ÍNDICE GERAL DE PREVIDÊNCIA LOCKTON (IGPL) · 2019-03-27 · Assumiu a posição de CEO da...

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Ano 5 • 17ª edição | Julho 2018 Pesquisa Lockton de Gestão de Saúde e Bem-Estar O que falta para sua empresa deixar a crise para trás? Com custo muito mais acessível do que a carta de fiança e garantias reais, o seguro de crédito tem sido uma excelente opção para fornecedores e bancos que querem manter linhas de crédito e explorar oportunidades de negócio. PÁG. 9 PÁG. 25 ÍNDICE GERAL DE PREVIDÊNCIA LOCKTON (IGPL) Lançado em 2016 com o objetivo de auxiliar a tomada de decisões corporativas e individuais, o IGPL traça parâmetros de referência para alcançar o nível ideal de renda mensal na aposentadoria. Visando contribuir para melhorar a gestão das ações de saúde e bem-estar nas organizações, a Lockton lançou em maio a primeira edição dessa pesquisa.

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Ano 5 • 17ª edição | Julho 2018

Pesquisa Lockton de Gestão de Saúde e Bem-Estar O que falta para sua empresa deixar a crise para trás?Com custo muito mais acessível do que a carta de �ança e garantias reais, o seguro de crédito tem sido uma excelente opção para fornecedores e bancos que querem manter linhas de crédito e explorar oportunidades de negócio.

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ÍNDICE GERAL DE PREVIDÊNCIA LOCKTON (IGPL)Lançado em 2016 com o objetivo de auxiliar a tomada de decisões corporativas e individuais, o IGPL traça parâmetros de referência para alcançar o nível ideal de renda mensal na aposentadoria.

Visando contribuir para melhorar a gestão das ações de saúde e bem-estar nas organizações, a Lockton lançou em maio a primeira edição dessa pesquisa.

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SUMÁRIOPALAVRA DOPRESIDENTE 3

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Com mais de 20 anos de carreira internacio-nal, Tony geriu empresas na área de consulto-ria atuarial na África do Sul e Inglaterra. Assumiu a posição de CEO da Lockton Brasil em 2013 e atualmente faz parte de vários comitês globais da Lockton Internacional.

TONY GUSMÃ[email protected]

CEO LOCKTON BRASIL

Prezados(as) clientes,

Sejam muito bem-vindos à Lockton News, nossa revista trimestral sobre seguros, benefícios corporativos e gestão de riscos.

Nesta edição, vamos compartilhar com vocês os principais resultados de dois importantes estudos realizados pela Lockton: o Índice Geral de Previdência Lockton (IGPL) e a Pesquisa Lockton de Gestão de Saúde e Bem-Estar.

Não deixem de ler também nossas matérias sobre riscos de engenharia, seguro de crédito, lucros cessantes e seguro de vida.

Esperamos que nossos conteúdos sejam relevantes e possam ser aproveitados pela sua organização da melhor maneira possível.

Boa leitura!

Riscos de Engenharia e Infraestrutura

Seguro de vida não entra em inventário. Por que isso é importante em momentos de crise econômica?

O que falta para sua empresa deixar a crise para trás?

Riscos da variação cambial nos seguros

Índice Geral de Previdência Lockton (IGPL)

Sua empresa está realmente protegida contra lucros cessantes?

Pesquisa Gestão de Saúde e Bem-estar

On The Scales

Esta revista foi publicada em julho de 2018 e, embora tenham sido feitos todos os esforços para garantir que o conteúdo da revista estivesse preciso e atualizado no momento da publicação, isto não pode ser garantido. A revista contém artigos cujo conteúdo está sujeito a mudanças legais e regulatórias, assim eles não se destinam a substituir o conselho de um pro�ssional. Caso necessário, entre em contato com a Lockton para obter mais informações sobre os temas abordados.

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JAMES KAWANO

RISCOS DE ENGENHARIA

RISCOS DE ENGENHARIA E INFRAESTRUTURA Muitas vezes deparamos com grandes obras de engenharia e pensamos como é complexo o trabalho de criar um empreendimento com tantas variáveis e interfaces. A construção de túneis, pontes, ferrovias e rodovias, por exemplo, demandam bastante estudo e uma avaliação criteriosa de seus impactos e riscos ao meio ambiente e à comunidade.

Por trás de toda obra, existem cálculos precisos, movimentação de terra em grande quantidade, pessoas em locais perigosos e deslocamento de materiais e equipamentos. Assim, podemos ter ideia de quão arriscada e perigosa é uma obra de engenharia, desde sua concepção até sua �nalização. Um erro de cálculo pode ocasionar o colapso de uma ponte, um desmoronamento durante a construção ou a perda de equipamentos por falha humana ou alagamento, além de outros riscos a que a obra, os trabalhadores e os equipamentos estão expostos.

Formado em Engenharia Metalúrgica pela Universidade de São Paulo, com pós-graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho, atua há mais de 15 anos no mercado de seguros, com passagens por grandes empresas. Juntou-se à Lockton em 2016, assumindo a diretoria de Placement.

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SEGUROS PARA AS FASES DE CONSTRUÇÃO À OPERAÇÃO

Concorrência/Licitação, Assinatura de Contrato Transporte Construção Operação

GARANTIASCONTRATUAIS

CONSTRUÇÃO

RISCOS DEPESSOAS

RESPONSABILIDADE/TERCEIROS

Garantia doLICITANTE Perfomance Bond

Seguro Transporte

DSU (Delay of Startup)

Riscos de Engenharia Cobertura Adicional de Manutenção

Paramétrico

Seguro de Equipamentos

Seguro para Frota de Veículo

ALOP

Maintenance Bond

Resp. Civil Obras/I.M

Responsabilidade Civil Facultativa Automóvel – RCF-V

EPL (Práticas Trabalhistas Indevidas)

D&O (Directors & O�cers)

Seguro Viagem

Seguro Saúde

Seguro de Vida

E&O (Erros e Omissões)

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RISCOS DE ENGENHARIA

Por isso, o mercado conta com o seguro de riscos de engenharia, que visa cobrir danos à obra provocados por desastre natural ou por erro de projeto ou de execução. Adicionalmente a esse seguro, existem outros que são oferecidos ao mercado de construção, como os de erros e omissões (E&O), para cobrir os danos causados por erro pro�ssional, de equipamentos móveis e estacionários, para os equipamentos utilizados durante as fases de construção,

instalação e montagem, o de responsabilidade civil e outros que fazem parte do rol de seguros necessários para a devida proteção em caso de acidente no empreendimento. Há também o seguro garantia, poderoso instrumento para a viabilização �nanceira de um projeto, que é exigido nas concorrências públicas e privadas e substitui, em muitas situações, a �ança bancária ou a garantia corporativa.

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No entanto, para a contratação dos seguros das obras, recomenda-se um estudo de riscos e dos contratos, objetivando o atendimento das exigências legais, contratuais e de proteção do patrimônio e pessoas e da estratégia de retenção de riscos da empresa.

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RAZÕES DE FRACASSOS EM PROJETOS

Falta de Experiência emProjetos Similares Danos à Reputação

Perda de Pro�ssionaisEstratégicos

Disputas Contratuais

Recursos e Custo de Capital Elevado

Ações de Concorrência

Constantes Mudanças no Escopo do Projeto

Atuação em Setor Regulado

Problemas no Transporte

Alteração de Preços de Commodities e Câmbio

Risco Ambiental

Falta de Mão de ObraEspecializada

Falta Liderança

Integração entre Contratados

Cronograma Não Realista

De�ciência no Projeto Básico

Dependência de Fornecedores

Erro na Montagem deEquipamentos

Reclamações Sociais

Novas Tecnologias

RISCOS LIGADOS A PROJETOS

RISCOS DE ENGENHARIA

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Ajudar as empresas que atuam no setor de infraestrutura na avaliação dos riscos, na definição das estratégias de retenção e transferência dos riscos e na obtenção dos seguros necessários para a devida proteção das obras eleva também a capacidade de obtenção de recursos financeiros e protege o patrimônio das empresas.

RISCOS DE ENGENHARIA

Vantagens da avaliação de riscos

ACIONISTAS

• Protege o balanço da empresa.• Aumenta a probabilidade de atingimento de retornos.• Torna transparente a comunicação dos riscos do negócio.

CONSELHO

• Diminui as assimetrias com a alta gestão.• Dá diretrizes para o apetite a risco do negócio.• Quanti�ca as exposições seguradas de maneira precisa.

EXECUTIVOS (NÍVEL C)

• Proporciona melhor resiliência aos choques.• Reduz a exposição a perdas em decorrência dos riscos.

ÁREA DE SEGUROS

• Melhora a visibilidade da área.• Dá segurança nas tomadas de decisão. • Otimiza o programa de seguros.

Mesmo com a atual crise econômica, acreditamos que o Brasil iniciará outro ciclo de obras em infraestrutura, já que precisa investir para não entrar em risco de colapso energético, logístico e de produção.

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SEGURO DE VIDARICARDO SANT’ANA Graduado em Administração pela Faculdade Oswaldo Cruz, com MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getulio Vargas, iniciou sua carreira em seguros em 1995, na área de Benefícios. Em 2013, juntou-se à equipe da Lockton Brasil para importantes desa�os operacionais e estratégicos. Atualmente, exerce a liderança em algumas áreas especiais da empresa, dentre elas a operação da Lockton Bene�ts Consulting.

