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HDS In Forma Sempre consigo a cuidar de si Com Seriedade, Solidariedade e Segurança Músicos no Internamento de Pediatria Projecto “NASCER CIDADÃO” Música no Hospital de Santarém Apresentação do livro “O Prof. Periri” Renovação da U. C. Ambulatório NATAL no Hospital Nº 25 | Bimestral | Dezembro 2008

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HDSInForma

Sempre consigo a cuidar de si

Com Seriedade,

Solidariedade e Segurança

Músicos no Internamento dePediatria

Projecto “NASCER CIDADÃO”

Música no Hospital deSantarém

Apresentação do livro “O Prof. Periri”

Renovação da U. C. Ambulatório

NATAL no Hospital

Nº 25 | Bimestral | Dezembro 2008

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índice

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Ficha Técnica:Propriedade: Hospital Distr ital de Santarém, EPE, Avenida BernardoSantareno, 2005-177 Santarém | Direcção: Conselho de Administra-ção | Edição: Ana Bento, Francisco Ribeiro de Carvalho, Helena Grais,Joana Parente e Marta Bacelar Xavier | Contactos: Telef. 243 300 200|E-mail: [email protected] | Site: www.hds.min-saude.pt| Impressão: Nobre Brindes, Lda | Tiragem 1500 exemplares | Distri-buição Gratuita

Simulacro de Catástrofeno Hospital

Renovação da U. C.Ambulatório

Vencedores doConcurso de Pintura

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EDITORIAL

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Projecto“Nascer Cidadão”

Rotary Club ofereceenxovais a recém-nascidos

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Apresentação do livro“O Professor Periri”

Exposição de alunos daEscola Ginestal Machado

José Rianço JosuéPresidente do CA

Música nos Hospitais

Os anos rolam uns à frente dos outros,à velocidade do seu tempo e sempretão desiguais, galgando horas, dias,semanas, meses...

Por fim chega Dezembro e todos selembram que é o mês do Natal. O Natalnão é quando o Homem quiser, é emDezembro.

Só é Natal quando todas as pessoasestão envolvidas nos mesmossentimentos e os partilham e sóDezembro tem esse condão.

Em meu nome e em nome do Conselhode Administração, desejo a todos ostrabalhadores do Hospital

FESTAS FELIZES

E UM

PRÓSPERO ANO 2009.

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Projecto “Nascer Cidadão”

O projecto “Nascer Cidadão” teveinício no Hospital de Santarém nopassado dia 4 de Dezembro.O primeiro bebé a ser registadoneste Hospital foi uma menina denome Soraia Jesus Abrantes, nascidano dia 1 de Dezembro de 2008 às00h 41m, filha de Amorim JoséAbrantes e Andreia da Venda Jesusresidentes em Fajarda, Coruche.Este Projecto é uma das medidas doprograma SIMPLEX, de iniciativa doMinistério da Justiça, que tem comoobjectivo eliminar e simplificar actosde registo civil relacionados com osprocessos de nascimento, permitindoa realização do registo de nascimentofora da Conservatória.Na cerimónia de abertura estevepresente o Dr. António Mendes,Conservador da Conservatória doRegisto Civil de Santarém, a DrªTeresa Pinto Correia, Directora do

SAIBA QUE:

- O registo é gratuito;- O registo efectuado namaternidade dispensa aemissão de comprovativos donascimento;- Se os pais residirem emPortugal há mais de 5 anos epelo menos um deles tivernascido em território nacional,o bebé pode automaticamenteter a nacionalidade Portuguesa,bastando para isso queapresentem a respectivacertidão de nascimento e umcomprovativo de residência;- Os bebés filhos de pais emsituação i legal deverãoigualmente ser registadas, nãoresultando desse facto nenhumprejuízo para os pais;- Também nas situações detransferência inter-hospitalarpor risco materno ou neonatal,o registo é possível quando omesmo não foi efectuado nohospital de origem;- Após o registo de nascimento,é entregue o documentocomprovativo do mesmo.

LOCALIZAÇÃO

Piso 3(em frente à maternidade)

HORÁRIO DEFUNCIONAMENTO

2ª a 6ª das 13h às 19hSábado das 13h às 15h

Nesta época Natalícia, emerge ainda mais o espírito de amizade e de darsem esperar nada em troca a não ser um sorriso.Foi o que aconteceu no passado dia 18, quando representantes da Casa daAmizade do Rotary Club de Santarém ofereceram vinte e quatro enxovaispara serem entregues a recém-nascidos pertencentes a famílias carenciadas.Estas representantes foram recebidas por elementos do Conselho deAdministração, pela Directora do Seviço de Ginecologia e Obstetrícia e pelaEnf. Chefe do Serviço de Obstetrícia 2.Esta iniciativa tem vindo a repetir-se ao longo dos últimos anos, tornando-sejá uma tradição nesta altura.

