MUSEOLOGIA E PATRIMÓNIO · 2020. 11. 27. · FICHA TÉCNICA Título: Museologia e Património -...

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Fernando Magalhães Luciana Ferreira da Costa Francisca Hernández Hernández Alan Curcino COORDENADORES MUSEOLOGIA E PATRIMÓNIO volume 4 Escola Superior de Educação e Ciências Sociais | Politécnico de Leiria

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  • Fernando MagalhãesLuciana Ferreira da Costa

    Francisca Hernández HernándezAlan Curcino

    COORDENADORES

    MUSEOLOGIA E PATRIMÓNIO

    volume 4

    Escola Superior de Educação e Ciências Sociais | Politécnico de Leiria

  • FernandoMagalhãesLucianaFerreiradaCosta

    FranciscaHernándezHernándezAlanCurcino

    (Coordenadores)

    MUSEOLOGIA E PATRIMÓNIO

    Volume 4

  • MUSEOLOGIA E PATRIMÓNIO

    Volume 4

  • POLITÉCNICODELEIRIA

    PresidenteRuiFilipePintoPedrosa

    ESCOLASUPERIORDEEDUCAÇÃOECIÊNCIASSOCIAIS

    POLITÉCNICODELEIRIA

    DiretoraSandrinaDinizFernandesMilhano

    EDIÇÕES

    https://www.ipleiria.pt/esecs/investigacao/edicoes/

    ConselhoEditorialAlanCurcino

    (UniversidadeFederaldeAlagoas,Brasil)DinaAlves

    (InstitutoPolitécnicodeLeiria,Portugal)EmeideNóbregaDuarte

    (UniversidadeFederaldaParaíba,Brasil)FernandoPauloOliveiraMagalhães

    (InstitutoPolitécnicodeLeiria,Portugal)JoséAntónioDuqueVicente

    (InstitutoPolitécnicodeLeiria,Portugal)LeonelBrites

    (InstitutoPolitécnicodeLeiria,Portugal)LucianaFerreiradaCosta

    (UniversidadeFederaldaParaíba,Brasil)MarcoJoséMarquesGomesAlvesGomes(InstitutoPolitécnicodeLeiria,Portugal)

    SilvanaPirilloRamos(UniversidadeFederaldeAlagoas,Brasil)

  • FICHA TÉCNICA Título: Museologia e Património - Volume 4 Coordenadores: Fernando Magalhães, Luciana Ferreira da Costa, Francisca Hernández Hernández, Alan Curcino Projeto gráfico: Alan Curcino, Luciana Ferreira da Costa Capa: Rui Lobo Edição: Escola Superior de Educação e Ciências Sociais - Politécnico de Leiria ISBN 978-989-8797-47-6 Novembro de 2020 ©2020, Instituto Politécnico de Leiria APOIOS

    RededePesquisae(In)Formaçãoem Museologia,MemóriaePatrimônio

    Facultad de Geografía e Historia: Grupo de Investigación Gestión del Patrimonio Cultural

    U N I V E R S I D A D COMPLUTENSE

    M A D R I D

    UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

    Centro de Investigação em Qualidade de Vida

  • À contínua cooperação entre os amigos brasileiros, espanhois e portugueses em torno da Museologia e do Património.

  • ÍNDICE

    Apresentação.....................................................................................................FernandoMagalhãesLucianaFerreiradaCostaFranciscaHernándezHernándezAlanCurcino

    7

    La promoción turística en los museos de una ciudadmediana en un entorno turístico: panorama general yproblemáticas.......................................................................................

    AnabellaBentancurtDolorsVidal-Casellas

    11

    MuseuseTurismo,quefuturo?UmaabordagempelaofertaAlexandraRodriguesGonçalves

    44

    A conservação na formação do Museólogo:interdisciplinaridadeentreoscamposdaMuseologiaedaConservaçãonosCursosdeGraduaçãoePós-GraduaçãoemMuseologianoBrasil...........................................................................

    SuraSouzaCarmoMarcusGranato

    96

    Perspectivas para o estudo da Museologia: o OfficeInternational des Musées e o desenvolvimento daMuseografia...........................................................................................

    IvanCoelhodeSá

    128

    OVestido:arteurbana,passagens,percursosetnográficosepatrimoniais.......................................................................................

    CarolinaRuosoManuelinaMariaDuarteCândido

    157

  • Opúblicoeomuseunaeradaculturadigital:umareflexãoconceitualemexpansão.....................................................................

    CarmenLúciaSouzadaSilva

    181

    Educação patrimonial entre discursos e práticas:“visitando” a Casa do Patrimônio de Penedo- Alagoas,Brasil........................................................................................................

    SilvanaPirilloRamosGrecieneLopesdosSantosMaciel

    205

    Acessibilidade em espaços culturais: os museus e ainclusãodopúblicosurdo.................................................................

    MargaretedeOliveiraCamilodeMelloVasconcellos

    236

    OMuseudoHomemAmericano:reflexõesemtornodoseucarizpedagógiconaarterupestre..................................................

    NalianadaSilvaMendesLucianaFerreiradaCosta

    262

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    Apresentação

    Nointeriordasociedadeglobalizadaepós-modernaemqueatuamos, constatamos que, tanto no campo do Património como daMuseologia, ocorreram uma série de mudanças que vão mostrandouma forma diferente de enfrentar uma realidade cultural que échamada a ser lugar de encontro, diálogo e reconhecimento dasdiferentes formas de relacionamento entre as pessoas. Isso significaqueosmuseusdevemserumarealidadevivaquedeveevoluircomasociedade e se tornar um reflexo dela, mesmo incorporando muitosdos elementos do passado recente. Consequentemente, aMuseologiaTeóricadeveestarsempredispostaareversuapróprianarrativaparaseadequaràsnecessidadesdasociedade,àqualdeveservirdeguiaeestímuloparavalorizarsuaprópriaidentidadeapartirdoPatrimóniocultural ao longo da história e que é chamado a se recriarcontinuamente. Poroutro lado, constatamosqueaexpansãodo conceitodePatrimónio tem ampliado seus limites aos temas e coleçõescontemporâneas,apontodeterumcarátertransformadordaprópriarealidade.Defacto,oPatrimóniodeixoudeserconsideradoapenasdopontodevista teórico,passandoa incluir tambémpráticasepolíticasculturaisquesecentraramtantonomonumentocomonoobjecto,bemcomonoscontextosondeseencontramenaspessoasquefazempartedelaporqueavivem,habitamelhedãosentidonosnossosdias.Trata-sedepassardohistóricoartísticoaoculturalporqueobservamoscomoo cotidiano constituído por nossas ruas, praças, fachadas emonumentos está transmitindo uma mensagem que não é neutra,assimcomoseusrótulos,anúnciose tipografiasse tornamtextosqueprecisamserlidoseinterpretados.Éoqueacontece,porexemplo,coma arqueologia do presente que estuda os acontecimentos maisrecentes. Numasociedadeemqueoestadodebem-estareo turismoculturalestãoemascensão,odesejodeconhecermelhoroPatrimónioe osmuseus a cadadia tem levado grandeparte dopúblico a visitarseus espaços ou monumentos justamente em um momento em quetemosumasériedeplataformasdigitaisquenospermitemabordá-las

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    àdistância.Noentanto,avontadedevisitarmuseusmostra-noscomoo Património nos permite transmitir conhecimentos in situ,entusiasmando-nos e podendo partilhar as nossas experiênciasestéticascomoutraspessoas. No entanto, a situação criada em nossas sociedades com osurgimentodaCovid-19estádificultandoocontatodiretocommuseuse Patrimónios, uma vez que, ao permanecer fisicamente fechadosduranteestacrise,nosobrigouaestarmaisabertosdoquenuncaparaa realidade digital. Isto supõe duplicar esforços e tentar ser maiscriativos, substituindo o verdadeiro caminhar diante dos acervos,através de uma atividade educativa que disponibiliza visitas virtuaisaoscidadãos.Utilizamaplicaçõesmóveisatravésdasquaissepretendeprestar um verdadeiro serviço cujo principal objetivo é valorizar acultura e dar vida à sociedade, que é plural, diversa emulticultural,mantendo-nosligadoseunidos.

    O Património e a Museologia devem contribuir para o bem-estarsocial.Essaenenhumaoutraéaintençãodetodososautoresqueparticipamdodesenvolvimentodesteslivrosaquioraapresentados. Os livrosMuseologiaePatrimónio–Volume3eVolume4dãocontinuidadeàpublicaçãodosVolume1eVolume2publicadosnoano de 2019 e são resultado de uma cooperação científicainternacionalqueseinicioucomoCentroInterdisciplinardeCiênciasSociais (CICS.NOVA) – Polo Leiria e agora, neste ano, com oprotagonismo do Centro em Rede de Investigação em Antropologia(CRIA) também da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais(ESECS)edoCentrodeInvestigaçãoemQualidadedeVida(CIEQV)daEscola Superior de Saúde de Leiria (ESSLei), todos vinculados aoInstituto Politécnico de Leiria (IPLeiria), Portugal, juntamente com aRede de Pesquisa e (In)Formação em Museologia, Memória ePatrimónio (REDMUS) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB),Brasil, e o Grupo de Investigación Gestión del Patrimonio Cultural(GIGPC) da Facultad de Geografía e Historia (FGH)da UniversidadComplutensedeMadrid(UCM),Espanha. O percurso desta cooperação inicia-se com a publicação dequatro Dossiês Temáticos sobre "Museu, Turismo e Sociedade”,respectivamente nos anos de 2014, 2015, 2017 e 2018, na RevistaIberoamericana de Turismo (RITUR), editada em conjunto peloObservatórioTransdisciplinaremTurismodaUniversidadeFederalde

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    Alagoas (UFAL), Brasil, e pela Facultat de Turisme e LaboratoriMultidisciplinardeRecercaenTurismedaUniversitatdeGirona(UdG),Espanha.Taisdossiês contaramcomoapoiodaREDMUS/UFPBparasua publicação entre 2014 e 2017, além doInstituto de HistóriaContemporânea -Grupode InvestigaçãoCiência,EstudosdeHistória,Filosofia e Cultura Científica (IHC-CEFCi)daUniversidade de Évora(UÉvora), Portugal, assumindo a organização e assinatura comoEditores. Já no ano de 2018, acrescentou-se ao apoio à publicação oCICS.NOVA/ESECS/IPLeiria.