SEGURO DE VIDA NÃO ENTRA EM INVENTÁRIO. POR QUE ISSO É IMPORTANTE EM MOMENTOS DE CRISE ECONÔMICA?Os seguros de vida e acidentes pessoais para o caso de morte não entram em processo de inventário e não respondem por dívidas, nem sequer podem ser considerados herança, independentemente de o seguro ser adquirido por meio de uma apólice individual ou corporativa.

Determina o Código Civil:

Art. 794. No seguro de vida ou de acidentes pessoais para o caso de morte, o capital estipulado não está sujeito às dívidas do segurado, nem se considera herança para todos os efeitos de direito.

Os seguros de vida e acidentes pessoais cumprem bem seu papel se observados de uma perspectiva de “proteção”, pois garantem aos bene�ciários do segurado que a indenização será destinada de maneira integral àqueles de sua vontade, sem a interferência de dívidas com credores ou mesmo partilhas de herança, cujos conceitos de bene�ciários podem ser totalmente diferentes.

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SEGURO DE VIDA

Desde 2015, o Brasil tem passado por uma das maiores crises econômicas de sua história, em que o endividamento das famílias brasileiras vem atingindo patamares representativos. De acordo com pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) sobre endividamento e inadimplência do consumidor, os resultados do último ano tiveram o seguinte cenário:

Isso dá a dimensão de quanto as famílias estão suscetíveis a ter seus bens e recursos comprometidos com dívidas em caso de óbito, deixando muitas vezes aqueles que dependem de sua subsistência em situação �nanceira muito complicada. Esse é um dos principais motivos pelos quais o seguro de vida é um excelente fator de proteção. De acordo com a Pesquisa Lockton de Benefícios de 2017, 91% das empresas oferecem seguro de vida a seus colaboradores, destacando-se como um dos benefícios mais prevalentes – sem contar que, em muitos casos, essa é uma obrigação por força de acordos coletivos da categoria. Sem dúvida, é de suma importância que todos conheçam mais detalhadamente as características desse tipo de seguro, pois ajudam no melhor planejamento e proteção dos segurados.

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Síntese dos resultados (% em relação ao total de famílias)

Nível de endividamento (% em relação ao total de famílias)

Tipo de dívidas (% de famílias) – Janeiro de 2018

Total de endividados

Janeiro de 2017Categoria

Janeiro de 2017

Dezembro de 2017

Janeiro de 2018

Muito endividado

Mais ou menos endividado

Pouco endividado

Não tem dívidas desse tipo

Não sabe

Não respondeu

Cartão de crédito

Cheque especial

Cheque pré-datado

Crédito consignado

Crédito pessoal

Carnês

Financiamento de carro

Financiamento de casa

Outras dívidas

Não sabe

Não respondeu

58,7%

62,2%

61,3%

14,4%

21,2%

23,1%

41,0%

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77,4%

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5,4%

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16,9%

11,0%

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78,3%

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18,3%

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3,0%

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73,8%

6,9%

1,9%

6,5%

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10,1%

21,4%

16,3%

1,1%

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0,2%

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25,1%

37,7%

0,1%

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13,6%

23,4%

24,4%

38,6%

0,1%

0,0%

23,9%

25,7%

25,0%

10,2%

9,7%

9,5%

Dívidas ou contas em atraso

Dezembro de 2017 Janeiro de 2018

TotalTipoRenda familiar mensal

Até 10 SM + de 10 SM

Não terão condições de pagar

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SEGURO DE CRÉDITO

O QUE FALTA PARA SUA EMPRESA DEIXAR A CRISE PARA TRÁS?

Com a crise, vêm a falta de liquidez e a indisponibilidade de ativos. A necessidade de crédito aumenta e o apetite diminui. Como o seguro de crédito é um produto com custo muito mais acessível do que a carta de �ança e garantias reais (sem mencionar o custo do endividamento e dos ativos disponibilizados), ele tem sido uma excelente opção para fornecedores e bancos que querem manter linhas de crédito e explorar oportunidades de negócio. Substituir ou suplementar garantias reais com seguro vem se mostrando e�ciente na expansão do crédito junto a fornecedores/�nanciadores. É isso que tem feito empresas buscarem cada vez mais o produto!

A recuperação da economia e das empresas será gradual, e ainda há muitas incertezas no cenário de hoje. Mudanças de governo e demora nas reformas são fatores que têm reprimido investimentos no país. Ao mesmo tempo, o ambiente econômico internacional se mostra positivo. Estados Unidos e Europa têm crescido. China e alguns países da África estão entre os principais destinos das exportações do Brasil. O que preocupa são as questões geopolíticas que envolvem países desenvolvidos em guerras comerciais, sanções e restrições de importação de produtos.

FRANKLIN NOGUEIRA

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Graduado em Marketing pelo Instituto Municipal de Ensino Superior de São Caetano do Sul, com MBA em Gestão de Negócios e Empreendedorismo pelo BI Institute International e certi�cação internacional pelo Babson College e pelo Massachusetts Institute of Technology, possui 16 anos de experiência pro�ssional, grande parte deles atuando com seguro de crédito, risco político, gerenciamento de crédito e gestão de negócios. Atuou em grandes bancos como subscritor de crédito e gerente comercial para o mercado de varejo.

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SEGURO DE CRÉDITO

Questões geopolíticas e estabilidade econômica nos países desenvolvidos podem gerar incertezas nos mercados emergentes que dependem desses mercados para escoar suas produções. A alta do dólar favorece as exportações, mas não garante pagamento. Calotes internacionais não estão descartados. Muitas indústrias dependem da importação de insumos, e o aumento do dólar prejudica essa equação. Isso pode estrangular a margem das empresas, prejudicar a capacidade de geração de caixa e comprometer as obrigações futuras, como pagamento a fornecedores.

Quando o mercado local diminui, a alternativa para expandir negócios é pela internacionalização da marca, alcançando novos mercados. Todas as seguradoras de crédito são multinacionais que acessam e conhecem os importadores de cada país. Assim, exportadoras brasileiras podem consultar importadores potenciais e obter crédito aprovado mesmo para o primeiro embarque, o que facilita a tomada de decisão sobre o investimento.

Em grandes operações, como exportação de bens de capital e commodities agrícolas, há risco político inerente à transação, o que pode limitar o apetite de investidores e/ou restringir o acesso a linhas de crédito estruturadas. Seja em uma exportação ou importação (risco Brasil), existem basicamente dois tipos de cobertura: risco político puro, em casos de contratos diretos ou projetos com garantias de governos (geralmente do Ministério das Finanças). Para esses casos, o seguro cobre expropriação, violência política, inconversibilidade e/ou não transferência de moeda, além do ressarcimento pelo não pagamento do comprador/governo.

Para companhias que operam contratos com empresas fora do Brasil, a cobertura de risco político extensiva à frustração de contrato é a melhor opção. Ela combina a cobertura de risco comercial e político, indenizando até 90% de perdas provocadas por: 1) falência/não pagamento do contratante; 2) cancelamento unilateral do contrato, incluindo qualquer produção ainda em estoque; 3) substituição de carta de crédito, mesmo con�rmada.

MERCADO INTERNACIONAL: RISCOS E OPORTUNIDADES

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SEGURO DE CRÉDITO

DESAFIOS DO CRÉDITO B2B

Como o endividamento bancário é oneroso, as empresas procuram tomar crédito com seus fornecedores. Nesse sentido, os fornecedores se veem pressionados a aumentar linhas e alongar prazos de pagamento para �nanciar a cadeia de valor. Para o mercado segurador, isso é positivo e gerador de demanda, pois claramente há uma necessidade de crédito do comprador contra uma limitação da capacidade de dar crédito natural pela estrutura de capital do fornecedor. O seguro cobre operações/venda a prazo até 180 dias, podendo chegar a mais de um ano em casos especí�cos (como prazo de safra no agronegócio).

Os maiores compradores de seguro de crédito no mundo são bancos internacionais, muitos com atividade no Brasil. Multinacionais (inclusive brasileiras) que contratam seguro por motivos de governança, proteção e Basileia (regulação bancária

internacional) são as maiores compradoras por aqui, mas não as únicas.

Assim como no seguro de garantia o tomador (risco) oferece seguro a seu contratante, o seguro de crédito pode ser oferecido ao fornecedor como garantia de pagamento: é o chamado “seguro de crédito reverso”. Ao �nal, o custo do seguro é repassado ao comprador pelo fornecedor.

Cada vez mais empresas vêm buscando �nanciamento no mercado de capitais. Fundos privados e fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs) são alternativas práticas para um fornecedor �nanciar seus compradores pela cessão dos recebíveis. Dessa forma, o risco de crédito �ca no fundo: o fornecedor recebe à vista e o comprador mantém seu crédito a prazo. O seguro também tem suportado essas estruturas.

Apesar de a Selic estar em 6,5%, a taxa média de juros das operações de crédito para pessoa jurídica apurada em março é de 16,57% a.a., segundo o Banco Central.

