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Álgebra Linear Lecture Notes Ole Peter Smith IME, UFG [email protected] 25 de janeiro de 2012

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Álgebra LinearLecture Notes

Ole Peter SmithIME, UFG

[email protected]

25 de janeiro de 2012

ii

Sumário

1

2 SUMÁRIO

soma, matrizmatriz, somamatriz, mult. por escalaroposta, matrizmatriz, oposta

Capítulo 1

Matrizes I

1.1 Definições e Propriedadessec:permutacoes

Uma matriz é simplesmente uma tabela bidemensional de números, por exemplo amatriz com 2 linhas e 3 colunas:

A =

(1 2 34 5 6

)Dizemos que A ∈ M2,3. Para referir-se aos elementos de A ∈ Mm,n, escrevemos:A = (aij), onde i = 1, . . . ,m e j = 1, . . . , n e ai,j ∈ R.

Definição 1.1.1 Para duas matrizes com as mesmas dimensões, A = (aij) ∈ Mm,n

e B = (bij) ∈ Mm,n , a sua soma e definido pela matriz C = (cij) ∈ Mm,n, cujaelementos são:

cij = aij + bij

Definição 1.1.2 Definimos também a matriz multiplicado por um escalar, c ∈ R, C =cA, como a matriz com os elementos:

cij = caij

A matriz oposta de A = aij , denotado −A, é obtida pondo c = −1 e tem elementos:(−aij).example:PseudoCodSomaMatr

Exemplo 1.1.1 Pseudocódigo: Soma e multiplicação por um escalar.

Em praticalmente todas as linguagens de programação indexa os elementos de uma ma-triz, A ∈M i,j com indices, i, j, variando entre 0, ...,m−1 respectivamente 0, ..., n−1.Assim, um pseudo-código para somar duas matrizes A,B ∈Mm,n:

for (i=0;i<m;i++){

for (j=0;j<n;j++)

3

4 CAPÍTULO 1. MATRIZES I

produto, matrizmatriz, produtomatriz, transpostotransposto, matrizmatriz, simétricasimetria, matriz

{C[i][j]=A[i][j]+B[i][j];

}}

De mesma forma para a multiplicação com um escalar, c:

for (i=0;i<m;i++){

for (j=0;j<n;j++){

B[i][j]=c*A[i][j];}

}

3

Definição 1.1.3 Pelo produto entre duas matrizes compatíveis, A ∈ Mm,p e Bp,n,entendemos a matriz, C com elementos:

cij =

p∑k=1

aikbkj

example:PseudoCodMultMatr

Exemplo 1.1.2 Pseudocódigo: Multiplicação de matrizes.

for (i=0;i<m;i++){

for (j=0;j<n;j++){

C[i][j]=0.0;for (k=0;k<p;k++){

C[i][j]=C[i][j]+A[i][k]*B[k][j];}

}}

3example:Vetor coluna

Exemplo 1.1.3 Vetor coluna.

Convencionalmente um vetor, v, é considerado como uma matriz coluna, ou seja umamatriz com apenas uma coluna.

3

A transposta, AT ∈ An,m, de uma matriz, A = (aij) ∈ Am,n, é obtida escrevendosuas linhas em colunas:

AT = (aji)

Uma matriz cuja AT = A, é chamado de simétrica.example:MatrizColLin

Exemplo 1.1.4 Matriz coluna e matriz linha.

1.2. MATRIZES NOTÁVEIS 5

Dado alguns vetores: v1,v2, . . . ,vn ∈ Rn as vezes é conveniente organizar-los emcolunas de uma matriz:

V =

| | |v1 v2 . . . vn

| | |

,

ou em linhas:

V′ =

−− v1 −−−− v2 −−

· · ·−− vn −−

Observamos: V′ = VT .Da mesma forma, podemos para uma matriz data, A associar seus vetores linhas, respec-tivamente seus vetores colunas:

A =

a11 a12 · · · a1na21 a22 · · · a2n

......

