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edição nº 224 distribuição gratuita 29 setembro 2014 diretora: patrícia tadeia PUB As melhores universidades Já saiu o ranking das melhores universidades do mundo. E Portugal também está representado. Descobre como! pág. 6 Entrevista: Leona Lewis A cantora britânica esteve este verão em Portugal, para um concerto no Algarve, e aproveitou para falar com o mu sobre o futuro. pág. 10 Portugueses na Tunísia Mário Belém, Pantónio, Add Fuel e Arraiano contribuíram para o projeto “Djerbahood” e deram cor às paredes de Djerba. pág. 14 Erasmus com mais sucesso Estudo da Comissão Europeia revela que os alunos com experiência internacional têm mais êxito no mercado de trabalho. pág. 4 págs. 8 e 9 Foto de arquivo Henrique Casinhas

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Edição dia 29 de setembro de 2014

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edição nº 224distribuição gratuita29 setembro 2014diretora: patrícia tadeia

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As melhores universidadesJá saiu o ranking das melhores universidades do mundo. E Portugal também está representado. Descobre como! pág. 6

Entrevista: Leona LewisA cantora britânica esteve este verão em Portugal, para um concerto no Algarve, e aproveitou para falar com o mu sobre o futuro. pág. 10

Portugueses na TunísiaMário Belém, Pantónio, Add Fuel e Arraianocontribuíram para o projeto “Djerbahood” e deram cor às paredes de Djerba. pág. 14

Erasmus com mais sucessoEstudo da Comissão Europeia revela que os alunos com experiência internacional têm mais êxito no mercado de trabalho. pág. 4págs. 8 e 9Fo

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Parece que o outono está a chegar, e com ele o final das férias! Começamos a pensar em renovar o guarda-roupa e a reciclar peças de estações anteriores. A boa novidade é que, se és fã de azul, podes ir ao baú e tirar tudo o que tens nesse

tom! Este outono podes usar e abusar dos azuis e das gangas!

É verdade, a outra boa notícia é que a ganga se mantém como uma das principais tendências! Usa-a numa peça só ou opta por um “look” total ganga.

Para saberes mais visita o blog Fashion by Pio!

Chama-se “Mountains” e junta Carolina Deslandes e Agir. Os mais atentos já conheciam a música, já que existe um vídeo no YouTube em que os dois a cantam numa primeira experiência em casa. Agora, com este novo vídeo, a cantora que ficou conhecida depois da sua participação nos “Ídolos” está de volta após uma pequena paragem. “A verdade é que

precisei desse tempo para olhar para o trabalho e para o caminho que tenho construído e acima de tudo para perce-ber qual o caminho que iria seguir”, desabafa na sua página oficial de Facebook. Nós achamos que este é o caminho, Carolina!

Vê o vídeo em:facebook.com/jornalmu

Em 2014, o outono veste-se de azul!

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Joana Pio

Laura Haanpää

video pop

http://fashionbypio.blogspot.pt/facebook.com/fashionbypio

Estávamos em setembro de 1998 – ainda vocês tinham uns 2 ou 3 anos, estão agora a pensar. Tudo era novo. A cidade, as pessoas, os livros, as fotocó-pias, o pessoal de capa preta, armado em mandão, a dar ordens por tudo e por nada. A pintar-me a cara com tinta que demorava a sair. Era tudo diferente para quem vinha de uma terriola onde as maldades que me faziam na secundária passavam pelas infantis “enfarinhadelas” de Carnaval.

Ali, era a novidade. Mas era ao mesmo tempo o es-tatuto. Naquela altura, aos 17 anos, chegava a Lis-boa e entrava na Universidade Nova de Lisboa. Era o medo de não conseguir. O medo de ninguém me ajudar. O medo de não saber se superava aquele obstáculo.

E daquele primeiro dia em que – em conjunto com mais duas dezenas de caloiros como eu, fui levada para uma sala, pintada e “amestrada” por meia dúzia de veteranos – o que ficou não foram os rabiscos ou as alcunhas de animais. Ficou a passagem pe-los placards que anunciavam o nobel da Literatura para Saramago – por cada um que passávamos era fazer uma vénia ao grande “José”. Ficou o batismo nos jardins da Gulbenkian. Ficou a amizade com os padrinhos que me cederam fotocópias e livros que me valeram o curso. Ficaram os conselhos sobre este ou aquele professor. Ficaram os meus afilha-dos quando nos anos seguintes trajei.

Há um sobrevalorizar o que de mau se faz, es-quecendo o que de bom fica. Se no Meco estavam em praxes? Não sei. Sei que, a qualquer momento do meu primeiro dia de caloira podia ter recusado fazer o que quer que seja. Sei que nunca ninguém é obrigado a nada. Sei que é preciso respeitar o mar, as ondas e o poder da natureza. Sei que quem mais sofre com tudo isto – hoje em dia – é quem

cá ficou. Sei pelo menos que, se voltasse ao ano de caloira, repetia tudo outra vez.

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O ISEG recebe, no 1.º semestre deste ano, cerca de 200 alunos estrangeiros ao abrigo do programa Erasmus oriun-dos de diversos países, nomeadamente Alemanha, Itália, Espanha, Polónia, França e Holanda. E para os receber, a instituição organizou no passado dia 19 de setem-bro o Welcome Day for the International Stu-dents, que incluiu uma cerimónia de receção aos alunos e um passeio pela cidade de Lisboa.O grande objetivo foi “apoiar o acolhimento e in-tegração destes novos alunos”, revelou o ISEG em comunicado enviado ao mu. As boas-vin-das aos novos alunos estiveram a cargo do presidente do ISEG, Mário Caldeira, e do presidente da Associação Erasmus Lisboa, Francisco Rodrigues da Silva, entre outros responsáveis. Durante o evento, os estudantes es-trangeiros tiveram a oportunidade de fazer uma visita guiada pela institui-ção de ensino e assistir à atuação da tuna Económicas. Após a cerimónia, fizeram uma viagem no Tagus Tour (circuito de autocarros de turismo da Carristur), passando pelas principais avenidas de Lisboa, desde o centro histórico da capital até à zona monu-mental de Belém, dando a conhecer aos novos alunos a cidade que os irá acolher nos próximos meses.

