MODELAÇÃO DINÂMICA DE SISTEMAS DE DRENAGEM

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Instituto Superior Técnico 2011/2012 Instituto Superior Técnico 2011/2012 MODELAÇÃO DINÂMICA DE SISTEMAS DE DRENAGEM DOUTORAMENTO EM ENGENHARIA DO AMBIENTE UNIDADE CURRICULAR DE GESTÃO INTEGRADA DE SISTEMAS DE SANEAMENTO Filipa Ferreira

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MODELAÇÃO DINÂMICA DE

SISTEMAS DE DRENAGEM

DOUTORAMENTO EM ENGENHARIA DO AMBIENTE

UNIDADE CURRICULAR DE

GESTÃO INTEGRADA DE SISTEMAS DE SANEAMENTO

Filipa Ferreira

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ÍNDICE (6ª AULA)

1. CASOS DE ESTUDO.

2. APRESENTAÇÃO E APLICAÇÃO PRÁTICA DO SWMM.

3. INÍCIO DO 1º TRABALHO PRÁTICO - SIMULAÇÃO DE

SISTEMAS DE DRENAGEM.

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CASOS DE ESTUDO

• Sistemas de drenagem de S. João da Talha, em Loures

• Redes de drenagem das bacias piloto na empresa Águas do Ave

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CASOS DE ESTUDO

Sistema de drenagem de S. João da Talha

Objectivos: Definir procedimentos de gestão e/ou beneficiação do

sistema, que contribuam para a mitigação dos principais

problemas de exploração actuais.

Desafio à modelação:

forte contribuição industrial ↑ variabilidade Q e CP afluentes

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MODELAÇÃO E GESTÃO AVANÇADA DE INFRA-ESTRUTURAS DE

SANEAMENTO: SISTEMAS DE DRENAGEM E ETAR

CASOS DE ESTUDO

Caracterização do sistema de drenagem

• Localização: concelho de Loures

(Freguesias de Bobadela, S. Iria da Azóia e

S. João da Talha)

• Interceptor Norte:

L= 3,8 km

DN 315 a 800 mm

(trecho de ligação à ETAR: L=8 m; DN = 1000 mm)

• Interceptor Sul:

L= 2 km

DN 400 a 600 mm

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CASOS DE ESTUDO

Modelação do sistema interceptor – aplicação do MOUSE

Construção do modelo topológico:

• caracterização física detalhada dos componentes

do sistema de drenagem:

– colectores; câmaras de visita; descarregadores;

bacias de drenagem;…

• condições de fronteira: efeito de maré…

-84000.0 -83000.0 -82000.0

[m]

-96000.0

-95500.0

-95000.0

-94500.0

-94000.0

-93500.0

-93000.0

-92500.0

-92000.0

-91500.0

-91000.0

-90500.0

[m] Standard

-83140.0 -83120.0 -83100.0 -83080.0 -83060.0

[m]

-94160.0

-94155.0

-94150.0

-94145.0

-94140.0

-94135.0

-94130.0

-94125.0

-94120.0

-94115.0

-94110.0

-94105.0

-94100.0

-94095.0

-94090.0

-94085.0

-94080.0

-94075.0

-94070.0

-94065.0

-94060.0

-94055.0

-94050.0

-94045.0

[m] Standard

IN0445

IN0450

IS0195

IS0200

OE

OE-jus

Cx.1

ETARGrad

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CASOS DE ESTUDO

Simulação hidráulica:

• Períodos de tempo seco coincidentes com as campanhas

experimentais.

• Evento um evento pluviométrico com frequência de ocorrência de

aproximadamente 10 vezes por ano (D=42 min; Imáx=18 mm/h e Imédia= 6,3 mm/h).

0.0 500.0 1000.0 1500.0 2000.0 2500.0 3000.0 3500.0

[m]

0.0

5.0

10.0

15.0

[m]

