atividades são submetidas à avaliação contínua,
dada a consciência dos sujeitos institucionais sobre a importância de prestação
de contas à sociedade, sobretudo por parte de uma instituição educacional,
conforme se pode constatar pelo próximo tópico deste Plano.
Avaliação institucional
A avaliação institucional efetiva-se por um grande programa com visão
emancipatória e pensado como instrumento de transformação não apenas da
qualidade do ensino, da pesquisa e da extensão, mas também da qualidade
institucional como um todo e, em consequência, dos serviços prestados à
comunidade. No âmbito desse programa, insere-se o acompanhamento de
toda a execução deste PDI 2016-2020.
Nesse sentido, a trajetória histórica dessa área será aqui apresentada de forma
mais detalhada, considerando-se a importância dos processos de avaliação
como sendo contínuos e paralelos aos processos de planejamento e gestão.
70
Em primeiro lugar, vale destacar que o processo de avaliação institucional, sob
a Coordenação da Comissão Permanente de Avaliação (CPA), em
cumprimento à lei relativa ao Sistema Nacional de Avaliação da Educação
Superior (SINAES) – Lei n. 10.861, de 14/04/2004 (Brasil, 2004e) –, tem
promovido a avaliação das dez dimensões definidas nessa lei. O resultado
desse processo é encaminhado anualmente ao MEC por meio do Relatório de
Autoavaliação. Esse relatório é um instrumento importante, pois, além de trazer
indicadores para reflexão, constitui base de análise para os avaliadores
externos.
No CEFET-MG, a avaliação institucional iniciou-se com um projeto, cujo
delineamento geral foi incluído no PDI 2005-2010 como um anexo, refletindo a
percepção institucional acerca da avaliação, naquele momento. Esse projeto,
elaborado pela CPA e em conformidade com o SINAES, já pretendia envolver
toda a atuação da Instituição. A partir de 2006, foi se consolidando, e, em
2011, foi formulado como um dos programas institucionais, ao lado de outros
15 então presentes no PDI 2011-2015.
A Instituição foi assumindo que o processo de avaliação institucional é contínuo
e tem como alguns de seus objetivos a consolidação de cultura própria na área
e o comprometimento com as mudanças necessárias apontadas pelo processo.
Isso requer a conscientização da importância da participação individual e
coletiva, por parte de todos os sujeitos institucionais nos processos de
avaliação entendidos como instrumentos formativos e indispensáveis para a
efetivação sempre melhorada das políticas e ações da Instituição.
Em 2004 e no primeiro semestre de 2005, foram realizadas atividades de
sensibilização da comunidade, dando início efetivo à implementação das ações
da CPA. No segundo semestre de 2005, foram criadas 14 subcomissões para
realizarem a avaliação das dez dimensões definidas na mencionada lei,
envolvendo técnicos e professores, num total de 53 membros da Instituição.
Foram realizadas oficinas de trabalho e seminários para troca de
conhecimentos e experiências, apreciação do próprio processo de avaliação,
com o envolvimento de todos os setores da comunidade escolar. Nesse
período foi realizada a primeira avaliação institucional pelos docentes e
71
técnicos administrativos, por meio de questionários, com o objetivo de tornar os
servidores parceiros nas mudanças desencadeadas a partir da avaliação. O
resultado desse processo foi amplamente divulgado no ano de 2006, com a
elaboração de um Caderno de Avaliação Institucional.
Nessas condições, o primeiro Relatório de Autoavaliação Institucional foi
elaborado com dados de 2004-2006, contemplando as dez dimensões
definidas pelo SINAES, e permitindo um autoconhecimento mais amplo por
parte da Instituição. Todos os relatórios de autoavaliação institucional
realizados até hoje, encontram-se disponíveis no site da CPA17.
No final do primeiro semestre de 2006, foram elaborados também os primeiros
Cadernos de Avaliação Institucional, contendo os resultados obtidos a partir da
avaliação dos cursos realizada pelos alunos da graduação No caso dessa
avaliação, são abordados: a) os serviços administrativos, de apoio e
infraestrutura da escola; b) aspectos gerais do curso; c) condições de
aprendizagem, estratégias didáticas e atuação docente; d) serviços
administrativos de apoio e infraestrutura geral dos cursos. Os professores têm
acesso aos resultados das avaliações das disciplinas lecionadas, diretamente
no Sistema Acadêmico, tão logo o processo de matrícula dos alunos esteja
concluído. Os resultados das avaliações de todos os semestres permanecem
no Sistema, permitindo a cada professor acompanhar, semestralmente, o seu
desempenho junto aos alunos.
Desde então, são editados cadernos contendo os resultados semestrais ou
anuais da avaliação pelo corpo discente dos cursos de graduação, com o
objetivo de possibilitar às Coordenações e aos Colegiados de Curso
conhecerem e analisarem criticamente os processos de ensino e
aprendizagem, de implementação dos cursos e da infraestrutura. Além disso, a
utilização do Sistema Acadêmico possibilita que a avaliação dos cursos e dos
professores/disciplinas pelos alunos, seja realizada de forma on line, para
17 Disponível em www.cpa.cefetmg.br. Acesso em: 10/06/2016.
72
todos os semestres, no ato da matrícula do aluno, para o semestre
subsequente, agilizando a divulgação e o conhecimento dos resultados
obtidos. Desde 2010, a forma on line encontra-se implantada em todos os
campi.
Registre-se que os resultados de avaliação presentes nos Cadernos de
Avaliação Institucional do corpo discente e nos Cadernos de Avaliação
Institucional dos servidores têm norteado o planejamento institucional.
No ano de 2008, mudanças importantes ocorreram nas Diretorias
Especializadas uma vez que, em cada uma delas, foram criadas as
coordenações, particularmente, a Coordenação Geral de Avaliação da
Educação Profissional e Tecnológica e a Coordenação Geral de Avaliação do
Ensino de Graduação.
Com o término do período de 2007-2009, referente ao primeiro ciclo de
avaliação, o Relatório de Avaliação foi encaminhado ao Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP/MEC), e a Instituição
solicitou a visita de comissão externa de avaliação que emitiria o conceito
institucional do CEFET-MG.
Em 2010, a Instituição foi avaliada pela comissão que fora designada pelo
INEP/MEC, concluindo-se, então, o primeiro ciclo avaliativo constituído pelas
avaliações de cursos, de estudantes e da Instituição, envolvendo a
autoavaliação e a avaliação externa. Nesse processo avaliativo, obteve-se o
conceito quatro, numa escala de um a cinco, o que configura um conceito
muito bom, considerando o padrão de excelência estabelecido nos
instrumentos de avaliação. Essa avaliação possibilitou, ainda, a constatação de
que as ações institucionais estavam em sintonia com o PDI 2005-2010.
O resultado da avaliação externa resultou no recredenciamento presencial da
Instituição, sendo regulamentado pela Portaria MEC n. 632, de 22 de julho de
2014 (Brasil, 2014b). A data para o novo processo de recredenciamento está
prevista para início de 2018.
73
No que se refere à avaliação específica de cursos de graduação, a
autorização, o reconhecimento e a renovação de reconhecimento dos cursos
têm ocorrido de acordo com o calendário estabelecido pelo INEP/MEC. Os
cursos são avaliados por meio de um conjunto de instrumentos e
procedimentos. Estes incluem visitas in loco por parte de comissões externas
que são compostas por membros pertencentes à comunidade acadêmica e
científica, tendo-se como referência os padrões de qualidade para a educação
superior, que se encontram expressos nos instrumentos de avaliação
elaborados pela Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior
(CONAES). No processo de avaliação, os eixos centrais são a qualidade do
corpo docente, da organização didático-pedagógica e das instalações físicas
institucionais.
No CEFET-MG, os processos de autorização, reconhecimento e renovação de
reconhecimento de cursos de graduação são coordenados pela Coordenação
Geral de Avaliação de Ensino de Graduação. A dinâmica adotada para a
preparação da visita in loco torna essa preparação um momento de
autoavaliação, na medida em que, antes e depois da visita, são feitas reuniões
com os docentes para reflexão sobre as necessidades de melhoria
institucional. O material organizado para ser apresentado à comissão de
avaliação do INEP/MEC é preparado como um banco de indicadores a serem
atualizados e utilizados, sobretudo pelo corpo docente, sempre que necessário.
No que se refere à avaliação dos cursos de pós-graduação, o processo tem
ocorrido de acordo com o Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG),
orientado pela Diretoria de Avaliação da Capes e realizado com a participação
da comunidade acadêmico-científica por meio comissões próprias para cada
área de conhecimento. A avaliação envolve dois processos distintos que se
referem à entrada e à permanência dos cursos de mestrado profissional,
mestrado acadêmico e doutorado no SNPG, e se baseia em um conjunto de
quesitos estabelecidos pelo Conselho Técnico Científico da Educação Superior
(CTC-ES).
Os processos avaliativos têm como referência os documentos de área, que
devem ser observados tanto na elaboração e submissão de propostas de
74
cursos novos, quanto na avaliação quadrienal dos cursos em funcionamento.
Esses documentos em conjunto com as Fichas de Avaliação e os Relatórios de
Avaliação constituem o trinômio que expressa os processos e os resultados da
avaliação quadrienal.
A apropriação e a interpretação dos resultados das avaliações externas
configuram-se como componente fundamental do processo de autoavaliação
institucional, uma vez que envolvem indicadores obtidos por meio do Exame
Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE), das avaliações da CAPES,
dos dados do Censo e das avaliações de cursos para autorização,
reconhecimento e renovação de reconhecimento de cursos, realizadas pelo
INEP/MEC.
Cabe registrar que um importante indicador de qualidade dos cursos superiores
é o Conceito Preliminar de Curso (CPC), o qual é calculado no ano seguinte ao
da realização do ENADE de cada área. Esse cálculo leva em consideração: a
nota do ENADE; e a avaliação do corpo docente, da infraestrutura, dos
recursos didático-pedagógicos e demais aspectos institucionais, conforme
orientação técnica aprovada pela CONAES.
Além do CPC, há o Índice Geral de Cursos (IGC), que é construído com base
numa média ponderada, considerando-se o número de alunos, as notas
obtidas nos CPC para os cursos de graduação e as notas da CAPES para os
cursos de pós-graduação de cada instituição. Assim, sintetiza-se em um único
indicador a qualidade de todos os cursos de graduação, mestrado e doutorado
da mesma instituição de ensino. O IGC é divulgado anualmente pelo
INEP/MEC, após a divulgação dos resultados do ENADE.
A divulgação dos resultados da avaliação externa e também da autoavaliação
institucional ocorre em dois âmbitos: comunicação interna e comunicação
externa. A comunicação interna com a Instituição em geral, os docentes, os
técnicos administrativos e o corpo discente ocorre, principalmente, por e-mails,
circulares, quadros de aviso e site da CPA. Além disso, a divulgação é feita por
meio de seminários e reuniões que configurem oportunidade de reflexão e de
planejamento para ações transformadoras. A comunicação externa se dá
75
principalmente por meio do site da CPA e, também, do site do CEFET-MG que
apresenta, permanentemente, informações sobre a Instituição, os cursos
oferecidos e o corpo docente, envolvendo notícias sobre o ensino, a pesquisa e
a extensão.
Em todo esse contexto, as atribuições dos Colegiados de Curso envolvem o
papel de avaliar o desenvolvimento desses cursos. Assim, os Colegiados
procuram refletir, em suas reuniões ordinárias, sobre os resultados dos
Cadernos de Avaliação Institucional, os resultados do ENADE e do CPC, no
caso da graduação, e sobre as notas da CAPES para a pós-graduação.
Os resultados alcançados em cada um dos processos de avaliação
supramencionados são analisados, ainda, pelo Núcleo Docente Estruturante do
Curso, pela Direção do CEFET-MG e pela CPA, o que tem contribuído muito
para os processos de aprimoramento constante do ensino, da pesquisa e da
extensão na Instituição.
No ano de 2015, foram divulgados pelo INEP/MEC os indicadores de qualidade
dos cursos de graduação da Instituição, referentes ao ano de 2014. Dos oito
cursos que já possuem CPC – por já terem, naquele ano, concluído o ciclo de
ingressantes/concluintes participando do ENADE – a Instituição tem cinco com
CPC quatro e três com CPC três, em uma escala de um a cinco. Esses
conceitos colocam o CEFET-MG num patamar muito bom de qualidade na
oferta de cursos de graduação. Registre-se que a Instituição conta com alguns
cursos “sem índice” por ainda não terem concluído o ciclo de
ingressantes/concluintes no ENADE ou por não se enquadrarem nas áreas de
conhecimento contempladas por esse exame de avaliação.
No caso particular da pós-graduação, ela vem se ampliando e consolidando ao
longo dos últimos dez anos de forma progressiva e consistente. Essa evolução
é reflexo da política institucional de indução à qualificação de seus professores
e tem sido responsável pela mudança expressiva no perfil do quadro de
docentes efetivos composto por 42,9% de doutores em 2015. Além disso, as
condições atuais da pós-graduação stricto sensu relacionam-se à evolução
positiva dos indicadores referentes à pesquisa, tais como o aumento da
76
quantidade de grupos de pesquisa e da produção científica qualificada em
periódicos e a captação de recursos por meio de projetos financiados por
agências de apoio à pesquisa.
Atualmente a pós-graduação stricto sensu conta com dois doutorados e três
mestrados avaliados pela CAPES com nota quatro: mestrado e doutorado em
Modelagem Matemática e Computacional; mestrado e doutorado em Estudos
de Linguagens; e mestrado em Engenharia Civil. Os outros mestrados –
Educação Tecnológica, Engenharia de Energia, Engenharia Elétrica,
Engenharia de Materiais, e Administração – possuem nota três.
Em relação ao IGC – Índice Geral de Cursos – em 2015, o CEFET-MG obteve
o IGC quatro, também numa escala de um a cinco, o que o coloca entre as
melhores Instituições Federais de Educação Superior no país.
Convém registrar que a prática de elaboração do Relatório de Autoavaliação
Institucional18 ao longo dos anos, como já mencionado, vem possibilitando
reflexão da comunidade, que é estimulada pela própria dinâmica de trabalho
adotada pela CPA.
O Relatório Parcial de Autoavaliação Institucional, referente ao ano base 2015,
apresenta os resultados do processo de autoavaliação da Instituição, em
atendimento às diretrizes definidas pelo SINAES, incorporando as novas
orientações emanadas pela Nota Técnica INEP/DAES/CONAES n. 65 para
elaboração do relatório. Isto representou um desafio para a Instituição,
particularmente para os setores responsáveis pelas informações e para a
equipe organizadora do relatório. Pelas novas orientações, as informações das
dez dimensões presentes no SINAES foram reapresentadas em cinco eixos:
18 A Portaria n. 821, de 24 de agosto de 2009 (Brasil, 2009) em seu art. 6º, estabeleceu que as IES deveriam postar os
relatórios de autoavaliação institucional no sistema e-MEC até o dia 31 de março de cada ano. Com a revogação dessa
Portaria pela Portaria Normativa n. 40, de 12 de dezembro de 2007 (Brasil, 2007), consolidada e publicada em 29 de
dezembro de 2010, as IES deverão considerar referente ao prazo para postagem do relatório da CPA o disposto no
seu Art. 61-D: “Será mantido no cadastro e-MEC, junto ao registro da instituição, campo para inserção de relatório de
auto-avaliação, validado pela CPA, a ser apresentado até o final de março de cada ano, em versão parcial ou integral,
conforme se trate de ano intermediário ou final do ciclo avaliativo”.
77
Planejamento e Avaliação Institucional; Desenvolvimento Institucional; Políticas
Acadêmicas; Políticas de Gestão; Infraestrutura Física.
Em continuação ao processo de avaliação, em dezembro de 2015, teve início a
terceira avaliação institucional pelos servidores. Foram disponibilizados, em
meio eletrônico, novos questionários, um destinado aos docentes e outro aos
técnicos administrativos. As respostas foram demandadas no sentido de
refletirem o grau de concordância, discordância ou desconhecimento em
relação aos aspectos abordados. Constituíram-se, portanto, em espaço para
manifestação de satisfação ou insatisfação em relação aos aspectos avaliados,
em particular, às condições de ensino, à infraestrutura, à gestão acadêmica e
administrativa, à função social e às políticas de pessoal. Os resultados dessa
avaliação serão sistematizados, interpretados e divulgados por meio do
Caderno de Avaliação Institucional.
Finalmente, cabe registrar outro desafio no campo do programa de avaliação
institucional. Trata-se do novo projeto de autoavaliação institucional para o
período de 2015 a 2018, aprovado pela CPA e que já se encontra em
implementação. Esse projeto leva em consideração a experiência e os
conhecimentos adquiridos pela Instituição, as sugestões da comissão externa
de avaliadores, além das sugestões da comunidade interna, e, obviamente, os
objetivos e metas definidos neste PDI.
Em síntese, o programa de avaliação institucional viabiliza, por meio de
processo contínuo, a revisão, a atualização e a projeção das políticas e
práticas da Instituição, tendo sempre em vista elevar seus patamares
institucionais à luz de sua função social.
78
B – Função social, finalidades, áreas de atuação e gestão institucional
1 – Função social
O CEFET-MG tem como função social relacionar-se criticamente às demandas
societárias relativas a:
formação do cidadão crítico, competente e solidário no exercício
profissional técnico e tecnológico, sobretudo nas áreas de sua atuação e
capaz de participar ativamente nos demais setores da vida social,
interferindo na construção de projeto de nação democrática e igualitária;
participação no desenvolvimento científico, tecnológico, socioeconômico
e cultural, inclusivo e sustentável, pela contribuição institucional ao
desenvolvimento da pesquisa particularmente aplicada e da inovação
tecnológica, relacionadas ao contexto nacional, em especial ao da
Região Sudeste e do Estado de Minas Gerais;
construção de políticas e ações de extensão, em que se equilibram entre
dois polos: o da prestação de serviços públicos e disseminação da
cultura e o da integração escola-comunidade e a construção cultural; e
sua própria construção como instituição pública e gratuita que seja
protótipo de excelência no âmbito da educação tecnológica.
A Instituição assume-se como IFES que tem a responsabilidade de ser
partícipe da construção social comprometida com projeto de modernidade
inclusiva e de sustentabilidade, pautada pelos valores da competência
científico-tecnológica, da autonomia, da ética, da igualdade e solidariedade
humanas. Nesse sentido reconhece, também, seu dever da prestação de
contas à sociedade e de se autoavaliar na busca contínua pela elevação do
padrão de qualidade educacional.
2 – Finalidades e áreas de atuação
O exposto que expressa a prática atual e as práticas projetadas para os
próximos cinco anos, encontra sua explicitação mais detalhada nas finalidades
79
que estão presentes no Artigo 2º do novo Estatuto da Instituição, aprovado pela
Resolução CD-069/08, de 02/06/2008:
I – produzir, transmitir e aplicar conhecimentos por meio do ensino, da
pesquisa e da extensão, de forma indissociada e integrada à educação do
cidadão, na formação técnico-profissional, na difusão da cultura e na criação
científica e tecnológica, filosófica, artística e literária;
II – estimular o desenvolvimento da ciência e da tecnologia, a criação e o
pensamento crítico-reflexivo, a solidariedade nacional e internacional, com
vistas à melhoria das condições de vida da comunidade e à construção de
uma sociedade justa e democrática;
III – formar cidadãos, diplomar e propiciar a formação continuada de
profissionais nas diferentes áreas de conhecimento, visando ao exercício de
atividades profissionais e à participação no desenvolvimento da sociedade;
IV – estimular o conhecimento dos problemas da sociedade, em particular os
nacionais e regionais, na perspectiva de buscar soluções para as
necessidades e demandas sociais;
V – assegurar a gratuidade de ensino, entendida como não cobrança de
anuidade, taxas ou mensalidades nos cursos de oferta regular ministrados na
instituição.
Nessas condições, a instituição vem buscando atender à demanda por
profissionais técnicos de nível médio e superior, de professores, especialistas e
pesquisadores predominantemente na área tecnológica, contribuindo para o
processo de desenvolvimento do Estado e do País. Essa demanda é
contemplada por suas atividades de ensino, pesquisa e extensão que se
fortalecem com as parcerias, os acordos e outras ações interinstitucionais nos
âmbitos nacional e internacional, além da divulgação científico-tecnológica, das
políticas e práticas nas áreas das soluções tecnológicas, da comunicação
social e da promoção dos direitos humanos. Nesse contexto, especial relevo
deve ser atribuído à política de atendimento aos discentes, cujas linhas gerais
estão apresentadas neste documento. Além disso, a Instituição reforça
continuamente a área da avaliação institucional considerada essencial para
seu aprimoramento e sua prestação de contas à comunidade.
Conforme exposto, o CEFET-MG atua na educação profissional técnica de
nível médio e, em conformidade com a Resolução CNE/CEB n. 01, de
05/12/2014, (Brasil, 2014a), que dispõe sobre a instituição e a implantação do
Catálogo nacional de cursos técnicos de nível médio, desenvolve atividades
nos seguintes eixos tecnológicos: ambiente e saúde; controle e processos
80
industriais; informações e comunicações; infraestrutura; produção cultural e
design; recursos naturais, turismo, hospitalidade e lazer. No nível superior, no
âmbito da educação tecnológica, a Instituição desenvolve atividades
predominantemente na área das engenharias, na modalidade de bacharelado,
ao lado das áreas das ciências exatas e da terra; da linguística, letra e artes; e
das ciências sociais. Na modalidade da licenciatura, contempla-se a área das
ciências humanas, na oferta da formação de professores.
3 – Gestão institucional – Organização administrativa
O modelo de gestão institucional praticado materializa-se nos princípios,
objetivos e programas gerais e específicos, os quais norteiam as políticas
institucionais. Entre os princípios gerais, salienta-se a importância do seu
caráter democrático da gestão, que implica respeito às demandas da
comunidade.
Quanto à organização administrativa, em vigor, em relação às unidades
organizacionais, ela se encontra definida na Resolução CD-049/12, de
03/09/2012, com suas devidas alterações. Essa busca contemplar as
condições institucionais, cuja realidade supera as definições presentes em
regulamentações anteriores.
De acordo com a resolução em pauta, a Instituição compreende um conjunto
de unidades organizacionais.
Segundo o parágrafo 1º do artigo 1º da Resolução CD-049/12, de 03/09/2012,
“entende-se por unidade organizacional (…) a unidade administrativa em que
pode haver lotação de servidores, vinculação de instalações físicas e de
patrimônio”. São elas: Diretoria Geral, envolvendo a Assessoria da Diretoria
Geral, o Complexo Logístico, o Gabinete, a Ouvidora e a Secretaria dos
Conselhos Superiores. Além desses órgãos, têm-se: Auditoria Interna como
órgão de controle, Procuradoria Federal como órgão seccional, Biblioteca como
órgão suplementar e as Comissões Permanentes relativas a: Supervisão do
Plano de Carreira dos Cargos Técnico-administrativos em Educação; Adicional
Periculosidade e Insalubridade; Avaliação; Eleições; Ética Pública; Progressão
Docente; Vestibular.
81
Outras unidades compõem a estrutura organizacionalda Instituição, tal como a
seguir.
Quatro Secretarias Especializadas relativas a: Comunicação Social
(SECOM); Governança da Informação (SGI); Política Estudantil (SPE); e
Relações Internacionais (SRI). Cada Secretaria conta com órgãos para a
condução das atividades que lhes são próprias, tal como explicitado em
detalhes pela mencionada resolução19.
Cinco Diretorias Especializadas – Educação Profissional e Tecnológica
(DEPT); Graduação (DIRGRAD); Pesquisa e Pós-Graduação (DPPG);
Extensão e Desenvolvimento Comunitário (DEDC); Planejamento e
Gestão (DPG) – e as Diretorias de Unidades relativas aos campi I e II de
Belo Horizonte e a cada uma das Unidades do interior. Como as
Secretarias Especializadas, as Diretorias também têm seus órgãos
específicos para a condução dos seus trabalhos, descritos na resolução
em pauta.
Além desses órgãos, a organização administrativa compreende órgãos
colegiados: os superiores (Conselho Diretor-CD e Conselho de Ensino,
Pesquisa e Extensão-CEPE), e os especializados, segundo as áreas:
educação profissional e tecnológica, graduação, pesquisa e pós-graduação,
extensão e planejamento e gestão. Completam o conjunto, as Congregações,
como órgãos colegiados das Unidades, e os Colegiados de Curso.
19 Em março de 2016, pela Resolução CD-021/16, de 16/03 de 2016 foi instituída a Secretaria de Registro e Controle,
ou seja, quando se encerravam as atividades de elaboração deste Plano. Como a Secretaria está em construção, as
metas, os programas e objetivos relacionados ao registro e controle acadêmico encontram-se presentes, neste Plano,
em outros setores da instituição. Com a atuação efetiva da Secretaria, esses aspectos deverão ser agrupados e
reorganizados no conjunto das atribuições que a Secretaria irá assumir.
82
C –Síntese de aspectos do contexto institucional
Em sua trajetória histórica, o CEFET-MG:
é uma instituição educacional centenária, pública e gratuita, no campo
da educação tecnológica.
é uma autarquia de regime especial, vinculada ao MEC, detentora de
autonomia administrativa, científica, patrimonial, financeira e disciplinar;
é uma instituição federal de ensino superior multicampi, com atuação no
Estado de Minas Gerais, envolvendo a capital e o interior, com conceito
institucional quatro, em escala de um a cinco, atribuído pelo MEC;
contempla as características de universidade tecnológica verticalizada,
desenvolvendo, de forma indissociada, o ensino, a pesquisa e a
extensão. Tem atuação prioritária na área tecnológica e no âmbito da
pesquisa aplicada, e abrangendo os níveis médio – educação
profissional técnica de nível médio – e superior de ensino, com
graduação e pós-graduação lato e stricto sensu (mestrado e doutorado);
conta com corpo docente e servidores técnicos administrativos bem
qualificados e infraestrutura física e acadêmica condizentes com as
exigências legais e próprias de uma instituição universitária;
vem ampliando e diversificando sua oferta de cursos, mantendo a
predominância da área tecnológica;
conta com atividades de educação a distância, ofertando três cursos
técnicos nessa modalidade e desenvolvendo pesquisas na área;
tem sua atuação acadêmica nuclear fortalecida com políticas e práticas
relativas a: atividades culturais e de divulgação científico-tecnológica;
ingresso e assistência estudantil; cooperação acadêmica nacional e
internacional; comunicação social; às soluções tecnológicas. Tudo isso
permeado pela ênfase nos direitos humanos;
tem como modelo a gestão democrática fundada em princípios
orientadores dos objetivos, metas e programas institucionais;
83
possui organização administrativa que envolve Diretorias e Secretarias
Especializadas relativas a suas áreas de atuação além de um conjunto
de órgãos deliberativos na forma de colegiados superiores e
especializados relativos ao trabalho de toda a Instituição e de cada uma
das suas unidades e cursos;
conta com política de avaliação institucional contínua, tendo em vista
elevar seus patamares institucionais à luz de sua função social e suas
finalidades, tal como descritas a seguir.