Os diplomados com experiência inter-nacional têm mais êxito no mercado de trabalho. A conclusão é de um estudo divulgado pela Comissão Europeia sobre o impacto do pro-grama da União Europeia de inter-câmbio de estudantes Erasmus. Segundo o estudo, a “possibilida-de de sofrerem uma situação de

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desemprego de longa duração é 50% menor em relação àqueles que não estudaram ou obtiveram uma formação no estrangeiro e, cinco anos após a graduação, a taxa de desem-prego é inferior em 23%”. “As conclusões da avaliação de impacto do Erasmus são extremamente significativas, dado os níveis inaceitavelmente elevados de desemprego juvenil na UE. A mensagem é clara: quem estuda ou recebe formação no estrangeiro tem maiores possibilidades de encontrar um emprego”, disse Androulla Vassiliou, Comissária Europeia responsável pela Educação, Cultura, Multilinguismo e Juventude. “O novo programa Erasmus+ oferecerá bolsas da UE a quatro milhões de pessoas entre 2014 e 2020, permitindo-lhes conhecer o que é viver noutro país no âmbito dos seus estudos, formação, atividade de ensino ou voluntariado”, concluiu a mesma responsável.

Aires Ferreira, do Centro de Física da Universidade do Minho, tornou-se “research fellow” (investigador) da Royal Society de Londres. Trata-se da sociedade científica ativa mais antiga no mundo, que já foi liderada por Newton. O investigador mos-trou-se “muito honrado” por ser aceite entre os jovens cien-tistas de todo o planeta, num processo de candidatura muito

competitivo. As “university research fellowships” da Royal Society, com cinco anos de duração e pos-sível extensão até oito, são atribuídas a cientis-tas em início de carreira com potencial para se tornarem líderes nas suas áreas. Para Aires Ferreira, “esta é uma oportunidade única para desenvolver um grupo de investigação em física quântica teórica num dos locais mais com-petitivos do mundo”. O seu projeto consiste em realizar cálculos teóricos para entender como o grafeno poderá ser usa-do numa nova forma de eletrónica revolucionária.

O Departamento de Línguas e Culturas (DLC) da Universidade de Aveiro lançou este mês vários cursos livres de línguas, em regime pós-laboral (depois das 18h00). “Abertos a todos, comunidade académica e população em geral, estão previstos, para o primeiro semestre (29 de setembro/18 de dezembro), cursos de conhecimento geral de vários níveis (definidos em conformidade com o QECR - Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas: Aprendizagem, Ensino, Avaliação), de alemão, francês, espanhol e inglês, além de um curso de português língua estrangeira”, informa o departamento. Há ainda vários cursos de inglês de caráter específico, nomeadamente, inglês para negócios ou inglês para enfermagem. E ainda cursos livres de chinês, japonês, persa e russo. E a completar a oferta, há os cursos de língua gestual e escrita criativa. As aulas têm início já a 29 de setembro e prolongam-se até 18 de dezembro.

A Escola Superior de Tecnologia do Barreiro do Instituto Politécnico de Setúbal (ESTBarreiro/IPS) disponibiliza o Mestrado em Engenharia Civil, que possibilita aos formandos a aquisição e atualização de conhecimentos de âmbito científico, tec-nológico, ético e social, com especial foco nas vertentes de estrutura e construção, fomentando também o desenvolvimento de projetos e investigações com real aplicação na região e junto da comuni-dade local. O curso pretende aproximar os formandos da realidade laboral e dar resposta às constantes solicitações e mudanças no setor da construção, tor-nando-os profissionais mais flexíveis.

Fonte: Comissão Europeia

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Já é conhecido mais um “QS World University Rankings 2014”, que nos dá conta do top de melhores universidades de todo o mundo. E claro, Portugal também marca presen-ça. No total de faculdades, a Universidade do Porto (UP) é a melhor instituição portuguesa e estando na 293.ª posição mundial.A UP sobe mesmo 50 lugares no “QS World University Rankings 2014”. Desde 2012, esta instituição já subiu mais de 100 lugares na tabela das melhores universidades do mundo. Segue-se a Universidade Nova de Lisboa (UNL), que surge na 312.ª posição do ranking. Nesta edição da lista, a Univer-sidade Nova registou uma subida de 41 lugares em relação a 2013, sendo que esta subida já se regista desde 2011. A Nova lidera ainda “a nível nacional, no que diz respeito à reputação dos empregadores, o rácio professor-aluno e corpo docente internacional”, revela a instituição em comu-nicado.

Em 351.º lugar surge a Universidade de Coimbra (UC). Em relação aos resultados obtidos em 2013, a UC registou uma subida de sete posições, “reforçando assim a tendên-cia de melhoria observada ao longo dos últimos quatro anos”, revela a instituição. Seguem-se ainda, no ranking, a Universidade de Lisboa (501.ª-550.ª posição) e a Católica (601.ª-650.ª).A análise é feita tendo em conta um conjunto de indicadores que avaliam a reputação académica, a reputação junto dos em-pregadores, o número de citações por instituição, o grau de internacionalização da instituição (estudantes e funcionários estrangeiros) e ainda o rácio estudante/do-cente.

