MOD_3_N_PSU_Thalita_Barbalho
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BOO!Otto Stupakoff
Tim Burton
Portfólio
Marca Pessoal
Experimente Inhotim
Helvetica
Fábio Mestriner
Processo de Impressão
Insp
iraçã
o e D
esign
Exe
mplar d
o ass
inant
e . v
enda
proib
ida
Ano 1
- nº
1 -
Março
/201
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4Otto Stupakoff,Conheça um pouco da história de um grande fotografo.
Sumário
8Tim burtome seu novo filme,Alíce no país dasMaravilhas.
10Thalita Barbalho,veja um portfóliopra lá deinteresante.
14Criação e design,a importância deter uma boa marca pessoal.
16Inhotim,
o maior museuá ceu aberto
do mundo.
20Helvetica,
saiba porqueprecisamos
dela.
24Fábio Mestriner,entenda porque as embalagens
são tão importantes.
27Processo de impressão,
monitor e impresso final,porque as cores
são tão diferentes?
Expediente
Criação e diagramação Thalita Barbalho
Colaboração Raphael Gomes
Orientação Rangel Sales
A revista é um trabalho academico do
SENAI - CECOTEG
fotografia
BOO
!4
Um pouco de históriaOtto Stupakoff (São Paulo, 28 de Junho
de 1935 - São Paulo, 22 de abril de 2009)
foi um fotógrafo de moda brasileiro. Otto
Stupakoff estudou no Art Center College of
Design de Los Angeles (1953-1955), época
em que trabalhou como correspondente fo-
tográfico da Revista Manchete.
De volta ao Brasil, em 1957 estabeleceu
seu estúdio em São Paulo, atuando no cam-
po da fotografia de moda e da publicidade.
Fotografou a construção de Brasília a pedi-
do do arquiteto Oscar Niemeyer. Foi o per-
cursor da fotografia de moda no Brasil, em
1958, ao fotografar a atriz Duda Cavalcanti,
“a primeira garota de Ipanema”, com uma
roupa do estilista Dener Pamplona.
Em 1965, aos 30 anos e no auge de seu su-
cesso no Brasil, mudou-se para Nova York e
colaborou com diversas publicações, como
Life e Look . Além dos editoriais de moda,
destacou-se pelos retratos de celebridades,
mas também de pessoas anônimas. Seu
trabalho foi marcado pela influência de Ri-
chard Avedon , seu mestre declarado, de
Helmut Newton e da pintura de Balthus.
Stupakoff foi também responsável por cen-
tenas de ensaios para grandes revistas,
como Vogue, Harper’s Bazaar, Cosmopo-
litan, Elle e Esquire. Instalou-se em Paris,
entre 1973 e 1976, onde fotografou para
Vogue, Elle e Stern, entre outras publica-
ções. Voltou ao Brasil em 1976, onde per-
maneceu até 1980. Em 1981, estabeleceu
-se em Nova Iorque, tornando-se cidadão
americano em 1984. Recebeu o prêmio es-
pecial do júri do Art Directors Club (Paris,
1981) e o DuPont Award (Paris, 1986).
Fotografou várias personalidades como Tru-
man Capote, o ex-presidente norte-ame-
ricano Richard Nixon, a atriz Bette Davis,
Grace Kelly, Jack Nicholson, Sharon Tate,
Tom Stoppard, Paul Newman, Sophia Loren,
Jorge Amado, Antonio Carlos Jobim, Pelé,
Kate Moss, entre outras. Foi um dos primei-
ros brasileiros a integrar o acervo do Museu
de Arte Moderna (Nova Iorque).
O
tto
Stupa
koff
BOO
!5 Local e data desconhecidos
Também realizou trabalhos importantes de
fotojornalismo. Chegou a ser preso, interro-
gado e quase morto por soldados do Khmer
Rouge, em 1994, ao fotografar as ruínas de
Angkor Wat e os killing fields, nas selvas de
Battambang.uas fotos do Camboja foram
exibidos na Academia de Ciências de Nova
York e leiloadas. Otto também foi professor
de fotografia na Parsons The New School for
Design, em Nova York .
Vivia em São Paulo desde 2005, ano em
que, comemorando seus 50 anos de carrei-
ra, realizou-se uma exposição retrospectiva
de sua obra, no prédio da Bienal, durante a
São Paulo Fashion Week. A mostra, deno-
minada Moda sem fronteiras, foi organizada
pelos fotógrafos Bob Wolfenson e Fernando
Laszlo. Um ano depois, foi lançado o livro
Otto Stupakoff, pela editora Cosac & Naify.
