MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRÍCOLA.pdf
-
Upload
altairfin9783 -
Category
Documents
-
view
213 -
download
0
Transcript of MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRÍCOLA.pdf
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
1/99
UNIVERSIDADE TECNOLGICA FEDERAL DO PARAN
PROGRAMA DE PS-GRADUAO EM ENGENHARIA DE PRODUO
MESTRADO EM ENGENHARIA DE PRODUO
CARLOS ALESSANDRO NEIVERTH OLISZESKI
MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA: UM CENRIO PARA
OTIMIZAO DE PROCESSOS AGROINDUSTRIAIS
DISSERTAO
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
2/99
CARLOS ALESSANDRO NEIVERTH OLISZESKI
MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA: UM CENRIO PARA
OTIMIZAO DE PROCESSOS AGROINDUSTRIAIS
Dissertao apresentada como requisito
parcial obteno do ttulo de Mestre emEngenhariade Produo, do Programa dePs-Graduaoem Engenharia deProduo,UniversidadeTecnolgicaFederal do Paran, readeConcentrao: Produo eM
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
3/99
Ficha catalogrfica elaborada pelo Departamento de Biblioteca
da Universidade Tecnolgica Federal do Paran, Campus Ponta Grossan.29/11
1.1.1.1
1.1.1.2 O46Oliszeski, Carlos Alessandro Neiverth
Modelos de planejamento agrcola: um cenrio para otimizao de processosagroindustrial / Carlos Alessandro Neiverth Oliszeski. -- Ponta Grossa: [s.n.], 2011.
97 f.: il. ; 30 cm.
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
4/99
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
5/99
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
6/99
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
7/99
Nem tudo que se enfrenta pode sermodificado, mas nada pode ser
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
8/99
RESUMO
OLISZESKI, Carlos Alessandro Neiverth. Modelos de planejamento agrcola:umcenrio para otimizao de processos agroindustriais.2011. 99 f. Dissertao(Mestrado em Engenharia de Produo) Programa de Ps-Graduao emTecnologia, Universidade Tecnolgica Federal do Paran. Ponta Grossa, 2010.
Os setores agroindustriais, cada vez mais, buscam o aprimoramentoe oconhecimento tecnolgico dentro de suas reas de atuao. No somente pelaconcorrncia, que cada vez mais acirrada, mas tambm pela prpria e simplessobrevivncia no mercado. Isso faz com que haja uma necessidade de se conseguiruma otimizao de aes, que no caso da agroindstria traduzido como produzir ecultivar alimentos com economia de investimentos, evitando o desperdcio dematria-prima, insumos e mo-de-obra, agravado pelo fato de ser um setor queconta com as adversidades do clima. A pesquisa operacional, como cincia,estrutura processos, propondo um conjunto de alternativas de ao, fazendo apreviso e a comparao de valores, de eficincia e de custos. J os modelos deotimizao, so utilizados quando existe o interesse em se encontrar a alternativaque melhor atenda a um ou simultaneamente a vrios objetivos, dado um conjuntode restries, geralmente lineares. Tendo como princpio a obteno de soluestimas para os processos agroindustriais de planejamento e escolha de culturasagrcolas, o objetivo do presente trabalho foi realizar a construode modelos de
otimizao que devem ser considerados para que haja a maximizao de lucros empropriedades agrcolas, com melhor aproveitamento de terras, capital e mo-de-obranos sistemas de produo propostos, bem como a maximizao do sucesso dese optar por determinadas culturas.Os modelos desenvolvidos, mostraram sercapazes de planejarem e orientarem o tomador de deciso no que dizem respeito aotipo de sistema de produo a ser utilizado e tambm sob qual cultura fazer-se osdevidos investimentos.No entanto, osmesmos modelos propostos, servem apenascomo ferramentas de auxilio a tomada de deciso, no descartando a interpretaotcnica ou o conhecimento tcito do empreendedor.
Palavras-chave: Otimizao, Agroindstria, Pesquisa Operacional, CulturasAgrcolas
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
9/99
ABSTRACT
OLISZESKI, Carlos Alessandro Neiverth. Models for agricultural planning: ascenario for process agribusiness optimization. 2011. 99f. Dissertation (Master inProduction Engineering) - Graduate Program in Production Engineering, FederalTechnological University of Paran. Ponta Grossa, 2010.
The agro industrial sectors, increasingly, seek to improve knowledge and technologywithin their areas. Not only the competition, which is increasingly fierce, but also bythe very simple and survival in the market. This means that there is a need toachieve an optimization of actions, which in the case of agribusiness is translated toproduce and cultivate food with economy investments, avoiding the waste of rawmaterials, supplies and manpower, aggravated by being an industry with theadversities of climate. The operational research as a science, structure processes,proposing a set of alternative actions, making the prediction and comparison ofvalues, efficiency and cost. Since the optimization models are used when there isinterest in finding the alternative that best meets one or several goals simultaneously,given a set of constraints, usually linear. Having as a principle to obtain optimalsolutions for the agro industrial processes of planning and choice of crops, the aim ofthis work was the construction of optimization models that should be considered sothat there is profit maximization in agricultural properties, with improved use of land,capital and manpower in production systems proposed, as well as maximizing the
success of opting for certain crops. These models have proved to be able to plan andguide the decision maker as they relate to the type of production system used andalso from culture to do what is proper investment. However, they proposed modelsonly serve as tools to aid the decision-making, not discarding the technicalinterpretation or tacit knowledge of entrepreneurs.
Keywords:Optimization, Agribusiness, Operational Research, Croplands
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
10/99
LISTA DE ILUSTRAES
Figura 1 Estrutura do Desenvolvimento do Modelo Matemtico ............................. 16Figura 2 Etapas da Modelagem de Processos ....................................................... 22Figura3 Exemplo de Otimizao Agrcola .............................................................. 25Figura 4 Fluxo de Ao para o Ajuste .................................................................... 28Figura 5 Fatores de Evoluo da Gesto Estratgica ............................................ 28
Figura 6 Cultivo Convencional ................................................................................ 37Figura 7 Fases do Plantio Convencional ................................................................ 38Figura 8 Cultivo Orgnico. ...................................................................................... 39Figura 9 Cultivo em Plantio Direto .......................................................................... 41Figura 10 Cultivo Irrigado ....................................................................................... 43Figura 11 Formas de Cultivo Protegido .................................................................. 44Figura 12 Fluxograma de modelagem .................................................................... 63Figura 13 Distribuio das Culturas de Cereais ..................................................... 69Figura 14 Lucro das Culturas de Cereais ............................................................... 71Figura 15 Sucesso das Culturas de Cereais .......................................................... 71Figura 16 Distribuio das Culturas de Cereais ..................................................... 73Figura 17 Lucro das Culturas de Hortalias ........................................................... 75Figura 18 Sucesso das Culturas de Hortalias....................................................... 76Figura 19 Distribuio das Culturas de Frutas ....................................................... 77Figura 20 Lucro das Culturas de Frutas ................................................................. 79
Figura 21 Sucesso das Culturas de Frutas ............................................................ 79Figura 22 Distribuio do Planejamento Agrcola ................................................... 80
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
11/99
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Lucro e Sucesso dos Cenrios de Cereais .............................................. 68Tabela 2 - Lucro e Sucesso dos Cenrios de Hortalias ........................................... 72Tabela 3 - Lucro e Sucesso dos Cenrios de Hortalias sem Batatas ...................... 72Tabela 4 - Lucro e Sucesso dos Cenrios de Frutas ................................................ 76
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Valores Tpicos de Agricultores e Pecuaristas ........................................ 29
Quadro 2 - Custos de Produo Agrcola .................................................................. 52
Quadro 3 - Coeficientes Tcnicos Agrcolas ............................................................. 60Quadro 4 - Restries sujeitas s culturas agrcolas ................................................ 62
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
12/99
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
13/99
2.9 RISCO CLIMTICO E ZONEAMENTO AGRCOLA ........................................... 48
3 METODOLOGIA DA PESQUISA ........................................................................... 493.1 MTODO CIENTFICO ....................................................................................... 493.2 CLASSIFICAO DA PESQUISA ...................................................................... 493.3 POPULAO E AMOSTRA ................................................................................ 493.4 ESTRUTURA DA METODOLOGIA APLICADA .................................................. 503.5 CARACTERIZAO DA PRODUO AGRCOLA ............................................ 50
3.5.1 Matriz de Componentes e Coeficientes Tcnicos ............................................ 513.6 DEFINIO DE PARMETROS ......................................................................... 533.6.1 Dados Tcnicos Necessrios para o Zoneamento Agrcola de Risco Climtico533.7 COLETA DE DADOS .......................................................................................... 543.8 DEFINIO DAS CULTURAS ............................................................................ 553.9 CULTURAS EMPREGADAS PARA OS MODELOS ........................................... 55
3.9.1 Hortalias ......................................................................................................... 553.9.2 Cereais ............................................................................................................. 563.9.3 Frutas ............................................................................................................... 563.10 DESCRIO DO MODELO .............................................................................. 573.10.1 Variveis de Deciso ...................................................................................... 583.10.2 Funes Objetivo ........................................................................................... 583.10.3 Restries ...................................................................................................... 593.11 FORMULAO DO MODELO .......................................................................... 614 ANLISE DOS RESULTADOS ............................................................................. 684.1 CENRIO C1 SEM CONHECIMENTO TCNICO DO TOMADOR DEDECISO EM CEREAIS .......................................................................................... 694.2 CENRIO C2 CEREAIS COM SISTEMA DE PRODUO EM CULTIVO DEPLANTIO DIRETO .................................................................................................... 70
4.3 CENRIO C3 CEREAIS COM SISTEMA DE PRODUO EM CULTIVOCONVENCIONAL ..................................................................................................... 704.4 CENRIO C4 SEM CONHECIMENTO TCNICO DO TOMADOR DEDECISO EM HORTALIAS .................................................................................... 734.5 CENRIO C5 HORTALIAS EM SISTEMA DE PRODUO CONVENCIONAL
74
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
14/99
REFERNCIAS ......................................................................................................... 83
APNDICE A ............................................................................................................ 89APNDICE B ............................................................................................................ 92
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
15/99
13
1 INTRODUO
Os setores da agroindstria sejam eles, de processamento, insumos,
distribuio e produo primria vm como em outros setores, aprimorando o
conhecimento tecnolgico dentro de suas reas de atuao, no somente pela
concorrncia que cada vez mais acirrada, mas tambm pela simples sobrevivncia
no mercado. Seja por questes de gerenciamento, controladoria ou tomadas dedeciso, a evidncia da empresa do futuro dever ser baseada no equilbrio entre a
gesto, o controle de seus projetos e a constante busca por tecnologias e o
desenvolvimento de novos produtos.
