Modelo de Jogo Final
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Índice
.................................................Trabalho Específico nas diferentes posições 2
....................................................................................Fase Defensiva do Jogo 3
................................................................................Princípios Individuais 4
...................................................................................O Guarda – Redes 6
..............................................................................Princípios Colectivos 10
.............................................................................................Sistema 6:0 10
..........................................................................................Sistema 3:2:1 11
...................................................................................Fase Ofensiva do Jogo 12
................................................................O Jogador da “Primeira Linha” 12
....................................................................................................O Pivot 15
...............................................................................................O Extremo 17
Princípios Colectivos - opções tácticas de acordo com diferentes sistemas ...............................................................................................defensivos 19
..................Processo Ofensivo contra Sistemas Defensivos Profundos 20
..................Processo Ofensivo Contra Sistemas Defensivos Alinhados 22
................................................................................Transição Ataque-Defesa 24
..............................................................................Princípios Individuais 24
..............................................................................Princípios Colectivos 26
................................................................................Transição Defesa-Ataque 27
..............................................................................Princípios Individuais 27
..............................................................................Princípios Colectivos 29
Modelo de Jogo - Seniores Masculinos - Época 2010/2011
1
Trabalho Específico nas diferentes posições
O trabalho específico nas diferentes posições engloba: a aquisição de
conhecimentos relativos a cada posição, uma aprendizagem das posições
favoráveis, os deslocamentos e técnicas próprias de um posto especifico, assim
como as noções teóricas e práticas das outras posições.
Este trabalho apoia-se sobretudo num número de atletas reduzido, englobando
sempre um jogador num posto específico, um companheiro, um ou mais adversários
e um ou mais guarda – redes.
O trabalho desenvolvido num posto especifico, mesmo sendo teórico e prático só
tem valor quando estes dois aspectos são aplicados ao nível das relações entre
todas as posições. Esta articulação permite aumentar as operações e princípios de
funcionamento da equipa.
Modelo de Jogo - Seniores Masculinos - Época 2010/2011
2
Fase Defensiva do Jogo
Predisposição Mental
Se não existir uma predisposição mental dos atletas para o processo defensivo do
jogo, será impossível responder ás exigências de comunicação e de relação
necessárias para a construção de um sistema defensivo coerente que reage como
uma estrutura única e não somente como um conjunto de unidades
descoordenadas.
Apoiado numa qualidade elevada de deslizamentos e uma valorização da tomada de
iniciativa, respeitando os princípios básicos e específicos de cada posto, é possível
explorar quase todos os aspectos defensivos:• A responsabilidade sobre o portador da bola;• A comunicação para o enquadramento;• A recolocação como uma decisão táctica individual;• O posicionamento em função do adversário directo.
Este sistema obedece a alguns princípios:• A repartição individual;• A manutenção da responsabilidade sobre o adversário directo para que ele não
se consiga desmarcar;• O enquadramento que possa permitir a troca de marcação;• As trocas de marcação;• O posicionamento após a troca;• O deslizamento se a troca não for possível.
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Princípios Individuais
Repartição Individual• É efectiva e designa-se por indicar o seu adversário;• É a primeira fase de comunicação;• Deve ser objectiva para a escolha da distância de contacto que deve
demonstrar claramente quem é o adversário.
Manutenção da Responsabilidade Sobre o Adversário Directo
Implica um reajustamento constante da distância de contacto e da comunicação com
os colegas próximos, mesmo em caso de tomada de iniciativa para dissuadir ou
interceptar.
Esta responsabilidade termina quando o defensor verifica que o seu colega já se
enquadrou com o novo adversário.
Enquadramento que Possa Permitir a Troca de Marcação
Trata-se de um momento onde a comunicação é muito importante, onde o defensor
evidencia fisicamente a um colega a sua intenção de realizar a troca de marcação
ou de responder a uma alteração táctica.
Permite a manutenção dos adversários no seu campo de visão e dos seus colegas.
Trocas de Marcação
É uma das acções mais delicadas de executar, pois necessita de uma perfeita
percepção da acção do adversário durante todo o acompanhamento e de uma
antecipação ao futuro adversário.
