no Serviço de Cirurgia Cardiotorácica do Hospital de Santa...
Transcript of no Serviço de Cirurgia Cardiotorácica do Hospital de Santa...
no Serviço de Cirurgia Cardiotorácica
do Hospital de Santa Marta
em 2008
Luís MirandaMestrando em Epidemiologia, 1ª Edição.
Instituto de Medicina Preventiva,Faculdade de Medicina de Lisboa, sexta‐feira, 12 de Março de 2010
Prólogo: Porquê esta tese?Assimetrias entre os dados na literatura científica e os obtidos em sistemas de informação na saúde: Tipos; qualidade; significado e importância prática
Pouco uso actual dos sistemas de informação existentes no meio hospitalar no estudo de grupos de doentes
Operacionais com pouca informação de retorno
Informação de retorno eficaz para alterar políticas, procedimentos e resultados
Pergunta: Utilizar dados já existentes para criar modelos de informação?
Mestrado em Epidemiologia; cirurgião num serviço de Cirurgia Cardiotorácica (CCT); Membro da CCIH; responsável de uma UCI
Tema focal escolhido: Infecção do Local Cirúrgico (ILC)
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Caso ClínicoAS, ♂, 60 anos, com DC, DM tipo II, dislipid, obeso, previamente operado a 4xCABG, readmitido por estenose aórtica. Implantada bioprótese Ao sem complicações em Outubro 2008. Profilaxia AB com cefazolina.
PO complicado por ILC profunda a MRSE; e depois por
Hemoptises de repetição. Reoperado em Abril de 2009. Encefalopatia difusa pós‐operatória
ILC órgão/espaço: Abcessos e pseudoaneurismas peri‐aórticos a MRSE
ILC
Terceira infecção nosocomial mais frequente
1ª infecção nosocomial em doentes cirúrgicos
Taxas de infecção até 20%. Evitáveis: 40‐60%
Cada caso aumenta a estadia hospitalar em 7 dias, e
Aumenta os custos em mais de $ 3000
4Wong ES, The Price of a Surgical‐Site Infection: More than Just Excess Length of Stay. Infect Control Hosp Epidemiol 1999;20:722‐24
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Apresentação
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ILC Incisional Superficial:Envolve apenas a pele e o tecido celular subcutâneo do local da incisão.
ILC Órgão ou Espaço:Envolve órgãos ou espaços profundos manipulados durante a cirurgia, mas não necessariamente a incisão. (e.g. peritonite após cirurgia abdominal, mediastinite após esternotomia, endocardite após cirurgia valvular cardíaca)
ILC Incisional Profunda:Pode envolver ou não os mesmos tecidos da ILC superficial, mas envolve obrigatoriamente tecidos moles profundos, como aponevroses e músculos.
Apoio terapêutico:
Estudos farmacodinâmica
Farmacovigilância
Interesses Transversais
Apoio diagnóstico
Apoio antibioterapia
Vig. epidemiológica
Boas práticasAdministração de AB
Monitorização
Factores de risco
Vigilância epidemiológica
Políticas de prevenção
Resolução da ILC
Controlo da:
Convalescença,
Doença principal
Co‐morbilidades
Alerta
Orientação
Pensos
Registos
Consulta Externa
Consulta C.Saúde
Políticas de controlo ILC
Controlo custos
Coordenação de esforços
Restituo ad integrum
Resolução ILC o mais breve possível
Ausência de outras complicações
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Prevenção
Diagnóstico
Convalescença pós‐operatória
Resolução da ILC o mais breve possível
Registo
Interesses Verticais ARS, Ministério Saúde, CE, OMS:
Políticas de Saúde
Indicadores macroeconómicos
Administração Hospitalar:Contenção custos
Indicadores favoráveis
Farmácia:Evitar custos desnecessários
Gestão de “stocks”
CCIH & Comissão AB:Vigilância epidemiológica
Normalizar procedimentos
Director Serviço, Departamento:Indicadores favoráveis
Cirurgião & Médico Assistente:Primum non nocere
Alcançar o prognóstico mais favorável
Doente:Restituo ad integrum
Ausência de complicações
Internamento curto 7
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Condicionantes da ILC
Inter‐relação complexa entre:
Características microbiológicas, do doente e cirúrgicas
Yokoe, D.S., et al., A Compendium of Strategies to Prevent HAI in Acute Care Hospitals. Infect Control Hosp Epidemiol, 2008. 29: p. S12‐S21.
