Modelo de Jogo Final

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Índice ................................................. Trabalho Específico nas diferentes posições 2 .................................................................................... Fase Defensiva do Jogo 3 ................................................................................ Princípios Individuais 4 ................................................................................... O Guarda – Redes 6 .............................................................................. Princípios Colectivos 10 ............................................................................................. Sistema 6:0 10 .......................................................................................... Sistema 3:2:1 11 ................................................................................... Fase Ofensiva do Jogo 12 ................................................................ O Jogador da “Primeira Linha” 12 .................................................................................................... O Pivot 15 ............................................................................................... O Extremo 17 Princípios Colectivos - opções tácticas de acordo com diferentes sistemas ............................................................................................... defensivos 19 .................. Processo Ofensivo contra Sistemas Defensivos Profundos 20 .................. Processo Ofensivo Contra Sistemas Defensivos Alinhados 22 ................................................................................ Transição Ataque-Defesa 24 .............................................................................. Princípios Individuais 24 .............................................................................. Princípios Colectivos 26 ................................................................................ Transição Defesa-Ataque 27 .............................................................................. Princípios Individuais 27 .............................................................................. Princípios Colectivos 29 Modelo de Jogo - Seniores Masculinos - Época 2010/2011 1

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Andebol

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Page 1: Modelo de Jogo Final

Índice

.................................................Trabalho Específico nas diferentes posições 2

....................................................................................Fase Defensiva do Jogo 3

................................................................................Princípios Individuais 4

...................................................................................O Guarda – Redes 6

..............................................................................Princípios Colectivos 10

.............................................................................................Sistema 6:0 10

..........................................................................................Sistema 3:2:1 11

...................................................................................Fase Ofensiva do Jogo 12

................................................................O Jogador da “Primeira Linha” 12

....................................................................................................O Pivot 15

...............................................................................................O Extremo 17

Princípios Colectivos - opções tácticas de acordo com diferentes sistemas ...............................................................................................defensivos 19

..................Processo Ofensivo contra Sistemas Defensivos Profundos 20

..................Processo Ofensivo Contra Sistemas Defensivos Alinhados 22

................................................................................Transição Ataque-Defesa 24

..............................................................................Princípios Individuais 24

..............................................................................Princípios Colectivos 26

................................................................................Transição Defesa-Ataque 27

..............................................................................Princípios Individuais 27

..............................................................................Princípios Colectivos 29

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Page 2: Modelo de Jogo Final

Trabalho Específico nas diferentes posições

O trabalho específico nas diferentes posições engloba: a aquisição de

conhecimentos relativos a cada posição, uma aprendizagem das posições

favoráveis, os deslocamentos e técnicas próprias de um posto especifico, assim

como as noções teóricas e práticas das outras posições.

Este trabalho apoia-se sobretudo num número de atletas reduzido, englobando

sempre um jogador num posto específico, um companheiro, um ou mais adversários

e um ou mais guarda – redes.

O trabalho desenvolvido num posto especifico, mesmo sendo teórico e prático só

tem valor quando estes dois aspectos são aplicados ao nível das relações entre

todas as posições. Esta articulação permite aumentar as operações e princípios de

funcionamento da equipa.

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Page 3: Modelo de Jogo Final

Fase Defensiva do Jogo

Predisposição Mental

Se não existir uma predisposição mental dos atletas para o processo defensivo do

jogo, será impossível responder ás exigências de comunicação e de relação

necessárias para a construção de um sistema defensivo coerente que reage como

uma estrutura única e não somente como um conjunto de unidades

descoordenadas.

Apoiado numa qualidade elevada de deslizamentos e uma valorização da tomada de

iniciativa, respeitando os princípios básicos e específicos de cada posto, é possível

explorar quase todos os aspectos defensivos:• A responsabilidade sobre o portador da bola;• A comunicação para o enquadramento;• A recolocação como uma decisão táctica individual;• O posicionamento em função do adversário directo.

Este sistema obedece a alguns princípios:• A repartição individual;• A manutenção da responsabilidade sobre o adversário directo para que ele não

se consiga desmarcar;• O enquadramento que possa permitir a troca de marcação;• As trocas de marcação;• O posicionamento após a troca;• O deslizamento se a troca não for possível.

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Page 4: Modelo de Jogo Final

Princípios Individuais

Repartição Individual• É efectiva e designa-se por indicar o seu adversário;• É a primeira fase de comunicação;• Deve ser objectiva para a escolha da distância de contacto que deve

demonstrar claramente quem é o adversário.