SELIC

6,5%MARÇO

A.A16,57%

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SEGURO DE CRÉDITO NA GESTÃO FINANCEIRA

NOVAS TECNOLOGIAS MUDAM A MANEIRA DE FAZER NEGÓCIOS

O produto possui várias aplicações, não somente relacionadas à proteção contra inadimplência. Os gestores �nanceiros de risco de crédito não se preocupam com a concentração de risco quando se trata de compradores com relacionamento de mais de 20 anos, que nunca atrasaram pagamentos.O seguro de crédito protege empresas e instituições �nanceiras contra riscos de crédito de natureza comercial ou política. Em todo tipo de modelo de negócio B2B que envolve venda de produtos e serviços a prazo, há risco de crédito. No �m do dia, é assim: se vendeu e não recebeu, o seguro ressarce o fornecedor indenizando os títulos de crédito não pagos.Quando se trata de seguro de propriedade, uma empresa é dona do galpão, fábrica, etc. e tem o controle da gestão e das medidas de precaução contra incêndio, por exemplo, mas mesmo assim faz seguro.

No entanto, as companhias não se mostram igualmente sensíveis quando se trata da gestão de seu principal ativo: os recebíveis. Cerca de 40% dos ativos das empresas são recebíveis provenientes de vendas a prazo. Não existe política de crédito à prova de bala. As organizações fazem gestão de ativos �nanceiros sem ter controle sobre eles. Que empresa que faz due dilligence mensal nas �nanças de seus clientes?

Se o fornecedor optar por transferência de risco, o seguro pode viabilizar essas operações junto a bancos e investidores. Todas as seguradoras possuem rating alto, que, uma vez aplicado a uma carteira de compradores, melhora o per�l de risco, tornando a transação mais atrativa, e pode reduzir o custo de captação por meio de cessão de recebíveis.

SEGURO DE CRÉDITO

Do ponto de vista do mercado segurador, o sistema �nanceiro tem utilizado tecnologia para melhorar seus produtos e ofertas de serviços, desburocratizando processos e automatizando contratações, e o seguro de crédito deve seguir esse caminho. Além de acompanhar a dinâmica dos bancos, as novas tecnologias, como blockchain e internet das coisas (IoT), que prometem sistemas de produção e logística muito mais integrados e automatizados, devem impulsionar as inovações no mercado segurador.

Está surgindo uma nova ordem mundial na maneira de fazer negócios, e ela passa por eliminação da burocracia e rastreamento integral dos processos de fabricação, logística e pagamentos. A agilidade na concessão de crédito será fundamental, e o mercado segurador tem trazido soluções da Europa e dos Estados Unidos, mercados mais maduros, que possam ajudar as empresas a promover essas mudanças e aderir a esses novos conceitos. Quem estiver mais preparado sairá na frente.

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GESTÃO DE RISCOS

A instabilidade corrente do cenário político-econômico brasileiro provoca uma série de incertezas para a comunidade empresarial, especialmente no impacto que pode causar no resultado de suas operações.

O seguro como ferramenta para proteção de ativos e de preservação da continuidade dos negócios é item-chave para diminuir as incertezas, mas é importante estar atento às consequências que suas apólices podem sofrer diante de um cenário de câmbio instável. Suas apólices estão devidamente dimensionadas para suportar a variação cambial? Você sabe quais apólices podem ser afetadas ou precisam de ajustes? As apólices estão re�etindo as obrigações que foram assumidas por contrato e cujo valor foi �xado em moeda estrangeira?

As principais modalidades de seguro que podem ser afetadas são seguro patrimonial, seguros de responsabilidade civil geral e seguros de transportes (esta última já desenvolveu barreiras de proteção para a variação cambial com o passar dos anos, mas vale revisar se suas apólices estão devidamente ajustadas). Em relação ao seguro patrimonial, a principal preocupação é com o eventual aumento do valor de seus estoques

(sobretudo para mercadorias avaliadas em moeda estrangeira). Vale a pena conferir se os valores em risco declarados no momento da contratação ou renovação de sua apólice se mantêm adequados diante da signi�cativa valorização do dólar nos últimos meses (com picos de até 25% de elevação e tendência de alta), evitando surpresas em caso de sinistro com o subdimensionamento da importância segurada ou até mesmo com eventual aplicação de cláusula de rateio.

Nos seguros de responsabilidade civil geral, cabe uma avaliação diferente, pois muitas vezes os limites foram estipulados para atendimento de exigências contratuais. Nesse caso, é preciso veri�car se há obrigação contratual para ajuste do limite da apólice na ocorrência de grande variação cambial ou se a exigência estabelece que o limite seja o equivalente em reais a determinado montante em dólares no momento da contratação da apólice, havendo isenção de risco de insu�ciência de limite em decorrência da variação de câmbio. Caso os contratos não sejam claros

com relação a isso, recomenda-se fazer a atualização do limite da apólice, preservando o montante em dólares estabelecido no contrato. Certamente, o custo do aumento de limite será menor do que a diferença de uma eventual insu�ciência de cobertura. Em qualquer das modalidades de seguro, se tiver dúvidas sobre quais impactos a �utuação cambial pode trazer para seu negócio, procure seu Executivo de Contas e peça-lhe que o oriente. Ele estará pronto para ajudá-lo com nosso time de especialistas.

RISCOS DA VARIAÇÃO CAMBIAL NOS SEGUROS

Formado em Administração com ênfase em Análise de Sistemas e MBA em Gestão de Seguros pela Fundação Getulio Vargas, é responsável pela área de Relacionamento na divisão Commercial Lines, gerenciando uma equipe de gerentes e assistentes de contas nos escritórios de São Paulo e Rio de Janeiro. Também é responsável pelo relacionamento com os escritórios no exterior e com os gerentes de riscos dos principais clientes internacionais. Trabalha no mercado de seguros desde 1988.

MARCELLO NOWASKI

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Bacharel em Ciências Atuariais pela Universidade de São Paulo, com MBA em Finanças pelo Ibmec, e membro do Instituto Brasileiro de Atuária (MIBA nº 2492), possui experiência no mercado segurador, com foco em previdência complementar. Participou de projetos com empresas nacionais e multinacionais na incorporação de planos, retiradas de patrocínio e atendi-mento ao órgão regulador (PREVIC) e na contabilização de benefícios pós-emprego em atendimento às normas de contabi-lidade (IFRS, CVM e USGAAP).

PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

MARIANA LUZ

ÍNDICE GERAL DE PREVIDÊNCIA LOCKTON (IGPL)Em 2016, a Lockton lançou o Índice Geral de Previdência Lockton (IGPL), que traça parâmetros de referência para alcançar o nível ideal de renda mensal na aposentadoria. O objetivo do indexador é auxiliar a tomada de decisões corporativas e individuais.

A discussão sobre a aposentadoria é bastante incerta e imprecisa, abrangendo a idade da concessão, a situação econômica, as condições físicas e outros fatores que impactam a decisão ao optar por um benefício. Estima-se que até 2025 o Brasil será o sexto país com o maior número de pessoas idosas, e, mesmo com a proximidade da aposentadoria, a maior parte da população não se planeja para ela.

A educação �nanceira é uma das chaves para o sucesso nessa passagem da vida. É necessário efetuar um planejamento nas �nanças pessoais com objetivos e metas para obter qualidade de vida, autonomia física e �nanceira. Essa nova fase trará oportunidades para se dedicar àquilo de que se gosta, porém sem ter de se preocupar com as inevitáveis perdas �nanceiras decorrentes da ausência de salários e benefícios que a empresa ofertava.

Os planos de previdência privada evoluíram com o decorrer dos anos, re�etindo a diferença na expectativa de vida por gênero, redução da taxa de juros, atualização das tábuas atuariais e alteração nos produtos ofertados. O mercado retirou de

suas prateleiras produtos estruturados em benefício de�nido ou com algum tipo de garantia e os substituiu por planos de contribuição de�nida, cujos benefícios resultarão da acumulação de recursos. Ao longo do tempo, as tábuas atuariais passaram por alterações que re�etem maior expectativa de vida: com a tábua AT49M, uma pessoa de 60 anos hoje tem expectativa de sobreviver até os 79,5 anos; com a tábua AT83M, até 83,6; com a tábua AT2000M, até 84,6; e, com a tábua brasileira BREMS.v15 (tábua atualizada a cada cinco anos), até 86,1. A combinação de fatores como atualização das tábuas atuariais e redução da taxa de juros exige um esforço cada vez maior do participante para garantir o mesmo benefício.

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Expectativa de anos de vida aos 60 anos:

AT49 + 6%Cenário 1

AT83 + 5%Cenário 2

AT2000 suavizada + 3%Cenário 3

BREMSv15 + 2,5%Cenário 4

+ 9,5%de esforço para obter o mesmo benefício com as condições do Cenário 3

+ 73,3%de esforço a mais em relação ao Cenário 1

Expectativa de anos de vida aos 60 anos:

26,1 ANOS19,5 ANOS

Expectativa de anos de vida aos 60 anos:

23,6 ANOS

Expectativa de anos de vida aos 60 anos:

25,6 ANOS

+ 31,8%de esforço para obter o mesmo benefício com as condições do Cenário 2

+ 58,3%de esforço a mais em relação ao Cenário 1

Evolução das condições técnicas ao longo dos anos

+ 20,2%de esforço para obter o mesmo benefício com as condições do Cenário1

De outro lado, houve evolução de ofertas de fundos de investimento, de maneira que, de acordo com o apetite ao risco de cada indivíduo, pode-se melhorar o rendimento do patrimônio acumulado. As condições comerciais dos planos empresariais geralmente são mais atraentes, com melhores taxas de carregamento, gestão e premissas atuariais, além de contar com a contrapartida de contribuição da patrocinadora, que faz com que o patrimônio atinja maiores patamares.