Tomar decises exige um embasamento muito forte, principalmente quando
esto envolvidos grandes investimentos. Caso contrrio, corre-se o risco de serealizar investimentos de forma indevida, ou deixar de faz-los quando eram
necessrios.
Paralelamente a essa situao esto os pequenos produtores, que
geralmente possuem uma baixa renda e retiram seu sustento do pequeno espao de
terra que dispem em sua propriedade. Essa classe normalmente no possui basecientfica ou conhecimento necessrio para planejar adequadamente o seu processo
produtivo e dele retirar os melhores resultados possveis, mesmo com o auxlio de
um profissional.
Por diversas vezes, as pessoas ligadas ao ramo da agroindstria no
conseguem selecionar as melhores culturas a serem cultivadas em seus solos, noatentam para os melhores resultados de produtividade com relao ao espao
disponvel ou simplesmente, deixam de lado a possibilidade de obter maior lucro
com a mesma quantidade de recursos disponveis.
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
16/99
14
reas, especialmente no que se refere a problemas de tomada de deciso no setor
agrcola.
Partindo desse princpio, o desenvolvimento de modelos que contribuam
para a compreenso mais eficaz dos problemas enfrentados por propriedades rurais,
e que, proponham sistemas e mtodos que deem suporte s atividades da
agroindstria, seria de grande auxlio para prover um melhor planejamento dos
processos.
Assim, a construo de modelos matemticos como ferramentas de
pesquisa e promotora de eficincia decisria pode ser um passo importante para
atingir, com maior exatido, determinados resultados, bem como prever e controlar
possveis falhas.
1.1 CONTEXTUALIZAO
Numa poca em que os processos de produo agrcola constituem fator
importante da economia, algumas questes vm tona: O que produzir? Quanto
produzir? Para quando produzir? Como produzir?
A obteno de um modelo para especificar as exigncias tcnicas e a
quantidade de recursos utilizados para cada tipo de cultura seria de grande valia
para auxiliar no somente pequenos, mas tambm mdios e grandes produtores e
outras organizaes do ramo agroindustrial, ou ainda, qualquer pessoa que
disponha de uma rea para cultivo e que pretenda montar ali uma rea produtiva.
Contini et al, (1986),dizem que o processo de tomada de deciso do
agricultor geralmente rduo, dada complexidade inerente atividade. Neste
processo incluem-se elementos de tradio e aprendizado condies de
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
17/99
15
uma propriedade, de modo que retorne os maiores lucros, adaptados s condies
de cada regio?
1.2 OBJETIVOS DO ESTUDO
1.2.1 Objetivo Geral
Construir um modelo matemtico que auxilie a tomada de deciso
considerando a melhor alternativa em maximizar o lucro (receita lquida) e maximizar
o sucesso das culturas em sistemas de produo agrcola.
1.2.2 Objetivos Especficos
Analisar os parmetros indicadores de consumo de insumos e fatores de
produo utilizados nos sistemas de cultivo e os custos de produo de algumas
culturas agrcolas de interesse econmico.
Definir cenrios de planejamento para culturas agrcolas, fornecendo ao
tomador de deciso a melhor estratgia de produo a ser adotada para
determinado perodo.
Avaliar, atravs da construo do modelo matemtico, o custo, ciclo e risco
das operaes agroindustriais inerentes a cada diferente tipo de cultivo.
1.3 JUSTIFICATIVA
Os ltimos desenvolvimentos no setor industrial e de produo tm
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
18/99
16
No entanto, a proliferao dos computadores pessoais e o desenvolvimento
de planilhas eletrnicas fceis de usar, tornaram as ferramentas de gesto muito
mais prticas e disponveis para um pblico muito maior.
Gameiro et al. (2008), desenvolveram um modelo que permite visualizar
ganhos no processos no processo de suprimento de tomates para processamento
industrial.
Neste contexto, Tanure et.al (2009),declararam que, a utilizao de modelosvem a auxiliar efetivamente a tomada de deciso pelo produtor rural, constituindo-se
num valioso instrumento de persuaso para implantao de novas tecnologias e
descarte daquelas j ultrapassadas.
Em complemento, o desenvolvimento de modelos para o auxlio ao
planejamento agrcola, seria mais uma ferramenta a produtores e gerentes depropriedades rurais, dando suporte s atividades da agroindstria e ao planejamento
desses processos.
Para esclarecer a estrutura seguida na elaborao deste trabalho, a Figura
1demonstra os passos adotados para obteno do modelo proposto.
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
19/99
17
2 REVISO DE LITERATURA
2.1 O PLANEJAMENTO NO EMPREENDIMENTO RURAL
Segundo Vilckas (2004), a elaborao e implementao do planejamento no
setor rural representam um desafio muito grande, tendo em vista que os
empreendimentos desse setor esto sujeitos a um grande nmero de variveis,
como a dependncia de recursos naturais, a sazonalidade de mercado, a
perecibilidade dos produtos, o ciclo biolgico de vegetais e de animais eo tempo de
maturao dos produtos.
J para Batalha (2007), outro fator importante a possibilidade de
mudanas imediatas na produo, pois uma vez realizado o investimento,
necessrio aguardar o resultado da produo e esco-la rapidamente, mesmo em
condies desfavorveis de mercado, a menos que o produto possa ser estocado
espera de melhores condies de venda.
Essas particularidades resultam em uma maior complexidade no
gerenciamento do empreendimento rural, que pode ser reduzida com o emprego detcnicas gerenciais que garantam sua competitividade em longo prazo.
De acordo com a Confederao da Agricultura e Pecuria do Brasil (CNA) a
utilizao de ferramentas gerenciais pelos produtores ainda reduzida, mas que
estes, tm percebido que s os conhecimentos tcnicos de produo/criao,
embora fundamentais, no bastam, e esto reconhecendo a importncia daadministrao, em especial a do planejamento, em suas atividades.
Os benefcios da administrao para o desempenho econmico das
propriedades rurais so muitos e significativos.
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
20/99
18
Participam dessa deciso diversos fatores que podem ser alinhados
segundo suas principais vertentes: caractersticas dos recursos disponveis econdies de mercado.
A primeira vista, o espectro de alternativas possveis, na escolha do elencode produtos pelo qual se pode optar, parece bastante amplo. Entretanto,esse elenco se restringe medida que se analisem as caractersticas dosrecursos disponveis. Assim, o primeiro estgio de anlise supe que sefaa uma avaliao do potencial natural, sem o uso do que se poderiadenominar como adequadores de produtividade muito complexos ou caros,tais como corretores de solo, equipamentos ou construes sofisticadas.(CAIXETA-FILHO, 2004).
2.1.2 Quanto Produzir?
evidente que quando se fala em empresa rural a quantidade a produzir
estar inicial e fortemente vinculada a deciso do que produzir (mnimo
economicamente aceitvel), a rea disponvel (mximo possvel) e a demanda ou
restries do mercado, isto , quantidade recomendvel ou contratada.
Se o mximo recomendvel ou contratado for compatvel com o mximo
possvel, tanto melhor, ocupa-se toda a rea disponvel. Deve-se observar que o
mximo disponvel tambm estar condicionado s necessidades de recuperao do
solo ou cobertura de reas degradadas pelo uso, exigindo uma rotatividade dos
espaos de produo.
Dependendo do produto da empresa rural e da capacidade econmica do
produtor, deve-se considerar tambm a hiptese de estocar o produto em face de
condies melhores de venda futura. Desta forma, restries de mercado podem ser
atenuadas.
A di id d d ti t t i d
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
21/99
19
Quando dedicados a produtos nicos, estes devem ser tais que ocupem
nichos especficos de mercado ou tenham demandas contratadas comexclusividade.
2.1.3 Para Quando Produzir?
Como para todos os demais produtos, houve poca em que a demanda deprodutos primrios era superior a oferta e produzia-se tanto quanto fosse possvel,
pois se tinha a certeza de que comercializar era s uma questo de ter os meios
para transportar e atingir os mercados. Assim, "quando entregar" no era uma
questo to relevante.
Havia demanda para receber todos os produtos primrios ouartesanalmente manipulados e estocar era uma preocupao do cliente ouusurio. Entretanto, ao longo do tempo, em face da grande oferta,modernizao dos meios de transporte e exigncias do mercadoconsumidor, uma gama significativa de produtos primrios passou a fazerparte de cadeias agroindustriais tornando-se insumo para enormediversidade de produtos industrial. (CAIXETA-FILHO, 2004).
Estocar deixou de ser uma preocupao do cliente ou usurio para ser uma
preocupao da indstria transformadora e do comrcio. Estes segmentos,
entretanto, muito mais atentos as economias de escala, passaram a pressionar as
empresas rurais a fornecer seus produtos com a frequncia requerida pelo
processamento industrial, evitando-se ao mximo estoque e perdas desnecessrias.Assim, passou-se a exigir entregas de matrias-primas mais constantes em prazos
determinados.