Em 2008, sua obra fotográfica - um acervo
de aproximadamente 16 mil fotos - foi in-
corporada pelo Instituto Moreira Salles.
Otto Stupakoff sofria de Alzheimer. Faleceu
na madrugada do dia 22 de abril de 2009,
em um apart-hotel de São Paulo, dias após
o encerramento de uma grande exposição
dos seus trabalhos, no Centro Cultural do
Instituto Moreira Salles, Rio de Janeiro. Ti-
nha seis filhos, de três casamentos (um de-
les, com a Miss Universo 1966, Margareta
Arvidsson) e onze netos.
BOO
!!6
Aflição - Local e data desonhecidos
7
BOO
!
Medusa - Nova Iorque - 1987
ilustração
BOO
!8
Imagem linda esta do novo filme de Tim Burton, com a habitual presença de Helena Bonham-Carter (A
Rainha de Copas) e Johnny Depp (O Chapeleiro). Esta é a imagem de promoção adaptada em 3D para
o filme Alice no País das Maravilhas que irá ser distribuído, obviamente, pela Walt Disney Pictures,
é uma adaptação de Alice no País das Maravilhas de Lewis Carrol. O filme conta ainda com a presença de
Anne Hathaway (A Rainha Branca), Mia Wasikowska (Alice) e outros tantos. A estréia está marcada para
5 de Março de 2010, claro que no nosso canto será mais tarde. O trailer já está disponível no site oficial.
Para acrescentar, visto estar a falar de Tim Burton, chamo a atenção dos meus queridos leitores que as
ilustrações do filme foram todas feitas pelo mesmo.
Alice no País das Maravilhas
BOO
!9 Tim Burton
Alice no País das Maravilhas
portfólio
Em Fim...
T
hal
ita
Bar
balh
o
Calendário 2010atitudes para viver melhor
Criação: Thalita Barbalho | Thiago H. dzno
Ilustração para capa do ca-
lendário 2010.
O trabalho foi desenvolvido
no Illustrator.
O tema é as apararencias
enganam, e a ilustração
aborda o ano da biodiversi-
dade no Brasil e como a evo-
lução do homem em relação
a natureza é aparente. É um
trabalho academico feito em
parceria com um grade de-
signer e amigo DZNHO23
(Thiago Henrique).
Thalita Barbalho tem 18 anos, é recem formada e tem imenso orgulho da profissão que
escolheu. Gosta de ler, de se divertir, de estudar, de criar. É prestativa, responsável, estu-
diosa, amiga, solidária. E o seu principal objetivo é estar sempre renovando seus conheci-
mentos para sem uma profissional cada vez melhor.
BOO
!10
Tratamento de imagem no Photoshop. A primeira fotografia é retoque de cor e maquiagem digital.
A segunda é remoção de objetos indesejados e a terceira é suavização de marcas de expressão
BOO
!
11
Composição e montagem
de imagens usando o Pho-
toshop. A primeira fotogra-
fia é a montagem de uma
bana com um pimentão e a
segunda é a mesclagem do
Cristo Redentor com a ban-
deira do Brasil.
Postal Card e Outdoor produzidos para fazer a campanha
de verão da marca Madre Perola. As fotografias e o Layout
foram desenvolvidos por Thalita Barbalho.
BOO
!12
Postal card produzido para
o Dia Internacional sem
carro. A fotografia foi fei-
ta pela Thalita Barbalho, e
o tratamento da imagem
foi feito no Photoshop para
resaltar a natureza e a bi-
cicleta mostrado que a na-
tureza esta acabando e de-
vemos preserva-la.
O banner foi produzido para comemoração
dos 90 anos da Bauhaus. Ele conceitua a
criação e a metodologia da escola e foi de-
senvolvido em parceria com a Mônica Pena,
Cecília e o Douglas Philip
BOO
!
13
criação e design
BOO
!14
Por que ter uma boa marca pessoal
Quem somos nós? Qual é a nossa marca registrada,
qual é o nosso estilo pessoal? Será que já paramos
para pensar como as pessoas que convivem conosco
nos vêem, e que tipo de imagem têm de nós? Como somos
lembrados? Será que os outros têm vontade de estar ao nosso
lado? Será que somos claros quando nos comunicamos?