Função social
(em resumo)
Promover a educação pública e gratuita com excelência, na área da educação
tecnológica, da educação profissional técnica de nível médio à pós-graduação
stricto sensu, mediante atividades de ensino, pesquisa e extensão que
propiciem, de modo crítico, competente e solidário, a formação integral de
cidadãos e profissionais capazes de contribuir para a inclusão social e o
respeito à pluralidade cultural, a responsabilidade ambiental e o
desenvolvimento científico-tecnológico, socioeconômico e cultural.
Finalidades
(em resumo)
Produzir, transmitir e aplicar conhecimentos por meio do ensino, da
pesquisa e da extensão.
Estimular o desenvolvimento da ciência e tecnologia, a criação e o
pensamento crítico-reflexivo e a solidariedade.
Formar cidadãos e propiciar a formação continuada de profissionais.
Estimular o conhecimento dos problemas da sociedade, objetivando
suas soluções.
Assegurar a gratuidade de ensino.
84
O Quadro I.01 a seguir apresenta a caracterização da Instituição, desde a sua
criação como Escola de Aprendizes Artífices de Minas Gerais, explicitando a
oferta de cursos consoante a legislação em vigor, o grau de autonomia e a
política institucionais. O quadro evidencia, assim, o desenvolvimento do
CEFET-MG na oferta do ensino técnico, da graduação e da pós-graduação ao
longo de sua trajetória, desde sua criação até sua constituição como CEFET-
MG, envolvendo o período de 1910 até 2015.
85
Quadro I.01 – Institucionalidade e oferta de cursos.
Institucionalidade Característica institucional e data de implantação de cada curso ofertado,
segundo legislação, grau de autonomia e política institucionais
Institu
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o
Escola de
Aprendizes
Artífices de
MG
1910 Ensino técnico
Liceu
Industrial de
MG
Escola
Industrial de
BH
Escola
Técnica de
BH
Institu
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ed
era
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de
En
sin
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Escola
Técnica
Federal de
MG
1971 2º grau
Graduação de curta duração
Ensino técnico integrado de 2º
grau e não mais ensino técnico
Formação de tecnólogos
1972 Engenharia de operação:
Elétrica e Mecânica
IFES CEFET-MG
1979 Graduação de longa duração:
bacharelado em Engenharia
Engenharia Industrial Elétrica e
Mecânica e não mais
Engenharias de Operação
1981
Graduação de curta duração na
formação docente, equivalente à
licenciatura
Formação de Professores da
parte de Formação Especial do
Ensino Médio (Esquema I e
Esquema II
19851 Graduação em licenciatura plena
Curso de graduação de
professores de disciplinas da
formação especial do currículo
do 2º grau
1988
Pós-graduação lato sensu
Pós-graduação stricto sensu em
caráter experimental
Cursos de especialização
(PCDET)2
Mestrado experimental:
Educação Tecnológica (ET)
1991
Pós-Graduação stricto sensu em
caráter regular
Mestrado em ET
1993
Mestrado em ET com 2 áreas de
concentração: ET e Sistemas
Flexíveis de Produção
1994 Pós-Graduação stricto sensu em
caráter regular
Mestrado em ET com 2 áreas de
concentração: ET e Manufatura
Integrada por Computador
(CIM)2
Mestrado em Tecnologia e não
mais Mestrado em ET, mantidas
as 2 áreas de concentração
1995 Graduação plena: curso de tecnologia
Curso de Tecnologia em Normalização e Qualidade Industrial
2
Continua
86
Continuação
Institucionalidade Início da implantação de cada curso ofertado, segundo legislação, grau de
autonomia e política institucionais
IFES CEFET-
MG
1998 Ensino técnico não integrado
Ensino técnico nas modalidades: concomitância interna (técnico e médio), concomitância externa (técnico modular), subsequente (técnico pós-médio)
1999
Bacharelado nas engenharias em geral e não mais apenas na área industrial
Programa de Formação Pedagógica
Graduação plena: curso de Tecnologia
Engenharia Elétrica
Engenharia Mecânica
Engenharia de Produção Civil
Programa Especial de Formação Pedagógica de Docentes e não mais curso de licenciatura
Curso de Tecnologia em Radiologia
2005
Ensino técnico integrado
Interiorização e ampliação do bacharelado exclusivamente
na área tecnológica
Ampliação e diversificação da pós-graduação stricto sensu: mestrado
Educação Profissional Técnica de Nível Médio na modalidade integrada, ao lado das modalidades concomitância externa e subsequente
Engenharia de Controle e Automação em Leopoldina
Mestrado em Educação Tecnológica e Modelagem Matemática e Computacional
2006
Continuação da interiorização e ampliação do bacharelado exclusivamente na área
tecnológica
Continuação da ampliação e diversificação da pós-graduação stricto sensu: mestrado
Engenharia de Automação Industrial em Araxá
Mestrado em Engenharia Civil
2007
Continuação da interiorização e ampliação do bacharelado predominantemente na área
tecnológica Continuação da ampliação e diversificação da pós-graduação stricto sensu: mestrado
Química Tecnológica
Engenharia da Computação
Engenharia de Automação em Araxá
Administração
Mestrado em Engenharia de
Energia
2008 Engenharia de Materiais
Engenharia Mecatrônica em Divinópolis
2009
Engenharia de Computação em Timóteo
Mestrado em Engenharia Elétrica e em Estudos de Linguagens
2010
Engenharia Ambiental e Sanitária
Engenharia de Minas em Araxá
Mestrado em Engenharia de Materiais
2011
Continuação da interiorização e
ampliação diversificada do
bacharelado
Letras
2012 Engenharia Civil em Curvelo
Continua
87
Conclusão
1 – Ano de aprovação do curso pela Resolução CD-033/85, de 16/05/1985.
2 – As ofertas, do PCDET, do Mestrado em Tecnologia e dos Cursos de Tecnologia foram desativadas, respectivamente
em 1997, 2005 e 2007. No caso do Mestrado, a desativação da sua oferta deu origem aos Mestrados em Educação
Tecnológica e Modelagem Matemática e Computacional ambos com apenas uma área de concentração
Institucionalidade Início da implantação de cada curso ofertado, segundo legislação, grau de
autonomia e política institucionais
IFES CEFET-MG
2013 Continuação da ampliação e
diversificação da pós-
graduação stricto sensu:
doutorado
Doutorado em Modelagem
Matemática e Computacional
2014 Doutorado em Estudos de
Linguagem
2015
Continuação da interiorização e ampliação do bacharelado exclusivo na área tecnológica
Continuação da ampliação e
diversificação da pós-
graduação stricto sensu:
mestrado
Engenharia de Transportes
Engenharia Elétrica em
Contagem e Nepomuceno
Mestrado em Administração
88
II. DIAGNÓSTICO
O diagnóstico das condições vigentes no CEFET-MG, para efeito da
elaboração deste PDI, envolveu mais de uma etapa. A primeira delas consistiu
em amplo e profundo levantamento e apreciação de dados e informações
sobre a Instituição, sob a responsabilidade de oito comitês distribuídos por
áreas. Cada comitê envolveu um conjunto de membros da comunidade, tal
como foi explicitado neste texto.
A segunda etapa teve por objetivo o conhecimento de dados quantitativos e
qualitativos referentes a vários aspectos da atuação institucional, no período de
2011 a 2015, atentando-se também para resultados dos processos de
avaliação institucional do período, tal como apresentados nos relatórios da
Comissão Permanente de Avaliação.
A – Levantamento e avaliação das condições institucionais vigentes
Iniciado em novembro de 2014, o diagnóstico para elaboração do PDI 2016-
2020 se deu em duas grandes etapas. A primeira e mais extensa — a qual
pode ser denominada de etapa-base do diagnóstico institucional — foi
realizada com o intuito de se verificar a situação do CEFET-MG, em suas
diversas esferas de funcionamento e de atuação, na visão dos sujeitos
institucionais. Tal diagnóstico se configurou como um amplo panorama sobre a
estrutura, o funcionamento interno e o contexto de inserção institucional, o que
contribuiu para o processo de definição de condições a serem alcançadas
tendo em vista a consecução das finalidades da Instituição, à luz da sua função
social.
Dadas a complexidade das estruturas e das dinâmicas administrativa e
acadêmica e a necessidade de esforço compartilhado para a análise
situacional constituíram-se, em dezembro de 2014, oito comitês temáticos. A
atribuição desses seria pesquisar e compreender, de forma analítica, detalhes
e singularidades de cada área fundamental ou emergente, para posterior
síntese de conclusões e tomada de decisões, expressas em metas, programas
e objetivos específicos relativos aos próximos cinco anos.
89
Conforme mencionado, os comitês ficaram responsáveis pelas seguintes
áreas: ensino, pesquisa, extensão, política estudantil, governança e acesso à
informação, planejamento e gestão, gestão de pessoas e espaço físico.
Com a compreensão de que a gestão institucional deve ser feita a partir da
atenta avaliação das condições administrativas e acadêmicas, tais grupos
foram compostos por servidores selecionados por meio de critérios como
atuação destacada e conhecimento nas respectivas áreas, por indicação da
Diretoria Geral e das Diretorias e Secretarias Especializadas. Posteriormente,
em vista dos debates ocorridos em visitas realizadas aos campi do interior,
também foram feitas indicações de servidores para integrarem os grupos
originais, por parte das Diretorias de Unidades. Isso intensificou a capilaridade
das discussões, possibilitando maior troca de experiências entre os vários
sujeitos institucionais.
Cada grupo realizou a análise da situação institucional, evidenciando
características que, com maior probabilidade, teriam o potencial de interferir,
positiva ou negativamente, no cumprimento da função social do CEFET-MG e
na consecução dos objetivos de desenvolvimento institucional. Assim, foram
levantados fatores institucionais relativos a cada uma das mencionadas áreas
temáticas, os quais podem ser agrupados em externos (próprios do contexto no
qual a Instituição se insere) e internos (próprios da Instituição).
Os fatores externos envolveram orientações normativas, política, social,
econômica ou quaisquer outras cujas atribuições dos sujeitos institucionais não
lhes conferem poderes decisórios para intervenção direta sobre eles. Tais
fatores, quando potencialmente positivos, poderiam ser aproveitados para a
consecução dos objetivos institucionais. Por outro lado, quando potencialmente
negativos, seriam analisados para que, o tanto quanto possível, fossem
contornados, evitando-se, assim, danos que, por análise e planejamento
adequados, pudessem ser evitados.
Os fatores internos, por sua vez, referiram-se às situações da realidade
institucional que podem ser diretamente alteradas pela deliberação e pela ação
dos sujeitos acadêmicos e administrativos, conforme suas atribuições. Ao se
90
verificarem situações prejudiciais à atuação institucional, caberia a intervenção
reparadora em estruturas ou procedimentos. Ao contrário, percebendo-se
destacada qualidade positiva em características e processos institucionais,
poderiam ser realizadas ações para sua manutenção ou seu reforço.
Isso posto, ao longo do ano 2015, os comitês realizaram intenso e extenso
trabalho de análise e discussão de informações e dados coletados. O tanto
quanto possível, buscaram-se dados quantitativos e qualitativos passíveis de
verificação, por meio de metodologias diversas, tais como análise documental e
arquivística, aplicação de questionários, realização de entrevistas, verificação
in loco e realização de brainstormings. Buscou-se, portanto, o contínuo debate,
feito entre os membros dos grupos e, quando necessário, com especialistas e
partes interessadas de cada área.
Analisados os dados, cada equipe elaborou relatório1 próprio com a síntese de
suas constatações sobre o diagnóstico então realizado. Foram colocadas em
evidência as principais condições observadas consideradas fundamentais para
a condução da segunda grande etapa de elaboração do PDI 2016-2020. A
condução desta levou em conta novas sínteses apresentadas pelos comitês,
relativas a objetivos institucionais a serem contemplados nos próximos cinco
anos. Estes foram incluídos na parte III deste Plano, em Visão de futuro e não
são aqui retomados.
Essa etapa-base de diagnóstico descrita foi completada com novos dados e
informações, tal como registrados a seguir.
1 Os textos dos relatórios de cada grupo como também os relativos às sínteses produzidas a partir deles foram
disponibilizados para a Diretoria Geral e Diretorias e Secretarias Especializadas e considerados peças-chave para a
definição deste PDI. Além disso, deverão ser consultados para a definição de projetos e ações específicas dos
diferentes setores institucionais, durante todo o período de 2016-2020.
91
B – Dados e informações sobre a caracterização institucional – 2011-2015
A seguir será apresentada uma amostra de dados e informações sobre a
atuação do CEFET-MG, no âmbito das atividades-fim e de atividades que lhes
dão apoio, e que foram conduzidas pelas Diretorias Especializadas e pelas
Secretarias de Política estudantil e de Relações Internacionais, envolvendo o
período de 2011-2015.
Quanto aos aspectos qualitativos, eles abordam apenas o ano de 2015, último
ano de vigência do PDI 2011-2015. Nesse caso, ao lado da expansão,
verificada pelos dados quantitativos, verifica-se a diversificação das atividades
institucionais. Essa diversificação incide não apenas em relação às áreas de
conhecimento envolvidas, como também em relação à interiorização
institucional. Esta última responde à necessidade de a Instituição adequar-se
às características regionais, particularmente na oferta de cursos na educação
profissional técnica de nível médio e na educação superior. Ainda em relação
ao ensino, os dados expressam a qualidade dos cursos superiores ofertados, o
que se evidencia pelos seus conceitos, tal como registrado nos quadros
correspondentes.
Além disso, os dados sinalizam o vigor de muitos grupos de pesquisa, cujos
inícios remontam à década de 1990 e permanecem em atividade até o
presente, com novos projetos em atendimento às condições conjunturais do
espaço geográfico e histórico da Instituição. Na extensão, os dados de 2011
até 2015 também indicam essa característica, embora a maioria das ações se
estenda por períodos mais curtos, dada a natureza da extensão talvez mais
influenciada pelas suas relações com as condições da comunidade.
Em síntese, evidencia-se a densidade institucional como instituição
universitária verticalizada, de alta qualidade, do nível médio na educação
básica ao nível de doutorado na educação superior.
92
1 – Ensino
Apresenta-se neste tópico dados sobre a evolução da oferta de cursos
regulares em todos os níveis de ensino. Observa-se significativo crescimento
do número de cursos ofertados no ensino técnico, na graduação e na pós-
graduação stricto sensu, considerando, particularmente o início do período em
2011 e o seu término, em 2015. Também é expressiva a situação de expansão
relativa ao ano de 2015 quando comparada à de 2014. No caso dos cursos de
EPTNM o gráfico correspondente registra todas as ofertas, considerando-se
todos os campi e todas as modalidades: cursos integrados, cursos na
concomitância externa e cursos subsequentes. Há também a oferta de três
cursos na modalidade de EaD, tal como explicitado no tópico de Trajetória
institucional deste Plano.
Ressalta-se o esforço da Instituição no sentido da expansão da pós-graduação
no nível de doutorado, passando a contar com um curso em 2013 e dois em
2015. No caso dos cursos de pós-graduação lato sensu, há que se registrar
que um dado curso pode não ser ofertado todos os anos, razão por que foram
privilegiados, na coleta de dados, os números relativos a novas ofertas, ou
seja, cursos novos, ofertados a cada ano. Neste caso, observa-se um total de
20 novos cursos ofertados no período. Isto também se explica pela natureza
desses cursos que buscam atender a demandas conjunturais da comunidade.
Deve-se acrescentar aqui a atuação das Coordenações Pedagógicas (CP)
existentes em todos os campi e que vêm contribuindo para elevação da
qualidade do ensino na Instituição. As atribuições desses setores são definidas
pela Resolução CD-049/12, de 03/09/2012. “As Coordenações Pedagógicas
são unidades organizacionais responsáveis por implementar e executar as
políticas de ensino das diretorias de Graduação, de Educação Profissional e
Tecnológica e de Pesquisa e Pós-graduação, no âmbito das unidades”.
A propósito da atuação desses órgãos, no início de 2016, pela Portaria DIR-
388/16, de 26/04/2016, foi constituída a Comissão Responsável pela
Reestruturação e Elaboração do Regulamento da Coordenação Pedagógica.
Essa constituição tem como uma das motivações o fato de se constatar a
necessidade de uma atuação mais orgânica das coordenações, considerando-
93
se todos os campi e as diferentes instâncias institucionais com as quais elas
colaboram.
Os quadros e gráficos a seguir expressam considerações aqui feitas.
Gráfico II.01 – Ofertas na EPTNM – 2011-2015.
Nota: Os dados incluem cursos presenciais e a distância.
Fonte – Diretoria de Educação Profissional e Tecnológica
94
Quadro II. 01
Cursos de educação profissional técnica de nível médio em 2015.
Curso Início1
Campus EPTNM
EAD
PROEJA
2 INT CON SUB
Controle Ambiental 2012 Contagem X
Edificações
1969 Belo Horizonte X X
2001 Araxá X X X
2007 Timóteo X X X
2007 Varginha X X
2010 Curvelo X
Eletroeletrônica3
2012 Timóteo X
2012 Nepomuceno X
2012 Curvelo X
2012 Contagem X
Eletromecânica
1982 Belo Horizonte X X
1996 Divinópolis X X X
1997 Leopoldina X X
Eletrônica 1969 Belo Horizonte X X X
1992 Araxá X X X
Eletrotécnica
1960 Belo Horizonte X X X
1987 Leopoldina X
2007 Nepomuceno X X X
2010 Curvelo X
Equipamentos Biomédicos 1998 Belo Horizonte X
Estradas 1951 Belo Horizonte X X X
Hospedagem 1998 Belo Horizonte X X X
Informática
1987 Belo Horizonte X
1997 Leopoldina X X X
2006 Divinópolis X
2007 Timóteo X X X
2007 Varginha X X X
2012 Contagem X
Informática para internet3
2007 Divinópolis X X
2012 Timóteo X
2012 Nepomuceno X
2012 Curvelo X
Mecânica
1943 Belo Horizonte X X X X
1987 Leopoldina X X X
1992 Araxá X X X
Mecatrônica
2010 Nepomuceno X X X
2006 Belo Horizonte X
2007 Varginha X X
Meio Ambiente3
1986 Belo Horizonte X X
2010 Timóteo X
2012 Nepomuceno X
2010 Curvelo X
2012 Curvelo X
Metalurgia 2007 Timóteo X X
Mineração 1992 Araxá X X X
Produção de Moda 1996 Divinópolis X X X
Química 1964 Belo Horizonte X X X
2007 Timóteo X
Rede de Computadores 2011 Nepomuceno X
2010 Belo Horizonte X
Trânsito 2015 Belo Horizonte X X X
Transporte e Trânsito 2001 Belo Horizonte X
Fonte – CHAMON; GOODWIN JÚNIOR (2011); Diretoria de Educação Profissional e Tecnológica; e Resoluções do CD, CEPE e CEPT. 1. O ano refere-se ao início do curso e não necessariamente ao início de todas as suas formas ou modalidades de oferta. Para cinco cursos ofertados nos campi de Belo Horizonte, o ano se refere ao ano de início do curso com o nome tal como registrado, embora o nome do curso que lhe deu origem tenha sido diferente na sua origem. Assim: Mecânica (1968) – Construção de Máquinas e Motores (1943-1967); Estradas (1961) – Construção de Pontes e Estradas (1951-1960); Meio Ambiente (1999) – Saneamento (1986-1998); Equipamentos Biomédicos (2009) – Equipamentos para a Área da Saúde/ Equipamentos Médico-Hospitalares (1998-2008); Hospedagem (2012) – Turismo e Lazer (1998 a 2011). 2. PROEJA (Programa de Integração da EPT ao Ensino Médio na Modalidade de EJA).
95
3. Ofertado também no polo de educação a distãncia em Campo Belo.
Quadro II.02 – Cursos de graduação em 2015, por ano de início da oferta.
Ano Curso Campus Portarias MEC e
Resouções CEPE1
Indicadores de avaliação
CC CPC ENADE
1979 Engenharia Elétrica
B. Horizonte II
2
Portaria n.1.091, de 24/12/15 (RR)
5 (2004) 4
4
(2015) Engenharia Mecânica 4 (2004)
1981 Formação de Professores
3
Portaria n. 2372, de 05/07/06. (R)
A4 A
4 A
4
1999 Engenharia de Produção Civil
Portaria n. 1.091, de 24/12/15
sem índice
5
4 4
(2015)
2005 Engenharia de Controle e Automação
Leopoldina Portaria n. 286, de 21/12/12 (RR)
4 (2011)
3 3
(2011)
2006
Engenharia de Automação Industrial
Araxá Portaria n. 1.091, de 24/12/15 (RR)
3 3
(2015)
Química Tecnológica B. Horizonte I
4 4
(2015)
2007 Administração B. Horizonte II
Portaria n. 702 de 18/12/13 (RR)
4
5
(2012)
2007 Engenharia de Computação
B. Horizonte
II
Portaria n.1.091, de 24/12/15 (RR)
5 (2012)
4
4
(2015)
2008
Engenharia de Materiais B. Horizonte I 4(2014) 3
Engenharia Mecatrônica Divinópolis Portaria n. 48 de 23/01/2015 (RR)
4
sem
índice5
5
2009 Engenharia de Computação
Timóteo Aguardando parecer final da CTAA (R)
4 (2015) 4
(2015)
2010
Engenharia Ambiental e Sanitária
B. Horizonte I
Portaria n. 866, de 9/11/15 (R)
4 4
Engenharia de Minas Araxá Reconhecimento/ em andamento (R)
sem índice
5
4
(2015) 2011 Letras
B. Horizonte I
Aguardando parecer da SESU (R)
4 (2015)
2012 Engenharia Civil Curvelo Resolução CEPE 05/12, de 10/05/12
sem índice
5 sem
índice5
2015
Engenharia Civil Varginha Aguardando parecer final da CTAA (A)
4(2015)
Engenharia de Transportes
B. Horizonte I
Resolução CEPE 24/14, de 29/08/14
sem índice
5
Engenharia Elétrica Nepomuceno Portaria n. 915, de 27/11/15 (A)
4 (2015)
Fonte – Diretoria de Graduação – Dezembro de 2015. 1 – Portarias: A – Autorização; R – Reconhecimento; RR – Renovação de reconhecimento. 2 – Belo Horizonte II e Belo Horizonte I referem-se ao campus II e campus I. 3 – Desde 1998, a formação de professores deixou de ser curso de licenciatura e passou a ser ofertada na forma de
Programa. 4 – À época, o conceito dos cursos e programas era expresso na forma de letras, sendo A o conceito mais elevado. 5 – Curso não completou o ciclo do SINAES.
96
Gráfico II.02 – Cursos de graduação – 2011-2015.
Fonte – Diretoria de Graduação.
Gráfico II.03 – Cursos de mestrado e doutorado – 2011-
2015.
Fonte – Diretoria de Pesquisa e Pós-Graduação.
Gráfico II.04 – Turmas de pós-graduação lato sensu de
cursos novos em funcionamento – 2011-2015.
97
Fonte – Diretoria de Pesquisa e Pós-Graduação e Coordenação do Programa de Pós-Graduação lato sensu.
Quadro II. 03 – Mestrado (M) e doutorado (D) em 2015, por ano de
início da oferta.
Ano Curso
2005
Educação Tecnológica (M)
Modelagem Matemática e Computacional (M)
2007 Engenharia Civil (M)
Engenharia da Energia (M)
2008 Estudos de Linguagens (M)
2009 Engenharia Elétrica (M)
2010 Engenharia de Materiais (M)
2013 Modelagem Matemática e Computacional (D)
2015 Administração (M)
Estudos de Linguagens (D)
Fonte – Diretoria de Pesquisa e Pós-Graduação.
98
2 – Pesquisa e Inovação
Conforme dados a seguir, ao longo dos últimos cinco anos, houve evidente
expansão do número de grupos de pesquisa cadastrados no CNPq e de bolsas
de Iniciação Científica (IC) e de Iniciação Tecnológica e Inovação (ITI).
Essa expansão não é fruto apenas de novos grupos desvinculados dos
anteriores e a eles acrescidos, mas, também, do desdobramento de um dado
grupo em dois ou mais, tendo em vista a sua ampliação em termos da equipe
e, obviamente, de projetos de pesquisa conduzidos. Nessas condições, por
dados da DPPG, enquanto em 2011 havia pouco mais de 60 grupos, em 2015
esse número aumentou para 96.
Ressalta-se ainda que o número de bolsas de IC-Jr – 180 – e que são
concedidas pela FAPEMIG manteve-se constante, de 2011 a 2015, pelo fato de
ser o maior número de bolsas concedidas pela agência. Esse número fora
alcançado já em 2009, quando houve aumento de 140 para 180 bolsas.
Tudo isso reflete os esforços concentrados em prol da expansão da pesquisa
científica e tecnológica no CEFET-MG, consolidando as bases necessárias
para o estabelecimento de uma instituição universitária plena.
Gráfico II.05 – Bolsas de IC/ITI e IC-Jr – 2011-2015.
Fonte – Diretoria de Pesquisa e Pós-Graduação.
IC/ITI – Iniciação Científica e Iniciação Tecnológica e Inovação.
IC-Jr – Iniciação Científica Júnior.
99
Gráfico II.06 – Bolsas de Iniciação Científica (BIC)
Iniciação Tecnológica e Inovação (BITI) e Iniciação Científica Júnior (ICJr) por instituição – 2011-2015.
Fonte – Diretoria de Pesquisa e Pós-Graduação.
Antes de se identificarem os grupos de pesquisa, presentes no Diretório de
Grupos do CNPq, convém mencionar que, sobretudo a partir da última década,
a Instituição vem enfatizando a inovação científico-tecnológica em suas
atividades de pesquisa. Nessa direção, os programas do PDI 2011-2015 já
contemplam a área da pesquisa intitulando-a de pesquisa e inovação. No
entanto, não ainda com a defesa explícita de que a inovação não é um fim em
si mesmo. Nesse sentido, o reforço à inovação mantém-se neste PDI 2016-
2020, embora se chame a atenção para o fato de que a inovação só cumpre
seu papel de contribuição aos processos e conteúdos da educação e de outros
setores sociais quando se relacionam a finalidades de melhoria das condições
de vida da população. Dentro disso, ela deve se vincular estreitamente aos
princípios, objetivos e metas expressos neste Plano.
Ressalta-se que os grupos de pesquisa referidos desenvolvem atividades
estreitamente relacionadas ao ensino e à extensão e constituem a base da
pós-graduação stricto sensu.
Há que se acrescentar, ainda, o fato de que os grupos, identificados no quadro
a seguir, constituem boa oportunidade para a vivência do ensino verticalizado
na Instituição, pelo fato de eles congregarem alunos de todos os níveis de
100
ensino atuando em um mesmo projeto. Além disso, a pesquisa permeia as
atividades didáticas (docentes desenvolvem pesquisa em pós-graduação, com
os resultados sendo utilizados em sala de aulas, às vezes, inclusive, nos
cursos de EPTNM). Assim, a capilaridade valorizada pela CAPES (da pós para
a graduação e para a educação básica) ocorre de forma ainda mais intensa e
efetiva.
Quadro II.04 – Grupos de pesquisa no Diretório de Grupos do CNPq em 20151.