15

Pode-se destacar, ainda, a importância desses produtos para o planejamento tributário do participante, seja antes ou depois da aposentadoria, com a escolha da modalidade adequada (PGBL ou VGBL) e do regime tributário (progressivo compensável ou regressivo de�nitivo), que, alinhado com as expectativas, auxilia no êxito da questão.

Estudos indicam que o recomendável é se programar para se aposentar com 70% a 80% do valor do último salário, com o objetivo de manter o padrão de vida, valendo a ressalva de que essa redução considera que o indivíduo terá seu patrimônio constituído e �lhos �nanceiramente independentes na data da aposentadoria. Nas simulações apresentadas a seguir, utilizou-se a meta de 75%, que representa o IGPL..

Ao longo do tempo, com as alterações das condições técnicas, é exigido um esforço maior do participante na acumulação de patrimônio. Menor garantia e maior expectativa de vida

PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

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Com o intuito de capturar os efeitos da redução da taxa de juros e da atualização das tábuas de mortalidade ao longo do tempo, nessa reedição do IGPL passou-se a dar mais foco a tais fatores no efeito do planejamento �nanceiro para a aposentadoria. Para ilustrar o efeito do tempo, regras previdenciárias e produtos ofertados, foram efetuadas três simulações que mostram a evolução dos planos considerando pessoas de 30 anos que atualmente teriam o salário equivalente a R$ 5.000, R$ 10.000 e R$ 15.000. Salvo em alguns anos em que o INSS apresentou crescimento real, observam-se tendência de menor cobertura do INSS em relação ao salário �nal e redução da cobertura do plano de previdência complementar, devido às mudanças nas condições técnicas oferecidas (taxa de juros e tábua de mortalidade). As simulações consideraram contribuições de 10% do salário mensal ao plano.

Participante – Salário atual: R$ 5.000

Participante – Salário atual: R$ 10.000

Meta: 75% Salário

70%

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0%

70%

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0%

28%

37%35% 35% 36% 36% 36%

51%52%53%

57%58%

65%63%

2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017

2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017

Meta: 75% Salário

% INSS % Plano % Meta

% INSS % Plano % Meta

49%47%

41% 40%

35% 34% 33%

18%18%18%18%18%19%14%

PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

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Participante – Salário atual: R$ 15.000

70%

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0%2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017

Meta: 75% Salário

% INSS % Plano % Meta

44%40%

35% 34%29% 28% 27%

12%12%12%12%12%12%9%

PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

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• Em 2003, observou-se o crescimento do INSS acima da in�ação geral, o que levou ao aumento da cobertura pelo INSS em relação ao salário na aposentadoria.

• Em 2006, manteve-se a tábua AT83 em relação aos anos anteriores, mas houve redução da taxa de juros de 5% a.a. para 4% a.a., o que acarretou a redução do nível de cobertura dos planos de previdência complementar.

• Em 2009, a tábua AT83 foi atualizada para AT2000 suavizada em 10%, reduzindo novamente o nível de cobertura dos planos de previdência complementar.

• Em 2012, a mudança na tábua AT2000 suavizada em 10% para tábua BREMS.v10, combinada à redução da taxa de juros de 4% a.a. para 3% a.a., levou a um novo decréscimo do nível de cobertura dos planos de previdência complementar.

• Em 2015, atualizou-se a tábua BREMS.v10 para BREMS.v15, com redução da taxa de juros para 2,5% a.a., novamente diminuindo o nível de cobertura dos planos de previdência complementar.

A remuneração máxima concedida pelo INSS em 2018 é R$ 5.645,80, porém, nos cenários analisados, esse valor encontra-se reduzido em 20%, uma vez que é bastante difícil atingir o teto do benefício. Uma pessoa que encerra a carreira ativa com um salário acima desse patamar terá di�culdades em se adequar ao novo padrão socioeconômico. Constata-se que, quanto maior for o salário no período imediatamente anterior à aposentadoria, maior será a diferença entre o padrão de vida atual e o que a Previdência Social proporcionará.

Nos estudos realizados, as projeções futuras desconsideram o efeito da in�ação, que re�ete uma queda no poder aquisitivo e se torna uma das maiores fragilidades de um planejamento �nanceiro, bem como desconsidera o impacto do imposto de renda. Destaca-se que os valores projetados são brutos, não levando em conta, portanto, a taxa de administração e eventuais taxas de carregamento.

A estimativa de rentabilidade do saldo é uma premissa importante e impacta diretamente o valor do benefício obtido pelo participante. Para ter sensibilidade sobre essa premissa, efetuou-se o cálculo considerando o cenário-base de rentabilidade de 5% a.a. acima da in�ação. Em cenário oscilando

um ponto percentual abaixo da taxa-base, juros de 4% a.a., obtém-se o impacto de –14,26% no valor do benefício �nal e, com a taxa de juros de 6% a.a., o benefício é 17,24% maior.

R$ 6.323

R$ 5.393

R$ 4.624

Linha do tempo (em anos)

Ou seja, quanto antes a pessoa poupar e mais rentável for o fundo, maior será o valor do benefício recebido.

5% 4% 6%

A variação da premissa da rentabilidade do saldo é bastante sensível no cáculo do benefício. A simulação de saldo considera uma pessoa de 30 anos, com salário inicial de R$ 10.000, crescimento salarial real de 35% a.a e 12 contribuições anuais de 10% do salário.

- No cenário pessimista de 4% a.a. de rentabilidade, chega-se a um bebefício 14,26% menor do que no cenário-base de 5% a.a.-No cenário otimista de 6% a.a. de rentabilidade, chega-se a um benefício 17,24% maior do que no cenário-base de 5% a.a.

PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

Nos grá�cos, merecem destaque os seguintes pontos:

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19

Em um cenário prévio de estimativa de saldo inicial para garantia da renda na aposentadoria correspondente a 75% do último salário, pode-se utilizar o quadro a seguir como ponto de controle.

HIPÓTESES

Rentabilidade antes da aposentadoria

Rentabilidade após a aposentadoria

Idade na aposentadoria

Crescimento salarial

Teto do INSS

Fator de conversão (BREMS com 50% de reversão)

Número de rendas

VALOR

4,0% a.a.

2,0% a.a.

60 anos

3,0% a.a.

R$ 5.645,80

268

12

5.000

44

40

33

22

7

0

0

7.000

65

66

64

61

54

43

28

8.000

72

74

74

73

68

61

50

10.000

81

85

88

89

89

86

80

12.000

87

93

97

101

102

102

100

15.000

93

100

106

112

116

119

120

20.000

100

108

116

123

130

136

140

Idade atual

30

35

40

45

50

55

60

Salário atual (R$)

Instruções:No quadrante de sua idade e salário atual, multiplique o salário pelo índice correspondente. Esse valor representa quanto você deveria ter poupado hoje assumindo que haverá continuação de 10% do salário até a aposentadoria (60 anos).

Ressalta-se que iniciar seu plano de aposentadoria e acumulação o quanto antes e acompanhar os rendimentos para adequar a seus objetivos são pontos extremamente importantes para rever e mudar estratégias, se necessário, ao longo do caminho. Seu planejamento deve estar direcionado a seus objetivos, de acordo com seus valores pessoais, para alcançar a tranquilidade �nanceira. Conte com a Lockton para ajudar a realizar seus sonhos. Não deixe de fazer sua simulação individual em: http://lockton.com.br/simulador.

PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

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LUCROS CESSANTES

O seguro de lucros cessantes tem sido, com frequência, tratado de maneira super�cial pelos gestores �nanceiros e de risco das organizações. Muitas vezes, eles subestimam importantes pontos que permitem identi�car a real exposição e, consequentemente, de�nir um desenho adequado do programa de seguros.

O QUE SÃO LUCROS CESSANTES?A cobertura de lucros cessantes visa garantir a indenização por prejuízos resultantes da interrupção ou perturbação no movimento de negócios do segurado, ou seja, o valor a que o segurado tem direito mediante a prestação do serviço ou venda de mercadorias em sua atividade-�m.

POSSÍVEIS IMPACTOS AO NEGÓCIOOs impactos �nanceiros sofridos no balanço das empresas em decorrência de interrupção de negócios (lucros cessantes) podem superar signi�cativamente as perdas físicas causadas a seu patrimônio (ativos).

Existem várias formas de de�nir as perdas que as empresas podem sofrer em consequência de uma interrupção de negócios, e isso deve ser considerado no momento da contratação do seguro.

É comum ver a exposição de lucros cessantes ser tratada de maneira padronizada, sem considerar as peculiaridades de cada indústria/empresa. Não é novidade que o mercado brasileiro tem modelos de questionários padronizados que seguem o conceito “one size �ts all”.

Por causa dessa tentativa de padronização, observa-se que a maior parte dos erros se inicia na fase do entendimento das peculiaridades da empresa e da forma como o risco é declarado ao mercado segurador.