É mais vantajoso realiza-la no seu espaço próprio, para poder ter um contacto mais
intenso com o adversário.
Posicionamento Após a Troca
É muito importante que o defensor após a troca possa controlar um novo adversário
e seja capaz de impedir as trajectórias para a zona central, ganhando tempo para
ajustar a distância de contacto.
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Deslizamento
É a consequência se a troca falhar, podendo resultar de uma falta de atenção, do
facto dos defensores não estarem na mesma linha…
O defensor é obrigado a acompanhar o movimento do seu adversário, pois nenhum
dos seus colegas foi capaz de realizar a troca.
Esta reacção lógica na maioria dos casos revela mais inconvenientes que
vantagens. Assim sendo, é possível prevenir verbalmente esta situação,
antecipando-a através da adopção de uma posição mais vantajosa para a realização
da troca.
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O Guarda – Redes
É uma das posições mais importantes para o sucesso de uma equipa, não obstante,
é possível ter êxito na competição desportiva apoiando-se sobre princípios simples: • Princípio da contracção muscular e da força explosiva (choques, sequências,
reactivação); • Princípio da postura estática ou em deslocação (noção de equilíbrio e
obstáculo ao adversário); • Princípio da informação (o que olhar, hierarquização das tarefas); • Princípio de colocação (no que diz respeito ao jogo, aos defensores, aos
rematadores);• Princípios técnicos de intervenção; • Princípio do "presente proibido".
Contracção Muscular e a Força Explosiva
Como todos os jogadores, o guarda – redes tem necessidade de uma importante
contracção ao nível da bacia e da força isométrica ao nível das partes do corpo
sujeitas aos impactos dos remates. Além disso, a força explosiva dos braços e das
pernas desempenha um papel fundamental no momento da defesa, na medida em
que o guarda – redes deve esperar tanto quanto possível antes efectuar o
movimento de defesa.
Ao nível dos membros inferiores, é necessário ter em conta o facto de muito
frequentemente as intervenções se fazerem em apoio uni pedal.
Postura (deve também ser dominada quando o GR se desloca):
O conjunto do trabalho realizado com o guarda – redes terá em conta o aspecto
postural estático e dinâmico que, de qualquer modo, é um dos problemas mais
preocupantes dos jovens guarda – redes.
Partindo da parte superior para a parte inferior do corpo, qualquer que seja o
exercício deverá ajudar o guarda – redes a possuir: • Um desvio de pernas compatível com a potência dos seus membros inferiores;• Os apoios no solo que utilizam a parte anterior do pé (excluindo os calcanhares
e que evitam estar sobre a ponta dos pés);
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• As pernas cuja inflexão controlada oferece uma pré tensão óptima antes da
acção;• A bacia posicionada bem acima dos apoios; • Os braços realmente equilibradores: o posicionamento em altura depende de
cada um, mas as mãos ligeiramente acima da linha de ombros parece uma
posição média válida para todos; • A linha do ombro no prolongamento da bacia e perpendicular ao plano do
remate;• A cabeça direita, que não esteja nem em inflexão nem em hiper extensão.
Recolha de Informação
É um elemento fundamental, a tomada de informação vai induzir deslocações e
diferentes tipos de defesa.
Quando o adversário não está em fase de preparação do remate, a informação deve
focar-se sobre: • A sua corrida; • A sua orientação;• A altura do bloco defensivo; • Posição do braço portador da bola.
No momento do desencadeamento do remate, a informação far-se-á: • Sobre a posição do braço portador;• Sobre a maneira como a bola é “transportada”;• Sobre o tempo do qual dispõe o rematador para executar a sua acção.
A recolha de informação permite a aplicação do princípio seguinte: não escolher uma
solução enquanto o adversário dispuser de muito tempo para efectuar a sua escolha
de remate. O princípio será por conseguinte deixar-lhe um mínimo de tempo para
decidir.
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Colocação
Tal como o defensor, o guarda – redes deve pôr a maior superfície possível na frente
da bola e deslocar-se para conservar esta relação.
Num primeiro momento, a distância do duelo deve ser suficientemente importante
para permitir a recolha de informação e o ajustamento em relação à bola. Apenas no
momento do desencadeamento é que é necessário reduzir a distância entre a bola e
o guarda – redes.
