Notaer 06 - Junho de 2013

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2S JOHNSON / CECOMSAER www.fab.mil.br Ano XXXVI Nº 6 Junho, 2013 ISSN 1518-8558 ÁGATA 7 - Forças Armadas fiscalizam 16 mil km de fronteira em ação inédita no país Saiba como participar das equipes da CDA Saúde: fique atento às dores na face Cavalos ajudam no trata- mento de crianças (Pág 14) Sargento cria sistema de busca em boletins (Pág 11) C-95 modernizado atuali- za a instrução (Pág 7) Conheça os detalhes do seu contracheque (Pág 5) A Comissão de Desportos da Aeronáuca (CDA) oferece a oportu- nidade para militares se dedicarem à práca esporva e representarem a FAB em compeções no Brasil e no exterior. Veja as modalidades espor- vas com equipes formadas ou em formação. (Pág. 13) A Força Aérea, o Exército e a Ma- rinha realizaram no final de maio a Ágata 7, maior operação do governo brasileiro no combate a crimes de fronteira. A ação, coordenada pelo Ministério da Defesa, fiscalizou mais de 16 mil km na divisa do Brasil com dez vizinhos sul-americanos. Foram empregados cerca de 35 mil milita- res e civis. (Págs. 8 e 9) As dores faciais podem ter várias origens, como músculos, ossos, ner- vos, vasos sanguíneos e até tumores. Conheça a disfunção têmporo-mandi- bular (DTM), a causa mais comum de dores nas arculações da mandíbula e nos músculos masgatórios. Veja os sintomas e como se tratar. (Pág. 15)

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ÁGATA 7 - Forças Armadas fiscalizam 16 mil km de fronteira em ação inédita no país

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www.fab.mil.br Ano XXXVI Nº 6 Junho, 2013 ISSN 1518-8558

ÁGATA 7 - Forças Armadas fiscalizam 16 mil km de fronteira em ação inédita no país

Saiba como participar das equipes da CDA

Saúde: fique atento às dores na face

Cavalos ajudam no trata-mento de crianças (Pág 14)

Sargento cria sistema de busca em boletins (Pág 11)

C-95 modernizado atuali-za a instrução (Pág 7)

Conheça os detalhes do seu contracheque (Pág 5)

A Comissão de Desportos da Aeronáuti ca (CDA) oferece a oportu-nidade para militares se dedicarem à práti ca esporti va e representarem a FAB em competi ções no Brasil e no exterior. Veja as modalidades espor-ti vas com equipes formadas ou em formação. (Pág. 13)

A Força Aérea, o Exército e a Ma-rinha realizaram no fi nal de maio a Ágata 7, maior operação do governo brasileiro no combate a crimes de fronteira. A ação, coordenada pelo Ministério da Defesa, fi scalizou mais de 16 mil km na divisa do Brasil com dez vizinhos sul-americanos. Foram empregados cerca de 35 mil milita-res e civis. (Págs. 8 e 9)

As dores faciais podem ter várias origens, como músculos, ossos, ner-vos, vasos sanguíneos e até tumores. Conheça a disfunção têmporo-mandi-bular (DTM), a causa mais comum de dores nas arti culações da mandíbula e nos músculos masti gatórios. Veja os sintomas e como se tratar. (Pág. 15)

Conheça os detalhes do seu contracheque (Pág 5)

C-95 modernizado atuali-za a instrução (Pág 7)

Sargento cria sistema de busca em boletins (Pág

Cavalos ajudam no trata-mento de crianças (Pág 14)

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2 Junho - 2013

ExpedienteCARTA AO LEITOR

PENSANDO EM INTELIGÊNCIA

Impressão e Acabamento:

Log & Print Gráfi ca e Logísti ca S.A

O jornal NOTAER é uma publicação mensal do Centro de Comunicação Social da Aero-náuti ca (CECOMSAER), voltado ao público interno.

Chefe do CECOMSAER: Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno

Chefe da Divisão de Comunicação Integrada: Coronel Aviador Henry Munhoz Wender

Chefe da Divisão de Comunicação Corpo-rati va: Coronel Aviador João Carlos Araújo Amaral

Chefe da Subdivisão de Produção e Divulga-ção: Tenente-Coronel Aviador Max Luiz da Silva Barreto

Chefe da Divisão de Apoio à Comunicação: Tenente-Coronel de Infantaria Vandeilson de Oliveira

Chefe da Seção de Divulgação: Capitão Avia-dor Bruno Perrut Gomes Garcez dos Reis

Chefe da Agência Força Aérea: Capitão Avia-dor Igor Corrêa da Rocha

Editor: Tenente JOR Willian Cavalcanti

Repórteres: Ten JOR Márcia Silva, Ten JOR Humberto Leite, Ten JOR Flávio Nishimori, Ten REP Vitor Magno, Ten JOR Willian Ca-valcanti , Ten JOR Jussara Peccini, Ten REP Simone Dantas, Ten REP Huxley Bruno (CLA), Ten JOR Geraldo Bitt encourt (DCTA), Ten JOR Gabrielli Siqueira (DCTA), Ten JOR Sarah Albu-querque (COMGAP), Ten REP Paulo Cerqueira (AFA) e Ten JOR Lorena Molter (VII COMAR).

Colaboradores: CDA, 3º/3º GAV, DECEA, PAME-RJ, 1º/5º GAV, SEFA, OABR, CIAER, CINDACTA I e SISCOMSAE (textos enviados ao CECOMSAER, via Sistema Kataná, por diversas unidades)

Diagramação, Arte e Infográfi cos: Subofi cial Claudio Bomfi m Ramos, Sargento Emerson G. Rocha Linares e Sargento Rafael Lopes

Revisão: Cap Av Igor Corrêa da Rocha

Tiragem: 30.000 exemplares Estão autorizadas transcrições integrais ou parciais das matérias, desde que mencio-nada a fonte.

Comentários e sugestões de pauta sobre aviação militar devem ser enviados para: [email protected] dos Ministérios - Bloco “M” - 7º andar CEP - 70045-900 / Brasília - DF

Guia prático: FCA 200 - 6

Protegendo a nossa fronteiraEste mês, o NOTAER destaca a

sétima e maior edição da Opera-ção Ágata. Desta vez, as três Forças Armadas, sob a coordenação do Ministério da Defesa, realizaram ações de fiscalização em toda faixa de 16.886 km que compõe a fron-teira terrestre do Brasil.

Aeronaves, embarcações, viatu-ras blindadas e cerca de 35 mil mili-tares atuaram no combate a crimes na divisa com nossos dez vizinhos sul-americanos. A FAB usou pela pri-meira vez um sistema de comando e controle centralizado, com o plane-jamento e coordenação das missões no Centro de Operações Aéreas do Teatro, em Brasília. Se por um lado a Ágata emprega equipagens para situações complexas, por outro representa uma oportunidade das Forças levarem saúde e cultura por meio de Ações Cívico-Sociais.

Esta edição traz também uma re-portagem especial sobre o C-95 Ban-deirante modernizado no Esquadrão Rumba. A atualização da aeronave representa um salto tecnológico na

formação dos pilotos de Transporte e Patrulha da Força Aérea.