Continua
Área de conhecimento/ grande área
Grupo Início da atuação
Administração
(Ciências Sociais Aplicadas)
LOGOS - Grupo de Pesquisa em Processos e Sistemas Decisórios em Arranjos Organizacionais
2008
NEOP - Núcleo de Estudos Organizacionais e Psicanálise 2011
GFIN - Grupo de Pesquisa em Finanças Corporativas e de Mercado 2012
Grupo de Pesquisa sobre Cultura de Consumo
2015
NICE - Núcleo de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo
Artes
(Linguística,
Letras e Artes)
Corpo, Movimento e Tecnologia: Núcleo de Pesquisa e Experimentação em Poéticas do Corpo e do Movimento COMTE/CEFET-MG.
2011
Ciência da Computação
(Ciências Exatas
e da Terra)
Sistemas Inteligentes 1999
Grupo de Engenharia de Desempenho de Sistemas Computacionais 2002
Simulação, Geoprocessamento e Sistemas de Transportes. 2004
Algoritmos, Meta-heurísticas e Otimização.
2009
GRAAL - Grupo de Redes, Automação e Algoritmos.
Computação Aplicada 2010
Engenharia de Software e Linguagens de Programação 2011
Bioinformática, Biologia Computacional e Sistemas Bio-inspirados. 2014
SisComp - Sistemas Computacionais
Ciência e Tecnologia de Alimentos
(Ciências Agrárias) Grupo de Pesquisas em Tecnologia de Alimentos 2006
101
Continuação
Área de conhecimento/ grande área
Grupo Início da atuação
Educação (Ciências Humanas)
Teoria e Metodologia do Ensino Tecnológico 1994
AMTEC
1998 INFORTEC - Núcleo de Pesquisa em Linguagens e Tecnologia
NEPETEC - Núcleo de Estudo e Pesquisa em Educação Tecnológica
FORQUAP - Grupo de Pesquisa em Formação e Qualificação Profissional
2002 LACTEA - Interações sociotécnicas
NEMHE - Núcleo de Estudos de Memória, História e Espaço
2006
AVACEFETMG
2008
Educação e Ciência
2009
FICITEC – Filosofia da Ciência e da Tecnologia
Formação e Produção Científica Integrada à Educação de Jovens e Adultos (EJA)
NEAB/CEFET-MG - Núcleo de Pesquisa e Estudos Afro-brasileiros do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
CEFEMAT 2011
NEGED/CEFET-MG - Núcleo de Estudos sobre Gênero e Diversidades 2014
NAVE ACTIO - Arte, Ciência, Tecnologia, Design, Empreendedorismo e Inovação
2015
Engenharia Biomédica
(Engenharias) Centro de Engenharia Biomédica 2012
Engenharia
Civil (Engenharias)
Energia e Nanotecnologia 2007
Materiais para Construções Sustentáveis
Arquitetura e Construção Sustentável 2008
Grupo de Pesquisa e Desenvolvimento em Alvenaria Estrutural 2009
Grupo de Pesquisas em Tecnologia de Edificações 2011
Simulação em Mecânica Computacional 2012
GPEEC - Grupo de Pesquisa em Eficiência Energética e Construção Civil 2014
Núcleo Multidisciplinar de Pesquisa e Extensão do Patrimônio Histórico e Meio Ambiente
NICE - Núcleo Interdisciplinar em Materiais para Construção Civil e Estruturas 2015
NEGE - Núcleo de Estudos em Geotécnica Eco Eficiente
Engenharia de Materiais e Metalúrgica (Engenharias)
Materiais e Processos 2006
MIS - Materiais Inovadores Sustentáveis 2008
Design, Processamento e Tecnologia de Polímeros e Compósitos 2012
Análise de Falhas e Corrosão 2013
Materiais Cerâmicos 2014
Nanomateriais Aplicados à Indústria da Construção Civil
102
Continua
Continuação
Continua
Área de conhecimento/ grande área
Grupo
Início da atuação
Engenharia de Transportes
(Engenharias)
CEFETRANS 2008
PlanMUrb - Planejamento da Mobilidade Urbana 2012
Engenharia Elétrica
(Engenharias)
Técnicas de Processamento de Sinais, Telecomunicações, Aplicação de Wavelets, Processamento Multitaxas. Reconhecimento de Padrões, Processamento de Imagens. Sensoriamento Remoto, Sinais Biomédicos
1997
Grupo de Estudos em Energia
GEA - Grupo de Eletromagnetismo Aplicado 2004
Modelagem e Controle de Sistemas Mecatrônicas 2006
Controle, Automação e Energia 2009
Núcleo de Energias Alternativas e Eletrônica Industrial
Controle e Automação Aplicados a Sistemas Eletrônicos de Potência 2011
Grupo de Instrumentação e Processamento Digital de Sinais Aplicado
GPAIROM - Grupo de Pesquisa em Automação e Robótica
2012 Grupo de Processamento Digital de Sinais e Controle Digital de Sistemas
Engenharia Mecânica
(Engenharias)
Estudo de Compósitos por meio do Método dos Elementos Finitos 1997 HVAC&R - Heating, Ventilation, Air Conditioning and Refrigeration
Núcleo de Engenharia de Confiabilidade e Sustentabilidade de Sistemas
2005
MeCA - Mecânica Computacional Aplicada 2006
Grupo de Pesquisa em Secagem Solar 2008
GPIT - Grupo de Pesquisa e Inovação Tecnológica 2009
Otimização dos Processos de Fabricação 2010
Metrologia e Processos de Fabricação 2013
Engenharia Sanitária
(Engenharias)
Análise e Modelagem de Sistemas Ambientais 2007
Gestão de Resíduos Sólidos 2007
Tratamento de Água, Efluentes e Rejeitos 2009
Análise e Planejamento Ambiental 2014
Física (Ciências Exatas
e da Terra)
Grupo de Estudos em Sistemas Complexos 2006
Sistemas Dinâmicos
Física Atômica e Molecular e Espectroscopia 2012
Geociências (Ciências Exatas
e da Terra) Grupo de Pesquisas em Geociências 2004
103
Conclusão
Fonte – Diretoria de Pesquisa e Pós-Graduação. 1 – Há que se registrar que os dados do quadro referem-se aos grupos de pesquisa em funcionamento em cada ano considerado, excluindo, portanto, os grupos de anos anteriores que foram desativados e incluindo os novos que iniciaram suas atividades em cada um desses anos. Além disso, como os dados foram levantados em 2015, só estão presentes no quadro os grupos que se mantinham em funcionamento nesse ano.
Área de conhecimento/ grande área
Grupo Início da atuação
Letras (Linguística, Letras
e Artes)
Discurso, Cultura E Poesia 2006
Letramentos, Processos Discursivos e Tecnologias 2008
TECNOPOÉTICAS - Grupo de Pesquisa em Poéticas Telemáticas, Cibernéticas e Impressas
2009
Literatecnica 2011
Grupo de Estudos de Poesia Portuguesa Moderna e Contemporânea - GEPPMC
2012
Estudos sobre Narrativas de Si a partir de Corpora e Suportes Diversos
2015 Grupo de Estudos de Processos de Criação e Circulação de Produtos Editoriais Luso-Afro-Brasileiros (GEPCC-PELAB)
Linguística (Linguística, Letras
e Artes)
Escritas profissionais e processos de edição 2011
Grupo de Pesquisa em Materiais e Recursos Didáticos 2012
NALET - Núcleo de Aprendizagem de Línguas e Ensino Tecnológico
Núcleo Terminologia, Linguística, Letras, Artes e Tecnologias Assistivas
2014
Matemática (Ciências Exatas
e da Terra)
MENU - Grupo de Pesquisa em Métodos Numéricos e Computacionais em Engenharia
2012
Microbiologia (Ciências Biológicas)
Biodiversidade e Biotecnologia de Micro-Organismos 2014
Química (Ciências Exatas
e da Terra)
Grupo de Pesquisas em Nanotecnologia e Nanomateriais 2009
Catálise e Processos Tecnológicos 2011
Química Verde 2013
Grupo de Pesquisa em Espectrometria Atômica, Preparo de Amostras e Metrologia Química
2014
Sociologia (Ciências Humanas)
PROGEST 2008
Igualdade e Relações de Gênero em áreas de Ciência e Tecnologia 2014
Trabalho, Cultura e Materialismo
104
3 – Extensão e Desenvolvimento Comunitário
No CEFET-MG, devido suas características básicas de Instituição de Educação
Tecnológica, visando à formação de profissionais altamente qualificados e
cidadãos críticos, a extensão percorreu um caminho pautado inicialmente pela
prestação de serviço à indústria local, o que permitia atender às empresas e
qualificar seus alunos. Aos poucos, a área foi assumindo postura diferenciada
ao promover cursos de especialização e consultorias em projetos de pesquisa
e desenvolvimento.
Progride, posteriormente, pela manifesta proposta no PDI 2011-2015, para se
tornar referência regional e equilibrar a prestação de serviço com outros tipos
de atividades, com tendência a se priorizarem as atividades sociais e culturais.
Resgistra-se ainda a ampliação das atividades ligadas à inclusão social,
conduzidas principalmente pela Coordenação Geral de Relações Étnico-
Raciais, Inclusão e Diversidade. Estas ainda careceriam de maior consolidação
institucional.
Em vista da sinalização da política de governo apontar para a premente
necessidade de fomentar a inovação tecnológica, por meio do estabelecimento
de parcerias entre centros de pesquisa e desenvolvimento tecnológico,
universidades e o setor produtivo, vislumbra-se como norte para a DEDC
fortalecer as políticas de transferência de tecnologias até mesmo incorporando
as questões da inovação tecnológica. Estabelecendo-se política colaborativa,
pretende-se ampliar o empreendedorismo por meio da incubação e criação de
empresas juniores, sem, no entanto, perder de vista a consolidação das
conquistas promovidas na área social, educacional e cultural. As tabelas e
gráficos que se seguem evidenciam aspectos da atuação da extensão.
105
Tabela II.01 – Atividades de extensão registradas na DEDC e levadas a efeito – 2011-2012.
Atividade 2011 2012 Total %
1. Cursos 3 3 6 12
2. Cursos PG LS 10 - 10 20
3. Eventos 3 - 3 6
4. Pesquisa Aplicada 4 2 6 12
5. Prestação de Serviço 5 2 7 13
6. Programa 2 1 3 6
7. Projeto 4 3 7 13
8. Projeto Comunitário 1 4 5 10
9. Projeto Cultural 1 1 2 4
10. Projeto Educacional - 2 2 4
Total 33 18 51 100
Fonte – Diretoria de Extensão e Desenvolvimento Comunitário.
Gráfico II.07 – Total de atividades de extensão
registradas na DEDC e levadas a efeito – 2011-2012.
Fonte – Diretoria de Extensão e Desenvolvimento Comunitário.
Segundo dados registrados na DEDC, os projetos que não envolveram
parcerias externas ampliaram-se, a partir de 2009, com pequena oscilação em
2010, sofrendo queda em 2011 pelo lançamento de novos cursos de
especialização. Em 2012, mesmo não sendo as mais valorizadas nos encargos
acadêmicos, as atividades sem financiamento externo ou parcerias atingiram
sua maior marca, i.e. 50%, o que indica tendência ao equilíbrio entre elas e as
atividades com financiamento externo.
A partir de 2013, o CEFET-MG atualiza a regulamentação do pagamento de
bolsa de extensão discente adequando-a à legislação federal e promovendo o
106
apoio financeiro a atividades na área, por meio do EDITAL CEFET-EXT. O
expressivo aumento de projetos contemplados com foco social foi significativo
no final do período de 2011 a 2015.
O gráfico a seguir evidencia o total de projetos relativos a populações e
comunidades em situação de risco, no período de 2012 a 2015.
Gráfico II.08 – Projetos de extensão com atendimento a população e comunidades em situação
de risco – 2012-2015.
Fonte – Diretoria de Extensão e Desenvolvimento Comunitário.
No mesmo período, houve também significativo aumento da participação de
bolsistas em projetos de extensão em geral, tal como evidenciam os dados em
seguida.
Gráfico II.09 – Atividades de extensão – 2012-2015.
Fonte – Diretoria de Extensão e Desenvolvimento Comunitário.
107
Gráfico II.10 – Bolsas de extensão – 2012-2015.
Fonte – Diretoria de Extensão e Desenvolvimento Comunitário.
O quadro seguinte identifica programas e ações da extensão em andamento no ano de 2015,
segundo o ano em que se iniciaram.
Quadro II.05 – Ações de extensão em 2015, segundo ano de início.
Título Objetivos
2004
Programa Núcleo de Engenharia Aplicada a Competições (NEAC). Projetos vigentes/ Equipes:Cefast Aerodesign, Fórmula SAE, BAJA-SAE, Ecofet, Trincabotz,
e-Cefast.
Desenvolver atividades práticas relacionadas ao conteúdo dos cursos do CEFET-MG, num formato organizacional semelhante ao empresarial.
2005
Programa Apoio Técnico Pedagógico à Expansão do Ensino em Minas Gerais
Estabelecer modelos de apoio do CEFET-MG às prefeituras de Minas Gerais na implantação de escolas de EPTNM.
Grupo ASSUM PRETO
Promover a participação das comunidades em atividades culturais regionais, levando o folclore às pessoas de todas as classes sociais.
2009
Operação Brasil
Promover o intercâmbio sociocultural Brasil/França e integração tecnológica e humanitária com as populações menos favorecidas, por meio da reforma e ampliação de creches em Belo Horizonte, realizadas com o apoio de estudantes franceses (Operation Brésil) e brasileiros.
2010
Núcleo de Pesquisa Afro-Brasileiro
Atuar na área dos estudos afro-brasileiros e das ações afirmativas em favor das populações afrodescendentes, bem como na área dos estudos das línguas, artes e civilizações africanas do curso de graduação em Letras do CEFET MG.
CLIC-Centro de Línguas e Cultura
Possibilitar aos indivíduos desenvolver habilidades comunicativas em línguas estrangeiras; difundir, socializar e democratizar o conhecimento produzido e existente no CEFET-MG; obter dados para implementação de pesquisas em linguística aplicada ao ensino e à aprendizagem de línguas estrangeiras.
108
Título Objetivos
Programa Astronomia no Vale do Aço, um novo olhar para o céu.Projetos vigentes: Timóteo 2010; Belo Horizonte 2014; Leopoldina 2014.
Promover a cultura e a educação científica nas comunidades e propiciar a maior integração entre teoria, prática e tecnologia nas atividades de ensino do campus.
Programa Artes e Ofícios: Pró-técnico nas escolas públicas e escolas de instituições de assistência social. Projetos vigentes em: Belo Horizonte, Araxá, Augusto de Lima, Além Paraíba e Timóteo.
Preparar alunos concluintes do ensino fundamental da rede pública para a participação no processo seletivo para ingresso nos cursos de nível médio do CEFET-MG..
2012
P&D 373 - Infraestrutura de uma rede inteligente (smart-grid) a baixo custo.
Viabilizar atendimento às necessidades do setor elétrico, e implantação pela CEMIG de um lote pioneiro da tecnologia CMUF na cidade de Sete Lagoas. Trata-se de um sistema desenvolvido em projetos de P&D da CEMIG com as parceiras UFMG e CEFET. A plataforma permitirá à CEMIG monitorar em tempo real o consumo interno estratificado de residências e de transformadores na sua rede.
Avaliação do comportamento mecânico e da durabilidade de materiais de construção
Atender à demanda por serviços no setor da construção civil, visando á avaliação do comportamento mecânico e da durabilidade de materiais de construção pelo Departamento de Engenharia Civil do CEFET-MG.
Capacitação de profissionais para o ensino de português como língua estrangeira (PLE)
Expandir, integrar, vislumbrar possibilidades do ensino de português como língua estrangeira.
Azimute Norte Difundir a prática do desporto com orientação associada aos conhecimentos de geografia, biologia e educação física.
Desenvolvimento de protótipo para diagnóstico de câncer de mama – Mamamiga
Facilitar o autoexame de mama para detecção precoce do câncer de mama.
2013
Caracterização e estudo da utilização Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) como constituinte de materiais de construção
O projeto tem como objetivo atender às demandas apresentadas pela empresa Belgo Bekaert para caracterização e estudo de torta de ETE como constituinte em materiais de construção. Pretende-se avaliar a viabilidade técnica da torta de ETE como matéria-prima na confecção de materiais de construção diversos, notadamente aqueles à base de cimento Portland.
Sistema especialista de gestão de ativos e manutenção preditiva de subestações
Desenvolvimento de nova metodologia e sua transformação em sistema computacional para a Cemig otimizar a manutenção dos ativos de sua rede de baixa e média tensão.
Implantação de projeto de extensão CEAM - Centro de Educação Ambiental
Propiciar o aumento de conhecimentos, a mudança de valores e o aperfeiçoamento de habilidades para estimular maior interação e harmonia dos indivíduos com o meio ambiente.
2014
Robótica: uma nova ferramenta aplicada ao ensino
Usar o lado divertido e criativo de robótica para despertar em estudantes, do ensino fundamental e médio, o interesse por novas tecnologias.
Projeto piloto de implantação de sistema de reciclagem de automóveis ambientalmente corretos e sustentáveis no Brasil
Implantar Unidade Piloto de Reciclagem de Veículos, contando com apoio tecnológico e financeiro do Japão por meio da JICA e da empresa Kaiho Sangyo Ltda.
Sustentabilidade: tecnologia de destinação de retalhos de tecidos em malha na indústria de
Promover melhor destinação dos resíduos de malharia produzidos pelas empresas confeccionistas de Divinópolis por meio do
109
Título Objetivos
confecção do município de Divinópolis-MG
reaproveitamento dos retalhos.
2015
Curso de Esperanto: presencial e virtual
Oferecer curso da língua esperanto aliado a recursos computacionais variados e interligados, visando fornecer ao aluno conhecimentos da língua e de recursos didáticos e meios de comunicação internacionais pela internet.
Projeto "Compartilhar"
Promover cursos de extensão que atendam a comunidade do município de Contagem e possibilitem o contato dos alunos do último ano de ensino médio integrado do CEFET-MG com a prática profissional.
Projeto “Quebrando a Cuca”
Estimular o uso de Objetivos de Aprendizagem (OA) como recurso de construção de conhecimento, auxiliando os alunos na compreensão dos conteúdos curriculares ligados à área da matemática e no desenvolvimento de raciocínio lógico.
Curso de Alemão Oferta de curso de Alemão para alunos brasileiros.
Supervisão da Preparação de relatórios FIAT 2014/2015
Supervisionar engenheiros e estagiários na elaboração de relatórios para a empresa FIAT Automóveis sob a coordenação Geral da FCO.
Almoço Cultural
Despertar o gosto pela música e suas expressões; criar rotina de apresentações culturais na escola; desenvolver o lado humanístico dos alunos na participação em atividades culturais; estimular novos talentos culturais, entre outros objetivos.
As Ciências Sociais e a Filosofia na Educação Popular
Promover a inclusão social, articulando saberes sociológicos e filosóficos à educação popular de jovens e adultos na comunidade Cabana do Pai Tomaz.
Ciência, Café e Cultura
Conceber eventos de comunicação pública da ciência e criar ambiente de Café Científico em espaços escolares/sociais, promovendo a discussão e a interação da comunidade sobre temas relacionados à ciência de interesse público.
Esporte CEFET Araxá Prover iniciação e práticas esportivas, para jovens, como princípios de cidadania, inclusão, participação social e promoção da saúde.
Reciclagem de Lixo Eletrônico Desenvolver programa de descarte e reciclagem do lixo eletrônico.
Educação para o trânsito como forma de melhorar a percepção de risco no trânsito
Mensurar e comparar o nível de percepção de risco no trânsito de alunos do ensino médio da rede pública que participaram do programa de educação para o trânsito desenvolvido pelo CEFET e colaboradores com a percepção de risco de alunos que não fizeram parte do programa.
Cantos e Encantos do Sertão Resgatar experiências e memórias culturais dos alunos do campus Curvelo, e de suas comunidades.
Mobilidade Sustentável e Mudanças de Hábitos
Diagnosticar o grau de sustentabilidade dos hábitos de deslocamento das pessoas e verificar sua disponibilidade em alterar hábitos em prol de melhor qualidade de vida.
Ensinando a Pensar Administrar o curso de algoritmos e programação com foco em lógica sequencial para jovens de escolas municipais.
Estudo do solo de Curvelo-MG para criar um Centro de Distribuição para o PNAE
Desenvolver um mapa de variabilidade das propriedades do solo da região de Curvelo-MG e avaliar a variabilidade do solo em cada uma das propriedades.
Horta Orgânica no campus Curvelo
Implantar uma horta orgânica no campus Curvelo.
110
Título Objetivos
Palco a um passo: a arte transformando vidas
Levar a arte cênica para hospitais e instituições de caridade e sensibilizar a sociedade envolvida para doações.
Percursos Narrativos: linguagens literária e cinematográfica
Contribuir para a formação cultural dos alunos da rede pública de ensino, despertando-lhes o interesse pelas narrativas ficcionais e estimulando-os a desenvolver novas formas de compreender o mundo.
Formação de Professores, TIC e Promoção do Letramento Literário
Ofertar cursos de formação continuada para professores da educação básica de escolas públicas e privadas de Divinópolis e região, voltados para o desenvolvimento de estratégias de trabalho com textos literários e para a promoção de aprendizagens significativas para os alunos.
Curso de Desenho Técnico e Assistido por Computador
Propiciar o início de um projeto de três cursos profissionalizantes: Desenho Técnico Básico, Introdução ao AutoCAD e Introdução ao SolidWorks.
Desenvolvimento de Abrandador de Água de Baixo Custo
Desenvolver um abrandador de baixo custo a fim de retirar a dureza proporcionada pela elevada quantidade de carbonato de cálcio presente na água de abastecimento da cidade de Curvelo, e oferecer cursos/oficinas visando ensinar à população local o processo de construção e utilização desse equipamento.
Leituras e releituras literárias em dispositivos móveis
Construir um site para a disponibilização dos textos literários.
Proposição de Modelo de Gestão de Uso Sustentável do Ribeirão Soberbo proveniente do Parque Nacional da Serra do Cipó
Propor modelo de gestão com a comunidade do Distrito Serra do Cipó de uso sustentável do Ribeirão Soberbo, proveniente do Parque Nacional da Serra do Cipó, tendo como instrumento a aplicação da valoração ecossistêmica de abastecimento.
Xadrez, Educação e Cidadania
Utilizar o xadrez como prática educativa, voltada para o desenvolvimento social, envolvendo fatores como a cidadania, tomada de decisão e estratégias, em situações de jogo, análogas ao contexto da vida em sociedade.
Energias Alternativas Divulgar o CEFET-MG nas zonas rural e urbana de cidades próximas por meio da apresentação de tecnologias alternativas para geração de energia na cidade e no campo.
Xadrez para Todos
Preparação dos alunos e alunas para representarem suas instituições em torneios internos, no Circuito Araxaense de Xadrez, nos Jogos Escolares de Araxá, nos Jogos Escolares de Minas Gerais, nos Jogos Intercampi e em outros eventos.
Oficina de Técnica Vocal Desenvolver a boa colocação da voz, tanto falada quanto cantada, e despertar o gosto pelo canto em jovens e adultos.
Energia para todos Aprofundar e difundir conhecimentos relativos a energias renováveis e eficiência na utilização de energia.
Determinação da Qualidade e Prazo de Validade de Alimentos Minimamente Processados
Determinar o prazo de validade de alimentos minimamente processados e avaliar as condições higiênico-sanitárias da manipulação desses produtos em estabelecimentos comerciais de Belo Horizonte e no restaurante do CEFET-MG.
Projeto Social - Curso aberto de AutoCAD
Incentivar e promover a qualificação profissional de estudantes e da população do município de Curvelo no desenvolvimento de habilidades na elaboração de desenhos técnicos e arquitetônicos no programa AutoCAD.
Memória da Cultura Afrobrasileira de Araxá: Congado, Folia de Reis e Capoeira
Ampliar a convivência dos alunos e professores do campus Araxá com a dinâmica de funcionamento dos grupos de Congado, Folia de Reis e Capoeira da cidade, buscando fomentar a troca de saberes acadêmicos e populares.
111
Título Objetivos
Treinamento em Banco de Dados
Ofertar treinamento específico para 12 funcionários do Instituto de Geoinformação e Tecnologia – (IGTEC) para utilização do BD georreferenciados.
Monitoramento do Sistema de Transposição de Peixes, biotelemetria da ictiofauna na área de influência do AHE de Simplicio localizado no Rio Paranaiba do Sul
Obter informações sobre a eficiência da Escada de Peixes da Barragem da UHE de Anta, as rotas migratórias, a ocupação dos espaços e a área de vida das espécies migratórias na área de influência.
Participação em capacitação em gerenciamento de riscos
Ofertar curso de gerenciamento integrado de riscos e tomada de decisão na indústria mineral para o corpo técnico da empresa Anglo American.
Aprimoramento Pedagógico Oferecer formação continuada aos professores da rede pública do município de Timóteo por meio de palestras, seminários, minicursos, oficinas e outros meios ministrados pelos professores do campus Timóteo.
Central de Informações: atividades de pesquisa e extensão na mecatrônica –Divinópolis
Coletar, receber, organizar e divulgar informações sobre trabalhos e grupos de pesquisa e extensão, visando manter a comunidade a par dos trabalhos realizados e estabelecer um canal de contato com a comunidade local e regional.
Participação em cursos abertos para inclusão e reciclagem profissional
Incentivar e promover a qualificação profissional de estudantes e população do município de Curvelo, no desenvolvimento de habilidades relativas ao uso de softwares básicos de escritório e técnicos (CAD).
Fonte – Diretoria de Extensão e Desenvolvimento Comunitário.
112
4 – Política Estudantil
No âmbito da assistência estudantil, houve expressiva intensificação de
investimentos. Destaca-se a mencionada criação da Secretaria de Política
Estudantil (SPE), o que vem possibilitando atuação mais orgânica na área. A
Secretaria vem sendo fundamental na condução de ações relacionadas com a
inclusão educacional e o desenvolvimento estudantil na Instituição. Nessa
direção, salientam-se programas que envolvem apoio aos estudantes que se
encontram em situação de vulnerabilidade social e educacional.
Os programas a seguir se inserem no eixo I – Assistência Prioritária,
estabelecido na proposta de Política Nacional de Assistência Estudantil (PNAE)
do FONAPRACE (Brasil, 2015e)2.
4.1 – Programa de Alimentação – Modalidade Restaurante
É o programa de maior demanda e investimentos dentro da SPE. Nos seis
campi que possuem restaurantes próprios, o programa atende universalmente
aos estudantes de forma subsidiada e estende esse atendimento, não
subsidiado, aos servidores e visitantes em serviço. Tem por objetivo contribuir
para a permanência do estudante na escola e sua formação integral,
proporcionando alimentação de qualidade, balanceada e variada. O Programa
tem como diretrizes: (1) priorizar seu caráter social; (2) garantir a qualidade da
alimentação servida; (3) universalizar o atendimento à comunidade interna,
priorizando os estudantes; (4) garantir o baixo custo das refeições aos
estudantes, tendo em vista seus objetivos e público prioritário; (5) estender seu
atendimento a todos os campi; (6) fomentar a participação da comunidade do
CEFET-MG nas proposições, execuções e avaliações, com transparência na
utilização dos recursos e nos critérios de atendimento.