WATER LEVEL BRANCHES - 14-1-2005 00:00:02 RUN-teste09.PRF

IN00

05

IN00

10

IN00

15

IN00

20

IN00

25

IN00

30

IN00

35

IN00

40

IN00

45

IN00

50

IN00

55

IN00

60

IN00

65

IN00

70

IN00

75

IN00

80

IN00

85

IN00

90

IN00

95

IN01

00

IN01

05

IN01

10

IN01

15

IN01

20

IN01

25

IN01

30

IN01

35

IN01

40

IN01

45

IN01

50

IN01

55

IN01

60

IN01

65

IN01

70

IN01

80

IN01

85

IN01

90

IN01

95

IN02

00

IN02

05

IN02

10

IN02

15

IN02

20

IN02

25

IN02

30

IN02

35

IN02

38

IN02

40

IN02

45

IN02

50

IN02

55

IN02

60

IN02

65

IN02

70

IN02

75

IN02

80

IN02

85

IN02

90

IN02

95

IN03

00

IN03

05

IN03

10

IN03

15

IN03

20

IN03

25

IN03

30

IN03

35

IN03

40

IN03

45

IN03

50

IN03

55

IN03

60

IN03

65

IN03

70

IN03

75

IN03

80

IN03

85

IN03

90

IN03

95

IN04

00

IN04

05

IN04

10

IN04

15

IN04

20

IN04

25

IN04

30

IN04

35

IN04

40

IN04

45

IN04

50

m3/sDischarge

Interceptor Norte

EXEMPLO: Perfis longitudinais para período de tempo seco (situação actual).

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CASOS DE ESTUDO

0.0 200.0 400.0 600.0 800.0 1000.0 1200.0 1400.0 1600.0 1800.0 2000.0

[m]

0.0

2.0

4.0

6.0

8.0

[m]

WATER LEVEL BRANCHES - 14-1-2005 00:00:02 RUN-teste09.PRF

IS000

5

IS001

0

IS001

5

IS002

0

IS002

5

IS003

5

IS004

0

IS004

5

IS005

0

IS005

5

IS006

0

IS006

5

IS007

0

IS007

5

IS008

0

IS008

5

IS009

0

IS009

5

IS010

0

IS010

5

IS011

0

IS011

5

IS012

0

IS013

0

IS013

5

IS014

0

IS014

5

IS015

0

IS015

5

IS016

0

IS016

5

IS017

0

IS018

0

IS018

5

IS019

0

IS019

5

IS020

0

IN04

50

m3/sDischarge 0.007 0.010 0.011 0.016 0.029 0.030 0.030 0.031

0.0 50.0 100.0 150.0 200.0 250.0 300.0 350.0 400.0 450.0

[m]

-2.0

-1.0

0.0

1.0

2.0

3.0

4.0

[m]

WATER LEVEL BRANCHES - 14-1-2005 00:00:02 RUN-teste09.PRF

IN04

50

ETARO

E-jus

Cx.

1Cx.

2

RT

m3/sDischarge -0.000 0.000 0.000Interceptor Sul

By-pass geral da ETAR

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CASOS DE ESTUDO

Principais conclusões do estudo

Os caudais modelados aproximam-se dos valores registados nos

medidores de caudal da ETAR.

Apesar da rede ser predominantemente separativa, durante a ocorrência

de precipitações frequentes (que ocorrem, em média, 10 vezes por ano), a

percentagem de caudal pluvial afluente ao sistema relativamente ao

caudal médio doméstico é de cerca de 41%.

Embora os interceptores apresentem declives positivos e negativos, grande

parte dos troços cumpre o critério da velocidade mínima pelo menos uma

vez por dia, em tempo seco, não sendo muito provável a existência de

problemas de auto-limpeza.

Verifica-se a influência dinâmica da entrada em funcionamento e da

paragem dos parafusos de Arquimedes no comportamento hidráulico do

interceptor Norte.

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CASOS DE ESTUDO

Durante precipitações de reduzida intensidade, é frequente a entrada

em pressão de alguns troços dos interceptores provável ocorrência

de inundações em diversos trechos dos interceptores Norte e Sul (zonas

de cotas de terreno reduzidas).

Esta situação resulta do facto da crista do descarregador de

tempestade da ETAR se encontrar demasiadamente elevada,

verificando-se que ocorrem inundações anteriormente à entrada em

funcionamento do descarregador.

A melhoria do comportamento do sistema depende da beneficiação

da ETAR e também da reabilitação ou beneficiação dos

interceptores e da rede de drenagem.

Depende também da adopção de medidas de operação e gestão

integrada (designadamente, regime de funcionamento de parafusos da

ETAR que controle as alturas do escoamento nos interceptores).

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CASOS DE ESTUDO

Bacias de drenagem da Águas do Ave, S.A.

Objectivos: Definir áreas prioritárias de intervenção, no sentido de mitigar / eliminar

entradas em carga e descargas para o meio receptor.

