Notaer - Edição de Agosto

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www.fab.mil.br Ano XXXIV Nº 8 agosto, 2011 ISSN 1518-8558 Pela primeira vez, atletas da FAB conquistam medalhas de ouro nos Jogos Mundiais Militares Em 16 anos de Jogos Mundiais Militares, a maior competição es- porva militar do mundo, atletas da Força Aérea Brasileira (FAB) nunca haviam chegado ao topo do pódio. Na quinta edição da compeção, realizada no Rio de Janeiro (16 a 24/7), o Tenente Coronel Aviador Jú- lio Antonio de Souza e Almeida (ro) e o Major Aviador Paulo Sérgio Porto, o Capitão Aviador Eduardo Utzig Silva, o Capitão Aviador Rafael Basta Xa- vier e o Tenente Aviador André Rossi Kuroswiski (todos do pentatlo aero- náuco - foto ao lado) conquistaram inéditas medalhas de ouro. Dos 13 atletas da FAB que repre- sentaram o país nos Jogos Mundiais Militares, nove retornaram com me- dalhas (seis de ouro, uma de prata e cinco de bronze). O Brasil venceu a compeção no total de medalhas. No pentatlo militar, os atletas ainda quebraram o recorde mundial de pontuação nas provas. (Pág. 8). Vinte e sete militares do Batalhão de Infantaria da Aeronáuca Especial de Manaus embarcam para parcipar da missão de paz da Organização das Nações Unidas para a Estabilização do Hai. (Pág. 14) Veja os atletas que conquistaram medalhas de ouro, prata e bronze (Pág. 9) Caças da FAB vigiaram o espaço aéreo do Rio de Janeiro nas provas (Pág. 10) RIO 2011 - ESPECIAL Competição Rio 2011 recebeu cobertura da comunicação da Força Aérea (Pág. 7) O Brasil conquistou 114 medalhas: 45 de ouro, 33 de prata e 36 de bronze FAB no Haiti Segundo contingente de militares segue para missão Dia da Intendência Os 66 anos da criação do Serviço de Intendência Leia entrevista com o Diretor de Intendência da Aeronáuca, Major Brigadeiro Intendente Pedro Norival de Araújo, que fala sobre o futuro da avidade na instuição. Saiba mais sobre o Dia da Intendência. (Pág. 4) SGT REZENDE / CECOMSAER

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Pela primeira vez, atletas da FAB conquistam medalhas de ouro nos Jogos Mundiais Militares

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www.fab.mil.br Ano XXXIV Nº 8 agosto, 2011 ISSN 1518-8558

Pela primeira vez, atletas da FAB conquistam medalhas de ouro nos Jogos Mundiais Militares

Em 16 anos de Jogos Mundiais Militares, a maior competição es-porti va militar do mundo, atletas da Força Aérea Brasileira (FAB) nunca haviam chegado ao topo do pódio.

Na quinta edição da competi ção, realizada no Rio de Janeiro (16 a 24/7), o Tenente Coronel Aviador Jú-lio Antonio de Souza e Almeida (ti ro) e o Major Aviador Paulo Sérgio Porto, o Capitão Aviador Eduardo Utzig Silva, o Capitão Aviador Rafael Bati sta Xa-vier e o Tenente Aviador André Rossi Kuroswiski (todos do pentatlo aero-náuti co - foto ao lado) conquistaram inéditas medalhas de ouro.

Dos 13 atletas da FAB que repre-sentaram o país nos Jogos Mundiais Militares, nove retornaram com me-dalhas (seis de ouro, uma de prata e cinco de bronze). O Brasil venceu a competi ção no total de medalhas.

No pentatlo militar, os atletas ainda quebraram o recorde mundial de pontuação nas provas. (Pág. 8).

Vinte e sete militares do Batalhão de Infantaria da Aeronáuti ca Especial de Manaus embarcam para parti cipar da missão de paz da Organização das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti . (Pág. 14)

Veja os atletas que conquistaram medalhas de ouro, prata e bronze (Pág. 9)

Caças da FAB vigiaram o espaço aéreo do Rio de Janeiro nas provas (Pág. 10)

RIO 2011 - ESPECIAL

Competição Rio 2011 recebeu cobertura da comunicação da Força Aérea (Pág. 7)

O Brasil conquistou 114 medalhas: 45 de ouro, 33 de

prata e 36 de bronze

FAB no HaitiSegundo contingente de militares segue para missão

Dia da IntendênciaOs 66 anos da criação do

Serviço de Intendência

Leia entrevista com o Diretor de Intendência da Aeronáuti ca, Major Brigadeiro Intendente Pedro Norival de Araújo, que fala sobre o futuro da ati vidade na insti tuição. Saiba mais sobre o Dia da Intendência. (Pág. 4)

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O jornal NOTAER é uma publicação mensal do Centro de Comunicação Social da Aeronáuti ca (CECOMSAER), voltado ao público interno.

Chefe do CECOMSAER: Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno

Chefe da Divisão de Produção e Di-vulgação: Tenente Coronel Alexandre Emílio Spengler

Chefe da Divisão de Relações Pú-blicas: Coronel Marcos da Costa Trindade

Chefe da Agência Força Aérea: Major Alexandre Daniel Pinheiro da Silva

Editores: Tenente Luiz Claudio Ferrei-ra e Tenente Alessandro Silva

Repórteres: Tenente Luiz Claudio Ferreira, Tenente César Guerrero, Tenente Alessandro Silva, Tenente Marcia Silva, Tenente Flávia Sidônia, Tenente Flávio Hisakasu Nishimori, Tenente Humberto Leite e Tenente Carla Dieppe

Colaboradores: DIRINT, IMAE, Rio 2011, CENIPA, 2o/8� GAV, EEAR, BINFAE-MN, HASP, HACO, HAAF e SISCOMSAE (textos enviados ao CE-COMSAER, via Sistema Kataná, por diversas unidades)

Tiragem: 30.000 exemplares

Jornalista Responsável: Tenente Luiz Claudio Ferreira (MTB 2857 - PE)

Diagramação: Tenente Alessandro Silva e Sargento Rafael da Costa Lopes

Revisão: Suboficial BCO RF Valter Carlos da Silva

Estão autorizadas transcrições inte-grais ou parciais das matérias, desde que mencionada a fonte.

Comentários e sugestões de pauta sobre aviação militar devem ser enviados para: [email protected]

Esplanada dos Ministérios - Bloco “M” - 7º andar CEP - 70045-900Brasília - DF

Impressão e acabamento:Aquarius Gráfi ca e Editora

ExpedienteCARTA AO LEITOR

PENSANDO EM INTELIGÊNCIA

Medidas Básicas de Contrainteligência

Os integrantes do Comando da Aeronáuti ca são responsáveis pela integridade e segurança das áreas e instalações, materiais, documenta-ção, pessoal, meios de tecnologia da informação (TI) e do conhecimento gerado e manti do pela organização. Há, inclusive, legislações de âmbito federal que regulam e titpificam penalmente os desvios de conduta referentes à matéria.

Toda e qualquer atividade ou ocorrência suspeita deve ser comu-nicada ao setor de segurança/inteli-gência, seja da própria organização ou da unidade mais próxima.

Defi nições que podem ajudar no trato da questão:

ÁREAS SENSÍVEIS - Áreas vitais para o pleno funcionamento das organizações em função do material existente nas mesmas ou das ati vida-des ali desenvolvidas.

ÁREAS SIGILOSAS - Áreas onde informações, documentos, materiais, meios de comunicações ou sistemas de informação sigilosos são trata-

dos, manuseados, transmitidos ou guardados e que requeiram medidas especiais de segurança e de acesso.

ASSUNTO SIGILOSO - É aquele que, por sua natureza, deva ser de conhecimento restrito e, portanto, re-queira a adoção de medidas especiais para sua segurança.

CLASSIFICAÇÃO - Atribuição de um grau de sigilo a um dado, infor-mação, documento, material, área ou instalação que contenha ou uti lize assunto sigiloso.

COMPARTIMENTAÇÃO - É a res-trição de acesso a conhecimentos ou dados sigilosos às pessoas que tenham necessidade de conhecê-los e possuam Credencial de Segurança de Pessoa Física ou Jurídica, no grau adequado.