IMPORTANTES ASPECTOS A CONSIDERAR

• Tipo de cobertura necessária o Perda de lucro bruto o Perda de lucro líquidoo Perda de receita brutao Despesas �xas

• Tempo estimado de paralisação levando em conta o pior cenário (meses com maiores exposições)

• Período de restauração das atividades e impactos ligados a perda de mercado

• Período indenitário a ser contratado• Planos de contingência que possam reduzir o tempo de paralisação

• Despesas extras/extraordinárias

• Interdependência entre plantas e margem de contribuição

• Interdependência entre fornecedores e/ou compradores

• Impedimento de acesso• Interrupção de fornecimento de infraestrutura

• Tumultos/greves e lockout

LEONARDO BRUNETTICom 18 anos de experiência em consultoria de riscos, seguros e benefícios, exerceu posições de liderança comercial em grandes corretoras multinacionais, especializando-se em desenvolver soluções em gestão de risco (Risk Control/Risk Finance) para empresas locais e multinacionais das mais variadas indústrias. Parte de sua carreira foi desenvolvida nos Estados Unidos, onde coordenou programas de seguros de empresas, auxiliando gerentes de riscos globais a administrar seus riscos segurados no mundo. Formado em Administração pela Universidade de São Paulo, com MBA em Economia pela Université Pierre Mendès France, atua como Superintendente Comercial da Lockton Brasil.

SUA EMPRESA ESTÁ REALMENTE PROTEGIDA CONTRA LUCROS CESSANTES?

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LUCROS CESSANTES

CENÁRIO 1: EMPRESA DE MANUFATURAUm incêndio destrói por completo uma fábrica, paralisando suas atividades.

O prédio, os maquinários e o conteúdo (estoques) estão segurados e certamente serão indenizados de acordo com os limites contratados pela apólice do seguro patrimonial.

No entanto, a empresa sofreu desabastecimento de estoques, descumprindo, assim, importantes contratos de fornecimento, o que levou seus clientes a encontrar fornecedores alternativos. A organização percebe, então, que não só a reconstrução levará um bom tempo, como também a retomada das vendas aos patamares anteriores ao sinistro.

O grá�co a seguir ilustra a queda do faturamento desde o sinistro até a retomada das vendas.

Data do Sinistro

Mês 6Retomada das

Atividades

Mês 12

Despesas Fixas

FaturamentoQueda no FaturamentoRetomada Gradual das Vendas/Perda de Mercado

$

t

Com frequência, as empresas são otimistas ao de�nir o período indenitário da cobertura de lucros cessantes, subestimando o real impacto das perdas pós-sinistro e não considerando a possível ocorrência em meses de pico.

CENÁRIO 2: EMPRESA VAREJISTAUm incêndio destrói o único CD (centro de distribuição) responsável pela distribuição aos pontos de venda (lojas de rua e de shopping centers, vendas online, etc.). Grande parte do faturamento da empresa provinha de mercadorias importadas, cuja reposição poderia levar de dois a seis meses.

Os produtos armazenados que sofreram o sinistro representam parcela signi�cativa do valor declarado

para �ns de seguros para o CD e serão indenizados pelo valor de custo, de acordo com os clausulados das apólices de seguros contratadas no Brasil.

Com o sinistro, as vendas foram afetadas nos diversos pontos de venda (inclusive online), que �caram impossibilitados de vender novos produtos, além de não conseguirem entregar pedidos realizados dias antes do sinistro.

ENTENDENDO O CENÁRIO DE PERDAA de�nição do cenário de perda exige uma minuciosa compreensão de como uma interrupção de negócios pode se desdobrar e impactar a empresa. Os cenários a seguir exempli�cam essa situação.

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Com base no tempo de reposição de cada fornecedor, a recuperação estimada das vendas pode ocorrer como exempli�cado no grá�co abaixo.

LUCROS CESSANTES

100%

80%

60%

40%

20%

0%1º mês 2º mês 3º mês 4º mês 5º mês 6º mês

otimistarealistapessimista

Nesse caso especí�co, além de ser necessário ter um grande cuidado na análise da interdependência entre armazéns e lojas/vendas online, é de extrema importância tomar uma decisão consciente do cenário de perda que a empresa pretende segurar.

Esses dois exemplos demonstram que um simples formulário não é o su�ciente para captar a real exposição a lucros cessantes de uma empresa. A consultoria deve ter um efetivo papel no aprofundamento dos cenários de perdas e impactos que as operações de seus clientes poderão sofrer em caso de paralisação.

MUDANÇAS NO CENÁRIO DE CONTRATAÇÃO DA COBERTURA DE LUCROS CESSANTESDesde o início do ano estão em vigor novas regras e critérios de�nidos pela Circular Susep 560/2017. A norma permite que as seguradoras estabeleçam os próprios clausulados na estruturação de seus planos de seguro.

DEFININDO A FORMA DE CONTRATAÇÃOAtualmente, o seguro de lucros cessantes deve ser contratado optando-se por pelo menos uma das seguintes coberturas básicas:

• Perda de lucro bruto • Perda de lucro líquido• Perda de receita bruta• Despesas �xas

É facultada a inclusão de coberturas adicionais, desde que os riscos cobertos estejam diretamente relacionados com o ramo de lucros cessantes e não sejam típicos de outros.

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LUCROS CESSANTES

DETALHAMENTO DOS TIPOS DE COBERTURASDe acordo com a nova circular, consideram-se as seguintes de�nições:

• Despesas fixas: são as despesas próprias do negócio do segurado que não guardam proporção direta com o movimento de negócios, podendo perdurar integral ou parcialmente, após a ocorrência de evento coberto.

• Lucro líquido: é o resultado diretamente gerado pelas atividades operacionais do segurado, antes da provisão para imposto de renda e após a dedução de todas as despesas operacionais, inclusive depreciações, amortizações e despesas �nanceiras líquidas (despesas �nanceiras menos receitas �nanceiras), não computados os resultados obtidos de empresas controladas e

coligadas, as receitas e despesas não operacionais e a atualização monetária do balanço. Se porventura as receitas �nanceiras superarem as despesas �nanceiras, o excedente veri�cado será desprezado.

• Lucro bruto: é a soma do lucro líquido com as despesas �xas ou, na falta do lucro líquido, é o valor das despesas �xas menos os prejuízos decorrentes das operações do segurado.

• Receita bruta: é o valor das vendas líquidas da produção despachada aos clientes, menos os custos de todas as matérias-primas, materiais e insumos usados na produção, deduzindo-se ainda os custos de transporte e, salvo estipulação expressa, aqueles relativos à mão de obra direta e seus encargos, acrescidos de todas as outras receitas derivadas de suas operações.

$$$$

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LUCROS CESSANTES

ENTENDENDO AS PENALIDADES POR ESTAR SUBSEGURADOMuitas empresas acreditam que podem escolher qualquer valor a segurar sem serem penalizadas em caso de sinistro, porém grande parte dos clausulados brasileiros aplicam penalidades (rateio) parcial ou total, dependendo da forma de contratação.

Isso signi�ca que, se o valor em risco apurado pela seguradora, quando do sinistro, for inferior ao valor em risco declarado pela empresa, a seguradora deduzirá a indenização na mesma proporção.

Apesar de não existir uma estatística formal, estima-se que mais de 70% das apólices contratadas no Brasil possuam valores de lucros cessantes subestimados em comparação com os cenários reais de perda das empresas.

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PASSOS SUGERIDOS PARA A CONTRATAÇÃO DO SEGURO DE LUCROS CESSANTES

Entender a exposição Para compreender os riscos a que a empresa está exposta, é preciso considerar os importantes aspectos mencionados neste artigo, assim como avaliar se a exposição a lucros cessantes é aplicável apenas em caso de incêndio ou pode também ser crítica em decorrência de outros eventos, como alagamento, vendaval, quebra de máquinas, danos elétricos, etc.

De�nir o período indenitárioAo determinar o tempo previsto para a retomada das atividades do segurado, deve-se levar em conta o pior cenário de perda. O início do período indenitário coincide com a data da ocorrência do sinistro e seu término ocorre:• após a reconstrução ou reparo do bem sinistrado ou • após a recuperação do movimento de negócios ou do ritmo normal das atividades.

Identi�car os valores em risco Com base em minuciosa análise �nanceira, a empresa precisa entender quais são os corretos valores a declarar para �ns de cobertura de lucros cessantes. Vale destacar que um questionário pode auxiliar o segurado na identi�cação desses valores.

Escolher a forma de contratação Com base em seu apetite de risco e no cenário �nanceiro, a empresa tem de estipular qual das modalidades de lucros cessantes contratará no seguro.

De�nir o melhor desenho da apólice e suas coberturas adicionaisA empresa pode determinar as coberturas adicionais a serem contratadas pela apólice, como honorários de peritos e contadores, extensão a fornecedores e/ou compradores, despesas com instalação em novo local, entre outras.

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5

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GESTÃO DE SAÚDE E BEM-ESTAR

CESAR LOPES BRUNO CERBONCINI

PESQUISA GESTÃO DE SAÚDE E BEM-ESTAR

Índice de Saúde e Bem-EstarNa metodologia adotada pela Lockton �cou determinado que o índice de saúde e bem-estar deveria estar fundamentado em 3 dimensões: Usuário, Gestão Médica e Empresa, e que cada uma dessas dimensões deveria ser apoiada pelos pilares abaixo.

A cada dimensão abordada, foram apresentadas algumas ações que poderiam contribuir para a redução de sinistros médicos e melhorar a assistência à saúde.

O tema Gestão de Saúde e Bem-Estar tem aparecido com frequência cada vez maior na agenda das organizações, seja como alternativa para controlar as despesas com assistência médica, seja como forma de melhorar o clima organizacional ou engajar os colaboradores. Buscando entender as práticas e mapear tendências do que as empresas estão fazendo com relação ao tema, a Lockton lançou, em maio de 2018, a 1ª Edição da Pesquisa Lockton de Gestão de Saúde e Bem-Estar, que teve excelente receptividade no mercado e contou com a participação de 269 organizações.

