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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA SETOR DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL JOSENÉIA BYCHINSKI SISTEMA DE TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO E DESCARREGAMENTO DE CARGAS PERIGOSAS EM INDÚSTRIAS DE PONTA GROSSA (ESTUDO DE CASO) PONTA GROSSA 2012

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA

SETOR DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

JOSENÉIA BYCHINSKI

SISTEMA DE TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO E DESCARREGAMENTO DE

CARGAS PERIGOSAS EM INDÚSTRIAS DE PONTA GROSSA

(ESTUDO DE CASO)

PONTA GROSSA

2012

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JOSENÉIA BYCHINSKI

SISTEMA DE TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO E DESCARREGAMENTO DE

CARGAS PERIGOSAS EM INDÚSTRIAS DE PONTA GROSSA

(ESTUDO DE CASO)

Projeto Final apresentado para avaliação de Pós Graduação - Nível Especialização - em Engenharia de Segurança do Trabalho, da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Orientador: Prof. Ms. Gerson Luiz Carneiro

PONTA GROSSA

2012

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JOSENÉIA BYCHINSKI

PROPOSTA

Projeto Final apresentado para avaliação de Pós Graduação - Nível Especialização

em Engenharia de Segurança do Trabalho, da Universidade Estadual de Ponta

Grossa.

Banca Examinadora

Presidente: ________________________________________________

Eng. GERSON LUIZ CARNEIRO PROF. – ORIENTADOR

Membro: ________________________________________________

Prof. DR. CARLOS BALARIM

Membro: ________________________________________________

PROF. DR. ALCEU GOMES ANDRADE

Ponta Grossa, 29 de junho de 2012.

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DEDICATÓRIA

Este trabalho é dedicado aos meus familiares, colegas de curso e professores.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço ao professor Ms. Gerson Luiz Carneiro, e a todos aqueles que de certa forma contribuíram para a realização deste trabalho.

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RESUMO

Destina-se o presente trabalho a apresentar aspectos do sistema de movimentação descarregamento com cargas de produtos perigosos em indústrias de Ponta Grossa. Revisar e analisar criticamente o sistema de movimentação de uma indústrias pontagrossense, a fim de identificar os riscos inerentes de materiais transportados e manuseados pelos funcionários (ou transportados em caso de acidentes durante o seu manuseio). Através de resultados de estudos e reflexões a cerca dos riscos aos funcionários, o mau manuseio dos produtos perigosos representam riscos a saúde dos funcionários, para segurança publica e para o meio ambiente. Pretende-se alcançar tal objetivo através da reunião de conceitos técnicos e normas legais pertinentes as diversas modalidades de transporte referente às responsabilidades que recaem sobre aqueles que se encarregam de manusear e transportar os produtos perigosos. Palavras chave: Transporte; Produtos Perigosos, Manuseio.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..............................................................................................

1.1 JUSTIFICATIVA E OBJETIVO DA PESQUISA .....................................

2 METODOLOGIA DE PESQUISA................................................................

2.1 TIPOS E COLETA DE DADOS...................................................................

2.2 INSTRUMENTO DE COLETA E FORMA DE ANÁLISE DOS DADOS......

3. REFERENCIAL TEÓRICO...........................................................................

3.1 PRODUTO PERIGOSO..............................................................................

3.1.1 Conceitos.................................................................................................

3.1.2 Classificação ...........................................................................................

Tabela 1 - Classificação ONU dos Riscos dos Produtos Perigosos................

3.2 TRANSPORTE DE CARGAS/PRODUTOS PERIGOSOS........................

3.3 IDENTIFICAÇÃO DE PRODUTOS PERIGOSOS NOS VEÍCULOS..........

3.4 ROTULO DE RISCO..................................................................................

3.5 PAINEL DE SEGURANÇA.............................................. ..........................

3.6 DOCUMENTOS DE PORTE OBRIGATÓRIO PARA TRANSPORTE DE

PRODUTOS PERIGOSOS........................................................................

3.7 FONTES DE RISCO DE ACIDENTES ENVOLVENDO PRODUTOS

PERIGOSOS..............................................................................................

3.8 DOS PROCEDIMENTOS EM CASO DE EMERGÊNCIA, ACIDENTE OU

AVARIA......................................................................................................

3.8.1 Do Transportador....................................................................................

3.9 DESCARREGAMENTOS DE PRODUTO QUIMICO................................

3.9.1. Caminhão-Tanque/Tanque-Container Pressurizados.............................

3.10 SEGURANÇA DO PRODUTO QUIMICO HEXANO................................

3.11 PERIGOS MAIS IMPORTANTES............................................................

3.12 EFEITOS DO PRODUTO.........................................................................

3.13 MEDIDAS DE PRIMEIROS SOCORROS................................................

3.14 MEDIDAS DE COMBATE A INCÊNDIO..................................................

3.15 MEDIDAS DE CONTROLE PARA DERRAMAMENTO OU VAZA-

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MENTO.....................................................................................................

3.15.1 Precauções pessoais...........................................................................

3.15.2 Métodos para limpeza..........................................................................

3.16 MANUSEIO E ARMAZENAMENTO........................................................

3.16.1 Manuseio...............................................................................................

3.17 ARMAZENAMENTO.................................................................................

3.18 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL......................................

3.19 METODO DE PESQUISA DE DADOS PARA RELATO TECNICO........

4 ESTUDO DE CASO NO DESCARREGAMENTO DO PRODUTO

HEXANO.....................................................................................................

Tabela 2: Da empresa.....................................................................................

5. CONCLUSÃO E RECOMENTAÇÕES FINAIS............................................

REFERÊNCIAS.................................................................................................

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1 INTRODUÇÃO

Embora os produtos perigosos estejam disseminados em toda parte e sejam

empregados em uma gama enorme de atividades o seu risco potencial não é

reconhecido por todas as pessoas que direta e indiretamente com eles se envolvem.

Como no Brasil que podemos observar que diariamente através da veiculação nos

meios de comunicação, a divulgação de acidentes ocorridos pelo manuseio ou

transporte de produtos perigosos.

As necessidades de produção e consumo no mundo moderno fazem com

que a movimentação de produtos perigosos, em todas as modalidades de

transporte, seja cada vez maior.

A malha rodoviária concentra cerca de 60% do volume de cargas

transportadas no Brasil, porcentual que tende a crescer tendo em vista a expansão

do comercio entre os países da America Latina. No entanto a infraestrutura das

nossas rodovias e precariedade dos nossos veículos transportadores de cargas,

diversos outros problemas favorecem substancialmente o aumento do numero de

acidentes, constituindo-se em um sério problema pra a saúde publica (IPEA, 2006).

A questão do transporte de produtos perigosos é de tal importância que os

governos não somente determinam as condições desta movimentação dentro de

seus territórios, como chegam até a unir-se, em âmbito internacional, para firmar

medidas comuns de proteção.

O transporte de produtos perigosos é uma operação que apresenta uma

serie de riscos devido às situações e combinação de fatores adversos tais como o

estado das vias, manutenção, volume de trafego, sinalização condições

atmosféricas, estado de conservação do veiculo, experiência do condutor etc.

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Exigências técnicas do desenvolvimento econômico, especialmente nas

áreas de indústria, agricultura, saúde entre outros, impõem como imprescindível a

movimentação pelos meios de transporte de produtos e rejeitos que, por suas

características, são potencialmente agressivas ao meio ambiente e a vida. (Vinícius

T. L. de Moraes, 2005).

Quando o transporte de produtos perigosos ocorre de forma displicente, em

virtude de negligência ou imperícia de seus condutores, o resultado é a vitimização

dos seres humanos e do meio ambiente.

Um dos grandes obstáculos encontrados ao nível das realidades locais é a

ausência de informações básicas que permitam avaliar os impactos desses eventos

sobre a saúde humana e o meio ambiente. (FREITAS e AMORIM, 2001).

Durante a operação de transporte e descarregamentos de produtos

perigosos podem ocorrer inúmeras situações de acidentes como rompimento de

recipientes, embalagens ou tanques de acondicionamento, como vazamentos,

derrames, lançamento, acúmulos ou empoçamento, infiltração, emissão de gases ou

vapores, incêndios, explosões entre outros fatores de risco.