...am1 am2 · · · amn

=

| | |c1 c2 . . . cm| | |

=

−− l1 −−−− l2 −−

· · ·−− ln −−

3example:ProdEscalar.1

Exemplo 1.1.5 O produto escalar como um produto de matrizes.

Sendo v,w dois vetores em colunas, podemos escrever o produto escalar entre os dois:

v ·w = v1w1 + v2w2 + · · ·+ vnwn = vTw

Observamos que o produto v wT tera como resultado o matriz: (viwj) ∈Mn,n.

3

1.2 Matrizes Notáveissec:notaveis

6 CAPÍTULO 1. MATRIZES I

soma, matrizmatriz, somamatriz, mult. por escalaroposta, matrizmatriz, oposta

Capítulo 2

Matrizes Isec:permutacoes

Uma matriz é simplesmente uma tabela bidemensional de números, por exemplo amatriz com 2 linhas e 3 colunas:

A =

(1 2 34 5 6

)Dizemos que A ∈ M2,3. Para referir-se aos elementos de A ∈ Mm,n, escrevemos:A = (aij), onde i = 1, . . . ,m e j = 1, . . . , n e ai,j ∈ R.

Definição 2.0.1 Para duas matrizes com as mesmas dimensões, A = (aij) ∈ Mm,n

e B = (bij) ∈ Mm,n , a sua soma e definido pela matriz C = (cij) ∈ Mm,n, cujaelementos são:

cij = aij + bij

Definição 2.0.2 Definimos também a matriz multiplicado por um escalar, c ∈ R, C =cA, como a matriz com os elementos:

cij = caij

A matriz oposta de A = aij , denotado −A, é obtida pondo c = −1 e tem elementos:(−aij).example:PseudoCodSomaMatr

Exemplo 2.0.1 Pseudocódigo: Soma e multiplicação por um escalar.

Em praticalmente todas as linguagens de programação indexa os elementos de uma ma-triz, A ∈M i,j com indices, i, j, variando entre 0, ...,m−1 respectivamente 0, ..., n−1.Assim, um pseudo-código para somar duas matrizes A,B ∈Mm,n:

for (i=0;i<m;i++){

for (j=0;j<n;j++){

C[i][j]=A[i][j]+B[i][j];}

}

7

8 CAPÍTULO 2. MATRIZES I

produto, matrizmatriz, produtomatriz, transpostotransposto, matrizmatriz, simétricasimetria, matriz

De mesma forma para a multiplicação com um escalar, c:

for (i=0;i<m;i++){

for (j=0;j<n;j++){

B[i][j]=c*A[i][j];}

}

3

Definição 2.0.3 Pelo produto entre duas matrizes compatíveis, A ∈ Mm,p e Bp,n,entendemos a matriz, C com elementos:

cij =

p∑k=1

aikbkj

example:PseudoCodMultMatr

Exemplo 2.0.2 Pseudocódigo: Multiplicação de matrizes.

for (i=0;i<m;i++){

for (j=0;j<n;j++){

C[i][j]=0.0;for (k=0;k<p;k++){

C[i][j]=C[i][j]+A[i][k]*B[k][j];}

}}

3example:Vetor coluna

Exemplo 2.0.3 Vetor coluna.

Convencionalmente um vetor, v, é considerado como uma matriz coluna, ou seja umamatriz com apenas uma coluna.

3

A transposta, AT ∈ An,m, de uma matriz, A = (aij) ∈ Am,n, é obtida escrevendosuas linhas em colunas:

AT = (aji)

Uma matriz cuja AT = A, é chamado de simétrica.example:MatrizColLin

Exemplo 2.0.4 Matriz coluna e matriz linha.

