Negóciosda Cal da Cal · Os requisitos de qualidade estabelecidos na nova NBR 7175 para a cal...

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Negócios Negócios da Cal da Cal Publicação da Associação Brasileira dos Produtores de Cal Ano XXVI - Nº 81 - Junho de 2003 www.abpc.org.br Programa Setorial da Qualidade da Cal triplicou nos últimos três anos. Página 10. Entrevista com o professor Vanderley John sobre os problemas com revestimentos. Página 3. FERNANDO GOMES Cal hidratada para argamassas Nova norma valoriza o consumidor Os requisitos de qualidade estabelecidos na nova NBR 7175 para a cal hidratada usada na construção civil atribuem ao produto alto grau de confiabilidade e vida longa para os revestimentos. Página 6 EDIÇÃO ESPECIAL

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NegóciosNegóciosda Calda CalPublicação

da AssociaçãoBrasileira dos

Produtores de CalAno XXVI - Nº 81 - Junho de 2003www.abpc.org.br

Programa Setorialda Qualidade da Caltriplicou nosúltimos três anos.Página 10.

Entrevista com oprofessor VanderleyJohn sobre os problemascom revestimentos.Página 3.

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Cal hidratada para argamassas

Nova norma valoriza o consumidorOs requisitos de qualidade estabelecidos na nova NBR 7175 para a cal hidratada usada na construção

civil atribuem ao produto alto grau de confiabilidade e vida longa para os revestimentos. Página 6

EDIÇÃO ESPECIAL

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A versatilidade fazda cal um dosprodutos maisimportantes navida do homemmoderno. Maisconhecida por suas aplicações naconstrução civil, ela é tambémindispensável em dezenas de processosindustriais, na siderurgia, na indústriaalimentícia, na fabricação de papel, notratamento de água, na recuperação deambientes degradados, entre outros.Para além da vida urbana, o produtotem no meio rural outro valiosoconjunto de utilidades, conformedemonstra a mais nova publicação daABPC – Aplicações da Cal no MeioRural. O livro reúne em 80 páginas umasérie de informações demonstrandocomo a cal pode ser um recurso degrande utilidade para o homem docampo, funcionando com comprovadaeficácia como corretivo e adubo para osolo, defensivo agrícola, proteção erecuperação do meio ambiente,saneamento e saúde, agroindústria,pintura e sinalização e até mesmo naculinária e na medicina caseira. Apublicação, única no gênero, é fruto deum longo trabalho de garimpagem deinformações feito pelo engenheiro JoséEpitácio Passos Guimarães, presidentede honra da Associação Brasileira dosProdutores de Cal. A partir de julhopróximo a nova publicação estará àdisposição dos interessados. Veja comoobter esta e outras publicações daABPC na internet (www.abpc.org.br).

As mil utilidadesde um produtoversátil e social

Editorial

Boas notícias chegam de Brasília: o

Programa Brasileiro de Qualidade e

Produtividade do Habitat (PBQP-H)

terá continuidade no governo do

Presidente Luis Inácio Lula da Silva.

A esta altura da nova administração,

não se poderia esperar outra coisa

do governo, uma vez que ele já havia

dado amplas demonstrações de que

pretendia manter as boas políticas

da gestão anterior – e o PBQP-H é

uma delas.

Trata-se de um fato extremamente

positivo na política nacional, uma vez

que, tradicionalmente, os novos

governos costumavam renegar tudo

o que os anteriores haviam

realizado. Segundo o Secretário

Nacional da Habitação do Ministério

das Cidades, Jorge Hereda, o PBQP-

H é uma ação importante que deve

ser prestigiada e melhorada. O

objetivo do novo governo é revisá-

lo e direcioná-lo para que sirva de

instrumento de combate à exclusão

social, garantindo a construção de

residências duráveis e de qualidade,

especialmente para as camadas de

baixa renda.

Criado em 1998, o PBQP-H está

focado na garantia da qualidade na

construção civil. Em torno dele

estão articulados importantes

setores da área de materiais de

construção: cimento, cal, argamassas,

louças sanitárias, metais, cerâmicas.

Seu modus operandi é amplo: busca

irradiar por toda a cadeia produtiva

Novos desafios para o PBQP-H.Os bons sinais de Brasília

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da construção civil, o conceito de

qualidade, que garante a

durabilidade da obra, e o de

produtividade, que garante

eficiência e baixos custos. Seus

benefícios se espalham em dois

universos: o das empresas - que

garantem ganhos de produtividade

e, portanto, lucros - e o dos

consumidores, que recebem

moradias de boa qualidade, com

durabilidade garantida e a bons

custos.

Em um país essencialmente urbano,

com mais de 50% da população

vivendo nas cidades, 33% em

situação de pobreza e 15% de

extrema pobreza, o desafio do

Ministério das Cidades é enorme.