2 “Assistência Prioritária: conjunto de ações e serviços que visam à redução das desigualdades sociais e à inclusão
social na educação, oferecendo ao (à) estudante condições adequadas de alimentação, moradia e transporte para
garantir o desenvolvimento de atividades acadêmicas, a permanência no curso e a conclusão deste;”
113
4.2 – Programa de Alimentação – Modalidade Bolsa
Destinado aos campi em que o restaurante ainda não tenha sido
implementado. Não é universalizado e seu valor deve equivaler a dois terços
do custo médio da refeição comercializada no entorno do campus.
4.3 – Bolsa Permanência
Caracteriza-se por auxílio financeiro mensal continuado aos estudantes com
dificuldades para arcar com suas despesas acadêmicas, comprometendo sua
permanência nos cursos. Entre os programas de bolsas, este é o de maior
abrangência, sendo praticado em todos os campi e atende a maior parte da
demanda por bolsas na Assistência Estudantil. Em 2015, todos os bolsistas de
permanência foram isentos do pagamento de refeições, nos campi onde há
restaurante.
4.4 – Bolsa de Complementação Educacional
De natureza social e pedagógica, tem grande impacto na formação qualificada
dos estudantes, associado à contribuição para sua permanência. Consiste em
apoio financeiro continuado aos estudantes do ensino médio/técnico e da
graduação, e enriquecimento de sua aprendizagem em áreas do conhecimento
correlatas ao curso. O estudante cumpre 20 horas semanais por meio da
participação em projetos de pesquisa, ensino e/ou extensão, tendo um tempo
de permanência nesse Programa de, no máximo, dois anos.
4.5 – Bolsa Emergencial
Caracteriza-se por auxílio financeiro concedido àquele estudante que se
encontre em situação de dificuldade financeira momentânea, que comprometa
sua permanência escolar.
Os dados da tabela e do gráfico a seguir mostram a amplitude de alguns
desses programas, no período de 2011-2015.
114
Tabela II.02 – Refeições subsidiadas a estudantes por campus – 2011-2015.
Ano / Campus
Campus I Campus II Araxá Divinópolis Curvelo Varginha Total Refeições
2011 210.931 154.186 65.390 49.212 -- -- 479.719
2012 1 145.441 118.255 56.354 49.300 14.077 -- 383.427
2013 2 244.738 188.491 74.623 79.895 46.485 14.934 649.166
2014 255.566 189.514 89.013 83.022 61.407 57.642 736.164
2015 259.890 209.918 92.182 87.348 69.657 60.095 779.090 Fonte – Relatórios Coordenações de Política Estudantil. 1 2012: Cerca de três meses de greve e paralisação dos restaurantes.
2 2013: Aumento dos dias letivos e de funcionamento dos restaurantes em virtude de reposição de greve.
Gráfico II.11 – Bolsas permanência e alimentação – 2011- 2015.
Fonte – Secretaria de Política Estudantil.
A SPE conduz ainda outros programas, além dos mencionados, e que estão
inseridos nos eixos III – Apoio e Acompanhamento – e IV – Inclusão e
Cidadania, da proposta de PNAE3.
4.6 – Acompanhamento Psicossocial
Programa que articula os eixos da permanência, entendida para além da
permanência material e da formação integral dos estudantes. Visa intervir,
3 “III – Apoio e Acompanhamento: conjunto de ações e serviços que estimulem a integração do (a) estudante ao
contexto escolar/universitário, levando em consideração os aspectos pedagógicos, acadêmicos e psicossociais e as
contribuições para a permanência no curso e a conclusão deste;
IV – Inclusão e Cidadania: conjunto de ações e serviços que promovam acessibilidade e inclusão dos (as) estudantes
com deficiência, dificuldades de aprendizagem, transtornos globais do desenvolvimento ou altas habilidades e
superdotação, contribuindo para o desenvolvimento de suas atividades acadêmicas, bem como para a promoção da
igualdade étnico-racial e de gênero; da diversidade sexual; das ações afirmativas; e da formação de cidadania.”
115
numa perspectiva interdisciplinar, nas demandas dos estudantes que se
encontram vulneráveis aos processos de inclusão e de permanência no
ambiente acadêmico, fomentando a formação humana e o exercício crítico da
cidadania.
4.7 – Programas de Acesso e Temáticas das Juventudes
Tem como objetivo fomentar e desenvolver, em conjunto com demais
segmentos da Instituição, programas e ações que promovam a igualdade de
oportunidades no acesso, na permanência e na conclusão do curso pelo
estudante, com qualidade, com ênfase na população-alvo das políticas
afirmativas. Pretende também inserir, na agenda acadêmica, atividades que
coloquem em pauta as diversas temáticas que tratam das juventudes e suas
vivências, que permeiam o processo de ensino e de formação integral dos
estudantes.
116
5 – Relações Internacionais
Pode-se verificar que o CEFET-MG passou por um processo de ampliação das
atividades de internacionalização, evidenciado pelo crescimento de ações na
área, em geral, nos anos de 2012 e 2013, em relação ao de 2011. Em 2014,
enfatizaram-se as ações de intercâmbio docente e discente. No entanto, as
ações da área ainda ficam muito limitadas aos campi de Belo Horizonte.
Registre-se, ainda, que as ações em pauta sofrem em muito a influência dos
recursos orçamentários.
Quadro II. 06 – Acordos vigentes celebrados entre o CEFET-MG e instituições internacionais em 2015.
França
Institut Universitaire de Technologie 1 de Grenoble (IUT 1) 2009
Universidade de Grenoble 2010
Université Lumière – Lyon 2 2011
Hungria
Eötvös Lórand University de Budapeste (ELTE) 2009
College of Dunaújváros 2015
Itália Ricerca Sul Sistema Energético de Milão (RSE S.p. A) 2009
Moçanbique Universidade Pedagógica de Moçambique 2014
Portugal
Universidade do Porto 2010
Universidade do Minho 2012
Instituto Politécnico de Bragança (IPB)
2013
Instituto Politécnico de Tomar (IPT)
Instituto Superior de Economia e Gestão) da Universidade Técnica de Lisboa (ISEG)
Filiação na Associação das Universidades de Língua Portuguesa (AULP)
2014 Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP)
Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Políticas Linguísticas (IPOL)
Faculdade de Ciências e Tecnologia Universidade de Coimbra (FCTUC) 2015
País Instituição Início
Alemanha
Hochschule Karlsruhe (Universidade de Ciências Aplicadas de Karlsruhe)
1997 Hochschule München (Universidade de Ciências Aplicadas de Munique)
Ostfalia Hochschule für Angewandte Wissenschaften (Universidade de
Ciências Aplicadas da Ostfalia)
Karlsruher Institut für
Technologie de Karslruhe (KIT) 2009
Beuth Hochschule Fur Technik Berlin 2014
Beuth Hochschule Fur Technik Berlin – Programa Erasmus + 2015
Argentina Facultad de Agronomía de la Universidad de Buenos Aires (FAUBA) 2011
Universidad Nacional de La Plata (UNLP) 2013
Colômbia Universidad de Medellín 2014
Espanha Universidad de Cantábria (UC)
2013 Estados Unidos
da América
The University of Iowa
117
Reino Unido
Plano de Trabalho 1 – British Council 2014
Association of Colleges 2015
Bournemouth & Poople, College
País Instituição Início
R. Dominicana
Miinistério de Educación Superior, Ciencia Dominica y Tecnología de La República Dominicana (MESCYT) 2013
Universidad Iberoamericana (UNIBE)
Instituto Especializado de Estudos Superiores Loyola 2014
Universidad APEC (UNAPEC)
Países diversos
Programa Estudante Convênio de Graduação (PEC - G) 2007
International Association for the Exchange of Students for Technical Experience (IASTE)
2008
Fonte – Secretaria de Relações Internacionais.
118
6 – Administração
6.1 – Recursos Humanos
Durante os últimos anos foram instituídas importantes ações de incentivo à
capacitação dos servidores, o que culminou no crescimento do número de
docentes qualificados, particularmente em cursos de doutorado. Registre-se
que o aumento do número de doutores implica diminuição do número de
mestres e o aumento destes implica diminuição do número de especialistas.
Outro fator que influenciou a situação expressa nas tabelas e gráficos a seguir
foi a contratação de novos professores efetivos com a qualificação de
doutorado. Ressalta-se também que, mesmo na condição de professor
temporário, a Instituição tem procurado contratar docentes com qualificação
mínima de pós-graduação, tendo em vista a característica de verticalização
institucional que pode implicar atuação de um mesmo docente nos níveis
médio e superior de ensino.
Nessas condições, observa-se a importância de continuação da política de
incentivo à capacitação docente responsável pelo aprimoramento cada vez
maior da qualificação dos professores da Instituição, e, dessa forma,
corroborando a consolidação do seu caráter de instituição universitária.
Quanto à produção docente representada pelas publicações em periódicos,
verifica-se crescimento expressivo nos dois últimos anos, sobretudo em 2014.
Isso se deveu à maior qualificação docente e também ao fato de que muitos
professores, ainda em processo de qualificação, passaram a publicar mais do
que seus colegas em anos anteriores. Nesse último caso, a situação
provavelmente reflete a tendência de os programas de mestrado e doutorado e,
até mesmo, os cursos de especialização cursados por esses professores
estarem exigindo dos seus alunos publicações antes de terminarem os cursos.
As tabelas e graficos a seguir expressam condições relativas aos recursos
humanos na Instituição.
119
Tabela II.03 – Titulação dos docentes efetivos por campus – 2011-2015.
Ano Titulação
Total
B.
Ho
rizo
nte
I
B.
Ho
rizo
nte
II
Ara
xá
Co
nta
ge
m
Cu
rve
lo
Div
inóp
olis
Leo
po
ldin
a
Ne
po
muceno
Tim
óte
o
Va
rgin
ha
N %
2011
Doutorado 200 30,1 77 70 12 0 2 8 8 6 6 11
Mestrado 356 53,6 137 60 25 0 14 30 26 15 27 22
Especialização 87 13,1 51 14 11 0 0 4 7 0 0 0
Aperfeiçoamento 1 0,2 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Graduação 20 3,0 14 1 0 0 2 1 2 0 0 0
Total 664 100,0 280 145 48 0 18 43 43 21 33 33
2012
Doutorado 213 33,1 82 67 18 1 3 9 7 8 6 12
Mestrado 348 54,0 134 60 23 1 13 29 28 11 29 20
Especialização 69 10,7 39 11 10 0 0 3 6 0 0 0
Aperfeiçoamento 1 0,2 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Graduação 13 2,0 9 1 0 0 1 1 1 0 0 0
Total 644 100,0 265 139 51 2 17 42 42 19 35 32
2013
Doutorado 244 38,9 102 72 19 1 4 12 9 8 6 11
Mestrado 322 51,4 126 50 25 1 11 25 26 12 28 18
Especialização 53 8,4 32 7 7 0 0 1 6 0 0 0
Aperfeiçoamento 1 0,2 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Graduação 7 1,1 5 1 0 0 0 1 0 0 0 0
Total 627 100,0 266 130 51 2 15 39 41 20 34 29
2014
Doutorado 355 38,3 153 105 19 8 8 16 10 10 14 12
Mestrado 486 52,4 176 71 33 20 28 33 36 26 33 30
Especialização 30 3,2 10 6 3 1 0 4 1 1 2 2
Aperfeiçoamento 1 0,1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Graduação 56 6,0 23 3 8 0 3 3 12 3 0 1
Total 928 100,0 363 185 63 29 39 56 59 40 49 45
2015
Doutorado 396 42,9 169 115 26 6 10 17 13 10 16 14
Mestrado 456 49,4 157 60 29 22 29 34 35 28 33 29
Especialização 20 2,2 4 6 4 0 0 1 3 1 0 1
Aperfeiçoamento 12 1,2 0 0 6 1 1 0 0 2 1 1
Graduação 40 4,3 26 2 0 0 0 5 7 0 0 0
Total 924 100,0 356 183 65 29 40 57 58 41 50 45
Fonte – Superintendência de Gestão de Pessoas.
120
Gráfico II.12 – Docentes efetivos – 2011-2015.
Fonte – Superintendência de Gestão de Pessoas.
Gráfico II.13 – Titulação dos docentes efetivos – 2011.
Fonte – Superintendência de Gestão de Pessoas.
121
Gráfico II.14 – Titulação dos docentes efetivos – 2015.
Fonte – Superintendência de Gestão de Pessoas.
Gráfico II.15 – Publicações em periódicos pelo corpo docente – 2011-2015.
Fonte – Superintendência de Gestão de Pessoas.
122
Tabela II. 04 – Titulação dos docentes contratados por campus – 2011-2015.
Ano Titulação
Total
B.
Ho
rizo
nte
I
B.
Ho
rizo
nte
II
Ara
xá
Co
nta
ge
m
Cu
rve
lo
Div
inóp
olis
Leo
po
ldin
a
Ne
po
muceno
Tim
óte
o
Va
rgin
ha
N %
2011
Doutorado 20 5,3 11 4 1 0 0 1 1 2 0 0
Mestrado 145 38,7 62 41 6 0 3 9 8 6 6 4
Especialização 66 17,6 17 7 9 0 4 5 10 5 3 6
Graduação 144 38,4 52 10 14 0 5 13 20 16 8 6
Total 375 100,0 142 62 30 0 12 28 39 29 17 16
2012
Doutorado 35 10,1 18 6 3 0 1 1 3 2 1 0
Mestrado 150 43,6 64 42 7 6 2 5 7 0 13 4
Especialização 66 19,1 10 9 6 3 5 8 8 6 4 7
Graduação 95 27,5 31 4 12 1 6 5 18 9 4 5
Total 346 100,0 123 61 28 10 14 19 36 17 22 16
2013
Doutorado 33 8,0 15 4 3 0 2 1 3 2 2 1
Mestrado 193 46,6 77 50 7 8 5 13 8 8 10 7
Especialização. 79 19,1 13 11 10 4 5 10 7 5 9 5
Graduação 109 26,3 27 4 18 2 9 7 24 6 6 6
Total 414 100,0 132 69 38 14 21 31 42 21 27 19
2014
Doutorado 19 6,0 7 4 2 0 0 1 2 2 1 0
Mestrado 126 39,6 55 25 3 5 5 12 3 13 2 3
Especialização 67 21,1 13 10 8 1 2 9 9 6 6 3
Graduação 106 33,3 32 11 13 1 6 10 19 11 0 3
Total 318 100,0 107 50 26 7 13 32 33 32 9 9
2015
Doutorado 30 10,0 5 8 3 2 1 2 3 2 4 0
Mestrado 131 43,7 42 36 5 4 5 12 6 12 6 3
Especialização 62 20,6 18 6 5 2 4 8 7 3 7 2
Graduação 77 25,7 22 6 7 0 6 11 14 4 4 3
Total 300 100,0 87 56 20 8 16 33 30 21 21 8
Fonte – Superintendência de Gestão de Pessoas.
123
Gráfico II.16 – Titulação dos docentes contratados – 2011.
Fonte – Superintendência de Gestão de Pessoas.
.
Gráfico II.17 – Titulação dos docentes contratados – 2015.
Fonte – Superintendência de Gestão de Pessoas.
124
A política de qualificação e contratação de servidores praticada pelo CEFET-
MG fica evidente também pelo nível de titulação do corpo técnico-
administrativo, em especial, nos casos de especialistas e mestres, tal como
mostram os dados estatísticos que se seguem. Salienta-se o fato de que a
maioria do corpo técnico-administrativo conta com qualificação no nível da pós-
graduação e, como no caso dos docentes, o nível de qualificação se eleva em
2015, comparado com o de 2011.
Gráfico II.18 – Servidores técnicos administrativos – 2011-2015.
Fonte – Superintendência de Gestão de Pessoas.
125
Tabela II.05 – Titulação dos técnicos administrativos por campus – 2011-2015.
Ano Titulação
Total
B.
Ho
rizo
nte
I
B.
Ho
rizo
nte
II
B.
Ho
rizo
nte
VI
Ara
xá
Co
nta
ge
m
Cu
rve
lo
Div
inóp
olis
Leo
po
ldin
a
Ne
po
muceno
Tim
óte
o
Va
rgin
ha
N %
2011
Doutorado 2 0,4 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Mestrado 59 10,9 40 7 1 4 0 1 0 1 2 2 1
Especialização 196 36,3 109 19 0 16 0 4 13 13 4 8 10
Graduação 126 23,3 75 15 0 6 0 4 3 10 3 4 6
Médio 129 23,9 68 21 2 5 0 2 4 10 6 9 2
Fundamental 28 5,2 17 2 0 3 0 0 0 6 0 0 0
Total 540 100,0 311 64 3 34 0 11 20 40 15 23 19
2012
Doutorado 2 0,4 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Mestrado 75 14,2 53 8 2 4 1 1 0 1 2 3 1
Especialização 225 42,4 125 19 0 17 0 5 14 17 6 10 12
Graduaçao 89 16,8 51 9 0 5 0 3 4 7 2 4 4
Médio 115 21,7 57 19 2 5 0 3 4 11 6 6 2
Fundamental 24 4,5 15 2 0 3 0 0 0 4 0 0 0
Total 530 100,0 303 57 4 34 1 12 22 40 16 23 19
2013
Doutorado 5 1,0 3 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0
Mestrado 94 18,6 65 8 1 7 0 1 0 2 3 5 2
Especialização 205 40,6 114 19 0 11 1 5 15 17 3 9 11
Graduação 92 18,2 42 9 0 8 1 3 5 7 7 5 5
Médio 91 18,0 50 16 1 4 1 0 3 9 2 3 2
Fundamental 18 3,6 11 2 0 1 0 0 0 4 0 0 0
Total 505 100,0 285 54 2 32 4 9 23 39 15 22 20
2014
Doutorado 4 0,7 3 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0
Mestrado 113 20,6 79 10 0 7 0 2 0 2 3 8 2
Especialização 210 38,2 111 21 0 12 3 3 17 17 3 9 14
Graduação 126 22,8 57 17 0 10 5 8 2 8 10 6 3
Médio 83 15,1 42 14 1 6 4 0 5 9 1 0 1
Fundamental 14 2,6 9 3 0 1 0 0 0 1 0 0 0
Total 550
100,0 301 65 1 37 12 13 24 37 17 23 20
2015
Doutorado 6 0,9 4 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0
Mestrado 129 19,0 85 16 0 7 0 3 0 2 3 8 5
Especialização 255 37,6 134 21 0 16 7 7 21 18 7 11 13
Graduação 169 24,8 81 19 0 15 7 10 5 12 10 6 4
Médio 107 15,8 52 15 1 6 5 2 3 16 2 4 1
Fundamental 13 1,9 8 3 0 1 0 0 0 1 0 0 0
Total 679 100,0 364 74 1 47 19 22 29 49 22 29 23
Fonte – Superintendência de Gestão de Pessoas.
126
Gráfico II.19 – Titulação dos técnicos administrativos – 2011.
Fonte – Superintendência de Gestão de Pessoas.
Gáfico II.20 – Titulação dos técnicos administrativos – 2015.
Fonte – Superintendência de Gestão de Pessoas.
6.2 – Recursos Orçamentários e Espaço Físico
Na esfera da gestão, o gráfico a seguir apresenta a evolução do orçamento
anual global ao término de cada ano, no período de 2011 a 2015.
127
Grafico II.21 – Orçamento anual – 2011-2015.
Fonte – SIAFI e Superintendência de Orçamento e Finanças.
O espaço físico em que o CEFET-MG desenvolve suas atividades cresceu
expressivamente nos últimos anos, devido à interiorização de suas ações,
implicando aumento do número de seus campi, no interior de Minas Gerais. Os
dados relativos às áreas em cada campus, por dados coletados em 2015, são
apresentados na tabela a seguir.
Tabela II.06 – Área física em 2015.
Campus
Área própria Área não própria
Terreno (m²)
Construída (m²)
Terreno (m²)
Construída (m²)
BH I 30.341 42.738 0 0 BH II 80.374 51.498 0 0 BH VI 4.723 5.108 0 0
Leopoldina 27.640 24.229 0 0 Araxá 53.614 19.859 0 0
Divinópolis 32.471 8.454 338 329 Timóteo 26.074 13.063 0 0 Varginha 54.981 12.738 376 299
Nepomuceno 20.927 6.789 757 688 Curvelo 47.444 5.319 0 0
Contagem 78.438 0 3.623 2.932
Total 457.027 189.795 5.094 4.248
Fonte – Superintendência de Infraestrutura.
128
C – Síntese de aspectos do diagnóstico
Pelos dados e informações levantados, salientam-se, nos últimos cinco anos,
algumas categorias em relação às quais a atuação institucional foi conduzida.
Aspectos relativos a essas categorias também foram traduzidos em objetivos
institucionais para os próximos cinco anos, apresentados na parte III deste
Plano, em Visão de futuro, da mesma forma que o foram os conteúdos das
sínteses elaboradas pelos comitês responsáveis pela etapa-base do
diagnóstico. Esses aspectos, em suas respectivas categorias, e que estão
evidenciados neste texto, são apresentados a seguir, o que obviamente não
expressa a totalidade das condições institucionais, expressas de forma
sintética neste Plano.
Qualidade da Instituição e dos cursos ofertados
o Muito boa qualidade da instituição e de seus cursos, envolvendo
recursos humanos, estrutura curricular e infraestrutura física,
laboratorial e acadêmica.
o Necessidade de melhorar os indicadores de alguns cursos nas
avaliações nacionais.
o Existência de coordenações pedagógicas para apoio às atividades
de ensino, mas necessidade de reforço a seu aprimoramento e à
organicidade de sua atuação.
Relação escola-sociedade e inclusão
o Ocorrência de ampliação das atividades relacionadas com o
atendimento às diferenças e à diversidade cultural, com expectativa
de reforço à consolidação dessas atividades.
o Característica da extensão com equilíbrio entre prestação de serviço,
atividades socioculturais e atendimento à inclusão.
o Existência de investimentos adequados à assistência estudantil, no
contexto dos recursos orçamentários.
o Expectativa de ampliação do Programa de Alimentação.
129
Articulação entre ensino, pesquisa e extensão, e no interior de cada uma
dessas áreas
o Evidência de estímulo à inovação tecnológica na pesquisa e na
extensão.
o Importância de se reconceptualizar a inovação como um meio para o
cumprimento dos princípios, objetivos e metas institucionais.
o Existência da participação de alunos de todos os níveis de ensino
nas atividades de pesquisa.
o Necessidade de aprimorar a coleta e sistematização de informações
sobre a condução de pesquisas e utilização de seus resultados nos
cursos ofertados.
o Existência da participação dos alunos em atividades de extensão.
o Importância da manutenção da articulação verificada, intensificando-
a.
Expansão
o Constatação da ampliação das atividades de ensino, pesquisa e
extensão, com atenção particular à graduação e à pós-graduação.
o Presença da interiorização com atenção particular à EPTNM e à
graduação.
o Necessidade de se implantar ensino de pós-graduação no interior do
Estado.
Diversificação
o Atendimento às características regionais.
o Evidência de atenção particular à graduação e à pós-graduação.
o Necessidade de aprimorar a institucionalização da EaD.
Internacionalização
o Evidência de ampliação e diversificação de ações de
internacionalização.
130
o Importância de se consolidar a internacionalização e sua expansão
para todos os campi.
Qualificação de pessoal
o Existência de política de incentivo à capacitação de servidores.
o Necessidade de continuidade da política de incentivo à capacitação
de servidores.
Espaço físico
o Ocorrência de investimento na expansão do espaço físico.
o Importância da manutenção de investimento relativo ao espaço
físico, para consolidação da expansão das atividades institucionais.
131
III. VISÃO DE FUTURO
A – Visão geral e concepções
Com base na caracterização do contexto institucional e do diagnóstico realizado,
foi discutido e definido um conjunto de princípios, objetivos e programas gerais a
serem contemplados no período de 2016-2020.
A atuação institucional, no período anterior – 2011-2015 – enfatizou
sobremaneira o projeto maior de transformação da Instituição em Universidade
Tecnológica verticalizada. Assim, pautou-se pelas propriedades de continuação
da expansão do período anterior, mas com ênfase na sua consolidação e
superação dos avanços alcançados, na direção da transformação mencionada, e
pelo caráter de organicidade em relação a políticas de inclusão e inserção social.
Preenchidas todas as condições legais para a transformação do CEFET-MG em
Universidade Tecnológica verticalizada, projeta-se, para os próximos cinco anos,
a ênfase na relação entre as condições físico-materiais e culturais da Instituição
e sua condição de instituição universitária verticalizada. Por esta, a qualidade da
educação profissional técnica de nível médio assume papel de importância
crucial e reforça a sua condição de excelência no cenário nacional, em todos os
níveis de ensino.
Isso posto, a política geral da Instituição para o período de 2016-2020
materializa-se em políticas específicas relativas a suas nove áreas de atuação:
Ensino, englobando a Educação Profissional Técnica de Nível Médio (EPT), a
Graduação (GRD) e a Pós-Graduação (PGR); Pesquisa e Inovação1 (PEI);
Extensão e Desenvolvimento Comunitário (EXT); Política Estudantil (PE);
Relações Internacionais (REI); Comunicação Social (CSO); Governança da
Informação (GIN); Administração, entendida como planejamento e gestão (PGE),
e considerada essencialmente como área de apoio às demais; e Avaliação
Institucional (AVI). Em cada uma dessas áreas, foram estabelecidos princípios,
metas e programas com seus objetivos específicos e que buscam atender à
1 - A pesquisa e a pós-graduação estão sob a gestão de uma única Diretoria, razão pela qual os programas nessas áreas estão organizados conjuntamente. No entanto, isso não significa que a pesquisa se relaciona apenas com a pós-graduação.
132
função social e finalidades institucionais, e aos princípios e objetivos gerais para
os próximos cinco anos.
As políticas das áreas mencionadas estão sob a responsabilidade das Diretorias
e Secretarias Especializadas, referidas no tópico sobre Gestão institucional –
Organização administrativa, neste documento.
Os programas das áreas foram definidos a partir da explicitação de programas
gerais. Estes últimos direcionam a inter-relação entre os programas específicos,
evidenciando o caráter integrador que os permeia. Além disso, os programas
gerais são mediadores da função social, das finalidades, e dos objetivos gerais
com as metas, os programas específicos e seus objetivos a serem alcançados
nas diferentes áreas institucionais. Tudo isso informado por princípios gerais e
específicos, estes referidos a cada uma das áreas.
Para efeito de seu desenvolvimento, os programas em cada área poderão ser
subdivididos em projetos menores, a serem definidos à medida que se
mostrarem necessários à consecução dos objetivos e metas previstos. Os
programas das áreas deverão orientar também a definição de produtos a serem
desenvolvidos, tendo-se a participação da comunidade como elemento
fundamental em sua definição. Dada a polissemia dos termos objetivos gerais,
objetivos específicos e metas o que implica significados e tratamentos diferentes
a eles atribuídos, em diferentes contextos, para efeito deste PDI, apresentam-se
a seguir os sentidos atribuídos a esses termos no presente Plano.