Desafio à modelação:

redes separativas domésticas quantificar / localizar ligações indevidas

bacias de pequena dimensão dificuldades de medição e de definição de padrões

campanhas de curta duração dificuldades de definição de padrões

Problema: Existência de ligações indevidas de caudal pluvial em redes

separativas domésticas

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Caracterização do sistema de drenagem

• Localização: área de atendimento da Ave do Ave, S.A.

(Municípios de Guimarães, Fafe, Póvoa de Lanhoso, Santo Tirso, Trofa, Vieira do Minho, Vila

Nova de Famalicão, Vizela)

• 12 bacias piloto:

Áreas entre 2 e 10 ha

Comprimento de rede cerca de 1km

Diâmetros entre 200 e 250mm

• Campanhas de medição:

Medição de caudal na secção de jusante

Campanhas de curta duração

CASOS DE ESTUDO

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CASOS DE ESTUDO

Sistema separativo (ARD):

•Processos hidrológicos

• Ligações indevidas Caudal

• Contribuições domésticas

Sistemas separativos com ligações indevidas

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CASOS DE ESTUDO

De acordo com o Método Racional:

Q = C. i. A

onde:

Q – caudal de ponta (m3/s)

C – coeficiente de drenagem (-)

i – intensidade de precipitação (m/s)

A– área da bacia (m2)

0.0

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0 24 48 72 96 120

Q (m3/s)

t (h)

Volume produzido pela P

Volume afluente ao

sistema separativo

Caudal de ponta – Método Racional

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CASOS DE ESTUDO

V’ = C. I. A’

onde:

V’– volume indevido no sistema separativo (m3)

C – coeficiente de escoamento (-)

I – precipitação (m)

A’– área impermeável contributiva (m2)

0.0

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0 24 48 72 96 120

Q (m3/s)

t (h) V’ = C’ . I . A

onde:

V’– volume indevido no sistema separativo (m3)

C ‘– coeficiente de escoamento aparente (-)

I – rainfall (m)

A – área da bacia(m2)

Assumindo que o C da área impermeável é de 1.0,

C’ representa a % de Aimp na bacia

que realmente contribui para a rede separativa

Estimar o valor de C’ (coeficiente de escoamento aparente)

Percentage of rainfall volume (R-value) – Método Racional

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CASOS DE ESTUDO

• Determinar padrões de tempo seco

Dados de monitorização contínua de outro projecto

Período de 3 anos

36 medidores de caudal

Diâmetros entre 200 e 500mm

• Adimensionalizar os padrões

Metodologia

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CASOS DE ESTUDO

• Ajustar os padrões aos dados do projecto

• Remover o escoamento de base de tempo seco dos hidrogramas

• Determinar o volume indevido

•Modelar diversos eventos de precipitação

•Determinar C’

•Aferir zonas de intervenção prioritária

Metodologia

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CASOS DE ESTUDO

Principais desafios

Bacias de pequena dimensão:

- reduzido caudal afluente

- dificuldade de medição de altura de água e velocidade

- depósitos em tempo seco e arrastamento após chuvadas – alteração dos parâmetros de

calibração do medidor

- necessidade de uma manutenção intensiva

- verificação exaustiva da qualidade dos dados recolhidos

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

200

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2

Velocidade (m/s)

Alt

ura

de e

sco

am

en

to (

mm

) hmáx registado

hmín ADS

0.0

50.0

100.0

150.0

200.0

250.0

300.0

350.0

400.0

0.0 0.4 0.8 1.2 1.6 2.0

Velocidade (m/s)A

ltu

ra d

e e

sco

am

en

to (

mm

)

hmín registado

hmáx registado

hmin ADS

0

50

100

150

200

250

300

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0

Velocidade (m/s)

Alt

ura

de e

sco

am

en

to (

mm

)

hmín registado

hmáx registado

hmin ADS

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CASOS DE ESTUDO

Principais desafios

Necessidade de utilização de hidrogramas padrão de tempo seco de outro projecto,

com posterior adaptação:

- bacias de reduzida dimensão

- os comportamentos individuais adquirem expressão no hidrograma

- qualquer alteração no ciclo de utilização de AA reflecte-se de imediato em ARD

- a determinação de hidrogramas médios resulta num padrão com pontas amortecidas

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Características do modelo em SWMM

Modelo hidráulico:

• bacias piloto constituídas unicamente por colectores e caixas de visita

• rede de drenagem nem extensa nem complexa

• ocorrência de fenómenos rapidamente variados devido à afluência de caudais pluviais,

• possível entrada em carga

• possível inversão do escoamento,

Modelo hidrológico:

• reduzidas áreas superficiais que contribuem para a rede de drenagem doméstica,

• o parâmetro que conduz a resultados significativamente diferentes é a %Aimp.