    Os dossiês objetivaram contribuir para as diversas áreasdedicadas a reflexões sobre os espaços museais e o conhecimentomuseológico, enfocando, sobretudo, uma perspectiva a partir doTurismo, lançando mão de análises sob dimensões sociais,antropológicas, históricas, políticas e econômicas, evocando,transversalmente, os conceitos de cultura, memória, património eeducação na constelação das relações entre museus, turismo esociedadeapresentadaspelosautoresdosartigospublicados.

    Comoconsequênciapositivadodossiêde2018,realizou-seemnovembro ainda no ano de 2018 o I Colóquio Internacional sobreMuseu,PatrimónioeInformação,organizadopelaREDMUS/UFPBcomo apoio do CICS.NOVA/ESECS/IPLeiria, na cidade de João Pessoa,Brasil.

    A partir do êxito do colóquio, agregando cooperativamenteautores dos dossiês da RITUR como convidados, além de outrosespecialistas reconhecidos internacionalmente, nasceu o projetodestes livros tendo, por sua vez, como autores professores epesquisadoresdoBrasil,daEspanhaedePortugal,dedicadosàsáreasdaMuseologia e doPatrimónio, como objetivo primordial de reunirum conjunto de textos científicos capazes de plasmarem a grandevariedadeeriquezadoqueéproduzidosobreestasáreasnestestrêspaíses.

    Os autores que participam de todos os livros oferecem umaamostra muito variada e enriquecedora de quais são os desafios daMuseologiaatualedecomoénecessárioapostaremumaMuseologiasustentável que leve em consideração a promoção, valorização econservação do Património Cultural em conexão necessária prática epolítico-epistemólogica com diversas disciplinas, como aqui sãoencontradas: História, Sociologia, Antropologia, Ciência Política,

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    Turismo, Ciência da Informação, Artes Visuais, Tecnologias, dentreoutras. Para o leitor, descortinam-se aqui pesquisas e ensaioscontemporâneossobreaMuseologiaeoPatrimóniointer,pluri,multietransdisciplinaresnaperspetivadoqueéproduzidonaatualidadenoBrasil,naEspanhaeemPortugal.

    Visto tratar-se de publicação internacional, estes livrosapresentamemduas línguasoficiais,portuguêse castelhano,os seuscapítulosoriginais.Ademais,todoconteúdodecadacapítulo,incluindoas figuras, fotografias, imagens, gráficos e quadros analíticos, bemcomo suas resoluções e normalização, são da responsabilidade dosseusrespetivosautores.

    Ademais,caberessaltarquecadacapítuloaquiencontradofoisubmetidoporavaliaçãoporparesàscegascomvistasàqualidadedapublicação.

    Ao final desta apresentação, fica o desejo a todos de umaprofícua leitura na perspetiva de seu uso e de sua ampla divulgaçãocomocontribuiçãoàevoluçãoefuturodoscamposdaMuseologiaedoPatrimónio.

    FernandoMagalhãesLucianaFerreiradaCosta

    FranciscaHernándezHernándezAlanCurcino

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    LAPROMOCIÓNTURÍSTICAENLOSMUSEOSDEUNACIUDAD

    MEDIANAENUNENTORNOTURÍSTICO:PANORAMAGENERALYPROBLEMÁTICAS

    AnabellaBentancurt

    UniversitatdeGirona,Españahttps://orcid.org/0000-0001-8018-4011

    DolorsVidal-Casellas

    UniversitatdeGirona,Españahttps://orcid.org/0000-0002-2731-1808

    1. Introducción

    La promoción turística es uno de los objetos de estudio másabordadosporelmarketingturísticodesdesusinicios,aplicadotantoadestinoscomoaempresas.Sinembargo,existeuntercersectorquenoseajustaaningunadelasdoscategorías:lasorganizacionessinánimode lucro, entre las que se encuentran los museos, instituciones quepocas investigaciones en el último tiempo han relacionado con lapromoción turística. De hecho, hasta hace poco tiempo, no seconsideraba que las herramientas demarketing pudieran aplicarse aeste sector, dado que su objetivo no es generar ingresos (EspacioVisual Europa, 2014). Más allá de que los museos son institucionesculturalescuyafinalidadinmediatanoesatraerturismo,enlosúltimosaños y con el gran aumento del turismo cultural, han comenzado aversecomounatractivoturísticomásdentrodelasciudades,loqueserefleja en la definición de ICOM (2017) de museo, que expresa laimportancia de abrirse al público y atraer visitantes. Se debecontemplar que los museos constituyen “espacios sacros de laexperienciaturística”(Donaire,2002),esporelloquelarelaciónentremuseoyturismoesdeindudableimportancia,resultandobeneficiosoycadavezmásnecesarioparaestasinstitucionesconsiderarlosestudiosdemarketingturísticoygeneraraccionesdepromociónquepermitanatraervisitantesmásalládelpúblicolocal.Apesardeello,desdeelaño2000 en adelante existen pocas investigaciones que relacionen

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    promoción turística y museos, lo que justifica la importancia deabordarambastemáticasenconjunto.Porello,elobjetodeestetrabajoes conocer el nivelde interés, desarrollo ymadurezde lapromociónturística y su importancia dentro de las tareas y estructura de losmuseos de Girona, ciudad que en un área pequeña concentra sietemuseos locales de diversas temáticas. Estos museos, aun sin ser elprincipal atractivo de la ciudad, forman parte de su imagen turística(Camprubí Subirana, 2009), complementan su oferta turística ycontribuyen a dar a conocer el territorio al visitante (Alcalde, 2002).Algunos de ellos constituyen piezas singulares (Donaire, 2002) yconformannodosdentrode lavisitaturísticaa laciudad,aunqueaúncon bajo porcentaje de visitas (Galí, Donaire, Martinez-Garcia, &Mundet, 2015). La comunicación y promoción turística son entonces,herramientas que permiten a los museos dar a conocer supotencialidadyaumentarlacantidaddevisitantesturistas.

    El artículo se estructura de la siguiente manera: en primerlugar, se realiza una breve contextualización de los museos de laciudadysusituaciónrespectoalacantidaddeturistasquereciben.Acontinuación, se realiza una revisión de la literatura abarcando losconceptosdemuseoydecomunicaciónypromoción turística.Luego,sedesarrolla lametodologíaaplicadaparalarecolecciónyanálisisdedatos, para luego explicar los resultados obtenidos de acuerdo a unconjunto de categorías. A continuación, se presenta una discusión dedichos resultados, así como las conclusiones y algunasrecomendaciones.Finalmente,seexponenlas limitacionesdelestudioyfuturaslíneasdeinvestigaciónrelacionadas.2. Gironaysusmuseos

    Gironaesunaciudadmediana,ubicadaa35kmdelmarya80km de Barcelona, importante urbe turística a nivel internacional. Laciudad cuenta con 100.266 habitantes (Instituto de Estadística deCatalunya, 2018). La provincia en que se sitúa cuenta con 761.947habitantes (Instituto Nacional de Estadística, 2018). Los datosturísticos indican que por la Oficina de Turismo de la ciudad hanpasado en el año 2017, 85.284 turistas, mientras que el Punto deBienvenida ha recibido 16.872 turistasmás (Ajuntament de Girona -Àrea de Promoció Econòmica, Desenvolupament Local i Turisme,

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    2018).Sedebetenerencuentaquenotodoslosturistasquevisitanlaciudad pasan por estos puntos, por lo que esmuy difícil registrar elnúmerototaldevisitantes.Para tenerunmayormarcodereferencia,sepresentanlosdatosdelosturistasrecibidosanivelprovincial,que,segúnelPatronatdeTurismeCostaBravaGirona,enelaño2017hansido un total de 5.675.233. Se observa que la proporción de turistasrespecto de la población provincial esmuy elevada, lo cual indica laimportanciadelaactividadturísticatantoanivelprovincialcomolocal.

    La provincia cuenta con un total de 23 museos registrados,según datos del Departamento de Cultura de la Generalitat deCatalunya.Deestos23museos,7seubicanenlaciudaddeGirona,delos cuales seis son museos y uno, una casa museo, todos ellos detemáticas,contenidosyformatosmuyvariados.Entrelosmismos,seissondegestiónpúblicayunodegestiónprivada.LosmuseospúblicosincluyenelMuseud’Art,elMuseud’Arqueologia,elMuseudelCinema,elMuseud’HistòriadeGirona,elMuseud’HistòriadelsJueusylaCasaMasó.ElmuseoprivadoeselMuseu-Tresorde laCatedral,propiedaddelaIglesiaCatólica.Todosellosseencuentransituadosenlazonadelcascohistórico,acortadistanciaunosdeotros,aexcepcióndelMuseudel Cinema, que se ubica en la zona delMercadal, pero aun asímuycercanoalcascohistóricodelaciudadyalosdemásmuseos.

    LosseismuseospúblicosconformanlaredlocalGironamuseus,conformada en el año 2003 con el objetivo de trabajar en formaconjuntalapromocióndelosmuseosdelaciudad,entreotrosaspectos(AlcaldeGurt,2008).Además,todoslosmuseos,aexcepcióndelaCasaMasó,formanpartedeunaredterritorialconformadapor26museosycolecciones de la provincia, que desde el año 2015 permite lacooperación mutua para contribuir a cumplir las funciones y losobjetivos propios de cada uno(http://patrimoni.gencat.cat/ca/xarxamuseusgirona).