133
Objetivos
Os objetivos referem-se àquilo que se propõe alcançar. Constituem ganhos político-pedagógicos
e de infraestrutura que se espera alcançar e que podem ser expressos na forma de produtos ou
de processos. Os objetivos podem ser gerais ou específicos segundo a relação estabelecida
entre eles. Os objetivos gerais possuem caráter mais amplo, envolvendo os específicos. Em
ambos os níveis, os objetivos sugerem o que se espera manter, aprimorar, fortalecer, consolidar,
implementar, expandir, diversificar ou transformar. Um objetivo específico, juntamente com
outros, contribui para a consecução de um ou mais objetivos gerais. Em sua formulação
redacional, os objetivos específicos se expressam por verbos que indicam com objetividade o
que se pretende realizar.
Metas
Referem-se a quaisquer objetivos, em qualquer nível, quando eles são formulados de forma a
contemplar a possibilidade de mensuração, ou de tratamento empírico, facilitando a sua
apreciação quantitativa e subsidiando diretamente o acompanhamento e a avaliação do previsto.
A quantificação de uma dada meta pode incidir sobre diferentes variáveis, tais como o tempo ou
o espaço de sua realização, a quantidade de algo a ser alcançado ou um produto físico-material
a ser construído. As metas deste Plano foram formuladas e serão gerenciadas pelas diferentes
Diretorias e Secretarias Especializadas, tendo-se a participação da comunidade e o processo de
avaliação institucional como recursos de gestão.
A Figura III. 01 a seguir explicita a relação entre os princípios, os objetivos, as
metas e os programas que constituem o núcleo conceitual deste PDI-2016-2020.
134
135
B – Princípios, objetivos e programas gerais
Conforme mencionado, o presente PDI 2016-2020 tem suas definições, em
relação à atuação de cada uma das áreas institucionais, orientadas por 19
princípios, objetivos e programas gerais que irão nortear as políticas e práticas
no CEFET-MG, no período em pauta. Por sua vez, os princípios, objetivos e
programas gerais apresentados a seguir estão em consonância com a
legislação educacional, o contexto da Instituição e o diagnóstico realizado.
Quanto aos princípios, eles atendem a aspectos considerados fundamentais em
relação às características do CEFET-MG, de instituição educacional, ciente da
sua função social e finalidades educativas. Assim, têm-se princípios relativos a:
relação escola-sociedade (1 a 4); processos formativos próprios de instituição
educacional de ensino superior, verticalizada e multicampi, na área da educação
tecnológica (5 a 9); tratamento das condições humanas e materiais, envolvendo
sujeitos institucionais, comunicação e soluções tecnológicas (10 a 14); e
administração institucional (15 a 19).
1 – Princípios gerais
01. Concepção de educação como direito social e bem público.
02. Compromisso com o diálogo permanente com a atuação integrada, de forma
crítica, às demandas locais, regionais, nacionais e internacionais, e com as
determinações legais, à luz das condições de sustentabilidade ambiental,
socioeconômica e cultural e das características da contemporaneidade.
03. Compromisso com a qualidade social, ou seja, com a educabilidade dos
alunos, professores e técnicos administrativos como sujeitos sócio-históricos
que podem contribuir para uma formação social brasileira mais democrática
e com rejeição às formas de exclusão e exploração, particularmente, no
setor educacional.
04. Melhoria das condições gerais da instituição, de forma que ela se torne cada
vez mais uma Instituição de excelência para o exercício profissional de seus
servidores e a construção da trajetória acadêmico-social de seus alunos.
136
05. Valorização do caráter humanista e tecnológico da Instituição, em prol da
educação tecnológica, da promoção da cidadania e da inclusão social, com
a rejeição de políticas e práticas de exclusão.
06. Processos formativos balizados pela integração entre trabalho, ciência,
tecnologia e cultura.
07. Consideração do caráter plural e contraditório que permeia as políticas e
práticas institucionais próprias de uma instituição universitária verticalizada e
multicampi, no ensino, na pesquisa e na extensão, com atuação no Estado
de Minas Gerais.
08. Articulação própria de instituição universitária entre as áreas do ensino, da
pesquisa, da extensão e da administração e entre os componentes internos
de cada uma.
09. Articulação entre a educação profissional técnica de nível médio, a
graduação e a pós-graduação, fortalecendo a verticalização institucional.
10. Reconhecimento das diversidades dos sujeitos, respeitando-se: a
pluralidade de valores e universos culturais; as deficiências e as
necessidades educacionais especiais; e a diversidade étnica, de gênero, de
orientação sexual e de condição socioeconômica.
11. Consideração das condições humanas e simbólicas na definição e
materialização da política institucional.
12. Valorização dos servidores, dos alunos, da cultura e dos conhecimentos
historicamente construídos na trajetória centenária do CEFET-MG como os
maiores patrimônios da Instituição.
13. Valorização da divulgação interna e externa de informações institucionais de
caráter geral, incluídas as administrativas, acadêmicas e técnico-científicas,
observadas condições de liberdade de expressão, de propriedade intelectual
e segurança informacional.
14. Produção e utilização de soluções tecnológicas para o aprimoramento do
alcance das finalidades e objetivos institucionais.
137
15. Democratização e transparência político-administrativa da gestão e continua
autoavaliação institucional, com ênfase na qualidade social da atuação
institucional.
16. Gestão participativa com respeito à discussão coletiva e às instâncias
deliberativas.
17. Valorização das identidades regionais da Instituição, em suas políticas e
práticas.
18. Reconhecimento da importância de infraestrutura física e acadêmica na
consecução das políticas e práticas, em organicidade com as finalidades e
objetivos institucionais.
19. Administração balizada pelo equilíbrio entre custo-benefício, custo-
efetividade e custo de oportunidade2, à luz da função socioeducativa da
Instituição.
2 – Objetivos gerais
01. Fortalecer as práticas institucionais (acadêmicas e de gestão), seus recursos
humanos, suas soluções tecnológicas e sua infraestrutura material e
acadêmica, de forma condizente com os princípios estabelecidos neste
Plano.
02. Fortalecer a identidade do CEFET-MG como instituição pública, gratuita e de
excelência na área da educação tecnológica, e avançar na melhoria
sistemática dos indicadores que já a qualificam como universidade
tecnológica verticalizada e multicampi, com oferta da educação profissional
técnica de nível médio, da graduação e da pós-graduação, no sentido de
aprimorar suas condições materiais e sua cultura acadêmica.
03. Consolidar a expansão realizada nos últimos anos e cuidar continuamente
do aprimoramento e da ampliação da atuação institucional, com a definição
de marcos regulatórios e avaliação contínua em todos os níveis e setores.
2 Isso implica tomada de decisões que equilibra os critérios da obtenção de melhores e maiores resultados com menor
custo (custo-benefício), com a obtenção de resultados que melhor atendam aos objetivos e finalidades institucionais (custo-efetividade) e com o reconhecimento de que toda decisão envolve custo e que ganhos em uma dada direção implicam perdas em outra (custo de oportunidade).
138
04. Fortalecer a educação profissional técnica de nível médio como uma das
bases da verticalização institucional.
Não é demais afirmar que cada um dos objetivos expressos deverá ser levado a
termo, respeitando-se plenamente a função social, as finalidades institucionais e
os 19 princípios gerais explicitados neste Plano.
3 – Programas gerais
A seguir estão explicitados oito programas gerais com respectivas ementas e
que serão efetivados pelos programas específicos correspondentes às áreas de
atuação institucional.
01. Inclusão e Inserção social
Atuação na inclusão social e cultural, na democratização da educação e na
promoção da assistência estudantil, de forma a criar condições apropriadas de
atendimento às peculiaridades individuais, para que todos possam usufruir, em
igualdade de condições, das oportunidades existentes na Instituição. Cumpre
ressaltar o processo de ingresso de alunos, tal como expresso na trajetória
histórica registrada na primeira parte deste texto. Observe-se ainda que, como
todos os demais, este programa geral será materializado em programas
específicos relativos às áreas especializadas, expressando relações de
integração entre elas.
02. Desenvolvimento e fomento das áreas do ensino, da pesquisa e da
extensão, e integração entre elas
Quanto ao desenvolvimento – Atuação direcionada para a melhoria do ensino,
da pesquisa e da extensão, considerando o caráter inter e multidisciplinar dos
processos de ensino e aprendizagem. Inclui a adoção de práticas pedagógicas
compatíveis com a realidade econômica social e cultural do aluno, em
consonância com a pesquisa e a extensão. As atividades previstas deverão
possibilitar aos sujeitos envolvidos no processo de construção de conhecimento
o desenvolvimento de seus conhecimentos e habilidades, salientando-se a
capacidade de elaboração de soluções inovadoras nos campos da ciência, da
cultura, da tecnologia e do setor produtivo.
139
Quanto ao fomento – Atuação complementar e articulada aos órgãos de
fomento e de outros parceiros para fortalecimento do ensino, da pesquisa e da
extensão. Nesse sentido, incluem-se iniciativas de apoio à formação e à
ampliação do número de grupos de pesquisa ou de iniciativas individuais, além
da manutenção de projetos de ensino, pesquisa e extensão em andamento.
Contemplam-se, ainda: organização de eventos científicos e culturais;
divulgação nacional e internacional de trabalhos realizados por docentes,
técnicos administrativos e discentes; e concessão de bolsas de mestrado e
doutorado em número superior ao concedido pelas agências de fomento.
03. Cooperação internacional
Atuação no relacionamento entre o CEFET-MG e outras instituições, como
universidades, institutos de pesquisa, órgãos públicos em geral e setores da
sociedade civil, para suporte à cooperação acadêmico-cultural em matéria de
ensino, pesquisa, e extensão, no âmbito internacional
04. Desenvolvimento organizacional e gestão de processos de trabalho
Atuação relacionada ao desenvolvimento organizacional (incluindo o
fortalecimento da gestão democrática), à melhoria das relações e das condições
de trabalho. Além disso, o programa inclui atividades voltadas para a melhoria
da gestão de documentos, dos processos de gestão financeira, patrimonial e
orçamentária, visando aperfeiçoar os recursos institucionais, dinamizar os
procedimentos administrativos e aprimorar os recursos humanos. Espera-se
que o programa tenha impacto direto nas condições de trabalho dos servidores.
05. Aprimoramento das tecnologias da informação e comunicação institucional
Atuação que visa à melhoria da prestação de serviços no formato digital, à
promoção da compreensão, da integração, do compartilhamento e do acesso
relativos às informações institucionais, à gestão de tecnologias da informação e
comunicação e à segurança da informação para melhorar o atendimento à
comunidade interna e externa. No âmbito deste programa, serão desenvolvidas
atividades com vistas a criação e implementação de política de comunicação
institucional.
140
06. Melhoria da infraestrutura e distribuição de espaço físico
Atuação na permanente melhoria da infraestrutura e distribuição do espaço
físico, considerando sobretudo a característica multicampi do CEFET-MG, com
oferta verticalizada, do nível médio ao superior. O programa implica o
estabelecimento de políticas e procedimentos de utilização, compartilhamento,
distribuição e ampliação do espaço físico, contemplando critérios a partir de
decisão colegiada, observada a legislação vigente.
07. Avaliação
Atuação na avaliação e no acompanhamento dos processos acadêmicos e
administrativos, visando contribuir para a elevação da qualidade da educação no
CEFET-MG, para a orientação da expansão de cursos, para o aumento
permanente da eficiência e eficácia institucionais e, particularmente, para a
consolidação dos compromissos e responsabilidades sociais.
08. Programas transversais
Programas que se referem a um dos programas anteriores e envolvem a
participação de mais de uma das áreas institucionais
O quadro a seguir apresenta os programas gerais e os específicos
correspondentes por área.
141
Quadro III. 01 – Programas gerais e específicos – PDI 2016-2020.
Gerais Específicos
Área Nº Título
01
Inclusão e
inserção
social
EXT 01 Articulação com a sociedade e compromisso
com a diversidade
EXT 02 Agenda de atividades artísticas e culturais
POE 01 Inclusão e cidadania
POE 02 Assistência prioritária: alimentação e bolsas
POE 03 Apoio e acompanhamento psicossocial
02
Desenvolvim/
e fomento das
áreas do
ensino, da
pesquisa e da
extensão e
interação entre
elas
EPT 01 Desenvolvimento da EPTNM
EPT 02 Fomento da EPTNM
EPT 03 Permanência e êxito na EPTNM
GRD 01 Aprimoramento, acompanhamento e fomento
da graduação
GRD 02 Ferramentas de ensino e aprendizagem na
graduação
PGR 01 Manutenção de equipamentos de laboratório
PGR 02 Implementação e avaliação de ferramentas
de ensino a distância na pós-graduação
PEI 01 Apoio-contrapartida na pesquisa
EXT 03 Integração da extensão com o ensino e a
pesquisa
EXT 04 Ciência, inovação e empreendedorismo
03 Cooperação
internacional
REI 01
Ampliação das ações de cooperação com
instituições estrangeiras para a pós-
graduação
REI 02
Manutenção e ampliação dos acordos
internacionais de reciprocidade acadêmica
para o ensino de graduação
REI 03
Desenvolvimento e consolidação do
Programa de Estágios de Curta Duração no
Exterior para a EPTNM
142
04
Desenvolvim/
organizacional
e gestão de
processos de
trabalho
EPT 04 Formação continuada de professores da
EPTNM
EPT 05 Marcos regulatórios da EPTNM
GRD 03 Aperfeiçoamento de normas e rotinas da
graduação
PGR 03 Aprimoramento da administração dos
programas de pós-graduação
PGR 04 Apoio e incentivo à qualificação docente
PEI 02 Regulamentação de projetos de pesquisa
PEI 03 Catalogação de informação
EXT 05 Marcos regulatórios da extensão
POE 04 Gestão da assistência estudantil
REI 04 Envolvimento da comunidade acadêmica na
internacionalização da Instituição
GIN 01 Desenvolvimento e implantação da gestão da
segurança da informação
GIN 02 Modernização da governança e gestão de TI
PGE 01 Aprimoramento da gestão de recursos
humanos
PGE 02
Integração das Diretorias para o
planejamento, gestão orçamentária e
levantamento de demandas institucionais
AVI 01 Consolidação da CPA
05
Tecnologias da
informação e
comunicação
institucional
PGR 05 Sistema de obtenção de dados da pós-
graduação
PGR 06 Sistema repositório na pós-graduação
EXT 06 Expansão e divulgação das atividades de
extensão
CS0 01 Divulgação científica
CS0 02 Veículos de comunicação
CS0
03 Comunicação aberta
143
1 – AVI (Avaliação Institucional), CAP (Coordenação Pedagógica), CSO (Comunicação Social), EPT
(Educação profissional Técnica de Nível Médio), EXT (Extensão e Desenvolvimento Comunitário), GIN (Governança da Informação), GRD (Graduação), POE (Política Estudantil), PGR (Pós-Graduação), PEI (Pesquisa e Inovação), PGE (Planejamento e Gestão), REI (Relações Internacionais).
05
Tecnologias da
informação e
comunicação
institucional
GIN 03 Expansão e atualização dos sistemas de
informação
GIN 04 Melhoria e inovação no atendimento à
comunidade em TI
GIN 05 Modernização e expansão da infraestrutua de
TI
PGE 03 Suporte tecnológico para tramitação e gestão
de processos administrativos
06
Melhoria da
infraestrutura e
distribuição de
espaço físico
GRD 04 Oferta de cursos e melhoria da infraestrutura
na graduação
GIN 06 Modernização e expansão da infraestrutura
de TI
PGE 04
Estudo e definição para ampliação,
adequação, utilização e distribuição racional
de espaços físicos, incluindo bens e serviços
07 Avaliação e
regulação
EPT 06 Avaliação da EPTNM
GRD 05 Melhoria dos processos avaliativos na
graduação
PGR 07 Avaliação do papel dos cursos de pós-
graduação lato sensu
PEI 04 Avaliação e revisão de julgamento de
projetos de pesquisa e de iniciação científica
AVI 02 Avaliação institucional
08
Programas
Transversais
T
(EPT,
GRD)
01
Coordenação e Acompanham/ Pedagógico
(CAP 01, CAP 02, CAP 03 e CAP 04)
T
(PGR,
PEI)
02
Manutenção e aperfeiçoam/ dos programas
de apoio à pesquisa e à pós-graduação
144
C – Princípios, metas, programas e objetivos específicos por área
1 – Ensino
1.1 – Educação Profissional Técnica de Nível Médio
A política a ser conduzida pela Diretoria de Educação Profissional e Tecnológica
(DEPT) envolve princípios específicos que norteiam a estrutura e dinâmica
curricular dos cursos ofertados. Com base nos princípios gerais da política
institucional, os princípios da EPTNM são entendidos como o núcleo das
diretrizes para a área. Eles abrangem os âmbitos, estreitamente relacionados,
da gestão, do didático-pedagógico geral e o âmbito correspondente à
organização e à dinâmica dos componentes curriculares relativos aos planos dos
cursos ofertados.
Princípios
Promoção de condições de democratização do acesso e permanência do
estudante no curso.
Educação humanística, científica e tecnológica, comprometida com a
formação crítica do aluno e com o desenvolvimento de sua autonomia
intelectual e produtiva, em consonância com valores éticos, políticos,
estéticos e sociais.
Formação integral com conteúdo politécnico que implica:
o formação geral como parte inseparável da formação profissional, tendo o
trabalho, a ciência, a técnica e a tecnologia como dimensões indissociáveis
da formação humana;
o formação tecnológica e não apenas técnica, fundamentada na
compreensão e domínio da ciência e da tecnologia como construções
sociais, histórico-culturais e políticas.
o Integração entre teoria e prática, viabilizando a aplicação dos
conhecimentos construídos na escola às situações da vida cotidiana na
sociedade, no trabalho e em outros contextos;
145
Formação não restrita à sala de aula, possibilitando a prática e a ampliação
dos conhecimentos adquiridos, mediante experiências formativas em eventos
de caráter técnico-científico, competições acadêmicas e esportivas e
atividades de caráter cultural.
Formação para o exercício profissional e para continuidade de estudos.
Avaliação processual, orientada à melhoria da qualidade de ensino.
Reconhecimento da importância de todos os componentes curriculares.
Concepção de matriz curricular distinta de simples elenco de disciplinas, mas
como seleção de práticas e de saberes, com formato disciplinar ou não,
necessários para se alcançar a formação integral e o perfil do egresso.
Perfil de conclusão do aluno que atenda aos dispositivos legais e às
expectativas institucionais de formar cidadãos com domínio dos fundamentos
científico-tecnológicos e sócio-históricos da sua área de formação técnica,
com capacidade de atuar de forma crítica e criativa na vida socioeconômica,
política e cultural do país e de modificar, com sua participação, o meio social
em que está inserido.
Acompanhamento do egresso como forma de enriquecer a história da
Instituição e subsidiar a tomada de decisões político-pedagógicas e
institucionais futuras.
Avaliação e acompanhamento permanente dos cursos de EPTNM, buscando
a melhoria da qualidade do ensino.
Metas
01. Manter a oferta, em nível de excelência, da EPTNM e aprimorar a matriz
curricular dos cursos técnicos, com revisão dos PPPs de todos os cursos
com vistas a: 1) promover a integração entre formação geral e profissional; 2)
relacionar e contextualizar os conteúdos das disciplinas, evitando sua
repetição e propiciando o ajuste da carga horária total do curso; e 3) revisar o
nível de aprofundamento das disciplinas adequando-o, quando necessário, à
educação básica.
146
02. Consolidar os fóruns de avaliação e discussão coletiva na EPTNM,
promovendo o efetivo funcionamento de todos os Colegiados de Curso
técnicos, a institucionalização do Fórum de Coordenadores e a realização
anual do Seminário da EPTNM.
03. Promover a permanência e a conclusão com êxito na EPTNM, diminuindo em
pelo menos 30%, por ciclo, as taxas gerais de evasão e retenção discente.
(02)
04. Aprimorar os cursos técnicos ofertados no noturno, de forma a aumentar a
relação ingressante/concluinte.
05. Aprimorar e atualizar os marcos regulatórios da EPTNM, promovendo a
revisão e adequação das Normas Acadêmicas e do Regulamento do Estágio
Curricular Obrigatório.
06. Implantar, com a CPA, sistema de avaliação para os cursos técnicos. (06)
Programas
Código
(Área e Nº) Título
Meta
EPT 01 Desenvolvimento da EPTNM 01, 02
EPT 02 Fomento à EPTNM 01
EPT 03 Permanência e êxito na EPTNM 03, 04
EPT 04 Formação continuada de professores da EPTNM
01, 02
EPT 05 Marcos regulatórios da EPTNM 05
EPT 06 Avaliação da EPTNM 01, 06
Objetivos específicos por programa
01. Aprimorar as formas democráticas de ingresso de estudantes da EPTNM,
objetivando sua organicidade com a função e finalidades institucionais. (EPT
01)
02. Aprimorar a estrutura curricular dos cursos, de forma a contemplar:
integração efetiva entre formação geral e profissional; atividades
147
interdisciplinares alinhadas aos eixos tecnológicos dos cursos; equilíbrio
entre cargas-horárias teóricas e práticas; equalização dos cursos técnicos;
melhor adequação dos cursos aos contextos socioeconômicos regionais.
(EPT 01)
03. Fortalecer a integração entre a Coordenação Geral de Desenvolvimento e
Acompanhamento da EPTNM (CGDA) e as Coordenações Pedagógicas e de
Curso, quanto ao apoio didático-pedagógico aos docentes e discentes. (EPT
01)
04. Definir política de implantação e regulamentação da EaD para cursos e
disciplinas não presenciais e semipresenciais nas formas concomitância
externa e subsequente. (EPT 01)
05. Aprimorar a equivalência dos cursos técnicos entre os turnos e os diferentes
campi. (EPT 01)
06. Ampliar recursos humanos e de infraestrutura para consolidação de cursos,
definindo políticas para aquisição e manutenção de equipamentos para
laboratórios de ensino e pesquisa em todos os campi. (EPT 02)
07. Promover a divulgação dos cursos para a comunidade externa. (EPT02)
08. Estimular e apoiar a participação discente em visitas técnicas e eventos
culturais e acadêmicos, internos e externos. (EPT 02)
09. Fomentar, juntamente com Diretoria de Extensão e Desenvolvimento
Comunitário, a inter-relação entre as Coordenações de Curso e o setor
produtivo correspondente, de forma a viabilizar a oferta de estágio
supervisionado. (EPT 02)
10. Apoiar política institucional de inclusão e acompanhar pedagogicamente os
discentes com deficiência e com necessidades educacionais especiais. (EPT
03)
148
11. Implementar política e ações administrativas e didático-pedagógicas para
promoção da permanência e do êxito dos estudantes dos cursos técnicos.
(EPT 03)
12. Promover a realização de reuniões e eventos científico-pedagógicos para
avaliação da EPTNM e para formação continuada de docentes. (EPT 04)
13. Apoiar a realização de cursos de formação pedagógica de docentes,
ofertados pela Instituição, em consonância com a legislação relativa à
formação de professores para a educação básica. (EPT 04)
14. Revisar as Normas Acadêmicas dos Cursos de EPTNM. (EPT 05)
15. Revisar o Regulamento de Estágio Curricular Obrigatório. (EPT 05)
16. Revisar, em parceria com as demais Diretorias Especializadas da área de
ensino, o Regime Disciplinar do Corpo Discente, atualizando-o e adequando-
o ao atual contexto institucional. (EPT 05)
17. Avaliar os cursos nas formas subsequente e concomitância externa,
ofertadas no noturno, com vistas a detectar as dificuldades específicas por
eles enfrentadas e propor soluções para superação das mesmas. (EPT 06)
18. Avaliar os cursos da EPTNM, a partir de dados produzidos de maneira
regular e sistemática. (EPT 06)
19. Implantar sistema institucional para acompanhamento de egressos da
EPTNM. (EPT 06)
1.2 – Graduação
O ensino de graduação, conduzido pela Diretoria de Graduação (DIRGRAD)
deverá contemplar princípios específicos, além daqueles relativos à política geral
da Instituição, entre os quais alguns são retomados e/ou qualificados de forma
particular, tendo em vista a natureza da área. Os princípios aqui apresentados
contemplam os rumos institucionais dos anos anteriores e os projetados para os
próximos cinco anos.
149
Princípios
Promoção de condições de democratização do acesso e permanência do
estudante no curso.
Inserção da Instituição nos sistemas nacionais de ensino, pesquisa e políticas
públicas para a educação superior.
Articulação estreita entre metas acadêmicas e administrativas.
Promoção de educação com valores democráticos e de cidadania com
responsabilidade ambiental.
Construção de PPPs de cursos em consonância com a realidade local e
nacional, buscando estreita relação entre formação geral, técnica e
humanística.
Avaliação e acompanhamento do ensino por meio da análise de indicadores,
buscando a melhoria contínua das condições de oferta dos cursos.
Valorização e promoção da mobilidade acadêmica para o corpo docente e
discente em instituições nacionais e internacionais visando à ampliação da
cooperação interinstitucional.
Metas
01. Consolidar os cursos de graduação do CEFET-MG em nível de excelência, o
que implica: orientar e acompanhar os Núcleos Docentes Estruturantes no
processo de revisão dos PPPs dos cursos e submeter as revisões à
aprovação no Conselho de Graduação (CGRAD); atualizar o acervo
bibliográfico de todos os campi; implantar processo de avaliação interna dos
cursos de graduação, fortemente alinhado com os instrumentos de avaliação
do MEC e a ser conduzido de forma ativa por comissão independente e
devidamente capacitada.
02. Estabelecer e/ou aprimorar políticas institucionais com foco nos discentes,
voltadas para as seguintes questões: acompanhamento pedagógico;
acolhimento a pessoas com deficiências e com necessidades educacionais
especiais; acompanhamento de egressos; e intensificação de programas de
150
fomento e apoio discente, em parceria com outros setores da Instituição que
também tratam dessas questões.
03. Promover a realização de, no mínimo, um evento, por ano, para discutir
modalidades de ensino e aprendizagem.
04. Revisar e atualizar normas, resoluções e fluxos de gestão atinentes à
graduação.
05. Orientar iniciativas de elaboração de propostas de novos cursos e submetê-
las à apreciação do CGRAD.
06. Realizar levantamento para a adequação dos laboratórios didáticos
especializados utilizados nos cursos de graduação.
Programas
Código
(Área e Nº) Título
Meta
GRD 01 Aprimoramento, acompanhamento e fomento da graduação
01, 02, 03
GRD 02 Aprimoramento de recursos de ensino e aprendizagem na graduação
03
GRD 03 Aperfeiçoamento de normas e rotinas da graduação 04
GRD 04 Oferta de cursos e melhoria da infraestrutura da graduação
05, 06
GRD 05 Melhoria dos processos avaliativos na graduação 01
Objetivos específicos por programa
01. Aprimorar as formas democráticas de ingresso de estudantes, na graduação,
objetivando sua organicidade com a função e finalidades institucionais. (GRD
01)
02. Orientar e acompanhar o processo de consolidação dos Núcleos Docentes
Estruturantes. (GRD 01)
03. Orientar os Núcleos Docentes Estruturantes para o aprimoramento da
estrutura curricular dos cursos. (GRD 01)
151
04. Orientar os Núcleos Docentes Estruturantes na revisão dos PPPs dos cursos
para inclusão das atividades de extensão com, no mínimo, 10% da carga
horária total, de acordo com as diretrizes do Plano Nacional de Educação.
