NIC de baixo grau persistente e recidivante

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L e s õ e s d e B a i x o G r a u Recife, 04 de Outubro de 2014 Agora são 01:19 PMhoras NIC de baixo grau persistente e recidivante

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LESÃO INTRAEPITELIAL ESCAMOSA DE BAIXO GRAU

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Recife, 04 de Outubro de 2014

Agora são 05:14 PMhoras

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CONCEITO

LESÃO INTRAEPITELIAL ESCAMOSA DE BAIXO GRAU

A NIC 1 é considerada uma manifestação mínima da replicação do HPV com expressão de suas proteinas, mas também é classificada como “NIC” - lesão precursora do câncer cervical Do ponto de vista morfológico (cito-histológico) se caracteriza por alterações de maturação e anomalias nucleares confinadas ao terço inferior do epitélio

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Normal para comparação

LIE-BGCoilocitose

NIC 1

Normal para comparação

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Epitélio acetobranco tênue com margens irregulares vista após aplicação de ácido acético à esquerda e após aplicação da solução de Schiller à direta   

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Colo sem preparação

45’’ após ácido acético

90’’ após ácido acético

Tempo de aparecimento do epitélio acetobranco

Aparece tardiamente edesaparece rapidamente

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• Segunda alteração citológica mais frequente no Brasil

• Potencial grande de regressão < 30 anos

• HPV de alto risco tendem a persistir em maior tempo que os HPV de baixo risco (principalmente HPV 16). (Burchell 2006)

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• Persistência: detecção do mesmo(s) tipo(s) viral(is) num período de um ano

• Recidiva: nova infecção (não nexessariamente pelo mesmo tipo viral) após desapareciemnto do HPV e das alterações por um período que varia de 6 meses a 2 anos

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CONCEITO

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Autores Regressão Persistência Progressão

Nassiel,1986 62% 22% 16%

Ostor,1993 60% 30% 11%

Falls,1999 75% 19% 4,5%

Cardial, 2001 68% 26% 5.1%

Chuery, 2003 82% 15% 2.2%

Silveira, 2008 67% 19% 13%

Evolução das Neoplasias Intraepiteliais segundo vários autores

Adaptado de: Filomena Silveira in Trocando idéias XV

Media=15%-

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O clearance (eliminação natural) do HPV diminui com a idade.

Idade > 30 anos

HPV 16 persistente = 20%HPV 18 persistente = 15%

Progressão para NIC 2+em 10 anos

Fatores de persistência viral

Idade

Harper, D., et al. "Sustained immunogenicity and high efficacy against HPV-16/18 related cervical neoplasia: Long-term follow up through 6.4 years in women vaccinated with Cervarix (TM)(GSK's HPV 16/18 AS04 candidate vaccine)." Gynecologic Oncology. Vol. 109. No. 1. 525

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A multiparidade tende a promover a eversão da mucosa endocervical, formando extensa e permanente ZT.

O risco relativo do câncer cervical aumenta de maneira inversa à idade na primeira gestação, e proporcionalmente com o número de gestações a termo

Fatores de persistência viral

Multiparidade

Castellsagué, Xavier, and Nubia Muñoz. "Cofactors in human papillomavirus carcinogenesis—role of parity, oral contraceptives, and tobacco smoking."JNCI monographs 2003.31 (2003): 20-28.

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Promove a integração do HPV ao genoma da célula hospedeira e aumenta a transcrição dos oncogenes E6 e E7 do HPV 16

ACHO de alta dose hormonal leva a um risco aumentado que é relativo ao tempo de uso, geralmente com mais de 5 e até 10 anos.

Fatores de persistência viral

Anticoncepcional oral

Castellsagué, Xavier, and Nubia Muñoz. "Cofactors in human papillomavirus carcinogenesis—role of parity, oral contraceptives, and tobacco smoking."JNCI monographs 2003.31 (2003): 20-28.

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Mulheres tabagistas tem maior risco de infecção persistente que as não- tabagistas.

A exposição ao cigarro afeta a resposta imune efetiva local contra infecções virais (reduz nº de células de Langerhans).