A colocação deve ser equilibrada e permitir um encadeamento de tarefas que seja
do tipo parada – resposta.
Técnica de Intervenção
A fim de preservar a integridade do guarda – redes, é necessário ter algum cuidado
com os exercícios que solicitem as intervenções com os membros estendidos.
São perigosas na medida em que os membros trabalham sobre ângulos que não
permitem ao músculo desempenhar o seu papel protector na manutenção da
articulação.
Geralmente os braços são expostos a este tipo de problema ou à necessidade
absoluta de trabalhar muito ao nível da potência das pernas, do equilíbrio e da
colocação para evitar as lesões crónicas do cotovelo.
Ainda que a defesa (braços, pernas ou outro) é uma oposição à bola, é necessário
trabalhar ao mesmo tempo o amortecimento, que vai permitir absorver a energia da
bola no momento do impacto e facilitar uma eventual reposição em jogo na zona de
acção do guarda – redes.
Princípio do “Presente interdito "
A maioria dos golos sofridos pelos jovens guarda – redes são-lhes directamente
imputáveis. Este efeito que pode ser causado por: defeito na formação, precipitação,
pelo desejo de iludir o adversário, ou por um controlo insuficiente do tempo e de
colocação, dão a solução ao rematador.
Durante os treinos e com a cumplicidade dos rematadores, é necessário permitir ao
guarda – redes recolher a informação para "descodificar" as possibilidades do
rematador, quer em situações de remate sem oposição de um defensor, quer em
situações de colaboração com um, ou mesmo vários defensores. Ele vai encaixar
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melhor um objectivo porque a recolha de informação foi demasiado longa, o que vai
fazer com que ele dê uma solução demasiado cedo.
De maneira geral, é necessário interessar-se pelo guarda – redes, reservar-lhe
tempo de trabalho, prepará-lo fisicamente e exigir-lhe a integração de todas as
bases simples que o vão preparar para o tornar mais operacional ao mais alto nível.
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Princípios Colectivos
Sistema 6:0
Justificações de Utilização• Inexistência de rematadores da 1ª linha com qualidade; • Existência de atletas da 1ª linha com uma elevada capacidade técnica e de
resolução de situação 1x1; • Existência de defensores com grande medidas antropométricas; • Defensores com uma grande capacidade de execução do bloco defensivo.
Princípios do Sistema• Evitar as trocas de posição;• Redução dos espaços de penetração aos 6m;• Evitar a finalização no interior da área de 9m;• Condicionar o jogo para a zona central onde se encontram os defensores mais
capazes.
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Sistema 3:2:1
Justificações de Utilização• A existência de adversários com uma elevada capacidade de finalização dos
9m e uma menor mobilidade;• A utilização de um pivot com dificuldade em trabalhar em profundidade;• A concentração do jogo adversário na zona central.
Princípios do Sistema• Um defesa central com uma grande capacidade de mobilidade e de luta com o
pivot adversário;• Impedir a livre circulação do jogador pivot;• Condicionar a movimentação dos atletas da 1ª linha na sua zona de actuação;• Ser capaz de actuar em profundidade, sem perder o enquadramento.
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Fase Ofensiva do Jogo
Perfis Individuais
O Jogador da “Primeira Linha”
É necessário bem ter presente que o jogador da 1ª linha tem duas missões
principais: • Marcar golos; • Assegurar a continuidade e a fluidez do jogo.
Isto impõe um trabalho importante ao nível de: • Tomada de iniciativa para ganhar uma posição de remate; • Controlo do remate em apoio e em suspensão; • Controlo dos três postos da primeira linha; • Controlo, da manipulação da bola e de passe;• Paciência na procura de soluções.
Tomada de Iniciativa
Quer para encontrar uma situação de remate dentro ou fora do seu sector, quer para
colocar um colega em situação de remate ou em situação de criar perigo para
adversário.
Esta tomada de iniciativa não deve ser acantonada a um sector específico mas ser
aplicável a qualquer posição atacante em função das situações tácticas que são
criadas.