Os danos podem ser os mais variados possíveis com a alteração das

características do meio ambiente.

O “Transporte Rodoviário de Produtos Químicos Perigosos” foi

regulamentado no Brasil através da aprovação do decreto nº 96.044, de 18 de maio

de 1988. Quando se trata do transporte desses materiais, são definidas algumas

normas para sua movimentação. No Brasil, os produtos químicos perigosos para

transporte são aqueles que se enquadram em uma das nove classes de material

estabelecido na resolução 420/04 da ANTT – Agência Nacional de Transportes

Terrestres. Essa resolução refere-se à aprovação das instruções complementares ao

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transporte terrestre de produtos perigosos, a qual foi atualizada pela resolução

701/04, também da ANTT.

Apesar do rigor legal no transporte de produtos perigosos, que visa a

segurança, a preservação e integridade física do condutor, da carga, do veículo e do

meio ambiente, a preocupação das empresas também é crescente, e mesmo com a

exigência do certificado MOPP (Movimentação Operacional de Produto Perigoso),

elas promovem treinamento dos funcionários, execução de simulados, onde podem

ser colocados em pratica os conhecimentos do motorista e demais funcionários.

Esta pesquisa propõe a analise de um estudo de caso no transporte,

movimentação e descarregamento de produto perigoso, onde poderão ser

identificados os requisitos legais que esta atividade deve conter.

A partir do exposto, o tema transporte, movimentação e descarregamento de

produtos perigosos são delineados como foco deste estudo. O acompanhamento do

descarregamento do produto químico hexano na empresa aqui denominada “X”,

atuante no mercado alimentício, foi o caso utilizado para este estudo conforme

poderá ser visto no decorrer da pesquisa.

O trabalho será dividido em cinco seções ou capítulos, sendo que a primeira

seção introduz o trabalho e aloca o leitor no contesto da pesquisa, tratara da

definição do estudo de caso e os objetivos da pesquisa. A seção dois tratará da

metodologia da pesquisa e a terceira seção será apresentada uma revisão da

legislação que embasa o desenvolvimento do tema em estudo. Na quarta seção

tratara do estudo e observação/acompanhamento da aplicação da legislação do

método do descarregamento segundo as normas vigentes e analise dos resultados.

E a quinta seção apresenta a conclusão a cerca do estudo.

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A intensidade de risco está associada à periculosidade do material

manuseado com potencial para causar simultaneamente múltiplos danos ao meio

ambiente e à saúde dos funcionários expostos.

Um dos maiores problemas observado nas indústrias são os produtos

inflamáveis que chegam nas empresas através do transporte rodoviário ate o

momento de descarga.

É um momento critico na descarga ate o seu armazenamento na indústria.

Com preocupação na segurança dos funcionários envolvidos no manuseio de

produtos perigosos.

Esses produtos vêm com uma ficha técnica de segurança com

procedimentos adequados para o melhor manuseio dos produtos diminuindo os

riscos envolvidos na atividade.

Um dos grandes aspectos que se obseva são os riscos de produtos

inflamáveis nas descargas observando o treinamento das pessoas envolvidas em

todo o processo de manuseio dos produtos, pode reduzir os índices de acidentes,

proporcionando uma melhoria na qualidade de vida do trabalhador.

O mercado brasileiro já figura entre os sete maiores do mundo, com o

consumo equivalente a US$ 130 bilhões em produtos químicos por ano. Além disso,

entre as 20 companhias líderes globais do setor, aparece uma do Brasil. E as

perspectivas do mercado nacional são consideradas promissoras (Leone Farias,

2011). E com esta expansão da Indústria química esta aumentando

consideravelmente a movimentação destes produtos perigosos. Segundo o

Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transporte (DNIT) o transporte de

cargas/produtos perigosos é mais relevante em sete estados das regiões Sul e

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Sudeste: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Rio

de Janeiro e o Espírito Santo.

Diariamente, circulam no Brasil centenas de caminhões transportando

ácidos, produtos inflamáveis, radioativos, explosivos. A intensidade de risco está

associada à periculosidade do material transportado com potencial para causar

simultaneamente múltiplos danos ao meio ambiente e à saúde dos seres humanos

expostos.

A grande maioria dos produtos perigosos é transportada por rodovias, que

frequentemente se encontram em mau estado associado a manutenção dos

veículos, tipo de embalagens, capacitação do pessoal envolvido na carga e

descarga. Tornam essa atividade potencialmente geradora de acidentes graves.

Os acidentes com produtos perigosos podem ocorrer em qualquer fase: na

produção, no transporte, na estocagem e na utilização final do produto.

A efetividade de fiscalização das cargas nas rodovias e dos treinamentos

das pessoas envolvidas em todo o processo de manuseio dos produtos pode reduzir

os índices de acidentes, proporcionando uma melhoria na qualidade de vida do

trabalhador.

1.1 JUSTIFICATIVA E OBJETIVO DA PESQUISA

O estudo de descarregamento de produtos perigosos muitas vezes esbarra

na indisponibilidade de dados que, quando existentes não contam como sequência

temporal ou são obtidos sem preocupação do emprego de técnicas e medições

desta natureza, o que torna aleatória a precisão estatística dos dados.

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Os acidentes com produtos perigosos podem ocorrer em qualquer fase: na

produção, no transporte, no descarregamento, na estocagem e na utilização final do

produto.

Este trabalho tem como objetivo principal verificar o procedimento técnico de

segurança adotado pela empresa, e verificar a aplicação e utilização das normas de

segurança no descarregamento do produto químico hexano na empresa “X”.

Objetivos secundários:

a) Qualificar o procedimento de segurança adotado pela empresa para o

sistema de descarregamento do produto;

b) Verificação das condições do veículo na entrada antes de prosseguir para

o local da descarga;

c) Verificação da qualificação das pessoas envolvidas na descarga do

produto.

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2 METODOLOGIA DE PESQUISA

A metodologia aplicada nesta pesquisa se enquadra como qualitativa o

desenvolvimento abordará o acompanhamento através da observação na utilização

correta das normas de segurança aplicáveis ao tema, com coleta de dados

utilizando-se do método de pesquisa estudo de caso. Recolhendo as informações e

descrevendo o evento observado de uma forma longitudinal.

Foi elaborado para a construção de instrumentos para a coleta de dados um

questionário de perguntas para a entrevista, direcionando assim a observação do

estudo, proporcionando o estabelecimento de conexão entre a experiência do

profissional envolvido no descarregamento de produto perigosos e a teoria

embasada a resolução do caso.

Com a intenção de um melhor entendimento dos fatores que afetam este

estudo, foi traçada uma metodologia de pesquisa que aborda os tópicos mais

importantes da legislação vigente a cerca do assunto, bem como os principais

pontos do desenvolvimento do estudo.

O estudo apresentará uma revisão das normas sobre o tema transporte,

movimentação e descarregamento de produtos químicos.

2.1 TIPOS E COLETA DE DADOS

Será aplicado um método de pesquisa de estudo de caso, onde serão

utilizados dados primários e secundários, coletados a partir do acompanhamento do

descarregamento e de uma pesquisa relacionada a legislação, aplicada diretamente

às pessoas envolvidas no processo de descarregamento, sobre a utilização correta

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das normas. Será analisada comparativamente com a legislação sobre o assunto

levando em consideração os pontos mais importantes da legislação e das normas

internas da empresa.

2.2 INSTRUMENTO DE COLETA E FORMA DE ANÁLISE DOS DADOS

Será aplicada uma pesquisa de acompanhamento, sobre a utilização e

aplicação das normas de segurança com vizitas técnicas na empresa, em relação ao

descarregamento do produto químico hexano, visando através deste instrumento de

pesquisa se obter o máximo de informações possíveis com as observações

respondendo ao questionário pré elaborado e com isso sustentar a sequência das

demais etapas, onde os dados serão analisados.

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3 REFERENCIAL TEÓRICO

Nesta seção é apresentada uma revisão dos aspectos de natureza legal

(legislação vigente) que será utilizado como base para o desenvolvimento da

pesquisa e foi dividido em dezenove tópicos.

3.1 PRODUTO PERIGOSO

3.1.1 Conceitos

Produtos Perigosos são substâncias encontradas na natureza ou produzidas

por qualquer processo que possua propriedades físico-químicas, biológicas ou

radioativas que representem riscos para a saúde das pessoas, para a segurança

pública e para o meio ambiente, conforme relacionado na Resolução nº. 420/04, da

Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT).