A Nova School of Business and Economics (Nova SBE) apre-sentou este mês o novo campus localizado em Carcavelos, bem como o seu modelo de gestão e financiamento. “O pro-jeto ambiciona um efeito multiplicador: atrair e desenvolver o melhor talento; transformar o ensino superior numa indústria exportadora competitiva; gerar iniciativas empreendedoras e melhorar a perceção de Portugal no mundo através de uma rede internacional de ‘embaixadores’ de excelência – os es-tudantes”, informa a instituição. O arranque da construção do novo campus está previsto para 2015 e a sua inaugu-ração para dois anos mais tarde.

O Turismo de Portugal está à procura de candidatos para duas posições de estágio, com a duração de seis meses cada, na Organização Mundial de Turismo (OMT), em Ma-drid, no âmbito de um protocolo celebrado, em março, com esta organização internacional. Os estagiários, que recebem uma bolsa de 700 euros mensais, devem ter obrigatoria-mente, formação académica - licenciatura, pós-graduação ou mestrado - nas áreas de turismo, ciências sociais ou relações internacionais, possuir excelente domínio do inglês e conhecimento de outra língua oficial das Nações Uni-das, preferencialmente o espanhol. Os candidatos devem submeter a candidatura à Direção de Recursos Humanos do Turismo de Portugal até 10 de outubro.

Um dos maiores especialistas a nível mundial em storytelling, James McSill, vai marcar presença no encontro “Storytelling nos Negócios” promovido pela Ideias & Desafios. O especia-lista vai mostrar como as técnicas de storytelling funcionam como instrumentos de trabalho que contribuem para alavan-car as vendas de produtos ou serviços, mostrando que es-tes são realmente necessários ao cliente. O evento terá lugar em Lisboa nos dias 27 e 28 de outubro. “Todos nós cresce-mos a ouvir histórias. A história faz parte do nosso imaginário e da nossa construção como pessoas e profissionais. As técnicas do storytelling permitem aumentar a capacidade de influência na atividade profissional e até pessoal,” defende José de Almeida, Partner da Ideias & Desafios.

Como nasce esta iniciativa?No âmbito da campanha de notoriedade do “Portugal Sou Eu”, a parceria que gere o programa (AEP, AIP, CAP e IAPMEI) considerou relevante divulgar a iniciativa junto do público mais jovem, sensibilizando-o para a importância sócio-eco-nómica dos produtos nacionais. Os jovens universitários são consumidores atuais e também os consumidores do futuro. Têm uma enorme capacidade de influenciar a decisão de compra dos pais, de outros familiares, dos amigos. E por isso é importante que estejam informados sobre o progra-ma e o conceito de incorporação nacional, numa perspetiva de diminuição das importações e do equilíbrio da balança

1.º Massachusetts Institute of Technology – MIT (EUA) 2.º University of Cambridge (Reino Unido)3.º Imperial College London (Reino Unido) 4.º Harvard University (EUA)5.º University of Oxford (Reino Unido)

Resultados globais do “QS World University Rankings” disponíveis em www.topuniversities.com.

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O “Portugal Sou Eu” está em roadshow pelas principais universidades portuguesas, numa ação de sensibilização e promoção do que é português. Até 30 de setembro, a iniciativa vai andar pela estrada para explicar à comunidade académica a importância de escolher um produto com o selo “Portugal Sou Eu”. O mu falou com fonte da parceria “Portugal Sou eu”, representada nesta ação pela AEP, so-bre a iniciativa que já passou pelas Universidades de Porto, Coimbra, Aveiro e Minho e que termina esta terça-feira, dia 30, em Évora.

comercial. Com este roadshow, o “Portugal Sou Eu” pre-tende sensibilizar os estudantes universitários para promo-ver Portugal e os seus produtos, fazendo dos estudantes portugueses embaixadores e promotores da iniciativa. Em paralelo, pretende-se ainda uma abordagem à comunidade de estudantes estrangeiros em Portugal, como dinamizado-res do melhor que Portugal faz junto dos seus países de origem.

Até agora, como está a decorrer o roadshow?A exposição de pro-duto e sensibilização individual está a ser muito bem aceite por parte da comu-nidade académica que já vai reconhecendo o selo e produtos “Portugal Sou Eu” e interage bem com o site e o Facebook. Ao nível da apresentação do projeto em auditório o número de alunos por sessão ficou ligeiramente abaixo das expetativas [nas paragens de Porto e Coimbra], no entanto, os alunos que efetiva-

mente compareceram mostraram-se extremamente atentos e interessados.

Sentem que os jovens estão mais sensibilizados ou menos que os mais adultos para estas questões?Os jovens tendem a estar mais interessados a partir do momento em que se apercebem que consumir portu-guês é contribuir para o seu futuro e o das gerações vin-douras.

Visita o site www.universidades.portugalsoueu.pt para conheceres a importância e os objetivos do programa.