• utilização do modelo de Green-Ampt, com a parametrização média típica de bacias urbanas.

• em Aimp: caracterização das áreas afluentes de telhado, estrada e calçada, com Ks respectivo

CASOS DE ESTUDO

não houve

necessidade de

efectuar

simplificações

utilizou-

-se a onda

dinâmica.

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Calibração / validação do modelo em SWMM

CASOS DE ESTUDO

Tempo seco

EV : entre –10% e +10%

EQp : entre –10% e +10%

Ocorrência de P

EV : entre –10% e +20%

EQp : entre –15% e +25%

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Relação entre caudais medidos e caudais modelados (l/s)

Alguns resultados – tempo seco

CASOS DE ESTUDO

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Relação entre caudais medidos e caudais modelados (l/s)

Alguns resultados – ocorrência de precipitação

CASOS DE ESTUDO

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CASOS DE ESTUDO

4 a 31 eventos

Valores de C’ obtidos e condições hidráulicas de simulação

Principais conclusões

Identificadas as áreas prioritárias para maior intensidade de trabalho de campo

Implementadas estratégias de actuação de médio / longo prazo

Manutenção / reabilitação direccionadas para locais onde se prevê o máximo efeito / retorno

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APRESENTAÇÃO E APLICAÇÃO

PRÁTICA DO SWMM

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Modelo de simulação dos fenómenos hidrológicos e hidráulicos em

bacias hidrográficas urbanas

•Modelação de Quantidade e Qualidade:

• Componente de Escoamento Superficial: modela os fenómenos hidrológicos devidos à

ocorrência de eventos de precipitação sobre as subbcias hidrográficas e o consequente

escoamento na superfície do terreno e em profundidade.

• Componente de Escoamento na Rede de Drenagem: transporta esse escoamento para o

sistema composto por colectores, canais, dispositivos de armazenamento e tratamento,

estações elevatórias e reguladores de caudal. Modela a hidrodinâmica do escoamento (caudal,

altura e velocidade de escoamento) e a qualidade do fluido

APRESENTAÇÃO E APLICAÇÃO PRÁTICA DO SWMM

SWMM – Storm Water Management Model

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Historial

• Desenvolvido em 1971, tendo sofrido diversos

upgrades.

• É propriedade da EPA – Environmental Protection

Agency, agência governamental dos Estados Unidos

para o Ambiente

• Utilização livre a partir da Internet em

•http://www.epa.gov/ednnrmrl/models/swmm/

•Utilizações mais frequentes:

• Projecto, planeamento e análise de situações existentes

• Sistemas unitários, separativos pluviais, separativos domésticos ou pseudo-separativos

• Controlo de cheias, controlo de qualidade em descargas, delimitação de leitos de cheia, estratégias para

redução de descargas de ARD, avaliação do impacto de infiltração em sistemas de ARD, avaliação de

desempenho de sistemas de controlo na origem

APRESENTAÇÃO E APLICAÇÃO PRÁTICA DO SWMM

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Capacidades do modelo

Fenómenos hidrológicos:

• eventos de precipitação variáveis no tempo

• evaporação em corpos de água

• acumulação de neve e derretimento

• intercepção da precipitação por retenção superficial

• infiltração da precipitação em solos não saturados

• percolação da água infiltrada para o subsolo

• escoamento entre o subsolo e o sistema de drenagem

• modelação não linear do escoamento superficial

•A variação espacial é obtida pela definição prévia de subbacias hidrográficas mais pequenas

do que a área de estudo, homogéneas em termos da sua caracterização física.

APRESENTAÇÃO E APLICAÇÃO PRÁTICA DO SWMM

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Fenómenos hidráulicos:

• simula escoamento em redes de comprimento ilimitado

• possibilidade de definir uma variedade de secções transversais abertas ou

fechadas

• modela elementos especiais como unidades de armazenamento, bombas,

descarregadores, orifícios

• recebe informação de quantidade e qualidade do modelo de escoamento

superficial

• recebe inputs externos sobre a forma de séries temporais (entradas de

ARD, efeitos de maré)