Todo o jogador da 1ª linha deverá estar em condições de: • Correr para o exterior e atacar num intervalo externo;• Utilizar um bloqueio ou um ecrã para rematar ou para encontrar as duas
diagonais sobre os apoios ao extremo ou ao pivot; • Jogar no seu sector ou noutro;• Trabalhar com a bola na mão para procurar uma relação com os colegas de
equipa;
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• Oferecer uma solução que proteja o portador de bola.
Finalização
Em caso algum o leque de remates de um jogador deve compreender menos de 2
tipos de remates. O remate em apoio e o remate em suspensão são as expressões
mais simples mas no interior das suas formas de remate, é possível desenvolver
qualquer série de remates que correspondem à especificidade de cada um.
Qualquer que seja o tipo de solução escolhido, estes atletas necessitam de possuir a
mesma:• Qualidade do último apoio;• A colocação que utilize a melhor contracção muscular possível;• Aceleração final.
O problema mais grave encontrado nos jogadores reside na falta de investimento
mental no remate e no rigor da escolha da situação de remate.
Postos da 1ª linha
A noção de lugar deverá ser abandonada totalmente, e cada jogador da 1ª linha
deve saber ser móvel e utilizar todo o espaço de ataque quer seja através de um
pequeno jogo perto e com muitas operações ou de um jogo distante com grandes
corridas de desmarcação. Em todos os casos, as possibilidades de saída da bola
devem ser tidas em conta e por isso um jogador da 1ª linha deve possuir linhas de
passe no centro e nas diagonais.
Controlo da Bola
Sem este controlo, nada é possível e para que seja eficaz é necessário um
compromisso mental que falta a muito jogadores (especialmente jovens). As falhas
de passe e as transmissões aleatórias formam a parte mais importante do
desperdício constatado nos jogadores de Andebol.
Este princípio, em oposição com adversários, é uma parte importante do trabalho a
fazer.
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Paciência
Não deve servir somente para resolver os problemas em situações de jogo passivo,
mas apoiar sobre um grande controlo na manipulação da bola e sobre
encadeamentos de tarefas que provocam uma fixação real do adversário, o que
permite dar uma boa continuidade e uma boa fluidez ao jogo. Uma grande obra
sobre a escolha das situações de remate pode evitar perdas de bola demasiado
precoces.
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O Pivot
É o jogador menos aproveitado pelos jogadores da 1ª linha, quando deveria ter uma
relação privilegiada com este.
O seu trabalho específico comportará:• Uma definição das suas tarefas principais;• Um aspecto estático; • Um aspecto dinâmico.
Tarefas Principais
Cortar as Relações Defensivas
Pela sua colocação em relação à flutuação defensiva, a utilização de bloqueios e de
ecrãs, deve obstruir a comunicação entre os diferentes defensores e definir os
espaços de jogo dos atacantes. A mudança de adversário, os deslizes deverão
permitir aos que atacam utilizar os espaços criados na defesa. Geralmente, quando
está no sector do portador de bola, este privilegiará a relação detalhada com ele.
Para ter êxito nesta tarefa, é evidente que o pivot não deve correr com a bola nem
ocupar o centro de um intervalo.
Permitir a Continuidade da Fase Ofensiva
As saídas do posto específico e o facto de ser um apoio no interior da defesa devem
permitir ao jogador da 1ª linha perturbar a distribuição dos defensores e utilizar da
melhor maneira possível o ponto de fixação que terá criado.
Utilizar os Intervalos Livres
Quando a defesa é cortada constantemente pela sua colocação e os jogadores da
1ª linha o solicitam muito, abrem-se intervalos que lhe permitem receber a bola em
boas condições em função da sua colocação e do seu tempo de desmarcação
permitindo-lhe guardar aberto o intervalo criado para rematar.
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Aspecto Estático
Trata-se essencialmente do lucro da sua posição e a colocação em relação ao
adversário e ao portador da bola. No momento da fixação de um jogador da 1 ª
linha, deve-se relacionar directamente com o portador posicionando-se da seguinte
forma: • De perfil em relação ao defensor e ao lado do que vai fixar; • A posição dos pés (entre os quais um colado à linha de 6 metros) para impedir
a passagem; • Uma posição bem direita, pernas semi flectidas para resistir à pressão
defensiva (não se debruçar sobre o defensor); • Os braços devem estar livres e prontos para receber a bola.