O déficit habitacional já é estimado

em 6,6 milhões de unidades

habitacionais. Acrescente-se a esse

número, por si só preocupante, a

existência de 15 milhões de

moradias sem mínimos serviços de

infraestrutura, muitas com sérios

problemas jurídicos. O PBQP-H

poderá ser uma ferramenta para

acelerar o atendimento a essa

dramática demanda, pois já tem

instrumentos e cultura

estabelecidos. E nada garante mais o

alcance de objetivos sociais na

construção civil do que

produtividade, baixos custos,

qualidade, durabilidade,

padronização, tudo que o PBQP-H

pode oferecer.

Expediente: Negócios da Cal é uma publicação da Associação Brasileira dos Produtores de Cal – ABPC. Presidente de honra: José Epitácio PassosGuimarães. Diretoria: Presidente: Eduardo Costa Simões, 1º vice-presidente: Renê Vogelaar, 2º vice-presidente: Edwaldo Almada de Abreu, 3º vice-presidente: Luiz Pagliato, 1º secretário: Jorge Shinoda, 2º secretário: Carlos Avelar, 1º tesoureiro: Jorge Hatem Osório, 2º tesoureiro: Eduardo SoveralNepomuceno. Conselho Fiscal – Titulares: Luciano Pereira dos Santos, Sérgio Paiva e Paulo Maurício Silva Coscarelli; Suplentes: Francisco Carlos daSilveira, Alberto Ramos Fernandes e Luiz Pagliato Junior. Conselho Consultivo: Antonio Ermírio de Moraes, Ermírio Pereira de Moraes, Fábio Ermírio deMoraes, José Ermírio de Moraes Neto, Benedicto Pagliato, Ignez Pentagna Guimarães Ramalho, Lúcio Pentagna Guimarães, Luiz Alberto de Castro Santos,Lairton Oscar Goulart Leonardi e Paulo Salvador de Almeida. Secretário executivo: Mauro Adamo Seabra. Coordenador técnico: Rubens Donizeti Gomes.Endereço: Rua Marconi, 131, 11º a., cj. 1101, CEP 01047-910, São Paulo, SP. Tel.: (11) 3258-5366, fax (11) 3257-4228, e-mail: [email protected]. Produçãoeditorial: Serrano & Associados Corporate Affairs; Editor adjunto: Fernando Gomes; Projeto gráfico, diagramação: Mister White; Fotos: Fernando Gomes.

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O papel da cal nalongevidade dos revestimentos

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Especial

Os problemas com argamassas na construção civil e o papel da cal na longevidade dos revestimentos sãotemas abordados nesta entrevista concedida por Vanderley Moacyr John, professor associado da EscolaPolitécnica da Universidade de São Paulo, doutor em engenharia, um dos palestrantes do V SBTA.

Vanderley John: “falta melhorconhecimento sobre o papel

da cal nas argamassas”

NC – No início dos anos 90 surgiramaditivos químicos com a pretensão desubstituir a cal nas argamassas. Como o sr.vê esse movimento?VJ - Creio que este pode ser um fato queacabou ganhando certa dimensão devidoà falta de melhor conhecimento do papelrepresentado pela cal nas argamassas.Nos últimos anos surgiu a teoria de quea cal ajuda no estado fresco da argamassamas não contribui para sua resistênciamecânica. Aí vem a química orgânica einventa um plastificante – as resinasorgânicas – eficiente e muito caro, masque facilita a lógica do processoindustrial. Nesse contexto a cal é vistaapenas como uma liga, desconsiderando-se, portanto, seu papel comoaglomerante. E a comparação entre osdois produtos é feita com argamassas emestado fresco, quando os aditivosrealmente acrescentam melhorplasticidade ao material. Mas em minhaopinião, o papel realmente importante dacal está reservado ao estado endurecidoda argamassa, quando o produtocontribui para o desempenho de longoprazo dos revestimentos. É esse papelque diferencia a cal dos aditivos químicos.

NC – Como a cal interfere no módulo deelasticidade das argamassas?VJ – Dispomos de estudos quedemonstram que a colocação de umapequena parcela de cal na argamassa de

cimento e areia dificultaa propagação defissuras. Ou seja, umaargamassa com cal temmódulo de elasticidademais baixo, maiorresistência àpropagação de fissuras– justamente por sermais deformável - e,conseqüentemente,vida útil mais longa.Devemos considerarque a longevidade dorevestimento édeterminada não sópor sua aderênciainicial ao substrato, mastambém pelavelocidade com que ele

perde a aderência. Essa velocidade daperda de aderência é uma função domódulo de elasticidade, embora hajaoutros fatores de influência.