NECESSIDADE DE CONHECER - Condição inerente ao exercício de car-go, função ou ati vidade, indispensável para que uma pessoa, possuidora da Credencial de Segurança adequada, tenha acesso a dados, informações, áreas ou instalações sigilosas.

Regras básicas para a proteção do conhecimento: a comparti mentação é essencial à proteção; o acesso a assuntos sensíveis depende da função e não do posto, graduação ou cargo; o credenciamento é condição básica para acesso a assuntos sensíveis; as credenciais de segurança devem ser regularmente atualizadas e contro-ladas; o desconhecimento ou a não observância dos procedimentos de segurança prejudica a instituição; todos são responsáveis pela proteção do conhecimento e das instalações.

Por isso, seja pró-ati vo. Identi fi -que pontos falhos na segurança das nossas instalações. Sugira medidas de segurança. Quando se olha de fora do problema é possível ver coisas diferentes daqueles que convivem diariamente com a situação. Seja rigoroso na utilização de senhas, códigos e protocolos de segurança. A proteção dos nossos materiais e conhecimentos é responsabilidade e dever de todos. (Centro de Inteligên-cia da Aeronáuti ca)

Campanha pela vida

Cerca de 7,6 milhões de pessoas morrem de câncer em todo o

mundo, todos os anos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Um dos ti pos de tratamento propostos para algumas formas dessa doença, como leucemia e linfoma, que afetam a células do sangue, é o transplante de medula óssea, mas o problema é encontrar um doador compatível. Milhares de pessoas acabam nas fi las, aguardando.

Diante desse cenário, e em parce-ria com a Diretoria de Saúde da Ae-ronáuti ca, iniciamos neste mês uma campanha para incenti var a doação,

ou melhor, para que o efeti vo ingresse no cadastro (Redome) de possíveis doadores, com a esperança de que esse esforço possa trazer esperança e, até mesmo, abreviar a espera por um transplante.

O Redome é um banco de dados a respeito da compati bilidade entre os potenciais doadores cadastrados e pacientes em espera. A chance de encontrar uma medula compatí vel é, em média, de uma em 100 mil. O paciente tem 25% de chance de en-contrar um doador compatí vel entre irmãos, enquanto aos demais resta aguardar alguém no banco de dados

de doadores. Daí, a importância da maior adesão possível. (Veja mais na página 16)

Brig Ar Marcelo Kanitz DamascenoChefe do CECOMSAER

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Tenente Brigadeiro do Ar Juniti Saito Comandante da Aeronáuti ca

A Vila Azul, complexo habitacional com 67 blocos e 402 apartamentos, no Rio de Janeiro, é um dos legados deixados à FAB

PALAVRAS DO COMANDANTE

Após os jogos, ficam legados e valores

Durante nove dias, o Rio de Janei-ro foi palco de um dos maiores

eventos esporti vos militares de todos os conti nentes. Cerca de seis mil atle-tas de 111 países esti veram reunidos para a disputa dos 5º Jogos Mundiais Militares.

Nesse portentoso evento, o Brasil obteve expressivos resultados e de imensurável valor, ao conquistar 45 medalhas de ouro, 33 de prata e 36 de bronze, perfazendo um total de 114 medalhas, que renderam ao país – a primeira colocação geral do Mundial.

Apesar de poucos, em quanti da-de, os atletas da Força Aérea Brasilei-ra demonstraram todo seu potencial, competi ndo em diversas modalidades e apresentando ao mundo a qualida-de, a garra e a invulgar perseverança dos homens e mulheres que en-vergam o azul, prestando relevante contribuição para escrever o nome

do Brasil no seleto rol dos campeões Mundiais Militares.

Ao término da competição, o balanço positi vo que fi ca não se li-mita aos grandes resultados obti dos, tal qual o número de medalhistas da delegação da Aeronáutica, que ati ngiu a signifi cati va marca de 70%, e a conquista de recordes mundiais. Inúmeros foram os legados e os en-sinamentos advindos dessa inédita experiência em sediar uma compe-ti ção de tamanha envergadura, que conti nuarão entre nós, mesmo após o apagar da chama que animou os atletas durante o período de compe-ti ções no Rio de Janeiro.

A Vila Azul é um exemplo disso. O conjunto residencial de 67 blocos e 402 apartamentos, localizado em uma área de 105 mil metros quadrados, construído pela FAB para alojar cerca de 2400 atletas, será transformado em

Próprio Nacional Residencial (PNR), a fi m de atender a uma grande demanda local da Família Aeronáuti ca.

Outrossim, a reforma executada no Posto do Correio Aéreo Nacional do Galeão (CAN-GL) para o recebimento de cerca de 2000 atletas durante o período dos jogos, com grandes me-lhorias estruturais, aprimoramento no sistema de segurança e atualização dos equipamentos, dobraram a capa-cidade de atendimento da unidade, proporcionando notável incremento na segurança das operações, no con-forto e na sati sfação dos usuários.

Cabe lembrar, ainda, que duran-te a competi ção, uma considerável infraestrutura foi montada pela FAB para dar todo o apoio necessário às delegações nacionais e estrangeiras. Enquanto os atletas se esforçavam na busca do pódio nas arenas de com-peti ção, inúmeros outros militares

enfrentavam uma outra maratona, menos visível, mas não menos impor-tante. Uma maratona para fornecer, diariamente, cerca de 6000 refeições; para proteger o espaço aéreo do Rio de Janeiro durante as competi ções; recepcionar as delegações e trasla-dar as equipes africanas, que sem este apoio não poderiam parti cipar dos Jogos. Um verdadeiro batalhão trabalhou diuturnamente para for-necer as condições ideais para que os atletas e delegações pudessem fi car focados apenas nas disputas dos Jogos Mundiais.

Parabenizo, portanto, a todos os nossos atletas pela superação e qua-lidade demonstradas, no afã de bem representar o Brasil, bem como, todo o efeti vo do Comando da Aeronáuti ca que, anonimamente, doou esforços para o retumbante sucesso dos 5º Jogos Mundiais Militares.

O Posto CAN Galeão recebeu melhorias para a recepção dos atletas

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Intendência projeta sua atividade para o futuro da FABModernização da estrutura, equipamentos e dos serviços prestados aos militares e civis do Comando da Força Aé-rea estão na pauta da Diretoria de Intendência da Aeronáutica (DIRINT)

Em entrevista ao NOTAER, o Diretor de Intendência da Aeronáuti ca,

Major Brigadeiro Intendente Pedro Norival de Araújo, fala sobre a im-portância da ati vidade, que neste ano comemora (23 de agosto) 66 anos da criação do Serviço de Intendência da Aeronáuti ca, e adianta os planos para os próximos anos. “Rumo à Intendência do futuro, acompanha-mos as exigências de uma moderna Força Aérea, sempre se autoavalian-do e investi ndo na capacitação dos profi ssionais, para que Comando da Aeronáuti ca cumpra a sua missão”, afi rma. Leia a entrevista:

NOTAER - Qual a importância da Intendência para a Força Aérea?

Maj Brig Int Pedro Norival de Araújo - Tratando primeiramente do braço armado do Comando da Aero-náuti ca, a importância da Intendência está diretamente ligada ao apoio ao combatente, por intermédio da Intendência Operacional, que se faz presente com as Unidades Celulares de Intendência (UCI) sediadas nos Co-mandos Aéreos Regionais (COMAR), no Depósito Central de Intendência (DCI), na Academia da Força Aérea e na Escola de Especialistas de Aeronáu-ti ca. É o apoio ao homem, garanti ndo o bem-estar e a manutenção do moral do combatente, por meio de vinte e três tarefas atribuídas à Intendência Operacional, com o objeti vo de apoiar as unidades aéreas e as unidades da Aeronáuti ca desdobradas, em situa-ções de confl ito ou emprego opera-cional. A Intendência também está presente em todas as organizações militares da Aeronáuti ca, prestando apoio tanto aos militares quanto aos civis, seja no país ou no exterior, onde o profi ssional de Intendência se faz presente, permeando prati camente toda a administração, por intermédio do Comando-Geral do Pessoal, de

soal, por meio da adoção do banco de dados do Sistema de Informações Gerenciais de Pessoal (SIGPES) como base do novo Módulo de Pagamento de Pessoal (MOPAG), em total siner-gia com o já plenamente operacio-nal Módulo Boleti m, possibilitando significativa diminuição do tempo decorrido entre a aquisição do direito pecuniário e seu efeti vo pagamento ao militar ou ao pensionista.