Condicionantes intrínsecos:
Idade; Diabetes; Obesidade; Tabagismo; Imunossupressores
Condicionantes extrínsecos:
Técnica cirúrgica; duração da cirurgia; AB profilática; controle glicemia; normotermia; etc
Mangram, A.J., et al., Guideline for Prevention of Surgical Site Infection, 1999. Centers for Disease Control and Prevention (CDC) Hospital Infection Control Practices Advisory Committee. Am J Infect Control, 1999. 27(2): p. 97‐132
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ILC: Como é que a podemos reduzir?
Yokoe, D.S., et al., A Compendium of Strategies to Prevent HAI in Acute Care Hospitals. Infect Control Hosp Epidemiol, 2008. 29: p. S12‐S21.
5 Million Lives Campaign. Getting Started Kit: Prevent Surgical Site Infections How‐to Guide. Cambridge, MA: Institute for Healthcare Improvement; 2008
Esterilização
Suturas com
Triclosan
Tricotomia Adequada
Normotermia
Controle da Glicemia
Descontaminação Ambiental
(Vapor de Peróxido de Hidrogénio)
(…)Práticas
Normas
PolíticasTécnica Cirúrgica
Muporicina
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Prevenção da ILC: Abordagem BásicaMonitorizar a ILC (A‐II)
Antibioterapia profilática adequada (A‐I)
Tricotomia: Sem lâminas e não no BO (A‐I)
Controlo glicemia (cirurgia cardíaca) (A‐I)
Controlo normotermia (cirurgia colo‐rectal) (A‐II)
Implementar práticas e políticas para reduzir a ILC (A‐II)
Fornecer “feedback” sobre a aderência às políticas (A‐III)
Educação (pessoal e doentes)
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Yokoe, D.S., et al., A Compendium of Strategies to Prevent HAI in Acute Care Hospitals. Infect Control Hosp Epidemiol, 2008. 29: p. S12‐S21.
5 Million Lives Campaign. Getting Started Kit: Prevent Surgical Site Infections How‐to Guide. Cambridge, MA: Institute for Healthcare Improvement; 2008
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Abordagem em Casos Especiais
Monitorização alargada da ILC (Estratificação de risco) (B‐II)
Estratégias Anti‐MRSA:Programa de prevenção
Screening
Lavagem com clorohexedina
Descolonização (mupirocina; doentes e/ou pessoal)
Estratégias Anti‐CDI
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Não fazer:
Vancomicina de rotina na profilaxia AB (B‐II); no entanto…
Não adiar a cirurgia para fornecer AP (A‐I)
Yokoe, D.S., et al., A Compendium of Strategies to Prevent HAI in Acute Care Hospitals. Infect Control Hosp Epidemiol, 2008. 29: p. S12‐S21.
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Questões (ILC)Infecções do Local Cirúrgico (ILC)? Quantas tivemos?
Na nossa Enfermaria, UCI, Departamento, Hospital
Na nossa população cirúrgica (incluindo cirurgia ambulatória)
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Que tipo de ILC temos ? Quais os agentes?
Quais são as consequências da ILC nos nossos doentes ?
Que factores de risco conseguimos identificar na nossa instituição?
Como é que podemos controlá‐la ? (diminuir a incidência)
Como é que podemos fazer comparações no tempo dentro da nossa instituição? (i.e. Estamos a reduzir o problema?)
Como é que podemos fazer comparações com outras instituições? (i.e. Seremos “melhores” ou “piores” do que os outros...?)
Como podemos medir a ILC ?
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Caso Clínico
Registo ?