2 2 ADMINISTRAO DE PROPRIEDADES E ATIVIDADES RURAIS
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
22/99
20
brasileiro ainda se desenvolve dentro de critrios tradicionais que apresentam um
padro de desempenho restrito, considerando seu potencial global.Sobre a importncia de um sistema de custos, Marion (2000), destaca seus
objetivos dentro da empresa afirmando que refletem sua importncia como
ferramenta bsica para a administrao de qualquer empreendimento,
especialmente na agropecuria, cujos espaos de tempo entre produo e vendas,
ou seja, entre custos e receitas, fogem a simplicidade de outros tipos de negcios.A classificao proposta por Marion (2000) contempla as principais
expectativas conceituais sobre custos rurais por sua adequao, referencias e
enfoque, apresentando trs tipos:
a) Quanto a Natureza: Classificao que se refere identidade daquilo que foiconsumido na produo.
b) Quanto identificao com o Produto: Classificao que se refere a maior ou
menor facilidade de identificar os custos com os produtos, atravs de uma
medio precisa dos insumos utilizados, da relevncia do seu valor ou daapropriao dos gastos por rateio.
c) Quanto a sua Variao Quantitativa: Classificao que se refere ao fato de os
custos permanecerem inalterados ou variarem em relao s quantidades
produzidas. Ou seja, os custos podem variar proporcionalmente ao volumeproduzido ou podem permanecer constantes, independentemente do volume.
2.2.1 Representao Quantitativa dos Custos Rurais
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
23/99
21
O planejamento das operaes, demandado pela crescente competitividade
sugere que uma perspectiva analtica sobre o comportamento dos custos defabricao deve ser desenvolvida e aperfeioada. Mais importante se torna o
processo de apurao e alocao dos custos indiretos de fabricao.
Para visualizar a perspectiva que a apurao dos custos globais de uma
determinada empresa rural oferece, observa-se a estrutura da equao:
Onde:
Cg Custos Globais
V Elemento de custo das atividades vegetais;
A - Elemento de custo das atividades animais;
I - Elemento de custo das atividades agroindustriais;
C - Elemento de custo das atividades complementares;
P Custo unitrio do item de custo;
i Quantidade de elementos de custos das atividades vegetais;
k Quantidade de elementos de custos das atividades animais;
m Quantidade de elementos de custos das atividades agroindustriais
q Quantidade de elementos de custos das atividades complementares.
2.3 A TOMADA DE DECISO NA AGRICULTURA
Conforme Brossier (1990) so antigos os esforos no sentido de modelar o
processo de tomada de deciso. A teoria microeconmica da firma constitui o
primeiro esforo de elaborao de um modelo que foca o comportamento dos
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
24/99
22
Os agricultores gerenciam fatores e tcnicas para produzir bens e servios.
Assim, eles tomam decises tcnicas e econmicas, baseados em regras eprincpios escolhidos rapidamente.
Pindyck e Rubinfeld (1994) dizem que preciso escolher o grau de risco que
se est disposto a assumir. Ou seja, no momento em que as condies futuras so
incertas, tomar deciso envolve riscos. Assim, a escolha do grau de risco a ser
assumido depender de alguns fatores pelos quais os administradores podero serinfluenciados. Esses fatores podem ser a busca de maiores rendimentos, melhores e
maiores oportunidades, probabilidade de ocorrncia, etc.
No caso dos produtores rurais, a falta de informaes sobre o
comportamento do mercado e sua composio de custos de produo, os deixa
merc de posies especulativas, as quais multiplicam em muito os riscos eincertezas de suas atividades.
2.3.1 Tomada de Deciso Multicritrio
Conforme (Gomes et.al, 2002) nos problemas multicritrio, bastante
comum que, para o agente de deciso, alguns critrios sejam mais relevantes doque outros.
Por motivos diversos, entre os quais esto suas preferncias pessoais
(razoavelmente explicitadas ou completamente subjetivas), o agente de deciso
pode considerar alguns critrios menos ou mais importantes do que os demais.
2.3.2 Modelos de Planejamento Agrcola e Otimizao Agroindustrial
Com base em programao matemtica, um modelo visa compreender
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
25/99
23
O trabalho de Gameiro et al. (2008), apresenta resultados que permitem
avaliar positivamente a otimizao de modelos em processos agroindustriais, pois,visualizaram potenciais ganhos no processo de suprimento a partir de sua reviso.
Ainda, disseram que, a gesto de pessoas, mquinas, frotas e dos tempos
fundamental no contexto. A coordenao das atividades, objetivando maior sincronia
entre as etapas interdependentes, foi capaz de gerar resultados financeiros bastante
significativos no segmento de processamento industrial de tomates.Ahumada e Villalobos (2008) construram um modelo em que o objetivo era
maximizar o valor lquido das receitas, e sua principal contribuio era a de
determinar em simultneo a otimizao discreta das despesas e de capital para
ambos os padres, perodo nico e perodo.
Segundo (Heckelei e Wolff (2003), o uso de uma abordagem de programaomatemtica tem a vantagem de modelar explicitamente condies tecnolgicas e
polticas (obrigaes, cotas de produo e restries) em que as funes de
comportamento no podem ser derivadas facilmente.
Louhichi et al. (2004),dizem que os principais componentes que devem
englobar a construo de um modelo para o planejamento rural so:
- Um conjunto de variveis de deciso que descrevem as atividades
agrcolas e do estado do sistema.
- Uma funo objetivo que descreve o comportamento do agricultor e os
objetivos em particular sobre o risco.- Um conjunto de restries fsicas, financeiras, tcnicas, econmicas e
agronmicas, representando as especificaes de funcionamento do sistema.
- Um conjunto de polticas e medidas ambientais (preo e mercado), cotas e
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
26/99
24
os princpios da teoria econmica do produtor e ao fato das necessidades de
informao serem substancialmente inferiores s dos mtodos economtricos.HOWITT, (1995).
O problema econmico do produtor agrcola geralmente formulado sob a
forma primal da PL, em que o objetivo determinar a combinao das atividades
agrcolas que maximizam o lucro e que so admissveis relativamente
disponibilidade dos recursos fixos.Segundo Howitt (1995) a origem do problema de sobre-especializao da
soluo do modelo de PL, principalmente nos modelos agregados, est no reduzido
nmero de restries empricas comparado com o nmero observado de atividades
agrcolas na situao de referncia, na falta de especificao da no linearidade das
tecnologias agregadas e no fato de ser difcil considerar os preos endgenos dosprodutos e o risco no comportamento dos agentes econmicos.
Caixeta Filho (2004), diz que uma das aplicaes mais clssicas da
programao linear, ramo da pesquisa operacional, diz respeito ao planejamento
agrcola, ou mais genericamente, planejamento agroindustrial.
Segundo Engau (2009), muitos problemas na deciso de gesto oufinanciamento, bem como vrias outras reas exigem a considerao simultnea de
vrios critrios e, assim, so muitas vezes modelados e resolvidos por meio de
mtodos multiobjetivo de programao e de tomada de deciso multicritrio.
Uma caracterstica comum a todos estes problemas que, em geral, no
existe uma nica soluo ideal, mas sim um conjunto dos chamados solues dePareto, entre os quais, o decisor escolhe, com base em preferncias pessoais ou
critrios adicionais no includos no modelo de otimizao original.
Como exemplo, a figura 3 mostra o resultado de uma otimizao agrcola,
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
27/99
25
A regio delimitada pelo trapzio demonstra a rea ideal de plantio e cultivo
de um determinado tipo de cereal, o qual teve seus objetivos focados emmaximizao de lucro e minimizao de riscos, baseados nas condies de restrio
do produtor.
Figura 3Exemplo de Otimizaco Agrcola
Fonte: Adaptado de Huseby e Haavardsson (2009, P. 245)
Alencar et al (2009), desenvolveram um sistema de apoio deciso que
utiliza programao linear para otimizao multiobjetivo de reas irrigadas baseados
no CISDERGO (Curi e Curi; 2001a), no ORNAP (Curi e Curi; 2001)e no modelo de
Santos (2007), onde foi realizado um comparativo entre dois paradigmas distintos: omanejo agrcola convencional (utilizando agrotxicos e adubao qumica) e o
manejo agrcola orgnico, levando em conta critrios financeiros, sociais e
ambientais
26
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
28/99
26
tarefas de campo, anlise de investimento, seleo de mquinas e outros aspectos
do processo de produo. O objetivo do modelo a minimizao dos custosdecorridos pelos agricultores durante a campanha agrcola. O modelo foi utilizado
com sucesso como parte da ampliao de servios na Espanha, fornecendo
recomendaes sobre culturas e rentabilidade.
Vitoriano et al. (2003), desenvolveram um modelo usado para planejar a
explorao dos recursos e para programar as diferentes atividades necessrias parao cultivo das culturas.
O objetivo global do modelo minimizar custos totais. O modelo considera o
tempo, precedncia e recursos, para restringir a programao de produo
e atividades na explorao. O documento considera duas abordagens de
modelagem, uma em que so particionadas em discretas unidades, e uma segundaque usa um horizonte temporal contnuo. A primeira preferida para horizontes de
planejamento em curto prazo, enquanto o ltimo utilizado por longos horizontes de
planejamento
soltas com janelas temporais.
Ayala et al. (1996) analisaram diversos fatores envolvidos no planejamentoagrcola para identificar reas aptas e seus riscos na provncia de Almaria, Espanha.
Silva et al. (1999) utilizaram-se de um modelo de simulao para anlise e apoio
deciso em agrossistemas.
DE GES2.4 GERENCIAMENTO AGRCOLA
De acordo com Duffy e Kayg (2007), gestores de fazendas exercem muitas
funes, e grande parte do seu tempo gasto fazendo trabalhos de rotina. No
27
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
29/99
27
Para formular um plano, os gestores devem primeiro estabelecer metas ou
ter certeza de que eles entendem claramente os objetivos do proprietrio e donegcio.
Em segundo lugar, devem identificar a quantidade e a qualidade dos
recursos disponveis para se cumprir as metas.
Na agricultura, esses recursos incluem a terra, gua, mquinas, animais,
capital e trabalho.Terceiro, os recursos devem ser alocados entre as vrias utilizaes
concorrentes.
O gestor deve identificar todas as alternativas possveis, analis-las e
selecionar aquelas que mais se aproximam do cumprimento das metas do negcio,
e todos estes passos requerem ao gestor tomar decises de longo e curto prazo.Uma vez que um plano desenvolvido, ele deve ser implementado. Isso
inclui a aquisio de recursos e materiais necessrios para colocar o plano em vigor,
alm de supervisionar todo o processo.