    Conrespectoalacantidaddevisitasylarelaciónentrepúblicodeproximidad y público turístico, los últimosdatos publicados tantoporelAyuntamientodeGironacomoporcadamuseosondelaño2017,enlosquesereflejaqueelmuseoconmayorcantidaddevisitaseselMuseu-TresordelaCatedral,conuntotalde220.320visitantes,deloscuales alrededordel 53% fueron turistas (Catedral deGirona, 2018).CabeaclararqueestosnúmerossondelasentradasalaCatedral,perolamismaincluyeelingresoalTresor.LesigueelMuseud’Històriadels

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    Jueus,con53.679visitantesalacolecciónpermanente,deloscualesun70% son turistas (Ajuntament de Girona - Àrea de Cultura, 2018;PatronatCalldeGirona,2018).Acontinuación,seencuentraelMuseudelCinema,con46.504visitantesalacolecciónpermanente,delosqueun 54% son turistas (Museu del Cinema, 2018). Sigue el Museud’HistòriadeGirona,con36.791visitantesalaexposiciónpermanente,deloscualessóloun5%fueronturistas(AjuntamentdeGirona-Àreade Cultura, 2018). A continuación, se encuentra el Museud’Arqueologia, con32.981visitantes,aunquenosehallarondatosdelporcentaje de público turístico (Museu d’Arqueologia de Catalunya,2018), al igual que sucede en el Museu d’Art, que tuvo 25.735visitantessincontar losvisitantesalAnticHospitaldeSantaCaterina(Museu d’Art, 2018). Por último, se ubica la Casa Masó, con 4.706visitantes,deloscualesun40%fueronturistas(AjuntamentdeGirona-ÀreadeCultura,2018).Sepuedeobservar,porunlado,que,paralosmuseos que tienen contabilizado el público turístico, en generalrepresentaunporcentajeelevadodeltotaldelasvisitas,exceptuandoel Museu d’Història de la ciudad. Por otro lado, si se comparan losdatosdevisitasdelosmuseosconlosdatosdelaciudadylaprovincia,la proporción de visitas turísticas a los museos es baja. Estas doscuestiones justifican la importancia de estudiar la situación de lapromoción turística, dado que es la forma en que los museosestablecen el primer contacto y se dan a conocer entre el potencialvisitanteturístico.

    3. Revisióndelaliteratura3.1. Museos

    El museo como institución surge a finales del siglo XVIII,

    asociado principalmente a la Revolución Francesa, que conllevó lasocialización de los bienes reales, entre otros fenómenos a niveleuropeo y mundial que propiciaron su creación (Fernández Arenas,1996). Desde ese entonces, definir lo que se entiende pormuseo hagenerado un amplio debate, y aún hoy continúa siendo de difícildefinición,dadoquealhablardemuseosseabarcaunagranvariedadde tamaños, formatos, temáticas, objetivos, colecciones, lo que hacequedefinirlonoseatareafácil(EspacioVisualEuropa,2017;Kotler&

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    Kotler, 2001). También se debe tener en cuenta que unmuseo tienenumerosas funciones, entre las que se cuentan la conservación, lainvestigación,ladifusión,lacomunicación,laexposiciónylaexhibicióny laprioridadquesedaa cadaunadeellasha idocambiandoconeltiempo (ValdésSagüés,2014).Mientrasqueen sus iniciosenel sigloXVIIIlafunciónprimordialdetodomuseoeralaconservación,luegoseincorporó la investigación respecto de sus colecciones y desdemediados del siglo XX con la Nueva Museología, se han idoincorporando nuevas funciones asociadas a la exhibición de talescoleccionesalpúblico.Así,elinteréscentraldelosmuseospasadeserel objeto y las colecciones al visitante y la participación del público,poniéndosecomoinstituciónalserviciodelasociedad(Crous-Costa&Vidal-Casellas,2014;CordónBenito&GonzálezGonzález,2016).

    Lo dicho anteriormente se refleja en la última definición demuseoquebrindaelConsejoInternacionaldeMuseos(ICOM)enelaño2017,segúnlacualesuna“instituciónpermanentesinfinesdelucro,alservicio de la sociedad y de su desarrollo, abierta al público, queadquiere,conserva,investiga,transmiteyexponeelpatrimoniotangiblee intangible de la humanidad y de su entorno para la educación, elestudioyeldeleite”.Enlamismalínea,laLeydeMuseosdeCatalunyadefinea losmuseos como “las institucionespermanentes, sin finalidaddelucro,alserviciodelasociedadydesudesarrollo,abiertasalpúblico,que reúnen un conjunto de bienes culturales muebles, inmuebles einmateriales, los conservan, los documentan y estudian, los exhiben ydifunden suconocimientopara la investigación, laenseñanzayelgozointelectual y estético y constituyen un espacio para la participacióncultural, lúdica y científica de los ciudadanos”. Estas definicionesabarcanunaseriedeaspectosdeinterés.Enprimerainstancia,ambasindicanque losmuseosno tienenánimosde lucro, esdecirque todobeneficio económico que se obtenga debe necesariamente revertirseenelmuseo,conelfindebrindarunservicioycontribuiraldesarrollosocial.Luegodefinenque losmuseosdebenestarabiertosalpúblico:como se mencionaba antes, la atracción de visitantes es partefundamentaldelaactividadmuseísticaactual.Yfinalmentesedestacala actividad más tradicional de los museos, relacionada con lapreservación, pero también con la exposición de un patrimoniotangiblee intangible.Enelcasode ladefiniciónde laLeydeMuseos,establece en forma más exhaustiva las funciones en relación a sus

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    colecciones y también hace hincapié en la participación ciudadanadentro del espacio museístico. Se puede ver, de acuerdo con estasdefiniciones,quesetienenencuentalasdosfuncionesfundamentalesde los museos antes mencionadas: la conservación y la apertura alpúblico.3.2. Comunicaciónypromociónturísticademuseos.

    Se mencionó que una de las funciones principales de los

    museosen la actualidades lade transmitir ydifundir, esdecir, ladecomunicar.Estohabladeunarelacióndelosmuseosconsusvisitantes,de lanecesidaddegenerarestrategiasparadaraconocerelmuseoysuscoleccionesalpúblico,tantolocalcomoturístico.Losmuseosson,entre otras cosas, espacios comunicativos (Mora, 2014). Una de lasfuncionesestrechamenteasociadaa lacomunicaciónes lapromoción,que implica comunicarse con los diversos públicos del museo paradarse a conocer, hacerse visible, informar de lo que se ofrece yfinalmentelograratraerlosparagenerarvisitas(Kotler&Kotler,2001;EspacioVisualEuropa,2016).

    Atendiendoaestaimportancia,desdeelaño2000enadelante,los temasde lacomunicacióny lapromociónen losmuseoshansidoestudiados desde diversas miradas, si bien cabe destacar que lacomunicaciónhasidomásampliamenteestudiadacomotemaprincipalque lapromoción,queen lamayorpartede las investigacionesesunsubtema relacionado a otras áreasde estudiodentrodel contextodemuseos.

    Respecto de la comunicación, según ICOM (2010), en elcontextodelosmuseos,serefierealasaccionesdegenerarycompartirinformación referente a las colecciones con el público. Gilmore &Rentschler(2002),indicanqueesunadelasdimensionescentralesdelmarketing de museos, junto con la educación y la accesibilidad,entendiendo la comunicación como las interacciones delmuseo y supersonal con sus visitantes, la interpretación de las colecciones y elentretenimientoquecontribuyeamejorarlaexperienciadelvisitante,perofundamentalmente,comolosmensajesquepermitenorganizarlavisitaycomprendermejorelmuseoysuscolecciones.Paralosmuseos,la comunicación, por elmedioque sea, esunaherramientaquedebepermitirles llegara lasociedadyestablecerrelacionesduraderascon

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    su público (Cordón Benito & González González, 2016). En lamismalínea, Capriotti (2010) se centra en la comunicación de los museosenfocada en los públicos locales y la importancia de utilizar estaherramienta para establecer relaciones duraderas con los mismos.Camarero & Garrido (2012), destacan además que la comunicaciónjuntoconelmarketing,lasrelacionespúblicasylaatenciónalvisitanteforman parte importante de la gestión actual de los museos conorientaciónalosvisitantes.

    Lapromocióndemuseos,porsuparte,esunconceptoqueenlos últimos años se ha tratado en el contexto de otras temáticasrelacionadas, como el marketing cultural y el uso de las nuevastecnologías,peropocoabordadocomo temaprincipal.Gürel&Kavak(2010),incluyenlapromocióndentrodesumodeloconceptualparalasrelacionespúblicasdelosmuseos.OliverasSchwarz(2012),realizóunestudioenelqueanalizalaimplicacióndelosmuseosdelaciudaddeGirona con el turismo, aunque no refiere específicamente a lapromoción turística, es un estudio de referencia por el abordaje deltema. Capriotti (2013), habla brevemente de las herramientaspromocionales que losmuseos pueden utilizar y las relaciona con lacomunicación estratégica, tema principal de su análisis, del mismomodoquelohacenRentschler&Reussner(2002),McNichol(2005)yKomarac,Ozretic-Dosen&Skare(2017)cuandoabordanelmarketingdemuseoscomotemaprincipaldeestudio.CamprubíSubirana(2015)también refiere a las informaciones promocionales destinadas alpúblicoturísticodelosmuseoscomoelementoaanalizardentrodelagestión turística de los mismos. Por último, el estudio realizado porPrat Forga & Cànoves Valiente (2017)mencionamuy brevemente lapromoción turística de los museos de Girona en el contexto de unanálisis de la motivación y satisfacción de los visitantes del Museud’HistòriadelsJueus.

    Profundizandoen los temasde comunicaciónypromocióndemuseos, cabedestacarqueexistencuatroherramientasdemarketingquelespermitenaestasinstitucionescomunicarseconsuspúblicosypromocionarse entre ellos: la publicidad, las relaciones públicas, elmarketing directo y la promoción de ventas (Kotler & Kotler, 2001).Ejemplos tradicionalesdeherramientasdepublicidad losconstituyenanuncios en diarios y revistas, noticias en diferentes medios, losfolletos, las vallas publicitarias, carteles, pancartas, banderolas,

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    catálogos, entre otros (Rodríguez Eguizábal, 2004). En la actualidad,conelavancedelastecnologíasdelainformaciónylascomunicaciones(TICs), han surgido nuevas herramientas de publicidad y difusión,entre los que se cuentan los canales web, las redes sociales y lastecnologíasmóviles, todos con un gran potencial para alcanzar a unnúmero mayor de personas y que, a diferencia de los mediostradicionales,permitenla interacciónconellas(Caro,Luque,&Zayas,2015).

