Notícias do Mar n.º 306

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1 2012 Junho 306 Fotografia: Ian Roman/Volvo Ocean Race

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Jornal Notícias do Mar Online, n.º 306, Junho de 2012

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O Sublime Encanto de Lisboa

A marcar as celebrações do Dia de Portugal, a frota da Volvo Ocean Race iniciou a rota da etapa oito da regata à volta ao mundo no rio Tejo.

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Volvo Ocean Race

Oex-futebol ista Luís Figo e Ma-nuel Salgado, vice-presidente

da Câmara Municipal de Lis-boa, viveram a bordo dos velei-ros Abu Dhabi Ocean Racing e CAMPER/ETNZ a incrível emo-

ção de um momento histórico para a capital portuguesa, que sediou pela primeira vez uma escala deste que é considerado

um dos cinco mais importantes eventos desportivos do mundo - a par dos Campeonatos da Europa e do Mundo de Futebol, Jogos Olímpicos e Ryder Cup (golfe).

Figo e Salgado tiveram de saltar para a água depois da rondagem da bóia em frente ao Terreiro do Paço, antes que a frota acelerasse rumo ao ocea-no Atlântico com o veleiro nor-te-americano PUMA a liderar o ritmo. A rota de 1940 milhas até Lorient (França) será uma das mais emocionantes da volta do mundo, pois quatro equipas estão na luta para conquistar a liderança da classificação geral – Groupama, Team Telefónica, Puma e CAMPER/ETNZ -, com uma margem de apenas 21 pontos entre todas.

As tripulações percorreram cerca de quatro milhas entre as bóias de sinalização de percur-so no rio Tejo desde a largada em frente à Marina de Pedrou-ços, sede da escala do evento em Lisboa. Ao sinal de largada - accionado pelo Presidente da O Groupama lidera a classificação geral

Lisboa foi palco de uma regata da Volvo Ocean Race

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República, Cavaco Silva, ao lado dos presidentes da Câ-mara Municipal de Lisboa e de Oeiras, António Costa e Isaltino Morais, e o empresário João

Lagos, promotor da escala por-tuguesa -, os norte-americanos do PUMA avançaram com ve-locidade, apesar da corrente contrária e dos ventos instáveis

do quadrante norte. Os france-ses não largaram bem, nem os

espanhóis do Team Telefóni-ca e menos ainda a equipa do

Muita luta na regata Oeiras In-Port Race

Na regata Oeiras In-Port Race o Groupama bem destacado à frente

Os Optimist também participaram na festa

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Lisboa quer ter a sede da Volvo Ocean Race em vela e aproveitar as instalações da Doca de Pedrouços

como base de treinos de regatas oceânicas, disse à agên-cia Lusa o coordenador geral do projecto, José Carmona Santos.“Quando apresentámos uma candidatura para a Volvo Ocean Race foi pensado para seis edições, três com passagem em Portugal e três como sede da Volvo Ocean Race. E o uso dessas infraestruturas para base de treinos de regatas oceânicas, para as equipas poderem vir aqui treinar”, explicou o responsável da Lagos Sports, promotora da escala portuguesa da maior regata de circum-navegação à vela.José Carmona Santos deu como exemplo a experiência do Abu Dhabi Ocean Racing, vencedor da sétima etapa da prova, que esteve a estagiar em Cascais e a treinar no Tejo durante o último verão, antes do arranque da regata em Alicante, Espanha, a 5 de novembro.

A Sonhar com a Sede e um Barco Português

A Volvo Ocean Race no Tejo pode voltar

“Nós tivemos o exemplo do barco que ganhou aqui, o Abu Dhabi, que esteve a treinar em Cascais e que ganhou em casa, como o ‘skipper’ Ian Walker disse, e não havia espaço em Lisboa para mais barcos, porque havia outras regatas lá a decorrer”, sublinhou.O diretor do “stopover” de Lisboa lembrou que, “neste momento, já há uma base e agora faltará construir mais algumas infraestruturas, para que os veleiros possam treinar em permanência em Lisboa.”A conquista da sede da VOR “é um objetivo” assumido pela organização da escala de Lisboa e agora definitivamente potenciado, depois de Lisboa ter mostrado “ser capaz de fazer o melhor ‘stopover’” da 11.ª edição.O lançamento de uma campanha exclusivamente lusa, ou numa primeira fase “mista”, com outro país, é outro objetivo da organização portuguesa.