São exemplos de produtos perigosos os inflamáveis, explosivos, corrosivos,

tóxicos, radioativos e outros produtos químicos que, embora não apresentem risco

iminente, podem, em caso de acidentes, representarem uma grave ameaça à

população e ao meio ambiente.

Os produtos químicos se tornaram, ao longo dos anos, muito importante

para o desenvolvimento, e indispensáveis para os padrões de vida de grande parte

da população mundial. O avanço da pesquisa tecnológica tem permitido um

constante e progressivo aumento do número desses, e cada vez mais são

encontrados aqueles que, por suas características de agressividade apresentam

riscos ao homem e ao meio ambiente.

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Os acidentes com produtos perigosos variam em função do tipo do produto

químico e da quantidade e das características do mesmo. A quantidade de produto

químico que são produzidos, armazenados, transportados e usados é imensa, sendo

que a grande maioria de tais produtos é constituída produtos perigosos. Entende-se

que ocorre um acidente com produto perigoso todas as vezes que se perde o

controle sobre o risco, resultando em alguma forma de extravasamento, causando

danos humanos, materiais e ambientais. Tais danos podem ser de impactos

reduzidos, localizados, ou de elevada monta, mas são igualmente sérios, e muitas

vezes a perda do controle origina uma situação de desastre iminente.

Volumes líquidos a granel são transportados em taques, que recebem uma

estrutura externa especial (essa estrutura, permite a movimentação, armazenamento

e transporte dos tanques como containeres, da mesma forma como deixa livre o

acesso às válvulas e instrumentos controladores de pressão nível, e outros que se

façam necessários, conforme a natureza do produto contido) que permitem sejam

transportados como containeres, e recebem usualmente a denominação de

“isotank”.

O transporte rodoviário de produtos perigosos se faz, via de regra, em

caminhões – tanques (para transporte de grandes volumes de líquidos a granel).

3.1.2 Classificação

A classificação adotada para os produtos considerados perigosos, feita com

base no tipo de risco que apresentam e conforme as Recomendações para o

Transporte de Produtos Perigosos das Nações Unidas, sétima edição revista, 1991,

compõe-se das seguintes classes, definidas nos itens 1.1 a 1.9:

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Os produtos das Classes 3, 4, 5 e 8 e da Subclasse 6.1 classificam-se, para

fins de embalagem, segundo três grupos, conforme o nível de risco que apresentam:

- Grupo de embalagem I – alto risco;

- Grupo de embalagem II – risco médio; e,

- Grupo de embalagem III – baixo risco

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Tabela 1 - Classificação ONU dos Riscos dos Produtos Perigosos

Classificação Subclasse Definições

Classe 1 Explosivos

1.1 Substância e artigos com risco de explosão em massa.

1.2 Substância e artigos com risco de projeção, mas sem risco de explosão em massa.

1.3 Substâncias e artigos com risco de fogo e com pequeno risco de explosão ou de projeção, ou ambos, mas sem risco de explosão em massa.

1.4 Substância e artigos que não apresentam risco significativo.

1.5 Substâncias muito insensíveis, com risco de explosão em massa;

1.6 Artigos extremamente insensíveis, sem risco de explosão em massa.

Classe 2 Gases

2.1

Gases inflamáveis: são gases que a 20°C e à pressão normal são inflamáveis quando em mistura de 13% ou menos, em volume, com o ar ou que apresentem faixa de inflamabilidade com o ar de, no mínimo 12%, independente do limite inferior de inflamabilidade.

2.2 Gases não-inflamáveis, não tóxicos: são gases asfixiantes, oxidantes ou que não se enquadrem em outra subclasse.

2.3 Gases tóxicos: são gases, reconhecidamente ou supostamente, tóxicos e corrosivos que constituam risco à saúde das pessoas.

Classe 3 Líquidos Inflamáveis

-

Líquidos inflamáveis: são líquidos, misturas de líquidos ou líquidos que contenham sólidos em solução ou suspensão, que produzam vapor inflamável a temperaturas de até 60,5°C, em ensaio de vaso fechado, ou até 65,6ºC, em ensaio de vaso aberto, ou ainda os explosivos líquidos insensibilizados dissolvidos ou suspensos em água ou outras substâncias líquidas.

Classe 4 Sólidos Inflamáveis; Substâncias sujeitas à combustão espontânea; substâncias que, em contato com água, emitem gases inflamáveis

4.1

Sólidos inflamáveis, substâncias auto-reagentes e explosivos sólidos insensibilizados: sólidos que, em condições de transporte, sejam facilmente combustíveis, ou que por atrito possam causar fogo ou contribuir para tal; substâncias auto-reagentes que possam sofrer reação fortemente exotérmica; explosivos sólidos insensibilizados que possam explodir se não estiverem suficientemente diluídos.

4.2

Substâncias sujeitas à combustão espontânea: substâncias sujeitas a aquecimento espontâneo em condições normais de transporte, ou a aquecimento em contato com ar, podendo inflamar-se.

4.3

Substâncias que, em contato com água, emitem gases inflamáveis: substâncias que, por interação com água, podem tornar-se espontaneamente inflamáveis ou liberar gases inflamáveis em quantidades perigosas.

Classe 5 Substâncias Oxidantes e Peróxidos Orgânicos

5.1 Substâncias oxidantes: são substâncias que podem, em geral pela liberação de oxigênio, causar a combustão de outros materiais ou contribuir para isso.

Classe 5 Substâncias Oxidantes e Peróxidos Orgânicos

5.2

Peróxidos orgânicos: são poderosos agentes oxidantes, considerados como derivados do peróxido de hidrogênio, termicamente instáveis que podem sofrer decomposição exotérmica auto-acelerável.

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Classe 6 Substâncias Tóxicas e Substâncias Infectantes

6.1

Substâncias tóxicas: são substâncias capazes de provocar morte, lesões graves ou danos à saúde humana, se ingeridas ou inaladas, ou se entrarem em contato com a pele.

6.2 Substâncias infectantes: são substâncias que contém ou possam conter patógenos capazes de provocar doenças infecciosas em seres humanos ou em animais.

Classe 7 Material radioativo

-

Qualquer material ou substância que contenha radionuclídeos, cuja concentração de atividade e atividade total na expedição (radiação), excedam os valores especificados.

Classe 8 Substâncias corrosivas

-

São substâncias que, por ação química, causam severos danos quando em contato com tecidos vivos ou, em caso de vazamento, danificam ou mesmo destroem outras cargas ou o próprio veículo.

Classe 9 Substâncias e Artigos Perigosos Diversos

- São aqueles que apresentam, durante o transporte, um risco não abrangido por nenhuma das outras classes.

Fonte: Departamento de Estrada de rodagem do Estado de São Paulo – DER/SP – Diretoria de Planejamento.

3.2 TRANSPORTE DE CARGAS/PRODUTOS PERIGOSOS

Segundo o Decreto n° 96.044, de 18/05/1988 (BRASIL, 1998), o transporte

cargas/produtos perigosos é o deslocamento de um local para outro,

independentemente da distância a ser percorrida. Esse decreto e a Resolução nº.

420 de 12/02/04 (BRASIL, 2004) da Agência Nacional de Transportes Terrestres

(ANTT) estabelece as instruções complementares ao regulamento do transporte

terrestre de produtos perigosos. Esse decreto disciplina o transporte, pelas rodovias

brasileiras e nas vias públicas, de cargas/produtos perigosos e que representem

riscos para a saúde das pessoas, para a segurança pública ou para o meio

ambiente.

Os transporte de produtos perigosos podem ser feitos por; transporte

rodoviário, ferroviário, marítimo, fluvial, no deslocamento por dutos aéreos,

subterrâneos ou submersos, em instalações fixas tais como os portos, parques

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industriais, sejam produtos ou consumidores de produtos perigosos, refinarias de

petróleo e polos petroquímicos, depósitos de resíduos, rejeitos ou restos, ou ainda

no consumo, uso doméstico ou outras formas de manuseio de tais produtos.