Estudou Direito e possui certi�cação pela Superintendência de Seguros Privados (Susep). A maior parte de sua experiência pro�ssional foi desenvolvida em empresas de consultoria internacionais. Ao longo da carreira, esteve envolvido em diferentes projetos, com destaque para a avaliação diagnóstica do benefício com o objetivo de otimizar custos, desenho e redesenho de benefícios, entre outros.

Formado em Ciências Atuariais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e em Ciências Contábeis pela Fundação Álvares Penteado, com pós-graduação em Administração de Empresas pela Fundação Getulio Vargas, possui mais de 10 anos de experiência na gestão de projetos de RH e Benefícios. Antes de se juntar à equipe da Lockton, foi auditor e consultor de Benefícios em grandes empresas de consultoria.

Tamanho foi o sucesso desse estudo que a Lockton decidiu adicioná-lo a seu calendário anual de pesquisas, com o objetivo de continuar acompanhando a evolução das práticas nas empresas e tornar-se referência no fornecimento de informações desse tema ao mercado.

Índice de Saúde e Bem-Estar

Usuário Gestão Médica Empresa

Adoecimento x

Risco deSinistro

Utilização x

Risco deSinistro

Ocupacional:- Atenção 1ª

- Gestão de Casos- Demitidos e

Afastados

Estratégias e Controles

Comunicação eEngajamentoAssistencial

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GESTÃO DE SAÚDE E BEM-ESTAR

Inexistente ou Reativa: empresa não vê o tema como relevante e envolve-se apenas nos momentos de reajuste do plano médico.

Em Desenvolvimento ou Ativa Investigativa: empresa entendeu a importância da gestão de saúde e, no curto prazo, pretende desenvolver algum modelo relacionado a isso.

Em Consolidação ou Ativa Preventiva: empresa adota alguns programas e ações de gestão de saúde, mas o modelo ainda não está su�cientemente maduro.

Consolidada ou Ativa Propositiva: empresa já possui um modelo de gestão de saúde �rmemente estabelecido.

Estágio da empresa com relação à gestão de saúde e bem-‐estar por número de colaboradores

Painel Geral

Acima de 5.000

De 1.001 a 5.000

De 101 a 1.000

Até 100

29%12%

4%

0%

Inexistente

20% 40% 60% 80% 100%

19%

31%9%

34%17%

23%23%

48%

64%

49%

38%

46%

11%

13%

11%

11%

8%

Em desenvolvimento Em consolidação Consolidado

DIMENSÃO USUÁRIOEixo Adoecimento x Risco de Sinistro

Diagnóstico situacional da corporação: estágio de maturidade em relação à gestão de saúde e bem-estar

Nível de adoecimento Status Ações

Saudável

AmbulatorialBaixa Complexidade

InternaçãoBaixa Complexidade

DoenteAlta Complexidade

• Sem riscos clínicos e com autocuidado• Sem riscos clínicos e sem autocuidado• Com riscos clínicos e sem autocuidado• Com riscos clínicos e com autocuidado

• Não sabe que está doente• Sabe e é aderente ao tratamento• Sabe e não é aderente ao tratamento• Hospital Dia

• Hospitalar de curta duração sem UTI/OPME• Domiciliar de curta duração (desospitalização)

• Hospitalar de curta duração com UTI/OPME• Hospitalar de longa duração sem UTI/OPME• Hospitalar de longa duração com UTI/OPME• Domiciliar de longa duração• Terapia oncológica• Paliativo

· Comunicação· Promoção SBE· Screening

· Gestão de casos

· Auditoria

· Gerenciamento de crônicos

· Gerenciamento de gestantes

· Segunda opinião

É importante que sejam considerados os diferentes níveis de adoecimento para se propor ações mais efetivas relacionadas à redução de sinistros.!

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GESTÃO DE SAÚDE E BEM-ESTAR

Eixo Utilização do Plano Médico x Risco de Sinistro

Nível de adoecimento Status Ações

Saudável Adequada

SaudávelHiperutilizador

DoenteHipoutilizador

DoenteHiperutilizador

• Realiza exames preventivos regulares• Realiza acompanhamento anual com médico de referência• Utiliza PS quando existe urgência ou emergência

• Não tem médico de referência, não leva exames• PS devido à dificuldade de agendamento• Perfil de médico hiperprescritor fora da rede• Busca atestado médico em PS

• Não tem médico fidelizado• Não tem autocuidado• Estágio de prontidão para a mudança

• Identificação se caso pontual ou recorrente• Aproximação com rede preferencial daoperadora de saúde

· Comunicação uso racional

· Gestão de casos

· Auditoria

· Gerenciamento hiperutilizadores

· Política de check-up

· Gerenciamento de crônicos

· Segunda opinião

É importante que sejam considerados os diferentes per�s de usuários para se propor ações mais efetivas, relacionadas à redução de sinistros.!

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$$

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GESTÃO DE SAÚDE E BEM-ESTAR

Atividades relacionadas à gestão de risco de adoecimento e de utilização do plano médico

Acompanhamento e monitoramento dos principais ofensores do plano

Discussão de casos especí�cos com a área médica da operadora

Acompanhamento de doentes crônicos

Auditoria na base de sinistros para identi�cação de inconsistências

Análise prévia para liberação de casos de home care

Rastreamento de eventos sentinela

Contato telefônico com as gestantes

Mapeamento do per�l epidemiológico/ Screening da população

Acompanhamento da utilização do plano de saúde pelos afastados

2ª opinião médica antes de autorização de determinadas cirurgias eletivas

Recebimento diário ou semanal das senhas liberadas pela operadora

Contato telefônico com os hiperconsultadores

Contato telefônico com os principais ofensores do plano

2ª opinião médica antes de autorização de determinados eventos eletivos(exames complexos, etc.)

Acompanhamento contínuo de potenciais ofensores ao plano (classi�cados em grupo de risco como diabéticos, IMC>40, etc.)

Painel Geral

68%

64%

61%

53%

48%

47%

46%

45%

44%

38%

34%

33%

31%

30%

26%

Inexistente Desenvolvendo

32%

32%

25%

32%

18%

29%

14%

21%

25%

11%

21%

18%

7%

4%

14%

Emconsolidação

73%

67%

67%

54%

51%

44%

46%

46%

38%

36%

31%

28%

30%

30%

24%

70%

65%

55%

52%

45%

46%

43%

39%

46%

38%

42%

36%

26%

23%

29%

Consolidado

85%

89%

89%

74%

70%

78%

78%

85%

78%

78%

48%

63%

67%

67%

41%

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GESTÃO DE SAÚDE E BEM-ESTAR

A realização dos exames ocupacionais ainda é pouco utilizada de forma estratégica para a promoção de saúde e bem-estar. Uma das iniciativas que pode ser considerada é a ampliação de oportunidades de intervenção junto ao colaborador, nos diversos pontos de contato que a equipe ocupacional pode ter ao longo da jornada do trabalhador na empresa:

• Identi�cação de padrões de adoecimento atípico e elaboração de plano de ação • Comunicação sobre educação em saúde• Adequação ergonômica dos postos de trabalho• Vacinação

Adm

issi

onal

Dem

issi

onal

Exte

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Excl

usão

Perió

dico

Perió

dico

Cons

ulta

Ocu

paci

onal

Afa

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ento

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abal

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DIMENSÃO GESTÃO MÉDICAEixo Ocupacional – Atenção Primária

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30

GESTÃO DE SAÚDE E BEM-ESTAR

Eixo Ocupacional – Gestão de Casos e Afastamento

Eixo Assistencial

colaborador e o médico assistencial no ambulatório da organização, porém há muitos benefícios quando

organizações com resultados muito positivos é a possibilidade de ampliar essa assistência também aos dependentes. Ações recomendadas incluem:

• Análise de viabilidade de internalização de

• (médico de família)

É importante que a equipe ocupacional tenha acesso aos dados de saúde e utilização do plano médico para realizar intervenções estratégicas com os colaboradores, como:

• Hiperutilizadores de consultas e exames

• Guias de exames e de internação, indicando possível complexidade ou afastamento

• Preenchimento de screening

• Rastreamento populacional com base nos dados de utilização do plano de saúde

• Atestados atípicos e gestão de absenteísmo

• Segunda opinião e direcionamento

Há uma grande oportunidade de gestão de custos e melhora da assistência a partir do momento em que se tem um controle maior de quem são os colaboradores afastados, a correlação do seu tratamento médico com a utilização do plano de saúde e a possibilidade de retorno ao trabalho. Algumas ações:

• Controle sobre os casos afastados de longa duração• Padrão de utilização adequado ao caso • • Monitoramento junto ao INSS.

• Visão estratégica da assistência

• Atendimento aos dependentes

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GESTÃO DE SAÚDE E BEM-ESTAR

Empresa possui ambulatório médico interno?

Consolidado

Em consolidação

Em desenvolvimento

Inexistente

Painel Geral

Não há legislação que determine que as empresas devem ter uma enfermaria ou ambulatório médico interno (exceto no caso da construção civil, com frentes de trabalho com mais de 50 trabalhadores, de acordo com a NR nº 18).