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O burburinho das pessoas novas. Os caloiros de cara pinta-da. Os veteranos trajados a rigor. As ordens e os constrangi-mentos. A integração ou a vergonha. Há os que são a favor, defendendo que é assim que todos se ficam a conhecer. E há os que falam em excesso de poder e que “isto não pode continuar”. O mu andou pelas Faculdades a sentir o pulso nas Associações de Estudantes, que afinal, conhecem bem os alunos. Paremos então na Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto (FCNAUP). “A nossa Associação de Estudantes (AE) apoia esta prática, chegan-do mesmo a associar-se a ela em determinadas atividades. Aliás, existem elementos da AE que assumem papéis pre-ponderantes na praxe desta casa, sendo que foi criada uma estreita ligação entre ambos”, começa por dizer Sérgio Pita Antão, secretário de direção da AEFCNAUP. “A praxe de nutrição tem o intuito de promover a integração dos novos estudantes e fortalecer os laços com todos os colegas do curso, não menosprezando nunca e em nenhuma

circunstância os estudantes que optam por não fazer praxe”, diz ainda acrescentando que nunca se depararam “com situ-ações menos agradáveis ou que pusessem em causa a inte-gridade física e/ou psicológica de qualquer estudante”. Face aos acontecimentos do Meco a Comissão de Praxe divulgou um comunicado a dar o seu parecer relativamente ao su-cedido e a esclarecer quais os princípios pela qual se rege. Continuamos pela UP, mas agora paramos na Faculdade de Direito. O vice-presidente começa por dizer que a AE as-

Não se falou de outra coisa durante semanas e semanas. Até meses, sendo que ainda há notícias hoje sobre o tema. Sete jovens universitários trajados foram engolidos por uma onda no Meco na madrugada de 15 de dezembro de 2013. Apenas um sobreviveu. Muitos disseram que eram praxes. Outros apontaram apenas convívio. Agora, no regresso às aulas, o mu foi saber de que forma uma tragédia como esta afeta as praxes e a forma como os nossos caloiros olham para ela.

Elísio Estanque, sociólogo, professor da Universidade de Coimbra; investigador do Centro de Estudos Sociais

1. Como descreves a tua faculdade/universidade em termos de praxe?2. O que pensas do que se passou no Meco?3. Ficaste de algum modo assustado com a entrada na faculdade?

sume uma “posição neutra” no tema: “A AE, como é seu de-ver, representa todos os estudantes da Faculdade de Direito da Universidade do Porto (praxistas e não praxistas). Seria inadequado da nossa parte tomar partido.” Sobre a tragé-dia do Meco, João Carlos Assunção acrescenta: “É inegável que (...) influenciou de algum modo a praxe académica, não só na nossa Faculdade/Universidade, como em todo o País. Não cremos que se possa afirmar que existam alterações de fundo nos ritos e tradições que compõem a praxe, derivadas exclusivamente do acidente em questão. Cremos, sim, que a morte de estudantes universitários, nas circunstâncias em que aconteceu, deve implicar uma reflexão sobre os contor-nos em que se participa das tradições académicas”, afirma. Ainda na UP, mas agora na Faculdade de Ciências, encon-trámos Carlos Coelho, presidente da direção da AEFCUP. “A nossa Associação de Estudantes defende os interesses de todos os estudantes da Faculdade de Ciências (...). Da mesma maneira, defende os interesses dos estudantes que pertencem à “praxe académica” e dos que escolhem não pertencer. Não apoiamos nem somos contra a praxe académica. A AEFCUP não intervém desde que tudo seja feito de maneira a que não haja prejuízo dos direitos ou da dignidade de um indivíduo, mais concretamente, de um es-tudante universitário”, diz ao mu.

Estudantes sensibilizados com o tema

Paulo Silva, presidente da direção da AE de Psicologia da Universidade do Minho (UMinho) afirma que o caso dos jo-vens que morreram no Meco “abalou, como é natural, todos os estudantes do País que viveram todo esse acontecimento por empatia”. “De outra forma, estes acontecimentos, que alegadamente envolvem a praxe, sensibilizaram os es-tudantes no que diz respeito à forma como levam a cabo as atividades de praxe o que levou, por exemplo, com que as chamadas “Comissões de Praxe” tomassem algumas precauções na segurança dos estudantes participantes das suas atividades, como por exemplo andarem sempre acom-panhados de um kit de primeiros socorros, por precaução, caso haja algum incidente”, refere.

Sara Ferreira, 18 anos1.º ano Gestão de EventosEscola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar

João Torres, 18 anos1.º ano Gestão na Faculdade de Economia Universidade Nova de Lisboa (Nova School of Business and Economics)

Sara Teixeira, 19 anos1.º ano de Gestão de MarketingISEG

Inês Santos, 18 anos1.º ano de JornalismoEscola Superior de Comunicação Social (ESCS)

1. As praxes na minha universi-dade não são as piores. Já ouvi falar numas que nem se com-param a estas. Foram puxadas, mas não violentas. Fizemos desde jogos deitados no chão a pulos de galo, tínhamos de nos deitar na lama para fazer o efeito granada e cantar muito as canções do curso.2. Foi um bocadinho assus-tador visto que eu ia entrar na faculdade no ano seguinte. Já não era grande fã de praxes e com isso que aconteceu fiquei ainda mais assustada. Mas como não se pode dizer que não se gosta sem experimentar, lá fui, mas de facto não gostei, deixei de fazer e ninguém me castigou por isso.3. Sim, de todo! Ainda por cima porque vim para uma univer-sidade longe de casa e tive de arrendar um quarto, ou seja foi uma mudança repentina. Mas acho que me vai fazer crescer! Mas apesar de as praxes na minha faculdade não serem muito violentas, pelo menos do que eu experienciei, acho que existe uma desculpa muito banalizada: a integração! A integração faz-se com o tempo, com o conhecer melhor os colegas sem andarmos todos a rastejar na lama e a encher.

1. Gostei muito das minhas praxes, achei que foram uma óti-ma forma de me integrar já que conhecia muito pouca gente no curso. As praxes não têm nada de exagerado, que nos envergonhe ou nos rebaixe em demasia. A verdade é que não fomos obrigados a fazer nada. Aliás, os próprios trajados (alunos que nos praxaram), repetiam continuadamente que podíamos sair a qualquer momento.2. Penso que se tratou de um caso pontual. Os participantes da praxe não agiram de forma responsável e, como tal, deu

para o torto. Não con-cordo com a generali-zação que agora é feita que as praxes não de-vem ser feitas, são exa-geradas e que porque aconteceu uma vez, vão acontecer muitas mais.3. Se fiquei assustado por causa das praxes, a resposta é não. Es-tava ansioso e nervoso por deixar o conforto do

secundário, onde tinha amizades sólidas e estava perto de casa. Estou agora na 3.ª semana da faculdade e devo dizer que estou a gostar bastante. A faculdade é muito boa, e há muita gente disposta a ajudar-nos a ultrapassar as dificul-dades que nos são impostas.