    Con respecto a las relaciones públicas, se incluyenherramientascomo loscomunicadosdeprensa, charlas, conferencias,seminarios, informes,publicaciones,etc.esdecir todapromociónqueel museo pueda realizar para relacionarse con otras instituciones ypersonas, muchas veces en forma gratuita (Kotler & Kotler, 2001;Capriotti, 2010). Luego se encuentra el marketing directo, que tomadiferentes formas, aunque la más habitual en la actualidad es elmailing,queconstituyeunaformamuyefectivadeentrarencontactodirectamente con los visitantes, especialmente aquellos que ya hanvisitado el museo y se busca fidelizar (Rodríguez Eguizábal, 2004;Capriotti, 2010). Por último, se halla la promoción de ventas, que deacuerdo con Kotler & Kotler (2001), consiste en incentivos a cortoplazo, como descuentos, bonificaciones, premios, cupones, etc. quebuscanfomentarlacompradeunproductooservicio,enestecasodeentradasalmuseoobiendeproductosdelatienda,porejemplo.Son,enresumen,unainvitaciónalacompraoelconsumoacortoplazo.

    Como se mencionó, existen estudios desde el año 2000 enadelantequehanabordadolacomunicaciónylapromocióndemuseos,asícomolasherramientasmencionadas.Sinembargo,sonescasoslosestudios que centran el análisis en la comunicación y promociónturísticaenelámbitodelosmuseos,ylamayorpartedelosmismosseenfocan en la utilización de las Tecnologías de la Información y laComunicación (TIC), con fines de comunicación y promoción,concretamentelaspáginaswebsyredessociales(Caro,Luque,&Zayas,2015; del Río Castro, 2011; Evans, Bohrer, Richards, & Onderwater,2000;PuiggrósRomán,TortGonzàlez,&FondevilaGascón,2017).

    El estudio de Evans et al. (2000), constituye un incipienteanálisisdelusodelasTICenempresasturísticasdeEuropa.Sibiendeacuerdoconladefinicióndemuseoestosnoseconsideranempresas,afinesprácticoselestudiolosincluye,yanaliza,entreotroselementos,

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    la aplicación del e-mail, página web y reservas online de diversasempresasturísticaseuropeasysusimplicacionesaniveldemarketing,comunicaciones y promoción. Por su parte, del Río Castro (2011),estudiaelusodeFacebookyTwitterporlos15museosmásvisitadosdel mundo en ese momento, concluyendo que se limitan a un usopromocional y se desaprovecha un gran potencial a nivel decomunicación y participación del público. El estudio de Caro et al.(2015),nosecentraexclusivamenteenmuseos,yaqueanalizaelusode las TIC en la interpretación y promoción de recursos turísticosculturales,dentrode lasquese incluyen losmuseos.La investigaciónes más amplia que las anteriores ya que además del uso de redessocialesypáginasweb,abarcasistemasdegeolocalización,tecnologías3D, de realidad virtual y aumentada, concluyendo que, si bien lautilización de estas tecnologías brinda grandes oportunidades a losrecursosturísticosculturalesaniveldepromocióneinterpretación,esimportante realizar estudios de costes antes de implementarlas yanalizar cuáles son las que en cada caso pueden sermás útiles. Porúltimo, el estudiodePuiggróset al. (2017), en lamisma líneaque elanterior,analiza la incorporacióndeTIConlineyoffline(webs,redessociales, apps móviles y diversos dispositivos) en los museos deBarcelona y cómo afectan el comportamiento del público. Concluyenque muchas webs no gestionan su usabilidad, desaprovechando engran medida el potencial de esta herramienta, así como las redessocialesseutilizancasiexclusivamenteparapromoción,sindarlugaralaparticipacióndelpúblico.Recomiendaneldesarrollodeaplicacionesmóviles para la generación de contenidos, y de igual modo que lainvestigaciónanterior,hacenhincapiéenlaimportanciadeanalizarlaconvenienciadeinvertirendeterminadasTICenelcontextodeunplanestratégicocondeterminadosobjetivos.

    En resumen, se observa que en los últimos 19 años se hanrealizadoestudiosgeneralesen temasde comunicaciónypromoción,así como de otras herramientas de marketing en el ámbito de losmuseos. Sin embargo, muy pocos se orientan a la comunicación ypromoción turística en este contexto, y los que abordan estastemáticas, lo hacen en relación al uso de las nuevas TIC, suimplementación y funcionalidad, dejando de lado otros medios quepuedenpermitiralosmuseoselacercamientoalospúblicosturísticos.

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    4. Metodología

    Conel findeconocerelniveldeinterés,desarrolloymadurezde la promoción turística y su importancia dentro de las tareas yestructuradelosmuseosdelaciudaddeGirona,serealizó,enprimerlugar, una revisión bibliográfica para conocer el estado actual de lacuestiónenelámbitoacadémico.Lainstanciaderecogidadedatosserealizó mediante entrevistas a los directores o responsables depúblicosdelossietemuseosdelaciudad.DadoqueelMuseud’HistòriadelsJueusyelMuseud’HistòriadeGironatienenunamismadirección,se realizó una única entrevista abarcando ambos equipamientos. Laselecciónentredirectoryresponsabledepúblicossebasóenconocerquién es dentro del museo el responsable de comunicación ypromociónturística.AexcepcióndelMuseud’Arqueologia,entodoslosdemás, este responsable es el mismo director del museo. Lasentrevistasserealizarondurantelasegundaquincenadelmesdemayode 2019 y su duración fue de entre 15 y 50 minutos, siendo enpromedio de 27minutos. Se aplicó una entrevista semi estructuradabasada en veinte preguntas abiertas, a modo de conversación. Sedecidió el uso de esta técnica ya que permite realizar una serie depreguntas predeterminadas pero a la vez brinda cierta libertad paramodificarelordendelasmismas,asícomorealizarnuevaspreguntasamedidaque sedesarrolla la entrevista, abrirnuevos temasy generardisparadores (Berg, 2001). La finalidad de las entrevistas realizadasfue conocer diversos aspectos en relación a la situación de lapromociónturísticaenlosmuseosdeGirona.

    Las entrevistas realizadas se contrastaron y complementaronconinformacióndelasmemoriasdelosmuseos,delAyuntamientodela ciudad y del Patronat de Turisme de la región, así como de suspáginaswebyredessociales.Tambiénserealizóunbenchmarkingconla estrategia del Museo Thyssen-Bornemisza de Madrid, museo quepresenta una buena orientación en sus acciones de promociónturística.Elfindeestatécnicafuepodertenerunmarcodereferenciacon el que discutir los resultados obtenidos, sin llegar a realizarcomparaciones que no serían adecuadas dada la diferencia endimensiones, estructura y presupuesto entre este museo y los deGirona.

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    Seaplicóparalarecogidayelanálisisdedatosunametodologíacualitativa para alcanzar el objetivo de conocer el nivel de interés,desarrolloymadurezdelosmuseosrespectodelapromociónturística,así como las causas, las problemáticas y necesidades, elementos quesólosepuedenabordardesdeunametodologíayanálisiscualitativos(Berg, 2001). Una vez realizadas las entrevistas se procedió a unacodificaciónabiertaapartirde lacualse identificaronseiscategoríasde análisis, que se presentan en la sección de resultados. Dichascategorías son: el panorama general de la promoción turística de losmuseos deGirona, la promoción turística colaborativa y la propia decada museo, los medios utilizados para llevar a cabo la promociónturística, la relación entre promoción turística y públicos, lasproblemáticasynecesidadesquedetectanenestesentidoyporúltimolos referentesque elmuseo tiene en esta temática (benchmarking) ycómo sería una promoción turística ideal según la visión de cadadirectororesponsable.

    5. Resultados 5.1. PanoramageneraldelapromociónturísticaenlosmuseosdeGirona

    Enprimerainstancia,seindagósobreaspectosgeneralesdelapromoción turística en los museos de la ciudad. Así, se obtuvo queningunodelosmuseoscontempladentrodesuorganigramaunáreaopersonaquesedediqueenformaespecíficaalapromociónturística.Sedan tres situaciones: en lamayor parte de los casos, hay una omáspersonas que, entre otras tareas, generalmente de comunicación,llevanlasactividadesrelacionadasalapromociónturística;enuncaso,eldelMuseud’Art,lapromociónturísticaseexternalizaaunaempresaespecializadaencomunicaciónypromociónyenuntercercaso,eldelMuseu del Cinema, el mismo director del museo se ocupa de estastareas. Algunos entrevistados han indicado que el personal que seocupadelastareasdecomunicaciónypromociónnoestáespecializadoeneltema,locualsepuedeidentificarcomounalimitación.

    Ninguno de estos museos cuenta con una planificaciónespecíficaenloquerefierealacomunicaciónypromociónturística,sibienenalgunoscasosincluyenestasactividadesenelplanestratégico

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    oenelplandecomunicacióngeneraldelmuseo,mientrasqueotrosnoplanificanalrespecto.Engeneral,todostrabajanlacomunicaciónylapromocióndeunauotramanera,peroenlamayoríadeloscasos,másorientadaalpúblicolocalodeproximidadquealpúblicoturístico.

    5.2. Promoción turística colaborativa y promoción turísticapropia

    Otrotemaabordadofueronlasaccionesdepromociónturística

    queserealizanencolaboraciónconotrosmuseosoinstitucionesylasaccionesquecadamuseorealizaporsupropiacuenta.

    Seobtuvoque todos losmuseosanalizadosdependenengranmedidade la colaboración conotrosmuseos e instituciones externasen temasdepromoción turísticaybuscanpromovery favorecerestetipo de alianzas. En líneas generales, los museos realizan escasas onulasactividadesasociadasalapromociónturísticaporcuentapropia,loqueatribuyenalpresupuestolimitadoconelquecuentan,lafaltadepersonalylaescasezdetiempoparadedicarseaestastareas.Accionesen temporada de verano, como las visitas nocturnas o actividadesfamiliares son habituales entre los museos a nivel individual yconllevan acciones promocionales que se orientan tanto al públicolocalcomoalturístico.ElMuseu-TresordelaCatedral,porsuparte,hapodidorealizarunacampañaenelmetrodeBarcelona,asícomocederespacios para cortometrajes y largometrajes como forma depromoción indirecta. Otrosmuseos, como elMuseu d’Art y elMuseudel Cinema, realizan ocasionalmente campañas de banderolas ymantelesdepapelporcuentapropiaenlaciudadparapromocionarlasexposicionestemporales.