Merecem destaque os Núcleos do Serviço Social, verdadeiros cen-tros integrados de assistência social, gerenciados com muita competência pelos civis e militares da SDEE, com os COMAR, com o GIA-SJ e com as Prefeituras, em um notável trabalho que ainda está apenas no começo, tendo muito a crescer e a realizar em prol da assistência ao efeti vo da Aeronáuti ca.

Na área de Fardamento Reem-bolsável, cabe ressaltar a implanta-ção, no depósito da Subdiretoria de Abastecimento, de um transelevador de armazenamento automatizado,

tendo por finalidade possibilitar maior velocidade na separação de itens reembolsáveis, bem como dinamizar a sua expedição, com a consequente economia de meios. Este sistema proporcionará maior controle do estoque, ao uti lizar eti -quetas eletrônicas controladas por rádio frequência (RFID), permiti ndo, assim, um inventário automáti co e mais preciso do material existente.

A Pagadoria dos Inati vos e Pen-sionistas da Aeronáutica (PIPAR) também vem desenvolvendo, ao longo dos anos, um brilhante trabalho de descentralização do atendimento aos inati vos e pensionistas, visando levar conforto e humanização aos que tanto serviram à Força. Para tan-to, criou postos de atendimento em várias cidades do Rio de Janeiro e em Vitória-ES, fazendo-se presente pró-ximo às moradias do nosso pessoal.

Diversos Diretores que me an-tecederam deixaram uma herança que permitem consolidar realizações como o Módulo de Alimentação

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DIA DA INTENDÊNCIA - 23 de Agosto

O Diretor de Intendência da Aeronáutica, Major Brigadeiro Intendente Pedro Norival de Araújo, em entrevista duranta e Operação Serrana, no Rio de Janeiro (2011); ao lado, a folha da Acanto, símbolo da Intendência

onde emanam as diretrizes e ordens.NOTAER - Quais os principais

projetos em andamento na área de Intendência?

Maj Brig Int Norival – Podemos destacar dois projetos estratégicos, administrados por dois sistemas: a Unidade Celular de Intendência, pelo Sistema de Intendência Operacional (SISIOP), envolvendo ações conjuntas da Subdiretoria de Encargos Especiais (SDEE), da Subdiretoria de Abasteci-mento (SDAB) e do DCI, para o ree-quipamento das Unidades Celulares; e a Modernização do Sistema de Subsistência, que conta com 23 Ran-chos modernizados, em um número de 55, apoiando 168 organizações militares e um efetivo de mais de 59.000 pessoas.

Outros dois projetos setoriais envolvem áreas de interesse da In-tendência. Cito, inicialmente, com muito orgulho, entre as ações em andamento, na área de tecnologia da informação da DIRINT, a moderniza-ção do Sistema de Pagamento de Pes-

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a Pontos Remotos (MAPRE) e sua versão automoti va, o RODOMAPRE, que deram nova dinâmica à ati vidade de Intendência Operacional, além, é claro, do novo visual advindo da mudança do Regulamento de Unifor-mes para os Militares da Aeronáuti ca (RUMAER), que vem dando brilho à apresentação e aos desfi les da tropa.

Mais recentemente, a DIRINT, por intermédio da Subdiretoria de Inati vos e Pensionistas, pôde legar aos pensionistas de militares uma inovação, ao implantar no SIGPES o Título Provisório de Pensão Militar (TPPM) “on line”, o qual possibilita a inserção do pensionista do militar na folha de pagamento, no máximo no mês seguinte ao óbito do insti tuidor da pensão.

NOTAER - Como será a Intendên-cia do futuro na FAB?

Maj Brig Int Norival - O Plano Estratégico Militar da Aeronáutica (PEMAER), com ações previstas para se efeti var até 2031, incorporou os anseios mais prementes da Inten-

dência. É nossa visão de futuro, nossa bússola, e as metas nele inseridas são nossos desafi os e nossa razão de ser. Dele fazem parte os projetos mais importantes para a Intendência da Aeronáuti ca, como o reequipamento das Unidades Celulares de Intendên-cia e a modernização do Sistema de Subsistência, , além da manutenção das principais ati vidades que abran-gem os demais sistemas da DIRINT.

Por outro lado está sendo criada a Secretaria de Controle Interno, que estará vinculada diretamente ao Comandante da Aeronáuti ca, objeti -vando centralizar em um órgão inde-pendente as ati vidades de auditoria e controle interno.

Visando aderir aos novos padrões internacionais de Contabilidade para o setor público, a SEFA, em parceria com o COMGAP, vem desenvolvendo o módulo “Bens Móveis Permanen-tes” no SILOMS, permiti ndo depreciar o valor desses bens, cujo resultado possibilitará uma avaliação precisa do patrimônio da Aeronáuti ca.

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A ati vidade de intendência é tão anti ga quanto a insti tuição Força

Aérea Brasileira. Com a criação do Ministério da Aeronáuti ca, em 20 de janeiro de 1941, foi consti tuída uma comissão de orçamento e criado, ao mesmo tempo, um órgão para gerir os serviços de contabilidade e fazenda, orçamento, distribuição de verbas e créditos, além das tomadas de contas e pagamentos. Inaugurado o Serviço de Fazenda da Aeronáutica, com militares da Marinha e do Exército, foi criado o quadro de intendentes.

No contexto da Segunda Guerra, a ati vidade de intendência cresceu e reorganizou-se na insti tuição. Foram formados os primeiros profi ssionais na Escola de Intendência do Exército e nasceu o curso de ofi ciais intendentes na Escola de Aeronáuti ca, no Campo dos Afonsos, no Rio de Janeiro. Final-mente, em 23 de agosto de 1945, pelo Decreto-Lei nº 7892, foi consti tuído ofi cialmente o Serviço de Intendência

PATRONO

Tenente Brigadeiro IntendenteJosé Epaminondas de Aquino Granja

Natural de Leopoldina, Pernam-buco, nasceu em 27 de agosto

de 1897. Aos 17 anos, em 1914, ingressou na carreira militar, parti ci-pando da Campanha do Contestado. Como sargento, fez o Curso de Ofi cial Intendente do Exército e, nos anos 30, conclui o Curso de Intendente de Guerra no Rio de Janeiro.

Com a criação do Ministério da Aeronáuti ca, foi assistente do Ser-viço de Fazenda da Aeronáuti ca e, em 1945, o primeiro Diretor Geral Interino (mais tarde efetivado) do recém-criado Serviço de Intendência da Aeronáuti ca, função que exerceu até 1951, quando passou para a re-serva no posto de Tenente Brigadeiro.

Instalações da Intendência na Operação Serrana, no Rio de Janeiro

Saiba mais sobre a história da Intendência na Força Aérea

da Aeronáuti ca – a data é celebrada até hoje como o Dia da Intendência.

Na época, o recém-criado Servi-ço de Intendência era formado pela Divisão de Finanças, pela Divisão de Provisões de Intendência, pelos Serviços de Intendência das Zonas Aéreas e de Órgãos de Alta Adminis-tração, além dos Depósitos Central e de Intendência das Zonas Aéreas e das Formações de Intendência das unidades administrati vas.

Ao longo dos anos, a Intendência passou por diversas fases de aper-feiçoamento, como em seu início, quando tornou-se pioneira no serviço público a implantar o pagamento de pessoal por crédito bancário e, anos mais tarde, a ingressar na era da com-putação (década de 60). Nos anos 50, nasceu a intendência em campanha e, nos anos 60, foi criada a Pagadoria de Inati vos e Pensionistas da Aero-náuti ca, dentre outras evoluções que marcaram a história da ati vidade.