1. Gostei muito da experiên-cia de ser caloira, achei que as praxes foram uma exce-lente forma de conhecer os colegas da faculdade e do meu curso. Confesso que ao início não estava muito convencida em ser praxa-da, mas depois alinhei nas atividades e no espírito da diversão, nunca fui obrigada a fazer nada que não que-ria, é uma experiência que vai deixar saudades certa-mente.2. Penso que nem se tratou de praxes, mas sim de pura falta de responsabilidade e inconsciência. A história foi de-masiado dramatizada por parte dos ‘media’, e passou uma má visão para todo o País do que realmente são as praxes na faculdade.3. Não, no primeiro dia da receção aos caloiros na faculdade estava bastante nervosa e confusa com a mudança do se-cundário para a faculdade, passei do pequeno para o grande mundo e essa passagem assustou-me um pouco ao início. Depois do segundo dia de praxe já estava muito à vontade!

Carlos Alberto Videira, da Associação Académica da UMinho continua: “A AAUM reconhece um papel relevante à praxe no âmbito das tradições académicas e da integração e in-clusão dos novos alunos. Nesse sentido, a participação na praxe é tida como uma decisão individual que deverá ser respeitada por toda a comunidade académica. Por sua vez, a não participação na praxe não deverá constituir motivo de

segregação e nenhum estudante deverá ser coagido a aderir à praxe.” “Penso que o respeito pela liberdade é a palavra chave quando se aborda este tipo de questões”, avança. “Há um conjunto de diretrizes que foram passadas às co-missões de praxe e nas quais a AAUM se revê. Há uma preocupação para que as praxes não perturbem o normal funcionamento da Universidade e um maior cuidado no tipo de praxes que são feitas de forma a nunca colocar em causa

a segurança pessoal de todos os envolvidos. Mas isso é um trabalho que já vem sendo feito de algum tempo a esta parte, muito antes da situação que aconteceu na praia do Meco”, explica ainda. Descemos até Lisboa. Márcio Fazenda, presidente de di-reção da AEISCTE-IUL, afirma que esta associação “reprova qualquer prática que coloque em risco a integridade física ou psicológica de um aluno universitário”. “Qualquer atividade de praxe que ponha em risco um estudante deve ser re-portada”, diz ainda, acrescentando, contudo, que no ISCTE “nunca houve casos de praxe violenta e nunca foi reportado algum tipo de abusos”. Sobre a tragédia do Meco refere que a “comunicação social encontrou no caso uma forma de potencializar o assunto da praxe e criminalizar qualquer questão que envolva o traje académico”. “A criação de email [ver caixa] para reportar abusos foi uma boa iniciativa, mas temos pena de que estas iniciativas só tenham sido criadas pela forma como a comunicação social explorou um caso que ainda hoje não sabemos se envolveu praxe académica”, conclui.

“Ainda é cedo para se saber se o que mudou nos comporta-mentos é algo definitivo ou apenas conjuntural. É certo que a mediatização desse caso se propagou a toda a sociedade, chegou junto das famílias que têm filhos nas universidades, etc., e isso poderá ter sensibilizado os jovens em geral,

quer os novos ingressados quer os ‘doutores’ que já frequentam o ensino superior. Porém, é duvidoso que isso corresponda a uma real consciencialização acerca dos abusos da praxe, sobretudo no que respeita à questão da violência e da cultura protofascista que ela em geral veicula. Os valores retrógrados e o estímulo ao exercício do poder, ao livre arbítrio do poder do mais forte, ou seja, o autorita-rismo antidemocrático e os jogos imbecilizantes continuam o seu livre curso junto das novas gerações de adolescentes, de que são exemplo as brincadeiras perigosas como o ‘jogo do desmaio’, e florescem nas escolas. Por outro lado, para se entender o porquê dos excessos da praxe importa considerar o efeito das ‘dinâmicas de grupo’ no contexto de ‘receção’ aos jovens que acabaram de ‘aterrar’ num ambiente para eles ainda pouco familiar (os ca-loiros), no qual desejam integrar-se e de que receiam ser ostracizados do grupo, isto é, da coletividade para a qual se dirigem e desejam abraçar. Encontram-se numa situação de vulnerabilidade e para serem aceites e reconhecidos sabem

que têm de demonstrar uma “lealdade” incondicional. A sua atitude à chegada, a sua expetativa – em que se misturam a ansiedade, a ingenuidade, a vontade de integrar o grupo e o receito de serem, por um lado, agredidos e, por outro, rejeitados e objeto de chacota – prestam-se bem ao recru-descimento dos exageros e da violência (simbólica e física). Convém ainda não esquecer que, regra geral, os rituais praxistas ocorrem na sequência de encontros, festas, janta-radas onde o excesso de consumo de álcool é um elemento impulsionador da irracionalidade e da excitação coletiva.Em suma, de momento, parecem pairar ainda no ar os ecos da tragédia do Meco (associada à praxe) o que serve de alerta para as autoridades universitárias, professores e even-tualmente para os próprios estudantes. Daí talvez alguma contenção. Creio, todavia, que se trata de uma situação pas-sageira. É tempo de as universidades (incluindo as próprias associações de estudantes) apostarem em ações sistemáti-cas de sensibilização, de travagem e de combate repressivo a todo o tipo de abusos associados às praxes académicas.”