2.4.2 Controle e Ajuste
A funo de controle inclui o monitoramento de resultados, o registro de
informaes, e a comparao dos resultados com um padro.
Ele garante que o plano est sendo seguido e produzir os resultados
desejados, ou fornece um aviso antecipado para que os ajustes possam ser feitos
ou no.
Os resultados e outros dados relacionados podem ser uma fonte de novas
informaes para melhorar os planos futuros.
28
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
30/99
28
A Figura 4 ilustra o fluxo de ao desde o planejamento at a implementao
e controle para o ajuste.
Figura 4Fluxo de Ao para o AjusteFonte: Turban, 1990 apud Porto, 2002
2.5 GESTO ESTRATGICA DA FAZENDA
Em princpio, a gesto estratgica de uma propriedade agrcola pode ser
estabelecida com a evoluo dos fatores indicados como na figura 5.
Figura 5Fatores de Evoluo da Gesto EstratgicaFonte: Vilckas, 2004
2 5 1 Definindo a misso do negcio
29
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
31/99
29
As declaraes da misso devem enfatizar os talentos especiais e as
preocupaes de cada explorao agrcola e de seus gestores.
2.5.2 Formulao dos Objetivos do Negcio
Duffy e Kayg (2007) dizem que os objetivos fornecem um ponto de
referncia para a tomada de decises e medem o progresso.Para uma fazenda familiar proprietria e operante, os objetivos do negcio
podem ser um subconjunto de metas para a famlia em geral.
Para as propriedades maiores, onde os gestores contratados so
empregados, os proprietrios podem definir os objetivos, enquanto o gerente se
esfora para atingi-los.Nem todos os administradores de fazenda tm os mesmos objetivos, mesmo
quando seus recursos so semelhantes. Isso ocorre porque as pessoas tm valores
diferentes. Valores de influenciar as pessoas, a definio de metas e que prioridades
puseram sobre elas.
O Quadro 1 apresenta alguns valores tpicos de agricultores e pecuaristas.Como eles se sentem sobre como cada um deles afetar o seu negcio e os
objetivos da famlia.
1 Uma fazenda um bom lugar para se estabelecer uma famlia.
2 Uma fazenda deve ser administrada como uma empresa.
3 aceitvel que os agricultores peam dinheiro emprestado.4 O agricultor deve ter pelo menos duas semanas de frias a cada ano.
5 melhor ser independente do que trabalhar para algum.
6 aceitvel que um agricultor tambm trabalhe fora da fazenda.
30
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
32/99
30
comprometer, se necessrio, para se chegar a um conjunto de objetivos
mutuamente aceitveis.Quando as metas esto sendo estabelecidas, necessrio ter em mente os
seguintes pontos importantes:
1. Os objetivos devem ser escritos. Isso permite que todos os envolvidos possam ver
e concordar com um registro para a reviso em datas posteriores.
2. Metas devem ser especficas. "Possuir 240 hectares de terras agrcolas classe X
no municpio Y". Elas ajudam o gerente a determinar se uma meta pode ser atingida
e possibilitar um senso de compreenso e uma oportunidade de pensar sobre as
definies das novas metas.
3. Os objetivos devem ter indicadores. O objetivo de possuir, por exemplo,240
hectares mensurvel, e cada ano o gestor pode avaliar o progresso em direo
meta.
4. As metas devem ter um calendrio. "Para possuir 240 hectares dentro de cinco
anos" mais til do que uma meta com uma data de concluso em aberto, ou vago.
O prazo ajuda a manter o gestor focado em alcanar a meta.
Raramente existe um nico objetivo; operadores agrcolas geralmente tm
mltiplos objetivos. Quando isso ocorre, o gerente deve decidir quais metas so
mais importantes.Algumas combinaes de metas podem ser impossveis de alcanar
simultaneamente, o que torna o processo de classificao ainda mais importante.
Outro trabalho do gestor equilibrar as compensaes entre objetivos
31
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
33/99
3
A maximizao do lucro frequentemente assumida como sendo um dos
principais objetivos de todos os proprietrios de negcios, particularmente no estudoda economia.
No entanto, os operadores agrcolas, muitas vezes optam pela sobrevivncia
ou permanncia no negcio acima de maximizao do lucro.
O lucro necessrio para pagar as despesas da famlia e os impostos,
aumento de capital do proprietrio, a dvida diminui, e possibilitar a expanso daproduo.
No entanto, vrios objetivos possveis na lista implicam minimizao ou
preveno de riscos, que podem conflitar com a maximizao do lucro.
Os planos de produo mais rentveis em longo prazo e estratgias esto
abertos a maiores riscos tambm.Lucros altamente variveis de ano para ano podem reduzir
consideravelmente as chances de sobrevivncia, em conflito com o desejo de um
rendimento estvel. Por essas e outras razes, a maximizao do lucro nem sempre
o objetivo mais importante para todos os operadores agrcolas.
O lucro pode ser maximizado sujeito a atingir nveis mnimos aceitveis deoutros objetivos, tais como segurana, lazer e proteo ambiental. No entanto, a
maximizao do lucro tem a vantagem de ser facilmente mensurado, quantificado e
comparado entre diferentes negcios.
2.5.3 Avaliao dos Recursos do Negcio
Fazendas variam muito em quantidade e qualidade dos recursos fsicos,
humanos e financeiros disponveis.
32
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
34/99
Outros recursos fsicos que devem ser avaliados incluem a criao de gado,
construes de cercas, mquinas e equipamentos, instalaes de irrigao e oestabelecimento de culturas perenes, tais como pomares, vinhedos e pastagens.
As competncias dos recursos humanos, dos operadores e demais
funcionrios, muitas vezes determinam o sucesso ou o fracasso de determinadas
empresas.
Alguns trabalhadores so talentosos com mquinas, outros se destacam emmarketing ou contabilidade. Igualmente importante, o grau que cada pessoa gosta
ou no de fazer determinados trabalhos.
Realizar uma auditoria completa das habilidades e preferncias pessoais de
cada um, antes de identificar as estratgias competitivas de uma empresa agrcola
poderia ser vivel.Especial ateno deve ser dada identificao de recursos, que dar a
fazenda uma vantagem competitiva sobre outras empresas.
Se alguns recursos fundamentais so considerados em falta, as estratgias
para preencher essas lacunas podem ser formuladas.
2.5.4 Gesto Ttica
Depois de uma estratgia global para a propriedade, o gerente deve tomar
decises tticas sobre como implement-la.
Decises tticas incluem quando, onde e quais culturas agrcolas seroselecionadas, quais mquinas e quem contratar.
2.5.5 Identificao, Definio do Problema e Solues
33
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
35/99
Costume, tradio, hbito ou no devem restringir o nmero ou tipos de
alternativas consideradas.
2.5.6 Coletar dados e informaes
O prximo passo coletar dados, informaes e fatos sobre as alternativas.
Os dados podem ser obtidos a partir de muitas fontes, incluindo os serviosde extenso universitria, boletins e panfletos de estaes experimentais agrcolas,
servios eletrnicos de dados, comerciantes de insumos agrcolas, vendedores de
insumos agrcolas, rdio e televiso, redes de computadores, revistas, boletins e
normas de recomendaes de melhores prticas.
Talvez a fonte mais til de dados e informaes um conjunto preciso ecompleto dos registros do passado para a prpria explorao do gestor.
A tomada de deciso geralmente requer informaes sobre eventos futuros,
porque os planos para a produo de lavouras devem ser feitos muito antes de o
produto final estar pronto para o mercado.
O tomador de deciso pode ter que formular algumas estimativas ouexpectativas sobre preos futuros e os rendimentos.
Observaes passadas fornecem um ponto de partida, mas muitas vezes,
precisa, ser ajustadas para as condies atuais e previstas.
2.5.7 Execuo da deciso
Nada vai acontecer e a meta no ser cumprida se simplesmente no for
tomada uma deciso. Essa deciso deve ser correta e atentamente executada, o
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
36/99
35
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
37/99
Desenvolver as restries de recursos para o modelo de programao linear
exige a utilizao dos coeficientes tcnicos e os limites de recursos em geral.
A forma geral das restries :
X1 x UNIDADES(1) + X2 x UNIDADES (2) + X3 x UNIDADES (3)
RECURSO
Onde X1 representa a quantidade de um determinado recurso necessrio
para produzir uma unidade da cultura, e assim por diante.
O montante total dos recursos disponveis para todas as utilizaes,
representada por RECURSO na equao, limita o nmero de unidades das trsculturas possveis que a propriedade pode produzir.
Cada cultura a ser considerada deve ser includa nas equaes e a restrio
deve ser desenvolvida para cada recurso limitado.
O gestor tambm poder impor restries subjetivas, e arbitrariamente
definir um nvel mnimo ou mximo em algumas culturas agrcolas.
2.7 NECESSIDADE HDRICA DE CULTURAS AGRCOLAS
Conforme Mello e Silva 2007, o termo evaporao designa a transferncia
de gua para a atmosfera sob a forma de vapor que se verifica em um solo midosem vegetao, nos oceanos, lagos, rios e outras superfcies de gua.
De maneira geral, o termo evapotranspirao utilizado para expressar a
transferncia de vapor dgua que se processa para a atmosfera proveniente de
36
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
38/99
Dentre estes fatores destacam-se a fase de desenvolvimento da cultura, o
ndice de rea foliar, as condies fitossanitrias e as condies de umidade dosolo.
Informaes da quantidade de gua evaporada e ou evapotranspirada so
necessrias em diversos estudos hidrolgicos e para adequado planejamento e
manejo.
O conhecimento da evapotranspirao essencial para estimar aquantidade de gua requerida para irrigao.
O conhecimento do consumo de gua nas diversas etapas de
desenvolvimento das plantas cultivadas permite que a administrao da irrigao
seja feita de forma mais racional, de acordo com a real exigncia da cultura.
Esse conhecimento tambm tem a sua importncia na agricultura noirrigada, pois permite o planejamento de
pocas de semeadura em funo da disponibilidade hdrica mdia da regio
considerada, permitindo maior eficincia no aproveitamento das precipitaes.