As marcas foram criadas no mundo comercial, com o pro-
pósito de informar a procedência (certificação de origem) e
a propriedade de coisas e objetos. Na Antiguidade, os arte-
sões marcavam seus vasos de cerâmica para que os com-
pradores tivessem certeza da origem de sua fabricação, os
criadores de gado marcavam suas reses para identificar sua
propriedade e até mesmo pessoas eram marcadas (normal-
mente escravos) como vasos de cerâmica ou gado. Atual-
mente as marcas representam muito mais que uma simples,
porém útil, informação de origem e propriedade. Uma mar-
ca serve principalmente para diferenciar produtos, serviços,
idéias, pessoas.
Escolhemos apenas produtos e pessoas de boa marca para
nos prestar serviços. Não queremos colocar nossa família,
nosso negócio ou nossa casa nas mãos de um mau produto
ou de um prestador de serviços ruim. A importância da
marca, portanto, está em servir como um grande facilitador
para nossas escolhas diárias.
Nos dias atuais não apenas produtos de boa marca são os
preferidos e escolhidos, mas pessoas tam-
bém e, com elas, os serviços que prestam.
Acredite, somos escolhidos pela qualidade
da nossa identidade pessoal ou profissional.
Alguns indivíduos têm uma marca pessoal
ou profissional forte e ocupam um espaço
e uma posição marcantes em nossas men-
tes e corações. Essas pessoas nos impac-
tam com sua presença.Todos, dos políticos
aos executivos, dos vendedores às donas de
casa, do médico ao estudante, têm de ter
uma marca definida, a partir de uma identi-
dade própria.
Para conseguir ter uma marca “inesquecível”
é preciso dar o passo inicial, entender que os
outros fazem uma constante leitura de nós e
das nossas aptidões, isto é, como somos per-
cebidos e “experimentados”.
Comece a pensar como os outros vêem você,
como é lembrado, como as pessoas o rotu-
lam, qual é a 1ª impressão que você causa?
Perguntas interessantes que vão ajudar na
elaboração de uma boa marca pessoal.
Por que ter uma boa marca pessoal
BOO
!15
Marca pessoal da
designer e fotografa
Thalita Barbalho.
Marca pessoal
do designer
Webster Pereira.
As marcas foram desenvolvidas pelos próprios
designers durante o curso de Design Gráfico com
a orientação da professora Andrea Estanislau.
O Instituto Inhotim é a sede de um dos mais importantes acervos de arte con-temporânea do Brasil. Está localizado em Brumadinho, Minas Gerais, uma cidade com 30 mil habitantes, a apenas 60 km de Belo Horizonte.Surgiu em 2005 para abrigar a coleção do empresário Bernardo Paz, e hoje expõe obras da década de 1970 até a atualidade.O acervo permanente abriga 450 obras de artistas brasileiros e estrangeiros, com destaque para trabalhos de Cildo Meireles, Vik Muniz, Hélio Oiticica, Paul McCarthy e Zhang Huan.A área é de 300 mil metros quadrados. Destaca-se também pela natureza, pois abriga jardins projetados por Burle Marx e está cercada por mata nativa.
BOO
!16
inspiração
EXPERIMENTE INHOTIM
BOO
!17
EXPERIMENTE INHOTIM
BOO
!18
O parque tropical conta com 45 ectares de jardins que foram projetados pelo paisagista Roberto Burle Marx ( 1909 - 1994 ), cinco lagos ornamentais e uma coleção botânica com 350 indivíduos de diferentes especies.
BOO
!19
O Inhotim reúne 18 obras a céu aberto 16 galerias e um acervo com cerca de 500 obras de artistas de renome nacional e internacinal.É inspiração que não acaba mais.
BOO
!20
tipografia
a
H
elve
tica Porque precisamos da
Helvetica?
Quando o editor suíço Lars Müller publicou
o seu livro Hommage to Helvetica, argu-
mentava que este typeface sabe fazer tudo,
e é neste aspecto que é genial Tive vonta-
de de publicar este livro para reagir contra
a inflação das fontes. Temos hoje cerca de
30.000 fontes, mas que não servem para
grande coisa. Em vez de inventar novas
fontes, valia mais renovar a tipografia com
as fontes existentes. É este o caminho para
o qual aponta o sucesso da Helvetica“.
Em resposta a Lars Müller, tenho a argu-
mentar que a Helvetica pode servir para
muitas aplicações, mas para mim a fonte
possui algumas limitações, pois é uma fon-
te muito geométrica e com pouca personali-
dade. Temos milhares de fontes disponíveis
para as mais variadas aplicações, de modo
que a questão pertinente é: Para que é que
nós precisamos da Helvetica? Com certeza
ainda a usamos porque ela é um clássico,
e apesar das suas limitações muitos desig-
ners já conseguiram fazer trabalhos mara-
vilhosos usando a Helvetica. Ela se adapta
a qualquer lugar e a qualquer tamanho ou
cor, é uma fonte muito versatil e desde sua
criação proporcionou com sua escrita limpa
um fácil acesso ao mercado global.