3.3 IDENTIFICAÇÃO DE PRODUTOS PERIGOSOS NOS VEÍCULOS

Durante as operações de carga, transporte, descarga, transbordo, limpeza e

descontaminação os veículos e equipamentos utilizados no transporte de produto

perigoso deverão portar rótulos de risco e painéis de segurança específicos,

conforme a Figura 01, de acordo com as NBR-7500 e NBR-8286, como descritos a

seguir.

FIGURA 01 – identificação do painel de segurança e seu respectivo rotulo de risco

Fonte: Designer Fernando Hal

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3.4 RÓTULO DE RISCO

Elemento gráfico (losangos) que apresentam símbolos ou expressões

referentes à natureza, manuseio e identificação do produto. Número e nome da

classe ou subclasse de risco são colocados no ângulo inferior do losango (figura 02).

São colocados ainda nas embalagens e nos veículos de transporte. É uma placa

afixada no veículo em três pontos (lados e traseira) identificando a classe e

subclasse a que pertence o produto perigoso.

Os números que indicam o tipo e a intensidade do risco são formados por

dois ou três algarismos. A importância do risco é registrada da esquerda para a

direita.Os algarismos que compõem os números de risco têm o seguinte significado:

- 2 Emissões de gás devido a pressão ou a reação química;

- 3 Inflamabilidade de líquidos (vapores) e gases, ou líquido sujeito a auto-

aquecimento;

- 4 Inflamabilidade de sólidos, ou sólidos sujeitos a auto-aquecimento;

- 5 Efeito oxidante (favorece incêndio);

- 6 Toxicidade;

- 7 Radioatividade;

- 8 Corrosividade;

- 9 Risco de violenta reação espontânea.

A letra “X” antes dos algarismos significa que a substância reage

perigosamente com água. A repetição de um número indica, em geral, aumento da

intensidade daquele risco especifico. Quando o risco associado a uma substância

puder ser adequadamente indicado por um único número, este será seguido por

zero (0).

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FIGURA 02 – Rotulo de Risco Fonte: O carreteiro/ Simbologia

3.5 PAINEL DE SEGURANÇA

Retângulo de cor laranja (figura 03) que é utilizado no transporte de produtos

perigosos; a parte inferior da figura é reservada ao número de identificação do

produto (numero da ONU) e a superior é destinada ao número de identificação de

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risco. O número de risco é constituído por até três algarismos, determinando o risco

principal (primeiro algarismo) como mostrado no quadro 01, e os subsidiários

(segundo e terceiro) do produto como descrito no quadro 02. Quando o mesmo não

for compatível com uso de água, antes do numero de risco é aplicada a letra “X”.

FIGURA 03 – Painel de segurança Fonte: Josenéia Bychinski.

Mais três conceitos completam as regras dessa identificação:

a) Na ausência de risco subsidiário deve ser colocado “zero” como segundo

algarismo;

b) No caso de gases, nem sempre o primeiro algarismo significa o risco

principal;

c) Duplicação ou triplicação dos algarismos, significa intensificação do risco,

como por exemplo:

EXEMPLO:

30 = INFLAMÁVEL

33 = MUITO INFLAMÁVEL

333 = ALTAMENTE INFLAMÁVEL

Quando o veículo possuir o painel de segurança na cor laranja e sem

instruções, significa que o mesmo está transportando vários produtos perigosos.

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Quadro 1 – Significado do Primeiro Algarismo (Risco Principal do Produto)

ALGARISMO

SIGNIFICADO ALGARISMO

2 Gás

3 Liquido inflamável

4 Sólido inflamável

5 Substância oxidante ou peróxido orgânico

6 Substância tóxica

7 Substância radioativa

8 Substância corrosiva

Quadro 2 – Significado do Segundo e/ou Terceiro Algarismo

ALGARISMO SIGNIFICADO DO ALGARISMO

0 Ausência de risco subsidiário

1 Explosivo

2 Emana gás

3 Inflamável

4 Fundido

5 Oxidante

6 Tóxico

7 Radioativo

8 Corrosivo

9 Perigo de reação violenta

3.6 DOCUMENTOS DE PORTE OBRIGATÓRIO PARA TRANSPORTE DE

PRODUTOS PERIGOSOS

Para o tráfego de produtos perigosos, o condutor deverá portar uma série de

documentos obrigatórios obedecendo ao contido no Regulamento para o Transporte

de Produtos Perigosos (RTPP), regras específicas do Conselho Nacional de Energia

Nuclear (CNEN), do Exército Brasileiro (EB) e também o determinado pelo Código

de Trânsito Brasileiro (CTB). Em casos específicos podem-se exigir mais requisitos

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de acordo com normas específicas de outros órgãos, como por exemplo, Meio

Ambiente, Polícia Federal e legislações municipais ou estaduais.

De acordo com o decreto n⁰ 96.044 de maio de 1988 os caminhões

transportando produtos perigoso só poderão circular pelas vias públicas portando os

seguintes documentos:

a) Documento Fiscal: deve apresentar o número ONU, nome do produto,

classe de risco, grupo de embalagem, quantidade do produto e

declaração de responsabilidade do expedidor de produtos perigosos.

b) Ficha de Emergência: deve conter informações sobre a classificação do

produto perigoso, riscos que apresenta e procedimentos em caso de

emergência, primeiros socorros e informações ao médico.

É o documento que acompanha o transporte de produtos perigosos

resumindo seus principais riscos e as providências a serem tomadas em casos de

acidentes com vazamentos, fogo, poluição, envolvimento de pessoas, dando

também informações médicas.

A ficha de emergência é destinada as equipes de atendimento a

emergência. As informações ao motorista devem estar descritas exclusivamente no

envelope para transporte.

O conteúdo da ficha de emergência é de responsabilidade do fabricante ou

importador do produto. Os expedidores de produtos perigosos devem elaborar as

fichas de emergência dos produtos com base nas informações fornecidas pelo

fabricante ou importador do produto. A ficha de emergência é composta por seis

áreas.

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Para cada produto classificado de acordo com a numeração ONU, deve ser

elaborada uma única ficha de emergência, ou seja, não é permitida a utilização de

uma ficha de emergência contendo vários produtos com número ONU diferentes.

Para diferentes produtos com mesmo nº ONU, mesmo nome para

embarque, mesmo estado físico, mesmo grupo de embalagem e mesmo nº de risco,

pode ser usada a mesma ficha de emergência, desde que sejam aplicáveis as

mesmas informações de emergência.

A unidade de transporte compartimentada, transportando

concomitantemente mais de um dos seguintes produtos: etanol (álcool etílico), óleo

diesel, gasolina ou querosene, a granel, deve portar fichas de emergências

correspondentes a cada produto transportado ou apenas uma ficha de emergência

correspondente ao produto de maior risco (conforme identificado no painel de

segurança).

As informações devem ser colocadas longe dos volumes contendo produtos

perigosos de maneira a permitir acesso imediato, no caso de um acidente ou

incidente.

c) Envelope para Transporte: apresenta os procedimentos mínimos para o

motorista, em situação de emergência, telefones úteis e identificação das empresas

transportadora, redespacho quando for o caso, e expedidora do produto perigoso. É

obrigatório um Envelope para o Transporte, por embarcador de produto no veículo,

no mínimo.

d) Certificado de Inspeção para o Transporte de Produtos Perigosos: citado

pelo RTPP (Regulamento para o Transporte de Produtos Perigosos) como

Certificado de Capacitação para o Transporte de Produtos Perigosos à Granel, é um

documento expedido pelo INMETRO ou empresa por ele credenciada, que

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comprova a aprovação do veículo (caminhão, caminhão trator e chassis porta

contêiner) ou equipamento (tanque, vaso para gases etc) para o transporte de

produtos perigosos à granel (sem embalagem). Para o transporte de carga

fracionada (embalada) este documento não é obrigatório.

e) Certificado de Conclusão do Curso de Movimentação de Produtos

Perigosos - MOPP: somente é obrigatório o porte deste documento, quando o

campo de observações da Carteira Nacional de Habilitação não apresentar a

informação "Transportador de Carga Perigosa". Esta informação deve ser inserida

no ato da renovação do exame de saúde do condutor. Todo motorista que trabalha

com transporte de produtos perigosos tem a obrigação legal de comprovar a

participação em Curso de Treinamento Específico para Transporte de Produtos

Perigosos, mediante Certificado atualizado, ou seja, através do curso de

Movimentação de Produtos Perigosos – MOPP. (Vinícius T. L. de Moraes, 2005).

f) Declaração de Expedição que não Contenha Embalagens Vazias e não

Limpas que Apresente Valor de Quantidade Limitada Igual a “zero": documento

obrigatório somente quando forem transportadas embalagens vazias e sejam

utilizadas as isenções previstas para o transporte de produtos perigosos em

quantidades limitadas, conforme a Resolução ANTT Nº 420/04.

g) Declaração de Incompatibilidade nos Casos em que a Ficha de

Emergência não é Exigida: documento obrigatório somente quando a legislação

dispensa o porte da Ficha de Emergência, como por exemplo no transporte de

produtos perigosos em quantidades limitadas, conforme a Resolução ANTT Nº

420/04.

h) Guia de Tráfego: obrigatório para o transporte de Produtos Controlados

pelo Exército (explosivo, entre outros).