Manutenção da Responsabilidade Sobre o Adversário Directo

Implica um reajustamento constante da distância de contacto e da comunicação com

os colegas próximos, mesmo em caso de tomada de iniciativa para dissuadir ou

interceptar.

Esta responsabilidade termina quando o defensor verifica que o seu colega já se

enquadrou com o novo adversário.

Enquadramento que Possa Permitir a Troca de Marcação

Trata-se de um momento onde a comunicação é muito importante, onde o defensor

evidencia fisicamente a um colega a sua intenção de realizar a troca de marcação

ou de responder a uma alteração táctica.

Permite a manutenção dos adversários no seu campo de visão e dos seus colegas.

Trocas de Marcação

É uma das acções mais delicadas de executar, pois necessita de uma perfeita

percepção da acção do adversário durante todo o acompanhamento e de uma

antecipação ao futuro adversário.

É mais vantajoso realiza-la no seu espaço próprio, para poder ter um contacto mais

intenso com o adversário.

Posicionamento Após a Troca

É muito importante que o defensor após a troca possa controlar um novo adversário

e seja capaz de impedir as trajectórias para a zona central, ganhando tempo para

ajustar a distância de contacto.

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Page 5: Modelo de Jogo Final

Deslizamento

É a consequência se a troca falhar, podendo resultar de uma falta de atenção, do

facto dos defensores não estarem na mesma linha…

O defensor é obrigado a acompanhar o movimento do seu adversário, pois nenhum

dos seus colegas foi capaz de realizar a troca.

Esta reacção lógica na maioria dos casos revela mais inconvenientes que

vantagens. Assim sendo, é possível prevenir verbalmente esta situação,

antecipando-a através da adopção de uma posição mais vantajosa para a realização

da troca.

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Page 6: Modelo de Jogo Final

O Guarda – Redes

É uma das posições mais importantes para o sucesso de uma equipa, não obstante,

é possível ter êxito na competição desportiva apoiando-se sobre princípios simples: • Princípio da contracção muscular e da força explosiva (choques, sequências,

reactivação); • Princípio da postura estática ou em deslocação (noção de equilíbrio e

obstáculo ao adversário); • Princípio da informação (o que olhar, hierarquização das tarefas); • Princípio de colocação (no que diz respeito ao jogo, aos defensores, aos

rematadores);• Princípios técnicos de intervenção; • Princípio do "presente proibido".

Contracção Muscular e a Força Explosiva

Como todos os jogadores, o guarda – redes tem necessidade de uma importante

contracção ao nível da bacia e da força isométrica ao nível das partes do corpo

sujeitas aos impactos dos remates. Além disso, a força explosiva dos braços e das

pernas desempenha um papel fundamental no momento da defesa, na medida em

que o guarda – redes deve esperar tanto quanto possível antes efectuar o

movimento de defesa.

Ao nível dos membros inferiores, é necessário ter em conta o facto de muito

frequentemente as intervenções se fazerem em apoio uni pedal.

Postura (deve também ser dominada quando o GR se desloca):

O conjunto do trabalho realizado com o guarda – redes terá em conta o aspecto

postural estático e dinâmico que, de qualquer modo, é um dos problemas mais

preocupantes dos jovens guarda – redes.

Partindo da parte superior para a parte inferior do corpo, qualquer que seja o

exercício deverá ajudar o guarda – redes a possuir: • Um desvio de pernas compatível com a potência dos seus membros inferiores;• Os apoios no solo que utilizam a parte anterior do pé (excluindo os calcanhares

e que evitam estar sobre a ponta dos pés);

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Page 7: Modelo de Jogo Final

• As pernas cuja inflexão controlada oferece uma pré tensão óptima antes da

acção;• A bacia posicionada bem acima dos apoios; • Os braços realmente equilibradores: o posicionamento em altura depende de

cada um, mas as mãos ligeiramente acima da linha de ombros parece uma

posição média válida para todos; • A linha do ombro no prolongamento da bacia e perpendicular ao plano do

remate;• A cabeça direita, que não esteja nem em inflexão nem em hiper extensão.

Recolha de Informação

É um elemento fundamental, a tomada de informação vai induzir deslocações e

diferentes tipos de defesa.

Quando o adversário não está em fase de preparação do remate, a informação deve

focar-se sobre: • A sua corrida; • A sua orientação;• A altura do bloco defensivo; • Posição do braço portador da bola.