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NASCIMENTO DO INVENTOR DO AVIÃO

Instituto de Medicina Aeroespacial é destaque em reportagem da revista Veja sobre as Forças Armadas

O Insti tuto de Medicina Aeroespa-cial (IMAE) foi um dos destaques

da reportagem “Orgulhos da Caser-na”, veiculada no mês passado na revista Veja Rio. A reportagem falou sobre três centros de pesquisa mili-tares de excelência das Forças Arma-das, localizados no Rio de Janeiro. A matéria citou o IMAE como destaque na missão de preparar aviadores para o melhor desempenho possível, em situações de emergência e abandono de aeronaves em situações de risco e

sobrevivência. A unidade prepara, por ano, cerca de 1.500 pilotos, incluindo militares do Exército, da Marinha e de nações amigas. O IMAE é o maior núcleo de estudos sobre o impacto que as condições adversas de voo têm sobre a saúde humana no país.

A história da medicina aeroespa-cial no país reúne experiência de seis décadas. Começou em 1951, quando chegou ao Brasil a primeira câmara hipobárica para treinamento de suas tripulações. A parti r de 1972, a me-

Vice-Presidente afirma que disciplina de Santos Dumont foi alicerce para o pioneirismo da aviação

No dia do aniversário de 138 anos de nascimento do Patrono da Ae-

ronáuti ca, o Marechal do Ar Alberto Santos Dumont, a Força Aérea Brasi-leira realizou solenidades em todo o Brasil para homenagear a memória do gênio que mudou a história da humanidade.

Na Base Aérea de Brasília, o evento contou com a presença do Vice-Presidente da República, Mi-chel Temer. “O exemplo de Santos-Dumont guia a Aeronáuti ca e também as demais Forças Armadas. Foi graças à sua disciplina que ele conseguiu ser o pioneiro da aviação, orgulho para o Brasil”, ressaltou.

Na capital, 206 pessoas recebe-ram a Medalha de Mérito Santos-Dumont, entre eles representantes dos três poderes da República. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Cezar Peluso, foi um dos agraciados. “Recebo essa medalha como uma homenagem ao STF e ao Judiciário Brasileiro que, juntamente, com a Aeronáutica e com as demais Forças, trabalhamos irmanados para ter um país cada vez

melhor”, disse. Ministros de Estado também receberam a comenda.

São homenageados com a me-dalha militares e civis que tenham prestado destacados serviços à Ae-ronáuti ca ou, por suas qualidades ou seu valor, em relação à insti tuição,

forem julgados merecedores.O Comandante da Aeronáuti ca,

Tenente Brigadeiro do Ar Juniti Saito, ressaltou o legado deixado pelo “Pai da Aviação”. “Os valores emoldurados pelo nome Alberto Santos Dumont jamais serão esquecidos".

“Herói de Cabangu nos apresentou o real valor do compromisso com o ideal”,

afirma Comandante

A história de vida e as conquistas do “Pai da Aviação” foram relembra-das pelo Comandante da Aeronáu-ti ca, Tenente Brigadeiro do Ar Juniti Saito, durante as comemorações do 138º aniversário do Marechal do Ar Alberto Santos Dumont.

“Mais do que suas inventivas e geniais criações, na busca de um mundo sem fronteiras no espaço e sem limites de tempo, o herói de Ca-bangu nos apresentou o real valor do compromisso com o ideal, da criati vi-dade e da disciplina, ostentados por sua fabulosa visão de futuro.”

"A nossa maior homenagem a este grande brasileiro e Patrono da Aeronáutica é voar, sabedores de que, enquanto existi r uma aeronave nos céus ou no espaço, os valores emoldurados pelo nome – Alberto Santos Dumont – jamais serão esque-cidos", ressaltou.

dicina aeroespacial se organizou em estrutura própria, assumindo diversas denominações até que, em 2009, se transformou no atual Instituto de Medicina Aeroespacial.

Além do IMAE, foi citado o Ins-tituto Militar de Engenharia (IME) pelo Exército, que forma cerca de 100 engenheiros por ano, e o Instituto de Pesquisas da Marinha (IPqM), que projeta e produz equi-pamentos, softwares e armamentos para a frota nacional.

O Vice-Presidente da República, Michel Temer, em revista à tropa no Distrito Federal

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COMUNICAÇÃO SOCIAL

RIO 2011 – Jogos Mundiais Militares receberam cobertura especial da FAB

As notí cias sobre os Jogos Mun-diais Militares no Rio de Janeiro

alavancaram a audiência da Força Aé-rea Brasileira (FAB) nas redes sociais. Durante a competi ção, o número de amigos da insti tuição no Facebook aumentou 40% e o de seguidores no Twitt er ultrapassou a marca dos 2 mil (mais que o dobro em 45 dias).

No total, foram produzidas e divulgadas pela equipe do Centro de Comunicação Social da Aeronáuti ca (CECOMSAER) mais de 60 notí cias so-bre o maior evento esporti vo militar do mundo, além de 26 vídeos (You Tube) e de mais de 600 fotos (Flickr) das competições. Todo o material está disponível no portal da FAB na internet (www.fab.mil.br) e nas redes sociais da insti tuição – só no Twitt er, foram divulgadas em média de 30 a 40 mensagens diárias.

“A cobertura foi planejada, não

A FAB NA INTERNET

NOVIDADE – Veja reportagem es-

pecial sobre a entrega de espadins – símbolo de comando e liderança - aos cadetes da Academia da Força Aérea.

CAN – Já está disponível o vídeo dos 80 Anos do Correio Aéreo Nacio-nal com legendas em espanhol. Em breve, será divulgada a versão em inglês.

RIO 2011 – Os vídeos produzidos nos Jogos Mundiais Militares ti veram mais de 5 mil exibições. Veja os princi-pais destaques da competi ção.

CRESCIMENTO - @portalfab ultrapassou em julho a marca dos 2 mil seguidores. O conteúdo sobre os Jogos Mundiais Militares foi o mais acessado.

PROFISSÕES – Todos os dias, os seguidores recebem links para co-nhecer as diferentes oportunidades de trabalho e de estudo na Força Aérea. Veja no portal (www.fab.mil.br) o Guia de Profi ssões da FAB e os vídeos com entrevistas de cada área.

AUMENTO – O número de amigos da Força Aérea cresceu 40% no mês passado, principalmente por causa do conteúdo dos Jogos Mundiais Militares e das informações sobre concursos/carreira militar.

ATLETAS – Ao longo de julho, a FAB divulgou informações dos seus 15 atletas que integraram a seleção brasileira, em diversas modalidades, na luta por medalhas.

para concorrer com o site ofi cial dos Jogos Mundiais Militares, mas para complementar as informações”, afirmou o Coronel Aviador Henry Wilson Munhoz Wender, Chefe da Comunicação Integrada do CECOM-SAER e responsável pela cobertura da competi ção. “Tivemos como foco o legado deixado pelos Jogos Militares para a FAB, a parti cipação dos nossos atletas e os locais de competi ção sob a responsabilidade da Força Aérea [UNIFA, Arena HSBC e Parque Aquá-ti co Maria Lenk]”, explicou.

A Vila Azul é uma das principais heranças deixadas para a FAB. É um complexo residencial construído no Campo dos Afonsos (zona oeste do Rio de Janeiro), que conta com 67 blo-cos e 402 apartamentos. As unidades abrigaram cerca de 2 mil atletas e, de-pois da competi ção, serão uti lizadas como próprios nacionais pelo efeti vo.

A equipe do CECOMSAER incluiu militares de jornalismo, relações pú-blicas e publicidade, que trabalharam integrados com profi ssionais também de outras Forças para transmiti r as informações para leitores, ouvintes e internautas.

Durante a competi ção, a comu-nicação da FAB uti lizou o que há de mais moderno em equipamentos para a divulgação dos Jogos Mundiais Militares, como câmeras de vídeo “Full HD” de últi ma geração. "Para se ter uma ideia, o número de linhas de defi nição (1920x1080 linhas) é com-patí vel com o material das principais emissoras de TV", explica o Subofi cial Rogério Prada, cinegrafi sta e editor de imagens do CECOMSAER.

Os vídeos produzidos e divulga-dos pelo portal da FAB no You Tube ti veram mais de 5 mil exibições no período da competi ção.