Série de Casos
Estudos Ecológicos
Estudos Caso‐Controle
Ensaios Clínicos
Estudos de Coorte
Estudos Transversais
Porquê um Registo?Fornece grandes números
Poder estatístico para aceder aos efeitos principais
Poder para aceder a modificações dos efeitos
Pode importar dados que já existem (tempo; custos; …)
Pré‐requisito para a Vigilância Epidemiológica (VE)
Percepção da qualidade dos serviços de saúde
Desenvolvimento de normas e recomendações
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Como se pode implementar um registo?Implementação primária
Implementação após estudo(s) prévio(s): e.g. Taxa de ILC
Dificuldades: Conceitos & Classificações Tipo de ILC:
Superficial
Profunda
Órgão ou Espaço
Estratificação NNIS:Score Baixo
Score Alto
Grau Contaminação da Ferida (Freq Esp ILC):
Limpa (1,5%)
Limpa‐Contaminada (<10%)
Contaminada (20%)
Suja ou Conspurcada (40%)
Classificação ASA:1 – 2
> 2
Administração AB:Profilática :
• Limpa; limpa‐contaminada
Terapêutica:• Contaminada; suja
• Infecção activa
Categorização e NE das Recomendações:
A; B; C
I; IIa; IIb; III15
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EuroSCORE:Baixo
Alto
Dificuldades: Tempos de Internamento…
Tempos
Dias de Internamento CCT & HSM
Local
Domicílio HSM DomicilioOutro Hospital Serviço CCT Outro HospitalHSM
Dias de Internamento Hospitalar
DomicilioReinternamento
Dias de Internamento HospitalarPós‐Operatório
Operação
UCI, ENF (Pós‐Operatório)
Pré‐OpFase
Dias de Internamento HospitalarPós‐Operatório + Dias de
reinternamento
Dias PO + Dias Reint
Dias de Internamento Pré‐Operatório
Hospitalar12‐03‐20
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Dificuldades: Outras
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Necessidade de se estudar o denominador
Necessidade de uma consulta externa bem organizada
Cultura pró‐activa
Alocação correcta de recursos para obter os registos adequados
Participação de todos os grupos profissionais
Contacto com o BO: Introdução de registos, medidas profiláticas
Contacto com o laboratório: Flora microbiana & resistências
Taxa de transferência interna ou externa
Seguimento mais ou menos prolongado
Tese de MestradoSujeitos em Estudo
Doentes operados no CCT do Hospital de Santa Marta (HSM)
Sujeitos da Investigação (Os que conhecem o objecto de investigação)
Pessoal da Saúde com interesse em Infecção Hospitalar
Objectivo:Determinação da Taxa da Incidência da ILC
Objecto (O conteúdo que se focaliza, em torno do qual gira a discussão. O que é conhecido)
Infecção do Local Cirúrgico (ILC)
Limites do Objecto:Termos explicativos (Como):
• Que ocorrem após cirurgias realizadas no hospitalTermos restritivos (Onde):
• No CCT do HSM , no período entre Julho e Novembro de 2008Complementos de especificação (A Quem):
• Aos doentes operados sem ILCCircunstâncias:
• Nos 30 dias após cirurgia (1 ano no caso de material implantável)18
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Modelo12
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Critérios de Exclusão:• Doente sem seguimento temporal adequado• Doente reoperado; doente operado por ILC
Incidência Sectores & Patologias
Serviço de CCT
Enfermaria BlocoEnfermaria UCI & Recobro
Internamento
Adm
issão
Tempo
Alta
Caso Sem Infecção
Com Infecção
Critérios de Inclusão:• Doente submetido a incisão• Doente seguido ≥ 1 mês
Determinantes
Falecido
Domicílio
Doe
nte Doente Operado Transferido
Modelo Contínuo Preditivo
Criação de Registo de ILC
Proposta de Medidas