(GRD 01)
05. Envidar esforços para que no acervo bibliográfico seja garantido o número
suficiente de exemplares de cada título constante na bibliografia básica e
complementar dos planos de ensino dos cursos de graduação. (GRD 01)
06. Desenvolver e implantar, em parceria com a Secretaria de Governança da
Informação, um sistema institucional para acompanhamento de egressos.
(GRD 01)
07. Definir plano de ação para redução da evasão e da retenção nos diversos
cursos e turnos, contemplando atividades como nivelamento para o
ingressante e programas de tutoria. (GRD 01)
08. Expandir os programas de monitoria, educação tutorial e mobilidade
acadêmica. (GRD 01)
09. Definir política institucional de diagnóstico e acompanhamento de pessoas
com deficiência e com necessidades educacionais especiais em parceria
com outros setores que cuidam desse acompanhamento. (GRD 01)
10. Revisar, em parceria com as demais Diretorias Especializadas da área de
ensino, o Regime Disciplinar do Corpo Discente, atualizando-o e adequando-
o ao atual contexto institucional. (GRD 01)
11. Discutir a utilização de ferramentas tecnológicas para as disciplinas dos
cursos de graduação, entre elas aquelas relativas à EaD3. (GRD 02)
12. Revisar as normas e resoluções referentes à regulação da graduação. (GRD
03)
3 Ressalta-se que as atividades de EaD, particularmente no ensino superior, envolvendo o ensino de graduação e o de
pós-graduação, serão conduzidas nos moldes da Resolução CNE/CES n. 001, de 11/03/2016 (Brasil, 2016a).
152
13. Aprimorar e consolidar o Guia de Gestão Acadêmica da Graduação. (GRD
03)
14. Submeter à apreciação do Conselho de Graduação as demandas para oferta
de novos cursos, considerando as condições de pessoal e infraestrutura.
(GRD 04)
15. Avaliar as condições dos laboratórios didáticos especializados e definir as
melhorias (em termos de profissionais, equipamentos e manutenção)
necessárias à obtenção do conceito cinco associado ao indicador
correspondente no instrumento de avaliação do MEC. (GRD 04)
16. Instituir e capacitar uma comissão para realizar, de forma ativa e alinhada
com os instrumentos de avaliação do MEC, a autoavaliação interna dos
cursos, com vistas à melhoria contínua dos conceitos atribuídos pelo MEC.
(GRD 05)
Educação Profissional Técnica de Nível Médio e Graduação
Além dos programas próprios da EPTNM e da graduação há um programa
transversal que se refere à coordenação pedagógica, apresentado a seguir.
Código Título
T( EPT, GRD) 01
Coordenação e Acompanhamento Pedagógico
Para consolidar as práticas existentes de acompanhamento pedagógico e
aprimorar-lhes a organicidade, com o intuito de se criar política institucional na
área, e, ainda, considerando que tais práticas permeiam tanto o ensino médio
quanto a educação superior, considerou-se importante incluir este programa no
PDI. Com isso, visa-se reforçar a integração dos processos e atividades de
ensino e aprendizagem, no âmbito dos cursos de educação profissional técnica
de nível médio e de graduação, envolvendo os discentes e docentes em todos
os campi da Instituição. O objetivo maior é a melhoria da qualidade desses
processos e atividades.
153
Relembre-se de que a coordenação e o acompanhamento pedagógico são
realizados pelas Coordenações Pedagógicas (CP) existentes em todos os campi
do CEFET-MG. As atribuições desses setores são definidas pela Resolução CD-
049/12, de 03/09/2012. “As Coordenações Pedagógicas são unidades
organizacionais responsáveis por implementar e executar as políticas de ensino
das diretorias de Graduação, de Educação Profissional e Tecnológica e de
Pesquisa e Pós-graduação, no âmbito das unidades”.
Para além dessa definição, neste PDI estabelecem-se as projeções de
reestruturação da gestão pedagógica na Instituição, considerando o trabalho em
andamento da Comissão Responsável pela Reestruturação e Elaboração do
Regulamento da Coordenação Pedagógica, instituída pela Portaria DIR-388/16,
de 26/04/2016.
Dada a reconhecida importância do programa em pauta, ele será especificado
de forma mais detalhada, incluindo-se seus princípios, metas, subprogramas e
objetivos específicos.
Princípios
Os princípios que deverão nortear as práticas de coordenação e
acompanhamento pedagógico no CEFET-MG envolvem atenção particular aos
princípios expressos no Art. 3º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, Lei n. 9.394, de 20/12/1996 (Brasil, 1996), aos princípios gerais da
Instituição e aos princípios da EPTNM, da Graduação e da Pós-Graduação
citados neste PDI. Assim, têm-se os princípios a seguir.
Promoção de condições de democratização do acesso e permanência do
estudante no curso.
Integração das atividades de acompanhamento pedagógico em todos os
níveis e etapas de ensino do CEFET-MG, na perspectiva da verticalização do
ensino.
Busca da excelência, inovação e criatividade nos processos de ensino e
aprendizagem, tendo em vista a melhoria da sua qualidade.
Respeito ao trabalho coletivo e participativo e sua valorização.
Respeito à autonomia docente e discente nos processos de ensino e
aprendizagem.
154
Aprimoramento contínuo da comunicação e integração entre as
Coordenações Pedagógicas, as três Diretorias Especializadas de Ensino –
DEPT, DIRGRAD e DPPG – e a Secretaria de Política Estudantil.
Estímulo à formação continuada dos profissionais que atuam nas
Coordenações Pedagógicas.
Respeito às manifestações e necessidades físicas, cognitivas, emocionais e
afetivas dos estudantes nas suas relações individuais e coletivas.
Metas
01. Consolidar as práticas existentes na área de planejamento, desenvolvimento
e avaliação do ensino, provendo-lhes organicidade, juntamente com as três
Diretorias Especializadas na área do ensino, o que implica: realização de
eventos com a participação das coordenações de todos os campi; avaliação
contínua do atendimento ao estabelecido no Regulamento da Coordenação
Pedagógica, envolvendo elaboração de relatórios anuais.
02. Consolidar as práticas existentes de recepção e integração dos discentes
ingressantes e as práticas de acompanhamento e orientação acadêmica aos
estudantes, no âmbito da EPTNM e da Graduação, em todos os campi, por
meio de aulas inaugurais e divulgação do Guia Acadêmico.
03. Consolidar as práticas existentes de integração e acolhimento dos docentes
ingressantes, pela criação e implementação de Projeto de Integração e
Acolhimento de Docentes, juntamente com as três Diretorias Especializadas
na área do ensino e com a Superintendência de Gestão de Pessoas.
Subprogramas
Código (Área e Nº) Título Meta
CAP 01 Planejamento, desenvolvimento e avaliação dos processos de ensino e aprendizagem
01
CAP 02 Acompanhamento e orientação acadêmica ao discente
02
CAP 03 Acompanhamento e orientação didático-pedagógica ao docente
03
155
CAP 04 Gestão das ações e projetos das Coordenações Pedagógicas
01, 02, 03
Objetivos específicos por programa
01. Incentivar a realização de estudos que aprimorem a execução dos currículos
e a aplicação de métodos e técnicas inovadoras de ensino e aprendizagem.
(CAP 01)
02. Apoiar as Coordenações de Curso e as Coordenações Pedagógicas no
processo de acompanhamento e desenvolvimento das monitorias,
identificando eventuais falhas e propondo medidas corretivas nesse
processo. (CAP 01)
03. Orientar o planejamento, o acompanhamento e a avaliação das atividades
de dependência e de recuperação dos estudantes da EPTNM. (CAP 01)
04. Planejar e coordenar, semestralmente, a realização de atividades de
recepção dos discentes ingressantes dos cursos de EPTNM e de
Graduação. (CAP 02)
05. Promover o atendimento do estudante de forma integrada com outros
setores (Coordenações de Curso, Coordenações de Política Estudantil, e
Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais
Especificas). (CAP 02)
06. Facilitar o intercâmbio de informações entre a família dos estudantes da
EPTNM e o CEFET-MG. (CAP 02)
07. Orientar os estudantes sobre o funcionamento da Instituição (programas,
procedimentos e normas acadêmicas) e sobre a organização de estudos e
trajetórias acadêmicas, particularmente aqueles com rendimento acadêmico
insuficiente. (CAP 02)
08. Orientar e acompanhar os estudantes da EPTNM, quanto a desempenho
escolar e trajetória acadêmica, sobretudo aqueles encaminhados pelos
professores e coordenadores de curso. (COP 02)
09. Identificar fatores de evasão escolar e retenção, assim como identificar
formas de evitá-las. (CAP 02)
156
10. Orientar a elaboração de relatórios dos dados referentes ao desempenho
acadêmico dos estudantes acompanhados pelas Coordenações
Pedagógicas. (CAP 02)
11. Planejar e coordenar o acolhimento de docentes ingressantes em parceria
com a Superintendência de Gestão de Pessoas. (CAP 03)
12. Participar na elaboração e reestruturação dos Projetos Político-Pedagógicos
e dos Planos de Ensino dos cursos. (CAP 03)
13. Buscar a integração das Coordenações Pedagógicas com as Coordenações
Gerais de Desenvolvimento e Acompanhamento da EPTNM e da Graduação
e com as Coordenações de Curso. (CAP 04)
14. Planejar e realizar ações de formação continuada dos profissionais das
Coordenações Pedagógicas com vistas ao aprimoramento das atividades
desenvolvidas pelas CPs. (CAP 04)
1.3 – Pós-Graduação
Da mesma forma que nas outras áreas, a política de pós-graduação, vai ao
encontro da política geral da Instituição, reiterando, particularmente, o princípio
da integração entre o ensino, a pesquisa e inovação e a extensão, em prol da
sustentabilidade ambiental, socioeconômica e cultural.
Além disso, O CEFET-MG, por meio da Diretoria de Pesquisa e Pós-graduação
(DPPG), vem estabelecendo uma série de ações de apoio às atividades de pós-
graduação. Algumas dessas ações já foram institucionalizadas na forma de
programas que são de pleno conhecimento e adesão pela comunidade interna.
Princípios
Comprometimento com a realidade regional e nacional.
Promoção de condições de democratização do acesso e permanência do
estudante no curso.
Integração da pesquisa e pós-graduação com as atividades de ensino, em
todos os níveis, e de extensão.
157
Qualidade social nas atividades de ensino e investigação científica e
tecnológica.
Ensino para a formação e o aperfeiçoamento de profissionais, técnicos e
pesquisadores de alto nível.
Busca de atualização contínua nas áreas do conhecimento.
Desenvolvimento da capacidade de análise e de crítica, do espírito científico e
do pensamento reflexivo por parte dos sujeitos institucionais.
Divulgação de conhecimentos culturais e científico-tecnológicos por meio do
ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação.
Metas
01. Promover as condições adequadas para a atuação dos docentes na pós-
graduação stricto sensu. Isso implica: correta valoração das atividades nos
encargos didáticos e acadêmicos; condições de infraestrutura;
implementação de ferramentas que viabilizem a expansão e qualificação
contínuas da pós-graduação (como EaD).
02. Ampliar a pós-graduação stricto sensu, contando ao final do período de
vigência deste Plano com, pelo menos, 12 cursos de mestrado e quatro de
doutorado.
03. Implantar o primeiro curso de mestrado no interior.
04. Aprimorar a sistematização de coleta de informações referentes à pesquisa e
à pós-graduação, e sua divulgação, por meio de sistema de obtenção,
tratamento e apresentação de dados.
05. Definir as diretrizes para a criação de cursos de pós-graduação lato sensu
ajustadas às estratégias institucionais para o ensino, a pesquisa, a pós-
graduação e a extensão.
158
Programas
Considerando programas em curso e os propostos, têm-se os que se seguem.
Código
(Área e Nº) Título
Meta
PGR 01 Manutenção de equipamentos de laboratório 01
PGR 02 Implementação e avaliação de ferramentas de ensino a distância na pós-graduação
01, 02, 03,05
PGR 03 Aprimoramento da administração dos programas de pós-graduação
01
PGR 04 Apoio e incentivo à qualificação docente 02, 03
PGR 05 Sistema de obtenção de dados da pós-graduação 04
PGR 06 Sistema repositório na pós-graduação 04
PGR 07 Avaliação do papel dos cursos de pós-graduação lato sensu
05
Registre-se que os programas mencionados têm algumas características gerais,
que convém registra.
PGR 01 – Visa sistematizar os processos de compra e contratação de
serviços para manter operacional a infraestrutura de laboratórios que dá
suporte aos programas de pós-graduação stricto sensu.
PGR 02 – Tem-se como intenção favorecer a participação de docentes de
diferentes campi nos programas de pós-graduação stricto sensu.
PGR 03 – Implica facilitar a gestão das atividades acadêmicas e melhorar a
interação com docentes, discentes e demais sujeitos institucionais em
conjunto com as coordenações.
PGR 04 – Será levada em consideração a consonância entre a qualificação e
perspectivas de evolução da pós-graduação.
PGR 05 – Serão focalizados dados relativos à pós-graduação e dados para a
composição de relatórios de gestão e de prestação de contas.
PGR 06 – Vincula-se ao sistema da biblioteca, para disponibilizar a produção
acadêmica institucional.
PGR 07 – Busca-se ajudar a estabelecer a contribuição dos cursos de
especialização no conjunto das estratégias institucionais.
159
Objetivos específicos por programa
01. Definir política para aquisição e manutenção de equipamentos para
laboratórios de ensino e pesquisa em todos os campi. (PGR 01, PGR 02,
PGR 03)
02. Ampliar recursos humanos e de infraestrutura para expansão e consolidação
de cursos. (PGR 01, PGR 03; PGR 04)
03. Definir política de implantação e regulamentação da EaD para cursos e
disciplinas não presenciais e semipresenciais. (PGR 02)
04. Apreciar a demanda de oferta de novos cursos de mestrado e doutorado,
particularmente no interior. (PGR 02)
05. Fortalecer a integração entre a pós-graduação e os cursos de graduação e
da EPTNM, por meio da intensificação de projetos conjuntos de ensino,
pesquisa e extensão. (PGR 02, PGR 03)
06. Aprimorar a padronização dos procedimentos operacionais da Instituição no
âmbito da pós-graduação. (PGR 03)
07. Aprovar as Normas Acadêmicas da Pós-Graduação stricto sensu. (PGR 03)
08. Aprimorar os sistemas de informação e comunicação quanto a: coleta de
dados; alinhamento entre os diversos sistemas vigentes como Sistema
Nacional de Informações da Educação Profissional e Tecnológica (SISTEC) e
Sistema de Gestão Acadêmica; atualização da base de dados institucionais;
divulgação e registro de informações de interesse institucional. (PGR 03;
PGR 05; PGR 06)
09. Promover a realização de reuniões e eventos científicos e pedagógicos para
discussão, divulgação e registro de práticas bem-sucedidas. (PGR 04)
10. Articular os programas e ações da DPPG com os programas e ações das
outras Diretorias Especializadas. (PGR 04)
160
11. Fortalecer a divulgação de cursos ofertados para a comunidade. (PGR 04;
PGR 05)
12. Implantar sistema institucional para acompanhamento de egressos. (PGR 05)
13. Melhorar a divulgação das bases de livros eletrônicos e do portal de
periódicos da CAPES. (PGR 06)
14. Promover discussões acerca dos cursos de pós-graduação lato sensu. (PGR
07)
15. Rever e consolidar regulamentação do programa de pós-graduação lato
sensu na Instituição. (PGR 07)
2 – Pesquisa e Inovação
A área da pesquisa e inovação está estreitamente relacionada ao ensino e à
extensão, mas, particularmente, ao ensino de pós-graduação, do qual é um dos
pilares principais. Isso tendo em vista, sobretudo, o fato de que, no Brasil, a pós-
graduação é condicionada à pesquisa ou à denominada ambiência de pesquisa
na Instituição. Assim, a pesquisa e a pós-graduação estão sob a
responsabilidade da DPPG e se desenvolvem sob os mesmos princípios. Dentro
disso, a DPPG orienta suas ações tendo por base a posição de que a pesquisa é
um dos meios mais efetivos de integração entre os níveis de ensino e entre os
campi, e se constitui um dos eixos essenciais da identidade do CEFET-MG.
Metas
01. Aumentar a captação de recursos para a pesquisa por meio da submissão de
projetos às agências de fomento nacionais e internacionais, e por meio da
cooperação com outras instituições públicas e privadas.
02. Incentivar a participação do CEFET-MG em projetos de pesquisa
interinstitucionais, no Brasil e no exterior.
03. Promover a discussão e a revisão da regulamentação interna a respeito da
pesquisa em parceria com agentes públicos e privados, adequando a
Instituição ao contexto nacional.
161
04. Garantir o pleno funcionamento da infraestrutura de pesquisa.
05. Ampliar em 20% o número de grupos de pesquisa cadastrados no Diretório
de Grupos de Pesquisa do CNPq.
06. Promover maior integração entre docentes e grupos de pesquisa dos
diferentes campi.
07. Aprimorar os processos de seleção de projetos de iniciação científica e dos
demais programas de fomento, de forma a ampliar a quantidade de alunos
envolvidos nessa atividade e reduzir as assimetrias entre os campi.
Programas
Da mesma forma que no caso da pós-graduação, os programas a seguir refere-
se aos existentes e às novas propostas.
Código
(Área e Nº) Título
Meta
PEI 01 Apoio-contrapartida na pesquisa 01, 02
PEI 02 Regulamentação de projetos de pesquisa 01, 03, 04, 05
PEI 03 Catalogação de informação 06
PEI 04 Avaliação e revisão de julgamento de projetos de pesquisa e de iniciação científica.
01, 07
Também como na pós-graduação, os três primeiros programas indicados contam
com algumas características gerais registradas a seguir.
PEI 01 – Busca induzir a obtenção de recursos externos ao CEFET-MG.
PEI 02 – Propõe-se a compatibilização dos projetos com o Marco Legal de
Ciência, Tecnologia e Inovação (Lei n. 13. 243, de 11/01/2016) (Brasil,
2016C).
PEI 03 – Envolve a elaboração de catálogo com informação sobre projetos ou
campos de pesquisa, de forma a facilitar a identificação: de competências na
Instituição; de infraestrutura disponível; e da atuação e pesquisadores em
diferentes áreas.
162
Objetivos específicos por programa
01. Estimular os docentes a aumentarem a produção científica e a submeterem
projetos aos órgão de fomento. (PEI 01; PEI 02)
02. Definir política para viabilizar a capilaridade da pesquisa e da participação de
docentes em programas de pós-graduação em todos os campi da Instituição.
(PEI 01; PEI 03)
03. Estimular a pesquisa aplicada por meio de parcerias com indústrias e
empresas. (PEI 01, PEI 04)
04. Criar a cultura de implementação de programas de pesquisa nos grupos,
congregando vários projetos. (PGR 02)
Pós-graduação e Pesquisa e Inovação
Junto aos programas explicitados para cada uma das áreas da pós-graduação e
da pesquisa e inovação há um programa transversal comum a essas duas, tal
como apresentado a seguir.
Código Título
T (PGR, PEI) 02 Manutenção e aperfeiçoamento dos programas de apoio à pesquisa e à pós-graduação
Objetivos específicos do programa
01. Apoiar a participação de docentes em eventos e tradução e revisão de
artigos para periódicos em língua estrangeira.
02. Apoiar a participação de pesquisador visitante nos programas de pós-
graduação.
03. Apoiar pagamento de taxas de publicação de artigos em periódicos.
163
3 – Extensão e Desenvolvimento Comunitário
A extensão universitária assumiu funções diferenciadas ao longo do tempo e tem
transposto os limites de uma visão que a associava apenas à prestação de
serviços e à difusão de cultura e conhecimento, para assumir papel de suma
relevância no processo educativo cultural e científico, articulando-se ao ensino e
à pesquisa de forma indissociável. Com isso, amplia-se a relação
transformadora entre a Instituição de ensino e a sociedade, visando ao
desenvolvimento e à socialização da cultura e do saber acadêmico.
Conhecedora de seu papel em relação às atividades de extensão, a Instituição,
por meio da Diretoria de Extensão e Desenvolvimento Comunitário (DEDC) está
e estará conduzindo sua política na área, no intuito de fomentar iniciativas que
favoreçam a aproximação tanto entre os membros da própria comunidade
acadêmica como entre esta e a sociedade, buscando atender aos princípios
gerais da política institucional e aos princípios específicos apresentados a
seguir.
Princípios
Comprometimento com a realidade regional e nacional.
Indissociabilidade da extensão com as atividades de ensino e pesquisa.
Construção coletiva e democrática das diretrizes das atividades de extensão
para a Instituição.
Valorização da participação discente nas atividades de extensão, efetivada
por processo de integração curricular.
Envolvimento da comunidade externa e interna à Instituição na construção
colaborativa das atividades de extensão.
Equilíbrio entre as atividades extensionistas de desenvolvimento tecnológico e
inovação, desenvolvimento comunitário e de difusão artístico-cultural.
Concepção da extensão como fator de impacto na formação do estudante
como agente de transformação social.
164
Metas
01. Consolidar, no âmbito da extensão, o cumprimento dos marcos legais no que
tange às relações étnico-raciais, às africanidades, aos afro-brasileiros e aos
indígenas, assim como a garantia da ação afirmativa, da equidade de gênero
e do respeito à diversidade sexual, tendo em vista a inclusão social.
02. Consolidar uma agenda cultural para o CEFET-MG, de forma a garantir que a
Instituição ofereça à comunidade, tanto interna como externamente,
oportunidades que contribuam para o debate social, para a difusão dos
direitos humanos, para a promoção da inclusão e do respeito às diversidades
étnico-raciais e de gênero e para a promoção e a valorização dos saberes e
das práticas artístico-culturais.
03. Ampliar a oferta de atividades de extensão para os discentes, de forma a
garantir a integralização curricular da extensão, em atendimento às diretrizes
do Plano Nacional de Educação, que prevê 10% da carga horária dos cursos
de graduação em atividades de extensão.
04. Implementar alterações na estrutura da DEDC para atender ao
Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação, Lei n. 13.243, de 11 de
janeiro de 2016 (Brasil, 2016c), garantindo política de regulamentação interna
para as atividades inerentes a essa área na Instituição, e expandir as
relações com o setor produtivo, consolidando parcerias que colaborem para a
execução de projetos de inovação e desenvolvimento tecnológico. Esta meta
deverá contar com a colaboração da DPPG.
05. Modernizar as normas gerais de atividades de extensão, adequando-as à
legislação vigente, e desburocratizar os procedimentos administrativos
inerentes à DEDC, garantindo fluxo simplificado e a diminuição nos prazos de
avaliação e de aprovação das propostas.
06. Ampliar a participação dos campi do CEFET-MG em atividades de extensão
por meio da consolidação das coordenações locais de extensão, do fomento
a programas de extensão intercampi e da disseminação de cultura
extensionista para a comunidade.
165
Programas
Código
(Área e Nº) Título
Meta
EXT 01 Articulação com a sociedade e compromisso com a diversidade
01, 02
EXT 02 Agenda de atividades artísticas e culturais 02
EXT 03 Integração da extensão com o ensino e a pesquisa 03
EXT 04 Ciência, inovação e empreendedorismo 04
EXT 05 Marcos regulatórios da extensão 04, 05
EXT 06 Expansão e divulgação das atividades de extensão 03, 06
Objetivos específicos por programa
01. Fomentar debates e eventos que possibilitem a promoção dos direitos
humanos e a consolidação de cultura de inclusão e de respeito às pessoas
com deficiência e necessidades educacionais especiais, e às diversidades
étnico-raciais e de gênero. (EXT 01)
02. Fortalecer a extensão acadêmica como agente de transformação social,
valorizando atividades que promovam o desenvolvimento comunitário e a
atuação junto a comunidades tradicionais. (EXT 01)
03. Consolidar a participação do CEFET-MG como agente cultural nas
comunidades em que atua. (EXT 01)
04. Incentivar e promover parcerias com entidades culturais, Organizações não
Governamentais (ONGs) e demais órgãos que visem à superação das
desigualdades sociais, raciais e de gênero, que busquem soluções para os
problemas sociais e que atuem como agentes transformadores da sociedade
e como difusores da arte e da cultura nacionais. (EXT 01)
05. Expandir a fronteira da sala de aula para o corpo discente, permitindo maior
conhecimento e convivência com diferentes realidades, sejam elas
socioeconômicas, educacionais, culturais e/ou étnico-raciais. (EXT 01)
166
06. Estabelecer, em articulação com as Normas Gerais para Atividades de
Extensão e com os demais programas da DEDC, os referenciais para uma
política institucional de cultura no CEFET-MG. (EXT 02)
07. Propor uma Agenda Cultural que coloque em pauta o debate acerca da
cultura e das manifestações artístico-culturais como parcela significativa da
formação ofertada e da produção acadêmica no CEFET-MG e ofereça uma
programação que permita, considerando o respeito às diversidades e às
várias formas de manifestação da cultura, a materialização desse. (EXT 02)
08. Fomentar a pesquisa e o ensino na área cultural, de forma articulada ao
desenvolvimento da ciência e da tecnologia produzidas na Instituição. (EXT
02)
09. Consolidar a participação do CEFET-MG como instituição promotora de
cultura nas regiões onde atua, por meio de seu Festival de Arte e Cultura e
de uma Agenda Cultural permanente nos seus campi. (EXT 02)
10. Ampliar e reforçar cooperação sociocultural com os órgãos públicos e/ou
privados nas regiões onde o CEFET-MG atua, por meio dos sujeitos e
agentes que atuam na área da promoção da cultura, de forma a potencializar
ações artístico-culturais articuladas com ciência e tecnologia. (EXT 02)
11. Reforçar a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, por meio do
estreitamento do diálogo com as outras Diretorias e Secretarias
Especializadas. (EXT 03)
12. Valorizar atividades de extensão que preconizem o caráter interdisciplinar,
interativo e indissociável com o ensino e a pesquisa. (EXT 03)
13. Contribuir para a revisão da estrutura curricular dos cursos de graduação, de
forma a contemplar atividades institucionais de Extensão, com o propósito de
atingir as diretrizes do Plano Nacional de Educação e da Política Nacional de
Extensão. (EXT 03)
14. Estabelecer cooperação mútua com a DPPG nos esforços de elaboração e
implementação de política de inovação para a Instituição. (EXT 04)
167
15. Reforçar vínculos e estabelecer novas parcerias que busquem soluções
inovadoras para o setor produtivo e demais entidades sociais. (EXT 04)
16. Fomentar e expandir para todos os campi a incubação de empresas que
tenham um componente de inovação e desenvolvimento social e tecnológico.
(EXT 04)
17. Ampliar a interface com o setor produtivo. (EXT 04)
18. Incentivar o desenvolvimento de tecnologias sociais como estratégia para a
sustentabilidade ambiental, socioeconômica e cultural. (EXT 04)
19. Incentivar e fomentar o desenvolvimento de tecnologias assistivas de acordo
com as normas de acessibilidade. (EXT 04).