Negócios da Cal – A que o sr atribui osproblemas de revestimento tãocomuns na construção civil?Vanderley John – O que se observanormalmente em prédios antigos é quea argamassa começa a apresentarfissuras e a se destacar da baseespecialmente nos andares mais altos.Estou convencido de que o quedetermina a perda de aderência entre acamada de argamassa e o substrato sãoos ciclos de molhagem e secagem.Quando chove a argamassa ficasaturada e se expande; quando seca elase contrai. E toda vez que umaargamassa se movimenta em relação aoprédio, surge uma tensão de interface –entre ela e a base. Isso provoca danosprogressivos ao longo dos anos. Aperda de aderência implica napropagação de uma micro fissura quevai separando a camada de argamassade seu substrato.Além dos ciclos curtos de molhageme secagem, há o ciclo anual do edifício.No verão ele seexpande, sobretudonas partes mais altas, eno inverno se contrai.A magnitude dessatensão de interface éuma função domódulo deelasticidade dasargamassas. O módulode elasticidade é aforça necessária paradeformar. Se tenho ummódulo alto, qualquerdeformação demandauma força muito alta.Se tenho um produtocom módulo deelasticidade baixo,com uma pequenaforça eu deformo bastante, sendo essaa condição ideal da argamassa paragarantir a longevidade dorevestimento.

Fachadas revestidas de argamassa preparada comcal hidratada mantêm sua beleza por mais tempo

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NC – Apesar dessa grande diferença, algunsaditivos químicos, que estão reaparecendono mercado, são chamados de cal química...VJ – O que precisamos deixar claro éque esses produtos nada mais são doque simples incorporadores de ar, quenascem como substitutos da cal peloconceito errado de que a função da calna argamassa é apenas ligada à suatrabalhabilidade no estado fresco. Muitosdesses aditivos resultam de subprodutosda industrialização da madeira, sendoaplicados à argamassa para incorporarbolhas de ar, que fazem o papellubrificante. O resultado agrada demaisao pedreiro: no estado fresco, o suflairde argamassa deixa a colher mais leve, aargamassa desliza bem e puxa maisrápido, o serviço rende ehá menos dores no braçoao final da jornada. Masninguém volta para ver oque acontece depois. Noestado endurecido háformação de vaziosprejudiciais. O ar nãosegura a argamassa, nãopromove aderência e tembaixa resistência à abrasão.O resultado é umaargamassa friável, que seesfarela com o tempo.Acredito até que se forusado em pequenaquantidade na composição da argamassae sem dispensar a cal, o incorporadorpode produzir bons resultados, masagindo como um complemento, e nuncacomo um substituto da cal. Além disso, ocontrole do volume de aditivo usadoserá essencial. Na obra, uma pequenadosagem a mais ou mesmo odescontrole no tempo de mistura daargamassa na betoneira pode influenciardecisivamente o seu desempenho. E namaioria das obras não há aparelhamentoadequado para se controlar esse

processo. Já vi muita argamassadesmanchar porque tinha mais de 30%de ar incorporado. É grande aquantidade de edifícios no Brasil comproblemas causados por incorporadoresde ar. O problema aparece em ondas,surge num lugar e vai migrando de umestado a outro do país até sumir.

NC – Nesse caso, a cal também sediferencia dos filitos, pois estessó agem como plastificantes?VJ – O problema dos filitosé mais sério e vai um poucoalém. De fato, os filitosfuncionam comoplastificantes, e aquicolocamos também osmateriais conhecidos comosaibro e os chamadosarenosos, dependendo daregião do país. Essa é umacondição perceptível aopedreiro, que acabagostando desses produtosquando manuseia a

argamassa no estado fresco. Mas é só.Para além disso, seus efeitos são muitonegativos. O filito é uma matéria-primanatural, sem controle de qualidade,norma técnica ou padrão de fabricação.Assim, fica impossível garantir umamistura homogênea. Cada lote dessetipo de produto pode ter característicasmuito diferentes de um outro. E háproblemas ainda mais sérios. Porexemplo, se numa obra eventualmenteocorrer um erro na mistura da cal comcimento e areia e a argamassa ficar

empobrecida, sem aglomerantesuficiente, ela não vai funcionar, não vaiaderir à parede já no estado fresco. Issovai denunciar imediatamente o problemaao pedreiro e permitir que ele corrija oerro de dosagem a tempo. Agora, se háerro na mistura com filito, a argamassaempobrecida vai acabar se agarrando àparede devido ao poder aglutinantedesse material no estado fresco, e acoisa ficará mascarada. E quando aargamassa secar, vai esfarelar. Já vi casosde escolas do interior de São Paulo,onde os alunos provocavam, com grandefacilidade, sulcos em paredes revestidasde argamassa feita com filitos, usandosimples tampas de canetas. Problemas delongo prazo que também aparecemdevido ao módulo de elasticidade maior,tornando inevitável a degradação. Temoso exemplo de 2 conjuntos habitacionaisem São Paulo construídos comargamassa de cimento e filito, queapresentaram, anos atrás, problemas em300 habitações, com sérios prejuízos.