A equipe de comunicação da Força Aérea acompanhou de perto os principais momentos da competi ção

YOU TUBE

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JOGOS MUNDIAIS MILITARES

RIO 2011 – A melhor participação brasileira na história da maior competição militar do mundo

Com 114 medalhas, o Brasil saltou da 33ª posição (2007 – Índia) para a liderança da maior competição militar do mundo, realizada no Rio de Janeiro; nove atletas da Força Aérea voltaram para casa com medalhas

Os atletas militares fi zeram histó-ria. No Rio de Janeiro, o Brasil

terminou a quinta edição dos Jogos Mundiais Militares na primeira co-locação, com 114 medalhas – 45 de ouro, 33 de prata e 36 de bronze. A China, tradicional potência da com-peti ção, fi cou em segundo lugar, com 99 medalhas (37 de ouro, 28 de prata e 34 de bronze).

Ao todo foram realizadas 194 fi -nais das 20 modalidades em disputa, com a distribuição de 459 medalhas de ouro, 459 de prata e 503 de bronze. Os atletas militares estabe-leceram 22 novas marcas durante a maior edição da competi ção, que começou a ser realizada em 1995, em Roma, na Itália.

“Encaramos os Jogos Militares com seriedade. Há dois anos nos-sos atletas vem participando de campeonatos e mundiais. O maior legado será os atletas conti nuarem buscando representar o nosso país em Londres [Olimpíadas], em 2012, e, se ti verem idade e condições fí si-cas, também em 2016”, afi rmou o presidente da Comissão Desporti va Militar do Brasil, Vice-Almirante Bernardo José Perantoni Gambôa.

A ascensão do Brasil pode ser explicada pela nova política das Forças Armadas em relação ao esporte, iniciada há três anos. No fi m de 2009, foram divulgados os primeiros editais convocando atletas de alto rendimento interessados em prestar serviço militar temporário. De lá para cá, mais de 300 atletas tornaram-se marinheiros, soldados, cabos e sargentos, e aproveitaram a estrutura das Forças Armadas para o treinamento.

Das 45 medalhas de ouro, 40 foram obtidas por atletas de alta performance. A receita de parceria não é nova. Segundo o Conselho In-ternacional do Esporte Militar, 44%

dos medalhistas das Olimpíadas de Pequim (2008) eram militares.

Além de ter registrado seu me-lhor desempenho nos Jogos Milita-res, o Brasil pode se orgulhar de ter o maior medalhista da competi ção: o nadador Gabriel Mangabeira, que subiu ao pódio seis vezes, cinco delas no lugar mais alto. Ele fatu-rou o ouro nos 50m Costas, 50m e 100m Borboleta, 100m Costas e no Revezamento 4x100m Medley e a medalha de prata no Revezamento 4x100m Livre. As chinesas Liuyang Jiao e Hongtao Zhang vêm logo atrás do brasileiro, com cinco medalhas e quatro medalhas.

A disputa no Rio de Janeiro tam-

bém foi marcada pela superação: 22 recordes mundiais militares foram bati dos. No atleti smo, destaque foi o desempenho de Seun Femi Ogu-node, do Qatar, campeão e novo recordista dos 100m e 200m rasos.

O Presidente do CISM (Conseil International du Sport Militaire), Coronel Hamad Kalkaba Malboum, elogiou a organização dos Jogos da Paz pelo Brasil. “Gostaria de agrade-cer os membros das esferas políti cas e militares do Brasil, aos comitês que ajudaram na organização deste gran-de evento e aos voluntários”, disse. “Espero que a estrutura montada para os Jogos tenha conti nuidade com o programa de formação de

atletas no Brasil. Os Jogos da Paz abriram uma nova era e o Brasil provou que está preparado para or-ganizar grandes eventos. O público também ajudou muito durante os jogos e entendeu a mensagem de paz que o evento carrega”.

“É uma honra para o Brasil sediar uma competi ção dessa magnitude. Quero agradecer a todos os que tra-balharam e se dedicaram aos Jogos da Paz. Lembro aqui o lema do CISM: amizade através do esporte e fair play entre os competi dores”, disse o Ministro da Defesa, Nelson Jobim, na cerimônia de encerramento da competi ção. “Levem consigo boas recordações do Brasil.”

Atletas do Pentatlo Aeronáutico, todos da Força Aérea, fi zeram história na quinta edição dos Jogos Mundiais Militares

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Militares da FAB garantiram três medalhas de ouro para o Brasil: no tiro e no pentatlo aeronáutico

No ranking dos atletas que rece-beram mais de uma medalha

nos Jogos Mundiais estão quatro militares da Força Aérea Brasileira (FAB), que competi ram no ti ro e no pentatlo aeronáuti co – no individual, o Brasil fi cou com as três primeiras colocações, levou o ouro, a prata e o bronze, e ainda bateu o recorde mundial de pontuação. Os militares da FAB também ajudaram na con-quista de medalhas na orientação, no paraquedismo, no pentatlo militar e no futebol (masculino). Veja o quadro de medalhistas:

Tenente Coronel Aviador Júlio Antonio de Souza e Almeida

– Tiro (Fogo Central – 25 metros)

– Tiro (Pistola Tiro Rápido – 25 metros)

Major Aviador Paulo Sérgio Porto

– Pentatlo Aeronáuti co(Prova Esporte Mista – Equipe)

Capitão Aviador Eduardo Utzig Silva

– Pentatlo Aeronáuti co(Prova Esporte Mista – Equipe)

– Pentatlo Aeronáuti co(Prova Mista – Individual)

Capitão Aviador Rafael Bati sta Xavier

– Pentatlo Aeronáuti co (Prova Esporte Mista – Equipe)

– Pentatlo Aeronáuti co(Prova Mista – Individual)

Tenente Aviador André Rossi Kuroswiski

– Pentatlo Aeronáuti co(Prova Esporte Mista – Equipe)

– Pentatlo Aeronáuti co(Prova Mista – Individual)

Tenente Intendente Mellina dos Santos Ferreira Barbosa

– Pentatlo Militar (Feminino – Equipe)

Segundo Sargento Wilma Barbosa de Souza

– Orientação (Revezamento Feminino – Equipe)

Segundo Sargento Francisco Luciano Portela Bati sta

– Futebol Masculino

Terceiro Sargento Cássia Bahiense Neves

– Paraquedismo(Formati on Skydiving – Feminino)

Antonio de Souza e Almeida

– Tiro (Fogo Central – 25 metros)

– Pentatlo Aeronáuti co(Prova Esporte Mista – Equipe)

– Pentatlo Aeronáuti co(Prova Esporte Mista – Equipe)

– Pentatlo Aeronáuti co(Prova Esporte Mista – Equipe)

(Prova Esporte Mista – Equipe)

– Pentatlo Aeronáuti co(Prova Mista – Individual)

– Pentatlo Aeronáuti co(Prova Esporte Mista – Equipe)

Bahiense Neves

(Formati on Skydiving – Feminino)

Luciano Portela Bati sta

– Futebol Masculino

Barbosa de Souza

– Orientação (Revezamento Feminino – Equipe)

dos Santos Ferreira Barbosa

– Pentatlo Militar (Feminino – Equipe)(Prova Esporte Mista – Equipe)

– Pentatlo Aeronáuti co(Prova Mista – Individual)

(Fogo Central – 25 metros)

– Tiro (Pistola Tiro Rápido – 25 metros)

(Fogo Central – 25 metros)

(Prova Esporte Mista – Equipe)

– Pentatlo Aeronáuti co(Prova Mista – Individual)

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JOGOS MUNDIAIS MILITARES

Força Aérea monitorou o espaço aéreo nas áreas de competição

Aeronaves em voo e em bases do Rio de Janeiro ficaram em alerta para a defesa das vilas dos atletas e das arenas de competição; dez interceptações foram feitas ao longo da maior competição esportiva militar do mundo

Enquanto os atletas de mais cem países disputavam medalhas dos

Jogos Mundiais Militares, no Rio de Janeiro, a Força Aérea Brasileira (FAB) vigiava o espaço aéreo ao redor dos locais de competi ção. Dez aeronaves foram interceptadas ao longo de uma semana de provas. Os voos não ti nham perfi l hosti l nem representavam riscos para as delegações, apenas se aproxi-maram demais das zonas de exclusão aérea pré-estabelecidas.

Com o início dos Jogos Mundiais entraram em vigor regras específi cas que previam áreas onde nenhuma ae-ronave poderia voar. As denominadas zonas de exclusão aérea incluíram locais próximos das competi ções e das vilas dos atletas. Apesar do forte esquema de vigilância, o tráfego aéreo regular não foi prejudicado.