Para realizar estimativas de evapotranspirao da cultura (ETc) o
procedimento usual utilizar estimativas da evapotranspirao de referncia(ETo),corrigidas por um coeficiente de cultura (Kc). Esse coeficiente de ajuste
determinado pela relao:
Kc = ETc / ETo
Os valores de Kc variam com a cultura e com seu estgio de
desenvolvimento, sendo apresentado em tabelas por Doorenbos e Pruitt (1977) e
descritopara diferentes culturas por Doorenbos e Kassam(1994).
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
39/99
38
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
40/99
e) Semeadura: Operao que consiste em colocar sementes no solo ou
em recipientes para que germinem e formem plantas. No solo, as sementes podemser colocadas a lano ou dispostas nas linhas ou em covas.
f) Adubao mineral: prtica agrcola que consiste no fornecimento de
adubos ou fertilizantes ao solo, de modo a recuperar ou conservar a sua fertilidade,
suprindo a carncia de nutrientes e proporcionando o pleno desenvolvimento das
culturas vegetais.g) Aplicao de defensivos agrcolas: substncias venenosas utilizadas
no combate s pragas, que atacam as plantaes. Sendo: Herbicidas; usados para
matar ervas daninhas, Fungicidas; utilizados no combate de fungos parasitas,
Inseticidas; usados contra insetos, e Nematcidos; que controlam nematdios
parasitas.h) Capinas: procedimento agrcola que consiste na remoo parcial ou
total da cobertura vegetal existente em determinados locais, com utilizao de
ferramenta manual ou produtos qumicos, de modo a privilegiar o desenvolvimento
da cultura de interesse.
i) Colheita: Operao que consiste em retirar o efetivo da produo doscampos, hortas e pomares para eventual comercializao.
39
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
41/99
2.8.2 Cultivo Orgnico
De acordo com o Sebrae (2011), agricultura orgnica o sistema de
produo que no usa fertilizantes sintticos, agrotxicos, reguladores de
crescimento ou aditivos sintticos para a alimentao animal.
O manejo na agricultura orgnica valoriza o uso eficiente dos recursos
naturais no renovveis, bem como o aproveitamento dos recursos naturaisrenovveis e dos processos biolgicos alinhados biodiversidade, ao meio-
ambiente, ao desenvolvimento econmico e qualidade de vida humana.
Figura 8Cultivo OrgnicoFonte: Acervo do Autor
Segundo Erlers (1999), os sistemas agrcolas orgnicos dependem de
rotao de culturas, de restos de culturas, estercos animais, de leguminosas, de
40
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
42/99
Respeito natureza: reconhecimento da dependncia de recursos
naturais no renovveis; A diversificao de culturas: leva ao desenvolvimento de inimigos
naturais, sendo item chave para a obteno de sustentabilidade;
O solo um organismo vivo: o manejo do solo propicia oferta constante
de matria orgnica (adubos verdes, cobertura morta e composto orgnico),
resultando em fertilidade do solo; e Independncia dos sistemas de produo: ao substituir insumos
tecnolgicos e agroindustriais.
A importncia que a produo orgnica vem assumindo no mercado dealimentos exige regulamentao que assegure ao consumidor a garantia de
que est adquirindo um item que obedece s normas legais estabelecidaspara o produto orgnico. Entre os atributos de qualidade, cada vez mais osprodutos relacionados preservao da sade ganham fora. Emergemtambm atributos de qualidade ambiental dos processos produtivos, emespecial os relacionados proteo dos mananciais e dabiodiversidade. Como decorrncia crescem as demandas por processos decertificao de qualidade e scio ambiental para atender a rastreabilidadedo produto e dos respectivos sistemas produtivos a partir de movimentosinduzidos pelos consumidores. (SEBRAE, 2011).
Dentro do objetivo final da produo orgnica, pode-se dizer que estaria o
equilbrio sustentvel do meio ambiente.
Nela, no permitido o uso de agrotxicos, adubos qumicos e sementes
transgnicas.
A grande vantagem disso, alm da produo de alimentos maissaudveis e naturais, a preservao do solo, que fica mais frtil e livre da
toxicidade.
Conforme atesta o MDA (2006) alm de conservar o solo o cultivo de
41
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
43/99
2.8.3 Cultivo em Plantio Direto
De acordo com Instituto Agronmico de Campinas (2005), o sistema de
plantio direto (SPD) um sistema de manejo do solo onde a palha e os restos
vegetais so deixados na superfcie do solo.
O solo revolvido apenas no sulco onde so depositadas sementes e
fertilizantes. As plantas infestantes so controladas por herbicidas. No existepreparo do solo alm da mobilizao no sulco de plantio.
Considera-se que para o sucesso do sistema so fundamentais a rotao de
culturas e o manejo integrado de pragas, doenas e plantas invasoras.
O plantio direto uma tcnica de cultivo conservacionista na qual procura-
se manter o solo sempre coberto por plantas em desenvolvimento e porresduos vegetais. Essa cobertura tem por finalidade proteg-lo do impactodas gotas de chuva, do escorrimento superficial e das eroses hdrica eelica. Existem diversos sinnimos ou termos equivalentes para plantiodireto: plantio direto na palha, cultivo zero, sem preparo ("no-tillage"), cultivoreduzido, entre outros. Efetivamente, poderia considerar-se o plantio diretocomo um cultivo mnimo, visto que o preparo do solo limita-se ao sulco desemeadura, procedendo-se semeadura, adubao e, eventualmente, aplicao de herbicidas em uma nica operao. (EMBRAPA, 2006).
42
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
44/99
De acordo com Primavesi (2000), o plantio direto compreende um conjunto
de tcnicas integradas que visam melhorar as condies ambientais (gua-solo-clima) para explorar da melhor forma possvel o potencial gentico de produo das
culturas.
Seguindo a afirmao do autor, possvel afirmar que com a adoo do
plantio direto deve seguir pelo menos trs requisitos, sendo eles, o no revolvimento
do solo, a rotao de culturas e uso de culturas de cobertura para formao depalhada, tudo isso associado ao manejo integrado de pragas, doenas e plantas
daninhas.
Alm disso, o plantio direto no deve ser visto como uma receita universal,
mas como um sistema que exige adaptaes locais.
Essas tm sido executadas por iniciativa dos prprios agricultores, por meioda integrao contnua de esforos com pesquisadores e tcnicos, possibilitando
avanos palpveis no desenvolvimento e na transferncia de tecnologias.
Conforme a EMBRAPA (2000), a adoo do plantio direto expressa a
perfeita harmonia do homem com a natureza e proporciona economias significativas
para a sociedade como um todo.Assim torna-se possvel a minimizao de custos de produo e tambm a
maximizao da produtividade de insumos e de mo-de-obra.
O cultivo em plantio direto permite tambm o cumprimento do calendrio
agrcola, que no caso de bens de consumo evidenciado como de extrema
importncia, validando as recomendaes do zoneamento e sendo um atrativo para
seguradoras, viabilizando a atividade agrcola.
2.8.4 Cultivo Irrigado
43
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
45/99
As plantas absorvem gua do solo pelas razes e apenas uma pequena
parte dela incorporada na matria vegetal, na forma de gua constituinte, e grandeparte perdida pelas folhas atravs dos estmatos, para a atmosfera, na forma de
vapor de gua.
Figura 10Cultivo IrrigadoFonte: Bernardo Salassier (2009)
Quando no h gua disponvel no solo, ocorre o estresse hdrico.
A elevada exigncia de gua, portanto, intrnseca da planta, que, se no
satisfeita, afeta o crescimento e a produo.
O conhecimento disso fundamental para se entender por que a agricultura
irrigada, mesmo a mais racional e eficiente, grande demandadora de gua, dentre
os diferentes setores da sociedade.
Os principais mtodos de irrigao utilizados no Brasil so: gotejamento,
Figura (A),piv central, Figura (B), asperso convencional, Figura (C) e por sulcos,
Figura (D).
A B
C
C DC
44
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
46/99
O mtodo considerado ideal aquele que melhor se adequar s condies
locais de topografia, clima, tipo de solo e de cultivo, disponibilidade e qualidade degua, mo-de-obra e energia.
2.8.5 Cultivo Protegido
A deciso de se cultivar em ambiente protegido deve vir depois de umaavaliao criteriosa do mercado e das necessidades climticas e sanitrias da
cultura em questo.
Inmeros so os fatores a serem levados em conta ao se projetar o
ambiente protegido. A estrutura deve ser tal que atenda a exigncia do cultivo.
A primeira indagao que se faz : do que proteger o cultivo? Excesso deradiao, chuvas, geada, insetos?
A segunda pergunta : O benefcio da produo protegida dar sobre preo?
O lucro vem da produo fora de poca, do produto sem uso de defensivos,
ou do aumento da produtividade?
A terceira pergunta : O custo da estrutura que necessria para produzirtal hortalia em tal poca pagvel pela produo? S uma estrutura coberta com
plstico suficiente, ou ser preciso acessrios para modificar o microclima?
45
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
47/99
Uma vez respondidas tem-se o tipo de estrutura de proteo para se cultivar,
e s ento se far a pergunta: como manejar o ambiente protegido?Segundo Cermeo (1990) a produtividade dentro do ambiente protegido
pode ser 2 a 3 vezes maior que as observadas no campo e com qualidade superior.
Alm do controle parcial das condies climticas, o ambiente protegido
permite a realizao de cultivos em pocas que normalmente no seriam escolhidas
para a produo ao ar livre.Esse sistema tambm auxilia na reduo das necessidades hdricas
(irrigao), atravs de uso mais eficiente da gua pelas plantas.
Outro bom motivo para produzir em ambiente protegido o melhor
aproveitamento dos recursos de produo (nutrientes, luz solar e CO2), resultando
em precocidade de produo (reduo do ciclo da cultura) e reduo do uso deinsumos, como fertilizantes e defensivos.
2.8.6 Custos de Produo Agrcola
O custo de produo agrcola uma excepcional ferramenta de controle egerenciamento das atividades produtivas e de gerao de importantes informaes
para subsidiar as tomadas de decises pelos produtores rurais e, tambm, de
formulao de estratgias pelo setor pblico.