    Anivelderedesdemuseos,losentrevistadosdangranvaloralas campañas realizadas por Gironamuseus, como una campaña demanteles de papel que se realiza en temporada estival en losrestaurantesdelcascohistóricoyunacampañadebanderolasquesecolocan en los accesos de la ciudad en lamisma temporada. Valoranqueel impactodeestascampañasespositivorelacionandocostoconcantidaddevisitantes,dadoquecontribuyenaqueelturistadecidaendestino la visita a losmuseos. De lamismamanera, existe un ticketconjuntodeGironamuseus(TicketM6)quepermite,luegodeabonarlaentradacompletaacualquieradelosmuseos(exceptoelMuseu-Tresor

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    de la Catedral que no forma parte de la red), obtener un 50% dedescuentoenlosrestantes.Estopermite,apartirdecualquieradelosmuseos,darvisibilidadalosrestantesqueintegranlaredyestimularlavisitaapartirdeldescuentoofrecido.EnelcasodelMuseud’ArtyelMuseu-TresordelaCatedral,destacaotroticketconjunto(Episcopal),que agrupa estos dos sitios con laBasílica de Sant Feliu en un únicoticket, y de cuya promoción a nivel local y turístico se hace cargo elMuseu d’Art. Algunos museos forman parte, además, de redesespecíficas de su temática que también realizan algunas acciones depromoción turística que favorecen a los museos, aunque la mayorpartedelosentrevistadosensusrespuestasdieronmenosimportanciaaestasredesquealasredeslocalesyterritoriales.

    Conrespectoalasinstitucionesexternasquecolaboranconlosmuseosentemasdepromociónturística,todoselloshanmencionadoelAyuntamientodelaciudad,tantodesdeelDepartamentodeCulturacomodesdelaOficinadeTurismo,asícomoelPatronatdeTurismeatravés del Club Cultura. En algunos casos mencionaron también laAgènciaCatalanadePatrimoniCulturaldelaGeneralitatdeCatalunyacomoinstituciónquecolaboraenlasaccionesdepromociónturística.Destacan que estas instituciones tienen un amplio alcance, en elsentidodellegaramayorcantidadydiversidaddepúblicos,porloquese valoran las acciones que con ellas se realizan. En este punto esimportantecontrastaryprofundizarestasrespuestasconinformaciónde las memorias del Ayuntamiento y del Patronat de Turisme CostaBravaGirona.ElAyuntamientodelaciudad,ensuÁreadePromociónEconómica, Desarrollo Local y Turismo, durante el año 2017 harealizado acciones implicando a los museos, como una actividadanimando a Instagramers a descubrir los museos de la ciudad,denominada“Yourhiddenmuseums”,diversasvisitasguiadas,pressyfam trips y presencia como destino en ferias, workshops ypresentaciones a nivel regional e internacional. En muchas de estasacciones el Ayuntamiento colabora con el Patronat de TurismemedianteelClubCultura,delcualtambiénformanpartelosmuseosdelaciudadporcuentapropiaomediante laredregionaldemuseos.ElPatronat de Turisme por su parte, es el organismo de promociónturísticade laDiputación,cuyaacciónseorganizaendistintosClubesde Marketing. El que concierne a los museos es el Club Cultura eIdentidad,medianteelcualserealizanactividadesdiversasdestinadas

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    a lacomunicaciónypromoción turística.Según lasmemoriasdelaño2018,serealizaronlassiguientesaccionesconrelaciónalosmuseosdelaciudad:Instagramtemático“JornadasEuropeasdelaCulturaJudía”,orientado específicamente al Museu d’Història dels Jueus, fam tripsparaagentesdeviajes,blogypresstripsinternacionales,networkingspara los miembros del Club, workshops con agencias de viajesreceptivas, publicación de folletos, presentación de la red demuseosregionalenunaimportanteciudadcercanayunanuevaedicióndeunfestival cultural en el marco del Año del Turismo Cultural con elobjetivodeofrecerexperienciasculturalesdiferentes.Estainformaciónpermite resaltar la importancia que tiene para los museos lacolaboración con estas dos instituciones en tema de promociónturística, dado que son acciones que los museos por cuenta propiodifícilmentepodríancostear.

    Todos los entrevistados reconocen que la colaboración y laformación de alianzas con otras instituciones y con otrosmuseos esfundamentalentemasdepromociónturística,yen lamayorpartedelos casos existe una dependencia de la promoción que se realiza enforma conjunta, ya que indican que no cuentan con los recursoseconómicos ni humanos necesarios para ocuparse de la promociónturísticaporcuentapropia.En todos losmuseosestacolaboraciónsevalorapositivamente,sibienenalgunoscasoshanindicadoqueseríadeseable generar aún más acciones o que quisieran contar conrecursos suficientes para poder participar más activamente deacciones que realizan las mencionadas instituciones, como laparticipaciónenferiasenelexterior.SóloenelcasodelMuseu-Tresorde la Catedral se mencionó que en ocasiones es muy difícil lograracuerdosde colaboración con ciertas institucionespordiferenciasdepolíticas, si bien se expresó el deseo de poder trabajar en formacolaborativa.

    5.3. Mediosparalapromociónturística

    Seindagótambiénrespectodelosmediosmásfrecuentemente

    utilizadosparalapromociónturísticayseobtuvoqueengranmedidadependedesi lasaccionessonencolaboracióno lasrealizaelpropiomuseo. Según las entrevistas y las memorias de los museos, lasaccionesrealizadasporcuentapropiaimplicanelusoderedessociales,

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    Internet y folletería que se reparte en oficinas de turismo, hoteles ycampingsdelaregiónyencasospuntualescomoelMuseu-TresordelaCatedral,accionesdepresenciaenunaimportanteciudadcercanaconel fin de captar público turístico. Por otra parte, las promocionesrealizadasporlasredesdemuseossecentranencampañasendestino(Girona)comomanteles,banderolas,videospromocionales, folletosyactividades conjuntas como el Día Internacional y la Noche de losMuseos, talleresdeNavidadyel folleto-ticketconjuntoM6.Lamayorpartede las accionesdepromoción turística realizadas endestino sellevanacabodurantelatemporadaestival,momentoenquehaymayorafluenciaturísticaenlaciudad,portanto,mayorposibilidaddecaptarestetipodepúblico.Sinembargo,unacuestiónquemencionanalgunosmuseoseslaestacionalidad,fenómenoquelosexcedeyaqueocurreaniveldedestinoeimpactaenlosmuseos,dadoque,durantelosmesesdeinvierno,laafluenciaturísticadisminuyeengranmedida.

    Porotrolado,lasaccionesdepromociónturísticarealizadasencolaboración con instituciones externas incluyen acciones en origencomopresenciaenferiasturísticas,campañasdedifusiónypresstripstantodeperiodistascomodebloggerseinfluencersquepuedenactuarcomoprescriptorestantodeldestinocomodesusmuseosysonvistaspor losmuseoscomodeunalcancemásamplio,dadoque lleganmásfácilmente a los potenciales turistas en su ciudad de origen. Semencionó también como medio de promoción las revistas, agendaonline y newsletter del Área de Cultura, dependiente delAyuntamiento. Sin embargo, cabe aclarar que estos medios, si bienpueden llegar al turista, tienenmayor alcance entre el público local,por loquenopodríanconsiderarsepuramentemediosdepromociónturística.

    5.4. Promociónturísticaypúblicos

    Un tema que surgió durante las entrevistas fue el de los

    públicos en relación a la promoción turística. En general, la mayorparte de los museos están orientados a atraer al público local o deproximidad, lo que se explicaporuna seriede razones: es el públicoque tienemayor interésenconoceryparticiparde lasactividadesdelos museos locales, por cercanía es el público más accesible y, enconsecuencia,elmásfidelizable.Además,alsercasitodos losmuseos

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    dependientes del Ayuntamiento, existe la convicción de que se debepor ello dar prioridad al público local que con sus impuestoscontribuye a mantener el museo y además, se entiende en algunoscasos que el público fiel puede actuar como prescriptor del museo.Además,acausadelpresupuestolimitadoquemanejanlosmuseos,esmáseconómicocentrar losesfuerzosdecomunicaciónypromociónanivellocalqueanivelturísticoyseobservanresultadosfavorablesentérminosdevisitantesconmayorrapidez.

    Enotrosentido,es importantedestacarque todos losmuseosrealizanestudiosdepúblicosdeunauotramanera,algunosenformamensual,otrosenformasemestraloanual,enlosqueserecabandatosgeneralescomolaprocedencia,elmedioporelqueconocióelmuseo,la satisfacción con la visita, entre otros. Estos datos se destinanprincipalmenteaotrasinstitucionesquerecolectanypublicandatosdepúblicos y la mayor parte de los museos realiza un análisis de losmismos, aunque en general reconocen la dificultad de aplicar estosdatosaunaestrategiadepromociónturística,nuevamenteportemasdecostosypersonal.

    Se preguntó además si cuentan con una base de datos devisitantes, especialmente de correos electrónicos que permita hacercampañasdemailingcomoformadepromoción.AcausadelaLeydeProteccióndeDatos,indicanqueesmuydifícilrecabarestosdatosylaautorizaciónparaenviarcorreos,por loqueengeneralsonpequeñasbases,mayormentedepersonas localesquese suscribenpara recibirlasnovedadesdelmuseo.Enalgunoscasos, indicanquedependendebases de datos externas, en general del Ayuntamiento, para hacerllegarlainformacióndelmuseo.Esdecirqueestaesotraherramientadifícildegestionarenrelaciónalpúblicoturístico.

    5.5. Problemáticasynecesidades

    Enlíneasgenerales,todoslosmuseosanalizadosreconocenlas

    mismas tres grandes problemáticas con respecto a la promociónturística:ellimitadopresupuesto,elpocopersonalconelquecuentany la falta de tiempo para dedicarse a esto, lo que es en parteconsecuencia de la anterior problemática. Sumadas estasproblemáticas,dancomoresultadoqueseprioricenotrasactividadesmás básicas para el funcionamiento del museo, centrándose en

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    aspectoscomomejorarloscontenidosylacalidaddelosserviciosquese brindan, dado que para realizar acciones de promoción turísticadeberíanrestartiempoypresupuestodeestosaspectosconsideradoscomo básicos o de mayor importancia. Como mencionó uno de losentrevistados, la promoción turística se realiza “por impulso, poroportunidadyunpocoporintuición”dadalafaltaderecursos,loqueresulta en una promoción turística imaginativa e intuitiva pero nosiempresuficienteoconlamayorefectividad.