NC – Existe uma dúvida, também, emrelação ao rendimento dos filitos e da cal?VJ – O filito tem rendimento beminferior ao da cal. Um saco de 20 kg decal hidratada chega em alguns casos aapresentar rendimento superior ao de 2sacos de filito, o que derruba a tese daeconomia em substituir a cal. Para sefazer real economia na argamassa, omelhor é produzir uma alvenaria de boaqualidade, perfeitamente aprumada enivelada, evitando o desperdício. Écomum um grande desperdício deargamassas na construção. Se háqualquer problema no alinhamento daalvenaria, logo vem alguém dizer: tudobem, tira na argamassa. Comoconseqüência, o consumo de cimento,cal e areia em pouco tempo vai àsalturas, superando em muito asprevisões do orçamento inicial da obra.

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“Dispomos deestudos que

demonstram quea colocação deuma pequena

parcela de cal naargamassadificulta a

propagação defissuras.”

Grande parte dos problemas nos revestimentos da construção civil ocorre devidoa substituição da cal hidratada nas argamassas por filitos ou aditivos químicos

O prédio Martinelli, inaugurado em1929, no centro de São Paulo,mantém seu belo revestimento –argamassa com cal hidratada –intacto até hoje

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E a cal acaba sendo uma vítima dessedesperdício. Porque ao invés de seacertar o processo gerador dodesperdício, que é a alvenaria mal feita,procura-se economizar baixando ocusto da argamassa usada em excesso.O resultado? Corta-se a cal,substituindo-a por esses produtosalternativos aparentemente maisbaratos.

NC – A que fatores o sr. atribui a falta deconhecimento mais profundo sobre o papelda cal nas argamassas?VJ – Na Engenharia Civil existe umacultura baseada na resistência mecânica.Aspectos como energia de fratura,reologia e durabilidade são conceitosnovos dentro da Engenharia. Hoje nãotemos nenhum método de projeto nomercado que leve em conta a mecânicada fratura, mesmo ondeele caberia como uma luva.Nesse contexto, quantomais resistência, melhor.Mas em revestimento deargamassa, o segredo dalongevidade está nomódulo de elasticidade. Aresistência de aderência deuma argamassa na basenão tem muito a ver coma durabilidade dorevestimento em si.

NC – Qual é a importânciada cal no futuro dasargamassas brasileiras?VJ – É o de atribuir durabilidade aosrevestimentos de argamassa, a baixo

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custo. A argamassa precisa ter umaformulação que lhe garanta vidalonga.Podemos considerar isso atécomo um dos aspectosdeterminantes dodesenvolvimentosustentável tão perseguidopelos governos. Temos umpaís carente de mais de 6milhões de habitações.Construindo casas debaixa durabilidade nuncasairemos do déficit.Precisamos de casasduráveis e de baixamanutenção. Por outrolado, formulações comaltos teores de resinasorgânicas são muito caraspara o mercado brasileiro. Daí aimportância das argamassas de longa

duração, baixo módulo,resistente à propagação defissuras e de baixo custopara um país emdesenvolvimento como oBrasil. A cal é um produtocompleto para asargamassas, unindopropriedades plastificantese aglomerantes.

NC – O que falta para a calconsagrar sua presença econquistar espaço definitivono mercado da construçãocivil?

VJ – A cal é um produto de aplicaçãomilenar nas argamassas. Grandes obrasque formam o patrimônio da

“Já vi escolasonde alunosconseguiam

provocar sulcosem paredes

revestidas deargamassa feita

com filitos,usando simples

tampas decanetas.”

humanidade desde a mais remotaantiguidade estão aí para testemunhar ainsuperável durabilidade dosrevestimentos feitos com argamassas àbase de cal e areia.O problema é que nos temposmodernos, tradição e história nãoconstituem o melhor apelomercadológico. E a forma de construir, a

rigidez dos edifícios,também mudou. Hoje épreciso comprovação,convencimento científico. Acal pede um projetomercadológico baseado nadivulgação doconhecimento de suaspropriedades, dosmecanismos que a fazeminteragir nas argamassas, eque garantem adurabilidade das obras. Issovale não só para suaaplicação nas argamassas derevestimento, mas também

em outras áreas onde ainda é poucoexplorada na engenharia, como nadescontaminação de solos e comorecurso para melhorar as misturasasfálticas. Além disso, há novasaplicações que poderiam ser exploradas.Só para citar mais um exemplo, tenhoalguns resultados que mostram serpossível o desenvolvimento de um novoproduto para os revestimentos finos deparedes, feito à base de cal, gesso eagregados finos. Ele seria usado emsubstituição às pastas de gesso, que hojesão dominantes nas obras e queinvariavelmente têm provocado grandeperda de material e a geração deenorme quantidade de entulho nasobras. Como se vê, há muito a serexplorado. O futuro da cal pode serpromissor. Basta o setor colocar a mãona massa.

“O papel maisimportante dacal é no estadoendurecido daargamassa, na

durabilidade dosrevestimentos. É

o que adiferencia dos

aditivosquímicos.”