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diagonal, matrizmatriz, diagonaldiagonal superior, matrizmatriz, diagonal superiordiagonal inferior, matrizmatriz, diagonal inferiormatriz nulaidentidade, matrizmatriz de identidade

Dado alguns vetores: v1,v2, . . . ,vn ∈ Rn as vezes é conveniente organizar-los emcolunas de uma matriz:

V =

| | |v1 v2 . . . vn

| | |

,

ou em linhas:

V′ =

−− v1 −−−− v2 −−

· · ·−− vn −−

Observamos: V′ = VT .Da mesma forma, podemos para uma matriz data, A associar seus vetores linhas, respec-tivamente seus vetores colunas:

A =

a11 a12 · · · a1na21 a22 · · · a2n

......

...am1 am2 · · · amn

=

| | |c1 c2 . . . cm| | |

=

−− l1 −−−− l2 −−

· · ·−− ln −−

3example:ProdEscalar.1

Exemplo 2.0.5 O produto escalar como um produto de matrizes.

Sendo v,w dois vetores em colunas, podemos escrever o produto escalar entre os dois:

v ·w = v1w1 + v2w2 + · · ·+ vnwn = vTw

Observamos que o produto v wT tera como resultado o matriz: (viwj) ∈Mn,n.

3

Destacamos as matrizes quadráticas: Mn,n, e entre essas as matrizes diagonais:λ1 0 . . . 00 λ2 . . . 0...

......

0 0 . . . λn

Uma matriz quadrática é dito diagonal superior (inferior), se contém zeros abaixo(acima) da diagonal:

a11 a12 . . . a1n0 a22 . . . a2n...

......

0 0 . . . ann

a11 0 . . . 0a21 a22 . . . 0

......

...an1 an2 . . . ann

Destacamos ainda a matriz nula, 0 = (0) ∈Mm,n, e a matriz de identidade (quadrática):

10 CAPÍTULO 2. MATRIZES I

kroneckers delta, $\delta_ij$operação em linhaoperação em coluna

I = (δij) =

1 0 . . . 00 1 . . . 0...

......

0 0 . . . 1

Aqui δij é kronecker’s delta, definido por:{

1, i = j0, i 6= j

2.1 Operações Elementaressec:opelem

Quanto ao cálculo de determinantes e resolução de sistemas lineares, precisaremos deas seguintes operações elementares.deg:oplinhacol?? Por uma operação de linha em uma matriz, entenderemos a substituição da linha i,li, por li + clj , c ∈ R e j 6= i. Dizemos: Linha i mais c linha j.Definição 2.1.1 De mesma forma, por uma operação de coluna em uma matriz, enten-deremos a substituição da coluna i, ci, por ci + ccj , c ∈ R e j 6= i. Dizemos: Colunai mais c coluna j.

example:opelemrep

Exemplo 2.1.1 Representação matricial de operações elementares.

Considere a matriz com diagonal com valor 1, e apenas um elemento, i > j, acima dadiagonal não zero:

Rij

=

1 · · · 0 · · · 0 · · · 0...

......

...0 · · · 1 · · · c · · · 0...

......

...0 · · · 0 · · · 1 · · · 0...

......

...0 · · · 0 · · · 0 · · · 1

Dado uma matriz A, efetuando o produto AR

ijcorresponde a efetuar a operação coluna:

c′j := cj + cci, quanto o produto RijA corresponde a efetuar a operação linha: l′j :=

lj + cli.

3

Capítulo 3

Determinantes

11

12 CAPÍTULO 3. DETERMINANTES

permutaçãopermutaç\~ao, composiç\~aocomposiç\~ao, permutaç\~ao

Capítulo 4

Determinanteschap:determinantes

Para definir determinantes com mais facilidade, consideramos primeiramente permu-tações.

4.1 Permutaçõessec:permutacoes

Definição 4.1.1 Uma permutação dos números 1, . . . , n é simplesmente os mesmosnúmeros escrito em ordem diferente.

Como um exemplo, (1, 3, 2) é uma permutação dos números 1, 2, 3. Por n números,existe n! permutações.example:S31

Exemplo 4.1.1 As permutações de 1, 2, 3.