Para administrar com eficincia e eficcia uma unidade produtiva agrcola,
imprescindvel, dentre outras variveis, o domnio da tecnologia e do conhecimento
dos resultados dos gastos com os insumos e servios em cada fase produtiva da
lavoura, que tem no custo um indicador importante das escolhas do produtor.
A produo na atividade agrcola, pelas suas particularidades, exige
46
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
48/99
2.8.7 A Funo Produo
Nesse processo de escolhas podem ser identificados os produtores
(empresas) e os consumidores (famlias).
Os primeiros utilizam recursos (terra, capital e trabalho, capacidade
tecnolgica e empresarial)para a produo de bens e servios que podem atender
s necessidades, desejos e preferncias das famlias.
Estas, alm de fornecer os recursos, efetuam pagamentos para as empresas
que os repassam de volta em forma de salrios, juros, aluguis (ou arrendamentos)
e lucros, criando, assim, os fluxos monetrios e real da economia (CASTRO, 1988).
Do lado dos consumidores, na opinio de Camps (1988), o processo de
escolha depender basicamente do preo do bem especfico e de outros bens, da
sua renda e de sua preferncia.
Da parte das empresas, Segovia (1988) entende que o problema enfrentado
de decidir por uma alternativa especfica de produo, quando h a necessidade
de renunciar a outras opes existentes, sempre tendo como objetivo maior a
gerao de lucros como fator de eficincia.
Diante do problema empresarial anteriormente citado, torna-se claro que a
atividade fundamental da empresa a produo, que consiste na utilizao dos
fatores produtivos e dos recursos intermedirios para obter bens e servios
(MOCHM, 2007).
Sobre os fatores produtivos, importante conceitu-los como sendo todo
agente econmico, pessoa ou coisa capaz de acrescentar valor s matrias primas
em algum momento do processo produtivo (IGLESIAS,1988).
Ao decidir o que e quanto, como e para quem produzir, levando em conta as
47
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
49/99
Essa anlise importante para se observar a eficincia econmica das
empresas.A funo produo representa a tecnologia utilizada no processo produtivo
de determinado produto e a tecnologia determina quais insumos, a sua quantidade e
a forma de utilizao dos mesmos.
Dada uma tecnologia de produo, os preos e as quantidades de insumos
determinaro os custos totais e em vista das diferentes possibilidades de utilizaodesses fatores, possvel combin-los de forma a minimizar os custos de produo
(CASTRO et al, 2009).
2.8.8 Agrotxicos
A legislao vigente entende os agrotxicos como os produtos e os agentes
de processos fsicos, qumicos ou biolgicos, destinados ao uso nos setores de
produo, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrcolas, nas
pastagens, na proteo de florestas, nativas ou implantadas, e de outros
ecossistemas e tambm de ambientes urbanos, hdricos e industriais, cuja finalidade
seja alterar a composio da flora ou da fauna, a fim de preserv-las da ao
danosa de seres vivos considerados nocivos.
Os agrotxicos so classificados de acordo com a praga que combatem e
so denominados de acaricidas, bactericidas, fungicidas, herbicidas, inseticidas,
nematicidas e moluscidas.
2.8.9 Fertilizantes
48
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
50/99
De acordo com a CIIAGRO (2009), as adversidades meteorolgicas e as
variaes climticas tm efeito decisivo no desenvolvimento e produo tanto animalcomo vegetal.
Os riscos a que estas espcies, em especial os vegetais esto submetidos,
definem a probabilidade de sucesso do empreendimento agrcola.
Tller et. al (2009), dizem que o Brasil um dos mercados agrcolas mais
dinmicos do mundo e responde por um quinto da produo global de alimentos.Pode-se constatar que, devido imensa rea do pas, inevitvel que o
setor agrcola seja extremamente diversificado em termos de condies geogrficas,
produtos, tamanho das propriedades e riscos encontrados nas vrias regies.
So comuns, que ocorram no local de produo rural, adversidades
climticas que podem afetar direta ou indiretamente a produo agrcola dosdiversos produtos produzidos, tais como seca, granizo, geadas, vendaval, chuvas
em excesso, dentre outras.
Para que haja uma reduo dos riscos climticos para a agricultura e
consequente diminuio das perdas para os agricultores, tornou imprescindvel
identificar, quantificar e mapear as reas mais favorveis ao plantio das culturas de
sequeiro, levando-se em conta a oferta climtica e, mais especificamente, a
distribuio pluviomtrica.
O estudos de zoneamento agroclimtico sob caractersticas microclimticas
determina a potencialidade de explorao agrcola em funo dos parmetros gerais
e restritivos do clima.
Um dos aspectos mais importantes do zoneamento agroclimtico, a
anlise de riscos climticos, para a definio da caracterstica de uma localidade
com respeito probabilidade de ocorrncia de seca ou outro fenmeno adverso em
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
51/99
50
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
52/99
Na presente pesquisa, a amostra compreende as culturas agrcolas de 47
tipos de hortalias, 21 tipos de cereais e 11 tipos de frutas.
3.4 ESTRUTURA DA METODOLOGIA APLICADA
A estrutura da metodologia aplicada para a construo do trabalho foi
definida em formato de fluxograma, conforme Figura 1, e evidencia os
procedimentos a serem utilizados at a obteno e formulao do modelo.
3.5 CARACTERIZAO DA PRODUO AGRCOLA
Com a finalidade de estabelecer o entendimento das variveis envolvidas no
processo de produo e planejamento agrcola, as definies abaixo buscam
explicitar o contedo dos fatores adotados na realizao deste trabalho.
Unidade de produo: o estabelecimento rural cujos recursos so
dedicados produo agrcola, sem necessariamente assumir personalidade
jurdica.
A administrao da unidade de produo, normalmente, efetuada pelo
agricultor, mas a famlia influi diretamente na tomada de deciso.
Custo de oportunidade: a remunerao que o recurso obteria na melhor
alternativa de uso. Recorre-se a este conceito quando h necessidade de imputar
valores aos recursos que no so diretamente determinados pelo mercado.
Custo direto: o custo claramente identificvel e mensurvel, empregado
exclusivamente na produo de uma determinada explorao.
Custo indireto: o custo arbitrariamente imputado explorao, por ser
empregado em mais de uma explorao.
51
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
53/99
3.5.1.Matriz de Componentes e Coeficientes Tcnicos
Os componentes so todos os itens de insumos e fatores de produo
considerados.
Os coeficientes tcnicos so as quantidades utilizadas em cada tipo de
explorao e para cada sistema especfico de produo.Estes coeficientes, alm da bvia relao com a cultura esto relacionados
com o tipo de solo, fertilidade, topografia, clima, tecnologias, apoio de servio de
assistncia tcnica, estradas e estruturas de apoio, forma de associativismo do
produtor, disponibilidade de insumos e servios e polticas de crdito e seguro.
Algumas dessas condies se alteram ao longo do tempo, de modo que
convm revisar periodicamente a sua influncia, de acordo com os conceitos
seguintes.
Custo mdio (varivel, fixo e total): a diviso de cada tipo de custo pelo
nmero de unidades produzidas.
Custo total: o conjunto dos custos diretos e indiretos realizados durante as
etapas do processo de produo - somatrio dos custos fixos e variveis, por
unidade de rea, no sistema produtivo caracterizado.
Custos variveis: so aqueles que participam, na medida em que a atividade
produtiva se desenvolve, ou seja, aqueles que somente ocorrem ou incidem se
houver produo, tais como insumos, servios mecnicos, trabalho humano, custos
financeiros, despesas de comercializao e outras taxas.
o custo que varia em proporo direta com a quantidade produzida ou a
rea plantada num determinado perodo de tempo.
52
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
54/99
O Quadro 2 mostra os custos envolvidos num sistema de produo agrcola.
Quadro 2Custos de Produo Agrcola
Fonte: Conab (2008)
O custo da mo-de-obra permanente contratada calculado com base no
salrio mdio encontrado no mercado, acrescido dos encargos sociais de acordo
com a legislao pertinente.
Para efeito dos custos de produo, o salrio mensal do trabalhador rural
contratado considera uma carga horria mensal de 22 dias teis de 8 horas dirias.
Servios Mecnicos: servios de mquinas, de trao motora ou por animais
para as funes de:
53
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
55/99
transporte de trabalhadores;
classificao e seleo.
3.6 DEFINIO DE PARMETROS
A definio dos parmetros foi gerada com base no levantamento de dados
para verificar as variveis existentes relacionadas as diferentes culturas,
formas de cultivo, suas caractersticas relevantes, dimenses, vantagens,
desvantagens.
O levantamento dos dados para execuo do trabalho levou em
considerao as seguintes atribuies:
Tipo de cultura agrcola
rea mnima, mxima e total disponveis para plantio
Sistema de cultivo adotado
Mo-de-Obra demandada
Necessidade hdrica para cada cultura
Quantidade de horas de mquinas empregadas
Clculo de insumos e servios
Custo de Produo/ha
Ciclo da Cultura
Receita Lquida e risco climtico
3.6.1 Dados Tcnicos Necessrios para o Zoneamento Agrcola de Risco Climtico
54
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
56/99
solos, dividindo-os em trs classes de reteno de gua, para fins de clculo
do balano hdrico.
Dados climatolgicos
As variveis essenciais so temperatura mxima, temperatura mnima e
precipitao pluviomtrica. Entretanto, tambm contam com dados de
temperatura mdia compensada, radiao solar, velocidade de vento eumidade relativa do ar, os quais permitem anlises mais detalhadas do clima.
Dados altimtricos
Indicam os perodos que o plantio tem menor risco de perdas.
3.7 COLETA DE DADOS
O incio do levantamento dos dados foi obtido com informaes sobre o
setor em estudo, adquiridas em fontes de informao do governo brasileiro
(Embrapa, SEAB, MAPA) e revistas especficas sobre agricultura.
A coleta de dados foi efetuada atravs da anlise dos coeficientes tcnicos
de cada cultura selecionada para o estudo, e englobou consulta a bases de dados e
tambm a manuais tcnicos de manejo cultural.