20. Atualizar, aprimorar e adequar as Normas Gerais para Atividades de
extensão de forma a desburocratizar a tramitação dos processos e a
celebração de parcerias interinstitucionais. (EXT 05)
21. Padronizar os procedimentos operacionais da Instituição no âmbito da
extensão. (EXT 05)
22. Informatizar os procedimentos de registro, acompanhamento e avaliação das
propostas de atividades e ações de extensão. (EXT 05)
23. Agilizar a tramitação dos processos em todas as etapas de aprovação e
providências administrativas/financeiras. (EXT 05)
24. Promover a consolidação das Coordenações Locais de Extensão e de
Empreendedorismo em todos os campi do CEFET-MG. (EXT 06)
25. Promover a disseminação da cultura extensionista, ampliando o
conhecimento da comunidade interna e externa sobre a extensão e suas
possibilidades. (EXT 06)
26. Apoiar a formação de programas de extensão intercampi. (EXT 06)
27. Ampliar recursos humanos e de infraestrutura para expansão e consolidação
de atividades de extensão em suas mais diversas manifestações. (EXT 06)
168
28. Ampliar e diversificar as formas de divulgação das informações e das
atividades de extensão do CEFET-MG. (EXT 06)
29. Garantir a periodicidade e a qualificação da Revista Extensão & Comunidade,
baseando-se em periódicos de extensão de referência no cenário acadêmico
nacional. (EXT 06)
30. Fortalecer as práticas editoriais criando normas para a consolidação da
Editora do CEFET-M e promovendo a divulgação da produção científica,
artística e cultural. (EXT 06)
31. Promover a participação da comunidade externa em eventos e atividades
extensionistas. (EXT 06)
169
4 – Política Estudantil
Tal como em períodos anteriores, a política de atendimento aos discentes do
CEFET-MG, para o período de 2015-2020, encontra-se em consonância com o
Decreto n. 7.234, de 19/07/2010 (Brasil, 2010), que dispõe sobre o Programa
Nacional de Assistência Estudantil (PNAES) e institui uma política de governo
nessa área e, no âmbito interno, está contemplada pela Resolução CD-083/04,
de 13/12/04, que aprova o regulamento da política de assuntos estudantis.
Os estudantes oriundos das classes sociais de baixa condição socioeconômica
constituem público-alvo predominante e prioritário, ao qual se destinam as ações
desenvolvidas pela Secretaria de Política Estudantil (SPE), relativas à
assistência dita prioritária. As atividades de acompanhamento psicossocial
priorizam esses estudantes, mas se estendem também aos demais. Da mesma
forma, as atividades educativas e de formação integral são dirigidas a todos os
estudantes, envolvendo os diferentes segmentos da comunidade escolar.
Nessas condições os princípios da política estudantil neste PDI foram
referenciados no mencionado Regulamento da Política de Assuntos Estudantis
do CEFET-MG com atualizações segundo a proposta da Política Nacional da
Assistência Estudantil apresentada pelo FONAPRACE à ANDIFES e a
representantes do poder legislativo da Câmara Federal, com o objetivo de torná-
la política de Estado.
Princípios
Afirmação da educação como política de Estado.
Orientação humanista e preparação para o exercício pleno da cidadania.
Reconhecimento da liberdade como valor ético central.
Respeito à dignidade do (a) cidadão (ã) e à sua autonomia.
Justiça social e eliminação de todas as formas de preconceitos, discriminação
e opressão.
Formação ampla direcionada ao desenvolvimento integral dos estudantes.
170
Promoção de condições de democratização do acesso e permanência do
estudante no curso.
Ênfase nas necessidades sociais e humanas dos (as) estudantes para
viabilizar condições de igualdade para sua permanência material e simbólica
e conclusão dos cursos no CEFET-MG.
Integração com as atividades de ensino, pesquisa e extensão.
Transparência na utilização dos recursos públicos e dos critérios para acesso
à política de assistência estudantil.
Padronização de critérios para acesso à política de assistência estudantil em
todos os campi.
Transparência na distribuição dos recursos entre os campi, com critérios
técnicos estabelecidos pela SPE.
Compromisso com a qualidade dos serviços prestados.
Metas
01. Implementar programas e ações de inclusão e cidadania a partir de 2016.
02. Estabelecer, em proposta orçamentária, a ampliação gradual de
investimentos em assistência estudantil, compatível com o perfil dos
estudantes e com as políticas governamentais de acesso e inclusão.
03. Ampliar e qualificar os programas e ações de assistência prioritária, com
ênfase no programa de alimentação estudantil para os campi Contagem,
Leopoldina, Nepomuceno e Timóteo, a partir de 2017.
04. Ampliar e qualificar os programas e ações de apoio e acompanhamento aos
estudantes, a partir de 2016.
05. Rever os marcos regulatórios da Política Estudantil aa partir de 2017,
assegurar a representação da SPE nas instâncias de deliberação da
Instituição, e articular os programas e ações de Assistência Estudantil com as
Diretorias e Secretarias Especializadas e com as representações estudantis.
171
06. Fomentar, no âmbito da gestão da Assistência Estudantil, melhorias nas
condições de infraestrutura material, tecnológica e de pessoal, que implicam:
conclusão do desenvolvimento e da implantação de softwares; envidar
esforços para admissão de pessoal por concurso para composição das
equipes mínimas das CPE’s, reformas das instalações de restaurantes e
adequação de salas das CPE’s; além de construção de restaurantes em
quatro campi até 2020.
Programas
Código
(Área e Nº) Título
Meta
POE 01 Inclusão e cidadania 01, 02, 03,04
POE 02 Assistência prioritária: alimentação e bolsas 01, 02, 03
POE 03 Apoio e acompanhamento psicossocial 01, 03, 04,
POE 04 Gestão da assistência estudantil 02, 05, 06
Objetivos específicos por programa
01. Realizar pesquisas de avaliação dos impactos da política de reserva de
vagas e das demandas relacionadas à inclusão de estudantes, com vistas à
implementação de programas e projetos no âmbito da política estudantil.
(POE 01)
02. Implementar metodologia de avaliação sistemática dos programas e da
política de assistência estudantil. (POE 01. POE 02, POE 03)
03. Promover a articulação dos projetos, ações e serviços da assistência
estudantil com as áreas de ensino, pesquisa e extensão, de forma a
assegurar o cumprimento dos objetivos da Política de Assistência Estudantil
de ampliação do acesso, da permanência qualificada e da formação integral.
(POE 01, POE 02, POE 03, POE 04)
04. Implementar e consolidar programas e projetos de acompanhamento
psicossocial para os bolsistas e demais estudantes, integrados aos
172
programas e projetos da Coordenadoria de Acesso e Temáticas das
Juventudes. (POE 01, POE 03)
05. Implementar programas e projetos sobre as temáticas das juventudes
articulados com as demandas dos estudantes e iniciativas das
representações e coletivos estudantis, integrados aos programas e projetos
da Coordenadoria de Bolsas e Acompanhamento Psicossocial. (POE 01,
POE 03)
06. Criar mecanismos de participação dos estudantes na concepção e avaliação
da política institucional de assistência estudantil. (POE 01, POE 04)
07. Propor melhorias no espaço físico dos restaurantes, com prioridade para os
restaurantes com condições piores de funcionamento. (POE 02)
08. Concluir processo de licitação para oferta de refeições nos restaurantes de
Belo Horizonte, Araxá, Curvelo, Divinópolis e Varginha. (POE 02)
09. Oferecer refeições subsidiadas nos campi Contagem, Leopoldina,
Nepomuceno e Timóteo, por meio de chamamento público para
cadastramento de restaurantes particulares ou na modalidade de distribuição
de refeições, até a construção de restaurantes próprios, de acordo com a
disponibilidade orçamentária. (POE 02)
10. Implantar sistema SINAPSE - módulo restaurante nos campi do interior.
(POE 02, POE 04)
11. Aprimorar a integração dos dados produzidos na Instituição por seus
diferentes sistemas, de forma a obter acesso a dados gerais e de perfil de
candidatos e estudantes, além de dados atualizados acerca de rendimento,
frequência e evasão, tanto do universo total dos estudantes quanto daqueles
atendidos pelas CPE’s. (POE 03, POE 04)
12. Concluir a elaboração e a revisão dos marcos regulatórios da SPE e dos
programas desenvolvidos. (POE 04)
173
13. Concluir o desenvolvimento do software da SPE, informatizando os
processos de trabalho, e a coleta, o acesso aos dados produzidos e a
divulgação de informações até janeiro de 2017. (POE 04)
14. Integrar o planejamento institucional de recomposição dos quadros de
servidores, com vistas a possível ampliação e recomposição das equipes da
SPE e das CPE’s. (POE 04)
15. Propor melhorias no espaço físico da SPE e CPE”s, de forma a propiciar
ambientes adequados à privacidade exigida no atendimento ao público. (POE
04)
16. Propor a inclusão de representantes da SPE nas instâncias de deliberação
da instituição. (POE 04)
174
5 – Relações Internacionais
A Secretaria de Relações Internacionais (SRI) do CEFET-MG, diretamente
subordinada à Diretoria Geral, é responsável pelas ações de internacionalização
institucional. Atua em parceria com as Diretorias de Educação Profissional e
Tecnológica, Graduação, Pesquisa e Pós-Graduação, e Extensão, no sentido de
promover a interação do CEFET-MG com instituições estrangeiras, viabilizando
ações de intercâmbio técnico, científico e cultural, em caráter de reciprocidade.
Princípios
Promoção e acompanhamento, juntamente com as Diretorias Especializadas
e das Unidades, das ações acadêmicas com os parceiros internacionais.
Fomento de ações de solidariedade internacional com a implementação de
novos acordos e parcerias para o desenvolvimento de atividades de ensino,
pesquisa e extensão.
Desenvolvimento de ações que promovam a competência intercultural
institucional pelo viés do ensino de português como língua não materna aos
estrangeiros e pela promoção do ensino de línguas estrangeiras nos espaços
da Instituição.
Desenvolvimento de ações de formação de pessoal qualificado para as
relações internacionais da Instituição.
Apoio à Diretoria Geral na construção de política de relações internacionais
longeva e sustentável.
Metas
01. Expandir as ações de internacionalização para os campi do interior do
Estado, promovendo a aproximação da SRI com esses campi, por meio de
encontros regionais periódicos.
02. Informar as oportunidades de intercâmbio no exterior para docentes e
discentes, divulgando-as nas redes sociais, nos sites da SRI e do CEFET-
MG.
175
03. Estimular ações de sustentabilidade da pesquisa e da inovação, promovendo
oficinas e seminários de divulgação de oportunidades de acesso a
financiamento por órgãos internacionais, com foco em parcerias novas e
naquelas já institucionalizadas.
04. Preparar a instituição para a internacionalização “em casa”, melhorando o
convívio intercultural e a comunicação internacional, disponibilizando
informações sobre o CEFET-MG em língua inglesa.
Programas
Código
(Área e Nº) Título
Meta
REI 01 Ampliação das ações de cooperação com instituições estrangeiras para a pós-graduação
01, 02, 03
REI 02 Manutenção e ampliação dos acordos internacionais de reciprocidade acadêmica para o ensino de graduação
01, 02
REI 03 Desenvolvimento e consolidação do programa de estágios de curta duração no exterior para a EPTNM
01, 02
REI 04 Envolvimento da comunidade acadêmica na internacionalização da Instituição
01, 04
Objetivos específicos por programa
01. Fomentar o desenvolvimento de acordos para a qualificação de alunos,
professores e servidores em cursos de doutorado e estágios de pós-
doutorado no exterior. (REI 01)
02. Incentivar a realização de eventos acadêmicos internacionais no CEFET-MG,
e também a participação dos alunos do CEFET-MG em eventos no exterior.
(REI 01, REI 02)
03. Incentivar pesquisadores da Instituição a captar recursos para financiamento
das investigações e abrir novas parcerias com grupos de pesquisa no
exterior. (REI 01, REI 02)
04. Apoiar ações de acolhimento de imigrantes, refugiados e portadores de visto
humanitário nos cursos de graduação do CEFET-MG. (REI 02)
176
05. Gerenciar os acordos de intercâmbio já existentes entre o CEFET-MG e
instituições estrangeiras de nível profissional e tecnológico. (REI 02, REI 03)
06. Elaborar estratégias para o acolhimento de maior número de alunos
estrangeiros nos cursos técnicos do CEFET-MG, entre elas, o ensino de
língua portuguesa, o acompanhamento e o apoio aos alunos nos campi que
os acolherem. (REI 03)
07. Criar novas parcerias com instituições estrangeiras, buscando e ofertando
oportunidades de estágios de curta duração para os alunos de cursos
técnicos. (REI 03)
08. Fomentar ações de formação de pessoal qualificado para as relações
internacionais da Instituição. (REI 04)
09. Organizar atividades de trocas culturais - como seminários, encontros, feiras
– visando à integração da comunidade estrangeira ao CEFET-MG. (REI 04)
10. Divulgar as oportunidades de estudo e qualificação acadêmica e profissional
no exterior para a comunidade do CEFET-MG. (REI 04)
11. Receber as missões estrangeiras e divulgar os cursos e os trabalhos
desenvolvidos no CEFET-MG. (REI 04)
12. Promover o desenvolvimento de pesquisas em parceria com instituições
estrangeiras. (REI 04)
13. Ampliar, geograficamente, a abrangência de acordos e parcerias acadêmicas
com o CEFET-MG. (REI 04)
177
6 – Comunicação Social
Na área da comunicação, parte-se do reconhecimento de que a Instituição lida
diretamente com amplo contingente de sujeitos institucionais. Sob essa
condição, a área da comunicação social preza por uma política de comunicação
clara, ética, democrática e eficiente, voltada para aproximar e fortalecer o
relacionamento entre a Instituição e seus públicos prioritários – servidores,
alunos, terceirizados, entidades parceiras, imprensa e comunidade em geral.
Dentro disso, a Secretaria de Comunicação Social (SECOM) tem como
objetivos: (1) difundir os serviços prestados pela Instituição e integrar os diversos
segmentos da comunidade acadêmica e os órgãos executivos e deliberativos da
Instituição; e (2) aprimorar o processo de interlocução com alunos, servidores,
imprensa e instituições parceiras, por meio de veículos de comunicação e
eventos culturais, educacionais e institucionais na forma de divulgação,
promoção ou apoio.
Princípios
Democratização de informações institucionais de caráter geral, incluídas as
administrativas, acadêmicas e técnico-científicas, observadas condições de
propriedade intelectual e segurança informacional.
Fortalecimento da integração entre os diversos segmentos da comunidade e
os órgãos executivos e deliberativos da Instituição, em prol dos princípios da
transparência e da participação, nortes da gestão de toda instituição pública.
Difusão dos serviços prestados pela Instituição e das formas de acesso a
esses serviços, sobretudo em suas três grandes áreas de atuação: ensino,
pesquisa e extensão.
Promoção e difusão das políticas inclusivas em respeito à diversidade, sem
tolerar atitudes de preconceito por origem, raça, sexo, cor, idade.
Valorização da clareza e concisão, da instantaneidade, do uso de linguagens
específicas (p. ex.: verbal, textual, imagética, gestual) e das plataformas
heterogêneas (p. ex.: impressa, audiovisual, digital), adequando as
mensagens a cada público-alvo (p. ex.: sociedade, aluno, professor, técnicos
178
administrativos), de modo a atender à demanda por ações comunicacionais,
estabelecendo e facilitando, dessa forma, a comunicação.
Facilitação do relacionamento intercampi, de maneira a propiciar e favorecer a
comunicação entre os campi da Instituição.
Produção e apoio aos eventos científicos e culturais realizados no âmbito da
gestão, tendo em vista as normas oficiais de protocolo e cerimonial.
Metas
01. Criar e institucionalizar a divulgação científica no CEFET-MG, a partir da
elaboração de plano estratégico com ações em curto, médio e longo prazo, e
visitas técnicas a Instituições de Ensino Superior (IES) onde a divulgação
científica já esteja institucionalizada.
02. Criar revista semestral de divulgação científica (comunicação de cientistas
para a sociedade como um todo), com versões digital e impressa, levando à
comunidade externa o que é feito de pesquisa no CEFET-MG.
03. Aperfeiçoar a comunicação interna, sobretudo intercampi, por meio da
criação de uma intranet e/ou de um newsletter, com informações de interesse
dos servidores (técnicos administrativos e professores) da Instituição. A meta
implica também a criação de um grupo de correspondentes de comunicação,
com representação em todos os campi, efetivando as diretrizes da política de
comunicação no interior.
04. Aprimorar o site eletrônico da Instituição de forma a padronizar a divulgação
dos serviços oferecidos pelas unidades organizacionais.
05. Criar dois manuais, um com proposições técnicas comuns à área de redação,
seja para veiculação impressa, ou digital, e outro com recomendações em
relação a tratativas inerentes ao fazer do cerimonial e protocolo em colações,
posses e demais eventos acadêmicos.
06. Criar um folder e um catálogo da Instituição, de modo a divulgar, entre os
públicos estratégicos, aspectos da Instituição, tais como: a história, a
infraestrutura, os níveis de ensino, os projetos de pesquisa, extensão e
179
internacionalização desenvolvidos. O folder deverá ter dimensão menor e ser
mais conciso, de maneira a proporcionar rápida leitura; já o catálogo consiste
em um material mais completo em relação ao CEFET-MG. Criar também um
folder e uma página da Instituição em língua inglesa, de modo a facilitar a
busca de informações de alunos estrangeiros interessados em intercambiar
no CEFET-MG.
07. Criar comissão de comunicação estratégica formada por professores,
técnicos administrativos (não jornalistas), alunos, terceirizados e jornalistas,
com encontros e reuniões periódicos para debater, democraticamente, os
rumos da comunicação do CEFET-MG, propondo ações comunicacionais aos
diversos públicos estratégicos..
Programas
Código
(Área e Nº) Título
Meta
CSO 01 Divulgação científica 01, 02
CSO 02 Veículos de comunicação 03, 04,05,06
CSO 03 Comunicação aberta 07
Objetivos específicos por programa
01. Elaborar um plano estratégico para a comunicação/divulgação científica, com
ações em curto, médio e longo prazo. (CSO 01)
02. Visitar IES onde a comunicação/divulgação científica já esteja
institucionalizada para conhecer e compartilhar experiências. (CSO 01)
03. Implementar as ações de comunicação/divulgação científica propostas e
avaliar o impacto na comunidade do CEFET-MG, por meio de instrumentos
de avaliação contínua. (CSO 01).
04. Aprimorar toda e qualquer produção editorial elaborada na Secretaria, com
base na política de comunicação adotada pela Instituição. (CSO 02)
180
05. Submeter à avaliação da comunidade acadêmica as publicações, impressas
ou digitais, produzidas pela Secretaria, a fim de adequar o conteúdo às
expectativas e anseios do público-alvo. (CSO 02)
06. Padronizar a forma e os requisitos de conteúdo na divulgação das
informações dos diferentes setores institucionais e implementar mecanismos
de atualização dos seus sites eletrônicos. (CSO 02).
07. Criar meios, de acordo com as normativas internas vigentes, de se constituir
uma comissão de comunicação representativa dos diversos segmentos da
comunidade acadêmica. (CSO 03)
181
7 – Governança da Informação
A governança da informação, sob a responsabilidade da Secretaria de
Govenança da Informação (SGI) contempla aspectos das soluções em
tecnologia e segurança das informações institucionais. Os princípios, objetivos e
metas ora propostos visam proporcionar a integração entre soluções e dados,
além de proporcionar eficiência nas atividades realizadas na Instituição.
Princípios
Padronização, integridade e segurança no desenvolvimento de sistemas e
manutenção da infraestrutura de TI, respeitando-se os princípios de eficiência,
planejamento e controle.
Promoção da integração de dados nos sistemas estruturantes da Instituição,
postos como requisitos não funcionais.
Realização da gestão de processos e serviços de TI eficientemente, a partir
de um conjunto de boas práticas.
Priorização de soluções livres e/ou de código aberto, sempre que essas
atenderem às necessidades da Instituição, observadas as questões de
segurança, continuidade dos serviços, viabilidade econômica e domínio
tecnológico da equipe de TI.
Alinhamento das contratações de soluções de TI aos objetivos da Instituição e
aos padrões de sistemas e infraestrutura existentes na administração pública
federal.
Especificação de bens e serviços de TI de acordo com padrões consensuais
de desempenho, disponibilidade e qualidade praticados no mercado.
Estímulo à formação, ao desenvolvimento e à capacitação dos servidores que
atuam na área de TI, promovendo a cultura de inovação e de aprendizagem
contínua.
Disponibilidade, integridade e confidencialidade das informações do CEFET-
MG, no âmbito da segurança da informação.
182
Busca da excelência, inovação e criatividade nas áreas de atuação da TI, tais
como sistemas de informação, infraestrutura de TI, segurança da informação,
atendimento à comunidade e gestão de TI, baseadas nas consideradas
melhores práticas do mercado.
Realização de tomada de decisões colegiada na definição de políticas e
monitoramento da gestão da TI, ressalvadas as decisões administrativas
atribuídas à SGI.
Alinhamento a: políticas, sistemas, padrões e normas emanadas pela
Estratégia de governança digital (Brasil, 2016b).
Aprimoramento contínuo da comunicação e integração das TI’s com as áreas
finalísticas do CEFET-MG.
Valorização das ações integradas entre SGI e demais unidades
organizacionais do CEFET-MG, no âmbito do desenvolvimento e da
manutenção de soluções de TI.
Incentivo à cooperação técnica e às parcerias com demais órgãos da
administração pública federal.
Metas
01. Instituir a Política de Segurança da Informação do CEFET-MG que contemple
trabalho de sensibilização da comunidade, classificação da informação,
inventário de ativos de informação, plano de contingência e grupo de
resposta a incidentes de segurança da informação.
02. Regulamentar Comitê de Governança Digital, com a execução de pelo
menos seis reuniões ordinárias anuais.
03. Instituir metodologias e políticas de relativas a: desenvolvimento de software,
catálogo de serviços de TI, gestão de projetos e seus portfólios, contratação
e distribuição de recursos de TI, análise de riscos, gestão de recursos
humanos em TI, e monitoramento e desempenho de TI.
04. Implementar solução informatizada que realize integração de dados
institucionais no âmbito do ensino, da pesquisa, da extensão e da gestão.
183
05. Promover a manutenção e a continuidade dos atuais sistemas de informação
do CEFET-MG
06. Finalizar a implantação da Central de Serviços e implantar: gestão de
configuração, gestão de incidentes e gestão da mudança em TI.
07. Promover a atualização, expansão e continuidade tecnológica da
infraestrutura de: armazenamento, processamento e transmissão de dados,
parque computacional, e equipamentos de informática de uso final.
Programas
Código
(Área e Nº) Título
Meta
GIN 01 Desenvolvimento e implantação da gestão da segurança da informação
01
GIN 02 Modernização da governança e gestão de TI 02, 03
GIN 03 Expansão e atualização dos sistemas de informação 04, 05
GIN 04 Melhoria e inovação no atendimento à comunidade em TI
06
GIN 05 Modernização e expansão da infraestrutura de TI 07
Objetivos específicos por programa
01. Elaborar metodologia de gestão de segurança da informação em âmbito
institucional, que garanta a integridade, confiabilidade, privacidade e
autenticidade dos dados do CEFET-MG. (GIN 01)
02. Melhorar a governança e gestão em TI, observados os aspectos de
liderança, estratégia, informatização, processos e resultados. (GIN 02)
03. Adotar práticas de gestão correspondentes às políticas e metodologias de TI
referente às ações existentes e em planejamento, nas áreas de sistemas de
informação, infraestrutura de TI, segurança da informação e atendimento à
comunidade, alinhadas às atividades finalísticas da Instituição. (GIN 02)
184
04. Promover a integração, compartilhamento e acesso aos dados institucionais,
observadas as questões de Segurança da Informação e premissas de
Acesso à Informação do Governo Federal. (GIN 03)
05. Estimular a eficiência e agilidade dos processos de trabalho do CEFET-MG,
com sua respectiva modelagem e efetiva implantação de sistemas de
informação. (GIN 03)
06. Expandir e inovar o atendimento em TI à comunidade do CEFET-MG, que
garanta agilidade e eficiência nas atividades finalísticas da Instituição. (GIN
04)
07. Implementar boas práticas na gerência e operação de serviços de TI. (GIN
04)
08. Promover a integração e o trabalho conjunto entre as equipes de TI. (GIN 04)
09. Garantir o desempenho e a disponibilidade da infraestrutura de TI
compreendida por armazenamento, processamento e transmissão de dados,
que suporte a realização das atividades finalísticas da Instituição. (GIN 05)
10. Disponibilizar recursos de TI para a comunidade do CEFET-MG,
compreendidos por equipamentos e aplicações computacionais, que
permitam a realização das atividades finalísticas da Instituição. (GIN 05)
185
8 – Administração – Planejamento e Gestão
A área da administração assume caráter muito particular, uma vez que é
considerada a área central de apoio a todas as atividades-fim, desenvolvidas
nos âmbitos do ensino, da pesquisa e da extensão, e, também, às outras
atividades institucionais. Nesse sentido, tem como função principal interagir com
as demais áreas, por meio do planejamento de ações que visem à otimização do
uso dos recursos humanos, materiais e financeiros e ao apoio técnico-
administrativo eficiente e eficaz às atividades da Instituição.
Também de forma coerente com a política geral da Instituição, a política da área,
sob a responsabilidade da Diretoria de Planejamento e gestão (DPG), busca
integrar e formalizar suas ações, considerando-se as dimensões humana,
tecnológica e organizacional que constituem o todo da administração
institucional.
A atuação da área busca solucionar dificuldades presentes e melhorar a
habilidade de antecipar e resolver problemas, por parte dos sujeitos
institucionais. Isso deverá ser concretizado pela gestão sistematizada das áreas
ligadas aos objetivos finalísticos da administração: gestão de pessoas, saúde e
relações de trabalho; execução orçamentária, financeira e contábil; comunicação
e arquivo; administração dos serviços gerais de limpeza, vigilância, conservação
e manutenção; material e patrimônio; obra e infraestrutura.
A política de uma gestão moderna implementada ao longo dos últimos anos será
mantida e aperfeiçoada. Essa política tem como propósito maior garantir a
qualidade na prestação de serviços e habilitar os servidores a se tornarem
agentes de transformação dos métodos e processos de trabalho, otimizando os
meios para executá-los.
Princípios
Valorização dos servidores e dos demais sujeitos institucionais e investimento
em sua capacitação.
186
Estilo compatível com a política geral da Instituição, com base no
entendimento de que os princípios gerais nela estabelecidos devem permear
todas as ações da administração institucional.
Reconhecimento de que as normas burocráticas levam em conta princípios
políticos, éticos, humanísticos e técnicos.
Estímulo à iniciativa individual de busca da melhoria contínua nos processos
de trabalho, no relacionamento interpessoal e no alcance dos objetivos
institucionais.
Adoção de postura pessoal e profissional de permanente busca de superação
das expectativas dos usuários dos serviços administrativos.
Condução do processo de gestão com delegação de autoridade equivalente
às responsabilidades atribuídas às unidades organizacionais.
Busca da eficiência na circulação das informações.
Realização dos trabalhos por meio de equipes multidisciplinares, buscando a
convergência de ideias e de metodologias, mas respeitando a pluralidade e a
coordenação participativa.
Desenvolvimento dos trabalhos, observando-se a integração das atividades
de planejar, realizar, controlar e atuar corretivamente.