    Es significativo mencionar que la promoción turística esconsiderada por los entrevistados como cara, compleja debido a laheterogeneidaddel público turístico y cuyos resultados sondedifícilevaluación, además de difícil de gestionar, viéndola en algunos casoscomo poco efectiva en relación al elevado costo que supone. Todosconsideranquelasaccionesdepromociónturísticadebenplanificarse,pero comprenden lo vano de planificar acciones que luego por lasdificultadesmencionadasnosepodránllevaracabo.

    Se mencionó además una problemática que es externa a losmuseos, respecto de la señalización turística de la ciudad. Hanmencionadoenalgunoscasosquelosmuseosquedan“invisibilizados”yaqueparael turistaque llegaencoche,autobúso trene inclusoenavión, no hay señalización adecuada que le indique clara yvisiblemente que hay museos en la ciudad y dónde se ubican.Necesariamente deben recurrir a la oficina de turismo o a guíasturísticasparalocalizarlosmuseosporloqueenestesentidosurgeunpedido al Ayuntamiento demejorar este aspecto. De acuerdo con loindicado por algunos de los directores, esto ya se ha elevado alAyuntamientoeinclusosehapresentadounapropuesta,perohastaelmomento esta problemática continúa existiendo. Una últimaproblemática que se menciona en algunos casos es la necesidad derenovar laspáginasweb, así comode incorporar idiomas tanto en lapáginawebcomoenlasredessocialespropiasdelmuseo.Seconsideraque como mínimo las páginas web deben encontrarse en cuatroidiomas,locualenlamayorpartedelosmuseossecumple,aunquenoentodosyaquísereconocecomounaproblemáticaaresolver.Ademásde lo dicho por los entrevistados, se accedió a las redes sociales detodos los museos, a partir de lo cual se observó que allí todos losmuseos realizan publicaciones casi exclusivamente con un fininformativo, desaprovechando la principal característica de estos

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    mediosqueeslainteracciónconlosusuarios.Seobservó,además,queutilizanexclusivamente el idiomadel lugar en laspublicaciones.Estosucede principalmente porque se considera que las redes sociales seorientan a un público local o de proximidad y se utilizanexclusivamenteparainformaraestepúblicodelasactividadesqueseofrecen.

    Acausade lasproblemáticasmencionadas,surgeunaseriedenecesidades en relación a la promoción turística: ampliar elpresupuesto y la plantilla de personal son las necesidades másimportantes, pero claramente, las más complicadas de resolver. Semencionacomonecesidad también ladegenerarmayorpresenciaenorigen, es decir, en los destinos emisores de turismo a Girona paracontribuir a posicionar los museos a nivel turístico, para lo cualdependendeinstitucionescomoelPatronatdeTurisme,porloqueseobserva la importancia de fomentar y mantener las alianzas y lacolaboración. Por último, se destaca la necesidad de mejorar lapresenciaylascampañasporInternet,tantoporcuentapropiadecadamuseocomoencolaboraciónconotrosmuseoseinstituciones.

    5.6. Benchmarkingypromociónturísticaideal

    Al consultarse si en cuestiones de promoción turística toman

    comoreferenciaotrosproyectosomuseosqueconsiderenquetenganbuenasprácticasenestesentido,engeneral losentrevistadosindicanquesíobservan lasaccionesdeotrosmuseos,perosemuestranmuycautelosos y realistas en el sentido de saber qué acciones puedenadoptar en función de las posibilidades delmuseo.Ninguno tiene unmuseo referenteespecífico, sinoqueobservandiferentesproyectosyacciones y observan tanto acciones que se pueden aplicar comocuestionesquetienenclaroquequierenevitar.

    La última pregunta fue cómo se imaginan la promoción idealdel museo en una situación con todos los recursos y condicionesnecesariosparaello.Frenteaestapreguntasurgieronnumerosasideasdiferentes,museoscomolaCasaMasóyelMuseu-TresordelaCatedralsemostraron cautelosos enno arriesgarse a sobrepasar la capacidaddecargadelosedificiosporloquepensaríanunapromociónturísticaenfocada por temporadas y por públicos de interés, segmentos másbien especializados que en parte podrían captarse en ciudades

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    cercanasmedianteexposicionesopromocionesenelmetroydandoaconocer la temática y la actividadque elmuseo realiza,mostrándoseabiertos a estrategias de promoción con cierta innovación, buscandomodernizar y visibilizar el patrimonio que gestionan. Uno de losentrevistados también pensó en hacer visible el museo en la regiónmediante medios más tradicionales como campañas de vallas ybanderolas a nivel local y medios de comunicación como radio ytelevisión, así como también reforzar la presencia en Internet conalgún tipo de campaña para el público extranjero. Otro entrevistadopensóenreforzarlapresenciaenorigenconferiasycampañas,tantoenlosmercadosemisoresactualescomopotenciales,continuarconlascampañas actuales en destino, organizar fam trips para touroperadoresyguíasyformaralosvisitanteshabitualesdelmuseoparaconvertirlos en prescriptores y que puedan actuar de guías para susamigos y familiares que visiten la ciudad. En uno de los casos seconsidera fundamental comenzar por una adecuada planificación,externalizada para luego avanzar en acciones en la medida de lasposibilidadesdelmuseoysiempreconunsentido.Estocoincideconlavisióndeunsextoentrevistado,queconsiderófundamentalpartirdelabasedeunbuenplandecomunicación,ademásdegenerarunareddecontactos y alianzas más amplia, especialmente con medios decomunicaciónquepuedandaraconocerelmuseo.

    Vemos a partir de estos resultados, que en general losdirectorestienenunaideabastanteclaradeloqueharíanencuantoapromoción turística en caso de disponer de los recursos necesarios,buscandosalirdelaciudadparacaptarpúblicofuera,ysedancuentade la importancia de una adecuada planificación para poderimplementar una buena estrategia de comunicación y promociónturística.

    6. Discusión

    Enbase al temadel presente estudio, la revisiónbibliográfica

    realizada muestra que, si bien se han realizado diversos estudiosturísticosenrelaciónalosdiferentesmuseosdeestaciudad,lamayorpartedeellosdesdelaUniversidaddelaciudad,muypocosabordanlapromociónturística.Además,fueradelámbitodeGirona,tambiénsonescasos los estudios en los últimos años que abordan dicha temática

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    enfocada enmuseos. El aporte de este trabajo es, a nivel académico,abordarestetemadecrecienteimportanciadesdeunestudiodecaso.Desdeunpuntodevistapráctico,elaporteesbrindarunpanoramadela situación actual y de las problemáticas a las que se enfrentan losmuseosdelaciudadaltrabajarlacomunicaciónypromociónturística,y ofrecer algunas propuestas que puedan allanar el camino en estaárea.

    Paraalcanzarelobjetivodeltrabajo,serealizaronentrevistasalosdirectoresoresponsablesdepúblicosdecadamuseo,enlascualesse abordaron seis temas principales. Los resultados obtenidos secontrastaron con la información presentada en las memorias de losmuseos,delAyuntamientoydelPatronatdeTurismeparaplantearunpanoramalomáscompletoposible.Segúnestosdatos,seadviertequetodos losmuseosde laciudadseencuentranenunasituaciónsimilarcon respecto a la promoción turística, enfrentando cierta dificultadpara generar acciones de promoción turística, especialmente por supropiacuenta.Sedaunadependenciade lasaccionesqueserealizanen formaconjuntapor las redesdemuseos,obienque llevana caboinstitucionesexternasalosmuseosyquetienenungranvalorparalosmuseos,yaque,enalgunoscasos,es laúnicapromociónturísticaquese realiza. Al ser escasas las acciones de promoción turística que losmuseos realizan por cuenta propia, tampoco existe una planificaciónadecuadaalrespecto.Enlamayorpartedeloscasossevaactuandodeacuerdoa lasnecesidadesdelmomentoypor intuición,yporello,enalgunoscasoslaplanificaciónsevecomounadelasnecesidadesdelosmuseosenrelaciónaestatemática.Estassituacionesseatribuyenalaslimitacionesdepresupuestoyalaescasezdepersonal, locualgeneraque tampoco se disponga de tiempo suficiente para dedicar a estastareas. La promoción turística es vista por los directores yresponsablesnosólocomounaactividadcara,sino tambiéndifícildeevaluar,yaqueescomplicadomedirel impactoencuantoacantidadde visitantes que genera determinada acción. En líneas generales, sepuede decir que en algunos casos no se alcanza a dimensionar laimportancia que la promoción turística puede tener y quienes síreconocen su importancia, la afrontan como un área difícil degestionar. Esto también tiene relación con lomencionado en algunasde las entrevistas, acerca de que el personal que se encarga de lapromocióngeneralyturísticanoestáespecializadoniencomunicación

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    nienturismo,locualdificultaestatarea.Enrelaciónconloabordadoen larevisiónbibliográfica,sepuededecirque lapromociónturísticaformapartedeunade las funcionescontempladasenlasdefinicionesdemuseo,queeslaaperturaalpúblicoysuparticipación,entendiendoqueestafunciónesigualdeimportantequelasdemás,loquejustificaypermitecomprenderlaimportanciadeabordarestaáreaapesardelasdificultadesqueimplica.

    Respectode losmediosutilizadospara lapromociónturística,varíandeacuerdoconelmuseo,laredolainstituciónqueloaplica.Serealizan campañas de banderolas, de manteles en restaurantes,distribución de folletos por cuenta propia y presencia en ferias, famtrips,blogtripsypresstripspormediodeinstitucionesexternas.EnlarevisiónbibliográficasepudoobservarquegranpartedelosestudiossobrepromociónturísticaymuseosdelúltimotiemposecentranenelusodeTICs, loquedemuestra la importanciaqueestasherramientashan ido adquiriendo en este ámbito. A pesar de ello, el uso detecnologías no se refleja del todo en los museos de la ciudad,especialmenteenelcampodelapromociónturística.Enestesentido,seobservaquesesubestimaelpotencialdeInternet,lawebylasredessocialesenrelaciónalapromociónturística,yaque,aunquetodoslosmuseosentiendensuimportanciacreciente,particularmenteenelcasode las redes sociales, seutilizan sólopara llegar alpúblico local ydeproximidad, que es el público prioritario en la actualidad para losmuseos. Incluso la Casa Masó no cuenta con redes sociales propias,sinoquedependedelasredesdelÁreadeCultura.Conlaspáginaswebtambién hay algunas problemáticas, dado que en algunos casosrequieren ser actualizadas y en otros, traducidas a otros idiomas, yaque, paramuchos turistas, es la fuente principal de información a lahoradeorganizarelviajeodecidirlossitiosavisitar.