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i) Declaração do Expedidor de Material Radioativo e Ficha de Monitoração

da Carga e do Veículo Rodoviário: obrigatório para os produtos classificados como

radioativos, expedido pela CNEN (Conselho Nacional de Emergência Nuclear).

j) Outros: existem outros documentos previstos por outras legislações,

conforme o produto transportado, ou município por onde o veículo transitar. Há

também documentos previstos pela Polícia Federal, para produtos utilizados no

refino e produção de substâncias entorpecentes e de órgãos de Meio Ambiente,

para o transporte de resíduos.

3.7 FONTES DE RISCO DE ACIDENTES ENVOLVENDO PRODUTOS

PERIGOSOS

As atividades de transporte e armazenamento de produtos perigosos tem, ao

longo dos anos, gerado uma série de incidentes e acidentes, alguns de menor

consequência, outros verdadeiras catástrofes.

Um acidente de produtos perigos é uma situação na qual um produto

perigoso escapa ou pode escapar para o ambiente que o rodeia. Diversos fatores

podem levar a esse escape, erro humano, a negligência na conservação,

manutenção de instalações e instrumentos constituem as principais causas.

Os acidentes envolvendo produtos perigosos ocorrem quando estão sendo

movimentados, através dos vários tipos de modais ou ainda quando estão

armazenados ou manipulados em processos industriais (MAEPP, 2006), nessas

atividades, são decorrentes principalmente de operações de transferência de

produto onde ocorrem incêndios, muitas vezes seguidos de explosão, acarretando a

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perda de vida humanas. Em razões desses acidentes, os produtos vazados causam

risco à saúde da população.

Pode-se encontrar um produto perigoso armazenada em locais como:

postos, distribuidora de combustíveis, usinas de produção de álcool, indústrias

químicas, etc.

Deve-se levar em consideração ainda que, além das consequências naturais

do acidente envolvendo produtos perigosos, tais como incêndio, explosão ou

vazamento, associam-se o efeito da combinação ou reação do produto com o ar,

água e resíduos, que podem resultar em danos para a saúde humana (mortos e

feridos) e para o meio ambiente (combinação do ar, solo e água). (MAEPP, 2006)

Os acidentes no modal rodoviário envolvendo veículos que transportam

cargas/produtos perigosos adquirem uma importância especial. Nestes eventos, a

intensidade de risco está associada à periculosidade do material transportado com

potencial para causar simultaneamente múltiplos danos ao meio ambiente e à saúde

dos seres humanos expostos.

A malha rodoviária concentra cerca de 60% do volume de cargas

transportadas no Brasil, percentual que tende a crescer tendo em vista a expansão

do comércio entre os países da América Latina. No entanto, a infra-estrutura das

nossas rodovias, a precariedade da frota de veículos transportadores de cargas, e

diversos outros problemas favorecem substancialmente o aumento do número de

acidentes, constituindo-se em um sério problema para a saúde pública (IPEA, 2006).

Principais impactos ambientais gerados em consequências de acidentes

com produtos perigosos nas áreas de influência de uma rodovia:

- degradação da qualidade da água de rios, lençol subterrâneo, lagoas e

mar;

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- degradação da qualidade do ar atmosférico;

- degradação da qualidade dos solos;

- prejuízo à saúde humana;

- destruição e depreciação do patrimônio público e privado;

- prejuízo para as atividades econômicas.

3.8 DOS PROCEDIMENTOS EM CASO DE EMERGÊNCIA, ACIDENTE OU

AVARIA

De acordo com o decreto n⁰ 96.044 de maio de 1988 segue o regulamento

para os procedimentos em caso de emergência, acidente ou avaria.

Em caso de acidente, avaria ou outro fato que obrigue a imobilização de

veículo transportando produto perigoso, o condutor adotará as medidas indicados na

Ficha de Emergência e no Envelope para o Transporte correspondentes a cada

produto transportado, dando ciência à autoridade de trânsito mais próxima, pelo

meio disponível mais rápido, detalhando a ocorrência, o local, as classes e

quantidades dos materiais transportados.

Quando o transbordo for executado em via pública deverão ser adotadas as

medidas de resguardo ao trânsito.

Quem atuar nessas operações deverá utilizar os equipamentos de manuseio

e de proteção individual recomendados pelo expedidor ou fabricante do produto.

O expedidor é responsável pelo acondicionamento do produto a ser

transportado, de acordo com as especificações do fabricante.

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No carregamento de produtos perigosos o expedidor adotará todas as

precauções relativas à preservação dos mesmos, especialmente quanto à

compatibilidade entre produto.

O expedidor exigirá do transportador o emprego dos rótulos de risco e

painéis de segurança correspondentes aos produtos a serem transportados.

São de responsabilidade: – do expedidor, as operações de carga; – do

destinatário, as operações de descarga.

Ao expedidor e ao destinatário cumpre orientar e treinar o pessoal

empregado nas atividades referidas neste artigo.

3.8.1 Do Transportador

Constituem deveres e obrigações do transportador:

– dar adequada manutenção e utilização aos veículos e equipamentos;

– fazer vistoriar as condições de funcionamento e segurança do veículo e

equipamento, de acordo com a natureza da carga a ser transportada, na

periodicidade regulamentar;

– fazer acompanhar, para ressalva das responsabilidades pelo transporte, as

operações executadas pelo expedidor ou destinatário de carga, descarga e

transbordo, adotando as cautelas necessárias para prevenir riscos à saúde e

integridade física de seus prepostos e ao meio ambiente;

– requerer “o Certificado de Capacitação para o Transporte de Produtos

Perigosos a Granel”.

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– providenciar para que o veículo porte o conjunto de equipamentos

necessários às situações de emergência, acidente ou avaria, assegurando-se do

seu bom funcionamento.

– instruir o pessoal envolvido na operação de transporte quanto à correta

utilização dos equipamentos necessários às situações de emergência, acidente ou

avaria, conforme as instruções do expedidor;

– zelar pela adequada qualificação profissional do pessoal envolvido na

operação de transporte, proporcionando-lhe treinamento específico, exames de

saúde periódicos e condições de trabalho conforme preceitos de higiene, medicina e

segurança do trabalho;

– fornecer a seus propostos os trajes e equipamentos de segurança no

trabalho, de acordo com as normas expedidas pelo Ministério do Trabalho, zelando

para que sejam utilizados nas operações de transporte, carga, descarga e

transbordo;

– providenciar a correta utilização, nos veículos e equipamentos, dos rótulos

de risco e painéis de segurança adequados aos produtos transportados;

– realizar as operações de transbordo observando os procedimentos e

utilizando os equipamentos recomendados pelo expedidor ou fabricante do produto;

– assegurar-se de que o serviço de acompanhamento técnico especializado

preenche os requisitos deste Regulamento e das instruções específicas existentes;

– dar orientação quanto à correta estivagem da carga no veículo, sempre

que, por acordo com o expedidor, seja corresponsável pelas operações de

carregamento e descarregamento.

Se o transportador receber a carga lacrada ou for impedido, pelo expedidor

ou destinatário, de acompanhar carga e descarga, ficará desonerado da

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responsabilidade por acidente ou avaria decorrentes do mau acondicionamento da

carga.