Existe 3! = 6 permutações dos números 1, 2, 3, são elas:

(1, 2, 3) (1, 3, 2) (2, 1, 3) (2, 3, 1) (3, 1, 2) (3, 2, 1)

3

Para efetuar calculus com permutações, é conveniente usar a seguinte notação para apermutação (j1, j2, . . . , jn): (

1 2 . . . nj1 j2 . . . jn

)Este equação deve ser lido em colunas: 1 7→ j1, 2 7→ j2, e assim por diante. Ressalta-mos que usando esta notação, a ordem dos colunas não importa, ou seja as permu-tações: (

1 2 . . . nj1 j2 . . . jn

) (2 1 . . . nj2 j1 . . . jn

),

são considerados iguais. Usando a notação, podemos definir a composição de duaspermutações (que é de novo uma permutação):

13

14 CAPÍTULO 4. DETERMINANTES

grupogrupo simétrica, $S_n$ (

1 2 . . . nj1 j2 . . . jn

)◦(. . . j1 . . . j2 . . . jn . . .. . . kj1 . . . kj2 . . . kjn . . .

)=

(1 2 . . . nkj1 kj2 . . . kjn

)Denotamos por Sn os n! permutações de 1, . . . , n. Com a composição ◦ acima, esteconjunto forma um grupo, isto é:

1. Tem elemento neutro, e ∈ Sn:

e =

(1 2 . . . n1 2 . . . n

),

pois: e ◦ x = x ◦ e = x, ∀x ∈ Sn.

2. Todo elemento em Sn tem inverso:(1 2 . . . nj1 j2 . . . jn

)−1=

(j1 j2 . . . jn1 2 . . . n

)3. Associatividade. Por todo x, y, z ∈ Sn:

x ◦ (y ◦ z) = (x ◦ y) ◦ z

O grupo de permutações, Sn, é chamado o grupo simétrico.example:S32

Exemplo 4.1.2 O grupo S3.

Tomando como exemplo, S3:

e = (1, 2, 3) a = (3, 1, 2) a2 = (2, 3, 1) b = (1, 3, 2) b2 = (3, 2, 1) ba2 = (2, 1, 3)

Representados por:

e =

(1 2 31 2 3

)

a =

(1 2 33 1 2

)a2 =

(1 2 32 3 1

)

b =

(1 2 31 3 1

)ba =

(1 2 33 2 1

)ba2 =

(1 2 32 1 3

)Observando que: a3 = b2 = e e ab = ba2, formamos a tábua da (S3, ◦):

◦ e a a2 b ba ba2

e e a a2 b ba ba2

a a a2 e ba2 b baa2 e a2 a b ba2 bab b ba ba2 e a a2

ba ba ba2 b a2 e aba2 ba2 b ba a a2 e

3

4.2. TRANSPOSIÇÕES 15

matrizes de permutaçãoisomorfismotransposição

example:PM

Exemplo 4.1.3 Matrizes de permutação.

Permutações também podem ser representados por matrizes quadráticas. Consideramosas matrizes:

I =

1 0 00 1 00 0 1

A =

0 0 11 0 00 1 0

A2 =

0 1 00 0 11 0 0

B =

1 0 00 0 10 1 0

BA =

0 0 10 1 01 0 0

BA2 =

0 1 01 0 00 0 1

O Leitor pode estabelecer, que esses matrizes obedecem relações similares aos dos ele-mentos do grupo simétrica S3: A3 = B2 = I e A B = B A2. Em conseqüência, atábua do grupo composto por estes matrizes com composição multiplicação de matrizes,é estruturalmente idêntico a tábua do exemplo anterior.