Ainda sobre a coleta dos dados, fez-se necessrio a pesquisa de dados
especficos do setor analisado, no que diz respeito ao levantamento dos coeficientes
tcnicos das formas de cultivo e dos custos de produo para cada uma delas,
consultas a acervos tcnico-didticos de peridicos on-line e literatura especfica, e
por fim, anlise e balanceamento de operaes unitrias agroindustriais para serem
avaliados e poderem gerar dados estruturados para a tomada de deciso.
55
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
57/99
Para satisfazer os dados tcnicos de produo e aprimorar a construo do
modelo, a coleta de dados tambm se fez presente pela consulta atravs demanuais tcnicos da EMBRAPA.
3.8 DEFINIO DAS CULTURAS
Uma vez definidos os documentos a serem pesquisados, o passo seguinte
foi a escolha dos tipos de culturas a englobar a construo do modelo.
Em essncia, a escolha das culturas envolvidas envolve trs grupos
distintos, sendo eles, hortalias, cereais e frutas.
A opo de escolha destes tipos de culturas se deu em funo do ciclo
vegetativo de cada espcie, o que constitui culturas de ciclo rpido (30 a 40 dias),
anuais (60 a 120 dias) e perenes (1 a 7 anos).
3.9 CULTURAS EMPREGADAS PARA OS MODELOS
3.9.1 Hortalias
Segundo a CNNPA (1978), hortalia a planta herbcea da qual uma ou
mais partes so utilizadas como alimento na sua forma natural.
O produto ser designado: verdura, quando utilizadas as partes verdes;
legumes, quando utilizado o fruto ou a semente, especialmente das leguminosas e,
razes, tubrculos e rizomas, quando so utilizadas as partes subterrneas.
As hortalias, de acordo com suas caractersticas, so classificadas em:
56
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
58/99
c) De segunda - quando constituda por hortalias que no foram
classificadas nas classes anteriores. So tolerados ligeiros defeitos na conformaoe ligeira descolorao desde que no afetem seriamente as suas caractersticas.
So tambm tolerados pequenos danos de origem fsica ou mecnica, desde que
no causem defeitos graves.
3.9.2 Cereais
Segundo a CNNPA (1978), cereais so as sementes ou gros comestveis
das gramneas, tais como: trigo, arroz, centeio, aveia.
O produto designado pelo nome do cereal ou do derivado do cereal,
seguido de sua classificao. Ex.: "arroz extra longo", "arroz inflado".
Os derivados de cereais so classificados em:
a) cereais inflados (inclusive pipocas) - quando obtidos por processos
adequados, mediante o qual rompe-se o endosperma e os gro se inflam. Podem
conter ou serem recobertos de outras substncias comestveis.
b) cereais laminados, cilindrados ou rolados - quando obtidos de gros com
ou sem tegumentos, e laminados por processo adequado.
c) cereais em flocos ou flocos de cereais - quando obtidos de cereais, livres
do seu tegumento, cozidos, podendo ser adicionados de extrato de malte, mel,
xaropes, sal e de outras substncias comestveis, secos, laminados e tostados.
d) cereais pr-cozidos ou cereais instantneos - quando obtidos de cereais,
com ou sem tegumento, pr-cozidos e secos por processo adequado, podendo ser
apresentados de diversas maneiras, tais como: inteiros, laminados, em flocos ou sob
57
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
59/99
a) Extra - Quando constituda por fruta de elevada qualidade, sem defeitos,
bem desenvolvidas e maduras, que apresentam tamanho, cor e conformao
uniformes. Os pednculos e a polpa devem estar intactos e uniformes. No so
permitidas manchas ou defeitos na casca.
b) De primeira - Quando constituda por fruta de boa qualidade, sem defeitos
srios, apresentando tamanho, cor e conformao uniformes, devendo ser bem
desenvolvidas e maduras. So tolerados ligeiros defeitos na conformao, tamanho
e cor. As frutas podem apresentar ligeiras manchas no epicarpo (casca), desde que
no prejudiquem a sua aparncia geral. A polpa deve estar intacta e firme. O
pednculo pode estar ligeiramente danificado.
c) De segunda - Quando constituda por frutas de boa qualidade, compactos
e firmes, mas que no foram classificadas nas classes anteriores. As frutas podem
apresentar ligeiros defeitos na cor, desenvolvimento e conformao, desde que
conservem as suas caractersticas e no prejudiquem a sua aparncia. As frutas no
podem ser de tamanho muito pequeno. A casca no pode estar danificada, sendo,
porm, tolerados pequenos defeitos ou manchas. A polpa deve estar intacta. No
so permitidas rachaduras nas frutas, contudo so toleradas rachaduras
cicatrizadas.
d) De terceira - esta classe, destinada a fins industriais, ser constituda por
frutas que no foram classificadas nas classes anteriores, desde que conservem as
suas caractersticas. No exigida a uniformidade no tamanho, cor, grau de
maturao e conformao. As frutas podem ser de tamanho pequeno. No so
permitidas rachaduras abertas, contudo, so toleradas as rachaduras cicatrizadas,
defeitos e manchas na casca.
58
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
60/99
3.10.1 Variveis de Deciso
Como forma de integrar as necessidades do modelo, as variveis de deciso
sero estabelecidas como sendo: hectares utilizados por cada cultura agrcola.
3.10.2 Funes Objetivo
Buscando aprimorar o planejamento dos interesses produtivos, o modelo
contar com duas funes objetivo, sendo uma de maximizao dos lucros
produzidos pelas culturas e outra de minimizao de potenciais perdas associadas
aos riscos climticos, caracterizando assim o modelo como um problema
multiobjetivo.
Com interesse em se obter os melhores resultados em relao ao lucro das
culturas agrcolas, ou seja, fazer o melhor aproveitamento da rea disponvel pelo
produtor, paralelamente com a obteno do melhor lucro proporcionado por elas, a
primeira funo objetivo a ser implementada no modelo ser a maximizao do lucro
das culturas.
A obteno da maximizao dos lucros das culturas ser dada em funo de
todos os procedimentos operacionais relativos a cada cultura.
Esta mesma funo objetivo, de maximizao, ser embasada em planilhas
de custo referente a cada cultura agrcola, demonstrando todos os seus gastos
operacionais necessrios ao desenvolvimento completo at o ciclo de colheita da
cultura.
As planilhas de custo operacional de cada cultura foram obtidas atravs de
consulta ao banco de dados do governo brasileiro, especificamente do MAPA
(Ministrio da Agricultura Pecuria e Abastecimento), da EMBRAPA (Empresa
59
E id f i t b l id ifi d d
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
61/99
Em seguida, foi estabelecida uma verificao aos preos de venda
praticados pelo CEASA (Centrais de Abastecimento), CEAGESP (Companhia de
Entrepostos e Armazns Gerais de So Paulo) e tambm pela bolsa de valores, no
caso de alguns produtos que so classificados como commodities.
Esta relao foi feita como forma de obter o lucro lquido na produo das
culturas econmicas escolhidas, e assim, evidenciando a situao:
Lucro = Receita Custos
Para a obteno dos ndices de riscos associados a cada cultura foi
efetuado um processamento geral das informaes encontradas no zoneamento
agrcola elaborado pelo Ministrio da Agricultura.
Os riscos relacionados a cada cultura agrcola sero designados em forma
de porcentagem (%), e posteriormente sero elencados na forma de pesos, com
determinada valorao.
Essa valorao se d em virtude de quo suscetvel cada cultura escolhida
est em relao ao risco climtico.
3.10.3 Restries
As restries aplicadas ao modelo de planejamento agrcola proposto neste
trabalho apresentam-se de duas formas: as necessrias a cada cultura e as
impostas pelo tomador de deciso.
Quanto s exigncias de cada cultura agrcola, as mesmas foram levantadas
atravs de consulta aos coeficientes tcnicos disponveis atravs da EMBRAPA e
60
Como para cada operao e aplicao em insumos de cada cultura agrcola
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
62/99
Como para cada operao e aplicao em insumos de cada cultura agrcola
existe um conjunto de apontamentos de consumo de materiais e mo-de-obra, foi
realizado um levantamento de seus coeficientes tcnicos nas bases de dados
citadas acima, para que se pudesse obter o gasto operacional e de insumos que
cada cultura demanda, fornecendo assim os dados para as restries do modelo a
ser construdo, baseado no quadro 3:
61
Para BARNETT et al (1982) a programao com mltiplos critrios
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
63/99
Para BARNETT et al. (1982), a programao com mltiplos critrios
apresenta a vantagem de permitir uma representao mais precisa das funes de
utilidades na tomada de deciso, garantindo, assim, melhores previses e decises
a serem tomadas.
O mtodo de programao com mltiplos critrios pode ser caracterizado
como descritivo, operacional e combinado.
A abordagem descritiva utilizada no caso em que o tomador de deciso, aopossuir mltiplos objetivos, procura hierarquizar os objetivos por meio de pesos.
A abordagem operacional procura hipotetizar pesos para os objetivos, com a
inteno de examinar seus impactos em um modelo de deciso.
A combinao dessas abordagens procura, primeiramente, descobrir
objetivos e seus pesos e, depois, utiliz-los em um modelo de deciso.
3.11 FORMULAO DO MODELO
O modelo foi formulado de modo a gerar dados necessrios a tomada de
deciso na elaborao do melhor plano de produo agrcola.A construo e formulao do modelo decisrio em questo, pode ser
estabelecida como:
Dada uma rea total de plantio AT, determinar as reas Xja serem cultivadas
por n culturas similares de modo a otimizar as funes objetivo do problema e
satisfazer as restries operacionais impostas pelos mrecursos de produo.