No momento do desencadeamento do remate, a informação far-se-á: • Sobre a posição do braço portador;• Sobre a maneira como a bola é “transportada”;• Sobre o tempo do qual dispõe o rematador para executar a sua acção.

A recolha de informação permite a aplicação do princípio seguinte: não escolher uma

solução enquanto o adversário dispuser de muito tempo para efectuar a sua escolha

de remate. O princípio será por conseguinte deixar-lhe um mínimo de tempo para

decidir.

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Page 8: Modelo de Jogo Final

Colocação

Tal como o defensor, o guarda – redes deve pôr a maior superfície possível na frente

da bola e deslocar-se para conservar esta relação.

Num primeiro momento, a distância do duelo deve ser suficientemente importante

para permitir a recolha de informação e o ajustamento em relação à bola. Apenas no

momento do desencadeamento é que é necessário reduzir a distância entre a bola e

o guarda – redes.

A colocação deve ser equilibrada e permitir um encadeamento de tarefas que seja

do tipo parada – resposta.

Técnica de Intervenção

A fim de preservar a integridade do guarda – redes, é necessário ter algum cuidado

com os exercícios que solicitem as intervenções com os membros estendidos.

São perigosas na medida em que os membros trabalham sobre ângulos que não

permitem ao músculo desempenhar o seu papel protector na manutenção da

articulação.

Geralmente os braços são expostos a este tipo de problema ou à necessidade

absoluta de trabalhar muito ao nível da potência das pernas, do equilíbrio e da

colocação para evitar as lesões crónicas do cotovelo.

Ainda que a defesa (braços, pernas ou outro) é uma oposição à bola, é necessário

trabalhar ao mesmo tempo o amortecimento, que vai permitir absorver a energia da

bola no momento do impacto e facilitar uma eventual reposição em jogo na zona de

acção do guarda – redes.

Princípio do “Presente interdito "

A maioria dos golos sofridos pelos jovens guarda – redes são-lhes directamente

imputáveis. Este efeito que pode ser causado por: defeito na formação, precipitação,

pelo desejo de iludir o adversário, ou por um controlo insuficiente do tempo e de

colocação, dão a solução ao rematador.

Durante os treinos e com a cumplicidade dos rematadores, é necessário permitir ao

guarda – redes recolher a informação para "descodificar" as possibilidades do

rematador, quer em situações de remate sem oposição de um defensor, quer em

situações de colaboração com um, ou mesmo vários defensores. Ele vai encaixar

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Page 9: Modelo de Jogo Final

melhor um objectivo porque a recolha de informação foi demasiado longa, o que vai

fazer com que ele dê uma solução demasiado cedo.

De maneira geral, é necessário interessar-se pelo guarda – redes, reservar-lhe

tempo de trabalho, prepará-lo fisicamente e exigir-lhe a integração de todas as

bases simples que o vão preparar para o tornar mais operacional ao mais alto nível.

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Page 10: Modelo de Jogo Final

Princípios Colectivos

Sistema 6:0

Justificações de Utilização• Inexistência de rematadores da 1ª linha com qualidade; • Existência de atletas da 1ª linha com uma elevada capacidade técnica e de

resolução de situação 1x1; • Existência de defensores com grande medidas antropométricas; • Defensores com uma grande capacidade de execução do bloco defensivo.

Princípios do Sistema• Evitar as trocas de posição;• Redução dos espaços de penetração aos 6m;• Evitar a finalização no interior da área de 9m;• Condicionar o jogo para a zona central onde se encontram os defensores mais

capazes.

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Sistema 3:2:1

Justificações de Utilização• A existência de adversários com uma elevada capacidade de finalização dos

9m e uma menor mobilidade;• A utilização de um pivot com dificuldade em trabalhar em profundidade;• A concentração do jogo adversário na zona central.

Princípios do Sistema• Um defesa central com uma grande capacidade de mobilidade e de luta com o

pivot adversário;• Impedir a livre circulação do jogador pivot;• Condicionar a movimentação dos atletas da 1ª linha na sua zona de actuação;• Ser capaz de actuar em profundidade, sem perder o enquadramento.

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Page 12: Modelo de Jogo Final

Fase Ofensiva do Jogo

Perfis Individuais

O Jogador da “Primeira Linha”

É necessário bem ter presente que o jogador da 1ª linha tem duas missões

principais: • Marcar golos; • Assegurar a continuidade e a fluidez do jogo.