3

O resultado do exemplo anterior extende-se facilmente para n > 3. Em termos maismatemáticos, dizemos que a bijeção definido por:

Φe = I Φa = A Φb = B,

fornece um isomorfismo entre os dois grupos, e:

Φx◦y = Φx ∗Φy,

onde ∗ denota multiplicação de matrizes. Podemos afirmar, que os dois grupos secomportam identicalmente, e assim são matematicamente ’iguais’. A conexão entre osdois grupos se manifesta em:

Φx

123

= x

4.2 Transposiçõessec:transposicoes

Transposições são permutações onde trocamos apenas dois números:

(ij) =

(1 · · · i · · · j · · · n1 · · · j · · · i · · · n

)Teorema 4.2.1 Qualquer permutação, p, pode ser escrito como um produto de trans-posições, t1, . . . , tq:

p = t1 ◦ . . . ◦ tq

16 CAPÍTULO 4. DETERMINANTES

permutaç\~ao par/\’\imparsubgruposinal de permutaç~aodeterminante, definição

Prova: Veja XXX

2

Estacamos que essa fatorização de permutações em termos transposições não é única,pois:

(ij)2 = e

e em efeito, podemos inserir dois transposições: t ◦ t qualquer lugar na fatorização.Assim, a quantia de transposições na fatorização tampouco é única, porém é sempre oupar ou ímpar, o que leva nos a uma classificação das permutações:

Definição 4.2.1 Uma permutação é chamado de (ím)par, se ele pode escrito como umproduto um número (ím)par transposições.

example:S33

Exemplo 4.2.1 S3 revisitado.

Com as definições no Exemplosec:permutacoes??.0, os elementos: e, a e a2 são pares, quanto b, ba e ba2

são ímpares. Assim: A3 = {e, a, a2}.

3

Definição 4.2.2 Um subconjunto, G′ de um grupo (G, ◦), é chamado um subgrupo deG, se é fechado ao respeito da composição ◦:

x ◦ y ∈ G” ∀x, y ∈ G′

Um subgrupo, claro, é de novo um grupo. Como exemplo de subgrupo, mencionamosque o conjunto de permutações pares, An ⊂ Sn, é um subgrupo em Sn.

Definição 4.2.3 Por o sinal de uma permutação, (j1, . . . , jn) entendemos a função,θ : Sn 7→ {−1, 1}:

θ(j) =

{1, (j1, . . . , jn) ∈ An

−1, (j1, . . . , jn) /∈ An

4.3 Determinantessec:determinantes

Para definir o determinante do uma matrriz, A = (aij) ∈Mn,n, consideramos de novoo grupo simétrico, Sn = {p1, . . . , pn!}. Por cada pk = (j1, . . . , jn) ∈ Sn formamos oproduto:

dk = θ(j1, . . . , jn)a1j1 · · · anjn , k = 1, . . . , n! (4.1) eq:defdetterm

Observamos que este produto contém exatamente um fator de cada linha (e de cadacoluna) da matriz.

Definição 4.3.1 O determinante do matriz A = (aij) ∈ Mn,n, e definido como asoma dos termos, dk, em Equaç ao (

eq:defdetterm??):

detA =∑

(j1,...,jn)∈Sn

θ(j1, · · · , jn)a1j1 . . . anjn (4.2) eq:defdet

4.3. DETERMINANTES 17

Comentário: É claro, que também podiamos definir o determinante ’por linhas’ emlugar de ’por colunas’:

detA =∑

(j1,...,jn)∈Sn

θ(j1, · · · , jn)aj11 . . . ajnn (4.3) eq:defdetrev

example:Det2

Exemplo 4.3.1 Determinantes de ordem 2.

O grupo S2 contém apenas 2! = 2 elementos; um par e um ímpar:

e =

(1 21 2

)a =

(1 22 1

)Assim o determinante da matriz A = (aij) ∈M2,2, é:

detA =

∣∣∣∣ a11 a12a21 a22

∣∣∣∣ = θ(e)a11a22 + θ(a)a12a21 = a11a22 −12 a21

3example:Det3

Exemplo 4.3.2 Determinantes de ordem 3.

Usando os resultados dos Exemplossec:permutacoes??.0,

sec:permutacoes??.0 e

sec:transposicoes??.0, temos para matrizes quadráticas de

ordem 3:

detA =

∣∣∣∣∣∣a11 a12 a13a21 a22 a23a31 a32 a33

∣∣∣∣∣∣ =θ(e)a11a22a33 + θ(a)a13a21a32 + θ(a2)a12a23a31+

θ(b)a11a23a32 + θ(ba)a13a22a31 + θ(ba2)a12a21a33 =

a11a22a33 + a13a21a32 + a12a23a31 − a11a23a32 − a13a22a31 − a12a21a33

3example:Perm2

Exemplo 4.3.3 Determinantes dos matrizes de permutação de ordem 3.