Rotary Club oferece enxovais a recém-nascidos

Sempre consigo a cuidar de si 3

Serviço de Ginecologia e Obstetríciae o Dr. José Rianço Josué, Presidentedo Conselho de Administração doHospital de Santarém.

O que é necessário para registar

o bebé:- Escolher o nome – este é formadono máximo por dois nomes própriose quatro apelidos; os apelidos sãoos nomes de família; se o bebé forestrangeiro, o seu nome seráformado de acordo com a lei da suanacionalidade;- Escolher a naturalidade – será afreguesia e concelho da maternidadeou freguesia e concelho da residênciahabitual da mãe;- Apresentar os documentos deidentificação dos pais.

Um dos enxovais oferecidosRotary Club entregaenxovais ao Hospital

1º bebé registado no HDS

Dr. António Mendes e Dr. José Josué

A funcionária da Conservatóriacoloca o selo branco no registo denascimento

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Música nos Hospitais

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O Projecto “Música nos Hospitais”foi criado em Outubro de 2004 ejá passou por vários hospitais dopaís.No Hospital Distrital de Santarém(HDS) a parceria ocorreu com aOrquestra Metropolitana deLisboa.A equipa dos músicos que deucorpo e alma a este Projecto noHDS durante 2008, era compostapor quatro elementos que sedividiram em duas duplas: SóniaTomás e Marta Cruz e Raquel Silvae João Barreiro.No HDS, este Projectodesenvolveu-se na Maternidade eNeonatologia (piso 3) e no Serviçode Pediatria (piso 8).A Directora do Serviço dePediatria, Dr.ª Aldina Lopes,considerou “desde o primeiromomento, um Projecto a seracarinhado e aplicado,reconhecendo pela demonstraçãoinicial, o alto nível de qualidadeque o consubstanciava. Trazer umtempo mágico ao hospital, é esteo primeiro objectivo desteprojecto. Mágico porque é belo,mágico porque é relaxante,mágico porque é construtor denovas emoções, mágico porque étão desconcertante comoinspirador de confiança de sorrisose de alegria. Foi uma experiênciarelevante que esperamos eacreditamos se possa repetir”. AEnf.ª Chefe do Serviço dePediatria, a Enf.ª Coordenadora da

Neonatologia e o Enf. Coordenadordo Serviço de Pediatria foramactivos participantes no Projecto,actuando como elos de ligação entreos músicos e os respectivosServiços.Quando questionados, a sua opiniãoé unânime: é um Projecto válido eimportante para todos.A Enf.ª Manuela Freire considera-o“como extraordinário, na medida emque desperta emoções positivascomo a alegria, felicidade, pazinterior, sorrisos. Promoveinteracção entre músicos/utentes/famílias/equipa de saúde, tornandoo período de hospitalização maisameno e mais fácil de serultrapassado”.A Enf.ª Anabela Flor, considera que“desperta sentidos presentes norecém-nascido, levando a umrelaxamento o que favorece umaboa interacção mãe-filho”.Para o Enf.º João Alves, esteProjecto “permite transportar utntes,familiares e profissionais paramomentos de bem-estar,tranquilidade, relaxamento físico epsicológico.” Considera estaesperiência como uma mais-valiapara a melhoria assistencial noServiço de Pediatria.Ao acompanhar uma intervenção,que dura cerca de duas horas (maisuma de preparação e finalização),percebe-se desde logo que o ritualé calmo e ponderado. Os doismúsicos colocam os instrumentosordenadamente no carrinho que os

se querem ou não participar nestesmomentos é sempre respeitada.As músicas são abordadas semprede forma diferente, quer pelautilização dos diferentes objectosmusicais, quer pelos intervenientescom quem interagem.O reportório utilizado é muito variadoporque encontram crianças dediferentes faixas etárias,nacionalidades e culturas. É sempreuma surpresa, os músicos nuncasabem o que vai acontecer. Énecessário improvisar e ter umagrande atenção, adaptação,sensibilidade e articulação.Os músicos referem que “as criançase famil iares, bem como os

Os objectivos desteProjecto são:

- A contribuição, atravésda música e da partilhamusical e relacional, paraa melhoria da vida dosutentes e profissionais; - A humanização dosespaços; − − − − − O enriquecimento doespaço sonoro.