15%30%

0%

Sim, apenas ocupacional

20%10% 30% 50% 70% 90%40% 60% 80% 100%

33%

33%

38%

22%

3%32% 23% 42%

29%

Sim, apenas assistencial Sim, ocupacional e assistencial Não

11%21% 11% 57%

4%30% 30% 36%

Indicadores clínicos (somente empresas que monitoram esses indicadores)

Mulheres acima de 40 anos que realizam mamogra�a

Homens acima de 50 anos que realizam PSA

Mulheres acima de 18 anos que realizam papanicolau

Mudança no per�l epidemiológico da população

Cirurgias ortopédicas evitadas

Cirurgias bariátricas evitadas

80%

77%

58%

34%

28%

17%

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DIMENSÃO EMPRESAEixo Estratégia e Controles

Eixo Comunicação e Engajamento

GESTÃO DE SAÚDE E BEM-ESTAR

• Identi�cação dos riscos de saúde da sua população e estabelecimento de prioridade de ações, considerando: tempo de retorno da ação x redução de sinistro x promoção de saúde x impacto no clima organizacional.

• Encaminhamento da pessoa certa para o programa de saúde e bem-estar mais adequado.

• Monitoramento dos indicadores de utilização, sinistro e programas de saúde e bem-estar para avaliar efetividade e ROI.

Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se de�ne, não se de�ne o que não se entende e não há sucesso no que não se gerencia.

Deming, W. Edwards

Empresa pode avaliar as seguintes questões:• Clareza sobre o melhor modelo de assistência à saúde para a empresa de acordo com o momentoem que ela se encontra.

Tão importante quanto elaborar programas que contribuam para a gestão de saúde e bem-estar, é incluir as pessoas certas nas ações mais adequadas, e, para tanto, é fundamental se considerar estratégias de comunicação e engajamento para os diferentes per�s da população.

Possíveis ações de comunicação:• Estabelecimento de canais de comunicação com o titular

e o dependente

• Divulgação dos comunicados de saúde, preferencialmente em diferentes mídias

• Realização de campanhas de saúde

• Realização de palestras sobre utilização racional e temas de saúde e bem-estar

Possíveis ações para estimular o engajamento:

• Alta direção considera saúde e bem-estar como uma prioridade?

• Considerar iniciativas para sensibilizar a alta direção, indicando soluções

• Considerar iniciativas para propagar a cultura organizacional

• Identi�cação de estímulos para adesão aos programas de saúde e bem-estar

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GESTÃO DE SAÚDE E BEM-ESTAR

Benefícios/programas existentes

Campanha de vacinação

Comitê de saúde periódico

Acompanhamento de gestantes

Massagem laboral/Shiatsu

Programa de assistência ao empregado

Gympass ou reembolso de academia

Acompanhamento nutricional

Grupo de corrida

Blitz postural

Programa antitabagismo

Programa de perda de peso

Academia in company

Ações relacionadas à saúde mental

Coaching de saúde

Programa de preparação à aposentadoria

Programa de estímulo à meditação

Programas de educação �nanceira

Painel Geral

78%

50%

44%

40%

31%

28%

22%

22%

21%

20%

20%

18%

13%

12%

10%

10%

5%

64%

21%

14%

21%

11%

14%

11%

4%

7%

7%

0%

0%

7%

4%

4%

7%

0%

70%

48%

29%

32%

28%

26%

12%

13%

16%

16%

16%

7%

4%

7%

3%

7%

3%

84%

56%

55%

46%

41%

29%

23%

26%

23%

24%

21%

22%

15%

13%

12%

13%

4%

93%

70%

78%

74%

44%

33%

63%

44%

52%

37%

44%

52%

37%

41%

37%

11%

22%

Inexistente Desenvolvendo Emconsolidação Consolidado

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Indicadores utilizados para acompanhar a efetividade dos programas de gestão de saúde e bem-estar

Atividades de comunicação

GESTÃO DE SAÚDE E BEM-ESTAR

Índice de sinistralidade ou sinistro per capita do plano médico

% de adesão dos colaboradores aos programas de saúde e bem-estar

Indicadores de absenteísmo

Melhora no clima organizacional

Indicadores clínicos

Redução na frequência de utilização de procedimentos médicos

Aumento da produtividade

Retorno sobre o investimento (ROI)

Divulgação de materiais de comunicação sobre temas especí�cos (outubro rosa, gestantes, febre amarela, etc.)

Campanhas de saúde e bem-estar (Semana da Saúde, Doação de Sangue, Semana do Exercício, etc.)

Palestras aos colaboradores (conscientização sobre o uso do plano de saúde, etc.)

Divulgação de vídeos de comunicação sobre temas especí�cos de saúde (utilização consciente do plano, qualidade de vida, etc.)

0%

58%

36%

36%

28%

24%

22%

3%

2%

36%

7%

18%

11%

4%

7%

0%

0%

Inexistente

57%

25%

36%

22%

13%

19%

3%

0%

Desenvolvendo

64%

44%

35%

29%

32%

27%

4%

3%

Emconsolidação

74%

78%

78%

67%

56%

44%

7%

7%

Consolidado

20%10% 30% 50% 70%40% 60%

94%

36% 81%

68%

59%

Inexistente Desenvolvendo Emconsolidação Consolidado

82%

50%

46%

36%

91%

81%

68%

54%

97%

88%

69%

62%

100%

96%

89%

93%

0% 20%10% 30% 50% 70% 90%40% 60% 80% 100%

Painel Geral

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Há engajamento da liderança?

Estímulo adicional para adesão aos programas de saúde e bem-estar

GESTÃO DE SAÚDE E BEM-ESTAR

Consolidado

Em consolidação

Em desenvolvimento

Inexistente

Isenção de coparticipação no plano médico

Acumulação de milhas de saúde, que podem ser trocadas por prêmios

Incentivo �nanceiro (crédito em R$ via folha de pagamento, crédito adicional no VR, vale-presente, etc.)

Dia(s) de folga

Adesão aos programas de saúde e bem-estar é indicador para remuneração variável

8%69% 19%

34%

4%

16%52%

11%49%

19% 13%

6%

4%25% 32% 39%

0% 20%10% 30% 50% 70% 90%40% 60% 80% 100%

0% 4%2% 6% 10%8% 12%

Sim, desde a Presidência ou Diretoria Executiva (1º e/ou 2º níveis hierárquicos da empresa)

Sim, desde a Alta Gerência ou Gerência Geral (3º e/ou 4º níveis hierárquicos da empresa)

Sim, desde a Diretoria ou Gerência de RH (1º e/ou 2º níveis do RH)

Não

11%

3%

2%

1%

1%

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GESTÃO DE SAÚDE E BEM-ESTAR

E�cácia dos programas de gestão de saúde e bem-estar para controle de custos com assistência médica

Consolidado

Em consolidação

Em desenvolvimento

Inexistente

52%

10%

4%11%

49%

33%

26%

22%

8%

15%

16% 22%

42%29%

3%68% 18% 11%

Sem dados para essa avaliação: programas de gestão de saúde e bem-estar ainda são incipientes.

Pouco e�cazes: custos com assistência médica permanecem crescendo em níveis elevados.

E�cazes: custos com assistência médica permanecem crescendo, porém em um patamar aceitável.

Bastante e�cazes: Reduzimos ou mantivemos estáveis os custos com assistência médica.

0%

Sem dados para esta avaliação

20%10% 30% 50% 70% 90%40% 60% 80% 100%

Pouco e�cazes E�cazes Bastante e�cazes

54%

ComentáriosEsta pesquisa identi�cou as seguintes características comuns a empresas que a�rmaram estar num estágio consolidado de gestão de saúde e bem-estar:

• São mais e�cazes para o controle de custos com assistência médica;

• Engajamento da liderança nos programas, desde os primeiros níveis hierárquicos da organização;

• Monitoramento constante de indicadores;

• Relação madura com fornecedores;

• Contrata parceiros: PBMs e empresas para fazer auditoria de contas médicas;

• Acompanhamento próximo dos principais ofensores ou dos indivíduos de grupos de risco;

• Percebem a importância da questão da atenção primária à saúde;

• Comunicam constantemente;

• Acompanham as tendências e as melhores práticas.

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GESTÃO DE SAÚDE E BEM-ESTAR

A participação de todas as empresas foi fundamental para a consolidação de dados representativos que podem contribuir para que as organizações melhorem a gestão de ações de saúde e bem-estar.

É importante ressaltar que os gestores podem se inspirar nas melhores práticas, porém devem adequá-las à realidade de sua empresa, considerando o nível de maturidade, as particularidades e o momento em que ela se encontra.

CONSIDERAÇÕESFINAIS

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A Transparência Internacional lançou em junho o pacote das Novas Medidas Contra a Corrupção. Formado por 70 propostas legislativas (projetos de lei, propostas de emenda constitucional e resoluções), o documento já é considerado o maior pacote anticorrupção do mundo. A elaboração do documento contou com a participação de 373 instituições brasileiras (como Transparência Internacional, Instituto Ethos, Observatório Social do Brasil, Contas Abertas, Instituto Cidade Democrática, Movimen-to de Combate à Corrupção Eleitoral e outros). O docu-

mento foi redigido e revisado por 200 especialistas. Em termos de participação popular, o pacote contou com a colaboração ativa de 912 usuários cadastrados em uma plataforma digital, a Wikilegis.

O pacote é considerado um aprofundamento das 10 Medidas Anticorrupção – pacote do Ministério Público Federal lançado em 2015 e que viria a ser des�gurado pelo Congresso. Algumas das medidas lançadas já faziam parte daquele pacote.