    Seabordótambiénelbenchmarking,esdecirquesepreguntósiobservaban las accionesdepromoción turísticadeotrosmuseos queconsideraran buenas omejores. En este sentido, ningúnmuseo tieneunclaroreferente,sinoquemiranideasquelespareceninteresantesyaplicablesdediferentesmuseosoproyectos.Aunqueencasitodosloscasosafirmaronquetienenmásclarosejemplosdeloquenolesparecebienonoquierenserohacerenesteámbito.

    Con la intención de complementar el estudio realizado, serealizóunbrevebenchmarkingconelMuseoThyssen-Bornemiszade

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    Madrid,cuyaestrategiadepromociónturísticaseencuentra,enlíneasgenerales,bienorientada,especialmenteenrelaciónalusoderedesytecnologías. Cabe aclarar que se entiende que es unMuseoNacional,por tanto, lasdimensiones, elpresupuestoy laestructura sonmuchomayoresquelasdelosmuseosdeGirona,quesonmuseoslocales;portanto, no se pretende comparar unos con otro, pero sí evaluar losresultadosalaluzdelcasodeunmuseoconpromociónturísticabiendirigida. A nivel digital, este museo está desarrollando desde el año2015 una estrategia para el uso de herramientas digitales para lacomercialización,enfocadaenladifusiónyatracción,laconversión,elconocimiento,elmarketingy lapublicidad.Buscaelaborarypublicarcontenidosyserviciosatractivosydecalidadquepermitandifundirlacolección, las exposicionesy las actividades.Eneste sentido, cuentancon dos webs accesibles, así como la tienda online, adaptadas adiversos dispositivos, además de una importante presencia en lassiguientes redes sociales: Facebook, Twitter, Instagram (museo ytienda por separado), Pinterest, YouTube y Vimeo. Además, tiene laposibilidaddeparticiparanualmenteenferias,congresosyworkshopsturísticos y denegocios tanto enEspaña como en el extranjero. Paraellotrabajancolaborativamenteconotrasinstituciones,sibienrealizanacciones en forma individual.Dan gran importancia a la relación conagenciasdeviajesqueincluyenelmuseoenlospaquetesqueofrecen,organizando fam trips y press trips, destinando un mailing a losprofesionalesdelturismoyprensa,yofreciendounportaldentrodesuwebdestinadoespecíficamenteaprofesionalesdelturismo,enelcualpuedenaccederainformaciónymaterialpromocionaldelmuseoysusactividades. Cuentan además con un departamento de promociónturísticaytienenunplandeactuacióndepromociónymarketingenelquebasansuestrategia.

    Este breve repaso por la estrategia de comunicación ypromociónturísticadelMuseoThyssen-Bornemiszapermitevisualizaracciones que realiza unmuseo con gran afluencia turística. Como sepuede ver, tiene gran importancia la colaboración con institucionesexternas,aligualquesucedeenlosmuseosdeGirona,loqueindicaqueenestesentidohayunabuenaorientación.Losfamtripsypresstripsfueronmencionadosen lasentrevistascomounode losaspectosmásvaloradosdelacolaboraciónconelPatronatdeTurisme,locualindicaque son acciones que tienen un buen impacto en dar a conocer los

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    museos fuera de la ciudad, por lo que son acciones que debenestimularse, teniendo en cuenta que fueron también mencionadoscomopartedela“promociónturísticaideal”dealgunosmuseos.Puededecirse en este punto que las grandes necesidades de losmuseos deGirona son contar con una mayor planificación de la estrategia decomunicaciónypromociónturísticaydedicarmayoresesfuerzosalaspáginaswebyredessociales,equilibrandoenestasúltimas loquesedirige a un público de proximidad y lo que se dirige a un públicoturístico.Podríapensarsecomoestrategiaafuturo,además,estableceruna comunicación fluida conprofesionalesdel turismo, comoguías yagentesdeviajes,quepuedencontribuirengranmedidaenacercarelpúblicoturísticoalmuseo.

    7. Conclusionesyrecomendaciones

    Eltrabajorealizadohaabordadoelniveldeinterés,desarrollo

    y madurez de los museos de Girona con relación a la promociónturística,áreaque,segúnloquehanarrojadolosresultadosdelanálisisrealizado,noesprioritariaenestemomentoparadichosmuseos.Enlamayor parte de ellos existe un interés por esta temática,comprendiendo en parte la importancia de comunicar y darse aconocer entre el público turístico. Sin embargo, no han logrado almomento alcanzar un gran desarrollo en esta área y aún queda unlargo camino para recorrer para alcanzar lamadurez. Esto se puedeatribuiralascaracterísticasyestructuradelosmuseos,quesonlocalesy por tanto disponen de un presupuesto limitado que en general nocontempla una partida para promoción turística, así como de unaestructura de personal reducida y en casos poco especializada entemasde comunicación turística, que tampocodeja tiempo suficienteparaocuparsedetareasquenoseanlasbásicasdefuncionamientodelmuseo.Estosesumaaquelapromociónturísticaseconsideracaraydifícil demedir, por lo que en ciertos casos se opta pornodedicarlegrandesesfuerzos.Todoestoenconjuntohallevadoaquelosmuseosprioricendentrodesusactividadesdepromociónalpúblicolocalydeproximidad,másfácildecaptaryfidelizar,yquelapromociónturísticase realice casi exclusivamentemediante las redes demuseos y otrasinstituciones como el Ayuntamiento y el Patronat de Turisme. Esteúltimo es el que permite un mayor contacto de los museos con el

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    públicoturísticoenorigen,yaquefacilitalaparticipaciónenferias,famtrips,press tripsyvisitasdebloggers, influencerse instagramers.Sinembargo, seexpresaen lasentrevistasunanecesidaddeaumentar laparticipación en estas actividades, así como demejorar la calidad, lacantidadylafrecuenciadelasaccionesdepromociónturística,locualdemuestra el interés de los museos por esta temática, pero secontraponea lasproblemáticasplanteadasanteriormente.Seobservaasíunasituacióndepoca independenciaen larealizacióndeaccionesde promoción turística, escasa o nula planificación en este tema yrecursoslimitadoscomoparamejorarestasituación.

    Apesardequeestepanoramapuedeparecerpesimista,existeuna ventana de oportunidad a través del uso de Internet,principalmente las redes sociales y las páginas web. Se sabe pordiversos estudios que Internet es unmediode creciente importanciaparalapromociónylaactividadturísticaengeneral(CardonaGómez&Feliu Torruella, 2013; Caro et al., 2015; Cordón Benito & GonzálezGonzález, 2016; Donaire, 2008; Puiggrós Román et al., 2017; Xiang,Wang,O’Leary,&Fesenmaier,2015),porloqueunarecomendaciónesque cadamuseo por su cuenta, así como la red local Gironamuseus,puedan dedicar mayores esfuerzos tanto a mejorar las páginas webcomo las redes sociales. Las páginas web, además de brindar lainformación útil para el turista, deberían estar traducidas comomínimoa cuatro idiomas, si bienpueden considerarseotros idiomas.Podríanofrecer,además,laposibilidaddecomprarlasentradasonline.Noporquelacantidaddedemandalorequiera,perosíparafacilitarladecisión al turista al momento de organizar su viaje y que nonecesariamente tenga que tomar la decisión en destino, dondeposiblemente se centre en otrosnodos y terminedecidiendono ir almuseo.Porelcontrario,sielturistaviajaaGironaconlasentradas,elfolletodeM6odelconjuntoEpiscopalenmano,serásegurasuvisita.Además, sería interesanteparaestimularestacompra,podergenerarcontenidospreviosalavisita,comolaposibilidaddeunavisitavirtual.El Museu d’Art y el Museu del Cinema ya han avanzado en estadirección,yesunrecursoútilparaatraer laatencióndel turista,queobtieneunaideapreviadeloqueallípodráencontrar.

    Respectodelasredessociales,constituyenotrorecursodigitalque en el caso de los museos podría aprovecharse con fines depromoción turística. Como semencionó, en la actualidad, losmuseos

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    utilizanlasredessocialesexclusivamentecomomedioparallegaraunpúblico local, comunicando las actividades del museo, compartiendoelementosdesuscolecciones,etc.Estosereflejaprincipalmenteenelusodelidiomanacionalcomoúnicoidiomaenlaspublicaciones,locualesfundamentalparalacomunicaciónconelpúblicodeproximidad.Sinembargo,seríaútilabrirestasredesaunpúblicoturístico,porunlado,ofreciendo publicaciones en diferentes idiomas y, por otro lado,generando contenido que interese tanto al público local como alturístico. Por otra parte, un elemento básico de las redes sociales esquepermitenlainteracción,unidayvueltaconelusuarioovisitantesenestecaso.Observandolasredessocialesdelosmuseosdelaciudad,sevequeengeneralestainteracciónesescasayaquelaspublicacionessonsóloinformativas.Escasaspublicacionestienencomentariosysóloalgunas se comparten. Es importante para los museos generar estainteracción,estimulandoalosseguidoresacompartirlaspublicacionesen sus propias redes, sus experiencias en la visita o actividades,generar hashtags o etiquetas que se asocien al museo, lo cualaumentaríalavisibilidadenredesyenúltimainstanciarepercutiríaenelinterésporvisitarelmuseo,tantoporresidentescomoporturistas,teniendo en cuenta además que las redes sociales son un mediofundamentalparaatraerpúblicojoven.Esimportanteaclararquenosetrata de descuidar al público local, ya que, como semencionó antes,este es el público que en última instancia será fiel al museo, sinembargo,debeconseguirseunequilibrioenlapromocióndestinadaaambospúblicos.