1. As praxes foram muito simples e quem quisesse podia ir ou não, ou seja, não era obrigatório. Fizemos jogos sim-ples, dançámos, cantámos, pintaram as nossas caras com o nome do nosso curso, a opção e a média com que entrá-mos. Estas pinturas foram feitas com batons e lápis antialér-gicos e nenhum dos jogos envolveu nada que nos sujasse e que nos magoasse seja física ou psicologicamente.2. Realmente não sei o que se passou lá... se era praxe ou não. Se for de acordo com o único sobrevivente, ele afirma que não era praxe e que estavam lá só a conviver. Se for

pelos ‘media’, que se envolveram no caso como se fossem a PJ, a primeira suspeita que tiveram foi que era uma praxe e até agora continuam a ter a mesma ideia, mas já afirmam que o único sobrevivente poderia ter saído da praia sem pedir auxílio. Neste caso, só digo algo mais exato quando os ‘me-dia’ deixarem de fazer papel de polícia e quando houver uma certeza do que aconteceu naquele dia.3. Assustada? Não. Fiquei muito ansiosa por começar as au-las, por conhecer colegas novos e professores, a faculdade, as cadeiras que vou ter neste semestre.

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Alcançou o reconhecimento quando venceu a terceira série do “X Factor” em 2006. Ainda é a mesma miúda dessa altura? Se não, o que mudou?Já passaram oito anos desde que ganhei o programa e foi tão bom, diverti-me muito. Naturalmente que amadureci e já me conheço mais agora. Ainda sou a mesma, o coração é o mesmo, apenas estou mais madura.

Está a preparar o seu próximo álbum... O que nos pode contar sobre isso? Estive em estúdio muito recentemente, e estou numa situação completamente diferente do que já estive antes. Estou a apreciar a liberdade e o apoio que tenho recebido para fazer o álbum que sempre quis fazer.

Assinou contrato com a Island Records. Está pronta para esta próxima fase? Como descreve essa editora? A Island Records é uma das editoras mais fortes. Está repleta de artistas de que sempre fui fã… E por isso sinto--me muito feliz e inspirada por estar nesta editora.

Bem, este ano vai lançar-se como atriz no musical “Walking on Sunshine”. Como foi esta experiência? Representar foi uma experiência completamente nova. Aprendi muito e adoro novos desafios, por isso estou feliz por ter tido a oportunidade de o fazer.

Como foi o casting para o filme? Semelhante ao do “X Factor”, em termos de nervos, não? Lembro-me de estar tão nervosa durante o casting em frente dos realizadores… Provavelmente mais nervosa do que no “X Factor”.

Qual foi o momento mais assustador da sua vida? E o momento mais feliz? Estava na Nigéria, quando um ataque terrorista, com um carro-bomba, matou mais de dez pessoas... Explodiu fora do meu hotel... Foi uma das experiências mais terríveis.

Já conhecia Portugal?Sim, já tinha vindo cá de férias. Vim com umas amigas, numa viagem só de raparigas!

Em 2007, lançou o primeiro álbum, “Spirit”, e, em 2009, chegou às lojas o segundo álbum, “Echo”. “Spirit”, tornou--se o primeiro álbum de estreia a ter o maior número de

Leona Lewis estreia-se como atriz no novo musical britânico “Walking On Sunshine”,

fazendo o papel de Elena. O filme conta a história de Maddie, uma jovem que vai casar, mas que vê o seu

Foi durante as tuas férias, a 8 de agosto, que a cantora britânica viajou até Portugal para marcar presença na 18.ª edição da Gala de Verão do Sheraton Algarve & Pine Cliffs Resort. O concerto realizou-se no relvado da Pine Cliffs Golf Academy, e Leona Lewis encantou todos aqueles que por lá passaram. Em entrevista ao mu, contou como tudo começou, no “X Factor”, há já oito anos, e ainda nos falou do novo álbum e da sua primeira experiência como atriz.

Leona Louise Lewis nasceu em Londres a 3 de abril de 1985.A cantora e compositora britânica de pop e R&B ficou conhecida depois de vencer a terceira temporada da série da televisão britânica “The X Factor”.

noivo e a sua irmã apaixonarem-se. Leona interpreta a melhor amiga de Maddie. A banda sonora é composta por clássicos dos anos 80, como “Walking On Sun-shine”, que dá o nome ao filme ou “Wake Me Up Before You Go Go”, dos Wham!.

vendas em 2007, tanto na Inglaterra como na Irlanda, e fez com que Leona alcançasse o título de primeira artis-ta inglesa a conquistar o topo da Billboard 200 com um álbum de estreia. Em outubro de 2012 lançou o terceiro álbum de estúdio: “Glassheart”. Ainda gravou “Christ-mas With Love”, na editora Syco, de Symon Cowel, até que resolveu sair. Assinou mais recentemente pela

Island Records, onde prepara o novo álbum.

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Diego Miranda, Amor Electro, David Carreira, HMB e Richie Campbell são os artistas eleitos pelos fãs portugueses como nomeados para o prémio de Melhor Artista Português nos MTV EMA 2014. A cerimónia decorre no próximo dia 9 de novembro, no Hydro, em Glasgow, na Escócia.Por isso, se quiseres votar nos teus preferidos, já podes! A votação para todas as categorias dos MTV EMA 2014 já está aberta em mtvema.com, incluindo, claro, a categoria de Melhor Artista Português.