Lisboa quer ser sede da Volvo Ocean Race

Abu Dhabi Ocean Racing, que teve um problema técnico com a vela de proa, o que entretanto não comprometeu a performan-ce do skipper Ian Walker que conseguiu navegar mais junto à margem sul e alcançar o tercei-ro lugar na frota.

A passagem sob a Ponte 25 de Abril foi mais uma vez emo-cionante e a rondagem da bóia em frente ao Terreiro do Paço marcou o ponto alto da esta-dia da frota na histórica capital portuguesa que atraiu mais de 180.000 pessoas. As imagens de Lisboa foram transmitidas em directo para o mundo inteiro através do website do evento, que conta com uma audiência que ultrapassa já mil milhões de pessoas.

O skipper Ken Read aumen-tou ainda mais a vantagem no percurso no rio Tejo, enquan-to os principais adversários – CAMPER/ETNZ, Groupama e Team Telefónica debatiam-se com ventos mais fracos. «Va-mos agora acelerar o mais que pudermos, pois temos boas hi-pótese de conquistar a vitória

O Groupama venceu a regata Oeiras In-Port Race Team Telefonica está em 2º

Cavaco Silva e esposa, João Lagos, Isaltino de Morais e António Costa aplaudem os vencedores à chegada O público a assistir à regata

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OAbu Dhabi venceu a sétima etapa da 11.ª da Volvo Ocean Race, que ligou Miami a Lisboa. Este foi o

primeiro triunfo do “skipper” britânico Ian Walker em re-gatas oceânicas, mas os franceses do Groupama assumiram a liderança da classificação geral.O Groupama, do francês Franck Cammas, soma agora 183 pontos, roubando o comando da tabela aos espanhóis do Telefónica, de Iker Martinez, que tiveram despique emocio-nante com o CAMPER pela quarta posição na etapa.O Abu Dhabi cumpriu as 3.590 milhas náuticas (cerca de 6.500 quilómetros) entre Miami e Lisboa em 11 dias, quatro horas, 23 minutos e 53 segundos, somente menos seis minutos do que o Groupama, tendo chegado à capital portuguesa perto das 22:30 de quinta-feira.Já quase à 01:00, o Puma, do “skipper” norte-americano Kenny Read, conseguiu a terceira posição, com os respetivos 20 pontos, e soma 171 na geral. Mais atrasada estava a equipa chinesa do Sanya, que chegou a Lisboa de madrugada.Após o triunfo na regata costeira de Miami, Estados Unidos, onde se iniciou a sétima etapa no passado dia 20 de maio,

Abu Dhabi faz Históriao Abu Dhabi passou a somar 104 pontos, mas continua na penúltima posição.“Começámos bem esta etapa. Ganhámos a ‘in-port’ em Miami, que sempre foi um talismã para mim, mas Lisboa sempre foi a nossa casa. Estivemos a treinar aqui em Cascais durante seis ou sete semanas no verão. Passámos um tempo fantástico em Cascais. Velejámos no rio muitas vezes para preparar exatamente este momento e tudo isso ajudou”, afirmou o duas vezes medalhado olímpico ainda a bordo do Abu Dhabi, logo após chegar a Lisboa.A chegada do barco do falcão foi saudada por vários milha-res de pessoas na Doca de Pedrouços e por um colorido espetáculo de fogo-de-artifício, tendo sido esperado no Tejo por algumas dezenas de iates.A equipa do Abu Dhabi, que perdeu o mastro na primeira etapa e abandonou a quinta devido a uma avaria, treinou em Cascais durante o último verão e a experiência acumu-lada na costa portuguesa terá sido fundamental para fugir à perseguição do Groupama nas últimas milhas antes da meta em Lisboa.

Taem Abu Dabhi venceu a etapa Miami a LisboaLuís Figo no Abu Dhabi, antes de saltar para a água

na classificação geral», disse o o timoneiro norte-americano, com 176 pontos na tabela ge-ral, cinco pontos a menos que o Team Telefónica, em segundo lugar, e a 13 pontos dos líderes franceses.