transporta até aos quartos dascrianças.Alguns objectos foram pensados eoperacionalizados pelos própriosmúsicos, por exemplo o espantaespíritos de chaves, as conchas, oshaker, muitos dos quais commateriais recicláveis, tendo havido apreocupação de construí-los deforma ergonómica e facilmentedesinfectáveis.De seguida, escolhem a canção comque iniciam a intervenção epercorrem o corredor do Serviço deforma a anunciar a chegada.Quando chegam a cada quarto, osmúsicos permanecem algunsinstantes à entrada, tocandoe/ou cantando a música muitocalmamente com o intuito depercepcionarem a reacção dacriança e do familiar. A liberdade deescolha das crianças e família sobre

Músicos tocam para recém-nascido no coloda Enf.ª Manuela Freire

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Música nos Hospitais

profissionais não são merosespectadores. Os músicos não cantamapenas para eles, cantam com eles.”No final de ser apresentado oreportório em cada quarto, osmúsicos têm sempre o cuidado de sedespedirem.Sónia Tomás chama a atenção parao facto “deste Projecto não ser sóanimação e entretenimento.” Na suaperspectiva, “as sensações/emoçõesque estão anestesiadas sãolibertadas.”No fim de cada intervenção, éelaborado um relatório onde osmúsicos descrevem os momentosmais relevantes, onde consta alistagem do reportório utilizado equais os aspectos a melhorar. Estesrelatórios são o verdadeiro espelhoda experiência e que tocam quem oslê: “Todas estas e outras vivênciasque vou acumulando enriquecemmuito a minha experiência comomúsico actuante, tornando-me numapessoa realizada no trabalho quetenho vindo a aprender a desenvolver.No interior da sala dos enfermeiros,

estavam presentes três profissionais,que conversavam entre si.Aproximando-nos deles, tocando amúsica “Gosto de flores”, fomo-nosapercebendo que a admiração íadando lugar ao contentamento. Assimsendo, entrámos na sala edistribuímos por eles a letra dacanção. Proporcionou-se ummomento entusiasta e divertido entretodos.”Depois dos músicos irem embora, aEducadora Liliana Gabriel reúne ascrianças na sala das brincadeiras,onde desenham e descrevem aexperiência vivida.Quanto ao resultado destaexperiência, Raquel Silva consideraque “foi uma boa experiência. Fomosbem acolhidas, sempre por umprofissional. Gradualmente sentimosque a interacção aumentou emelhorou”. Sónia Tomás confessa-nos que “inicialmente pensa-se queestes Projectos são só para osutentes. Mas à medida que osfuncionários percebem que não éassim, que eles também são os

Quando estava triste e doenteno hospitalE pensava que tudo me corriamalRecebi uma visita um poucooriginalDois amigos que me vieramanimar com músicas ecanções para me alegrar.Obrigado.

M.P.

Lindo!!! A doçura e asuavidade das vozes emconjunto com os instrumentosmusicais transmitem uma paza mim enquanto mãe e umacuriosidade à minha filhotaque eu vou recordar de formapositiva relativamente àminha passagem pelo Serviçode Pediatria.

I. mãe de M. (10 meses)

Ainda bem que existempessoas que dão semesperar nada em troca,apenas um sorriso de umacriança.Obrigada por fazerem osoutros felizes.

M.

Apesar do local em que nosencontramos e da doença dosnossos filhos, coisas simplesainda acontecem, que nosanimam, nos alimentam aalma. Muito obrigada pelavossa solidariedade. BemHajam!

F. mãe de L.

visados, o Projecto toma outramagnitude. Há certos momentos quesão mágicos, como o brilho nos olhosdas crianças…”

Carrinho com instrumentosMúsicos cantam “O jardim daCeleste” à D. Celeste

Músicos cantam para o recém-nascido

Músico e Educadora de Infância interajem com criança

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Unidade de Neurologia

Apresentação do livro “O Professor Periri”

A convite do Núcleo de Estudos e Formação para a Enfermagem e Saúde(NEFES), decorreu de 17 a 30 de Novembro, na Sala Polivalente do HDS,uma exposição da autoria dos alunos da área de arte do 12º ano da EscolaGinestal Machado.Esta exposição, sobre o tema “Masculinidade / Feminilidade e materiaisrecicláveis”, verdadeira manifestação de criatividade, engenho e arte, daautoria de jovens da escola Ginestal Machado, teve como objectivo, despertara nossa atenção para a necessidade de fazermos a reciclagem dos resíduossólidos, e assim, contribuirmos para a melhoria da qualidade do ambiente nofuturo.