Fatores de persistência viral

Tabagismo

Castellsagué, Xavier, and Nubia Muñoz. "Cofactors in human papillomavirus carcinogenesis—role of parity, oral contraceptives, and tobacco smoking."JNCI monographs 2003.31 (2003): 20-28.

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Fatores de persistência viral

Chlamydia trachomatis: a infecção pode impedir o clearance do HPV por interferir na resposta imune celular do hospedeiro.

Herpes simplex tipo 2: pode aumentar a expressão das oncoproteínas E6 e E7 do HPV.

HIV: infecção concorrente leva a maior persistência viral dos tipos 16 e 18.

DST

Munoz, Nubia, et al. "HPV in the etiology of human cancer." Vaccine 24 (2006): S1-S10.

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Snijders et al., 2006

HPV persistente

Regressão Clearance do HPVProgressão

Eventos epigenéticos adicionais

Infecção por HPV

Colo normal NIC 1/2 NIC 2/3 Invasor

Infecção produtiva

Clearence de HPV

Infecção transient

e

80%

Instabilidade genética

20% lesão

8 a 24 meses 1 a 15 anos 1 a 10 anos

E6/E7 Integração viral

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ACOMPANHAR OU

TRATAR

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PORQUE ACOMPANHAR:

Baixo risco de progressão (1,4%)

Alta taxa de regressão (50-75%)

Sobretratamento

Risco do tratamento > que morrer de câncer

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Tratamento imediato

Seguimento

Adaptado de : Elit, L, 2008. A RCT of expectant management versus immediate treatment for biopsy proven CIN 1. In: Eurogin 2008,. 2008, Nice. Eurogin 2008 - Abstracts.por Fabio Russomano in: Quando tratar lesão de baixo e grau e como seguir apresentado no XVIII Congresso Baiano de GO – 2010,

Tratamento imediato versus seguimento em 415 mulheres

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País /Região /Autor Ano Conduta recomendada para mulheres com LSIL

França (ANAES) 2002 Repetir citologia em 4 ou 6 meses. Se 3 resultados negativos com intervalo de 6/12/24 meses, rastreio normal. Se positivo, colposcopia ou colposcopia imediata

Canadá (McLachlin et AL.) 2005 Repetir citologia em 6 meses. Se 3 resultados negativos consecutivos com intervalo de 6 meses, rastreio normal.Se algum resultado positivo, encaminhar à colposcopia, ou colposcopia imediata

Brasil (MS) 2011 Repetir citologia em 6 meses. Se 2 resultados negativos consecutivos, rastreio normal. Se alteração ≥ ASC-US, colposcopia.

Europa (Jordan et AL.) 2008 Repetir citologia após 6 meses até obter dois resultados negativos para rastreio normal. Se resultado positivo, colposcopia. Colposcopia imediata: opção Teste de DNA do HPV: avaliar necessidade de colposcopia

Nova Zelândia (MS) 2008 Colposcopia para mulheres com idade entre 20 e 69 anos com esfregaço anormal nos últimos 5 anos. Teste de DNA do HPV para mulheres acima de 30 anos sem citologia anormal nos últimos 5 anos. Se negativo, repetir citologia em 12 meses; se negativa, rastreio normal. Se positivo, colposcopia

Hong Kong (HKCOG) 2008 Colposcopia imediata.Teste de DNA do HPV é aceitável para mulheres pós-menopáusicas

Estados Unidos (ASCCP) 2009 Colposcopia imediata

Conduta recomendada para mulheres com LIEBG por País ou Região

Adaptado de: Gonçalves, Z R, et al. "Lesões escamosas intraepiteliais de baixo grau: conduta em mulheres adultas; Low-grade intraepithelial lesions: management in adult women." Femina 38.7 (2010).