Isto impõe um trabalho importante ao nível de: • Tomada de iniciativa para ganhar uma posição de remate; • Controlo do remate em apoio e em suspensão; • Controlo dos três postos da primeira linha; • Controlo, da manipulação da bola e de passe;• Paciência na procura de soluções.

Tomada de Iniciativa

Quer para encontrar uma situação de remate dentro ou fora do seu sector, quer para

colocar um colega em situação de remate ou em situação de criar perigo para

adversário.

Esta tomada de iniciativa não deve ser acantonada a um sector específico mas ser

aplicável a qualquer posição atacante em função das situações tácticas que são

criadas.

Todo o jogador da 1ª linha deverá estar em condições de: • Correr para o exterior e atacar num intervalo externo;• Utilizar um bloqueio ou um ecrã para rematar ou para encontrar as duas

diagonais sobre os apoios ao extremo ou ao pivot; • Jogar no seu sector ou noutro;• Trabalhar com a bola na mão para procurar uma relação com os colegas de

equipa;

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Page 13: Modelo de Jogo Final

• Oferecer uma solução que proteja o portador de bola.

Finalização

Em caso algum o leque de remates de um jogador deve compreender menos de 2

tipos de remates. O remate em apoio e o remate em suspensão são as expressões

mais simples mas no interior das suas formas de remate, é possível desenvolver

qualquer série de remates que correspondem à especificidade de cada um.

Qualquer que seja o tipo de solução escolhido, estes atletas necessitam de possuir a

mesma:• Qualidade do último apoio;• A colocação que utilize a melhor contracção muscular possível;• Aceleração final.

O problema mais grave encontrado nos jogadores reside na falta de investimento

mental no remate e no rigor da escolha da situação de remate.

Postos da 1ª linha

A noção de lugar deverá ser abandonada totalmente, e cada jogador da 1ª linha

deve saber ser móvel e utilizar todo o espaço de ataque quer seja através de um

pequeno jogo perto e com muitas operações ou de um jogo distante com grandes

corridas de desmarcação. Em todos os casos, as possibilidades de saída da bola

devem ser tidas em conta e por isso um jogador da 1ª linha deve possuir linhas de

passe no centro e nas diagonais.

Controlo da Bola

Sem este controlo, nada é possível e para que seja eficaz é necessário um

compromisso mental que falta a muito jogadores (especialmente jovens). As falhas

de passe e as transmissões aleatórias formam a parte mais importante do

desperdício constatado nos jogadores de Andebol.

Este princípio, em oposição com adversários, é uma parte importante do trabalho a

fazer.

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Page 14: Modelo de Jogo Final

Paciência

Não deve servir somente para resolver os problemas em situações de jogo passivo,

mas apoiar sobre um grande controlo na manipulação da bola e sobre

encadeamentos de tarefas que provocam uma fixação real do adversário, o que

permite dar uma boa continuidade e uma boa fluidez ao jogo. Uma grande obra

sobre a escolha das situações de remate pode evitar perdas de bola demasiado

precoces.

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Page 15: Modelo de Jogo Final

O Pivot

É o jogador menos aproveitado pelos jogadores da 1ª linha, quando deveria ter uma

relação privilegiada com este.

O seu trabalho específico comportará:• Uma definição das suas tarefas principais;• Um aspecto estático; • Um aspecto dinâmico.

Tarefas Principais

Cortar as Relações Defensivas

Pela sua colocação em relação à flutuação defensiva, a utilização de bloqueios e de

ecrãs, deve obstruir a comunicação entre os diferentes defensores e definir os

espaços de jogo dos atacantes. A mudança de adversário, os deslizes deverão

permitir aos que atacam utilizar os espaços criados na defesa. Geralmente, quando

está no sector do portador de bola, este privilegiará a relação detalhada com ele.

Para ter êxito nesta tarefa, é evidente que o pivot não deve correr com a bola nem

ocupar o centro de um intervalo.

Permitir a Continuidade da Fase Ofensiva

As saídas do posto específico e o facto de ser um apoio no interior da defesa devem

permitir ao jogador da 1ª linha perturbar a distribuição dos defensores e utilizar da

melhor maneira possível o ponto de fixação que terá criado.

Utilizar os Intervalos Livres

Quando a defesa é cortada constantemente pela sua colocação e os jogadores da

1ª linha o solicitam muito, abrem-se intervalos que lhe permitem receber a bola em

boas condições em função da sua colocação e do seu tempo de desmarcação

permitindo-lhe guardar aberto o intervalo criado para rematar.