A Helvetica é a fonte mais associada à ti-
pografia a suíça do pós-guerra e à “Esco-
la Internacional”, por causa da sua crónica
falta de personalidade. Surgiu nos anos 50,
na conjuntura de recuperação económica
depois da Segunda Guerra Mundial. Inúme-
ras empresas alemãs e suíças, ávidas de se
lançarem de novo nos mercados internacio-
nais, precisavam de uma letra clara, neu-
tral, moderna, internacional, com boas re-
lações com todos os países e culturas com
as características da Suíça, portanto…
O importante era que essa letra fosse “mo-
derna” e que não tivesse qualquer associa-
O 50º aniversário da Helvetica uma família de fontes criada em 1957 pelo suíço Max Miedinger foi o pretexto para rodar um documentário que ilustra a expansão do conhecido type-face. Reacende-se uma polémica que já vem de alguns anos atrás e que merece a pena retomar. Vejamos porquê.
BOO
!21
ção nacional, ou qualquer ligação cultural
específica. Especialmente na Alemanha do
pós-guerra procurava-se uma fonte neutra,
que não lembrasse o vergonhoso passado
nazi do país, que, agora “democratizado”
de fachada, o queria ultrapassar o mais de-
pressa possível. O tipo eleito pelas empre-
sas multinacionais foi a Helvetica, a fonte
da globalização dos anos 60 e 70 (e, como
já veremos, também do século XXI).
Nos anos 20 e 30, tinham sido os adeptos
da Bauhaus os que exigiam uma tipogra-
fia universal, apta para todas as aplicações,
todos os fins, todos os idiomas e todas cul-
turas. Nessa época, as reivindicações dos
vanguardistas causaram pouca ressonân-
cia; muito mais tarde, depois da guerra, a
indústria e o comércio tinham finalmente
captado a mensagem, e exigiam: “Venha
uma letra universal!”
A Helvetica foi desenhada para ser uma
versão modernizada da Akzidenz Grotesk
(propriedade da H. Berthold AG). Começou
por ser comercializada como Neue Haas
Grotesk, por se tratar de uma reformulação
da Haas Grotesk (propriedade da fundição
Haas, a empresa que encarregou Max Mie-
dinger de modernizar a fonte).
Pouco depois, a fundição alemã D. Stempel
AG comprou os direitos da Helvetia, adicio-
nou-lhe vários pesos e graus de condensa-
do e rebaptizou-a com o nome de Helveti-
ca, relançando-a em 1961. Nessa época, já
50% do capital da D. Stempel AG se encon-
trava em posse da Linotype AG, represen-
tando dentro do grupo Linotype o sector de
“tipos metálicos de fundição” para composição tradicio-
nal, manual – a fotocomposição tinha começado por volta
do ano de 1955.
A Helvetica não teve por auxiliar de parto um conceito es-
trutural como aquele que Adrian Frutiger inteligentemen-
te deu à sua Univers, quando inventou uma sistemática
numérica para calibrar os pesos e graus de condensação/
expansão. Mas, mesmo assim a Helvetica foi, com certe-
za, a fonte mais usada durante os a década de 60 e 70 .
E ainda hoje é uma fonte muito usada, pois mesmo tendo
sido criada a 50 anos atrás ela ainda é moderna, elegan-
te, atraente e versátil.
hel vehelticave tica
BOO
!22
hel vehelticave tica
SUCESSO MUNDIALApesar destes entraves, a
Helvetica foi a fonte de maior sucesso nos anos 60 e 70 com certeza foi a fonte mais usada.
Substituiu rapidamente a antiga Akzidenz Grotesk de 1897, que, no jocoso dizer de Erik Spieker-mann,
já mostrava muitas rugas.A sua falta de personalidade
nacional ou regional é com todo o direito que é chamada a fonte sem
carater foi por vezes compensada pelo emprego de cor, por exemplo, em posters
publicitários, isso facilita o uso da fonte e é por isso que ela é
conhecida como uma fonte global. De resto, a imaginação criativa dos que optaram pela
Helvetica ficava reduzida a explorar as formas acentuadamente
geométricas, a compor em ângulos diagonais e/ou a tirar
partido da vasta gama de pesos e cortes da letra que passou a ser a
fonte universal e global da segunda metade do século XX .