Conheça ainda o trabalho do Centro de Equoterapia do Grupa-mento de Infraestrutura e Apoio de São José dos Campos (GIA-SJ) que usa cavalos no tratamento de crian-ças com distúrbios neuromusculares.

Na sequência, trazemos uma dica de saúde bucal. Saiba mais sobre as dores faciais e o DTM, distúrbio pouco conhecido e que atinge boa parte da população.

Veja os sintomas e as formas de tratamento.

Por fim, o NOTAER detalha para você como funciona o nosso contra-cheque. Entenda o que significa as siglas de cada campo do seu com-provante de pagamento.

Boa leitura!

Brig Ar Marcelo Kanitz DamascenoChefe do CECOMSAER

Em 13 de março de 2013 foi apro-vado o Folheto (FCA 200-6/2013) que dispõe sobre a práti ca das medidas do Decreto de Tratamento das Infor-mações Classifi cadas no Comando da Aeronáuti ca, publicado no BCA nº 060, de 28 de março de 2013.

O Centro de Inteligência da Aero-náuti ca recomenda a todo o Público Interno do Comando da Aeronáuti ca que tome conhecimento do conteúdo da publicação que está alinhada à Lei 12.527, de 18 de novembro de 2011 – Lei de Acesso à Informação, regula-mentada pelo Decreto nº 7.724, de 16 de maio de 2012, e pelo Decreto nº 7.845, de 14 de novembro de 2012.

Com a edição deste documento,

pretende-se padronizar a execução das medidas adequadas ao trato de informações classifi cadas. Sabe--se da ampla variedade de áreas, instalações e ati vidades que há no Comando da Aeronáuti ca, além da grande gama de situações e ati vida-des executadas. Busca-se, dentro da viabilidade, que tais medidas sejam igualmente implementadas respei-tando-se, porém, as parti cularidades e limitações de cada organização.

Por oportuno, cabe informar que o FCA 200-6/2013 está disponível para download no site do CENDOC: www.cendoc.intraer.

Centro de Inteligênciada Aeronáuti ca - CIAER

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2S JOHNSON / CECOMSAER

TEN ENILTON / CECOMSAER

2S JOHNSON / CECOMSAER3S SIMO

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3Junho - 2013

PALAVRAS DO COMANDANTE

Históricas, modernas e essenciais Aviações da Força Aérea

Tenente-Brigadeiro do Ar Juniti SaitoComandante da Aeronáuti ca

O mês de junho é marcado pelo aniversário de algumas das

nossas mais queridas aviações: Trans-porte, Reconhecimento e Busca e Salvamento. Além delas, comemora-mos também o aniversário do Correio Aéreo Nacional (CAN) e da exti nta Aviação de Ligação e Observação.

A Aviação de Transporte da Força Aérea Brasileira (FAB) está direta-mente ligada ao nosso Correio Aéreo Nacional. Com 81 anos de serviços prestados à população, o CAN carrega um legado de muitas conquistas e o Brasil conheceu seus mais longínquos recantos. Pelas asas da FAB, o CAN foi um desbravador na integração nacio-nal, levando saúde, educação e cida-dania aos brasileiros mais isolados.

Continuando essa história de pioneirismo, hoje voamos em aero-naves modernas e rápidas e os nossos Esquadrões de Transporte não se can-sam de realizar missões de inclusão social, levando solidariedade e ajuda humanitária a todos os cantos do país. No campo operacional, nossas aeronaves cumprem cada vez melhor

as missões de transporte de tropa, o suporte logísti co, o reabastecimento em voo, o atendimento às missões de busca e salvamento e aos impor-tantes compromissos internacionais.

Outra aviação que amadureceu ao longo dos anos foi a de Reconhe-cimento Aos 65 anos, a nossa Aviação de Reconhecimento já está madura. Após voar o Xavante e Bandeirante, o Reconhecimento ajudou a escrever parte da história do Brasil, por meio da realização de levantamentos fo-tográfi cos de parcela signifi cati va do nosso território.

Hoje voamos o RA-1, o R-35 LearJet e o R-99 equipados com má-quinas fotográfi cas digitais, sensores eletrônicos e radares avançados, que possibilitaram um enorme salto dou-trinário. Os modernos equipamentos aumentaram a capacidade opera-cional da FAB, que vem realizando vitoriosas missões em parceria com a nossa Aviação de Busca e Salvamento, outra aniversariante neste mês.

A Aviação de Busca e Salvamen-to é uma das mais representati vas da nossa Força Aérea. Capitaneada principalmente pelo Esquadrão Ae-roterrestre de Salvamento e o nosso querido Esquadrão Pelicano, a Avia-ção de Busca e Salvamento se mostra presente no momento em que se mais precisa. Ao longo de 55 anos de história, são mais de mil vidas salvas no Brasil e exterior.

A Aviação de Busca e Salvamento da FAB também cumpre missões fora do país, em terremotos ou enchen-tes que assolam os nossos vizinhos. A abnegação de seus representantes, que se dedicam fi elmente ao cum-primento da missão, é um exemplo para todos os militares que vestem a farda azul aeronáuti ca.

As aeronaves C-130 Hércules, de Transporte, R-35 Learjet, de

Reconhecimento, e o helicóptero H-1H de busca e salvamento.

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ACONTECE NA FAB

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TEN VIEIRA / 3º/3º GAV

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4 Junho - 2013

MÍDIAS SOCIAIS

Você conhece o Flickr? O Flickr é uma rede social que hospe-

da, organiza e comparti lha fotos e vídeos. São mais de sete bilhões de imagens publicadas desde o lança-mento em 2004.

O site organiza as fotos por meio de etiquetas (tags), facilitando a busca. Permite também agrupar as fotos em álbuns, que podem ser reagrupados em coleções.

A FAB já tem mais de 7.500 fotos postadas no site. “E esse número aumenta a cada dia. O usuário pode visualizar, ampliar e copiar as imagens de aeronaves e eventos da FAB em alta resolução”, afirma o Tenente Enilton Kirckhoff , chefe da Subseção de Fotografi a do Centro de

Comunicação Social da Aeronáuti ca (CECOMSAER).

Na página da FAB o usuário en-contra coleções divididas em gran-des temas, como aeronaves, opera-ções, Esquadrilha da Fumaça, datas comemorati vas etc. Essas coleções são subdividas em álbuns, em que é possível encontrar todos os ti pos de aviações e as respecti vas aeronaves, por exemplo.

“O Flickr é uma ferramenta leve, de fácil manuseio. É um meio de divulgar o trabalho de toda a Força Aérea Brasileira”, completa o Tenente Enilton.

Além de ver e copiar as fotos, o internauta também pode comparti lhá-las pelo Facebook, Twitt er ou e-mail.

Super Tucano emprega quatro bombas simultaneamente

A aeronave de caça A-29 Super Tucano realizou em maio o teste balístico do emprego simultâneo de quatro bombas BAFG-230, no Campo de Provas Brigadeiro Velloso. Foi a primeira vez que o caça de ataque leve empregou essa confi guração. O exercício reuniu os Esquadrões Escorpião (1°/3° GAV), Grifo (2°/3°GAV) e Flecha (3°/3° GAV). Os resultados da missão serão agora aplicados em planejamen-tos operacionais da FAB.