GROGNATION & MC ARY1 de outubroMusicbox, Lisboa

A festa começa com a abertura de portas por volta das 22h e um DJ set de Sam, The Kid a partir das 22h30. Meia hora depois, começará o 1.º concerto que junta assim as novas caras do hip hop tuga. Nesta noite de festa não faltam estreias. Enquanto os Grogna-tion vão apresentar o seu EP “Sem Censura”, o Mc Ary apresenta o seu EP “Pé de Chinelo Vol.1”. Mas ainda há mais novidades. A noite terá convidados como Sir Scratch, NBC, Landim e Vinil por parte dos Grognation e Jimmy P, Agir, Filipe Gonçalves e Enoque Silva por parte do Mc Ary.

Este ano, os australianos 5 Seconds of Summer vão com-petir com os britânicos One Direction pelo prémio de Melhor Artista Pop, bem como pelo título de artista preferido dos fãs, na categoria de Maiores Fãs, cuja votação será feita através do Twitter. Katy Perry e Taylor Swift vão também debater-se pelos prémios de Melhor Artista Feminina e Melhor Look. Já as rainhas do hip hop, Nicki Minaj e Iggy Azalea, vão disputar a atenção dos fãs nas categorias de Melhor Artista Hip Hop e Melhor Look.

MORRISSEY6 de outubroColiseu dos Recreios, Lisboa

Depois de ter passado por Paredes de Coura, em 2006, o ex-cantor dos Smiths atua agora no Coliseu de Lisboa. O músico escolheu Lisboa para arrancar a digressão de apresentação do seu novo disco “World Peace Is None Of Your Business”, o 10.º álbum a solo editado no passado mês de julho. Contudo, já no ano passado teve concerto marcado para Cascais e acabou por cancelar a data no próprio dia. Já este ano, multiplicaram-se outros casos em que o mesmo aconteceu.

Katy Perry lidera a competição com sete nomeações, seguida de Ariana Grande, com indi-cações em seis categorias. Phar-rell Williams e 5 Seconds of Summer estão na corrida em cinco categoriais, enquanto One Direction, Nicki Minaj, Iggy Azalea, Eminem, Sam Smith e Kiesza rece-beram quatro nomeações cada.

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LISBON BLUES FEST 24 e 25 de outubroArmazém F, Lisboa

Nesta segunda edição, a organização desafia músicos portugueses de áreas tão diferentes como o jazz e a música popular, a “experimentar” o blues. O repto foi lan-çado a Maria João e a José Cid que aceitaram de ime-diato. Fazem ainda parte do line up do festival algumas das bandas mais conhecidas do blues europeu e norte--americano. Não nos podemos esquecer das Jam Ses-sions que vão acontecer logo a seguir aos concertos.

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O amoníaco foi, durante muito tempo, o ingrediente indis-pensável na colorações de longa duração. O grande objetivo de qualquer mulher é transformar o processo da coloração numa experiência agradável e deixar o cabelo ainda mais bonito, sem qualquer cheiro incomodativo e descon-

forto do couro cabeludo. Desde 2013 que Garnier oferece esta solução às mulheres recorrendo a

uma nova tecnologia baseada no poder do óleo (ODS – Oil Delivery System, Sistema de Difusão de óleo). Olia é a primeira coloração de longa duração no mercado do grande consumo, sem amoníaco, concentrada em óleo a 60% no creme colorante, para revelar a cor diretamente ao coração do cabelo. E como cada vez mais o recurso à coloração em casa é uma prática recorrente na mulher moderna, que está atenta às últimas tendên-cias de moda e segue as tendências de cor dos cabeleireiros, Olia lança o novo Acobrea-

d o Intenso 7.40.

Setembro representa, para pequenos e graúdos, o regresso às aulas. Este é o período de renovar materiais e compor o kit para que as aulas se iniciem com todo o material necessário. Presente desde sempre neste momento tão importante da vida escolar, a BIC é mais uma vez a companheira ideal no início do ano letivo, ao disponibilizar todos os materiais necessários ao indispensável sucesso dos alunos. Tens as BIC Cristal, disponíveis em versão Fina, Large e Normal, são essenciais para uma escrita fluída, rápida e prática e o acessório mais icónico e indispensável em qualquer estojo escolar, desde sempre. A BIC Cristal Stylus: a caneta que marca gerações há mais de 60 anos, surge também numa moderna versão para ecrãs táteis, como tablets e smartphones. De um lado caneta, do outro stylus, a nova BIC Cristal Stylus oferece a máxima precisão e controlo para escrita e desenho.

O Baby Lips Electro Bálsamo Hidratante oferece tons eletrizantes, aromas diverti-dos e muitos motivos para alegrar os teus lábios. Anima os lábios sem vida com as cores vivas e a Fórmula 8h Hidratação exclusiva de Baby Lips Electro Bálsamo Hidratante, uma nova coleção de tons e sabores. Os lábios renascem a cada aplicação, com uma sensação de elasticidade e hidratação. Baby Lips Electro Bál-samo Hidratante é uma mistura equilibrada de ingredientes eficazes, que incluem mel e uma alta concentração de manteiga de karité para lábios suaves e macios. E podes escolher entre quatro cores eletrizantes: dois tons mais pop e outros dois de efeito translúcido: Minty Sheer (Menta); Berry Bomb (Mix de frutas); Strike a Rose (Pêssego) e Fierce’n’Tangy (Limão).

Este é o mais recente projeto da Galerie Itinerrance (Paris), que após o sucesso de Tour Paris’13 levou, durante este verão, até à autêntica e tradicional vila de Erriadh, bem no centro da ilha de Djerba, centenas de artistas de 30 distintas nacionalidades, transformando-a num espaço de expressão multicultural, “uma nova aventura, um novo movimento para um país em formação”, como explica o mentor do projeto Mehdi Ben Cheikh.