BOO
!23
Fá
bio
Mes
trin
er A importância da boa embalagem
Em muitas empresas, a embalagem e sua
gestão estão relegadas ao departamento de
Compras ou à alguma pessoa do organo-
grama para quem “sobrou” o assunto.
Falta nestas empresas uma abordagem
sistemática, uma avaliação da relevância
representada pela embalagem no negócio
como um todo e parâmetros que permitam
verificar se estão dando a este item um tra-
tamento condizente com sua importância.
Tenho visto freqüentemente as embalagens
serem tratadas como mais um dos insu-
mos utilizados pelas empresas, recebendo
a mesma atenção e o mesmo tratamento
dedicados a itens que desaparecem da li-
nha de produção e não são percebidos
pelo consumidor final, como, por exem-
plo, os ingredientes secundários, o lubri-
ficante das máquinas, o detergente para
limpar o chão da fábrica e o pó do café
servido aos funcionários da companhia.
Não quero dizer que estes itens não sejam
importantes, mas apenas que o grau de in-
terferência que eles têm é muito diferen-
te do da embalagem, especialmente se a
empresa atuar no segmento de Produtos de
Consumo pois, para o consumidor destes,
a embalagem representa muito mais do
que a soma dos ingredientes e insumos que
compõem o produto.
O consumidor não separa a embalagem
do que ela contém. Para ele, a embala-
gem é, ao mesmo tempo, uma expressão
e um atributo do conteúdo. É por meio
dela que o consumidor forma conceito
e atribui valor tanto ao produto como à
empresa que o produziu. Ela é um com-
ponente fundamental para a construção
da imagem da marca, pois é a expressão
tangível de todos os seus significados.
A boa embalagem agrega valor e melhora a
competitividade dos produtos tanto para fa
Não é preciso dizer o quanto a embalagem é importante para as empresas que atuam no segmento de bens de con-sumo, no entanto, não é fácil estabelecer o grau de impor-tância que uma empresa atribui a este relevante compo-nente de produtos e de linha de produção.
BOO
!24
embalagem
25
BOO
!
Embalagem do suco
de soja Adez.
Não basta ser bonita
e criativa, mais do
que isso tem que ser
funcional.
Embalagem conceito
da Coca - Cola.
A vodka Absolut tem uma
embalegem diferente e
bonita para cada variação de
sabor do produto
alem de sempre criar
embalgens promocionais
para atrair os consumidores
e diversificar as embalagens.
BOO
!26
fazer frente aos concorrentes do mundo todo que aqui
aportam como fazer com que as exportações conquistem o
sucesso nos mercados mais competitivos do planeta.
Por ser um componente fundamental na formação do custo
e, conseqüentemente, no preço final do produto, a embala-
gem é um fator econômico importante para uma sociedade
industrial moderna como é hoje a brasileira.
Como responsável pela proteção e manutenção das carac-
terísticas básicas do produto e por permitir que ele seja
transportado e distribuído em grande escala, a embalagem
contribui para o desenvolvimento econômico e material da
nossa sociedade, sendo um dos parâmetros que permitem
avaliar o estágio de desenvolvimento alcançado pela nação.
Além de tudo o que foi descrito até aqui e após chegar à
casa do consumidor e cumprir sua missão no manuseio e
consumo do produto, a embalagem continua contribuindo
para a sociedade, pois sua reciclagem traz de volta ao ciclo
produtivo a matéria-prima utilizada em sua confecção.
A reciclagem, além de contribuir para a preservação do
meio ambiente, gera trabalho, renda e valor econômico,
revestindo-se de um caráter utilitário excepcional para a
sociedade como um todo.
Muitas empresas deixam de incorporar aos seus negócios
uma grande ferramenta de marketing e vendas e, mais do
que isso, deixam de utilizar todo o potencial que têm na
construção da imagem da marca e de seus produtos.
As empresas que estão na liderança do mercado, bem como
as grandes multinacionais, têm pessoas e departamentos
inteiros dedicados a cuidar das embalagens, buscando ex-
trair todos os seus benefícios e explorar
suas possibilidades em favor dos produtos.
Empresas menores e intermediárias que
estão lutando para conquistar posições de-
vem prestar mais atenção na utilização da
embalagem como fator estratégico para
seus negócios e buscar uma nova aborda-
gem para esta atividade em seu organogra-
ma. Estas empresas têm muito a ganhar,
pois é justamente para elas que a embala-
gem pode representar um grande diferen-
cial competitivo, uma vez que não dispõem
de muitos recursos para ações de comuni-
cação e mídia.