• utiliza a aproximação da onda cinemática ou a onda dinâmica completa

para resolução da equação da conservação da quantidade de movimento

• aplica regras de controle definidas pelo utilizador para simular a operação

de bombas, abertura e fecho de orifícios

• modela diversos fenómenos hidráulicos como ressalto hidráulico, entrada

em carga, contra-escoamento, e acumulação à superfície

APRESENTAÇÃO E APLICAÇÃO PRÁTICA DO SWMM

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Fenómenos de qualidade da água:

• alteração de qualidade para diversos poluentes

• acumulação em tempo seco para diferentes utilizações do solo

• redução da acumulação em arruamentos devido a limpeza

• redução da carga poluente devido à aplicação de soluções de controlo na origem

• recebe inputs externos sobre a forma de séries temporais (entradas de ARD ou outras)

• redução da concentração de poluentes devido ao tempo de retenção em dispositivos de

armazenamento ou nos próprios colectores

Representação gráfica:

• interface com SIGs e possibilidade de integração de plantas coordenadas

• representação colorida em planta e perfil da simulação ao longo do tempo

• análises estatísticas

APRESENTAÇÃO E APLICAÇÃO PRÁTICA DO SWMM

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Manual do SWMM

APRESENTAÇÃO E APLICAÇÃO PRÁTICA DO SWMM

Cap 1 – Introdução

Cap 2 – Exemplo prático (tutorial)

Cap 3 – Estrutura do modelo, entidades e métodos computacionais

Cap 4 – Estrutura do ecrã e funcionalidades das toolbars

Cap 5 - Criação de um novo projecto e utilização de calibrações

Cap 6 – Introdução de dados das subbacias e da rede de drenagem

Cap 7 – Edição gráfica

Cap 8 – Efectuar simulações e alguns erros mais frequentes

Cap 9 – Visualização de resultados

Cap 10 – Impressão e cópia de resultados

Cap 11 – Utilização de ficheiros de parametrização externos

Apêndices:

A – valores mais usuais dos parâmetros

B – descrição do significado físico das propriedades de cada uma das entidades

C – utilização dos editores de dados de cada entidade

D – utilização de programação

E – lista de todas as mensagens de erro e seu significado

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2011/2012

Conceptualização do modelo

•Atmosphere

compartment

•Land surface

compartment

•Groundwater

compartment

•Transport

compartment

•Raingage objects: rainfall inputs

•Subcathment objects

•Node and link objects •Aquifer objects

•Precipitation falls / snow

•Pollutants

•Infiltration

•Surface runoff

•Pollutant loadings

•Groundwater

interflow

•Dry weather inflow

•User defined hidrographs

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Categorias de dados

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• udómetros,

• bacias de drenagem,

• nós,

• troços,

• etiquetas de texto

• …

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• Largura: Width

• Inclinação: slope

• Infiltração:infiltration

• Maré: tide

• Modelo de escoamento: Routing model

• Nós: Nodes

• Regras de funcionamento: control rules

• Saída de resultados: Reporting

• Secção transversal: transects

• ST: Profundidade do nó: Node max

depth

• Subbacias :Subcathments

• Troços: Links

• Udómetros : Rain Gages

• Unidades de caudal: flow units

Glossário:

APRESENTAÇÃO E APLICAÇÃO PRÁTICA DO SWMM

• Afluências de caudal: inflows

• Área impermeável: impervious

area

• Área permeável: pervious area

• Armazenamento superficial:

depression storage

• Bombas: Pumps

• Caixas de visita: Junctions

• Colectores: Conduits

• Cota de soleira: invert elevation

• Descarregador: weir

• Escoamento em tempo seco: dry

weather runoff

• Escoamento em tempo chuvoso:

wet weather runoff

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Métodos computacionais

ESCOAMENTO SUPERFICIAL

• Sub-bacias Reservatórios não lineares Evap P, snow

d

dP – dep storage

Q

•Q ocorre quando d > dP

•Q: equação de Manning

• Infiltração

• Equação de Horton - Necessário: taxas de infiltração máximas e mínimas, coeficiente

de decaimento, tempo que demora o solo saturado a secar

• Método de Green-Ampt - Necessério: humidade inicial, conductividade hidráulica do

solo, carga hidráulica na frente molhada

• Método do SCS (Curve Number) - Necessário: conhecer a ocupação do solo

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ESCOAMENTO NO SUBSOLO

(GROUNDWATER)

• Assume que a zona superficial do terreno está

não saturada com um determinado teor de

humidade e que a zona mais profunda está

saturada

• Registam-se diversos fluxos

• volume /(área.tempo)

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ESCOAMENTO NA REDE DE DRENAGEM