Exportação Modelo
Infecção do Local Cirúrgico (ILC) Taxa de IncidênciaVigilância
Epidemiológica
Medição Efectividade
Detecção de Anomalias
Ganhos em EficáciaGanhos em Saúde
Loca
l DomicílioHSM Consulta
ExternaOutro Hospital
Reinternamento
Estudo Piloto
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Nº de Doentes
Nº de ILC
Dias de Internamento
Taxa de Infecção (% ILC)
Taxa de Incidência
(Nº de ILC/ Nº de operados x 100)
(Nº de ILC/ Dias de Internamento x 1000)
CCT 21 2 366 9,524 5,464
Crg Vasc 35 0 282 0,000 0,000
TOTAL (média)
56 2 648 3,571 3,086
Teste Piloto HSM (26 de Novembro – 1 de Dezembro 2007)
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Simplificação métodos
Operacionalização das variáveis
Redução do números das variáveis
Modificações:
Processamento de Dados
Ficheiro (Excel) TILC
Base de Dados (Access) TILC
BD Fonte:SONHO
BD Fonte:UCI CCT
BD Fonte:UCI CCT Ped
BD Fonte:SIMHTP
BD Fonte:Anest
BD Fonte:Folha Enf BO
BD Fonte:Perfusão
SubFolhaPROCV
Entrada Directa
Folha ILC
Ficheiro Análise (SPSS)
SubFolhaDADOS
SubFolhaSPSS
SubFolhaRelatórios
SubFolhaResultados
SPSS
Ficheiro (SPSS) Syntax
Ficheiro (SPSS) Output
Ficheiro EndNote
Ficheiro Tese
BD
Validação (Dendrite)
Ficheiro Excel Validação
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Diferentes Culturas
Estatista
Pré e Intra‐Operatório
Alta
1 mês (1 ano) após cirurgia
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ResultadosANÁLISE DESCRITIVA
Número e Tipos de ILC
Patologias e Procedimentos
Variáveis Administrativas
Variáveis Clínicas
Parâmetros Do Procedimento Cirúrgico
Parâmetros Do Pós‐Operatório
Caracterização da ILC
“Taxas” de Incidência da ILC por Índice NNIS
Mortalidade
Terapêutica Transfusional
ANÁLISE BIVARIADA: Resultados por ILC
MODELO MULTIVARIADO
Introdução; variáveis analisadas
Procedimento; resultado
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Resultados (1)
Taxas Nº de
Doentes Nº de ILC
Dias Internamento Hospitalar
Taxa de Infecção (Nº de doentes com ILC/ Nº doentes operados x 100)
Taxa de Incidência (Nº de ILC/ Dias de
Internamento x 1000)
460 21 8300 4,57% 2,53
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PS: Taxa ≠ Proporção de incidência
ILCDe Órgão ou
Espaço
Global 4
Nº; (% das ILC) (19,0%)
Da Cicatriz Primária 5 (23,8%) 2 (9,5%) ‐ 7 (33,3%)
Da Cicatriz Secundária 7 (33,3%) 3 (14,3%) ‐ 10 (47,6%)
Intra Hospitalar 3 (14,3%) 2 (9,5%) 1 6 (28,6%)
Extra‐Hospitalar 9 (42,9%) 3 (14,3%) 3 15 (71,4%)
5
(57,1%)
Superficial
12
Total
21
(23,8%)
Profunda
Tipos de ILC
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Resultados (2)
Tipo de Procedimentos Total ILC (nº)
ILC (%)
Percentil 75 Duração (h)
Cirurgia Coronária 145 12 8,3% 3,5Cirurgia Valvular Aórtica 55 5 9,1% 3,25Cirurgia Valvular Mitral 33 ‐ ‐ 3,92Cirurgia Mitroaórtica 19 ‐ ‐ 4,71Cirurgia Coronária + Valvular 22 3 13,6% 4,60Cirurgia da Aorta Ascendente 7 ‐ ‐ 6,13Cirurgia das Cardiopatias Congénitas da Criança 39 ‐ ‐ 2,72Cirurgia das Cardiopatias Congénitas do Adulto 14 ‐ ‐ 2,88Drenagens Pericárdicas 7 ‐ ‐ 0,71Outros tipos de Cirurgia Cardía 21 ‐ ‐ 4,25Cirurgia de Ressecção Pulmonar 27 ‐ ‐ 3,08Mediastinoscopias 19 ‐ ‐ 0,78Drenagens e biópsias Pleuropulmonares 13 ‐ ‐ 1,58Descorticação e Ressecções em bloco 17 ‐ ‐ 3,25Outros tipos de Cirurgia Torácica 22 1 4,5% 1,53
TOTAL 460 21 4,6% 3,5
Total Percentil 75 (h) ILC (nº) ILC (n%)