Tratar a embalagem como mais um insumo
de produção, delegá-la a pessoas ou depar-
tamentos não-especializados e buscar redu-
zir custos não levam a empresa a conquistar
uma melhor posição. A embalagem é um fa-
tor decisivo no novo cenário competitivo e
as empresas que pretendem ter um lugar de
destaque precisam fazer dela algo realmen-
te importante em sua gestão empresarial.
Acredito que a gestão estratégica e a efi-
ciencia de todo potencial oferecido pelas
boas embalagens traz grandes benefícios
para as grandes e pequenas empresas e
para o próprio país, pois o Brasil cresce com
a embalagem e precisa dela para progredir
e conquistar novos mercados consumidores
para seus produtos e tambem para desenvo-
ver novos produtos com boas embalagens.
BOO
!27
P
roce
sso
de Im
pres
são Porque as cores são
tão diferentes?Todo estudo sobre cores e seu comporta-
mento para impressão offset, é feito sob
condições ideais, as quais não são encontra-
das normalmente nas gráficas. No proces-
so de impressão plano, existem inúmeras
variáveis que podem provocar distorções
nas cores: tinta, papel, pressão de trans-
ferência, água, temperatura do ambiente,
humildade, fadiga do operador, problemas
mecânicos, ganho de ponto, etc.
Mitos:
Prova de Prelo representa fielmente as co-
res que serão impressas.
Prova digital não representa corretamente
as cores.
A tabela PANTONE© é absoluta!
ALGUMAS VARIÁVEIS QUE AFETAM AS
CORES:
Variável – Papel utilizado:
Imagine que a prova de prelo ou prova digital,
foi feita em um determinado tipo de papel.
A impressão do trabalho provavelmente
será feita com outro lote. Ainda que seja o
mesmo fabricante, ou classificação (offset,
couchê, triplex, duplex), esses papéis po-
derão apresentar diferenças de tonalidade
e brilho, o que altera o resultado das cores,
pois o papel é o “BRANCO” do impresso e
nele consiste a base de início das cores.
Imagine realizar a prova em um papel cou-
chê (branco) e a impressão em um pa-
pel pólem (amarelado). O resultado será
completamente diferente, o resultado das
cores muda até mesmo entre um couchê
com brilho e um couchê fosco. É muito co-
mum encontrar papel cartão tipo triplex,
de um mesmo fabricante e especificação
com acentuada diferença de tonalidades,
em lotes diferentes. Já encontramos pa-
péis com tonalidades diferentes, dentro
de um mesmo “pacote” lacrado na fábrica.
Portanto, uma prova fiel será obtida so-
mente quando a prova, seja ela digi-
tal ou prelo, for efetuada com base no
mesmo papel. Exatamente aquele que
será usado para imprimir o trabalho.
Sabemos que o controle e a viabilida-
de sobre essa situação é muito difícil,
tendo em vista que as máquinas digi-
tais usam papéis especiais e não os mes-
mos que serão usados para produção.
Alguns fabricantes de papéis especiais para
provas, conseguem normalizar sua produ-
ção, chamando o seu produto de “papel
calibrado”. Mas, e quanto ao fabricante do
papel que será usado para produção do im-
presso em offset, ele possui esse controle?
Já para a prova feita com o sistema de pre-
lo tradicional, obtido através de fotolitos ou
chapas, podemos usar o papel comum, o
processo de impressão
mesmo que será usando para a impressão, mas esse método
está em desuso, pelo seu alto custo e pelo tempo investido
para obtenção das provas.
Variável – Fator de correção:
Através de softwares específicos e impressoras ade-
quadas é feita uma “simulação” do resultado da im-
pressão offset. O resultado obtido pode ser bem
próximo ao resultado da impressão, mas não é exata-
mente igual, pois o fator de correção é uma simulação.
Essa simulação (esse perfil) utiliza dados de máquinas im-
pressoras em sua situação IDEAL, ou seja, mecanicamente
perfeitas, além disso, sob condições ideais de temperatura e
umidade. Essa situação dificilmente é encontrada na sala de
impressão, na situação real em que os trabalhos são realizados.
Cada máquina offset produz um resultado. Ao microscó-
pio, o resultado de cada máquina é individual, tal como,
a biometria humana. Cada máquina produz um “ga-
nho de ponto”, uma distorção da imagem e uma aber-
tura do papel. Essas diferenças são imperceptíveis aos
nossos olhos, porém, no trabalho final, após a impressão
de todas as cores sobre o papel, podemos perceber facil-
mente nuances de cores e tons diferentes entre o mesmo
impresso, realizados por máquinas e gráficas distintas.