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Page 16: Modelo de Jogo Final

Aspecto Estático

Trata-se essencialmente do lucro da sua posição e a colocação em relação ao

adversário e ao portador da bola. No momento da fixação de um jogador da 1 ª

linha, deve-se relacionar directamente com o portador posicionando-se da seguinte

forma: • De perfil em relação ao defensor e ao lado do que vai fixar; • A posição dos pés (entre os quais um colado à linha de 6 metros) para impedir

a passagem; • Uma posição bem direita, pernas semi flectidas para resistir à pressão

defensiva (não se debruçar sobre o defensor); • Os braços devem estar livres e prontos para receber a bola.

Aspecto Dinâmico

Trata-se da parte explosiva da desmarcação (ganhar espaço ou saída do posto

específico) ou do remate.

A mudança de velocidade deve ser “brutal” (passar de um trabalho com velocidade

moderada, com o lucro da posição, a um trabalho concêntrico) com os braços livres

para receber e rematar, um impulso a dois pés que foge aos defensores mas dirigido

para a parte superior e ligeiramente para trás para não se colar ao guarda – redes.

Este impulso deve ser suficiente para lhe dar tempo para uma boa recolha de

informação sobre o posicionamento do guarda – redes e uma escolha de remate.

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Page 17: Modelo de Jogo Final

O Extremo

É cada vez menos utilizado pela 1ª linha. O seu trabalho específico engloba: • Uma definição das suas tarefas principais;• Um aspecto estático;• Um aspecto dinâmico.

Tarefas Principais

Manter uma Concentração Defensiva Máxima

Pela sua colocação em relação à flutuação defensiva, a utilização de pequenas

deslocações internas e sobretudo externas, deve pesar sobre a colocação do

adversário para forçá-lo a adoptar uma flutuação o mais alargada possível.

Para ter êxito nesta tarefa, é evidente que o extremo deve constantemente sair da

influência do defensor para poder ser servido por um dos seus parceiros.

Permitir a Continuidade da Fase Ofensiva

A desmarcação para o interior e a fixação externa com bola vão-lhe permitir jogar

sobre toda a amplitude do terreno.

Utilizar os Pequenos Espaços para Finalizar

O extremo deverá utilizar as corridas internas e externas na zona do seu defensor

para colocar-se em situação favorável para finalizar. Esta acção torna-se mais

eficiente se ele for capaz de utilizar ângulos de remate muito reduzidos.

Aspecto Estático

Este atleta não tem praticamente nenhuma vantagem em estar estático, a não ser

eventuais passes do outro extremo (sempre muito arriscados e difíceis de realizar).

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Page 18: Modelo de Jogo Final

Aspecto Dinâmico

Trata-se da parte explosiva da desmarcação (lucro do intervalo livre) e do remate.

A mudança de velocidade deve ser “brutal” com os braços livres para receber a bola,

um impulso extremamente explosivo para fugir ao defensor mas dirigido para cima e

para o meio da área de baliza enquanto, o braço portador tende a fixar o guarda –

redes no primeiro poste este abre o seu ângulo de remate. Este impulso deve ser

suficiente para permitir a utilização de toda a gama de colocação do braço portador.

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Page 19: Modelo de Jogo Final

Princípios Colectivos - opções tácticas de acordo com diferentes sistemas

defensivos

Princípios GeraisPrincípios GeraisPrincípios Gerais

Sistema HxHPrioridade aos movimentos dos atletas c/

e s/ bola

Sistema ZonalPrioridade à velocidade de circulação de

bola

Sistema Misto

Prioridade às desmarcações sobre o

adversário directo

Prioridade à velocidade da bola nas

penetrações sucessivas

Modelo de Jogo - Seniores Masculinos - Época 2010/2011

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Page 20: Modelo de Jogo Final

Processo Ofensivo contra Sistemas Defensivos Profundos

2 Possibilidades de escolha em função dos pontos fortes dos

atacantes

2 Possibilidades de escolha em função dos pontos fortes dos

atacantes

Aumentar a profundidade do sistema

para utilizar os intervalos livres

(jogando no interior do sistema);

Provocar um factor de distracção para

poder finalizar da 1ª linha (jogando no

exterior do sistema).

Variáveis que Podem Influenciar a Ocupação do Espaço e a Determinação das

Funções de cada Atleta: • Colocação dos extremos bem abertos, com o objectivo de fixar os seus

defensores directos, o mais longe possível dos defensores laterais;• Colocação do pivot na zona central encarregando-se de fixar o defensor central

na sua zona;• Os laterais sempre em movimento e orientados para a baliza, tentando fixar os

seus adversários directos longe dos restantes defensores;• O Central afastado da linha de 9m para atrair o defesa avançado.