• Modelo hidrodinâmico baseado nas equações de St. Venant

• Pode seleccionar-se o nível de resolução da equação da conservação de

massa:

• Steady Flow: escoamento constante e uniforme; translacção simples do

hidrograma de montante para jusante; apenas para uma análise preliminar de

longo prazo de situações muito simples

• Kinematic Wave Routing: aproximação da onda cinemática; acelerações

pequenas e escoamento quase constante; escoamento rápido, sem influência

de jusante; permite variação temporal e espacial do caudal e da área de

escoamento; não simula transientes; útil para simulações de longo prazo onde

não se preveja ocorrência de escoamento variável

• Dynamic Wave Routing: onda dinâmica; resolução completa das equações;

permite simulação de escoamento em pressão, contra-escoamento, re-entrada

de descargas, etc; utilizar para simulações onde se preveja ocorrência de

escoamento variável

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ESCOAMENTO NA REDE DE DRENAGEM

• Escoamento em pressão: método da Preissmann’s Slot

• Necessário atentar ao passo de cálculo

• Método numérico: iterações de Picard (método explicito de aproximações

sucessivas) e intervalo de tempo variável baseado na condição de estabilidade de

Courrant

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SIMULAÇÃO

Necessário pré-definir uma série de opções

• Geral: unidades, modelo de infiltração,

modelo hidráulico, se permite alagamento e

se se pretende relatório sobre as acções

de controlo

• Datas: início e fim da simulação, início da

saída de resultados, início e fim da limpeza

de ruas (para estudos de qualidade),

período seco anterior

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• Intervalos de tempo: escoamento em

tempo de chuva e em tempo seco, modelo

hidrodinâmico e saída de resultados; a

verificar se ocorrerem erros na simulação

• Ficheiros: referencia os ficheiros externos

que se pretende utilizar: de P, runoff, RDII,

hotstart (usar os resultados de outra

simulação como condições de inicio para a

presente simulação)

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• Onda dinâmica: é possível optar por critérios diferentes para a resolução numérica

das equações com vista a reduzir a probabilidade de erro e instabilidade

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• Inertial Terms: Indica o que fazer com os termos inerciais da equação da conservação de

massa de St. Venant

• KEEP: mantém estes termos em qualquer condição

• DAMPEN: reduz esses termos à medida que o escoamento se aproxima de crítico e ignora-os

quando o escoamento é rápido

• IGNORE: retira esses termos da equação, produzindo uma solução de onda difusiva (esta

solução minimiza a probabilidade de instabilidade)

• Variable time step: Usado para satisfazer a condição de estabilidade de Courant e para

prevenir uma variação excessiva de altura de água em cada nó

• Safety factor: Entre 10% e 200%, aplicável ao Dt variável calculado pelo critério de Courant

(quanto menor, menor a probabilidade de instabilidade)

• Time step for conduit lengthning: Artifício usado para aumentar o comprimento de

colectores por forma a que se cumpra a condição de Courant em secção cheia (ou seja, de

modo a que o tempo de percurso de uma onda não seja inferior a este tiem step) Quanto

menor este valor, menos troços irão reqerer ser aumentados.

• Minumum surface area: valor mínimo a considerar nos nós quando se simula alterações em

altura de água

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• Se o modelo não conseguir efectuar a simulação, surge um aviso identificando o erro

detectado.

• Mesmo quando a simulação corre bem, no final surge um aviso com os erros de balanço de

massa, para que o utilizador saiba se tem de ajustar algum parâmetro – aparece uma

percentagem para os “continuity errors” no módulo de Surface Runoff, Flow Routing e Quality

Routing.

• Sugere-se não permitir erros superiores a 10%.

• Caso tal ocorra, verificar logo os Time Steps definidos

Erros

• Podem surgir instabilidades numéricas devido à própria natureza do método utilizado,

especialmente com a utilização da Dynamic Wave.

• O utilizador deve verificar alguns gráficos nalguns pontos chave da rede para detectar essas

eventuais instabilidades.

• Se as detectar, pedir Reports com Dt mais pequenos.

• Se se mantiverem, rever os Time Steps e, seguidamente, as Dynamic Wave Options.

Instabilidade no cálculo hidráulico

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2011/2012

1º TRABALHO

MODELAÇÃO DINÂMICA DE SISTEMAS DE DRENAGEM

URBANA: Aplicação do modelo SWMM ao sistema de

drenagem pluvial da Costa da Caparica