Aspecto Dinâmico
Trata-se da parte explosiva da desmarcação (ganhar espaço ou saída do posto
específico) ou do remate.
A mudança de velocidade deve ser “brutal” (passar de um trabalho com velocidade
moderada, com o lucro da posição, a um trabalho concêntrico) com os braços livres
para receber e rematar, um impulso a dois pés que foge aos defensores mas dirigido
para a parte superior e ligeiramente para trás para não se colar ao guarda – redes.
Este impulso deve ser suficiente para lhe dar tempo para uma boa recolha de
informação sobre o posicionamento do guarda – redes e uma escolha de remate.
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O Extremo
É cada vez menos utilizado pela 1ª linha. O seu trabalho específico engloba: • Uma definição das suas tarefas principais;• Um aspecto estático;• Um aspecto dinâmico.
Tarefas Principais
Manter uma Concentração Defensiva Máxima
Pela sua colocação em relação à flutuação defensiva, a utilização de pequenas
deslocações internas e sobretudo externas, deve pesar sobre a colocação do
adversário para forçá-lo a adoptar uma flutuação o mais alargada possível.
Para ter êxito nesta tarefa, é evidente que o extremo deve constantemente sair da
influência do defensor para poder ser servido por um dos seus parceiros.
Permitir a Continuidade da Fase Ofensiva
A desmarcação para o interior e a fixação externa com bola vão-lhe permitir jogar
sobre toda a amplitude do terreno.
Utilizar os Pequenos Espaços para Finalizar
O extremo deverá utilizar as corridas internas e externas na zona do seu defensor
para colocar-se em situação favorável para finalizar. Esta acção torna-se mais
eficiente se ele for capaz de utilizar ângulos de remate muito reduzidos.
Aspecto Estático
Este atleta não tem praticamente nenhuma vantagem em estar estático, a não ser
eventuais passes do outro extremo (sempre muito arriscados e difíceis de realizar).
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Aspecto Dinâmico
Trata-se da parte explosiva da desmarcação (lucro do intervalo livre) e do remate.
A mudança de velocidade deve ser “brutal” com os braços livres para receber a bola,
um impulso extremamente explosivo para fugir ao defensor mas dirigido para cima e
para o meio da área de baliza enquanto, o braço portador tende a fixar o guarda –
redes no primeiro poste este abre o seu ângulo de remate. Este impulso deve ser
suficiente para permitir a utilização de toda a gama de colocação do braço portador.
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Princípios Colectivos - opções tácticas de acordo com diferentes sistemas
defensivos
Princípios GeraisPrincípios GeraisPrincípios Gerais
Sistema HxHPrioridade aos movimentos dos atletas c/
e s/ bola
Sistema ZonalPrioridade à velocidade de circulação de
bola
Sistema Misto
Prioridade às desmarcações sobre o
adversário directo
Prioridade à velocidade da bola nas
penetrações sucessivas
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Processo Ofensivo contra Sistemas Defensivos Profundos
2 Possibilidades de escolha em função dos pontos fortes dos
atacantes
2 Possibilidades de escolha em função dos pontos fortes dos
atacantes
Aumentar a profundidade do sistema
para utilizar os intervalos livres
(jogando no interior do sistema);
Provocar um factor de distracção para
poder finalizar da 1ª linha (jogando no
exterior do sistema).
Variáveis que Podem Influenciar a Ocupação do Espaço e a Determinação das
Funções de cada Atleta: • Colocação dos extremos bem abertos, com o objectivo de fixar os seus
defensores directos, o mais longe possível dos defensores laterais;• Colocação do pivot na zona central encarregando-se de fixar o defensor central
na sua zona;• Os laterais sempre em movimento e orientados para a baliza, tentando fixar os
seus adversários directos longe dos restantes defensores;• O Central afastado da linha de 9m para atrair o defesa avançado.
Opções de Movimentação:• Entrada do central para tornar inútil a acção do defesa avançado;• Entrada de um lateral para fixar um defesa lateral e libertar o espaço
necessário para a acção do central.