Opções de Movimentação:• Entrada do central para tornar inútil a acção do defesa avançado;• Entrada de um lateral para fixar um defesa lateral e libertar o espaço

necessário para a acção do central.

Opções de Jogo:• Trabalhar para dificultar a acção dos defensores mais próximos dos 9m se a

defesa mantiver a profundidade;• Trabalho dos extremos no seu espaço próprio se a defesa se concentrar sobre

a zona central.

Estas duas grandes opções de jogo devem ser conhecidas e dominadas pelos

atletas.

Estes princípios e esta execução colectiva devem ser observados na competição.

Modelo de Jogo - Seniores Masculinos - Época 2010/2011

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Page 21: Modelo de Jogo Final

Serão a garantia da qualidade das relações que se irão estabelecer no sistema

ofensivo escolhido.

Exemplos de Movimentações

ATAQUE A 5:1ATAQUE A 5:1 HIPERLIGAÇÃO

EXTREMO

Extremos sem bolaExt s bola.wmv

EXTREMOExtremo com bola

EXTREMO

Cruzamento central - extremo Central Extremo.wmv

PIVOT Cruzamento central – pivot Central Pivot.wmvPIVOT Pivot bem aberto Poste

1ª LINHA

Cruzamento lateral - central com pivot Lateral Central c Pivot.wmv

1ª LINHA

Ataque forte do Lateral com o pivot do lado contrário A.html

1ª LINHACruzamento Lateral – lateral com entrada do central A1.wmv1ª LINHA

Lateral com bola Lateral c bola.wmv

1ª LINHA

Central com bola Central c bola.wmv

1ª LINHA

Bloqueio ao defesa avançado

LivresLivre 9m 1 – Cruzamento Lateral – central com pivot Livre 9m 1.wmvLivresLivre 9m 2 – Cruzamento Lateral – Lateral com pivot Livre 9m 2.wmv

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Page 22: Modelo de Jogo Final

Processo Ofensivo Contra Sistemas Defensivos Alinhados

2 Possibilidades de escolha em função dos pontos fortes dos

atacantes

2 Possibilidades de escolha em função dos pontos fortes dos

atacantes

Reforçar o alinhamento e procurar jogar

com diferentes profundidadesProvocar as saídas dos defensores

(actuar no interior do sistema defensivo)

Formas de ocupação do espaço de jogo e determinação das funções de cada atleta:• Os extremos “bem abertos” para possuírem intervalos de jogo um pouco

maiores (obrigando o sistema defensivo a estender-se);• Um pivot entre os dois defensores centrais para provocar problemas de

marcação e para quebrar o alinhamento na zona central;• Os atletas da 1ª linha sempre em movimento, com trajectórias mais largas,

fornecendo constantemente uma linha de passe ao portador da bola e capazes

de fixar o adversário directo.

Opções de Movimentação:• Entrada a 2º pivot (colocando os dois pivots entre os defensores centrais e

laterais);• Trajectória largas dos atletas da 1ª linha para poderem finalizar fora do seu

sector.

Opções de Jogo:• Actuar no espaço próximo tentando finalizar ou jogando com o pivot;• Actuar fora do seu sector com a utilização de bloqueios e trajectórias largas

para se libertar e finalizar.

Todo este trabalho deve ser ecológico, não exercitando mais do que orientações de

jogo.

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Page 23: Modelo de Jogo Final

Ele será, contudo, a base de aplicação de todos os princípios de jogo e todas as

tarefas gerais individuais, bem como das relações entre os diferentes postos

específicos.

O objectivo destes exercícios é a criação das condições de aquisição dos

conhecimentos para os atletas superarem as exigências da competição.

O atleta deve possuir: a capacidade técnica (passe, situações de 1x1…) e a

capacidade de adaptação táctica para solucionar os problemas da competição no

tempo adequado.