Doença Coronária 145 3,50 12 8,28%Doença Valvular 109 4,00 5 4,59%Doença Coronária e Valvular 22 4,60 3 13,64%Cardiopatias Congénitas 61 2,75 0 0% Doenças torácicas extra ‐cardíacas 90 2,48 0 0% Outros tipos de doenças torácicas 33 3,75 1 3,03%
TOTAL 460 3,5 21 4,57%
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NNIS Específico
Nº de Operados Nº de ILC Taxa de Incidência (Nº de ILC/ Dias de
Internamento x 1000) ‐1 18 0 0,00% 0 54 0 0,00% 1 283 13 4,59% 2 103 8 7,77% 3 2 0 0,00% 460 21 4,57%
NNIS Específico
Nº de Operados Nº de ILC Taxa de Incidência (Nº de ILC/ Dias de
Internamento x 1000) ‐1 18 0 0,00% 0 54 0 0,00% 1 283 13 4,59% 2 103 8 7,77% 3 2 0 0,00% 460 21 4,57%
Classificação NNIS
Variáveis para estratificação Índice de Risco Pontos
Pontuação ASA >2 1
Duração da Cirurgia > percentil 75 1
Classe de contaminação da ferida > 2 1
Notas: O percentil 75 é o da duração do procedimento cirúrgico. O índice NNIS obter‐se‐á pelo somatório de pontos (no caso de procedimento endoscópico, diminui‐se 1 ponto). Geralmente é categorizado em Baixo (score ‐1 a 1) e Alto (score 2 e 3).
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NNIS & ILC
Diferentes métodos de cálculo da Duração NNIS da Cirurgia
Percentil 75 Tipo Procedimento Específico
Percentil 75 das classes de patologias
Percentil 75 Global (3,5)
Mediana Global (2,92)
NNIS 0 72 68 75 71
NNIS 1 283 290 269 171
NNIS 2 103 102 116 218
NNIS 3 2 0 0 0
(Teste Exacto de Fisher, duas caudas) P 0,074 0,038 0,013 0,005
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Mortalidade Serviço → Hospitalar →Pós‐
HospitalarTotal
Sem ILC 10 16 24 24(%) 2,17% 3,48% 5,22% 5,22%
Com ILC 2 3 4 4(%) 9,52% 14,29% 19,05% 19,05%
OR 4,50 4,40 4,1IC 0,9 ‐ 22.06 1,2 ‐ 16,5 1,2 ‐ 13,03
p (Exact) 0,10 0,05 0,03
Estudo TILC: Mortalidade
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ILC Superficial ProfundaDe Órgão ou
EspaçoTotal
Falecido 1 0 3 4Sobrevivente 11 5 1 17
(p) 0,019
Dias de Internamento > 10 10 4 3 17Dias de Internamento ≤ 10 2 1 1 4
(p) 0,007
Estudo TILC: Mortalidade (2)
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Terapêutica transfusional
Concentrado Eritrocitário Plasma Fresco CongeladoTerapêuticaTransfusional Nº Sim Nº Sim
Nº 181 115% (transfundidos) 39% 25%
Média (nº de CE ou PFC) 1,22 0,68
Mediana 0 0Teste Bivariado Mann Whitney
UTeste Exacto Fisher Mann Whitney
UTeste Exacto
Fisher
p 0,00001 0,001 0,31 0,20
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Resultados: Análise Bivariada
– Cirurgia de revascularização coronária (RR 3,1)
– Maiores tempos de internamento no serviço e no hospital (p<0,0015)
– Maior número de dias de internamento pré‐operatório (p<0,0041)
– Maiores tempos de internamentos pós‐operatórios (p<0,0026)
– Maior Idade (p<0,0002)
– Presença de Diabetes Mellitus (RR 4,1)
– Maior EuroSCORE logístico e utilização de CEC (cirurgia cardíaca); (p<0,0059)
– Número de unidades de CE administradas (p<0,00001)
– Regresso ao bloco operatório (reoperação); (RR 8,1)
– Mortalidade no hospital (RR 4,4) e no seguimento ulterior (RR 4,1)
– Presença de infecção urinária (RR 10)
– Maior número de horas de internamento na UCI (p<0,0125)
– Falta de associação significativa com a cirurgia de urgência (p>0,05)
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Conclusões
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— Taxa de ILC significativa (para cirurgia “limpa”)
— Patologias e procedimentos de risco
— Sistema operacional
— Orientação para outras pesquisas: Consumo de hemoderivados;
Infecção urinária; adequação NNIS; mortalidade; etc.