Veja fotos da FAB no Flickr

Esquadrão Pacau realiza operação conti nuada com caça F-5

O Esquadrão Pacau (1°/4° GAV) realizou a Operação Conti nuada com aeronaves F-5M, realizando missões de combate aéreo, reabastecimento em voo e interceptação, a partir do Aeroporto Eduardo Gomes, em Manaus (AM). Com um treinamento intensivo de decolagens diurnas e no-turnas, o exercício visa à qualifi cação operacional de pilotos, mecânicos e controladores do Quarto Centro Integrado de Defesa e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA IV).

O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) parti cipou da 3ª Operação Fiscalização Aviação Geral junto com a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), a Polícia Federal (PF) e a Receita Federal (RF) em São Paulo. Seis aeródromos fo-ram fi scalizados simultaneamente. Coordenada pela Secretaria de Avia-ção Civil (SAC), a operação envolveu cerca de 180 pessoas, sendo 62 do DECEA. Segundo a ANAC, esta foi a maior Operação já realizada, com 3.433 planos de voo fiscalizados, encontrando 26 irregularidades.

DECEA atua na Operação Fiscaliza-ção Aviação Geral em São Paulo

Recordes marcam olimpíadas da Academia da Força Aérea

As Olimpíadas Internas da Aca-demia da Força Aérea (INTERAFA) deste ano foram marcadas pela quebra de 15 recordes. A com-petição incluiu modalidades de futebol, basquete, vôlei, natação, atleti smo, judô, pentatlo militar, ti ro, polo-aquáti co, triatlo, orien-tação e esgrima. A equipe do 3º ano, Esquadrão Cerberus, venceu a competi ção. A cadete Mayara, do 4º ano, conquistou o destaque dos jogos com cinco quebras de recordes e 21 medalhas. A INTE-RAFA tem como objeti vo despertar o espírito de competi ção saudável entre os cadetes e desenvolver qualidades fí sicas e desporti vas.

Acesse: www.fl ickr.com/portalfab

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ARTE: 2S LIN

ARES / C

ECO

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5Junho - 2013

FIQUE POR DENTRO

Conheça seu contracheque

A Secretaria de Economia e Fi-nanças da Aeronáutica (SEFA)

criou o prêmio “Destaque Execução Contábil” com o objeti vo de manter a qualidade das contas do Comando da Aeronáuti ca e disti nguir as Unidades com melhor desempenho. O prêmio

será anual e tomará como base as avaliações mensais, que serão divul-gadas no site da SEFA.

O ranking mensal será defi nido em função da aderência às instru-ções da SEFA e às normas de conta-bilidade aplicadas ao setor público.

Concorrerão ao prêmio as Unidades Gestoras que realizam atividades relati vas ao orçamento, às fi nanças e ao patrimônio no SIAFI.

“Nós queremos estimular os gestores a buscar, sempre, a máxima qualidade nas suas contas. Quere-

mos alcançar o nível de excelência nas informações contábeis, o que é fundamental para o gerenciamento e a tomada de decisão”, afirma o Tenente-Brigadeiro do Ar Antonio Franciscangelis Neto, Secretário de Economia e Finanças da Aeronáuti ca.

SEFA cria prêmio “Destaque Execução Contábil”

Entenda as informações que estão em cada campo do seu comprovante de pagamento.

Mais informações: www.sdpp.intraer

FINANÇAS

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1S REZEN

DE / C

ECO

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CLA

6 Junho - 2013

A Prefeitura de Aeronáuti ca do Ga-leão (PAGL) montou uma estru-

tura especial na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, para realizar uma Ação Cívico-Social (Aciso) voltada aos moradores da Vila Joaniza, co-munidade carente vizinha à unidade. A ação contou com a parti cipação de órgãos do poder público e enti dades sociais que ofereceram diversos ser-viços à comunidade.

“Essa ação incenti va o povo a resolver seus problemas. As pessoas também podem cuidar da saúde e da aparência. Chega a ser um incenti vo para a autoesti ma”, conta o ator Ale-xandre Ledêro, que cortou o cabelo e fez a barba na barraca que também oferecia maquiagem profi ssional.

Além de cuidar da aparência, os presentes puderam ti rar a segunda via de documentos e ter assistência jurídica. “Aqui fi camos mais perto das pessoas, que não precisam mar-car hora. Esse ti po de ação facilita o

Prefeitura de Aeronáutica do Galeão realiza Ação Cívico-Social no Rio de Janeiro

acesso à Justi ça”, afi rma a defensora pública Roberta Fraenkel.

Moradora da Vi la Joaniza, Shayenni Ferreira Leite levou os dois fi lhos e ti rou a segunda via da carteira de identi dade, serviço mais procurado pelos visitantes. “Muitas pessoas não têm condições de pagar por um documento. Às vezes, não têm tempo. Como é no fi nal de se-mana, facilita para as pessoas, ainda mais porque é perto de casa”, disse.

Presente na vida dos brasileirosA Aciso ofereceu aulas de ginás-

ti ca, verifi cação de pressão e glicose, palestras de orientação médica e prevenção do uso de drogas, de-monstração de primeiros socorros e orientações sobre acidentes do-mésticos. As crianças brincaram no playground e ti verem aulas de ordem unidade ao som da Banda da Base Aérea do Galeão.

Para o Coronel Intendente Ale-

CIDADANIA

xandre Menezes Andrade, Prefeito de Aeronáuti ca do Galeão, a Aciso é uma demonstração da presença da FAB na vida dos brasileiros. “Quere-

A ação da Prefeitura do Galeão ofereceu diversos serviços aos moradores da Vila Joaniza

Moradores da comunidade do Peru realizaram consultas e receberam medicamentos

mos nos aproximar ainda mais da comunidade. Temos uma aérea de 1.500.000 m2 e estamos preocupa-dos com os nossos vizinhos”, explica.

O Centro de Lançamento de Alcân-tara (CLA), no Maranhão, realizou

641 atendimentos médicos e odonto-lógicos em ação cívico-social realizada na comunidade do Peru, localizada a 25 quilômetros do CLA. Também foram distribuídos 3140 medicamen-tos e aplicadas vacinas de imunização para os pacientes atendidos. Cerca de 300 pessoas da comunidade foram benefi ciadas. A comunidade do Peru é uma das sete agrovilas construídas pelo Comando da Aeronáuti ca na dé-cada de 80 durante a implantação do centro de lançamentos em Alcântara.

A ação cívico-social contou com a parti cipação de médicos, denti stas, farmacêuti cos e enfermeiros do CLA e de agentes de saúde da Prefeitura de Alcântara. Foram prestados aten-dimentos especializados nas áreas

de pediatria, ginecologia, odonto-logia, preventi vo ao câncer do colo uterino e clínica geral, além de pa-lestras e escovação assisti da, exames

de glicemia e pressão arterial. Uma odontoclínica móvel da Pre-

feitura também foi uti lizada. A equipe de denti stas realizou palestras educa-

CLA realiza mais de 600 atendimentos em ação socialti vas e acompanhou a escovação de crianças e adolescentes. A equipe de farmácia distribui medicamentos e os enfermeiros fi zeram a verifi cação da glicemia capilar, pressão arterial e vacinação do público presente.