    Porúltimo,enalgunasentrevistassemencionócomodificultadque el personal que tiene entre sus tareas la comunicación ypromoción turística no se encuentra especializado en la temática. Espor ello que, aprovechando elmarco de la red local demuseos y encolaboración con la Universidad de la ciudad u otras instituciones,sería de interés organizar cursos de formación o actualización entemas de comunicación y promoción, tanto a nivel general comoturísticoespecíficamente.Estopermitiríaalosmuseosteneralmenosaunapersona con formación específica en el tema, lo cual daríaunamayor ventaja a la hora de pensar acciones conjuntas o por cuentapropia.

    Enbaseatodoloexpuesto,sólorestainsistirenlaimportanciaque tiene para losmuseos tomar dimensión de las posibilidades que

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    ofrecelapromociónturísticacomomedioparadaraconocerelmuseofueradeloslímitesdelaciudadysusalrededores,mostrarelpotencialque poseen y que el turistamuy posiblemente desconoce, establecerrelaciones sólidas con el público turístico y para abrir al mundocolecciones, patrimonio e historias muy particulares y en algunoscasos,únicas.8. Limitacionesyfuturaslíneasdeinvestigación

    La principal limitación de la presente investigación es que se

    centra en un caso de estudio específico. Esto no permite realizargeneralizaciones de ningún tipo, por lo que los resultados y lasrecomendaciones que se presentan son únicamente aplicables a estecontexto particular. Además, por una limitación temporal, lainvestigaciónsecentróenunaúnicatécnicaderecogidadedatos,quesecomplementócondatosdememorias,páginaswebyredessociales.Seríadeseablea futuroampliaresta investigación,abarcandomuseosdediferenteslugaresydimensiones,yaplicandounatriangulacióndetécnicas,demododeprofundizarmásenlatemática.Seríadeinterésahondar en la técnica de benchmarking para realizar comparacionesentremuseos similares yobservar si la situacióny lasproblemáticasaquídetectadassoncomunesosiseobservaotrotipodepanoramasyobstáculos.Otraposiblelíneafuturadeinvestigacióneselestudiodelaformación del personal de museos en temas de comunicación yturismo,analizandosilaspersonasqueseocupandeestetematienenformación específica en una o en ambas temáticas, qué formaciónbrinda elmuseo o instituciones externas y estudiar las posibilidadesrealesqueexistendequeentrelospuestosderesponsabilidaddeestasinstituciones se incluya personal con conocimientos turísticos.Finalmente,seríaimportanteavanzareninvestigacionesquepermitanconocer los motivos por los que en ciudades y regiones de granafluencia turística y que promueven el turismo cultural, muchosmuseos no logran captar la cantidad de público turístico que podríaesperarse.

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    MUSEUSETURISMO,QUEFUTURO?UMAABORDAGEMPELAOFERTA

    AlexandraRodriguesGonçalvesUniversidadedoAlgarve,Portugal

    https://orcid.org/0000-0003-3796-1801

    Os museus tornaram-se plataformas dedistribuiçãodesignificadosculturais(OECD,2014).

    1Introdução

    Este artigo insere-se na continuidade da publicação “Museus,

    Turismo e Sociedade – uma reflexão” (Gonçalves, 2017) e utiliza osresultados obtidos no âmbito da investigação do doutoramento emTurismo na Universidade de Évora relativos à mesa redondapromovidaentreprofissionaisdosMuseusedoTurismo,bemcomo,aanálisedeconteúdodasentrevistasaosprofissionaisdosmuseus,nastemáticasderelaçãocomotemaemdiscussão.Umabrevereflexãoemtorno da situação vivida é também referida, pois precipitou umaanálisesobreautilizaçãoderecursosdigitaisaoníveldosmuseus.

    Omuseuanunciadoécrescentementedigitale interativo,masesta não é uma visão unânime e os mais críticos recusam umaabordagemdegeração“app”1.

    Os contributos dos governos e dos municípios para osorçamentosdosmuseus têmsidoafetadoseemmuitoscasossofridoreduções. Ao deficit do investimento público associam-se outrosproblemas de falta de pessoal, de dificuldades de manutenção dosequipamentos e até problemas de salvaguarda e conservação dosedifíciosedassuascoleções.

    Noutros museus, acontece um excesso de visitantes quedificulta uma estratégia e gestão adequadas à missão principal domuseu, multiplicando-se as iniciativas que comprometem o

    1Abreviaturapara“application”

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    funcionamento do equipamento. Os museus vivem um momento degrandeincerteza,masemsimultâneodetransformação.

    NocasodePortugal,oGovernoPortuguêsaolongode2018ejáem2019levouacaboumconjuntodereformaslegislativascomvistaauma anunciada maior autonomia e modernização de gestão, queincluíram a criação de um novo regime jurídico para a gestão dosmuseus,monumentosepalácios,oretomardoprogramaPROMUSEUSparaapoioàmodernizaçãodosmuseusdaRedePortuguesadeMuseuse a criação de uma grupo de projeto intitulado “Museus no futuro”2,que se explicitam adiante, à luz de algumas tendências e discussõessobremuseuseturismo,passado,presenteefuturo.

    2 Abordagemconcetual

    Uma grande parte da literatura sobre museus começa pordesenvolverumaexplicaçãosobreahistóriadomuseu,perspetivandoasuamelhorcontextualizaçãoeajustificaçãodopapelatualdomuseuna sociedade. O edifício conceptual que tem alicerçado o conceitotradicional demuseumudou.Oobjetode arte continuano centrodanarrativa apresentada nestes equipamentos, utilizando os factos e oselementosquelheestãoassociadosparaaconstruçãodanossaculturaartística. Todavia, as paredes do edifício foram derrubadas e atravésdos seus programas culturais, da investigação desenvolvida e dainterpretação, os museus constituem crescentemente referências naconstrução das identidades sociais e plataformas para um diálogoabertocomascomunidades.

    O museu dá-nos oportunidades únicas de desenvolvimentopessoal, contribuindo para o pensamento, para as competênciascriativaseatéparaumamelhorcompreensãodosoutros,dasuaformadepensareagir.

    2ResoluçãodoConselhodeMinistros(RCM)nº35/2019,de18defevereiro.Versão preliminar do sumário executivo está disponível em: https://icom-portugal.org/wp-content/uploads/2020/07/Relatório-Museus-no-Futuro-07-07-2020.pdf.

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    A evolução histórica dos museus foi incluída no trabalhopublicado nesta revista em 20173, pelo que importará sobretudoanalisar o papel presente e futuro do museu, na sua relação com oturismoeoturista,àluzdosobjetivosqueseestabeleceramparaestapublicação.

    As problemáticas relacionadas com a integração do públicoturista dos museus na gestão e planeamento destes espaços temmerecido maior destaque e reflexão, mencionando-se, quandorelevanteparaestaanálise,algunsdessesaspetos,mascentrando-seotexto neste ponto no passado e no presente do museu e numaabordagempelaoferta.

    Durante muito tempo opôs-se a nobreza da cultura àsuperficialidade do turismo (Amirou, 2005). As primeiras viagensculturais revestiam-se de um carácter de peregrinação religiosa e dedescoberta,aqueapenasalgunsnobrespodiamaceder.Nopresente,ademocratização do “acesso à cultura” e a formação de públicosassumem-se como fatores principais das estratégias definidas pelaspolíticasculturaisnacionaise locais.Osmuseus, faceàsmudançasdasociedade da informação e do conhecimento, a par dasmencionadaspolíticas, tiveramquerepensarassuasestratégiasderelacionamentocomospúblicos(SoaresNeveseAlvesdosSantos,2001e2006;Silva,2006).

    Os museus têm atraído a atenção das entidades estatais aolongo das últimas décadas. O interesse crescente por parte dosorganismos públicos resultou sobretudo de uma tomada deconsciência sobre o importante contributo que podem dar para odesenvolvimentodeumterritório,deumacidade,deumaregiãoouatédeumpaís,masprincipalmenteporqueseperspetivamcadavezmaiscomo instrumentos de promoção e atração de fluxos turísticos,gerando importantes impactos socioculturais mas tambémeconómicos.

    A proposta de reflexão segue com a revisão do conceito demuseuecomumaanálisedosnovosparadigmasemergentes.

    3 Gonçalves, A. (2017).Museus, Turismo e Sociedade – uma reflexão. RevistaIberoamericanadeTurismo-RITUR,Penedo,7(3),26-67.Recuperadoem02maio, 2018, de http://www.seer.ufal.br/index.php/ritur (DOI10.2436/20.8070.01.63).

  • MuseologiaePatrimónio–Volume4

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    1.1 Revisãodo conceitodemuseu, alteraçõesdeparadigmaseofuturo

    A definição de museu está novamente em revisão peloInternationalCouncilofMuseumstendooseucomitéexecutivoadotadoalgumasrecomendaçõesparaprocederaessarevisão4(ICOM,2019). As referências a questões como aquisição e conservação

    continuamaprecedertodasasrestantesfunçõesdomuseu.Naordemconceptualacimaapresentada,comosepodeverificar,areferênciaaodivertimento apenas surge mais adiante, deixando antever asprioridades. Em todas as definições de museu a ênfase é colocada nas

    funçõesquedesenvolve,sendoquenocasodoconceitoamericano,sedá um relevo particular aos aspetos técnicos da estrutura efuncionamento. Existem,noentanto,estudoseprojetosquecomeçamarefletir

    uma perspetiva diferente em relação à função dos museus. Porexemplo,nosEstadosUnidos,logoaseguirao11deSetembrode2001,os museus de Nova Iorque iniciaram de imediato um diálogo com acomunidade, para a criação de espaços nos vários museus paradocumentarem e relembrarem os acontecimentos e as emoçõesrelacionadascomosatentadosterroristas(Hatcher,2005).

    Paraalémdapromoçãododiálogocívicoedodesenvolvimentocultural o museu é fundamental para a democratização e para ademocracia cultural, o que significa, por um lado, o livre acesso àculturadetodososgrupossociaise,poroutro lado,oencorajamentodarepresentaçãodomulticulturalismonoprojetodomuseu.

    Adefiniçãodomuseucomoumainstituiçãosemfinslucrativos,também tem levantado questões em face das restrições públicas definanciamento, mas não impede que se concebam formas de autofinanciamentodosprojetos,porexemploatravésdomecenatocultural,ou da rentabilização de espaços que criem lucros de suporte às

    4 Ver “Museum Definition, Prospects and Potentials (MDPP) report andrecommendation