“Masculinidade / Feminilidade e materiais recicláveis”

Decorreu no passado dia 18 deNovembro, na biblioteca do Hospitalde Santarém, a apresentação do livro“O Professor Periri”, da autoria deFrancisco José Magalhães.Este livro é dedicado a todos quantoscuidaram de Francisco, durante olongo período em que esteveinternado no HDS e durante o qualfoi submetido a diversas cirurgias.Na apresentação estiveram presentes, o Conselho de Administração,Directores Serviço, profissionais que contactaram directamente como autor e mesmo aqueles com curiosidade sobre a sua história.O livro retrata a experiência de um paciente que esteve em comainduzido. As impressões desse ambiente clínico são recordadas comhumor e com olhar irónico sobre as ideias feitas àcerca da morte eda vida. Subjacente a toda a história, transparece uma crítica àsociedade actual que confunde valores essenciais e secundários.Daqui resulta o nome do livro “Periri”, conjunção da palavra “Peri” -periferia/acessório e “Ri” - riso.Na apresentação do livro, esteve ainda presente a neuropsicóloga,Dr.ª Catarina Fonseca, autora do prefácio. Na perspectiva desta neuropsicóloga, quando os pacientes se encontramem estados semelhantes aos descritos no livro e caso a interacção entre eles e os clínicos seja positiva, esta relaçãopoderá trazer benefícios preciosos na sua recuperação, permitindo um regresso mais positivo às suas vidas.No final da apresentação, o autor amavelmente ofereceu cópias do livro autografadas. É de salientar que todas asreceitas arrecadadas com a venda deste livro revertem a favor da Liga dos Amigos do Hospital. Este livro pode seradquirido, além dos locais habituais, na papelaria do Hospital, localizada na entrada principal.

Drª Catarina Fonseca

EXPOSIÇÃO DE ALUNOS DA ESCOLA GINESTAL MACHADO

O autor - Francisco Magalhães

O autor e dois elementos do CA

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Simulacro de catástrofe no HospitalDecorreu no fim-de-semana de 21 a 23 de Novembro o exercício PROCIV-IV,assim chamado pela Autoridade Nacional de Protecção Civil, que pretendeusimular a ocorrência de um sismo de magnitude 6,7 (escala de Richter),com o seu epicentro em Benavente e probabilidade de gerar elevados danosmateriais e humanos, tal como o terramoto ocorrido em 1909 na mesmaregião. Este exercício, envolveu em simultâneo os distritos de Lisboa,Santarém e Setúbal e a sua finalidade foi avaliar as capacidades de resposta

e articulação operacional entre asdiferentes entidades, perante umacatástrofe regional.O Hospital de Santarém foi uma dasvárias unidades de saúde da região de Lisboa e Vale do Tejo que participouneste exercício, em articulação com os vários intervenientes do SistemaIntegrado de Emergência Médica. Assim, no sábado, dia 22 de Novembro,puderam ser testadas algumas das fases do seu Plano de Emergência Externa,nomeadamente na utilização do Sistema de Triagem específico para Catástrofe,circuitos alternativos de mobilidade de doentes e visitas e ainda da capacidadede resposta do Serviço de Vigilância e Segurança interna.Chegada dos sinistrados

Triagem dos sinistrados

RENOVAÇÃO DAUNIDADE DECIRURGIA DE

AMBULATÓRIO

A Unidade de Cirurgia deAmbulatório (U.C.A.) recen-temente remodelada eampliada, corresponde a umaantiga aspiração da equipa daU.C.A. Esta Unidade, inauguradaem 1997, uma das primeiras aser criada a nível Nacional,reunirá agora condições pararesponder, em termos deinstalações, à qualidade ambi-cionada pelos profissionais e queos nossos doentes merecem.

Área de trabalho

Área de recobro

Muito obrigado e desejos de felicidades a todos osaposentados de Outubro, Novembro e Dezembro:

José Joaquim Duarte Gonçalves - Médico OftalmologistaIniciou funções em: 20-02-1980

Laura Maria Fonseca Martins Cardoso - Auxiliar de Acção MédicaIniciou funções em: 21-06-1982

Maria Fátima Robalo Marques Antunes - Ginecologista/ObstetraIniciou funções em: 01-11-1979

Maria Margarida Gouveia Barreto - Anátomo-Patologista (Chefe deServiço)Iniciou funções em: 07-07-1992

Vitor Manuel Canunes Ferreira - Oftalmologista (Chefe de Serviço)Iniciou funções em: 16-02-1987

Entrega do 1º prémio

Entrega do 2º prémio

Foram divulgados no decorrer da Festa de Natal do HDS, os vencedores doConcurso de Pintura que versou sobreo tema “É Natal”. O 1º prémio foiatribuído a uma equipa constituídapor 54 elementos das EspecialidadesCirúrgicas. O 2º prémio, atribuido aJosé Pimpão, foi recebido pela D.Rosário Pimpão, familiar do mesmo.E o 3º prémio, a Cátia Duarte(paciente do HDS). Os prémios fo-ram livros da Fundação Tashen.