3.9 DESCARREGAMENTOS DE PRODUTO QUIMICO

3.9.1. Caminhão-Tanque/Tanque-Container Pressurizados

Qualquer veículo automotriz equipado com um tanque de pressão montado

sobre chassi/container independente e tracionado por cavalo-mecânico e utilizado

para o transporte de gases comprimidos a granel.

O operador responsável pela descarga deve orientar o motorista do

caminhão quanto ao local seguro para que este permaneça durante o processo de

descarga, em hipótese alguma será permitido que o motorista permaneça no interior

da cabine do veículo durante a descarga. Este responsável pela descarga deve

acompanhar todo o processo de forma a evitar problemas que coloque em risco o

processo ou o meio-ambiente. E qualquer ocorrência deve ser comunicada

imediatamente ao SESMT da Contratada responsável.

É responsabilidade do empregado ou subcontratado responsável pela

descarga.

a) Conferir a nota fiscal e o produto contido no caminhão, bem como a ficha

de emergência do(s) referido(s) produto(s);

b) Auxiliar na manobra do caminhão;

c) Inspecionar as condições do caminhão, bem como dos equipamentos de

segurança do mesmo, antes de iniciar a descarga.

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d) Inspecionar as condições da carga no caminhão como, embalagens,

caixas, etc.

e) Orientar o motorista quanto ao local seguro para permanência deste

durante o processo de descarga;

f) Acompanhar o processo de descarga;

g) Liberar o caminhão após a descarga e se necessário promover o

processo de limpeza/descontaminação do local ou do caminhão.

3.10 SEGURANÇA DO PRODUTO QUIMICO HEXANO

As instalações para extração, produção, armazenamento, transferência,

manuseio e manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis devem ser

projetadas considerando os aspectos de segurança, saúde e meio ambiente que

impactem sobre a integridade física dos trabalhadores previstos nas Normas

Regulamentadoras, normas técnicas nacionais e, na ausência ou omissão destas,

nas normas internacionais, convenções e acordos coletivos, bem como nas demais

regulamentações pertinentes em vigor. (NR 20 Ministério do Trabalho )

No Brasil, todo trabalho com produto químico está enquadrado no Decreto

2657, de 03 de Julho de 1997, além do controle realizado pelo Exército do uso de

Materiais Perigosos. O próprio Código de Defesa do Consumidor orienta para a

informação de todos os riscos inerentes ao produto que é vendido, sendo que o

consumidor tem o direito de saber o que está comprando, assim como o fornecedor

tem o dever de informar completamente os riscos.

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3.11 PERIGOS MAIS IMPORTANTES

De acordo com a ficha de informações de segurança do produto químico

hexano segue os perigos físicos / químicos e específicos:

- Perigos físicos e químicos: Líquido inflamável.

- Perigos específicos: Produto inflamável e nocivo.

3.12 EFEITOS DO PRODUTO

Este material é um irritante. Causa irritação na pele. Pode causar reações

alérgicas na pele. Tóxico para os organismos aquáticos. Abaixo os principais efeitos

e sintomas relacionados na ficha de informações de segurança do produto químico

hexano.

- Efeitos adversos à saúde humana: Produto que altera o comportamento.

- Principais sintomas: Se a exposição for prolongada, pode provocar dor de

cabeça, náuseas, tonteiras, perturbações visuais e auditivas, além de excitação.

3.13 MEDIDAS DE PRIMEIROS SOCORROS

De acordo com as recomendações da ficha de informações de segurança do

produto químico se houver inalação deve-se remover a vítima para local arejado. Se

a vítima não estiver respirando, aplicar respiração artificial. Se a vítima estiver

respirando, mas com dificuldade, administrar oxigênio a uma vazão de 10 a 15 litros/

min. Procurar assistência médica imediatamente levando o rótulo sempre que

possível.

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Caso haja contato com a pele retira-se os sapatos e roupas contaminadas.

Lavar a pele com água e sabão abundantemente por pelo menos 20 min,

preferencialmente sob chuveiro de emergência. Encaminhar ao médico de posse do

rótulo, quando possível.

Se ocorrer contato com os olhos; lavar com água corrente abundantemente,

pelo menos por 20 (vinte) minutos. Procurar assistência médica imediatamente,

levando o rótulo do produto, sempre que possível.

Na ingestão; não provocar vômitos. Se a vítima estiver consciente, lavar sua

boca com água limpa em abundância e fazê-la ingerir água. Encaminhar a um

médico levando o rótulo do produto quando possível.

Notas para o médico Depressor do sistema nervoso central. Em caso de

contato com a pele e/ou os olhos não friccione as partes atingidas.

3.14 MEDIDAS DE COMBATE A INCÊNDIO

As recomendações na ficha de informação de segurança do produto químico

hexano, abordará os meios apropriados para combate a incêndio.

Meios de extinção apropriados: Espuma para hidrocarboneto, pó químico,

CO2.

Meios de extinção não apropriados: Água usada diretamente sobre o fogo.

Perigos específicos: Vapores podem deslocar até uma fonte de ignição e

provocar retrocesso de chamas.

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Métodos especiais: Resfriar com neblina d’água, os recipientes que

estiverem expostos ao fogo. Remover os recipientes da área de fogo, se isso puder

ser feito sem risco.

Proteção dos bombeiros: Em ambientes fechados usar equipamento de

resgate com suprimento de ar.

3.15 MEDIDAS DE CONTROLE PARA DERRAMAMENTO OU VAZAMENTO

Os itens abaixo segue informações contidas na ficha de segurança do produto

químico hexano.

3.15.1 Precauções pessoais

- Remoção de fontes de ignição Eliminar todas as fontes de ignição, impedir

centelhas, fagulhas, chamas e não fumar na área de risco. Isolar o vazamento de

todas as fontes de ignição.

- Controle de poeira Não se aplica (líquido).

- Prevenção da inalação e do contato com a pele, mucosa e olhos:

Usar botas, roupas e luvas impermeáveis, óculos de segurança herméticos

para produtos químicos e proteção respiratória adequada.

Precauções ao meio ambiente: Estancar o vazamento se isso puder ser feito

sem risco.

Não direcionar o material espalhado para quaisquer sistemas de drenagem

pública. Evitar a possibilidade de contaminação de águas superficiais e mananciais.

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O arraste com água deve levar em conta o tratamento posterior da água

contaminada. Evitar fazer este arraste.

3.15.2 Métodos para limpeza

- Recuperação Recolher o produto em recipiente de emergência,

devidamente etiquetado e bem fechado. Conservar o produto recuperado para

posterior eliminação.

- Neutralização Absorver com terra ou outro material absorvente.

- Disposição Não dispor em lixo comum. Não descartar no sistema de esgoto

ou em cursos d’água. Confinar se possível, para posterior recuperação ou descarte.

A disposição final desse material deverá ser acompanhada por especialista e de

acordo com a legislação ambiental vigente.

Nota Contatar o órgão ambiental local, no caso de vazamento ou

contaminação de águas superficiais, mananciais ou solos.

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3.16 MANUSEIO E ARMAZENAMENTO

Segue as recomendações da ficha de informação de segurança do produto

químico hexano.

3.16.1 Manuseio

Medidas técnicas: Providenciar ventilação local exaustora onde os processos

assim o exigirem. Todos os elementos condutores do sistema em contato com o

produto devem ser aterrados eletricamente. Usar ferramentas antifaiscantes.

- Prevenção da exposição do trabalhador Utilizar equipamentos de proteção

individual (EPI) para evitar o contato direto com o produto, como descrito no item

3.18.

- Precauções para manuseio seguro manipular respeitando as regras gerais

de segurança e higiene industrial.

3.17 ARMAZENAMENTO

As áreas industriais concentram grande quantidade de líquidos perigosos,

armazenados em geral com atendimento, no mínimo, às normas de segurança

básica, e não pode ser relegado o plano inferior o fato de que elevado volume é

armazenado em terminais de distribuição e depósitos por diversas vezes localizados

em sítios impróprio e/ou construídos sem as condições de segurança necessárias.

Os graneis líquidos constituem uma importante parte dos produtos com alta

probabilidade de se converter em características explosivas. Usualmente

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armazenados em tanques de elevada capacidade, no interior das indústrias, tendo

elevado potencial de perigo devido a manutenção dos tanques e conservação.