TRABALHABILIDADE

RENDIMENTO

ECONOMIA

DURABILIDADE

O QUE GARANTE O

SUPERIOR DESEMPENHO

DAS ARGAMASSAS COM

CAL HIDRATADA ?

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Cal hidratada para argamassas

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Nova NBR 7175 valorizao mercado consumidor

Ao publicar a nova normatécnica para cal hidratada usadaem argamassas, a ABNT encerraum processo de revisão semprecedentes no setor.

Iniciado em 1996, o longo trabalho foibaseado no banco de dados criadodurante os 8 anos de atividade do PSQ -Programa Setorial da Qualidade da CalHidratada para Construção Civil. Novosrequisitos aumentam a confiabilidade doproduto e representam uma grandeconquista para o consumidor e todo osetor da construção civil.A Comissão de Estudos da ABNTresponsável pelo trabalho – ligada aoCB-18 – começou a se concentrar nasatividades para atualização tecnológicado setor em 1996, um ano após o iníciodo PSQ. Um processo de upgrade previaa revisão de cada um dos métodos deensaio aplicados aos requisitos da calhidratada, relacionados tanto àspropriedades físicas quanto químicas doproduto.O trabalho foi direcionado para a buscada padronização e atualização dosprocedimentos de ensaio, assegurando oalcance de repetibilidade ereprodutibilidade adequadas deresultados nos laboratórios, garantindo

assim a confiabilidade de cada método.Uma tarefa que consumiu 6 anos detrabalho da Comissão e envolveu todopacote tecnológico da cal hidratada,abrangendo o seguinte elenco denormas:NBR-6473 - Análise química completa– revisada em 2002NBR-9206 - Determinação deplasticidade – revisada em 2002NBR-9205 - Determinação deestabilidade – revisada em 2001NBR-9207 - Capacidade deincorporação de areia – revisada em2000NBR-9289 - Determinação dagranulometria – revisada em 1998NBR-9290 - Capacidade de retençãode água – revisada em 1996Todos os métodos de ensaio tiveramsua revisão apoiada em programasinterlaboratoriais envolvendo técnicosdas empresas produtoras participantesdo PSQ da Cal Hidratada, do IPT –Instituto de Pesquisas Tecnológicas deSão Paulo (laboratório de referência

do programa) e de diversos outroslaboratórios de destaque no cenáriotecnológico nacional. Foramcontabilizados mais de 30 diferentesprogramas interlaboratoriais desde oinício da grande tarefa de revisão, alémde mais de 8 mil ensaios realizados noâmbito do PSQ. Tal volume detrabalho disponibilizou à Comissão deEstudos um banco de dados nuncaantes imaginado no setor epossibilitou a detecção e eliminaçãode problemas até então nãoidentificados. Assim, algumasespecificações do produto foramajustadas, promovendo-se avançosconsolidados no texto da norma, comgrande benefício para o consumidor.

O QUE MUDANA NOVA NORMAA nova NBR 7175 mantém inalterada adenominação dos produtos que foramcriados e consagrados a partir doprojeto original da norma, de 1992. Ascales dos tipos CH-I, CH-II e CH-IIIcontinuam presentes no texto e assimoferecidas ao mercado, valorizadas,porém, por importantes ajustes emalgumas de suas especificações. Alémdisso, outros avanços de ordem geralforam introduzidos ao texto da norma,para modernização das relações dosetor com o consumidor do produto.

CH-I – Nas cales do tipo CH-I, umupgrade de 2 pontos percentuais norequisito óxidos totais na base de nãovoláteis – que passou aos 90% – sugerea reserva de matéria-prima de maiorpureza para a fabricação desse tipo decal hidratada. Uma melhora significativafoi introduzida no requisito finura, comganho também na capacidade deincorporação de areia do produto. Orequisito retenção de água teve suaprescrição ajustada ao novo método deensaio NBR 9290, que sofreu umaprofunda revisão devido aos problemasde repetibilidade e reprodutibildadeque apresentava.

CH-II – Nas cales do tipo CH-II, umamodificação fundamental no requisitoóxidos não hidratados praticamente

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resgatou esse produto ao mercadoconsumidor. A explicação é simples. Anorma de 1992 não especificava limitepara esse requisito, remetendo aoensaio de estabilidade a função decontrole do potencial de risco deprodutos com hidratação deficiente.Um método muito eficaz quando setrata de cales de natureza calcítica, masque exige maior rigor quando se tratade cales de origem dolomítica, devido àsua hidratação mais lenta, que podepassar mascarada pelo ensaio. No novo

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texto da NBR 7175, o requisito óxidosnão hidratados passou a ser exigidotambém às cales do tipo CH-II e comum teor máximo de 15%. O novotexto devolve à CH-II uma condição deconfiabilidade mínima junto aoconsumidor, afastando produtos comhidratação deficiente do mercado.