Para as matrizes de permutações em Exemplosec:determinantes??.0, temos por todo x ∈ S3:

detϕ(x) = θ(x)

Em detalhes:det I = detA = detA2 = 1

E:detB = detBA = detBA2 = −1

3

Para determinantes de ordem superior a 3, a definiçã do determinante rapidamente ficaineficiente. Por isso estabelecemos no seguinte, algumas resultados facilitando o seucálculo.

18 CAPÍTULO 4. DETERMINANTES

Teorema 4.3.1 O determiante de uma matriz diagonal, diagonal superior ou diagonalinferior é o produto dos elementos na diagonal:∣∣∣∣∣∣∣∣∣

a11 a12 . . . a1n0 a22 . . . a2n...

......

0 0 . . . ann

∣∣∣∣∣∣∣∣∣ =∣∣∣∣∣∣∣∣∣a11 0 . . . 0a21 a22 . . . 0

......

...an1 an2 . . . ann

∣∣∣∣∣∣∣∣∣ = a11a22 · · · ann

Prova: O termo correspondendo ao elemento neutro em Sn, (1, 2, . . . , n) (par), con-tribui para o determinante com a parcela:

d = a11a22 · . . . · ann

Por cada termo conter exatamente um elemento de cada linha e de cada coluna domatriz, se o termos contém um elemento abaixo do diagonal, necessariamente tambémcontém um elemento acima do diagonal. Porém, no mínimo um desses e elemento ézero, assim cancelando o produto.

2

teo:dettrocar Teorema 4.3.2 Se a matrix quadrática A′ resulta da matriz A, trocando duas linhas(colunas), vale para os determinantes: detA′ = −detA.

Prova: Supomos que estamos trocando as duas colunas i < j. Para o matriz A ostermos aparecendo na Equação (

eq:defdetterm??) são:

dk = θ(j1, . . . , ji . . . , jj . . . , jn)a1j1 · · · aiji · · · ajjj · · · anjn

E para a matriz A′:

d′k = θ(j1, . . . , jj . . . , ji . . . , jn)a1j1 · · · ajjj . . . aiji · · · anjn =

−θ(j1, . . . , ji . . . , jj . . . , jn)a1j1 · · · aiji · · · ajjj · · · anjn = −dkAssim: detA′ =

∑d′k =

∑−dk = −

∑dk = −detA.

2

Teorema 4.3.3 Se a matriz A′ resulta da matriz A multiplicando os elementos de umalinha (coluna) com α ∈ R: detA′ = α detA.

Prova: Supondo que multiplicamos com α na linha i, temos:

d′k = θ(j1, . . . , ji . . . , jn)a1j1 · · · (α)aiji · · · anjn = αdk

Então: detA′ =∑d′k =

∑αdk = α

∑dk = α detA.

2

Em efeito, podemos colocar fatores comuns em linhas (colunas) em evidência.

4.3. DETERMINANTES 19

Teorema 4.3.4 Se uma matriz tem duas linhas (colunas) iguais, seu determinate é 0.

Prova: Se a matriz contém duas colunas (linhas) iguais, se trocamos esses, o valordo determinante é inalterado. Porém pelo Teorema (

teo:dettrocar??) efetuando essa operação o

determinante muda sinal. Assim, seu valor somente pode ser 0.

2

Teorema 4.3.5 Se uma matriz tem duas linhas (colunas) proporcionais, seu determi-nante é zero:

∣∣∣∣∣∣∣∣∣a11 . . . a1i . . . ca1i . . . a1na21 . . . a2i . . . ca2i . . . a2n

......

......

an1 . . . ani . . . cani . . . ann

∣∣∣∣∣∣∣∣∣ =

∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣

a11 a12 · · · a1n...