VENCEDORES DO CONCURSO DE PINTURA

Entrega do 3º prémio

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Este Boletim Informativo é de todos os profissionais e colaboradores do Hospital de Santarém. Por isso, para queo seu conteúdo seja do interesse e agrado de todos, torna-se importante ouvir a sua opinião. Envie as suassugestões de notícias ou artigos que considere importantes para [email protected] e participe.

FESTA DE NATAL NOHOSPITAL DESANTARÉM

O Núcleo de Estudos e Formação paraa Enfermagem e Saúde, o Depar-tamento de Psiquiatria e Saúde Men-tal e o Serviço de Pediatria,organizaram em conjunto a festa deNatal do HDS, que se realizou nopassado dia 11 de Dezembro, naSala Polivalente, onde compa-receram doentes, funcionários efamiliares.Esta festa contou com a participaçãodo Grupo de Guitarras da EscolaSecundária de Rio Maior, o Grupo deTeatro do DPSM, Joaninha Duarte,Contadora de Histórias e a fadistaJoana Amendoeira. Também nãofaltou o Pai Natal que distribuiu choco-lates a todos os presentes.Foi no decorrer desta festa que, oJúri do Concurso de Pintura do HDSfez a entrega dos prémios aosvencedores.

Inserida nas actividades terapêuticas do Hospital de Dia daPedopsiquiatria e tendo como objectivo sensibilizar as crianças eseus familiares para a importância de atitudes que visem apreservação da Natureza, assim como alertar para a problemáticado abandono dos animais de companhia, realizou-se no passadodia 25 de Novembro uma Quermesse de Natal, totalmentedinamizada pelas crianças que frequentam esta valência.De acordo com o desejo destas crianças, decidiu-se que o valorangariado reverteria a favor da ASPA – Associação Scalabitana

de Protecção dos Animais, fundada em 1988, em regime de voluntariado, com o fim de proteger, alimentar e trataranimais abandonados da região de Santarém.Em paralelo com a Quermesse de Natal, a Dra. Marta Vieira Dias, representante da ASPA, fez uma apresentaçãoilustrativa da realidade e das acções levadas a cabo por esta associação.

Quermesse de Natal do HDS daPedopsiquiatria reverte a favor de animais

abandonados

À semelhança de anos anteriores, realizou-se no átrio principal do Hospi-tal, uma exposição e venda de trabalhos artesanais efectuados pelos

doentes do Hospital de Dia dePsiquiatria e da Associação deFamiliares e Amigos do DoentePsicótico “A Farpa”.Se por um lado, os utentes evisitantes do hospital puderamobservar e adquirir diversosartigos elaborados manualmentepelos doentes deste Serviço, poroutro, esta venda destinou-setambém à angariação de verbaspara a continuação do seutrabalho.

Venda de Natal do Hospital de Dia do DPSM

Venda do Hospital de Dia DPSM

A fadista Joana Amendoeira

Alunas do 12º ano da Escola Secundária de Rio Maior

NATAL no Hospital de Santarém

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HDSInForum Destacável Científico | HDSInForma nº 25 | Bimestral | Dezembro 2008

Tratamento Farmacológico da Obesidade Drª Ana Maria Coquim Campolargo*

*Interna do Ano Comum 2008, trabalho realizado no âmbitodo Estágio de Medicina InternaOrientador: Dr. João Matos CostaDirectora do Serviço de Medicina III: Dr.ª Margarida Cabrita

Obesidade e síndroma metabólico

Apesar das várias instituições, como aOrganização Mundial de Saúde (OMS) ou aFederação Internacional da Diabetes, terem cadauma a sua definição própria de síndromametabólico, é consensual que este seja compostopor 4 componentes fundamentais: disfunção dometabolismo da glicose (estados pré-diabéticoscomo alterações da glicose em jejum e intolerânciaà glicose), dislipidémia (hipertrigliceridémia e baixosníveis de colesterol HDL), hipertensão arterial(HTA) e obesidade abdominal.

A prevalência do síndroma metabólicodepende da definição adoptada, estimando-secontudo que atinja, nos EUA, cerca de ¼ dapopulação, sendo particularmente prevalente emidades mais avançadas.