Os médicos fizeram consultas pediátricas para aferição do desenvol-vimento das crianças e atendimento clínico geral e medicina preventi va. O atendimento ginecológico trouxe informações às mulheres para preven-ção de doenças sexualmente trans-missíveis com a realização do exame preventi vo ao câncer de colo uterino.

“A expectati va é de que até o fi nal do ano outras agrovilas possam rece-ber atendimento das equipes de saúde do CLA em ações cívico-sociais”, disse o Major Médico Simão Eduardo Gomes, chefe da Subdivisão de Saúde do CLA.

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ILTON

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TEN LEANDRO / ASP LACERDA -1º/5º GAV

7Junho - 2013

OPERACIONAL

O C-95 Bandeirante modernizado proporciona ganho operacional durante a instrução

O caça Super Tucano do 3º/3º GAV realizou interceptações simuladas no exercício

ta Cabra da Peste!!”. O dizer na bolacha do Esquadrão Rumba

conti nua o mesmo, mas a realidade do 1°/5° GAV já não lembra mais o jeito simples do sertão. Responsável pela especialização operacional dos futuros pilotos de transporte, pa-trulha e reconhecimento, a unidade baseada em Fortaleza (CE) conta agora com a versão modernizada do Bandeirante, o C-95M. Pela primeira vez, os Aspirantes não precisam mais aprender a dominar os inúmeros “re-lógios” do bimotor, e ingressaram no mundo digital, com computadores, telas LCD e sistemas modernos de navegação e comunicação.

Com doze horas de voo na nova aeronave, o Aspirante Alcântara diz estar empolgado com o C-95M. “É muito diferente. Quando a gente passa para as telas a sensação é outra”, conta. Depois de passar pelo T-25 e T-27 na Academia da Força Aérea, o Aspirante acredita que a tecnologia ajuda no desafi o do ano de treinamentos no 1°/5° GAV. “O ganho operacional é grande. Não dá para comparar a velocidade com que a gen-te consegue fazer as coisas’, explica.

“Cabra da Peste” entra na era digitalO 1°/5° GAV já conta hoje com

seus seis primeiros C-95 da versão M, modernizados no Parque do Material Aeronáuti co dos Afonsos. Os novos equipamentos eletrônicos trouxeram a cabine da aeronave projetada nos anos 60 para o padrão do século XXI. O resultado é uma evolução nas missões operacionais e também nas de treinamento. “O piloto vai sair melhor formado, mais completo e com uma visão de utilização da máquina aérea inserida no contexto mundial atual”, resume o Tenente-Coronel Cláudio David, Comandante do Esquadrão Rumba.

Os sistemas eletrônicos são mais fáceis de operar, o que torna a ins-trução dos Aspirantes mais voltada para outros aspectos das missões. “Eles assimilam melhor e acabam fi cando mais à vontade naquilo que eles mais precisam evoluir, que é a pi-lotagem, a parte psicomotora”, afi rma o Tenente-Coronel David.

Depois de um ano de curso no Esquadrão, que inclui estudos teóricos e mais de 80 horas de voo, os avia-dores estarão aptos a seguirem para unidades equipadas com aeronaves

O exercício binacional PARBRA III reuniu em Campo Grande (MS)

e Pedro Juan Caballero e Concep-cion, no Paraguai, cerca de trezentos militares e vinte aeronaves da Força Aérea Brasileira e Força Aérea Para-guaia (FAP) para simular intercepta-ções e transferência de informações entre controladores de defesa aérea.

Além de estreitar os laços com a Força Aérea Paraguaia, o exercício realizado pela FAB teve o objeti vo de desenvolver canais de comunicação para que o tráfego identi fi cado em um país tenha sequência após a passagem pela fronteira com outro. A FAB promove exercícios com na-ções vizinhas para fi rmar Normas Bilaterais de Defesa Aérea e ter uma ligação permanente entre os órgãos

de supervisão aérea desses países. Na terceira edição do exercício,

a Força Aérea Paraguaia (FAP) empregou pela primeira vez em missões de defesa aérea os dois radares táticos EL/M 2106 NG, adquir idos recentemente. De

acordo com o Major-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior, Comandante do COMDABRA e Diretor do Exercício por parte da FAB, todo o sistema de defesa aeroespacial brasi leiro esteve envolvido nas operações com a

Exercício com Força Aérea Paraguaia treina combate a voos ilícitos

modernas, como o C-105 Amazonas e C-98B Caravan ou o próprio C-95M. E, no futuro, são eles que vão estar nas cabines dos P-3AM, E-99M e do KC-390, jato de transporte que vai substi tuir o C-130 a parti r de 2016.

O primeiro Bandeirante moder-nizado voou em dezembro de 2010

e um ano depois as unidades aéreas começaram a receber as aeronaves. Hoje, 12 C-95M já voam nos 3°, 4° e 5° Esquadrões de Transporte Aéreo (ETA), além do 1°/5° GAV. Ao todo, 54 Bandeirantes devem ser moderni-zados, incluindo a versão de patrulha maríti ma, o P-95 Bandeirulha.

FAP. “Os objetivos do exercício foram completamente ati ngidos e os procedimentos estabelecidos na PARBRA farão a região ainda mais segura”, disse. Ao todo, a FAP e a FAB voaram, aproximadamente, cento e trinta horas em missões de defesa aérea, transporte aéreo logísti co e controle e alarme em voo.

A Base Aérea de Campo Grande (BACG) prestou apoio e concentrou as operações do exercício no Brasil. Os Esquadrões 1°/15° GAV (Esqua-drão Onça), 2°/6° GAV (Esquadrão Guardião), 2°/10° GAV (Esquadrão Pelicano), e 3°/3° GAV (Esquadrão Flecha), atuaram diretamente com emprego das aeronaves C-98 Cara-van, E-99, SC-105 Amazonas e A-29 Super Tucano, respecti vamente.

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8 Junho - 2013

ÁGATA 7

As Forças Armadas realizaram entre o fi nal de maio e início de

junho a maior operação do governo brasileiro no combate a crimes da fronteira: a Ágata 7. Cerca 33.500 militares e 1.090 agentes de órgãos públicos e ministérios foram empre-gados na fi scalização de toda exten-são da fronteira brasileira com dez países sul-americanos, cobrindo do Oiapoque (AP) e Chuí (RS).

Na fronteira Sul, de Guaíra (PR) ao Chuí (RS), um dos trunfos da operação foi o uso simultâneo de Vants (veículos aéreos não tripula-dos) da Força Aérea Brasileira (FAB) e da Polícia Federal, que permiti ram mapear áreas e uti lizar os dados para reprimir crimes.

“Essas ações têm conseguido reduzir os crimes transfronteiriços e, por isso, serão constantes”, ava-liou o vice-presidente da República Michel Temer.

Em função da Copa das Confede-rações, o Ministério da Defesa optou por uma mobilização que envolvesse todos os 16.886 quilômetros de fronteira. Nas edições anteriores, as ações ocorreram em trechos es-pecífi cos da divisa com os vizinhos sul-americanos. Antes da operação ser defl agrada, o governo manteve contato com os países vizinhos para o repasse de informações sobre o emprego do aparato militar.