As informações aeronáuti cas foram previamente disponibilizadas para ae-ronavegantes e empresas aéreas pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA). As medidas são seme-lhantes às adotadas em outros eventos, como ocorreu na posse da Presidenta Dilma Roussef e durante a visita do Presidente dos Estados Unidos ao Bra-sil, Barack Obama, em março passado.

Todas estas coordenações fo-ram estabelecidas pelo COMDABRA (Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro), sediado em Brasíla (DF), único comando combinado ativado permanentemente em tempo de paz e que agrega o Exército, a Marinha do Brasil e a FAB. Também parti ciparam da abertura e do encerramento dos Jogos, baterias de anti -aérea do Exér-cito Brasileiro.

Caças F-5EM e A-29 ficaram de prontidão na Base Aérea de Santa Cruz, zona oeste do Rio de Janeiro, para garanti r o cumprimento das determi-nações. Um avião-radar E-99, capaz de detectar pequenas aeronaves voando

em qualquer alti tude, também parti ci-pou da operação. Completavam a força de defesa aérea dois helicópteros H-60 Blackhawk, equipados com metralha-doras M-134 minigun, que em determi-nadas situações permaneceram em voo contí nuo para agir rapidamente caso fosse necessário atuar para a segurança dos Jogos Mundiais Militares.

Os H-60 Blackhawk operavam a parti r da Base Aérea dos Afonsos. Por estar localizado a poucos quilômetros das vilas dos atletas e da maioria dos locais de competi ção, o local se tornou base de helicópteros que desempenha-vam diversos ti pos de ati vidades de

apoio, que iam da vigilância terrestre até o alerta para missões de salva-mento.

Helicópteros Sea King, Esquilo, Super Puma, BlackHawk e Pantera do Exército, da Marinha e da Força Aérea Brasileira operavam juntos a parti r da Base Aérea dos Afonsos. Também par-ti a de lá o avião C-105 Amazonas, que realizava os lançamentos dos competi -dores de paraquedismo.

Caças e helicópteros (na foto, o H-60 BlackHawk) da Força Aérea vigiaram o espaço aéreo do Rio de Janeiro

Aeronaves E-99, A-29 e F-5EM part ic iparam do esquema de segurança no Rio de Janeiro

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TRÁFEGO AÉREO

MEIO AMBIENTE - Queimadas podem prejudicar tráfego aéreo, impacto semelhante ao dos nevoeiros

O período de seca aumenta o risco de ocorrências de queimadas e a fumaça pode causar impacto no tráfego aéreo, de acordo com o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA); região Centro-Oeste é o maior foco

Além dos danos ao meio ambiente, queimadas podem prejudicar o

tráfego aéreo. O alerta da Aeronáuti -ca tem relação com o início da época de seca e aumento das queimadas, principalmente na Região Centro-Oeste do Brasil.

Segundo o diretor do Centro de Gerenciamento da Navegação Aé-rea (CGNA), Coronel Aviador Fábio Almeida Esteves, para a atividade aérea, os problemas criados pela fumaça produzida pelas queimadas são semelhantes àqueles produzidos por nevoeiros.

A fumaça também pode reduzir a visibilidade nos aeródromos, difi -cultando ou, até mesmo, impedindo as operações de pouso e decolagem.

O controle de tráfego aéreo moni-tora a visibilidade, alcance horizontal da visão, e o teto, altura da base das nebulosidades. No caso da fumaça o teto não é relevante, pois o fenôme-no, normalmente, chega até o nível do solo.

“Os principais aeroportos das regiões Centro-Oeste e Norte do país operam com equipamentos que ga-rantem a operação por instrumentos segura, incluindo o sistema ILS Cate-goria I, que permite a aproximação com restrições de visibilidade, até 800 metros, e teto, até 200 pés [ou 66 metros]”, disse o ofi cial.

Segundo o Coronel Esteves, no período mais seco do ano, a fumaça das queimadas se espalha de forma uniforme. A ausência de chuvas ou ventos fortes faz com que a densi-dade da fumaça aumente dia após dia, até reduzir, de forma críti ca, a visibilidade. Quando isso acontece, as aeronaves são impedidas de operar para estes desti nos pelas companhias aéreas, que recebem informações por meio de boleti ns meteorológicos.

Se já esti ver em rota, o avião volta para o local de origem, já que nas duas regiões (Centro-Oeste e Norte) do Brasil os aeroportos são distantes uns dos outros, sendo raras as alter-

nati vas que atendam aos interesses dos passageiros e das empresas de transporte aéreo. Um aeródromo em um local afetado dessa forma, embo-ra possua modernos equipamentos de auxílio à navegação (caso de Cam-po Grande, Cuiabá, Porto Velho e Rio Branco) pode fi car sem transporte aéreo de passageiros por longos perí-odos, apesar da conti nuidade de uma eventual e pequena movimentação de aeronaves.

Isto ocorre porque, mesmo em condições abaixo dos mínimos de vi-sibilidade, os aeroportos não fecham. Sendo assim, as aeronaves da “avia-ção geral”, segmento composto pelos táxis aéreos, pelos aviões parti culares e pelos executi vos, entre outros, po-dem, mesmo nestas situações, tentar o pouso executando o procedimento de aproximação por instrumentos para a pista em operação e, manten-do uma alti tude de segurança (especí-fi ca para cada procedimento), tentar avistar a cabeceira e pousar.

CENIPA cria ferramenta para pesquisa sobre risco

aviário no Brasil

Quem quiser consultar dados re-ferentes a colisão entre aviões e

aves em qualquer aeródromo do país, conhecer o número de ocorrências, saber o ti po de aeronave e em que fase do voo o acidente ocorre, dentre outras informações, pode recorrer à internet, graças à nova ferramenta do Centro de Investi gação e Prevenção de Acidentes Aeronáuti cos (CENIPA). Veja em www.cenipa.aer.mil.br.

Desde o começo de junho, as fichas para reporte de qualquer ocorrência envolvendo aves ganha-ram formato novo, para facilitar o preenchimento, e foram inseridas em um banco de dados aprimorado. O objeti vo é tornar as fi chas e os dados acessíveis para esti mular os reportes, que são feitos de forma voluntária. “A esti mati va mundial é que apenas 20% das colisões que ocorrem são reportadas aos órgãos competentes”, afi rmou o Major Aviador Henrique Rubens Balta de Oliveira, Gerente do Programa de Gerenciamento do Risco Aviário, do CENIPA.

Risco Aviário é a denominação para o risco decorrente da uti lização do mesmo espaço aéreo por aero-naves e aves. Exemplo do que uma colisão pode causar é o fato ocorrido em Nova York (EUA), em janeiro de 2009, quando uma aeronave pousou no Rio Hudson, após os motores te-rem aspirado aves.

A ocorrência de queimadas perto de aeroportos pode prejudicar a visibilidade para a aproximação dos pilotos

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ACONTECE NA FAB

PROFISSÃO - Cadetes da Academia da Força Aérea recebem espadimAo todo, 284 militares integram a turma de 1º ano que recebeu, no mês passado, o símbolo do cadete da Aeronáutica

Eles garantem que não esquecerão o dia 8 de julho. O céu azul sem

nuvens de Pirassununga (SP) foi o ce-nário para um momento histórico na vida de 284 cadetes do primeiro ano na Academia da Força Aérea. Além de histórico, literalmente brilhante. Jovens na faixa dos 20 anos de idade receberam o espadim, pequena arma branca símbolo do cadete na Aero-náuti ca. O próprio Comandante da Aeronáuti ca, Tenente-Brigadeiro do Ar Juniti Saito, em discurso, salientou que, durante a formatura, rememo-rou o seu início de carreira.

“Caros guerreiros da turma Cer-berus, voltei ao passado já distante, quando experimentei esse grande sonho”. O Cadete Vinicius Marti ns, primeiro lugar até agora no curso de aviadores, confi rmou a importância do momento. “Eu me sinto honrado de estar aqui. Sei que é só o primei-ro passo, mas estou muito feliz”. No quarto e últi mo ano, os aprovados

serão declarados aspirantes e troca-rão o espadim pela espada de ofi cial.