CH-III – As cales do tipo CH-III tiveramsuas especificações consolidadas sem anecessidade de introdução de alteraçõesno texto da nova norma, o que reflete odesempenho consagrado e a aprovaçãodesse produto junto aos consumidoresdesde que foi lançado, em 1992. Asinformações exigidas na embalagem paraeste e para os demais tipos de caleshidratadas foram melhoradas e

ampliadas, passando a abrangerobrigatoriamente instruções de uso,prazo de validade e informações sobresegurança no manuseio e na utilizaçãodo produto. A NBR 7175/92 exigia aembalagem do produto em sacos depapel kraft, tornando não conforme, porexemplo, a comercialização da calhidratada em embalagem plástica,igualmente adequada ao consumidor.Essa restrição foi eliminada.

UMA REUNIÃO HISTÓRICA PARAENCERRAR O PROCESSOA reunião para apuração dos votosrelacionados ao projeto de revisão daNBR 7175 foi realizada em São Paulo,em dezembro último, na sede do CB-18. Atraídos pela importância dasdecisões, participaram dessa reunião aABPC – entidade nacional derepresentação da indústria da cal – eoutras importantes entidades regionaisdos estados de São Paulo, Minas Gerais,

Jazida de calcário: qualidade da cal nasce com matéria-prima de alta pureza

Forno de calcinação de calcário:tecnologia de ponta para alcançarpadrão de qualidade exigido pelomercado

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GARANTIA DA CAL HIDRATADA

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CAL HIDRATADA AGRÍCOLA

Compostos Limites

CH-I CH-II CH-III

Anidrido Carbônico (CO2)

Na fábrica < 5% < 5% < 13%

No depósito ou obra < 7% < 7% < 15%

Óxidos de cálcio e magnésionão-hidratados calculado < 10% < 15% < 15%

Óxidos totais na base de não-voláteis > 90% > 88% > 88%

Finura (% retida acumulada)

Peneira 0,600 mm < 0,5% < 0,5% < 0,5%

Peneira 0,075 mm < 10% < 15% < 15%

Retenção de água > 75% > 75% > 70%

Incorporação de areia > 3,0 > 2,5 > 2,2

Estabilidade Ausência de cavidades

ou protuberâncias

Plasticidade > 110 > 110 > 110

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Como ficam os requisitos

Exigências

Químicas

Exigências

Físicas

Paraná e Rio Grande do Sul, ao lado deassociações e sindicatosrepresentativos de consumidores e docomércio de materiais de construção,entidades de ensino e pesquisa eoutros profissionais dos meios técnicoe acadêmico.Diversas contribuições paraaprimoramento do texto puderam serapreciadas nessa ocasião, Muitas delasforam incorporadas ao projeto final.Outras foram remetidas a umadiscussão futura da Comissão. Issoreflete a maturidade e a credibilidadeatingidas pelo setor após 8 anos dedesenvolvimento de seu programasetorial de qualidade.A publicação da nova NBR 7175encerra um ciclo importante deestudos e debates, mas o trabalho nãopára. O Programa Setorial daQualidade da Cal Hidratada continua aenriquecer o banco de dados do setore, dentro de uma saudável dinâmica, umnovo ciclo poderá se tornar necessário

O processo de hidratação controlada da cal éfundamental para obtenção de um produto confiável

num futuro breve. Quem mais ganhacom essa permanente vigília do setor éo consumidor. Hoje nas revendas há

uma linha de produtos mais confiável ede melhor desempenho do que a 7anos.

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Por dentro dos requisitos da cal hidratada

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Requisitos EssenciaisAnidrido carbônico (CO

2) : esse

requisito permite a avaliação doprocesso de calcinação da matéria-prima empregada na produção da cal, arocha calcária. Na calcinação, oscarbonatos de cálcio e de magnésioque compõem a rocha matriz sãotransformados em óxidos (cal virgem)pela ação do calor, perdendo oanidrido carbônico preso à suaestrutura química molecular.

Óxidos não-hidratados : avalia oprocesso de hidratação do produtocalcinado (cal virgem). Quanto maior afração de óxidos não-hidratados,menor será a fração de cal hidratadaefetivamente disponível no produtofinal.

Óxidos totais : avalia a pureza damatéria-prima empregada na calcinação.Quanto maior o teor de óxidos totais,maior também será a pureza da rochamatriz, e menor será o risco potencialde introdução de impurezas deletériasno produto final.

Finura : avalia o processo de moagemdo produto final (cal hidratada), cominfluência direta também norendimento do produto e natrabalhabilidade esperada para aargamassa no estado fresco (liga/plasticidade).