Medidas técnicas: Estocar em local com solo impermeável isento de

materiais combustíveis e com dique de contenção para reter o produto em caso de

vazamento.

Condições de armazenamento

- Adequadas Estocar em local adequado com bacia de contenção para reter

o produto, em caso de vazamento com permeabilidade permitida pela norma ABNT-

NBR- 7505-1.

- Evitar o contato com metais e mantê-lo isento de água.

3.18 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Considera-se Equipamento de Proteção Individual (EPI), todo dispositivo ou

produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos

suscetíveis de ameaça a segurança e a saúde no trabalho (NR 6 – Ministério do

Trabalho ).

- Proteção respiratória: Baixas concentrações (até 500 ppm): respirador com

filtro químico para vapores orgânicos. Altas concentrações: equipamento de

respiração autônoma ou conjunto de ar mandado

- Proteção dos olhos: Óculos ou proteção facial em atividades que haja risco

de lançamento ou respingos do hexano.

- Proteção da pele e do corpo: Aventais de PVC, em atividades em contato

direto com o produto.

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- Proteção das mãos: Luvas de PVC em atividades de contato direto com o

produto.

Precauções especiais: Manter chuveiros e lava-olhos de emergência nos

locais onde haja manipulação do produto. Evitar contato direto com a pele e com os

olhos.

Medidas de higiene: Higienizar roupas e sapatos após uso. Métodos gerais

de controle utilizados em Higiene Industrial devem minimizar a exposição ao

produto. Não comer, beber ou fumar ao manusear o produto, Separar as roupas de

trabalho das roupas comuns.

3.19 METODO DE PESQUISA DE DADOS PARA RELATO TECNICO

O Método do Estudo de Caso enquadra-se como uma abordagem qualitativa

e é frequentemente utilizado para coleta de dados na área de estudos

organizacionais.

O caso é uma unidade de análise, que pode ser um indivíduo, o papel

desempenhado por um indivíduo ou uma organização, um pequeno grupo, uma

comunidade ou até mesmo uma nação. Todos esses tipos de caso são unidades

sociais. Entretanto casos também podem ser definidos temporariamente (eventos

que ocorreram num dado período), ou espacialmente (o estudo de um fenômeno

que ocorre num dado local). Portanto, um caso pode ser um fenômeno simples ou

complexo, mas para ser considerado caso ele precisa ser específico (STAKE, In

DENZIN e LINCOLN, 2001, p. 436).

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A utilização de um único caso é apropriada em algumas circunstâncias:

quando se utiliza o caso para se determinar se as proposições de uma teoria são

corretas; quando o caso sob estudo é raro ou extremo, ou seja, não existem muitas

situações semelhantes para que sejam feitos estudos comparativos; quando o caso

é revelador, ou seja, quando o mesmo permite o acesso a informações não

facilmente disponíveis (STAKE, In DENZIN e LINCOLN, 2001, p. 135)

Pode-se dizer que os estudos de caso têm algumas características: é uma

descrição complexa e holística de uma realidade, que envolve um grande conjunto

de dados; os dados são obtidos basicamente por observação pessoal; o estilo de

relato é informal, narrativo, e traz ilustrações, alusões e metáforas; as comparações

feitas são mais implícitas do que explicitas; os temas e hipóteses são importantes,

mas são subordinados à compreensão do caso. Assim, um estudo de caso é mais

indicado para aumentar a compreensão de um fenômeno do que para delimitá-lo

(STAKE, In DENZIN e LINCOLN, 2001, p. 135).

Na primeira fase da condução de estudos de caso deve-se atentar para o

desenvolvimento do protocolo, documento formal que contém os procedimentos, os

instrumentos e as regras gerais a serem adotados no estudo e onde estão listados:

uma visão geral do projeto, com tema do mesmo, questões de estudo e leituras

norteadoras; procedimentos a serem adotados para coleta dos dados (observação

em campo, entrevistas, análise documental, etc.); plano de análise dos dados

coletados, com discriminação da natureza das informações colhidas (informações

descritivas, informações explanatórias) (YIN, p. 89-91).

Na segunda fase do estudo são colhidas as evidências que comporão o

material sobre o caso; trata-se da análise de documentos (da empresa, de órgãos

relacionados, etc..), do desenvolvimento de entrevistas junto às pessoas

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relacionadas ao caso, de observações (direta ou participativa, quando o observador

faz parte da realidade sob estudo) ou mesmo da utilização de artefatos (câmaras de

vídeo, p. ex.). O que é fundamental, neste momento, é a utilização de várias fontes

de evidência, como a triangulação de dados, de avaliadores, de métodos ou mesmo

de teorias ou perspectivas diferentes que possam estar explicando os dados.

Na última fase do estudo buscam-se a categorização e a classificação dos

dados, tendo-se em vista as proposições iniciais do estudo. Embora haja várias

estratégias para esta etapa, YIN (2001) propõe duas estratégias gerais: basear a

análise em proposições teóricas, organizando-se o conjunto de dados com base nas

mesmas e buscando evidência das relações causais propostas na teoria;

desenvolver uma estrutura descritiva que ajude a identificar a existência de padrões

de relacionamento entre os dados.

“A essência de um estudo de caso é tentar esclarecer uma decisão ou um

conjunto de decisões: o motivo pelo qual foram tomadas, como foi implementado e

com quais resultados” (SCHRAMM, 1971).

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4 ESTUDO DE CASO NO DESCARREGAMENTO DO PRODUTO HEXANO

O presente trabalho foi realizado em uma empresa localizada na cidade de

Ponta Grossa Paraná, é a unidade mais antiga de todo o Brasil. Desde 1965 e suas

origens estão no campo, em atividades agrícolas. A operação brasileira possui

unidades industriais, armazéns, escritórios e terminais portuários em cerca de 120

municípios, onde trabalham aproximadamente 6 mil funcionários.

Foi aplicada uma pesquisa de acompanhamento na empresa. Os dados

observados estão listados abaixo na sequencia em que se realiza todo o processo

de descarregamento do produto perigoso hexano desde a entrada do caminhão na

fabrica ate o momento de sua saída após todo o processo realizado.

- A fábrica estava em funcionamento normal.

- O caminhão quando chega na empresa se apresenta na portaria, o

funcionário avisa o chefe de segurança do setor, para ver se o caminhão já pode ser

liberado para a entrada.

- O chefe de segurança liberando a entrada do caminhão o funcionário

responsável pelo descarregamento já vai ate a rampa para esperar o caminhão.

- O motorista desliga o caminhão, e o funcionário verifica os documentos;

ficha de emergência e nota fiscal.

- Neste tempo ele vai testando o chuveiro de emergência e colocando os

equipamentos de segurança.

- A válvula da linha da descarga é conferida se esta na posição “off”.

- O motorista conecta o cabo terra no caminhão e verifica a pressão de ar

comprimido no caminhão, após esta confirmação desligar a chave de partida do

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caminhão. O caminhão já estacionado na rampa o funcionário tira amostras da carga

para analise no laboratório imediatamente.

- Verifica se o detector de aterramento indica luz verde, confirmando que o

caminhão está aterrado, livre de eletricidade estática e ligado à malha de controle de

aterramento.

- Acionamento das válvulas de sistema “Bottom” para realizar a descarga

sem necessidade de abertura da tampa superior.

- Retirar a primeira amostra de hexano da parte inferior do caminhão, drenar

um pouco no balde e realiza a segunda coleta de amostra no mesmo ponto.

- Leva estas amostras ao laboratório e faz as analises necessárias para

liberar o descarregamento.

- Dada a liberação pelo supervisor, conectar mangote no caminhão, solicitar

ao operador da extração para abrir as válvulas dos tanques.

- Abrir válvula da linha de descarga (mangote), abrir válvula de descarga do

caminhão.

- Anotar hora de início da descarga

- Inspecionar a linha para certificar que não há vazamentos.

- Acompanhar para que o sistema de válvulas do caminhão esteja

funcionando corretamente, permitindo a entrada de ar para evitar formação de vácuo

no interior do caminhão.

- Manter contato com o operador da extração via rádio, caso seja informada

alguma anormalidade na fábrica, deve-se parar a descarga de hexano.

- Caso aconteça alguma anormalidade no processo de descarga, paralisar o

processo fechando as válvulas do caminhão e da linha de descarga, solicitar

presença do chefe de turno.