Vinícius é um dos 208 aviadores da turma. Há também no grupo 51 intendentes e 25 infantes. Ao todo,

o primeiro ano da AFA conta com 30 mulheres. “É a concreti zação de um sonho. Não sei explicar o que estou senti ndo”, disse a Cadete Aviadora Beatriz Oliveira. Compõem ainda a

turma quatro cadetes estrangeiros do Peru, Panamá e Equador. “Ficamos muito sati sfeitos com a formação pos-sibilitada pela Academia”, afi rmou o Coronel Patrício Mora, da Força Aérea Equatoriana.

Ao receber o espadim, os jovens aproveitaram para lembrar dos es-forços de estudo para o concurso da AFA. “Lembro que acordava de madrugada com a cabeça deitada nos livros. Trabalhava como sargento e resolvi estudar para chegar ao meu grande sonho de ser aviador”, recorda Hugo Assuero.

Após o "fora de forma", os ca-detes ainda viram no céu um cora-ção desenhado com fumaça pelo Esquadrão de Demonstração Aérea. Abraçaram-se e entreolharam-se. Em euforia, aplaudiram os céus, os aviões, o espadim e o dia que nunca acabará. Veja vídeo (You Tube): htt p://www.youtube.com/portalfab#p/u/0/qUEeSIECDdA

Cadetes da Academia da Força Aérea do primeiro ano receberam os espadins

Escola de Especialistas de Aeronáutica forma novos sargentos

A Escola de Especialistas de Aero-náuti ca (EEAR) formou 533 novos

sargentos da 16ª turma do Estágio de Adaptação à Graduação de Sargento - Pégasus Prata - e da 232ª turma do Curso de Formação de Sargentos - Verde Jaguar.

A cerimônia aconteceu no fi nal de junho, em Guarati nguetá (SP). A aluna Hellen Rios Antunes Líbano, do Básico em Controle de Tráfego Aéreo, e o aluno Johnny Chaves de Almeida, do Básico em Eletricidade, obti veram as primeiras colocações.

Em meio aos alunos que se for-mam, uma família chama a atenção. Dois irmãos, agora, usam o mesmo uniforme. O mais velho, o Sargento Felipe Luiz Matos de Araujo, coloca a divisa com orgulho no caçula, o agora Sargento Vander Luiz Matos de Araujo.

“No início, a gente não sabe o que nos espera. Para nós, vem uma surpre-

sa atrás da outra no decorrer do curso. No meu caso, só nas últi mas provas eu vi, realmente, que estaria formado em pouco tempo e deixaria a escola. Eu fui soldado da Força Aérea por quatro anos e meio e, pelo meu passado, esta conquista vale muito”, disse o Sargento Vander Araujo, da especialidade Servi-ços Administrati vos.

“Para mim, é a realização de um sonho ver o meu irmão formado na FAB e em direção ao ofi cialato”, afi r-mou o especialista em Material Bélico, Sargento Felipe Araújo, que serve no Primeiro Grupo Aviação de Caça (1º GavCa), no Rio de Janeiro.

O grito de guerra e a despedida marcaram o fi nal da formatura. Os ges-tos foram acompanhados de um até breve, na certeza de que os sargentos recém-formados vão se encontrar pe-las unidades militares da Força Aérea em todo o país.

“Por tudo o que vivemos na esco-la, esta vitória vale muito. Ainda terei mais um ano de curso na minha espe-cialidade, mas tenho certeza de que tudo valeu a pena”, enfati zou o Sar-

gento Fábio Dutra Rodrigues, do curso Básico em Controle de Tráfego Aéreo. Veja vídeo (You Tube): htt p://www.youtube.com/user/portalfab#p/u/0/Fwa7fx6edeA

Formatura dos 533 novos sargentos aconteceu em Guaratinguetá (SP)

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Tenista Gustavo Kuerten visita Programa Forças no Esporte na Base Aérea de Anápolis (GO)

A Base Aérea de Anápolis (BAAN) recebeu a visita do tricampeão

em Roland Garros, Gustavo Kuerten. Considerado um dos maiores tenistas da história moderna da modalidade, Guga veio de Florianópolis para co-nhecer o Programa Forças no Esporte, projeto do Ministério do Esporte rea-lizado em parceria com o Ministério da Defesa, desenvolvido em 77 or-ganizações militares em todo o país.

O programa mantido na Base Aérea de Anápolis há quatro anos atende cerca de 400 alunos carentes da rede pública, com idades entre

Gustavo Kuerten jogou tênis com as crianças do Programa Forças no Esporte da Base Aérea de Anápolis

7 e 15 anos. “É preciso insti gar as crianças a sonharem com um futuro mais interessante”, disse o ex-tenista profi ssional.

Em 2000, Guga criou com a fa-mília o Insti tuto Guga Kuerten, que também desenvolve projetos ligados a esporte e educação. “O esporte é um aprendizado de vida, por meio dele você aprende a ter disciplina, comprometi mento, respeito e orga-nização” explicou.

Ao lado do Comandante da BAAN, Coronel Aviador Alcides Tei-xeira Barbacovi, Guga acompanhou

o treino de meninas e meninos no Clube dos Oficiais. As atividades incluem futebol de salão, voleibol, basquete, karatê, natação, atleti smo e tênis de mesa.

Kuerten jogou tênis com as crian-ças, distribuiu autógrafos e incenti vos durante uma rápida conversa com os alunos. Em retribuição à visita, os pequenos atletas prestaram uma ho-menagem ao tricampeão de Roland Garros pelos 10 anos da conquista do tí tulo. Guga ganhou um bolo com a foto dele segurando o troféu do tí tulo histórico.

OUTRAS NOTÍCIAS

Esquadrão Poti completa 38 anos de serviços - O Segundo Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação comemorou (15/07) o seu 38º aniversário. Em 2009, a unidade recebeu as primeiras unida-des do helicóptero AH-2 Sabre.

Especialistas veteranos reúnem-se em Guarati nguetá – A Escola de Especia-listas de Aeronáuti ca sediou (1º/07), o X Encontro Nacional de Veteranos Especialistas - “De Volta ao Berço”.

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MISSÃO DE PAZ

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Segundo contingente de militares de Infantaria da Força Aérea segue para missão da ONU no Haiti

Instruções militares, aulas de creole, francês e inglês, e preparação física intensa fizeram parte da rotina dos 27 militares do Batalhão de Infantaria da Aeronáutica Especial de Manaus; pelotão atuará em Porto Príncipe

A preparação começou no ano pas-sado. Há sete meses, 27 militares

de Infantaria da Força Aérea Brasileira (FAB) treinam para integrar o 15º Conti ngente Brasileiro na Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (MINUSTAH). É o segundo pelo-tão enviado para uma missão desse ti po no exterior. O primeiro parti u no início do ano.

O grupo embarca para Porto Príncipe para substi tuir os militares do Batalhão de Infantaria da Aeronáu-ti ca Especial de Recife (BINFAE-RF), primeiro pelotão da Força Aérea a integrar uma Força de Paz da Organi-zação das Nações Unidas (ONU).

“Nosso pessoal está muito mo-ti vado. Vamos conhecer outro povo, outra cultura e trazer grandes expe-riências”, afi rma o comandante do pelotão do Batalhão de Infantaria de Especial de Manaus (BINFAE-MN), Primeiro Tenente Infante Renam An-tunes. Segundo ele, um dos pontos fortes do grupo é o fato de já terem participado de missões de ajuda humanitária na região Amazônica, no apoio às víti mas de enchentes no Nordeste (2009) e do terremoto no Chile (2010).

Em Porto Príncipe, o Pelotão será responsável pela manutenção da es-tabilidade e da segurança da área de Delmas, que é onde estão localizados

64 acampamentos que abrigam a população que foi deslocada após o terremoto. Na região, também está incluída a área do Aeroporto. Entre as atribuições do grupo, estão missões de guarda, segurança, escolta, auxílio a organizações não governamentais e apoio a ações da ONU. “O que eles aprenderem com o Exército e nessa missão real, vão trazer para o BINFAE. É uma oportunidade para implantar doutrinas e hábitos que contribuam para a melhoria do Batalhão”, ressalta o Tenente Coronel de Infantaria Jorge André Carneiro da Cunha, comandan-te do BINFAE-MN.