Por isso é tão difícil a uma gráfica, “acompanhar” as cores já
impressas por outra, em uma nova edição ou mesmo reimpres-
são. Nesse caso, foram alteradas as condições em que o traba-
lho foi realizado. Possivelmente pode ser alterado o modelo do
equipamento, a marca da tinta, o lote do papel, entre outros.
Para alguns clientes, essas diferenças são confundidas
como falta de qualidade ou defeito do produto, provoca-
do pelas gráficas que “tentaram” reproduzir um traba-
lho, o que demonstramos não ser exatamente verdade.
Por mais moderna que seja uma gráfica, é um grande de-
safio acompanhar o trabalho feito por outra, com extre-
ma exatidão. O processo offset, não é uma ciência exa-
ta e normalmente não é exercida por “engenheiros”.
Dessa forma o perfil ICC genérico, não se aplica com perfei-
ção ao mundo real, mesmo sendo fornecido pelas melhores
empresas do ramo.
Variável - Tinta
Imagine que a impressora de provas (di-
gital) possui tinta líquida, fabricada com
pigmentos próprios e com dimensões es-
pecíficas para aquele tipo de equipamen-
to, em cada uma das cores. Uma impres-
sora de prova assemelha-se com uma
impressora Epson ou HP, daquele jato de
tinta, que temos em nossos escritórios.
Agora, imagine a tinta offset, pastosa,
fabricada com outros tipos de pigmen-
tos. São duas coisas muito diferentes!
Cada fabricante de tinta offset possui
seus fornecedores de matéria prima, com
determinado tipo de moagem e deter-
minadas especificações, para que sua
tinta seja ligeiramente melhor ou ao me-
nos, tenha um diferencial em relação aos
demais fabricantes. Portanto, é de pro-
pósito que tintas sejam diferentes en-
tre as marcas e fabricantes do mercado.
Existem fabricantes em que a mesma cor so-
fre pequenas distorções, em lotes diferentes.
A “culpada” , segundo os fabricantes, é a ma-
téria prima usada na fabricação das tintas.
Voltando a questão das tintas de impres-
soras, comparando com tintas para offset.
Como itens fisicamente e quimicamente
tão diferentes, podem reproduzir cópias
em idêntica cor? Resposta: Não pode! No
máximo se aproxima, aos olhos humanos.
Como controlar isso? Da mesma manei-
ra que o papel, para que a prova de cor
seja fiel, teríamos que usar a mesma tinta
e ainda assim, de um mesmo lote. Tanto
para prova quanto para a produção do ma-
terial. E isso normalmente não é possível.
Variável – Tabela Pantone©
Definitivamente é um mito, acreditar que
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combina entre vermelho, verde e azul, para
obter todas as cores, desde o preto até o
branco. Além disso, ele emite e refrate a luz.
As impressoras de prova, normalmen-
te usam de seis a oito cores como bases,
para formar as demais. Seu sistema de im-
pressão pode ter precisão de µ (microns),
a cor do impresso é perceptível apenas
por refração, pois o papel não gera luz.
Já na impressão Offset, as imagens “colo-
ridas” são formadas normalmente pelo pa-
drão CMYK, ou seja quatro cores básicas.
Através da sobre-
posição de pontos
de reticula, é fei-
ta a ILUSÃO para
que o olho humano
perceba as cores e
as imagens. As cores e imagens são for-
madas por pontos de grande dimensão,
se comparados com a escala de µ (mi-
crons). CMYK, indica que foram usadas
as cores: ciano, magenta, amarelo e preto.
Como coisas tão diferentes poderiam resultar
em cores exactamente iguais? Não podem!
Mas com um pouco de investimento e conhe-
cimento, elas podem se aproximar, onde um
sistema irá simular o outro. Funciona assim:
A impressora de prova, vai tentar simular a
offset e o monitor vai tentar simular a pro-
va. Nunca o contrário. Uma calibração dife-
rente para cada máquina impressora offset.
A impressora de provas e o monitor, ten-
tam “imitar” a impressora offset. Alte-
rar o brilho e a saturação de seu monitor.
As cores mudarão! Assim não há como
o cliente verificar cores em seu moni-
tor e depois comparar com um impresso.
As cores do monitor não são as mesmas
a tabela PANTONE© é absoluta e infalível e que a gráfi-
ca tem obrigação de reproduzir com extrema fidelidade.