Os recursos englobados ao efetivo planejamento agrcola, abordado nesta
pesquisa, foram sujeitados s restries que cada cultura agrcola exige, e ainda, s
impostas pelo tomador de deciso
62
Todas as culturas presentes na construo do modelo estaro em funo de
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
64/99
Todas as culturas presentes na construo do modelo estaro em funo de
recursos, aos quais necessitam para que cumpram seu ciclo e ento maximizem seu
rendimento, como se pode exemplificar no quadro 4:
RECURSOS - RESTRIESCultura Tomador Deciso
Sementes (Kg) Mo-de-Obra(dh)
Fertilizantes (Kg) gua (L)Calcrio (Ton) Mquinas (hm)Gesso (Ton) Energ. Eltr. (Kw)
Herbicidas (L) rea (ha)Inseticidas (L)Fungicidas (L)
Regul. Cresc. (L)Desfolhante (L)
Espalh. Ades. (L)
Quadro 4 - Restries sujeitas s culturas agrcolas
Fonte: O Autor
A descrio dos recursos considerados para a estruturao do modelo estabelecida abaixo:
Mo-de-Obra: servios contabilizados em dias-homem (dh), ou seja, o
mesmo que 1 homem trabalhar por 1 dia e que definem toda e qualquer
atividade trabalhista dentro da produo agrcola. gua: quantidade de gua disponvel para conduo e irrigao da cultura.
Mquinas: estabelecida em hora-mquina, determina a disponibilidade de
63
Para evidenciar o encadeamento das operaes que compuseram a
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
65/99
Para evidenciar o encadeamento das operaes que compuseram a
construo do modelo, a figura 12demonstra o fluxo seguido nas decises da
elaborao:
Figura 12Fluxograma de modelagemFonte: Autoria Prpria
Posteriormente, as informaes recolhidas foram tabuladas no formato de
uma matriz, que forneceu os resultados das culturas relacionadas aos seus
recursos, podendo mais tarde, servir de base para a construo do modelo.
64
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
66/99
a) dadas k funes objetivos, definir uma funo objetivo Z querepresenta o desvio mximo das k funes;
b) minimizar a funo objetivo Z.
As funes objetivo foram orientadas para a maximizao do lucro e do
sucesso do desenvolvimento da cultura, obedecendo a seguinte sequncia:
Maximizar o lucro total de produo (Z1):Usado para a determinao da
escolha da cultura que seja mais rentvel a rea de plantio disponvel, sem que haja
uma preocupao com fatores externos a economia agrcola.
onde:
Z1= funo objetivo (lucro);
J= ndice da cultura {1,...,n};Xj= rea a ser cultivada da culturaj;
Lj= lucro por unidade de rea cultivada da cultura i;
Maximizar o sucesso da cultura(Z2):Usado para a determinao da escolha
da cultura que seja mais suscetvel ao seu total desenvolvimento junto a fatoresclimticos da regio.
65
Minimizar (1)
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
67/99
( )
Sujeito a:
(2a)
(2b)
j (3)
j (4)
j (5)
j (6)
j (7)
j (8)
j (9)
j (10)
onde:
Z1= valor timo de referncia da funo objetivo 1;
Z1= valor timo de referncia da funo objetivo 2;
w1= peso da funo objetivo 1;
w2= peso da funo objetivo 2;
66
DJ= quantidade mnima a ser cultivada da cultura j;
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
68/99
EJ= quantidade mnima a ser cultivada da cultura j;
O modelo minimiza o desvio percentual mximo ponderado dos valores
timos (valores de referncia) das funes objetivos Z1e Z2((1), (2(a-b)).
A restrio (3) representa as limitaes operacionais impostas pela utilizao
de mo-de-obra.
A restrio (4) representa as limitaes operacionais impostas pela
disponibilidade de gua.
A restrio (5) representa as limitaes operacionais impostas pela utilizao
de mquinas.
A restrio (6) representa as limitaes operacionais impostas pela utilizao
de insumos agrcolas.
A restrio (7) representa as limitaes operacionais impostas pela utilizao
de servios.
A restrio (8) estabelece a utilizao de toda a rea total AT.
As restries (9) e (10) estabelecem limites mnimos e mximos de cultivo
para cada cultura.
Os modelos foram implementados em linguagem de programao matemtica
(Lingo 11.0.1.6) utilizando dados em planilha eletrnica Excel 2007.
Para melhorar a definio dos procedimentos que objetivam a modelagem
dos processos de otimizao seguidos neste trabalho, seguem os seguintes passos:
a) Maximiza-se a renda lquida sujeita s restries, com o emprego do
67
c) Identificado o recurso mais limitante e desde que seja vivel obter aporte
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
69/99
adicional do mesmo, faz-se uma anlise de sensibilidade das solues
pontuais, em funo de acrscimos constantes disponibilidade do recurso
mais limitante. Ou seja, haver uma soluo produzida pelo Solver, para cada
nvel desse recurso;
d) Elabora-se uma planilha demonstrativa dos resultados obtidos com a
soluo, que entre as obtidas na anlise de sensibilidade, mais se aproximar das
pretenses do tomador de deciso;
Passa-se ento ao outro objetivo desejado, o de maximizar o sucesso da
cultura, onde se procurar hierarquizar os objetivos por meio de pesos.
A abordagem operacional foi hipotetizar os pesos para os objetivos, com a
inteno de examinar seus impactos no modelo de deciso.
Esta atribuio de pesos ser levada em considerao com a porcentagem
do risco, ou ainda, com a probabilidade do risco a que a determinada cultura esteja
ligada.
68
4. ANLISE DOS RESULTADOS
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
70/99
A anlise preliminar do modelo consistiu em verificar e entender o
mecanismo de construo por meio de equaes matemticas determinsticas
capazes de representar o encadeamento das atividades de cada cultura, sendo
descrito por:
1) Max = ci xii
2) Max = di xii
onde: ci = Lucro, di = Sucesso
a1 x1 + a2 x2 + ...anxn= bsujeito a
a11x1+ a12x2... a1nxn b1(ou , ou =)
a21x1a22x2... a2nxnb b2(ou , ou =)...am1x1+ am2x2+...+ amnxnbm(ou , ou =)
x1,x2,...,xn0
onde: xi =Cultura, ai =Recursos (restries)
Para estabelecer a eficincia do modelo, foram propostos diversos cenrios,buscando a variao de resultados.
Para o caso dos cereais, foram elaboradas trs situaes nas quais se
enquadram os meios de cultivo mais comuns atualmente. Sendo eles, o plantio
direto e o convencional. Paralelamente a isso, se enquadra tambm a situao em
que o tomador de deciso no conhece a parte tcnica da produo, deixando acargo do programa todas as escolhas de distribuio.
O lucro total e o sucesso dos trs cenrios ligados aos cereais podem ser
i t t b l 1
69
4.1 CENRIO C1 SEM CONHECIMENTO TCNICO DO TOMADOR DEDECISO EM CEREIAIS
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
71/99
DECISO EM CEREIAIS
Este cenrio toma por base que o tomador de deciso ou proprietrio do
local em que ser executado o planejamento agrcola no tenha nenhum
conhecimento tcnico agronmico sobre as culturas agrcolas, ou seja, que no
saiba interpretar teores e ndices sobre as culturas de cereais de vero ou de
inverno.
Ainda, este cenrio deixa a escolha inteiramente a cargo do modelo,
sabendo apenas do qu o tomador de deciso dispe, e de quanto de cada recurso
ele capaz de disponibilizar.
O programa calcula inteiramente atravs do peso atribudo a cada funo
objetivo a maximizao do lucro e a tambm a maximizao do sucesso das
culturas.
Depois de inseridos os dados na planilha e rodado o modelo atravs do
software Lingo chegou-se ao resultado mostrado como na figura 13:
70
Fornecendo os valores de disponibilidade de recursos de Mo-de-Obra(Dh):
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
72/99
100, gua (L): 1.000.000, Mquinas (Hm): 120, Insumos (R$/ha): 20.000, Servios
(R$/ha): 20.000 e Custo de Produo (R$/ha): 50.000, o modelo determina que com
peso maior em sucesso, que primeiramente se opte mais por um planejamento de
agricultura irrigada e depois em sistema de produo convencional.
O modelo mostra que o lucro obtido seja de R$ 136.884,00.
4.2 CENRIO C2 CEREAIS COM SISTEMA DE PRODUCO EM CULTIVO DE
PLANTIO DIRETO
Para estabelecimento de outro cenrio ligado aos cereais, fez-se uso do
estabelecimento do cultivo por plantio direto das culturas de vero.
Fornecendo os valores de disponibilidade de recursos de Mo-de-Obra(Dh):
100, gua (L): 1.000.000, Mquinas (Hm): 120, Insumos (R$/ha): 20.000, Servios
(R$/ha): 20.000 e Custo de Produo (R$/ha): 50.000, o modelo estabelece que com
peso maior em sucesso, o lucro obtido seja de R$ 120.550,00.
4.3 CENRIO C3 CEREAIS COM SISTEMA DE PRODUCO EM CULTIVO
CONVENCIONAL
Outro cenrio ligado aos cereais faz uso do estabelecimento do cultivo
convencional das culturas de vero.
Fornecendo os valores de disponibilidade de recursos de Mo-de-Obra(Dh):
100,gua (L): 1.000.000, Mquinas (Hm): 120, Insumos (R$/ha): 20.000, Servios
(R$/ha): 20.000 e Custo de Produo (R$/ha): 50.000, o modelo estabelece que com
71
Em se tratando do lucro total obtido em cada cenrio dos cereais, a figura 14
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
73/99
demonstra os resultados da elaborao do modelo em funo do planejamento de
cereais.
Figura 14Lucro das Culturas de CereaisFonte: Autoria Prpria
Em se tratando do sucesso da cultura em cada cenrio, a figura 15
demonstra os resultados da elaborao do modelo em funo do planejamento de
72
Para o caso das hortalias, foram elaboradas cinco situaes nas quais se
d i d l i i l S d l d
-
7/25/2019 MODELOS DE PLANEJAMENTO AGRCOLA.pdf
74/99
enquadram os meios de cultivo mais comuns atualmente. Sendo eles, a produo
convencional e a orgnica. Paralelamente a isso, se enquadra tambm a situao
em que o tomador de deciso no conhece a parte tcnica da produo, deixando a
cargo do programa todas as escolhas de distribuio.
O lucro total e o sucesso dos trs cenrios ligados as hortalias podem ser
vistos n