Opções de Jogo:• Trabalhar para dificultar a acção dos defensores mais próximos dos 9m se a
defesa mantiver a profundidade;• Trabalho dos extremos no seu espaço próprio se a defesa se concentrar sobre
a zona central.
Estas duas grandes opções de jogo devem ser conhecidas e dominadas pelos
atletas.
Estes princípios e esta execução colectiva devem ser observados na competição.
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Serão a garantia da qualidade das relações que se irão estabelecer no sistema
ofensivo escolhido.
Exemplos de Movimentações
ATAQUE A 5:1ATAQUE A 5:1 HIPERLIGAÇÃO
EXTREMO
Extremos sem bolaExt s bola.wmv
EXTREMOExtremo com bola
EXTREMO
Cruzamento central - extremo Central Extremo.wmv
PIVOT Cruzamento central – pivot Central Pivot.wmvPIVOT Pivot bem aberto Poste
1ª LINHA
Cruzamento lateral - central com pivot Lateral Central c Pivot.wmv
1ª LINHA
Ataque forte do Lateral com o pivot do lado contrário A.html
1ª LINHACruzamento Lateral – lateral com entrada do central A1.wmv1ª LINHA
Lateral com bola Lateral c bola.wmv
1ª LINHA
Central com bola Central c bola.wmv
1ª LINHA
Bloqueio ao defesa avançado
LivresLivre 9m 1 – Cruzamento Lateral – central com pivot Livre 9m 1.wmvLivresLivre 9m 2 – Cruzamento Lateral – Lateral com pivot Livre 9m 2.wmv
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Processo Ofensivo Contra Sistemas Defensivos Alinhados
2 Possibilidades de escolha em função dos pontos fortes dos
atacantes
2 Possibilidades de escolha em função dos pontos fortes dos
atacantes
Reforçar o alinhamento e procurar jogar
com diferentes profundidadesProvocar as saídas dos defensores
(actuar no interior do sistema defensivo)
Formas de ocupação do espaço de jogo e determinação das funções de cada atleta:• Os extremos “bem abertos” para possuírem intervalos de jogo um pouco
maiores (obrigando o sistema defensivo a estender-se);• Um pivot entre os dois defensores centrais para provocar problemas de
marcação e para quebrar o alinhamento na zona central;• Os atletas da 1ª linha sempre em movimento, com trajectórias mais largas,
fornecendo constantemente uma linha de passe ao portador da bola e capazes
de fixar o adversário directo.
Opções de Movimentação:• Entrada a 2º pivot (colocando os dois pivots entre os defensores centrais e
laterais);• Trajectória largas dos atletas da 1ª linha para poderem finalizar fora do seu
sector.
Opções de Jogo:• Actuar no espaço próximo tentando finalizar ou jogando com o pivot;• Actuar fora do seu sector com a utilização de bloqueios e trajectórias largas
para se libertar e finalizar.
Todo este trabalho deve ser ecológico, não exercitando mais do que orientações de
jogo.
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Ele será, contudo, a base de aplicação de todos os princípios de jogo e todas as
tarefas gerais individuais, bem como das relações entre os diferentes postos
específicos.
O objectivo destes exercícios é a criação das condições de aquisição dos
conhecimentos para os atletas superarem as exigências da competição.
O atleta deve possuir: a capacidade técnica (passe, situações de 1x1…) e a
capacidade de adaptação táctica para solucionar os problemas da competição no
tempo adequado.