Requisitos ComplementaresRetenção de água: representa acapacidade da cal reter água em suaestrutura física molecular, o que

A cal hidratada é um aglomerante aéreo.Diferente do cimento, aglomerantehidráulico que endurece em função desua reação com a água de preparo daargamassa, a cal endurece ao reagir como gás carbônico presente no ar. Nessareação – conhecida comorecarbonatação – os hidróxidos de cálcioe de magnésio presentes na argamassasão transformados em carbonatos tãosólidos quanto a rocha matriz (calcário)que originou o produto. Comosubproduto dessa reação é liberada aágua que antes estava presa à estruturaquímica molecular da cal hidratada. Livre,essa água se torna preciosa paramelhorar a cura prolongada do cimento.O poder aglomerante da cal estádiretamente associado ao trabalho dafração hidróxido do produto. Quanto maishidróxidos disponíveis, numagranulometria adequada, maior será opoder aglomerante, o que resulta,portanto, de uma conjugação entre apureza da matéria-prima e adequadosprocessos industriais de calcinação,hidratação e moagem. A NormaNBR 7175 estabelece quais padrões sãoadequados a esses processos.

O PoderAglomerante da Cal

possibilita sua liberação durante a curada argamassa, prevenindo a eventualformação de trincas por retração ousecagem excessiva. É uma decorrênciada conjugação dos teores dos 4requisitos essenciais: CO

2, óxidos

totais, óxidos não-hidratados e finura.

Incorporação de areia: capacidademolecular da cal envolver os grãos deareia presentes na argamassa, o queinfluencia diretamente o trabalho dafração hidróxido do produto e seupoder aglomerante. Também éconseqüência dos teores dos 4requisitos essenciais.

Estabilidade: determina a tendência –verificada em laboratório – dasargamassas de revestimento e deassentamento apresentarem eventuaisproblemas patológicos futuros(instabilidades) decorrentes de suaexpansão volumétrica pela hidrataçãoretardada da fração de óxidos não-hidratados. É decorrência direta damaior ou menor presença de óxidosnão-hidratados e da própria naturezada matéria prima (calcítica oudolomítica), sofrendo influênciatambém do teor de finura do produto.

Plasticidade: permite a verificaçãoprática em laboratório datrabalhabilidade esperada para aargamassa no estado fresco (liga), o quetem influência direta na produtividadedo trabalho do assentador/revestidor.Esse atributo é conseqüência dosteores de finura e da própria naturezada matéria-prima.

MIXMASSACAL E CIMENTO NA MEDIDA CERTACAL E CIMENTO NA MEDIDA CERTA

4

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Um programaque não párade crescerO número de empresas que aderiram aoPrograma Setorial da Qualidade da Cal triplicounos últimos três anos. E raros foram os casos denão-conformidade entre os novos participantes,o que mostra um setor fortementecomprometido com o mercado consumidor.

Muitos produtos saíram do mercadoO reconhecimento e o mapeamentodas não-conformidades e seu efetivocombate pelas ações do programasegue uma diretriz básica do próprioPBQP-H. Denúncias ao Ministério daJustiça e aos Ministérios Públicos nosestados têm sido constantes no âmbitodo programa, desde 1998. Os resultadospráticos são visíveis. Muitos dosprodutos denunciados - que passaram aser alvo de inquéritos e de processos

em ações públicas – deixaram de serfabricados antes mesmo da conclusãodesses processos. Outros fabricantesajustaram sua conduta e passaram afabricar somente produtos emconformidade com as normas – ogrande objetivo desse movimento.No primeiro relatório setorial doprograma, publicado por seus auditoresindependentes em maio de 1996, osetor apresentava uma conformidademédia de 65% em seus produtos.

Amostras de calhidratada obtidas

no mercado edestinadas ao

laboratório deanálises do IPT –

Instituto dePesquisas

Tecnológicas deSão Paulo

Até 1999 apenas sete empresasparticipavam efetivamente doPrograma Setorial da Qualidade da CalHidratada, todas elas associadas àABPC. Hoje já são 21 empresas detodo país participando dessa iniciativa,responsáveis por mais de 70% de todaprodução nacional de cal hidratada, emvolume. Dessas 21 empresas, oito nãosão associadas à entidade, pois a ABPCnão condiciona a participação daempresa à sua filiação. Além dessegrupo, mais de 100 marcas de calfabricadas por empresas que ainda nãoaderiram ao programa já foram alvo deanálises, em algum momento, por meiode coletas realizadas diretamente nasrevendas de materiais de construção.São empresas de médio a pequenoporte, que reunidas não representammais do que 15% da produçãonacional.