Atendimento aos padrões do bom desempenho, apreciando-os para revisão e
tomada de novas decisões.
Persistência na realização dos objetivos traçados, mas com predisposição à
mudança e ao aperfeiçoamento contínuo.
Metas
01. Manter e acompanhar os atuais programas de valorização e capacitação de
pessoal, a partir da definição e implantação do novo setor de recursos
humanos.
02. Criar cronograma para reuniões periódicas com Diretorias de Unidades e
Diretorias Especializadas para discutir aspectos estratégicos e de gestão
orçamentária cotidiana da Instituição.
187
03. Adquirir e implantar o Sistema Integrado de Gestão, notadamente seus
módulos relativos à gestão digital de processos.
04. Ampliar e consolidar as boas condições dos recursos institucionais físico-
materiais atuais, no decorrer no período de 2016 a 2020, envolvendo
infraestrutura, recursos de TI, acervo bibliográfico e laboratórios, em todos os
campi.
Programas
Código
(Área e Nº) Título
Meta
PGE 01 Aprimoramento da gestão de recursos humanos 01
PGE 02 Integração das Diretorias (Especializadas e de Unidades) para planejamento, gestão orçamentária e levantamento de demandas institucionais.
02
PGE 03 Suporte tecnológico para tramitação e gestão de processos administrativos
03
PGE 04 Estudo e definição para a ampliação, adequação, utilização, e distribuição racional de espaços físicos, incluindo bens e serviços
04
Objetivos específicos por programa
Gestão de Recursos Humanos (PGE 01)
01. Aprimorar e valorizar a gestão de recursos humanos, no que diz respeito à
qualidade de vida e às relações interpessoais no trabalho.
02. Manter e ampliar os programas relacionados à saúde e segurança dos
servidores.
03. Ampliar e consolidar o quadro de pessoal, procurando garantir o contínuo
atendimento de qualidade nos seus diversos setores.
04. Manter investimento continuado na valorização e em capacitação acadêmica,
técnica e gerencial dos servidores.
188
05. Acompanhar o cumprimento das normas e regulamentos internos por parte
dos servidores.
Gestão orçamentária e financeira (PGE 02)
06. Definir política geral de compras (periódicas, avulsas e emergenciais),
observando critérios de prioridade (urgência e relevância) e disponibilidade
orçamentária para liberação da aquisição.
07. Definir política de planejamento e gestão orçamentários, observando
mecanismos que viabilizem a descentralização e o controle por centro de
custos e a adoção de indicadores de desempenho específicos para as
despesas.
08. Modernizar o suporte tecnológico (sistema de informação) aplicado à gestão
orçamentária, enfatizando melhorias no sistema de controle interno e na
determinação da depreciação de ativos.
09. Estudar o papel e a atuação do futuro Conselho de Planejamento e Gestão
(CPG), no que se refere ao planejamento e gestão orçamentários.
10. Aprimorar a integração e interação entre unidades, diretorias e Diretoria de
Planejamento e Gestão (DPG) para levantamento das demandas de
aquisições da Instituição.
11. Garantir a atualização permanente dos dados acadêmicos que impactam na
distribuição orçamentária federal, com o apoio contínuo das diretorias: DEPT,
DIRGRAD e DPPG.
Comunicação e arquivo (PGE 03)
12. Definir política e processos operacionais relativos à gestão de documentos
nas diversas áreas e campi da Instituição.
13. Melhorar os procedimentos operacionais e modernizar o suporte tecnológico
(sistema de informação) destinados à tramitação interna de processos
administrativos.
189
14. Ampliar a oferta de serviços sob o formato digital.
15. Definir política e implantar procedimentos para tratamento do Arquivo
Permanente e preservação da memória institucional.
16. Disseminar procedimentos e melhorar a capacitação de servidores quanto à
organização e gestão de documentos.
Gestão de patrimônio (PGE 04)
17. Definir política e processos operacionais referentes à gestão de patrimônio,
considerando as diversas etapas envolvidas (aquisição, registro,
depreciação, manutenção, reavaliação e destinação pós-exaustão), a
legislação aplicável e a necessidade de atuação/controle descentralizado.
18. Modernizar o suporte tecnológico (sistema de informação) utilizado para a
gestão patrimonial.
19. Reavaliar a capacidade e as condições das instalações físicas destinadas à
área de gestão patrimonial e almoxarifado, considerando o cenário de novas
práticas, a partir da adoção da nova política e aprimoramento dos processos
operacionais correlacionados.
Infraestrutura, compartilhamento e distribuição de espaço físico (PGE 04)
20. Definir política e regras de ampliação, uso, compartilhamento e distribuição
do espaço físico, contemplando critérios de decisão colegiada para aplicação
dos recursos orçamentários.
21. Definir plano diretor por campus, estabelecendo mecanismos que garantam a
convergência e a sincronização entre a demanda por áreas e os projetos de
implantação ou ampliação de cursos.
22. Revisar demandas atuais de aumento de área construída para uso
acadêmico ou administrativo.
23. Divulgar e reavaliar amplamente os padrões arquitetônicos aplicados aos
projetos (inclusive de adequação geral e particularmente para pessoas com
190
deficiência e com necessidades especiais) de sala de aula, laboratórios e
ambientes administrativos.
24. Definir procedimentos de manutenção predial, estruturando a prestação de
serviços sob critérios de boas práticas de Engenharia de Manutenção,
visando à atuação proativa e preventiva nos diversos campi.
25. Ampliar a participação da comunidade, sob a forma colegiada, na definição
de uso do espaço físico.
191
9 – Avaliação Institucional
A área da avaliação institucional tem por objetivo geral a promoção da melhoria
institucional, visando à obtenção de indicadores que contribuam para a tomada
de decisões relativas ao aumento da qualidade da educação no CEFET-MG.
Tem-se por base o contexto institucional, os princípios, os objetivos e as metas,
tal como previsto, para os próximos cinco anos, com especial atenção no
aprofundamento dos compromissos e responsabilidades sociais da Instituição.
Princípios
Avaliação com respeito à identidade, à missão e à história da Instituição.
Respeito à globalidade institucional e à decorrente multiplicidade de
indicadores.
Valorização dos processos de avaliação entendidos como instrumentos
formativos e de orientação na tomada de decisões institucionais.
Continuidade do processo avaliativo.
Participação ampla da comunidade acadêmica em todas as etapas da
avaliação.
Busca pelo reconhecimento, por todos os sujeitos da comunidade, da
legitimidade do processo de autoavaliação.
Utilização, com o maior grau de integração possível, de métodos qualitativos
e quantitativos de avaliação.
Metas
01. Assegurar que, até o quinto ano de vigência deste PDI, os sujeitos da
comunidade escolar tenham conhecimento sobre o papel da avaliação
institucional e da CPA, o que implica: realização de seminários de divulgação
do trabalho da Comissão, em todos os campi: divulgação anual dos
resultados da avaliação institucional realizada pelos servidores.
02. Elevar a participação da comunidade escolar nos processos de
autoavaliação, em pelo menos 50%, até o final da vigência deste PDI.
192
03. Assegurar o acompanhamento de 100% dos indicadores da avaliação da
educação superior, interna e externa, no prazo de dois anos, para a
efetivação da cultura de autoavaliação como instrumento de diagnóstico.
04. Aprimorar os instrumentos de avaliação, gradualmente, até o último ano de
vigência deste PDI, observados os ciclos de avaliação do SINAES, e a
avaliação quadrienal da CAPES. Isso implica o levantamento sistemático das
críticas e sugestões apresentadas pelos usuários dos instrumentos de
avaliação, no decorrer do período de 2016-2020.
05. Implantar, em parceria com a DEPT, sistema de avaliação para os cursos
técnicos.
Programas
A área da avaliação institucional conta com dois programas indicados a seguir,
com os objetivos específicos que lhe correspondem.
Código
(Área e Nº) Título
Meta
AVI 01 Consolidação da CPA 01
AVI 02 Avaliação institucional 01, 02, 03, 04,
05
Objetivos específicos por programa
01. Consolidar o papel da CPA, por meio da revisão do seu regimento interno e
da elaboração de novo plano de trabalho e do estreitamento do diálogo com
a comunidade interna e externa. (AVI 01)
02. Atender às demandas de informação autoavaliativa do CEFET-MG por parte
do INEP/MEC. (AVI 01)
03. Sensibilizar a comunidade interna e externa quanto à importância da
avaliação. (AVI 01, AVI 02)
193
04. Desenvolver programa de orientação ao preenchimento de questionários.
(AVI 01, AVI 02)
05. Divulgar, ampla e sistematicamente, os resultados da avaliação entre
servidores, alunos e comunidade externa. (AVI 01, AVI 02)
06. Avaliar, periodicamente, os instrumentos de autoavaliação. (AVI 01 e AVI 02)
07. Potencializar, ampliar e consolidar o papel do planejamento estratégico
institucional, agregando a ele as ações desenvolvidas no âmbito da CPA.
(AVI 01, AVI 02)
08. Estabelecer estratégias de trabalho visando à consolidação da cultura de
avaliação como instrumento de diagnóstico para planejamento institucional.
(AVI 02)
09. Definir métodos de análise de resultados, considerando os instrumentos de
avaliação internos e os utilizados pelo INEP/MEC e CAPES. (AVI 02)
10. Acompanhar e avaliar permanentemente os cursos da EPTNM, buscando a
melhoria da qualidade do ensino. (AVI 02)
11. Sistematizar a análise dos resultados dos processos avaliativos. (AVI 02)
12. Estimular a participação efetiva da comunidade nas atividades de
planejamento, acompanhamento e avaliação institucionais. (AVI 02)
13. Avaliar continuamente as práticas de gestão e a estrutura institucional,
envolvendo as unidades organizacionais e os órgãos colegiados.
14. Promover a integração entre as atividades de planejamento,
acompanhamento e avaliação do desenvolvimento institucional. (AVI 02)
194
IV. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PDI
O acompanhamento contínuo e sistemático dos resultados alcançados, a partir
do desenvolvimento das iniciativas previstas neste PDI, é de fundamental
importância para o aprimoramento da gestão do CEFET-MG.
Para acompanhar e avaliar a execução do PDI, o CEFET-MG conta com
diferentes ferramentas de gestão, entre as quais se podem citar os colegiados, a
Comissão Permanente de Avaliação (CPA) e o Acompanhamento e Avaliação
do PDI 2016-2020, propriamente dito.
Os colegiados representam canal imprescindível e instrumento de participação
dos sujeitos institucionais e de garantia do princípio da gestão democrática do
ensino público. A consolidação desses órgãos contribui para que se ultrapasse o
modelo estático de gestão e que seja possível a participação da comunidade nas
tomadas de decisão coletivas com vistas à garantia e melhoria da qualidade do
ensino..
Quanto à Comissão Própria de Avaliação, é ela que elabora e executa o
processo de autoavaliacão institucional. A CPA tem ação autônoma em relação
à administração da Instituição e seus órgãos colegiados.
Ambas atuações dos colegiados e da CPA, interdependentes e complementares,
requerem o acesso a dados e informações fidedignas e o desenvolvimento de
práticas comunicacionais. Isto se relaciona com a disseminação da cultura de
utilização da informação como subsídio à tomada de decisão concernente à
diversidade de demandas, percepções, expectativas e interesses dos diversos
segmentos da escola.
Já o Acompanhamento e Avaliação do PDI 2016-2020, propriamente dito, tem
por objetivos:
fornecer aos gestores e servidores envolvidos nos programas do PDI,
metodologia de trabalho que facilite o acompanhamento do Plano em
suas diversas fases e a avaliação dos resultados alcançados;
195
apontar indicadores4 para a verificação daquilo que foi planejado, visando
possíveis realinhamentos.
analisar os resultados obtidos, considerando-se as relações custo-
benefício, custo-efetividade e curso-oportunidade das iniciativas
promovidas, visando ao cumprimento dos objetivos gerais da Instituição;
identificar dificuldades institucionais e os possíveis mecanismos de sua
superação.
Em síntese, pretende-se por meio do Acompanhamento e Avaliação do PDI
2016-2020, estabelecer metodologia para promover a análise crítica dos dados e
informações, visando à continuidade da implementação do PDI, ou se
necessário, sua revisão e melhoria.
Dentro disso, será criada uma Comissão Permanente de Acompanhamento e
Avaliação do PDI. A comissão fará análise sistematizada do Relatório de Gestão
e do Relatório Anual da CPA, com base na situação dos indicadores levantados
periodicamente, mantendo diálogo com os colegiados, Diretorias e Secretarias
Especializadas. Anualmente, essa Comissão elaborará relatórios permitindo à
comunidade e aos gestores verificarem se as metas estabelecidas no PDI estão
sendo alcançadas e a consequente necessidade de repactuá-las ou de se
redefinir o Plano em um ou mais de seus aspectos.
Nesse sentido, definem-se as orientações a seguir.
1. Para cada programa deverão ser estabelecidos indicadores de
acompanhamento. Os indicadores mostram o que observar ou medir para
determinar se o Plano está sendo cumprido e se os objetivos estão sendo
alcançados, devendo ser definidos de forma a refletir a realidade do
programa. Propõe-se o estabelecimento de indicadores para:
atividades previstas,
4 Indicadores: trata-se da definição de uma métrica estabelecida para avaliar em que medida uma atividade está
ocorrendo ou produzindo os resultados esperados. Nesse sentido, fornecem um comparativo de como está o cenário da
Instituição em determinado momento com relação ao que deveria ser. Os indicadores possuem sempre unidades de
medida a eles associadas.
196
recursos previstos,
resultados esperados (em termos quantitativos e qualitativos),
impactos do programa no CEFET-MG.
2. Os indicadores de acompanhamento deverão ser apresentados, contendo a
descrição do indicador, os dados e informações a eles referidos e a fonte de
coleta de dados.
3. Anualmente, para cada programa, serão realizados os trabalhos a seguir.
Comparação do projetado com o executado.
Análise das ações executadas e dos processos de trabalho, visando
verificar se os resultados esperados estão sendo alcançados.
Análise da qualidade dos resultados e dos seus impactos.
Proposição de ajustes no PDI em caso de existência de:
o necessidade de procedimentos para agilizar ações, atividades ou
tarefas que se encontram com atraso em relação ao cronograma inicial;
o fatores externos que estejam dificultando ou impedindo o trabalho;
o dificuldades nas equipes de trabalho;
o resultados obtidos que possam ter impactos negativos na função
institucional.
Por fim, o processo de Acompanhamento e Avaliação do PDI 2016-2020 ajudará
na evolução da performance institucional, uma vez que é por meio de análises
críticas fundamentadas que se aprimora o ciclo de gestão, possibilitando a
correção de trajetória, em prol do alcance das finalidades institucionais e do
atendimento às políticas delineadas.
197
REFERÊNCIAS
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de Ouro Preto. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE TVs EDUCATIVAS E
UNIVERSITÁRIAS, 1, 1998, Ouro Preto.
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União. Brasília, 26 de abril de 1999.
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dezembro de 2004. Reconhecimento, pelo prazo de 5 (cinco) anos, do Programa
Especial de Formação Pedagógica de Docentes. Diário Oficial da União.
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junho de 1997. Dispõe sobre os programas especiais de formação pedagógica
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de março de 2016. Estabelece Diretrizes e Normas Nacionais para a Oferta de
Programas e Cursos de Educação Superior na Modalidade a Distância. Diário
Oficial da União. Brasília, DF, 14 de março de 2016a.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CEB n. 01, de 05 de
dezembro de 2014. Atualiza e define novos critérios para a composição do
Catálogo Nacional de Cursos Técnicos. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 08
de dezembro de 2014a.
BRASIL. Decreto n. 7.566, de 23 de setembro de 1909. Cria nas capitais dos
Estados da República Escolas de Aprendizes Artífices, para o ensino profissional
primário e gratuito. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 26 de setembro de 1909.
198
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Industrial: estabelece as bases de organização e de regime do ensino industrial.
Diário Oficial da União. Brasília, DF, 09 de fevereiro de 1942a.
BRASIL. Decreto n. 547, de 18 de abril de 1969. Autoriza a organização e o
funcionamento de cursos profissionais superiores de curta duração. Diário Oficial
da União. Brasília, DF, 22 de abril de 1969a.
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redação dos arts. 19 (alínea f) e 30 da Lei n. 3.552, de 16 de fevereiro de 1959.
Diário Oficial da União. Brasília, DF, 28 de agosto de 1969b.
BRASIL. Decreto n. 87.310, de 21 de junho de 1982. Regulamenta a Lei n.
6.545, de 30 de junho de 1978, e dá outras providências. Diário Oficial da União.
Brasília, DF, 23 de junho de 1982a.
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Federal de Educação Tecnológica. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 20 de
julho de 1982b.
BRASIL. Decreto n. 1.048, de 21 de janeiro de 1994. Dispõe sobre o Sistema de
Administração dos Recursos de Informação e Informática, da Administração
Pública Federal, e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília, DF,
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BRASIL. Decreto n. 2.208, de 17 de abril de 1997. Regulamenta o parágrafo 2º
do art. 36 e os arts. 39 a 42 da Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que
estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União.
Brasília, DF, 18 de abril de 1997a.
BRASIL. Decreto n. 5.154, de 23 de julho de 2004. Regulamenta o parágrafo 2º
do art. 36 e os arts. 39 a 41 da Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que
estabelece as diretrizes e bases da educação nacional e dá outras providência.
Diário Oficial da União. Brasília, DF, 26 de julho de 2004b.
199
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BRASIL. Decreto n. 5.225, de 01 de outubro de 2004. Dispõe sobre a
organização do ensino superior dos Centros Federais de Educação Tecnológica.
Diário Oficial da União. Brasília, DF, 04 de outubro de 2004d.
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Nacional de Assistência Estudantil – PNAES. Diário Oficial da União. Brasília,
DF, 20 de julho de 2010.
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Executivo federal. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 11 de outubro de 2011a.
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e Qualidade Industrial do Currículo da Graduação. Diário Oficial de União.
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BRASIL. Ministério da Educação. Portaria MEC n. 4.374, de 29 de dezembro de
2004. Dispõe sobre o reconhecimento do curso de Engenharia de Produção
Civil. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 31 dezembro 2004f.
202
BRASIL. Ministério da Educação. Portaria MEC n. 3.722, de 21 de outubro de
2005. Reconhecer, para fim específico de expedição e registro de diplomas dos
alunos que concluírem, até 31 de dezembro de 2005, os cursos superiores de
Tecnologia de Radiação. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 24 outubro 2005.
BRASIL. Ministério da Educação. Portaria MEC n. 2.372, de 05 de julho de 2006.
Dispõe sobre o reconhecimento no prazo de cinco anos do Programa Especial
de Formação Pedagógica de docentes. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 07
de julho de 2006a.
BRASIL. Ministério da Educação. Portaria MEC n. 88, de 10 de outubro de 2006.
Dispõe do reconhecimento do curso de Engenharia Elétrica e Mecânica,
ministrado pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais,
CEFET-MG. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 13 de outubro de 2006b.
BRASIL. Ministério da Educação. Portaria MEC n. 40, de 12 de dezembro de
2007. Institui o e-MEC, avaliação e supervisão da educação superior no sistema
federal de educação, e o Cadastro e-MEC de Instituições e Cursos Superiores e
consolida disposições sobre indicadores de qualidade, banco de avaliadores
(Basis) e o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE) e outras
disposições. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 29 de dezembro de 2007.
BRASIL. Ministério da Educação. Portaria n. 821, de 24 de agosto de 2009.
Define procedimentos para avaliação de Instituições de Educação Superior e
Cursos de Graduação no âmbito do 1º Ciclo Avaliativo do Sistema Nacional de
Avaliação da Educação Superior e dá outras providências. Diário Oficial da
União. Brasília, DF, 25 de agosto de 2009.
BRASIL. Ministério da Educação. Portaria MEC n. 148, de 14 de julho de 2011.
Dispõe do reconhecimento do curso de Administração ministrado pelo Centro
Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, CEFET-MG. Diário Oficial
da União. Brasília, DF, 15 de junho de 2011b.
BRASIL. Ministério da Educação. Portaria MEC n. 286, de 21 de dezembro de
2012. Dispõe da renovação do curso de Engenharia de Controle e Automação,
203
ministrado pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais,
CEFET-MG. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 27 de dezembro de 2012b.
BRASIL. Ministério da Educação. Portaria MEC n. 702, de 18 de dezembro de
2013. Dispõe da renovação do curso de Administração, ministrado pelo Centro
Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, CEFET-MG. Diário Oficial
da União. Brasília, DF, 19 de dezembro de 2013b.
BRASIL. Ministério da Educação. Portaria MEC n. 632, de 22 de julho de 2014.
Fica recredenciado o Centro Federal de Educação Tecnológica – CEFET-MG.
Diário Oficial da União. Brasília, DF, 23 de julho de 2014b.
BRASIL. Ministério da Educação. Portaria MEC n. 48, de 23 de janeiro de 2015.
Dispõe sobre o reconhecimento do curso de Engenharia Mecatrônica, ministrado
pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, CEFET-MG.
Diário Oficial da União. Brasília, DF, 26 de janeiro de 2015a.
BRASIL. Ministério da Educação. Portaria MEC n. 915, de 27 de novembro de
2015. Dispõe sobre o reconhecimento do curso de Engenharia Elétrica
ministrado pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais,
CEFET-MG, no município de Nepomuceno. Diário Oficial da União. Brasília, DF,
30 de novembro de 2015b.
BRASIL. Ministério da Educação. Portaria MEC n. 1.091, de 24 de dezembro de
2015. Dispõe da renovação do curso de Engenharia de Produção Civil,
ministrado pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais,
CEFET-MG. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 30 de dezembro de 2015c.
BRASIL. Ministério da Educação. Portaria MEC n. 1.092, de 24 de dezembro de
2015. Dispõe da renovação do curso de Engenharia Elétrica e Mecânica,
ministrado pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais,
CEFET-MG. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 30 de dezembro de 2015d.
BRASIL. Projeto de lei que regulamenta a política nacional de assistência
estudantil – PNAE. Dispõe sobre a Política Nacional de assistência Estudantil –
PNAE e dá outras providências. Fonaprace, 2015e. (texto impresso).
204
CHAMON, Carla Simone; GOODWIN JÚNIOR, James Willian. 100 anos e
muitas histórias. Belo Horizonte: CEFET-MG, 2011. (Relatório de Pesquisa).
FONSECA, Celso Suckow da Fonseca. História do ensino industrial no Brasil.
Rio de Janeiro: Curso de Tipografia e Encadernação da Escola Técnica Nacional
do Rio de Janeiro, 1962. v. 2.
JAHAN, Selim. Relatório de desenvolvimento humano 2015; o trabalho como
motor do desenvolvimento humano. PNUD, 2015.
205
APÊNDICE – Servidores responsáveis pela etapa-base do diagnóstico
Servidores que foram designados para trabalhar nas atividades de elaboração
deste PDI correspondentes à etapa-base do diagnóstico institucional.
Adilson Lopes de Oliveira
Adriana Venuto
Alexandre Morais de Oliveira
Alfredo Magalhães Soares
Álvaro Francisco de Britto Junior
Amanda Guimarães do Carmo Silva
Ana Paula Gaspar Alvarenga
Andréa Aparecida Barros de Melo
Bambirra
Andrea M. Guimarães
Andreia de Oliveira Santos
Angela de Mello Ferreira
Aniel da Costa Lima
Camila Gonçalves Guimarães
Carolina Calazans Lopes
Cláudia Lommez de Oliveira
Conrado de Souza Rodrigues
Cristina Guimarães Cesar
Daisy Cristina de Oliveira Morais
Daniel Paulino Teixeira Lopes
Denise Brait Carneiro Fabotti
Diego Ascânio Santos
Dilene Pinheiro da Silva
Domingos Sávio de Resende
Edmar Ferreira Júnior
Eduardo Henrique da Rocha Coppoli
Elisete Pereira Gonçalves Viana
Elizabeth de Araújo
Eugênia Oliveira Pinto
Evaldo Sérgio de Souza
Fabiana de Matos Moura
Felipe Dias Paiva
Fernanda Félix da Silva
Fernanda Nascimento Paschoal
Badaró
Fernando Gontijo Bernardes Júnior
Fernando Souza Soares
Flávio Macedo Cunha
Geraldo do Carmo Filho
Gilze Belém Chaves Borges
Glauciene Silva Martins
Glenda Aparecida de Carvalho
Guilherme Nogueira Tavares
Henrique José Avelar
Hersília de Andrade e Santos
206
Humberto Cardoso dos Santos
Isabella de Oliveira Nascimento
Ivete Peixoto Pinheiro Silva
Jacqueline Moreno Theodoro Silva
Jader Bosco Gomes
James William Goodwin Júnior
Janice Cardoso Pereira Rocha
Jeannette de Magalhães Moreira Lopes
Jerônimo Costa Penha
João Batista Queiroz Zuliani
João Ricardo da Mata Soares de
Souza
José Afonso de Matos Neto
Joyce de Oliveira Ribeiro
Juliana Bonacorso Dorneles
Juliana Vilela Lourençoni Botega
Karla de Souza Torres
Katalin Carrara Geöcze
Leni Nobre de Oliveira
Leonardo Augusto Generoso
Letícia Coutinho Velloso
Lilian Bambirra de Assis
Liliane Oliveira Neves
Lindolpho Oliveira de Araújo Júnior
Lourenço Godoi Linhares Pires
Luana Aparecida Barbosa Braga
Luciana Amaral Azevedo Santos
Lucília Pereira de Oliveira Campos
Ludmila de Vasconcelos Machado
Guimarães
Luís Felipe dos Santos Lara
Luiz Claudio Oliveira
Luiz Eduardo Pacheco
Márcia Cristina Feres
Maria Adélia da Costa
Maria Aparecida da Silva
Maria Cristina dos Santos
Maria Cristina Silva Vidigal
Maria Inês Gariglio
Maria Inês Passos Pereira Bueno
Maria Salete Guimarães Moreira
Maria Tereza Dornas
Mariana Coelho da Silveira
Mário Sérgio Santos Rosa
Naiara Daniele Silva Felipe
Nilton da Silva Maia
Nilza Helena de Oliveira
Nívia Rodrigues Pereira
Patterson Patrício de Souza
Paulo Fernandes Sanches Junior
Rafaela Campos Duarte Silva
Ramon Paes Guimarães
Raquel Cândido da Silva
Regiane Gueli Furtado de Mendonça
207
Regina Márcia de Almeida
Regina Rita de Cássia Oliveira
Ricardo Vitor Ribeiro dos Santos
Rodrigo Alves dos Santos
Rodrigo Franklin Frogeri
Rodrigo Tomás Nogueira Cardoso
Roger Lourenço Fernandes
Rogério Barbosa da Silva
Ronan Torres Quintão
Sandra Lúcia de Oliveira
Sérgio Dias Ribeiro
Silvani dos Santos Valentim
Tália Santana Machado de Assis
Tatiana Kelly Nunes Bastos
Tomaz Antônio Chaves
Ulisses Cotta Cavalca
Valéria Lanna de Castro Santos
Vinícius Barbosa Schettino
Vitor Tavares Gontijo
Wagner Eduardo de Souza Pedroso
Wagner José Pires
Wesley Ruas Silva
Zélia Maria Ferraz Barbosa