ResultadosEm menos de dois anos, o Ministé-

rio da Defesa já realizou sete edições da Operação Ágata na faixa de fronteira, situada a 150 quilômetros a parti r da divisa. Esse território compreende 27% do território nacional, onde estão 710 municípios. “Estamos trabalhando de forma efeti va para mostrar que a nossa fronteira não é terra de ninguém. E isso se refl ete de maneira positi va para a população”, disse o ministro da Defesa, Celso Amorim.

Em um balanço parcial, uma ação com parti cipação de fi scais do Ibama, da Funai e da Polícia Federal, no Vale do Javari (AM), já resultava na apreensão de 200 metros cúbicos de madeira e 200 litros de gasolina con-trabandeada. Ainda na região Norte, o comando da Ágata 7 detectou uma área de garimpo na reserva Ianomami. Cerca de 80 toneladas de pescado havia sido apreendida.

Na região Sul, a operação havia apreendido 230 quilos de maconha e oito pistolas, além de combustí vel e as armas nas proximidades de São Miguel do Iguaçu (PR).

InterceptaçãoDurante a operação, um helicóp-

tero da Força Aérea Brasileira (FAB) interceptou um avião de pequeno porte não identi fi cado pelos radares a cerca de 200 km de Porto Velho (RN). O helicóptero de ataque AH-2 Sabre do

Esquadrão Poti (2º/8º GAV) decolou em menos de 10 minutos e realizou o acompanhamento da aeronave.

“Fizemos um reconhecimento à distância e a foto-fi lmagem para ave-riguação de dados. As informações foram repassadas para o controle de defesa aérea. O policiamento aéreo é uma das missões do Sabre”, explicou o piloto do helicóptero.

Durante a mobilização, militares fiscalizaram os principais crimes da fronteira, como narcotráfi co, contra-bando e descaminho, tráfi co de armas e munições, crimes ambientais, con-trabando de veículos, imigração ilegal, garimpo e problemas indígenas.

Mobilização geralA Ágata integra o Plano Estratégico

de Fronteiras (PEF), criado por decreto da presidenta Dilma Rousseff , em ju-nho de 2011. A operação é realizada sob a coordenação do Ministério da Defesa e o comando do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA). A execução cabe à Marinha, ao Exército e à FAB e conta com a parti cipação de 12 ministérios e 20 agências governa-mentais, além de insti tuições dos 11 estados da região de fronteira.

Os agentes governamentais, como as Polícias Federal e Rodoviária Federal, Receita Federal, bem como Anatel, Aneel, ANP, DNPM, ICMBio, Funai e Ibama, atuam em conjunto em suas respecti vas áreas.

Forças Armadas atuam em 16,8 mil km de fronteira

A Operação Ágata 7 mo-bilizou 33.500 militares da Marinha, Exército e Força Aérea, além de diversos agentes públi-cos, na fi scalização de 16.886 km da fronteira do Brasil com dez países sul-americanos.

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9Junho - 2013

FAB usa novo sistema de comando e controle para gerenciar operações aéreas

A FAB usou um novo sistema de comando e controle

durante Ágata 7, com o pla-nejamento e coor-

denação das m i s s õ e s centrali-

z a d o

no Centro de Operações Aéreas do Teatro (COAT), erguido ao lado do Comando-Geral de Operações Aéreas (COMGAR), em Brasília (DF). Pelo me-nos 130 militares trabalharam 24 horas no COAT para gerenciar as missões de cerca de 70 aeronaves espalhados por todo país. No ano passado, o modelo foi testado em exercícios operacionais

e é a primeira vez que o modelo é usado numa operação real.

A estrutura tam-bém será ut i -l i zada para o gerenciamento das operações

aéreas militares em eventos como

Copa das Confedera-ções, Jornada Mundial da

Militares das Forças Armadas real izaram atendimentos

médicos e odontológicos em Ações

Cívico-Sociais (Aciso) de norte a sul do país, ao longo de toda faixa de fronteira durante a Operação Ágata. Municípios

Forças Armadas realizam atendimento médico em toda região de fronteira

Juventude e Copa do Mundo. “A FAB mudou o seu conceito de

controle das operações. Em virtude da grande área coberta pela Operação, buscamos oti mizar o uso dos nossos meios. Queremos usar a nossa capa-cidade em sua plenitude, apoiando todas as áreas”, explica o diretor do

no meio da floresta amazônica, como São Gabriel da Cachoeira, a 851 km de Manaus (AM), ou Santana da Boa Vista (RS), no centro-sul gaúcho, receberam profi ssionais de saúde que levaram atendimento gratuito a crianças e adultos.

Em São Gabriel da Cachoeira, médicos e denti stas da FAB fi zeram consultas na comunidade indígena de Itacoati ara, composta por mais de 30 famílias das etnias Baniwa, Wanano e Tucano. “É bom ter aten-dimentos dentro de nossa comuni-dade, pois assim não precisamos nos deslocar até a cidade”, disse o índio chefe da comunidade, Augus-to Joaquim da Silva.

“Demos orientações princi-palmente sobre as doenças que podem ser evitadas”, disse a Te-nente Médica Carolliny Medina. Para os atendimentos, a equipe

da FAB levou kits odontológicos e medicamentos como anti bióti cos, anti -infl amatórios, anti parasitários e anti alérgicos.

Em Santana da Boa Vista (RS), Silene Freitas dos Santos, de 40 anos, foi à cidade a procura de um clínico geral. “Soube pela minha fi -lha, porque avisaram no colégio. Fa-zia cinco meses que esperava pra ir ao médico”, contou a paciente que saiu da consulta com uma receita e foi encaminhada para a farmácia na própria Aciso.

Além dos clínicos gerais, a popu-lação teve acesso a especialidades como a oft almologista – a mais pro-curada porque não há nenhum pro-fi ssional na região. Também foram prestados serviços de assistência social, com a confecção de cartões do Sistema Único de Saúde (SUS), documentos e doação de agasalhos.

COAT, Brigadeiro do Ar Mário Luís da Silva Jordão. Países como Canadá e Estados Unidos já usam métodos semelhantes para gerenciamento de operações aéreas. Exemplos disso são os Jogos Olímpicos de Inverno, reali-zados em Vancouver, e o Super Bowl, jogo fi nal da liga de futebol americano.

Forças Armadas realizaram atendimentos médicos em regiões carentes da fronteira

Uma estrutura foi montada no COMGAR, em Brasília, para coordenar todas as missões

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ARQ

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: CTLA

10 Junho - 2013

FAB moderniza Sistema de Transporte Logístico

Equipamentos modernos reduzem o tempo de carregamento das aeronaves

LOGÍSTICA

Recebimento e expedição de ma-teriais, armazenagem de cargas

em trânsito, paleti zação, pesagem, carregamento de caminhões e aero-naves. O procedimento denominado “movimentação de carga” é parte do processo que está revolucionando o transporte logísti co da Força Aérea Brasileira (FAB). Mais agilidade e menor custo é o objeti vo da moder-nização do Sistema do Correio Aéreo Nacional (SISCAN).