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- Operador de extração deve acompanhar o nível dos tanques para que os

mesmos mantenham os níveis iguais.

- Ao término da descarga deve-se pedir ao operador de extração para fechar

as válvulas dos tanques.

- Anotar hora do término da descarga

- Fechar a válvula do mangote e desconectar o mesmo.

- Drenar mangote mantendo-o elevado após desconectar do caminhão

- Desconectar o cabo de aterramento do caminhão e liberar o mesmo.

- Verificar se detector de aterramento retornou para indicação de luz

vermelha.

- Certificar que válvulas de dreno do dique de contenção fiquem fechadas e

trancadas.

- Informar o operador da extração do fim do processo de descarga.

- Conforme vai se cumprindo as etapas o funcionário vai marcando na ficha

que esta representada na Tabela 02 que fica com ele que é uma sequencia das

tarefas a serem feitas do protocolo de segurança.

- Com o protocolo assinado pelo funcionário o chefe de segurança da a

liberação para o carregamento propriamente dito.

- O descarregamento leva um tempo de 40 minutos, toda a preparação leva

em torno de uma hora.

- O hexano fica armazenado em dois reservatórios subterrâneos.

A empresa utiliza um chek list como segue abaixo:

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AÇÃO RISCO INSTRUÇÕES E MEDIDAS DE CONTROLE VISTO

Parada do caminhão na área de descarga

-Escape de gases -Descarga elétrica -Serviços na área ao redor

Isolar a área Testar chuveiro e lava-olhos. Verificar carga do extintor de incêndio. Verificar condições atmosféricas. Acompanhar e auxiliar manobra de posicionamento do caminhão no local. Após parada do caminhão, conectar cabo de aterramento. Válvula de dreno de água deve estar fechada

Abrir sistema “Bottom”

-Falha no sistema “Bottom”. -Escape de gases

Verificar junto ao motorista as condições do sistema de pressão de ar do caminhão. Não ficar na frente da válvula quando aberta. Confirmar acionamento do sistema “bottom”.

Coletar amostras

-Inalação de gases.

Fazer uso dos E.P.I’s adequados à tarefa ( Máscara de proteção facial, luvas e avental ). Usar frascos plásticos ou de vidro. Abrir válvulas estando em posição perpendicular a elas.

Análise laboratorial.

-Contato com solvente -Inalação de gases

Seguir procedimento de análise descrito no final deste documento. Utilizar EPIs adequados tarefa ( Máscara de proteção facial, luvas e avental ).

Conectar mangote.

-Vazamento. -Derramamento

Colocar baldes de alumínio sob as válvulas de descarga do caminhão. Verificar estoque de hexano e anotar Certificar-se de que tanque de segurança 84C está vazio. Engate rápido do mangote em boas condições. Verificar se a fábrica e sistema de óleo mineral estão em operação normal. Solicitar ao operador de extração para abrir válvulas dos tanques 84 A/B e acompanhar os níveis dos tanques durante a descarga. Verificar se os DCS’s de nível alto nos tanques de hexana ( DCS’s 26A, 26B e 27) não estão ativados. Checar com operador da extração se DCS de hexano na saída do skim pit ( DCS 34) e no 1º compartimento skim pit (DCS 25) foram testados: Data do último teste: ___/ ___/ ___

Descarregar.

-Alta pressão no sistema. -Vácuo no interior do caminhão -Nível alto de solvente nos tanques, impossibilitando a descarga

Manter contato via rádio com operador de extração. Permanecer na área durante toda operação. Operador da extração deve avisar caso ocorra parada de fábrica ou alarme de nível alto nos tanques para suspender a descarga. Manter atenção para possíveis vazamentos. Certificar a entrada de ar no caminhão para evitar formação de vávuo no interior do mesmo.

Encerrar

-Vazamento de solvente na contenção -Esquecer válvulas da linha de descarga abertas

Drenar mangueiras após descarga. Fechar válvulas de linha para tanques. Avisar operador de extração do término da descarga. Em caso de vazamento de hexana na contenção, drenar para os tanques subterrâneos.

Fonte: Empresa.

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5 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES FINAIS

A produção e o uso de produtos químicos são fatores fundamentais para o

desenvolvimento econômico de todos os países. De uma maneira ou de outra os

produtos químicos afetam as vidas de todos os seres humanos diretamente ou

indiretamente por serem essenciais a nossa alimentação (agricultura), saúde

(produtos farmacêuticos) e nosso bem estar (eletrodomésticos, combustíveis etc).

A grande maioria dos produtos perigosos é transportada por rodovias, devido

a distancia onde produz os produtos ao consumo, que frequentemente se encontram

em mau estado associado a manutenção dos veículos, tipo de embalagens,

capacitação do pessoal envolvido na carga e descarga. O despreparo e a falta de

planos de emergência, certamente contribuem para o agravo das consequências,

tudo isso torna essa atividade potencialmente geradora de acidentes graves.

A empresa visitada está no Brasil desde 1965 e suas origens estão no

campo, em atividades agrícolas. Atualmente, está entre as maiores indústrias de

alimentos e uma das 20 maiores empresas do País. A operação brasileira possui

unidades industriais, armazéns, escritórios e terminais portuários em cerca de 120

municípios, onde trabalham aproximadamente 6 mil funcionários.

A unidade visitada foi em Ponta Grossa, a três anos atrás a empresa

concluiu a introdução do processo de comportamento seguro (PCS). Ela se baseia

na identificação, por meio da observação in loco, de tarefas do dia a dia, possíveis

atitudes inseguras e barreiras que impedem a adoção de medidas corretas para

sanar os problemas. Funcionários são treinados para desempenhar essa função e

dão feedbacks aos que executam as atividades em relação à posição do corpo,

limpeza e arrumação, e uso de equipamento de proteção individual.

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Como apresentado no objetivo do trabalho e na justificativa foi observado na

indústria nas visitas realizadas que o procedimento de segurança adotado pela

empresa para o sistema de descarregamento é seguido por um chek list elaborado

pelo responsável de segurança do setor, deste chek list algumas das medidas de

segurança foram negligenciadas pelo responsável do descarregamento como a

passagem de pessoas não autorizadas na área, a não permanência no local do

descarregamento, e a não utilização do EPIs na análise laboratorial.

Quanto ao caminhão estava em ótimas condições de uso não aparentando

problemas. Já a qualificação de todas as pessoas envolvidas no descarregamento

do produto foi observado que os funcionários da empresa estavam bem preparados,

mas como a rotina semanal da descarga do produto perigoso acaba que sendo

habitual aos funcionários e eles acostumam com o perigo e assim negligenciando

algumas medidas de segurança e deixando em risco a vida não só deles mas de

toda a região ao redor da empresa.

A efetividade de fiscalização das cargas nas rodovias e dos treinamentos

das pessoas envolvidas em todo o processo de manuseio dos produtos pode reduzir

os índices de acidentes, proporcionando uma melhoria na qualidade de vida do

trabalhador.

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REFERÊNCIAS

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Especificam as características e dimensões da ficha de emergência e do envelope para o transporte de produto perigoso. (NBR 7503 2008). ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Transporte e manuseio de materiais, simbologia (NBR 7500 JULHO 2004). COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS - ATENDIMENTO ÀS EMERGÊNCIAS COM PRODUTOS PERIGOSOS (MAEPP), 1. Edição, 2006 (VOLUME 21). LOPES, Marta Regina; SANTOS, Felipe Boz. MANUAL DE PRODUTOS QUÍMICOS. SEGURANÇA, MANUSEIO E TRANSPORTE. Projeto FIPE/UFSM, 2006. MICHEL, Oswaldo. Controle do uso de produtos perigosos causadores de dependência e lesões entre os trabalhadores. São Paulo: LTr, 2001. MORAES, Vinicios Thadeu Lúcio de. transporte de produtos perigosos. Monografia. Curitiba 2005. Páginas 50. SILVA FILHO, Armando Lopes. Segurança Química, Risco Químico no Meio Ambiente de Trabalho. São Paulo: LTr,1999. VILLANUEVA, Fernando da Veiga. Transporte e manuseio de produtos perigosos. Monografia Curitiba 1993. Páginas 43.

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