De um efetivo de aproximada-mente 800 militares, foram pré-

Chegada do primeiro contingente de Infantaria da Força Aérea ao Haiti, no primeiro semestre

selecionados 35. Entre os requisitos observados estava a conduta discipli-nar. Os militares também passaram por exames médicos e psicológicos, além de testes de aptidão física. Após o treinamento e a avaliação do desempenho, realizado no 1º Bata-lhão de Infantaria de Selva (1º BIS) do Exército Brasileiro, em Manaus (AM), 27 homens foram indicados para a missão.

Preparação - A preparação do grupo foi iniciada em 29 de novembro de 2010. Na primeira etapa, foi rea-lizado um nivelamento doutrinário e de uso de armamento com o apoio do Exército. Em fevereiro deste ano, foi promovido um estágio para os ofi ciais

“É uma oportuni-dade para implantar doutrinas e hábitos que contribuam para a me-lhoria do Batalhão.”

da FAB e do Exército, que assumirão o comando dos pelotões. Nele foram abordadas as doutrinas da ONU e regras de engajamentos para missões de paz. Atualmente, o grupo está em Manaus (AM), onde passa por instru-ções no 1º Batalhão de Infantaria de Selva do Exército.

Em maio, o grupo parti cipou de uma ação cívico social real no mu-nicípio de Presidente Figueiredo. Na ocasião, colocaram em práti ca os co-nhecimentos que receberam durante as instruções. Na missão, os militares passaram por ações semelhantes àquelas que desenvolverão no Haiti , como organizar a população e promo-ver a distribuição de donati vos.

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NA RESERVA, MAS NA ATIVA - Major Especialista Nazareno Alves

Florianópolis - Mesmo fora do quartel, major “respira Força Aérea”

Ele faz 24 horas do dia parecerem muito mais. Entre as ati vidades de

uma pequena empresa da família e a atuação na Associação dos Militares da Reserva da Aeronáuti ca de Santa Catarina (AMRAER-SC), da qual é presidente, o Major Especialista em Armamento Reformado Nazareno Alves, 74 anos, é um dos abnegados que contribuem diretamente para a Força Aérea Brasileira. O militar fundou a associação em 1985. A enti dade promove, ao longo do ano, vários eventos de apoio à Base Aérea de Florianópolis (BAFL). “Os nossos objeti vos são prestar apoio à unida-de, além de mobilizar os militares da reserva em Santa Catarina”, explica.

Muito querido e conhecido na Es-cola de Especialistas de Aeronáuti ca (EEAR), onde ingressou em 1954, o Major Nazareno sinteti za o espírito do militar atuante demonstrando que os laços estabelecidos com a insti tuição perduraram mesmo após sua saída da ati va, em 1982. Com o auxílio de companheiros da associação, o Major Nazareno está conseguindo não só apoiar a BAFL em vários eventos e projetos, mas também proporcionar momentos de alegria para as crianças de comunidades carentes em Santa Catarina. À frente do planejamento e consecução dos cerca de 10 eventos anuais promovidos, explica, são ar-

recadados donati vos não perecíveis. “Todo material arrecadado é en-

caminhado por meio da paróquia da BAFL às pessoas carentes residentes nas proximidades da Organização Militar”, explica. “Na Páscoa passada, por exemplo, a AMRAER, juntamente com a BAFL, distribuiu cerca de 38 mil bombons às crianças carentes da comunidade da Tapera, localizada ao Sul da ilha de Florianópolis.”

A rotina do Major Nazareno é bastante atribulada. Às 5h30 da manhã já está de pé se preparando para ajudar a esposa na fábrica de congelados. Por volta das 14 horas está na associação, onde permanece até as 17 horas. A proati vidade é uma das marcas registradas do ofi cial. Para ter uma ideia, além da AMRAER, o militar aposentado também foi fun-dador da Associação dos Amigos do 63º Batalhão de Infantaria do Exército e do Círculo Militar de Florianópolis.

Com fôlego de sobra, também acompanha de perto o projeto “En-sinando a Criar um Futuro”, desen-volvido em parceria com a Secretaria Estadual de Cultura Esporte e Lazer de Santa Catarina e a BAFL e que atende 500 crianças. O projeto, desenvolvido durante o ano leti vo na base, tem como ati vidades a práti ca de futebol, karatê, voleibol, judô, dança, capoeira e basquete. As metas são integrar

essas crianças a sociedade, aumentar o grau de relacionamento e o contato entre seus parti cipantes e incenti var crianças e adolescentes a práti ca es-porti va e a educação.

“Outra ati vidade que apoiamos é o ‘Concerto Semana da Asa’, reali-zado pela Banda de Música da BAFL. O principal objetivo do evento é buscar a integração com a sociedade catarinense por meio da música”,

afirma. “É uma satisfação muito grande poder realizar essas ações. É uma forma de retribuir um pouco o que a Força Aérea me proporcionou em termos de aprendizado e de crescimento. Se cada um fi zer um pouquinho, acredito que o mundo vai se tornar melhor”, complementa o Major Nazareno Alves. (Envie sugestão de entrevistados para: [email protected])

O Major Especialista em Armamento Nazareno Alves, em Florianópolis

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SAÚDE

Participe da campanha da Força Aérea para doação de medula óssea

Tiago Santos tinha pouco mais de dois anos de idade quando

passou a ter febres altas e diárias. Os pais perceberam também que o garoto passou a ter mudanças bruscas de humor. Após exames, o resultado foi difícil de aceitar: o menino é vítima de leucemia. “A solução para ele é o transplante de medula óssea. Confiamos muito que ele seja salvo”, disse o pai de Tiago, Wanderson Barbosa Santos, que é militar da Força Aérea Brasileira (FAB). Diante de casos como o do menino, hoje com quatro anos, a FAB resolveu lançar uma campanha chamando a atenção para a impor-tância da doação.

A campanha incluirá ações para mobilizar efetivos da Força Aérea em todo o Brasil. O objetivo é, principalmente, ampliar a par-ticipação dos militares em ações cívico-sociais, além da realização de

O garoto Tiago Santos espera na fi la por um doador compatível de medula óssea

ACONTECE NA SAÚDEHospital de São Paulo – O

HASP recebeu (3/06) o Prêmio Nacional de Gestão em Saúde, em solenidade realizada na Associação Paulista de Medicina. A premiação é uma iniciativa do Programa Com-promisso com a Qualidade Hospita-lar (CQH) e tem como missão con-tribuir para o aprimoramento das práticas de gestão nas organizações de saúde, por meio da avaliação e reconhecimento das melhores prá-ticas no setor. Fundamenta-se nos critérios de excelência do Prêmio Nacional da Qualidade.

palestras em organizações militares, para contribuir com o aumento do Redome, o banco de dados que referencia a compatibilidade entre os potenciais doadores cadastrados e pacientes em espera.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o doador precisa ter entre 18 e 55 anos de idade. Para se cadastrar, o interessado deve procu-rar o hemocentro mais próximo de sua casa, onde será agendada uma entrevista para esclarecer dúvidas a respeito das doações. Em seguida, é feita a coleta de uma amostra de sangue (5 ml) para a tipagem de HLA (características genéticas importan-tes para a seleção de um doador). A partir disso, o sistema é capacitado para fazer essa primeira checagem de compatibilidade. Gesto simples com uma pequena quantidade de sangue que pode fazer a diferença na vida de crianças como Tiago.

Saiba mais: htt p://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=64Perguntas e respostas sobre transplante de medula óssea htt p://www1.inca.gov.br/conteudo_view.asp?ID=125

Hospital de Canoas – O HACO recebeu (18/07) a visita do Coman-dante da Aeronáutica, Tenente Brigadeiro do Ar Juniti Saito, que foi conhecer as obras de ampliação da Unidade de Internação e do Centro Cirúrgico da Organização de Saúde. O término das obras está previsto para o mês de dezembro. Após inauguradas, proporcionarão a ampliação, em torno de 50%, da ca-pacidade de internação e cirurgias aos usuários do Sistema de Saúde da Aeronáutica atendidos na região Sul do país.

Hospital dos Afonsos – O HAAF inaugurou (15/07) novas ins-talações do setor de emergência, no Rio de Janeiro. A unidade moderni-zou as instalações e equipamentos,

cumprindo todas as normas para adaptação operacional, atendendo às diversas disposições técnicas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

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