Exemplos de Movimentações
ATAQUE A 6:0ATAQUE A 6:0 HIPERLIGAÇÃO
EXTREMO
Extremos com bola Extremo c bola
EXTREMO Extremos sem bola (trabalho de 2x2 - lateral e o pivot) Extremo s bolaEXTREMO
Cruzamento central – extremo
PIVOT
Cruzamento central - pivot (entrada do central) Central Pivot
PIVOT Pivot bem aberto PIVOT
Desequilíbrios do central Desiquílibrios do central
1ª LINHA
Cruzamento lateral - lateral Cruzamento Lateral Lateral
1ª LINHA
Duplo cruzamento na 1ª linha Duplo cruz. na 1ª linha
1ª LINHATrocas de posição Troca de posição
1ª LINHALateral com bola
1ª LINHA
Inversões da circulação da bola Inversões
1ª LINHA
Suécia Suécia
Livres
Livre de 9m na zona central duplo ecrãn para um dos laterais Livre de 9m na zona central
Livres Livre 9m – Cruzamento Lateral – lateral com pivot Livre 9m - 2 Livres
Livre 9m – Entrada sem bola do extremo + ataque forte do lateral Livre 9m 6 0 - A
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Transição Ataque-Defesa
Princípios Individuais
Percepção
Este verbo implica uma recolha de informação sobre o rematador com o objectivo de
antecipar a reacção dos defensores e aumentar sensivelmente a distância de
combate, para ganhar tempo.
Recolha de Informação
Compreender rapidamente o resultado do remate ou da perda da posse da bola, de
acordo com o sistema defensivo contrário.
A posição actual e o campo visual de cada um vão determinar a sua escolha de
acção seguinte.
Provocar o Portador da Bola
O atleta mais próximo do portador da bola deve procurar condicionar o mais possível
a sua acção, quer ao nível da movimentação como da recolha de informação.
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Interdição de ocupação do espaço interior
Actuar nas diferentestrajectórias
Posicionamento
Orientação
Comunicação
Percepção
Recolha deInformação
Provocar o portador da bola
Interdição de Ocupação do Espaço Interior
Os defensores mais distantes do portador da bola, devem procurar impedir a
penetração, acção ou transmissão da bola que poderão ser realizadas nas costas
dos primeiros defensores.
Actuar nas Diferentes Trajectórias
Os atletas que se encontram ainda em situação de recuperação devem analisar as
linhas de passe que o portador da bola pode utilizar e actuar no espaço próximo de
um potencial receptor para recuperar a posse da bola.
Posicionamento
Se a transição defesa-ataque adversária for perturbada, levando a uma diminuição
do ritmo do jogo, os atletas devem ocupar a sua posição no sistema defensivo pré-
determinado.
Orientação
O atleta deve ocupar uma posição que possa permitir simultaneamente: recolher a
informação sobre a posição da bola e a posição dos adversários.
Comunicação
Trata-se de activar os canais de comunicação entre todos os atletas que constituem
o sistema defensivo, de modo a torna-lo consistente e organizado.
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Princípios Colectivos
A relação colectiva na transição ataque – defesa é mediada pela recolha de
informação de todos os atletas sobre:
• A posição da bola e do defensor “potencial” mais próximo;
• A posição do primeiro adversário suscéptivel de alcançar uma posição nas
costas do sistema defensivo.
Objectivo Primordial:
1º Tentar neutralizar o portador da bola, o mais longe da baliza possível;
2º Procurar realizar esta acção, enquanto os colegas tentam ocupar todo o espaço
que possa ser aproveitado pelos adversários.
Nunca deixar os adversários ocupar os espaços nas costas dos defensores.
Contudo, nem sempre é possível neutralizar o portador da bola, o atleta mais
próximo deve procurar pressionar o portador da bola, tentando atrasar a sua
movimentação de forma a permitir aos seus colegas ocupar todo o espaço que
possa ser aproveitado pelos adversários.
No momento final da Recuperação Defensiva:• É necessário que o sistema defensivo esteja perfeitamente definido, formando
um bloco compacto na zona onde se encontra a bola;• É necessário que os defensores mais afastados do portador da bola ocupem
as trajectórias possíveis para o centro do sistema defensivo.
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Transição Defesa-Ataque
Princípios Individuais
Saída
Pretende-se que o atleta após a recuperação da posse da bola, ocupe o mais
rapidamente possível o espaço existente nas costas dos defensores.
Ocupação de Diferentes Corredores de Jogo
Trata-se de ocupar o terreno de jogo em largura e em profundidade - “Tornar o
campo grande”.
Não actuar na Mesma Linha dos Colegas
Ocupar o espaço sempre em profundidade, para evitar um alinhamento, quer seja
entre 2 atacantes, quer entre atacantes e defensores, dificultando assim a tarefa dos
defensores.