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TRANSPARÊNCIA INTERNACIONAL LANÇA 70 MEDIDAS LEGISLATIVAS CONTRA A CORRUPÇÃODocumento é considerado o maior pacote anticorrupção do mundo

ON THE SCALES

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ON THE SCALES

“Talvez o MP sozinho não fosse legítimo o su�ciente para criar uma agenda anticorrupção. No caso das 70 medidas, tivemos uma participação maior de diversos setores da sociedade”, comentou o coordenador do Centro de Justiça e Sociedade, professor da FGV e colaborador do pacote anticorrupção, Michael Freitas Mohallem.“Nós não queremos tirar o protagonismo do Congresso, mas decidimos apresentar e discutir primeiro para a sociedade e entidades. E claro, esperamos que o pacote seja debatido em todos os níveis”, disse o diretor executivo da Transparência Inter-nacional-Brasil, Bruno Brandão.Entre as medidas estão a criação de uma legislação de proteção ao denunciante de boa-fé (whistleblower), projetos

de desburocratização do Estado, normas de transparência e democra-cia partidária, a redução do foro privilegiado, �cha limpa para servidores públicos, teto para doação e para o auto�nanciamento de campanhas, uma política de dados abertos, e outras.Uma das medidas que pode ser considerada polêmica no pacote é aquela que sugere a regulamentação do lobby. “Com a regulamentação, você pode ter o cadastramento de quem faz lobby, saber quanto cada empresa gastou com as ações”, a�rmou Mohallem.Colaborador do pacote, o ex-ministro chefe da Controladoria-Geral da União, Jorge Hage Sobrinho, aponta a importância do lançamento dessas medidas em ano eleitoral. “A corrupção entrou no debate público. A questão da transparência ganhou importância e vai entrar no debate”, a�rmou.“O pacote também não se propõe a inventar a roda. Ele parte daquilo que já

foi construído no Brasil e em outros lugares do mundo”, completou Hage. Já para a procuradora regional da República, Silvana Batini César, o pacote oferece critérios para o próprio eleitor fazer suas escolhas.Além do pacote de medidas anticorrupção, foi lançada a campanha Unidos Contra a Corrupção. A campanha terá como principal foco transformar o pacote de medidas anunciadas ontem em um tema de debate eleitoral. E, consequentemente, fazer com que o eleitor priorize candidatos que endossem as medidas.Durante a campanha eleitoral, o site www.unidoscontraacorrupcao.org.br irá disponibilizar os nomes dos candidatos e candidatas que estiverem comprometidos com as medidas anticorrupção. Com isso, claro, tentará aproximar o eleitor desses candidatos.

AMENDOLA, Gilberto. Transparência Internacional lança 70 medidas legislativas contra a corrupção. O Estado de S. Paulo, 5 jun. 2018. Disponível em: <https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,transparencia-internacional-lanca-70-medidas-legislativas-contra-a-corrupcao,70002339213>. Acesso em: 23 jul. 2018.

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ON THE SCALES

A Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) aprovou uma nova súmula relacionada à cobertura de seguro de vida nos casos de suicídio. O novo enunciado prevê que o suicídio não terá cobertura nos dois primeiros anos de vigência do contrato de seguro de vida.

A súmula é um resumo de entendimentos consolidados nos julgamentos e serve de orientação para toda a comunidade jurídica sobre a jurisprudência do tribunal.

SEGUNDA SEÇÃO APROVA NOVA SÚMULA SOBRE COBERTURA DE SEGURO DE VIDA EM CASO DE SUICÍDIO (STJ)

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ON THE SCALES

O enunciado, que recebeu o número 610,

tem a seguinte redação:

Súmula 610: “ “

“O suicídio não é coberto nos dois primeiros anos de vigência do

contrato de seguro de vida, ressalvado o direito do bene�ciário à devolução do montante da reserva

técnica formada”.

A súmula será publicada no Diário da Justiça Eletrônico, por três vezes, em datas próximas, nos termos do artigo 123 do Regimento Interno do STJ.

CancelamentoNa mesma sessão, que aconteceu em 25 de abril, a Segunda Seção cancelou a Súmula 61, cujo enunciado era “O seguro de vida cobre o suicídio não premeditado”.

A decisão também será publicada no Diário da Justiça Eletrônico, por três vezes, em datas próximas, nos termos do artigo 123 do RISTJ.

STJ. Notícias, 7 maio 2018. Disponível em: <http://www.stj.jus.br/sites/STJ/default/pt_BR/Comunicação/noticias/Notícias/Segunda-Seção-aprova-nova-súmula-sobre-cobertura-de-seguro-de-vida-em-caso-de-suicídio>. Acesso em: 23 jul. 2018.

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ON THE SCALES

REFORMA TRABALHISTA: POR 6 A 3, STF MANTÉM FIM DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL OBRIGATÓRIAMinistros consideraram que a nova norma não desrespeita a ConstituiçãoBRASÍLIA — Por seis votos a três, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter o �m da contribuição sindical obrigatória. A cobrança passou a ser facultativa com a reforma trabalhista, em vigor desde novembro. Os ministros consideraram que a nova norma não desrespeita a Constituição, ao julgar 19 ações que questionavam a extinção da contribuição.

O relator, Edson Fachin, foi voto vencido, acompanhado de Rosa Weber e Dias To�oli. Votaram contra o retorno da contribuição os ministros Luiz Fux, Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes, Marco Aurélio de Mello e Cármen Lúcia, presidente do tribunal. Ricardo Lewandowski e Celso de Mello não estavam presentes.

O julgamento, iniciado ontem com os votos de Fachin e Fux, foi retomado com o posicionamento de Alexandre de Moraes. O ministro defendeu que não há inconstitucionalidade na extinção da contribuição sindical obrigatória. Para ele, embora a cobrança tenha se mantido por cerca de 29 anos, o Congresso Nacional “mudou suas caraterísticas privilegiando a liberdade associativa”. – Se o empregado tem a opção de se �liar ao sindicato, ele também tem a opção de não recolher essa contribuição – a�rmou o ministro. Moraes disse que apenas dois de cada dez trabalhadores se sindicalizam no país mostrando um “dé�cit de representatividade que decorra talvez das facilidades possibilitadas aos sindicatos por uma contribuição sindical compulsória”. Segundo ele, a Constituição apenas permite a contribuição, mas não a coloca como obrigatória:

– O legislador constituinte não constitucionalizou a contribuição sindical, não instituiu, mas também não vedou essa possibilidade. O que fez o texto constitucional foi subsidiariamente permitir essa contribuição na forma da lei.

Em seu voto, o ministro Luís Roberto Barroso criticou a quantidade elevada de sindicatos no país, mais de 5 mil, e a�rmou que eles não prestam um bom serviço aos associados. Para o ministro, que votou pelo �m da contribuição, o modelo atual não se presta aos �ns a que se destina.

– É modelo que não estimula a representatividade, não estimula os serviços de qualidade.

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E temos milhares de sindicatos como temos dezenas de partidos porque o modelo de sindicalismo virou um business privado, um mercado privado. O sistema é bom para sindicalistas, não é bom para os trabalhadores – disse.

Rosa Weber, que tem formação e experiência na área trabalhista, disse que a contribuição compulsória é importante para fortalecer os sindicatos em tempos de mudanças na legislação, como o “legislado sobre o negociado”. Ela questionou se é adequado retirar a forma mais segura de renda das entidades sindicais nesse momento, ressaltando uma queda de 79,6% na arrecadação do imposto sindical após a reforma trabalhista. Dias To�oli defendeu que houvesse uma mudança gradual, e não “do dia para a noite”.– Não é possível essa subtração que houve da contribuição sindical sem ter preparado essa transição, sem ter preparado a assunção de mais sociedade civil com menos Estado – �nalizou.

O ministro Gilmar Mendes disse não enxergar qualquer ilegalidade nas novas regras de contribuição sindical e criticou o formato anterior por ter estimulado a criação de 16,8 mil sindicatos do país. Com isso, segundo ele, houve uma “brutal distorção” do sistema sindical no Brasil.

– Era um modelo de associativismo subsidiado pela contribuição sindical. A África do Sul tem 191 sindicatos, os Estados Unidos, 160, e a Argentina, 91– comparou o ministro.

Gilmar a�rmou que a extinção da contribuição compulsória não signi�cará o �m dos sindicatos:

– Simplesmente irá fazer com que os sindicatos sejam sustentados como todas as demais associações por contribuições voluntárias.

Marco Aurélio a�rmou que não considera a contribuição sindical um tributo, argumento usado por Fachin ao defender a inconstitucionalidade de sua extinção. Isso porque, segundo ele, pessoa jurídica de direito privado não é parte ativa em relação tributária.

A ministra Cármen Lúcia, que vota por último, ressaltou entender que o Congresso Nacional não violou a Constituição quando extinguiu a contribuição. Ela disse, porém, que seria conveniente haver regras de transição. O julgamento foi o último do plenário antes do recesso dos ministros no mês de julho.

ON THE SCALES

MARIZ, Renata. Reforma Trabalhista: por 6 a 3, STF mantém �m da contribuição sindical obrigatória. O Globo, 29 jun. 2018. Disponível em: <https://oglobo.globo.com/economia/reforma-trabalhista-por-6-3-stf-mantem-�m-da-contribuicao-sindical-obrigatoria-22834644>. Acesso em: 23 jul. 2018.

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