Uma vez que o síndroma metabólicoaumenta o risco de doença cardiovascular,diabetes tipo 2 (DM-2) e mortalidade, sãonecessárias medidas para prevenir e tratar estapatologia. Assim, as organizações de saúdemundiais recomendam primeiramente e comobase da terapêutica, a implementação dealterações no estilo de vida, dando particularimportância ao exercício e restrição calórica.

Resumidamente, as mudanças no estilode vida incluindo exercício físico regular e restriçãocalórica levam a uma melhoria da obesidade

abdominal reflectida numa diminuição do perímetroabdominal e da gordura visceral, um controlo dometabolismo glicémico mais eficaz, que se reflectenos níveis de glicose em jejum e na sensibilidadeà insulina, uma melhoria da dislipidémia,demonstrada pelos níveis de colesterol HDL etriglicerídeos e uma redução da pressão arterial.

Estes resultados levam à recomendaçãoda realização de 30-60 minutos de exercício deintensidade moderada na maioria dos dias dasemana e à redução da ingestão calórica deaproximadamente 500 Kcal. A eficácia do exercíciofísico e da restrição calórica é inequívoca notratamento do síndroma metabólico. Contudo,devemos ter consciência que a promoção destasmudanças de estilo de vida é muito difícil nasociedade de hoje.

Obesidade e seu tratamento

A obesidade é considerada desde 1999,pela OMS, um componente essencial do síndromametabólico. Actualmente, segundo algumasinstituições, a sua presença é considerada atéindispensável para o seu diagnóstico.

Ao longo dos anos, vários métodos foramusados para definir obesidade (razão cinta-anca,perímetro abdominal) mas actualmente o índicede massa corporal (IMC) é o maisfrequentemente usado. Segundo a OMS, excessode peso é definido por um IMC e” 25 kg/m2 e

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obesidade por um IMC e” 30 kg/m2. Todavia, osriscos do excesso de gordura corporal para asaúde aumentam a partir dos 20 a 22 kg/m2.

Como sabemos, a obesidade não éapenas um problema estético. De facto, é umacondição que tem consequências graves na saúde(patologia cardiovascular, DM-2, HTA, dislipidémia,osteoartrose, apneia do sono...) sendoconsiderada, juntamente com as suascomorbilidades, uma causa importantes de morte.Por outro lado, a obesidade é uma patologia quediminui consideravelmente a qualidade de vida dosdoentes e que aumenta significativamente oscustos dos cuidados de saúde. Todos estesfactores reforçam a necessidade de prevenção etratamento eficazes desta condição.

Como já foi referido, as mudanças no estilode vida são a base do processo terapêutico, sendoa obesidade o componente do síndromametabólico que mais beneficia com a

Tratamento Farmacológico da Obesidade

O “National Institute for Health and ClinicalExcelence” recomenda a farmacoterapia,associada às mudanças de estilo de vida emsituações específicas: obesos e indivíduos comexcesso de peso com IMC >27 e com pelo menosuma comorbilidade associada. Os fármacosactualmente disponíveis no mercado europeu sãoo orlistat, a sibutramina e o rimonabant; apenasos dois primeiros estão disponíveis no mercadoportuguês. O Rimonabant já foi aprovado pelaUnião Europeia em 2008 e deverá estar disponívelbrevemente em Portugal.

Neste momento estão em estudonumerosos fármacos para o tratamento daobesidade, como a atomoxetina, agonistas dosreceptores da serotonina subtipo-selectivos,bloqueadores do neuropeptídeo Y, leptina e

FÁRMACO TIPO ACÇÕES EFEITOS ADVERSOS

Orlistat Inibidor da lipase Redução ponderal: 2,9%. Fezes oleosas/gordurosas;Urgênciagástrica e Redução da PAS, da PAD, Urgência fecal;pancreática. do colesterol LDL e da glicose “Spotting” oleoso (15-30%);

em jejum em diabéticos Incontinência fecal (7%); Efeitos sistémicos reduzidos.

Sibutramina Inibidor seletivo da Redução ponderal: 4,6%. Insónias; recaptação da Acção incerta sobre os Náuseas; serotonina valores de triglicerídeos e Boca seca; e norepinefrina. colesterol HDL. Obstipação; Associada a aumento da PA e da FC.

Rimonabant Ligando CB-1 Redução ponderal: 5-10%. Depressão e outros efeitos selectivo Aumenta a sensibilidade psiquiátricos; (Cannabis sativa). à insulina, reduz a Náuseas; esteatose e melhora a Tonturas; dislipidémia. Diarreia; Insónias.