A fusão entre o Centro do Correio Aéreo Nacional (CECAN) e o Depósito de Aeronáutica do Rio de Janeiro (DARJ), que resultou na criação do Centro de Transporte Logístico da Aeronáuti ca (CTLA), foi fundamental para interligar a movimentação de cargas entre caminhões e aeronaves da FAB. O CTLA tem buscado a ex-celência dos serviços com o uso de instalações mais apropriadas e equi-pamentos e processos padronizados.

Terminais intermodaisNeste cenário, a concepção de

“terminais intermodais” ganha di-mensão com as operações de intra-logística, que são as separações e consolidações de cargas. “A efi cácia do transporte intermodal depende de operações rápidas em que as cargas apenas passam pelos terminais, sem a necessidade de serem armazena-

das. Isso reduz custos e aumenta a segurança e o controle”, explica o Major Intendente Lauri da Silva, chefe da Subdivisão de Suporte ao SISCAN do CTLA.

Este ti po de operação, conhecida como operação cross-docking, é fun-damental para as situações em que seja necessário realizar o transbordo de grandes quantidades de cargas de um modal para outro. O fl uxo de cargas aeronave-terminal-caminhão fi ca mais rápido, seguro e econômico.

ModernizaçãoO CTLA está modernizando ter-

minais com implantação de sistema de linhas de rack, plataformas ele-vatórias, torres para leituras de eti -quetas de rádio-frequência e esteiras autopropulsadas. Já foram moderni-zados os postos CAN de Canoas (RS), Guarulhos (SP), São José dos Campos (SP), Galeão (RJ), Recife (PE), Belém (PA) e Brasília (DF), e o armazém de recebimento e expedição no Parque de Material Bélico do Rio de Janeiro (PAMB-RJ), que usa o modal aéreo em grande escala, devido à natureza dos materiais transportados. Ou-tros terminais estão se atualizando visando à celeridade e segurança dos materiais movimentados, em especial o aeronáuti co, bélico e de proteção ao voo.

O projeto de modernização dos terminais de carga também envolve o treinamento de pessoal, melhoria de processos, ampliação e construção de novas instalações, investi mento em tecnologia da informação, aqui-sição de equipamentos adequados ao carregamento das aeronaves de transporte C-130, C-105, KC-137 e do KC-390, que deve entrar em ope-ração em 2016. O Centro Logísti co da Aeronáuti ca (CELOG) está concluindo projeto de nacionalização de uma

esteira autopropulsada compatí vel com o carregamento de aeronaves como o C-130.

“Nos próximos dois anos, o CTLA será referência em transporte logís-ti co militar dentro das Forças Arma-das. Sua estrutura e experiência em transporte e movimentação de carga poderão atuar como uma plataforma para o Ministério da Defesa”, afi rma o Comandante do Comando-Geral de Apoio (COMGAP), Tenente-Brigadeiro do Ar Hélio Paes de Barros Júnior.

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11Junho - 2013

TECNOLOGIA

Após ter o auxílio transporte can-celado por não ter visto o Boleti m

Interno da unidade, o Sargento Ronacin Carvalho Lins decidiu criar uma ferra-menta que facilitaria a vida dele e dos colegas. Em janeiro de 2008, ele criou o BUSCABOL, sistema que pesquisa infor-mações pessoais no Boleti m Interno da unidade através do SARAM do militar.

O sistema está na segunda edição e traz uma interface moderna e amigá-vel. O resultado da busca mostra parte do texto onde o SA-RAM é encontrado e, muitas vezes, não é necessário abrir todo o boleti m. O BUSCABOL também organiza os boleti ns por número ou data de publicação. Matérias de caráter pessoal não são divulgadas.

Para as seções de pessoal e in-tendência, a demanda de consultas sobre os boleti ns diminuiu considera-velmente. “Com o sistema, o usuário

passou a ter autonomia. O militar não precisa mais vir pessoalmente, a informação chega até ele”, conta o Capitão QOEA Mauro Fernandes Viei-ra Mesquita, chefe da subdivisão de pessoal no Gabinete do Comandante da Aeronáuti ca (GABAER).

O Sargento Ronacin já prepara melhorias para o sistema. “No Primeiro Centro Integrado de Defesa e Controle do Tráfego Aéreo (CINDACTA I), esta-mos testando uma versão que tem uma nova funcionalidade: quando um boleti m é disponibilizado para consulta, uma varredura é feita e os tí tulos das

matérias de cada militar são enviadas por SMS para o celular”, explica.

A primeira versão foi implantada no CINDACTA I, unidade onde Ronacin trabalha desde que se formou. Atu-almente, o sistema está em uso em 16unidades da FAB em todo país

Sargento cria sistema de busca em boletins

Unidades que usam o BUSCABOL:

GABAER, COMGAR, DECEA, CINDAC-TA I, CINDACTA II, CINDACTA IV, PAME, III COMAR, VI COMAR, BABR, BABE, BACG, CPO, OABR, CPBV e SRPV-SP.

O Parque de Material de Eletrôni-ca do Rio de Janeiro (PAME-RJ)

implantou o Sistema de Calibração Automáti ca (LAICA) no Laboratório Setorial de Calibração de Curiti ba. O LAICA foi desenvolvido por en-genheiros e técnicos do PAME-RJ para fazer tarefas de calibração. O procedimento é trabalhoso, mas de extrema importância para manuten-ção dos equipamentos de controle do tráfego aéreo.

Técnicos da Subdivisão de Metro-logia (TTME) esti veram com metrolo-gistas de Curiti ba para treiná-los no desenvolvimento e execução do Siste-ma. Um procedimento de calibração completo pode conter centenas de pontos de medições. Além disso, exige que se repitam, no mínimo, três medições para cada ponto. Toda

essa carga de trabalho, acrescida do grande número de modelos de instrumentos, torna a ati vidade de calibração um desafi o para a gerência dos laboratórios.

“A implantação do Sistema de Calibração Automáti ca permite que o técnico possa, efeti vamente, per-correr todos os pontos previstos no manual do fabricante, reduzindo o tempo de calibração e os erros no registro dos dados”, explica o Capi-tão QOEA Antônio Jorge Rodrigues Nunes, chefe do TTME.

“É um avanço na modernização e na padronização de procedimen-tos, pois agiliza a coleta de dados em procedimentos repetitivos”, afirma Juvêncio Mandryk, integran-te do Laboratório de Calibração do CINDACTA II.

PAME-RJ implanta sistema de calibração automática

O Sargento Ronacin desenvolveu o BUSCABOL a partir de uma necessidade pessoal

A equipe do PAME-RJ implantou o sistema de calibração automática em Curitiba

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Curso de Comunicação Social traz novidades em 2013

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12 Junho - 2013

EDUCAÇÃO

O esforço em ofertar aos alunos um ensino compatí vel com o nível de exi-gência dos vesti bulares mais disputados moti vou Júlia Souza, aluna do primeiro ano do ensino médio, a se preparar para o disputado curso de Engenharia Mecânica da Universidade de São Paulo (USP). Para a jovem de apenas 14 anos, a aproximação dos professores com a turma e o domínio do conteúdo são fatores determinantes para a qualidade do ensino. “Além disso, eles realizam constantemente simulados em prol de uma melhor preparação”, explica Júlia.

através de discussões sobre temas atuais no cenário mundial”, comenta Sueli Rosett o, professora de história.