Exemplos de Movimentações

ATAQUE A 6:0ATAQUE A 6:0 HIPERLIGAÇÃO

EXTREMO

Extremos com bola Extremo c bola

EXTREMO Extremos sem bola (trabalho de 2x2 - lateral e o pivot) Extremo s bolaEXTREMO

Cruzamento central – extremo

PIVOT

Cruzamento central - pivot (entrada do central) Central Pivot

PIVOT Pivot bem aberto PIVOT

Desequilíbrios do central Desiquílibrios do central

1ª LINHA

Cruzamento lateral - lateral Cruzamento Lateral Lateral

1ª LINHA

Duplo cruzamento na 1ª linha Duplo cruz. na 1ª linha

1ª LINHATrocas de posição Troca de posição

1ª LINHALateral com bola

1ª LINHA

Inversões da circulação da bola Inversões

1ª LINHA

Suécia Suécia

Livres

Livre de 9m na zona central duplo ecrãn para um dos laterais Livre de 9m na zona central

Livres Livre 9m – Cruzamento Lateral – lateral com pivot Livre 9m - 2 Livres

Livre 9m – Entrada sem bola do extremo + ataque forte do lateral Livre 9m 6 0 - A

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Page 24: Modelo de Jogo Final

Transição Ataque-Defesa

Princípios Individuais

Percepção

Este verbo implica uma recolha de informação sobre o rematador com o objectivo de

antecipar a reacção dos defensores e aumentar sensivelmente a distância de

combate, para ganhar tempo.

Recolha de Informação

Compreender rapidamente o resultado do remate ou da perda da posse da bola, de

acordo com o sistema defensivo contrário.

A posição actual e o campo visual de cada um vão determinar a sua escolha de

acção seguinte.

Provocar o Portador da Bola

O atleta mais próximo do portador da bola deve procurar condicionar o mais possível

a sua acção, quer ao nível da movimentação como da recolha de informação.

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Interdição de ocupação do espaço interior

Actuar nas diferentestrajectórias

Posicionamento

Orientação

Comunicação

Percepção

Recolha deInformação

Provocar o portador da bola

Page 25: Modelo de Jogo Final

Interdição de Ocupação do Espaço Interior

Os defensores mais distantes do portador da bola, devem procurar impedir a

penetração, acção ou transmissão da bola que poderão ser realizadas nas costas

dos primeiros defensores.

Actuar nas Diferentes Trajectórias

Os atletas que se encontram ainda em situação de recuperação devem analisar as

linhas de passe que o portador da bola pode utilizar e actuar no espaço próximo de

um potencial receptor para recuperar a posse da bola.

Posicionamento

Se a transição defesa-ataque adversária for perturbada, levando a uma diminuição

do ritmo do jogo, os atletas devem ocupar a sua posição no sistema defensivo pré-

determinado.

Orientação

O atleta deve ocupar uma posição que possa permitir simultaneamente: recolher a

informação sobre a posição da bola e a posição dos adversários.

Comunicação

Trata-se de activar os canais de comunicação entre todos os atletas que constituem

o sistema defensivo, de modo a torna-lo consistente e organizado.

Modelo de Jogo - Seniores Masculinos - Época 2010/2011

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Page 26: Modelo de Jogo Final

Princípios Colectivos

A relação colectiva na transição ataque – defesa é mediada pela recolha de

informação de todos os atletas sobre:

• A posição da bola e do defensor “potencial” mais próximo;

• A posição do primeiro adversário suscéptivel de alcançar uma posição nas

costas do sistema defensivo.

Objectivo Primordial:

1º Tentar neutralizar o portador da bola, o mais longe da baliza possível;

2º Procurar realizar esta acção, enquanto os colegas tentam ocupar todo o espaço

que possa ser aproveitado pelos adversários.

Nunca deixar os adversários ocupar os espaços nas costas dos defensores.

Contudo, nem sempre é possível neutralizar o portador da bola, o atleta mais

próximo deve procurar pressionar o portador da bola, tentando atrasar a sua

movimentação de forma a permitir aos seus colegas ocupar todo o espaço que

possa ser aproveitado pelos adversários.

No momento final da Recuperação Defensiva:• É necessário que o sistema defensivo esteja perfeitamente definido, formando

um bloco compacto na zona onde se encontra a bola;• É necessário que os defensores mais afastados do portador da bola ocupem

as trajectórias possíveis para o centro do sistema defensivo.

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Page 27: Modelo de Jogo Final

Transição Defesa-Ataque

Princípios Individuais

Saída

Pretende-se que o atleta após a recuperação da posse da bola, ocupe o mais

rapidamente possível o espaço existente nas costas dos defensores.

Ocupação de Diferentes Corredores de Jogo

Trata-se de ocupar o terreno de jogo em largura e em profundidade - “Tornar o

campo grande”.

Não actuar na Mesma Linha dos Colegas

Ocupar o espaço sempre em profundidade, para evitar um alinhamento, quer seja

entre 2 atacantes, quer entre atacantes e defensores, dificultando assim a tarefa dos

defensores.