A convite da Galerie Itinerrance, tal como já acontecera à data do projeto Tour Paris’13, a curadora Lara Seixo Rodri-gues, levou consigo, em julho, alguns dos artistas urbanos que mais se destacam no nosso país para “deixarem a sua marca distintiva num projeto artístico único”.

Como foi estar lá? O ambiente? As pessoas?Indescritível e memorável são as palavras que me vêm à mente. O contacto e vida quotidiana com uma cultura, uma comunidade tão diferente da nossa e numa altura tão caraterística, como o Ramadão. O facto de se tratar de uma área não tão turística, todavia muito tradicional, só acresceu estas vivências e as pessoas, inicialmente algo desconfia-das, renderam-se à beleza dos trabalhos que lá deixámos.

“L’Artiste”: “Mostra um senhor a pintar um friso com um padrão típico de Djerba. Desde pequeno que sou fascinado pelos artesãos desconhecidos que produzem toda a obra decorativa na cidade e nos monumentos, houve sempre alguém que investiu horas de trabalho e amor a produzir aquele azulejo ou aquele floreado na calçada, esta peça foi uma homenagem a essas pessoas esquecidas, tudo usan-do padrões e esquemas de cor locais”, conta.

“Mobilette”: “Um pai anda de mota com os seus dois filhos. A partir do primeiro momento em que se anda pelas estra-das da Tunísia as mobilettes são uma constante, enquanto para os tunisinos se trata apenas do ‘meio de transporte para quem não tem muitas possibilidades’, para nós foi um fascínio, não só pela elegância decadente destas motas pequenas, como pela quantidade de objetos e pessoas que uma só mobilette consegue carregar! Esta peça foi pinta-da na parede em frente a um mecânico de mobilettes e foi

São portugueses e estiveram pela Tunísia a mostrar a sua arte. Mário Belém, Pantónio, Add Fuel e Arraiano são quatro artistas portugueses que contribuíram para o projeto “Djerbahood”, que ambiciona ser um verdadeiro e único museu a céu aberto, com contribuições de 150 artistas do mundo inteiro.

Lara Seixo Rodrigues, curadora e responsável pelo WOOL – Festival de Arte Urbana da Covilhã

O estilo evolui e o styling acompanha. Em 1985, a marca Studio Line inventou o styling. Hoje, 30 anos depois, para corresponder às expetativas de uma nova geração de utilizadores, reinventa o conceito apresentando o styling texturizador: fórmulas inovadoras, que transformam a textura do cabelo de acordo com as preferências de cada um ou com a inspiração do momento. Os jovens têm vin-

do a alterar o seu estilo e as suas expetativas durante a última década. Esta “geração Y” quer penteados com textura e movimento, com formas naturais e moldáveis, livres e descontraídos como a sua forma de estar na vida. Nada de cabelos rígidos, esculpidos ou sofis-ticados. Assim, Studio Line desenvolveu produtos de

styling com texturas surpreendentes e fáceis de utilizar que permitem criar desde os penteados mais arrojados às últimas tendências, e dão um acabamento leve e natural que pode ser con-tinuamente trabalhado, modificado, transforma-do. O gel pesado e pegajoso dá lugar a pastas flexíveis e práticas. O “efeito capacete” dá lugar a penteados naturais, que acompanham os movimentos. Entre os novos produtos, desta-que para o Creme modelador - que levanta o cabelo, eleva o penteado e tem uma textura ultra fácil de espalhar -, a pasta destruturante - de efeito duradouro e fixação extrema ultra-mate e

retocável -, e a cera definidora - para penteados disciplinados e definidos.

Para Mário Belém, um dos artistas convidados, “foi uma experiência brilhante”. “Não há nada como estarmos fora do nosso elemento de conforto para despertar a nossa cria-tividade. Para mim, que nunca tinha ido a África, julgo que a revelação mais importante foi a de perceber que nós, os portugueses, temos tanto em comum com o norte de África. Não há dúvidas de que se trata de uma cultura completa-mente diferente da nossa, mas é uma delícia ver como a nível de comportamento temos tanto em comum, houve uma série de momentos em que tive a ilusão de que podia estar em Alfama”, diz ao mu.

Qual o feedback que tiveste dos trabalhos portugueses por lá?Muito bom! Creio que a integração dos trabalhos, os temas, a forma como foram ‘negociados’ previamente os trabalhos com os moradores, a forma como foram sendo acompanha-dos e as abordagens finais só indicam que foram um suces-so. Inclusivamente, eu e o Diogo fomos convidados para um casamento, por termos pintado uma parede de uma casa.

brilhante ver como quebrou o gelo com as pessoas locais. À medida que ia sendo criada as pessoas à volta iam interagindo mais e sobretudo sorriam cada vez mais. Todas as pinturas foram feitas emspray e tinta acrílica.”

Durante os meses de julhoe agosto, artistas oriundos dos quatro cantos

do mundo deixaram a sua marca na vila de Erriadh Aos artistas, de países como Brasil, Japão,China, Marrocos, Arábia Saudita, Austrália,

Reino Unido ou Espanha, foi pedida a execução de um (ou mais) trabalho artístico original, tendo

em conta a autenticidade e especificidade do ambiente local, procurando sempre uma valorização estética

do mesmo.

Os portugueses PANTÓNIO, ADD FUEL, MÁRIO BELÉM e ARRAIANO, e ainda grandes figuras do panorama mundial da Arte Urbana, como: ROA, C215, Faith 47, Know Hope, Herbert BAGLIONE, EL SEED, Bomk, Schoof, CURIOT, Saner, Evoca1, TinhO, BTOY, ORTICANOODLES, M-City, Jaz ou CALMA, entre outros.

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