— SIR (Nº contabilizado/Nº esperado)
— Validação de outras BD ?
— Abordagem pluriprofissional
— Aguardar mais números (continuação do registo)
Anexos 1. Taxa de incidência
2. Cálculo de dimensão amostral
3. Folha de ILC
4. Projecto HELICS‐CIRURGIA
5. Suporte de registo de dados
6. Variáveis descriminadas
7. Estudo Piloto
8. Estudo de qualidade
9. Comissão Nacional de Protecção de Dados
10. Comissões de Ética
11. Consentimento Informado
12. Carta ao Médico Assistente
13. Índice NNIS
14. Modelos multivariados
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BibliografiaMangram, A.J., et al., Guideline for prevention of surgical site infection, 1999. Hospital Infection Control Practices Advisory Committee. Infect Control Hosp Epidemiol, 1999. 20(4): p. 250‐78; quiz 279‐80. http:// www.cdc.gov/NCIDOD /DHQP/pdf/guidelines/SSI .pdf
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Yokoe, D.S., et al., A Compendium of Strategies to Prevent Healthcare‐Associated Infections in Acute Care Hospitals. Infect Control Hosp Epidemiol, 2008. 29: p. S12‐S21. http://www.shea‐online.org/about/ compendium.cfm
Engelman, R., et al., The Society of Thoracic Surgeons practice guideline series: Antibiotic prophylaxis in cardiac surgery, part II: Antibiotic choice. Ann Thorac Surg, 2007. 83(4): p. 1569‐76.ttp://ats.ctsnetjournals.org/ cgi/reprint/ 83/4/1569.pdf
“Recomendações para a prevenção de infecção do local cirúrgico”, Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, 2004
5 Million Lives Campaign. Getting Started Kit: Prevent Surgical Site Infections How‐to Guide. Cambridge, MA: Institute for Healthcare Improvement; 2008. https://www.ihi.org
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ILC: Mitos
“A ILC não mata!”
“Eu não tenho infecções!”
“ILC? Não é um problema no nosso centro!”
“A cirurgia é um factor de risco minor para infecção”“Com a profilaxia AB, a ILC deixou de constituir um problema”“A minha flora nasal é menos virulenta do que a dos meus colegas”
“Não me façam perguntas incómodas!”