......

ai1 ai2 · · · ain...

......

cai1 cai2 · · · cain...

......

an1 an2 · · · ann

∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣= 0

Prova: Colocando o fator de proporcionalidade, c, em evidência, o determinante re-sultante tem duas linhas (colunas) iguais e assim seu valor é zero.

2

teo:detsum Teorema 4.3.6 Vale as seguintes fórmulas:∣∣∣∣∣∣∣∣∣a11 . . . a1j + b1j . . . a1na21 . . . a2j + b2j . . . a2n

......

...an1 . . . anj + bnj . . . ann

∣∣∣∣∣∣∣∣∣ =∣∣∣∣∣∣∣∣∣a11 . . . a1j . . . a1na21 . . . a2j . . . a2n

......

...an1 . . . anj . . . ann

∣∣∣∣∣∣∣∣∣+∣∣∣∣∣∣∣∣∣a11 . . . b1j . . . a1na21 . . . b2j . . . a2n

......

...an1 . . . bnj . . . ann

∣∣∣∣∣∣∣∣∣E: ∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣

a11 a12 . . . a1n...

......

ai1 + bi1 ai2 + bin . . . ain + bin...

......

an1 ani . . . ann

∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣=

∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣

a11 a12 . . . a1n...

......

ai1 ai2 . . . ain...

......

an1 ani . . . ann

∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣+

∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣

b11 b12 . . . b1n...

......

bi1 bi2 . . . bin...

......

bn1 bni . . . bnn

∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣

20 CAPÍTULO 4. DETERMINANTES

Prova: Ambos são conseqüências imediatas da definição como uma soma de termosde produtos - da forma da equação (

eq:defdetterm??) - de um elemento de cada linha (e de cada

coluna) da matriz.

2

Teorema 4.3.7 Efetuando operações elementares - em linhas, tanto como em colunas- não altera o valor do determinante.

Prova: Substituindo por exemplo linha li com li+αlj , usando a teorema anterior podeser escrito como uma soma de dois determinantes:∣∣∣∣∣∣∣∣

......

......

l1 · · · li + αlj · · · lj · · · ln...

......

...

∣∣∣∣∣∣∣∣ =∣∣∣∣∣∣∣∣...

......

...l1 · · · li · · · lj · · · ln...

......

...

∣∣∣∣∣∣∣∣+ α

∣∣∣∣∣∣∣∣...

......

...l1 · · · lj · · · lj · · · ln...

......

...

∣∣∣∣∣∣∣∣ =∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣

......

......

l1 · · · li · · · lj · · · ln

......

......

∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣Porque o valor do ultimo determinante e 0, pois tem duas colunas iguais. O caso deoperação em colunas pode ser tratado de mesmo jeito.

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4.4 Subdeterminantes e Expansão de Laplacesec:subdeterminantes

Definição 4.4.1 Dado uma matriz quadrática, A ∈ Mn,n, definimos a sua subdeter-minante, Cij , como o determinante resultante de apagar a linha i e a coluna j, e seucomplemento:

Aij = (−1)i+jCij

Usando subdeterminantes, podemos ’reduzir’ o cálculo de um determinante de ordemn, para o cálculo de n subdeterminantes de ordem n− 1:

Teorema 4.4.1 Vale a Expansão de Laplace em linha i:

detA = ai1Ai1 + . . .+ ainAin =

n∑k=1

aikAik

4.4. SUBDETERMINANTES E EXPANSÃO DE LAPLACE 21

E Expansão de Laplace em coluna j:

detA = a1jA1j + . . .+ anjAnj =

n∑k=1

akjAkj

Prova: A prova pode ser encontrado em CCCC

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Corolário 4.4.1 Se i 6= i′:

ai1Ai′1 + . . .+ ainAi′n = 0

E se j 6= j′:aljA1j′ + . . .+ anjAnj′ = 0

Prova: O valor dos determinantes, são de determinantes com duas linhas (colunas)iguais.

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