Programa Setorial daQualidade da Cal Hidratada

CAL GULINDupla Garantia de Qualidade

CAL HIDRATADAAglomerante e corretivo agrícola

CALCÁRIOAGRÍCOLAcorretivo para solos ácidos

CAL VIRGEMAglomerante para argamassa

e tratamento de efluentes

CAL PINTURABase para

preparação de tintas

Rodovia dos Minérios, km 21 . Almirante Tamandaré . PRFone/Fax: (41) 657-2332 . site: www.calgulin.com.br . [email protected]

35 anos de tradição

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O Programa Setorial da Qualidade da Cal Hidratada para Construção Civilé um dos mais antigos programas desse tipo no país. Seu objetivo básico é apromoção do avanço tecnológico do setor, propiciando às empresasparticipantes condições de atingir e manter um nível satisfatório dequalidade, segundo as especificações técnicas impostas ao produto. Oprograma nasceu em 1995 e recebeu o reconhecimento do governo federalem 1998, quando passou a fazer parte do Programa Brasileiro da Qualidadee Produtividade do Habitat – PBQP-H.

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Promovendo o avançotecnológico do setor

Evolução dos Índices de Conformidade de Produtos

Perc

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ais

de C

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e

Evolução do Número de Marcas Abrangidas pelo ProgramaN

úmer

o d

e M

arca

s de

Cal

Passados sete anos, os resultados doúltimo relatório setorial mostram queesse índice hoje já alcança marcapróxima a 88%. Um avançoconsiderável.

Quem aderiu ao programaapresenta 100% de conformidadeO índice de conformidade média dosetor é uma composição entre asituação verificada no grupo deempresas que aderiram ao PSQ eaquela observada nas empresas queainda não aderiram à iniciativa.Nos últimos três anos, embora onúmero de empresas participantestenha triplicado, raros foram os casosde não-conformidade verificados entreas empresas que aderiram aoprograma, permitindo que o índice deconformidade desse grupo semantenha praticamente constante nos100% (veja gráficos ao lado).

100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

RS

16

RS

17

RS

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RS

19

RS

20

RS

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RS

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RS

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RS

24

RS

25

RS

26

RS

27

RS

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Marcas deEmpresasParticipantes

2000 2001 2002 2003

Outras MarcasAcompanhadasem Revendas

Índice deConformidadeGeral

70

60

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0

RS

16

RS

17

RS

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RS

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RS

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RS

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RS

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RS

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RS

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RS

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RS

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RS

27

RS

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Marcas deEmpresasParticipantes

2000 2001 2002 2003

Outras MarcasAcompanhadasem Revendas

Total deMarcasVerificadas

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Marcas Participantes Auditadasem Fábrica e Revendas

Outras Marcas Acompanhadasem Revendas

Não Monitoradas

73%

14%

13%

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Empresa Estado Marcascomercializadas

Cal Cem Indústria de Minérios Ltda. PR CAL CEM

Carbotex Indústria e Comércio de Cal Ltda. SP QUALICAL

Cia. Cimento Portland Itaú SP / MG ITAÚVOTORAN

Cibracal - Indústria Brasileira de Cal Ltda. PR CIBRACAL

Cobrascal - Indústria de Cal Ltda. SP SUPERCAL

Frical Indústria e Comércio de Cal Ltda. PR FRICAL

Ical - Indústria de Calcinação Ltda. MG SUPERCALMASSICAL

Indústria de Cal Gulin Ltda. PR GULIN

Indústria e Comércio de Cal e Tintas S/A SE CALTREVO

Jungar Mineração Indústria e Comércio Ltda. SP FINACAL

Mineração Horical Ltda. SP BRANCOR

Minercal - Indústria Mineradora Pagliato Ltda. SP MINERCAL

SJB - Indústria de Cal Ltda. PR CAL FORTE

Fonte : TESIS Engenharia - Relatório Setorial no 28 (maio 2003)

Relação de marcas de empresas em conformidadecom as normas, associadas à ABPC

Abrangência do Programaem Volume de Produção

Situação doprogramaem maiode 2003

Empresas associadas monitoram emlaboratórios todo o processo de fabricação da cal

CAL HIDRATADAUM PRODUTO CONTROLADO PELOPROGRAMA BRASILEIRO DA QUALIDADE EPRODUTIVIDADE DO HABITAT – PBQP-H

Consumidor. Na hora de construir ou reformar, adquirasempre os produtos testados e aprovados no PBQP-H.

Consulte www.pbqp-h.gov.br/projetos/meta/psqs.html

O problema ainda é grave e persistenteentre as marcas das empresas não-participantes da iniciativa, verificadascompulsoriamente nas revendas. Nessegrupo, o índice de conformidade aindaé muito baixo. Praticamente a metadede tudo o que se revende fora doprograma da qualidade apresenta algumtipo de não-conformidade lesiva aoconsumidor.A situação é clara. Cada vez mais oconsumidor brasileiro deve fugir deprodutos não acompanhados peloPBQP-H. Uma boa prática que vale nãosó para a cal hidratada, como tambémpara os outros 25 produtos que jácontam com seus respectivos PSQ’snacionais. Os últimos resultados doPSQ da Cal Hidratada – incluindo asrelações de empresas conformes enão-conformes - encontram-sedisponibilizados pelo governo federalna internet, no endereço do PBQP-H:www.pbqp-h.gov.br/projetos/meta/psqs.html