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ILC: Contexto nas Infecções
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Inf Pele &
Tec. Moles (“SSSI”)
Inf. Urinárias
(ITU)
ILC(“SSI”)
Infecção Pós‐operatória
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Abdominal
Ortopédica
Torácica
Cardíaca
Vascular
Ginecológica
Neurocirúrgica
Pele e tecidos moles
ORL/Oftalmológica
Endoscópica
Proced. percutâneos
Outros
Intervenção
Entrada de microrganismos
Inoculo externo
Inoculo interno
Acessos vasculares
Tubo traqueal
Ventilação assistida
Hemoderivados
Circuito de CEC
Algaliação
Infecção preexistente
(…)
ILC:Superficial ProfundaOrgão ou Espaço
Bacteriemia
Pneumonia
Urinaria
Outra
Infecção
ILC
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C – Factores do Doente
• Diabetes; Tabagismo• Desnutrição; Alcoolismo• Insuficiência Renal Crónica• Icterícia• Obesidade• idade avançada• Má condição física• Medicação• Radioterapia ou Quimioterapia
B – Factores anestésicos
• Perfusão tecidos• Normovolemia / hipovolemia• Hipotermia perioperatória• Concentração do O2 inspirado• Dor• Transfusão de hemoderivados
A – Factores Cirúrgicos
• Classificação Cirúrgica (tipo, grau de urgência, contaminação, encerramento)• Preparação da pele• Local, duração e complexidade• Presença de suturas e corpos estranhos• Qualidade das Suturas• Infecçãp preexistente local ou sistémica• Antibioterapia Profilática• Hematoma• Stress mecânico na ferida• Reoperação
Factores que afectam a cicatrização
Aumento da ILC
12‐03‐2010Adaptado de Buggy D. Can anaesthetic management influence surgical‐wound healing? Lancet 2000; 356(9227): 355‐7 44
Estudo MILC
2007 2008 2009 2010
Projecto MILC
Concurso Gulbenkian
Teste Piloto
BD Access
Folha Excel MILC
Caderno de Encargos Projecto MILC
Estudo TILC
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Fases da Colheita de Dados
Pré e Intra‐Operatório
Alta
1 mês (1 ano) após cirurgia
BD dos BOBD ServiçosBD AnestesiaSONHOProcesso ClínicoBD PerfusãoBD UCI
BD ServiçosProcesso ClínicoSONHOMILCDD SIMHFolha de ILC
BD Cons. Ext.Processo ÚnicoFolha de ILCOutros
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Pacote 1: Início (Tipo 1)
Enfermeiro Cons EXT
Consulta Especialidade
Outros Hospitais
Centros de Saúde
Outros
Serviço de Internamento
Pós Alta
Bloco Operatório
Sim
Não
Internamento
49
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Pacote 2: Início (Tipo 2)
Enfermeiro Cons EXT
Internamento
Bloco Operatório
Cirurgia ?
Sim
Não
50
12‐03‐20
10LM
Pacote 4: Pós‐Operatório
Pós‐OperatórioPrecoce Pós‐
OperatórioTardio
Bloco Operatório
Reoperação
Infecção
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Pacote 6: ILC & Microrganismo
Pós‐Operatório
Consulta Externa
Outros Hospitais
Centros de Saúde
Outros
Contacto Telefónico
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Anexos1. Taxa de incidência
2. Cálculo de dimensão amostral
3. Folha de ILC
4. Projecto HELICS‐CIRURGIA
5. Suporte de registo de dados
6. Variáveis descriminadas
7. Estudo Piloto
8. Estudo de qualidade
9. Comissão Nacional de Protecção de Dados
10. Comissões de Ética
11. Consentimento Informado
12. Carta ao Médico Assistente
13. Índice NNIS
14. Modelos multivariados
Análise FactorialAnálise de Fiabilidade: Coerência InternaAnálise de Fiabilidade: Comparação com a BD “Dendrite”Análise de Fiabilidade: Comparação com Teste Piloto
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Tese de Mestrado (1)Resumo Estruturado
Introdução
Objectivo Principal
População e Métodos
Conclusões e Recomendações
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IntroduçãoPrólogo
Formulação da Problemática
Justificação para o Projecto
Revisão da Literatura
Objectivos Principal e Secundários
Material, População e Métodos
Instrumentos
Desenho
Colheita de Dados
Modelo Operacional
Variáveis em Estudo
Análise Estatística
Estudo Piloto
Tipo de EstudoLocal e PeríodoPopulaçãoCritérios de InclusãoCritérios de ExclusãoAmostraDuração do EstudoIntrodução
ResultadosDiscussãoConclusões
Análise descritivaAnálise bivariadaAnálise de fiabilidade e validadeAnálise multivariadaAUCStandardized Incidence Ratio
Tese de Mestrado (2)
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Implementação
Qualidade dos dadosFiabilidadeValidade
Controle de Qualidade
Resultados
Considerações Ética e Legais
Discussão
Conclusões
PrincípiosBem Estar, Beneficência e AutonomiaAnonimatoConsentimentos
Referências bibliográficas
Agradecimentos
Anexos
Índices (figuras, tabelas e quadros)