Desmarcação

Movimentar-se para receber a bola num intervalo livre, passando pela frente ou por

trás dos defensores.

Modelo de Jogo - Seniores Masculinos - Época 2010/2011

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Continuidade da fase ofensiva

Ocupar o postoespecífico

Desmarcação

Não actuar na

mesma linhados colegas

Ocupação deDiferentes

Corredores dejogo

Saída

Princípios da Transição

defesa - ataque

Page 28: Modelo de Jogo Final

Ocupar o Posto Específico

Em função das diferentes movimentações da bola, é necessário continuar a ocupar

o espaço de jogo de uma forma racional, procurando criar uma situação de

finalização.

Desta forma, é necessário que os atacantes que participaram na 1ª vaga da

transição, ocupem uma posição profunda inicialmente para aumentar o espaço entre

os defensores, mas posteriormente sejam capazes de oferecer uma linha de passe

de apoio aos atletas que integram as vagas seguintes.

Continuidade da Fase Ofensiva

É necessário procurar tirar vantagem do desequilíbrio defensivo até que ele seja

contrariado pela equipa adversária. Contudo é necessário que os atletas percebam

quando devem optar pelo ataque continuado.

Modelo de Jogo - Seniores Masculinos - Época 2010/2011

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Page 29: Modelo de Jogo Final

Princípios Colectivos

Após a recuperação da posse da bola:

1. Percepcionar a desmarcação de um colega nas costas dos defensores (contra-

ataque directo);

2. Tendo em conta o posicionamento e o deslocamento dos atletas a noção de

ocupação racional do espaço (em amplitude e profundidade) tornam-se

fundamentais (contra-ataque apoiado).

Quando os atletas que englobam a 1ª vaga da transição não recebem a bola:

1. É aconselhável que a bola seja transportada no corredor central do jogo, e eles

ocupem a posição de extremos, libertando o corredor central;

2. A 2ª vaga da transição fará a progressão pelos corredores de jogo laterais;

3. Existindo uma 3ª vaga, poderá ser feita pela zona central, muitas vezes

aproveitada para finalizar da 1ª linha.

Notas:• É essencial que os 2 primeiros atletas ocupem os postos de extremo;• A posição seguinte a ser ocupada seja a de pivot;• As seguintes posições a serem ocupadas serão as de laterais para criar uma

disposição de trapézio, favorável ao desenvolvimento da transição de jogo.

Modelo de Jogo - Seniores Masculinos - Época 2010/2011

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Page 30: Modelo de Jogo Final

Fases da Transição Defesa - Ataque:

1. Início - Desde que o adversário perde a posse da bola até a termos controlado;

2. Desenvolvimento - Desde que se controla a posse da bola até ser alcançada

a superioridade numérica relativa;

3. Finalização - Desde a obtenção de superioridade numérica relativa até a

exploração ou renuncia ao seu desenvolvimento.

Objectivos Capacidades

1ª Fase Antecipação Na conquista de zonas eficazes

Na luta pelas posses da bola indefinidas

FundamentalAntecipação Perceptiva

1ª Fase Antecipação Na conquista de zonas eficazes

Na luta pelas posses da bola indefinidas ComplementaresVelocidade de Execução

Força 2ª Fase Transporte rápido da bola até zonas eficazes

Vantagem numérica ou espacial quando a bola

chega a uma zona eficaz

FundamentalTáctica- técnica específica

2ª Fase Transporte rápido da bola até zonas eficazes Vantagem numérica ou espacial quando a bola

chega a uma zona eficaz ComplementaresVelocidade de Execução

3ª Fase Exploração Renúncia

FundamentalEficácia nas situações simples

3ª Fase Exploração Renúncia

ComplementaresForça para o contacto

Força para o salto e finalização

O contra ataque está definido por:• Um Objectivo - obter golo antes da organização defensiva;• E uma exigência - garantir a posse da bola.

Nem sempre uma boa equipa é aquela que consegue muitos golos de contra

ataque, mas sim aquela que consegue muitos golos de contra ataque perdendo

poucas posses de bola.

Transições Defesa - ataqueTransições Defesa - ataque HIPERLIGAÇÃO

Ataque a 6:0 e 5:1

Lateral com bola Lateral com bola Ataque a 6:0 e 5:1 Cruzamento Lateral / Lateral Ataque a 6:0 e 5:1

Contra-golo Contra-golo

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