Os próprios alunos são incenti va-dos a ter uma postura ati va frente as ati vidades do colégio. “Nos horários opostos às aulas, eles são os próprios monitores nos laboratórios de ciên-cias, o que proporciona a aplicação do conhecimento adquirido em sala. Além disso, eles parti cipam de mostras culturais e se envolvem ati vamente nos colegiados”, explica a coordena-dora pedagógica, Rosângela Nicolay.

Dentro do Departamento de Ci-ência e Tecnologia Aeroespacial

(DCTA), de São José dos Campos (SP), é possível encontrar mais do que insti -tuições de ponta voltadas a pesquisas com foguetes, satélites e aplicações. No interior do campus, que ocupa uma área de mais de 11 milhões de m2 e tem estrutura de cidade, funciona a Escola Estadual Major Aviador Mariot-to, insti tuição estadual de ensino que alcançou o primeiro lugar no Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (IDESP). “O resultado é fruto da qualidade na do-cência e do envolvimento da família nas decisões das ati vidades da escola”, defi ne Káti a Laureano Toledo, diretora da escola Mariott o.

A instituição da rede pública é responsável pela educação de 1.121 alunos – grande parte fi lhos de milita-res que vieram transferidos de outras organizações – em todos os níveis de educação. O sucesso obti do nos índice de avaliação é refl exo principalmente da preocupação com a qualidade do ensino. “Além de usarmos diferentes linguagens – que se adaptem ao con-teúdo da aula – e recursos multi mídia, esti mulamos a visão críti ca dos alunos

Colégio no DCTA decola nos índices de qualidadeA participação da família nas

ati vidades também é encarada como um diferencial entre as demais insti -tuições da rede pública. Segundo a diretora da escola, a presença dos pais é bastante efeti va: “Quando rea-lizamos reuniões, o índice de presen-ça dos pais chega a 90%. Chamamos a família para apresentar professores, incenti vando laços mais estreitos, e sempre consultamos os pais quando precisamos tomar alguma decisão que implique mudança na roti na dos alunos”, comenta.

Do fundamental ao doutoradoO Colégio Mariott o ocupa a mes-

ma área do Insti tuto Tecnológico de Aeronáuti ca (ITA). As duas insti tuições de ensino juntas respondem pela matrícula de 1.628 alunos, do funda-mental ao doutorado. De acordo com Rosângela, a aproximação geográfi ca dos estudantes da Mariott o com os iteanos é fator de estí mulo para os alunos do ensino médio. “Os alunos do ITA já realizaram algumas ati vidades em parceria com a nossa insti tuição. Estar em contato com estudantes do nível deles acaba contagiando os nossos alunos e isso é mais um fator de moti vação”, fi naliza.

A Escola Estadual Major Mariotto alcançou o 1º lugar em índice de educação paulista

O curso oferece ofi cinas com treinamento de mídia a ofi ciais e gradudados

Planejamento de comunicação, mídias sociais, cerimonial, ofi ci-

na de texto jornalísti co, treinamento de mídia, relações públicas e publi-cidade e propaganda são algumas das ati vidades que farão parte da roti na dos alunos do Curso de Comu-nicação Social (CCS) deste ano, que será realizado de 19 a 30 de agosto, no Centro Militar de Convenções e Hospedagem da Aeronáutica (CE-MCOHA), em Salvador (BA).

O CCS é um curso de extensão na área de comunicação, organizado pelo Centro de Comunicação Social da Aeronáuti ca (CECOMSAER), que tem o objeti vo de capacitar milita-res e civis para atuarem como elos do Sistema de Comunicação Social

da Aeronáutica (SISCOMSAE) nas diversas regiões do Brasil. Atualmen-te, o Curso de Comunicação Social é ministrado conjuntamente para ofi ciais, graduados e civis asseme-lhados da Aeronáuti ca e integrantes de outras insti tuições parceiras na-cionais e internacionais.

Os participantes do curso são envolvidos em palestras e ati vidades práticas que os possibilitam reco-nhecer e trabalhar os objeti vos da Políti ca de Comunicação Social da Aeronáuti ca. “O curso conta com a presença de teóricos e profi ssionais do mercado e do ambiente acadê-mico, privilegiando o intercâmbio de conhecimento e debate da ati vi-dade de comunicação social”, afi rma

o Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, chefe do CECOMSAER.

Os interessados devem encami-nhar a fi cha de indicação, via cadeia

de comando, ao CECOMSAER até 20 de junho. Mais informações pelo telefone (61) 3966-9641/9740 ou no site: www.cecomsaer.intraer.

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13Junho - 2013

ESPORTE

Saiba como participar das equipes esportivas da CDA

As equipes esportivas da CDA participam de competições no Brasil e no exterior

Você pratica atividade física e tem interesse em representar

a Força Aérea Brasileira em com-petições nacionais ou internacio-nais? A Comissão de Desportos da Aeronáutica (CDA) oferece essa oportunidade para atletas militares se dedicarem à prática esportiva. Os atletas apoiados pela CDA já conquistaram títulos no Brasil e exterior, como o time masculino de Pentatlo Aeronáutico ou a equipe feminina de orientação, que con-quistaram a medalha de ouro nos Jogos Mundiais Militares em 2011.

Veja como entrar para esse ti me:Quais esportes a CDA tem equi-

pes formadas?A CDA possui equipes formadas

e em formação em diversas modali-dades (veja o box).

Qual o apoio oferecido pela CDA?

Para cada modalidade, a CDA apoia com planejamento técnico, nutricional e logísti co, com passa-gens, inscrições em competições, solicitação de afastamento de ser-viço para treinamento, material desporti vo etc.

Como são os treinamentos?Cada modalidade requer um

treinamento específi co e cada chefe

de equipe planeja períodos de trei-namentos e competi ções ao longo do ano e por todo o Brasil.

Que tipo de competições as equipes parti cipam?

As equipes da FAB parti cipam de torneios, campeonatos nacionais e internacionais tanto militares quanto civis. Exemplos: Campeonato Bra-sileiro de Orientação, Campeonato Ibero-Americano de Tiro, Jogos Mundiais Militares, Jogos Olímpicos,

Campeonato Brasileiro de Natação, dentre outros.

Quais os benefí cios para quem entra para uma equipe da CDA?

O militar ao ingressar em uma equipe desporti va da FAB passa a ser considerado um atleta, sendo quase sempre afastado do serviço habitual para dedicar-se exclusivamente ao trei-namento a fi m de melhorar sua perfor-mance. Além disso, o atleta representa a FAB em solo nacional e internacional.

Equipes formadas: Pentatlo aeronáuti coOrientaçãoParaquedismoTiroFutebol*Pentatlo Militar*apenas equipe masculina Equipes em formação:Atleti smoBasqueteHandebolTiro com arcoBadmintonCiclismoNataçãoTriatloKaratêJudô

O que fazer para entrar no ti me?O militar interessado em parti -

cipar de alguma equipe ou esporte individual deve enviar seu currículo desportivo para a Divisão de Des-porto Militar da CDA (DDM), para o e-mail [email protected]. O interessado deve fi car atento também às mensagens enviadas a todas as unidades convocando para a seleti va de avaliação, obedecendo aos índices mínimos desejados.