Quadro 1 – Fármacos actualmente disponíveis para o tratamento da obesidade.

implementação destas medidas. A terapêuticafarmacológica pode ser uma alternativa em casosespecíficos embora as armas terapêuticas de quedispomos hoje em dia são ainda limitadas. Noscasos em que as medidas já referidas não sãosuficientes, a cirurgia bariátrica pode ser proposta.

É de referir que ao considerarmos asmedidas disponíveis devemos ter em conta queuma perda de peso de 5-10% é suficiente parauma redução significativa do risco de doençacardiovascular e DM-2.

agonistas dos receptores da leptina; alguns delesjá usados para o tratamento de outras patologias.

Orlistat

O Orlistat foi inicialmente aprovado em1998. É um derivado parcialmente hidratado delipestatina endógena produzida pelo Streptomycestoxytricini. É um inibidor da lipase gástrica epancreática que reduz em 30% a absorção degorduras da dieta. Tem uma absorção sistémica

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reduzida e sofre um metabolismo de primeirapassagem, apresentando uma biodisponibilidadede 1%. De facto, a maioria do fármaco éexcretado quase intacto nas fezes.

Com o Orlistat, verifica-se uma reduçãoponderal de 2,9%. Leva ainda a uma redução de1,8 e 1,6mmHg da pressão arterial sistólica e dadiastólica, respectivamente. Também o colesterolLDL é reduzido em 0,27 mmol/l e a glicose emjejum em indivíduos diabéticos, diminui 0,8 mmol/l.

Os efeitos adversos mais significativos doOrlistat são gastrointestinais, sobretudo quandoa dieta é rica em gordura. Assim, temos fezesoleosas/gordurosas, urgência fecal e “spotting”oleoso em 15-30% dos doentes e incontinênciafecal em 7%. Os efeitos secundários sistémicosdeste fármaco são muito reduzidos, dada a suaabsorção sistémica mínima.

Quanto às interacções do Orlistat comoutros fármacos, observa-se uma redução daabsorção da amiodarona e da ciclosporina e umapotenciação do efeito da varfarina.

Sibutramina

A Sibutramina foi originalmente usadacomo antidepressivo, tendo sido aprovada pelaUnião Europeia como terapêutica anti-obesidadeem 1999. A sua acção mais importante é a deaumentar a saciedade. Também estimula atermogénese, sendo esta acção no entantoconsiderada pouco relevante na redução ponderal.Este fármaco sofre um extenso efeito de 1ªpassagem a nível hepático pelo citocromo P450,activando assim dois metabolitos mais potentesdo que o composto inicial. A maior parte dofármaco e dos seus metabolitos são excretadospelo rim.

Com a Sibutramina a redução de pesoregistada foi de 4,6%. Em estudos a longo prazoa Sibutramina mostrou ter pouca ou nenhumaacção na concentração de colesterol LDL e nocontrolo glicémico. Tem uma acção incerta sobreos valores de triglicerídeos e colesterol HDL. Osefeitos secundários da Sibutramina são insónias,náuseas, boca seca e obstipação. Foi tambémassociada a um aumento da pressão arterial eda frequência cardíaca, o que leva a preocupaçõesquanto a potenciais efeitos adversoscardiovasculares como taquicardia, HTA e

disritmias. Assim sendo, não está recomendadoem doentes com HTA não controlada, taquicardiaou doença cardiovascular previamente conhecida.O tratamento concomitante com inibidores damonoamina-oxidase e fármacos serotoninérgicostambém não é aconselhado.

Rimonabant

O Rimonabant é um ligando CB1-selectivopotente, retirado da planta Cannabis sativa, cujosefeitos como modificadores do humor são bemconhecidos. É metabolizado no fígado e excretadona bílis.

Com o Rimonabant a perda ponderalregistada foi de cerca de 5-10%. Graças às suasacções no hipotálamo, tronco cerebral, centrosmesolímbicos e nervo vago, estimula a anorexia,potencia sinais de saciedade e diminui a motivaçãopara a ingestão de alimentos “apelativos”,provocando uma redução ponderal. Ao aumentaro consumo de glicose pelo musculo e impedindoa lipogénese de novo no fígado, aumenta asensibilidade à insulina, reduz a esteatose emelhora a dislipidémia. É geralmente bem toleradotendo como efeitos secundários mais comuns asnáuseas, as tonturas, a diarreia e as insónias.Tem igualmente efeitos psiquiátricos cujo maisfrequente é a depressão. É de notar que estasreacções adversas levam à interrupção daterapêutica em 13-16% dos doentes (6-7% pordistúrbios psiquiátricos).