Desmarcação
Movimentar-se para receber a bola num intervalo livre, passando pela frente ou por
trás dos defensores.
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Continuidade da fase ofensiva
Ocupar o postoespecífico
Desmarcação
Não actuar na
mesma linhados colegas
Ocupação deDiferentes
Corredores dejogo
Saída
Princípios da Transição
defesa - ataque
Ocupar o Posto Específico
Em função das diferentes movimentações da bola, é necessário continuar a ocupar
o espaço de jogo de uma forma racional, procurando criar uma situação de
finalização.
Desta forma, é necessário que os atacantes que participaram na 1ª vaga da
transição, ocupem uma posição profunda inicialmente para aumentar o espaço entre
os defensores, mas posteriormente sejam capazes de oferecer uma linha de passe
de apoio aos atletas que integram as vagas seguintes.
Continuidade da Fase Ofensiva
É necessário procurar tirar vantagem do desequilíbrio defensivo até que ele seja
contrariado pela equipa adversária. Contudo é necessário que os atletas percebam
quando devem optar pelo ataque continuado.
Modelo de Jogo - Seniores Masculinos - Época 2010/2011
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Princípios Colectivos
Após a recuperação da posse da bola:
1. Percepcionar a desmarcação de um colega nas costas dos defensores (contra-
ataque directo);
2. Tendo em conta o posicionamento e o deslocamento dos atletas a noção de
ocupação racional do espaço (em amplitude e profundidade) tornam-se
fundamentais (contra-ataque apoiado).
Quando os atletas que englobam a 1ª vaga da transição não recebem a bola:
1. É aconselhável que a bola seja transportada no corredor central do jogo, e eles
ocupem a posição de extremos, libertando o corredor central;
2. A 2ª vaga da transição fará a progressão pelos corredores de jogo laterais;
3. Existindo uma 3ª vaga, poderá ser feita pela zona central, muitas vezes
aproveitada para finalizar da 1ª linha.
Notas:• É essencial que os 2 primeiros atletas ocupem os postos de extremo;• A posição seguinte a ser ocupada seja a de pivot;• As seguintes posições a serem ocupadas serão as de laterais para criar uma
disposição de trapézio, favorável ao desenvolvimento da transição de jogo.
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Fases da Transição Defesa - Ataque:
1. Início - Desde que o adversário perde a posse da bola até a termos controlado;
2. Desenvolvimento - Desde que se controla a posse da bola até ser alcançada
a superioridade numérica relativa;
3. Finalização - Desde a obtenção de superioridade numérica relativa até a
exploração ou renuncia ao seu desenvolvimento.
Objectivos Capacidades
1ª Fase Antecipação Na conquista de zonas eficazes
Na luta pelas posses da bola indefinidas
FundamentalAntecipação Perceptiva
1ª Fase Antecipação Na conquista de zonas eficazes
Na luta pelas posses da bola indefinidas ComplementaresVelocidade de Execução
Força 2ª Fase Transporte rápido da bola até zonas eficazes
Vantagem numérica ou espacial quando a bola
chega a uma zona eficaz
FundamentalTáctica- técnica específica
2ª Fase Transporte rápido da bola até zonas eficazes Vantagem numérica ou espacial quando a bola
chega a uma zona eficaz ComplementaresVelocidade de Execução
3ª Fase Exploração Renúncia
FundamentalEficácia nas situações simples
3ª Fase Exploração Renúncia
ComplementaresForça para o contacto
Força para o salto e finalização
O contra ataque está definido por:• Um Objectivo - obter golo antes da organização defensiva;• E uma exigência - garantir a posse da bola.
Nem sempre uma boa equipa é aquela que consegue muitos golos de contra
ataque, mas sim aquela que consegue muitos golos de contra ataque perdendo
poucas posses de bola.
Transições Defesa - ataqueTransições Defesa - ataque HIPERLIGAÇÃO
Ataque a 6:0 e 5:1
Lateral com bola Lateral com bola Ataque a 6:0 e 5:1 Cruzamento Lateral / Lateral Ataque a 6:0 e 5:1
Contra-golo Contra-golo
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