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14 Junho - 2013

SOCIAL

Equoterapia: o trote que trataA dona de casa Anair Arantes da

Silva há três anos deixa as ati vi-dades domésti cas de lado para levar o fi lho Gustavo para galopar no dorso de Apache, um cavalo manso acostu-mado a carregar os pacientes do Cen-tro de Equoterapia do Grupamento de Infraestrutura e Apoio de São José dos Campos (GIA-SJ). Gustavo, porta-dor de Síndrome de West, é um dos 24 pacientes atendidos todo mês pelo Centro. “O tratamento com equinos é efi caz para doenças neuromuscu-lares, ortopédicas, cardiovasculares e respiratórias. Em muitos casos já é possível ver a melhora dos pacientes em seis meses”, comenta a Tenente Elizabeth Werneck Fontainha, coor-denadora do projeto.

A atividade é realizada desde 2008 pelo Núcleo de Serviço Social (NUSESO) em parceria com o Bata-lhão de Infantaria da Aeronáutica (BINFA-64) e as seções de fi sioterapia e psicologia da Divisão de Saúde. O tratamento equoterápico é oferecido prioritariamente aos servidores do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), mas dependen-do da demanda pode ser estendido

também ao público externo e a servi-dores de outras forças. Para dar início ao procedimento, é necessário passar por uma triagem. “Nessa seleção, avaliamos quais pacientes podem ser benefi ciados pelo tratamento e priorizamos aqueles que terão efeti -vamente um ganho de qualidade de vida”, explica Maria Aparecida Coelho, voluntária em fi sioterapia do projeto.

A equoterapia apresenta bons resultados no tratamento de distúr-bios neurológicos que impedem ou limitam a realização de atividades como andar, falar, escrever ou tomar banho. “Para realizar essas tarefas, os sistemas do corpo responsáveis pelas ati vidades ósseas, neurológicas e musculares precisam estar os mais íntegros possíveis”, explica Maria Apa-recida. As sessões de reabilitação de-vem ser realizadas com um cavalo de passada específi ca, chamada de “ao passo”, que transmite ao prati cante uma série de movimentos especiais.

A ati vidade com os cavalos é reco-nhecida como ferramenta terapêuti ca pelo Conselho Federal de Medicina desde 1997, mas a propagação da téc-nica no Brasil é recente. Para realizar

Os pais de Miguel Cheline de Oli-veira procuraram o Centro de

Equoterapia do GIA-SJ há um ano e meio. O garoto de sete anos também

a terapia com equinos é necessário reunir uma equipe multi disciplinar. Durante as sessões do Centro, que duram cerca de meia hora, dez profi s-sionais, entre psicólogos, pedagogos fi sioterapeutas e assistentes sociais se revezam no trabalho de equilibrar as crianças no dorso de cavalos.

Nos próximos anos, o Centro de

Equoterapia do GIA-SJ deve ter a sua infraestrutura fí sica ampliada. “O pro-jeto de expansão das nossas instala-ções já foi aprovado pela Subdiretoria de Encargos Especiais (SDEE). Nosso objeti vo agora é ter uma área coberta que possibilite a realização das nossas ati vidades mesmo em dia de chuva,” fi naliza a Tenente Elisabeth.

A atividade do GIA-SJ coloca ao alcance dos pacientes um

tratamento considerado caro e inacessível para quem depende da rede pública e de planos de s a ú d e – q u e n e m sempre incluem essa e s p e c i a l i d a d e n o s pacotes mais básicos. “ U m t r a t a m e n t o como esse fora daqui chega a custar R$ 500 reais por mês”, diz o aposentado Amarildo Ribeiro Silva, que leva a p e q u e n a R a q u e l Loreto, portadora de hiperatividade, para

Uma vitória a cada galopeé portador de Síndrome de West e viu algumas característi cas da doença perderem força desde o início do tratamento. De acordo a Tenente Edilene Moreira, assistente social do Centro de Equoterapia, Miguel apresentava um quadro crítico quando iniciou as sessões tera-pêuticas. “Ele realizava as sessões deitado quan-do chegou aqui. Com as

ati vidades realizadas pelo Centro, ele ganhou sustentação na coluna e hoje consegue montar de forma comple-tamente ereta”, acrescenta.

realizar as sessões equoterápicas. “Se hoje Raquel evoluiu ao ponto de conseguir ler livros infanti s e me contar a história depois, é graças à iniciati va do GIA-SJ”, comemora Silva.

O garoto Gustavo é uma das crianças que faz tratamento no Centro de Equoterapia

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15Junho - 2013

SAÚDE

A aplicação de placa miorrelaxante é um dos tratamentos para a DTM

Saúde bucal: fique atento às dores na faceAo consultar o dentista, muitos

pacientes da Odontoclínica de Brasilia (OABR) são encaminhados à clínica de dor orofacial. São pessoas que sentem dores na região da boca e da face e que não necessariamente tem relação com os dentes. Essas do-res podem ter origem nos músculos, ossos, nervos, vasos sanguíneos e até tumores benignos ou malignos.

Entretanto, a causa mais comum das dores é a disfunção têmpo-ro-mandibular (DTM), que pode provocar dor principalmente nas articulações da mandíbula e nos músculos masti gatórios. Além disso, o problema pode causar, nos piores casos, até perda de massa óssea, comprometendo os dentes.

“Quando recebe o diagnóstico correto, este ti po de problema pode ter seus sintomas reduzidos, por exemplo, com uso de placas miorrela-xantes. Mas o principal é o tratamento das causas”, explica a Capitão Denti sta Giselle Santos, responsável pelo Pro-grama de Dor Orofacial da OABR.

“O diagnósti co vai enfocar os as-pectos fí sicos, emocionais e compor-tamentais do paciente. O tratamento é multidisciplinar, ou seja, é feito com a ajuda de várias especialidades

trabalhando ao mesmo tempo, como cirurgião dentista, fisioterapeuta, psiquiatra, neurologista, psicólogo, reumatologista, dentre outros”, com-pleta a Capitão Giselle.

O tratamento multi disciplinar pode ser complementado com acupuntura, técnica chinesa amplamente uti lizada para melhorar a qualidade de vida dos pacientes por meio da redução da dor e

da ansiedade. Nesses casos, são feitos exames detalhados e um tratamento que localiza desequilíbrios nos canais de energia que causam enfermidades.

“Contudo, a práti ca de ati vidade fí sica e educação alimentar são deci-sivas no tratamento. E isso depende da disposição e esforço do paciente em melhorar sua qualidade de vida”, adverte a Capitão Giselle.

O que é DTM?A disfunção têmporo-mandibular

(DTM) é uma doença que pode causar dores crônicas nos músculos masti -gatórios e nas arti culações da boca.

Principais sintomas:Dor de cabeça na região lateral

e na testa;Ruídos nas arti culações da boca;Zumbidos e dores no ouvido;Bruxismo;Difi culdade de masti gar;Desgaste dos dentes.

Qual o tratamentos?O tratamento busca reduzir a an-

siedade, reabilitar os dentes perdidos e o relaxamento muscular.

Dores de ouvido ou zumbido

Dores de cabeça

Desgaste dentário

Difi culdade ou cansaço ao mastigar alimentos

Estalos ao mastigar

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