Este fármaco foi aprovado pela UniãoEuropeia em 2006 mas não é recomendada asua venda nos Estados Unidos devido àpossibilidade de alterações neurológicas epsiquiátricas, relacionadas com aumento na taxade suicídios e depressão.

Que fármaco e quando?

Tendo presentes as medidas disponíveisno tratamento da obesidade, a fase seguinteconsiste em escolher o fármaco adequado àsituação do doente e a altura ideal para o introduzir.Antes da terapêutica farmacológica deve sertentado o tratamento recorrendo às medidasgerais anteriormente mencionadas, para as quaisa motivação do doente é essencial. Uma vezque estas medidas se tornam frequentementeinsuficientes pode recorrer-se às terapêuticas

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farmacológica e cirúrgica. A terapêuticafarmacológica quando iniciada precocemente podeprevenir muitas das consequências da obesidadejá referidas. A terapêutica cirúrgica está apenasindicada num número limitado de doentes, sendoa terapêutica farmacológica mais abrangente.

Não há nenhum fármaco que sejaisoladamente eficaz no tratamento da obesidade.Assim, é essencial a associação de mudançaspermanentes no estilo de vida à farmacoterapia.

Para a escolha do fármaco devemos terem conta algumas características. Em primeirolugar temos que estabelecer os objectivos daterapêutica. Geralmente obtemos uma perdaponderal de 5-10% do peso inicial, com qualquerterapêutica farmacológica desde queadequadamente associada a mudanças do estilode vida (10-20% de doentes não respondem àterapêutica, situação que se pode verificar 4-8semanas após o início desta).

A perda ponderal não é o único objectivoda terapêutica farmacológica na obesidade. Defacto, pequenas perdas de peso podemacompanhar-se de outros efeitos benéficos paraa saúde dos indivíduos, como o controlo glicémico(Orlistat e Rimonabant), a redução do colesterolLDL e triglicerídeos e aumento do colesterol HDL(Rimonabant). Curiosamente, nenhum dosfármacos disponíveis é eficaz na redução da HTA.

Para além dos objectivos terapêuticosdevemos ter em conta igualmente os efeitosadversos que podem advir da terapêuticafarmacológica da obesidade.

Em qualquer processo terapêutico, asatisfação e adesão do doente são essenciaispara a obtenção de resultados satisfatórios. Istoé ainda mais importante na obesidade dado queuma parte crucial do tratamento se baseia emmudanças no estilo de vida, associadas à tomaregular da medicação. A adaptação do tratamentoao estilo de vida do indivíduo pode ser a chavede um sucesso terapêutico.

Não devem ser esquecidos os casosespeciais que incluem as mulheres grávidas ouno período da amamentação, em que osfármacos anti-obesidade estão contra-indicadose as crianças, adolescentes ou idosos, em que oseu uso deve ser extremamente cuidadoso.

Devemos ainda considerar os custos, nãosó para o paciente mas também para o sistemade saúde, tendo em conta a eficácia do

tratamento e as possíveis consequências de umnão tratamento.

Uma vez escolhido o fármaco, é essenciala escolha do momento certo para iniciar aterapêutica.A maioria das “guidelines” existentes definealgumas situações em que a terapêuticafarmacológica da obesidade parece estar indicada.Deste modo, devemos considerar: 1) As situaçõesem que houve falha das medidas errados éimportante desmistificar tanto a patologia comoa sua terapêutica.

Depois de iniciar a farmacoterapia, coloca-se a questão da sua duração. Não existem aindaestudos que permitam dar uma resposta concretaa este ponto. Para já a duração aconselhada éde 1 a 2 anos. Contudo, verifica-se numa grandepercentagem dos casos uma recuperaçãoponderal após a interrupção do tratamento, assimcomo uma perda dos benefícios relacionados comas consequências da obesidade. Levanta-se porisso a questão dos benefícios eventuais de umtratamento mais longo. No entanto, oprolongamento do tratamento para além dos 2anos deverá ser feito com consentimento dodoente e exige um seguimento rigoroso. Porém,a interrupção demasiado precoce da terapêuticadeve evitar-se, sendo aconselhado um períodode 6 meses antes de considerar a terapêuticaineficaz.

A obesidade é uma condição cada vezmais prevalente e o seu tratamento é um dosmaiores desafios do futuro. Reforça-se uma vezmais a importância das mudanças no estilo devida na prevenção e controlo desta doença,apesar das outras hipóteses terapêuticasdisponíveis. A farmacoterapia na obesidade é, defacto uma área de investigação activa e prolíferacuja evolução trará sem dúvida desenvolvimentossignificativos no tratamento desta patologia.

Referências Bibliográficas:

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