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LSIL (lesão intraepitelial de baixo grau) - acima de 20 anosRecomendações MS – INCA 2011

Repetir citologia em 6 meses

Citologia normal = repetir após 6 meses • 02 citologias consecutivas negativas = rotina (trienal)

Citologia novamente anormal = encaminhar para colposcopia

Mulheres com 21 anos ou mais com NIC I persistente por 24 meses

• Manutenção do seguimento citológico ou• Métodos destrutivos ou• EZT

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LSIL (lesão intraepitelial de baixo grau) - acima de 30 anosRecomendações MS – INCA 2015

Repetir citologia em 6 meses ou teste de HPV

Citologia normal = repetir após 6 meses • 02 citologias consecutivas negativas = rotina (trienal)

Ou HPV- = rotina (trienal)

Citologia novamente anormal = encaminhar para colposcopia Ou teste de HPV+ = encaminhar para colposcopia

Mulheres com 24 anos ou mais com NIC I persistente por 24 meses

• Manutenção do seguimento citológico ou• Métodos destrutivos ou• Métodos excisionais (EZT)

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NIC 1 (diagnóstico histológico)

Risco de ter NIC 3

Se cito anterior: ASC-US ou LIEBG

Se cito anterior: LIEAG, ASC-H, AGC

3,8% em 5 anos

15% em 5 anos

Katki HA, Gage JC, Schiffman M, Castle PE, Fetterman B, Poitras NE, et al. J Low Genit Tract Dis 2013;5:S69YS77.

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Conduta

Orientar sobre:

Tabagismo Nutrição ACHO de baixa dose Orientar sobre o calendário

vacinal

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Idade <24 anos ≥ 24 anos

Citologia-biópsia Concordantes Discordantes

Colposcopia Satisfatória InsatisfatóriaAlterações colposcópicas Menores Maiores

Extensão da lesão Limitada Extensa

Localização Periférica Central

Endocérvice Livre Afetada

Acompanhamento Possível Impossível

Persistência > 2 anos Não Sim

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Qual o melhor método

Destrutivo local ?Excisional ?

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A B L A Ç Ã O

Eletro cauterização

CrioLaser

E X C I S Ã O

ConizaçãoExerese da ZT

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Concordância colpo-cito-histolócica

Colposcopia satisfatória e limite da lesão visível

Sem comprometimento imunológico

Realização do método sob visão colposcópica

Acompanhamento rigoroso

Critérios para uso dos métodos destrutivos

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NIC 1 persistente (2 anos ou mais)

Lesão / JEC na ectocérvice

Lesão / JEC no canalAmostra endocervical tem NIC 2,3Paciente já foi tratada

Destruição da lesãoExérese da lesão

Exérese da lesãoINCA 2011, ASCCP Guidelines 2012

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Tratamento excisional

Persistência após 2 anos com acompanhamento semestral

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Colposcopia inadequada e lesão não totalmente visualizada

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Tratamento excisional

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Ext

ensã

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Pro

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ença

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Adolescentes

Imunossuprimidas

Menopausadas

Grávidas

Situações especiais que devem ter conduta diferenciada

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O teste de HPV não tem utilidade e não deve ser realizado em adolescentes

Na persistência de lesão de baixo grau citológico ou colposcópico por um ano, recomenda-se repetir a biópsia e avaliar cuidadosamente a vagina

Na persistência de lesão cito ou colposcópica ou de biópsia por 24 meses o tratamento excisional por alça diatérmica é aceitável

O “Ver e tratar” é inaceitável em adolescentes

LIEBG em adolescentes

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LIEBG em menopausadas

A paciente pos-menopausada deve ser submetida a estrogenização antes de se tomar uma decisão terapêutica, pois a atrofia pode levar a impressão de uma NIC, além da dificuldade da visualização da JEC.

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LIEBG em imunossuprimidas

A imunodepressão => HPV comportamento mais agressivo:

• progressão mais rápida• maior risco de recorrência

Tratamento excisional utilizado preferencialmente na persistência e recidivas

Rigoroso e mais freqüente seguimento pós-tratamento

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LIEBG em gestantes

Associado HPV subclínico ou latente

Controle colpo-citológico ou aguardar o parto

Reavaliar 6 a 8

semanas após o

parto

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LIEBG em gestantes

Associado HPV clínico

ATA 90% Exerese

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Indicações da colposcopia

Colposcopia digital no acompanhamento das lesões intraepiteliais na gravidez

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