A verdade é: por mais que as tabelas PANTONE© origi-
nais, sejam impressas sob condições controladas e o mais
próximo possível de uma situação ideal, há diferenças de
tons entre cores de tabelas, impressas em lotes diferen-
tes. Isso é visível. Principalmente nos tons de azul escu-
ro que puxam ao verde. Caso o leitor tenha a possibili-
dade de comparar duas tabelas em mãos, com o mesmo
tipo (coated com coated), poderá ver essas diferenças.
Portanto a Tabela PANTONE©, não é absoluta. Ela é um
parâmetro que não pode ser desprezado, mas para um
observador mais atento, fica
evidente que não é possí-
vel exigir fidelidade absolu-
ta, com tabelas PANTONE©.
É comum o cliente usar uma
tabela PANTONE©, escolher
uma determinada cor, solicitar o trabalho à gráfica e de-
pois se queixar da cor resultante em um trabalho. Pior
quando o cliente escolhe a cor PANTONE©, no monitor de
seu computador, chega a ser cômico. Mas como o clien-
te é o REI, o prejuízo normalmente fica para a gráfica.
Como já dito, a cor e o brilho do papel, alteram o resulta-
do das cores. Mesmo desprezando esse fato e imprimindo
com uma tinta PANTONE©, formulada em um laboratório,
uma leve diferença será com certeza verificada no impres-
so, em comparação a qualquer tabela PANTONE©, mas
isso não pode ser caracterizado como um defeito.
Tintas formuladas com as tabelas PANTONE©, dependendo
de suas bases, dependendo dos instrumentos utilizados para
realizar a mistura e em que condições essa preparação foi re-
alizada, poderá resultar em cores sensivelmente diferentes.
Nem sempre uma mesma formulação, resultará em cores
exatamente iguais. Os fatores que podem influenciar no re-
sultado de uma formulação PANTONE©, usando as famosas
“fórmula guide”, novamente são muitas.
Variável – Monitor x Prova de cor x Offset:
O Monitor de vídeo, usa o padrão de cores RGB, ou seja,
Definitivamente é um mito, acreditar
que a tabela PANTONE© é absoluta e
infalível e que a gráfica tem obrigação
de reproduzir com extrema fidelidade.
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que servirão de parâmetro para a impressão em gráfica.
Para que esse sistema possa simular as mesmas cores,
é preciso que ele seja linear, ou seja, para que as cores
sejam muito próximas, entre monitor, prova e impressão,
deve haver uma calibração do sistema. Com o sistema ca-
librado, o nosso instrumento de medição, que conhece-
mos por “olho” não irá perceber as diferença que existem.
Portanto a base real das cores é o offset e não o monitor ou
uma prova feita sem critérios de calibração. Um outro impor-
tante fator para diferenças em cores é a luz de análise. Ob-
servar cores sob fontes de luzes diferentes, resultam cores
diferentes. Vamos exemplificar luzes diferentes como: Luz
natural (sol), Luz fluorescente tubular, luz incandescente, luz
electrónica amarela, vapor metálico, vapor de sódio. Cada
um desses tipos de fontes de luz, emite luz de comprimentos
diferentes, portanto veremos cores ligeiramente diferentes.
Existe a luz mais adequada para cada aplicação, inclusive a
mais apropriada para analise de cores.
Conclusão:
É possível realizar provas fidedignas, mas o controle ne-
cessário seria extremamente caro e lento. Assim, tal con-
trole é justificável somente em tiragens “milionárias”.
Na prática, a grande maioria das gráficas realiza contro-
les básicos, como: manter sempre o mesmo fornecedor de
tintas e consumíveis para offset, usar perfil de cores gené-
rico para provas, comprar sempre um bom papel de pro-
va e usar, quando o orçamento permitir, um bom papel.
Dessa forma, é fácil encontrar em praticamente todos os tra-
balhos realizados, distorções de cores. Elas não devem afetar
a qualidade do produto ou prejudicar o desejo do cliente. Deve
haver, portanto um equilíbrio entre as cores. A igualdade entre
a prova e o impresso, tende a buscar o consenso, entre o clien-
te e a gráfica, entre o papel e a tinta, entre os tons do trabalho
e todas as demais variáveis.
Por mais próxima que uma impressão estiver de sua prova,
ainda que todas as normas publicadas, para esse assunto, se-
jam cumpridas e seguidas à risca, ainda existirão diferenças!
A variação das cores acontece
por causa da falta de
calibração das maquinas
com o monitor.
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