Com a previsão de ventos médios até à aproximação aos Açores, a frota deve registar dois dias de navegação até esta marca de passagem obri-gatória. Ventos fracos na área podem comprimir a frota e mar-car o recomeço da rota. Mas a partir daí, uma frente fria po-derá trazer ventos muito fortes para o restante trecho até ao porto francês de Lorient. A du-ração da etapa está estimada em sete dias. O final da VOR será em Galway, Irlanda, no iní-cio de Julho.

FrancesesConquistama CapitalO Groupama venceu a Oeiras In-Port Race da Volvo Ocean Race Lisboa em vela e aumen-tou para oito pontos a vantagem sobre os espanhóis do Telefóni-ca na classificação geral.

A equipa de Franck Cammas soma 189 pontos contra os 181 do Telefónica, de Iker Martinez, tendo precisado de 61.22 minu-tos para completar o percurso em vaivém entre Pedrouços e o Terreiro do Paço e uma “ba-nana” mais pequena, quase em frente à Torre de Belém.

O Puma ficou na segunda posição da Oeiras In-Port Race da etapa de Lisboa, com mais 22 segundos e cinco pontos, seguido do CAMPER, a 1.08 minutos e quatro pontos, Abu Dhabi, a 1.46 e três pontos, Team Sanya, a 3.28 e dois pon-tos, e Telefónica, a 4.17 e um ponto.

Na classificação geral, o Groupama lidera com 189 pon-tos, o Telefónica soma 181, o Puma 176, o CAMPER 166, o Abu Dhabi 107 e o Sanya 34.

A regata foi disputada com vento médio de sudeste (16 a 18 nós), tendo proporcionado imagens de rara beleza, com a zona histórica de Lisboa em pano de fundo, enquadrada pelo Cristo Rei, a Ponte 25 de Abril e dezenas de embarca-ções, entre as quais os navios escola Sagres e Creoula.

Team Puma é o 3º classificado

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Dois Veleiros Angolanosna Regata Cape Town - Rio 2014A Federação Angolana de Desportos Náuticos, na modalidade de Vela, registou as duas primeiras inscrições de embarcações de vela oceânica, os veleiros Mussulo III e o Bille, para a participação na Regata Cape 2-Rio, em representação do Clube Naval de Luanda.

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Notícias da Federação Angolana de Desportos Náuticos

Ambos os veleiros são Bavaria Crui-ser 55, actuais to-pos de gama da

marca. O MUSSULO III tem como proprietário o Prof. Dr. José Guilherme Mendes Perei-ra Caldas que é igualmente o skipper, enquanto que o BILLE é propriedade de Luís Manuel Correia da Silva, que também é o skipper do barco.

Bille Mussulo III

Pereira Almeida “Nico” em representação da Vela Angola-na, viajou para a cidade de Cap Town e fez a entrega no passa-do dia 6 de Abril, das respecti-vas inscrições ao Comodoro do Royal Cape Yacht Club, John Martin.

O Comodoro John Martin, que já fez duas voltas ao mundo em solitário, ficou visivelmente comovido pelo facto das duas

primeiras inscrições serem de Angola e de África, tendo ma-nifestado palavras de apreço e entusiasmo para com Angola e em especial para os jovens velejadores angolanos que vão participar na regata.

A largada desta regata está prevista para o dia 4 de Janeiro de 2014

A Regata da Cidade do Cabo até ao Rio de Janeiro é consi-

derada a maior regata oceânica do Hemisfério Sul, numa distân-cia com mais de 3.400 milhas em linha reta.

A última edição desta prova decorreu em 2011 e teve como veleiro vencedor, ao fim de 17 dias de regata, o “City of Cap Town”, comandado por Gerry Hedie e com uma tripulação formada por sul-africanos e brasileiros.

Troféu EDP 2012

Uma frota de 89 barcos marcou presença, no Dia de Portugal, no Troféu EDP 2012, prova

realizada no Rio Tejo e organizada pela Associação Naval de Lisboa.Em ORC 610 o Wahoo, de Filipe Penaguião foi o vencedor, seguido do Pede Vento, de Rui Ferreira e do Ideia Fixa, de Fernando Barros.O Funbel, de António Noronha foi o primeiro em ORC 450. Project 02, de Rui Ferreira e Atria 45, de João França foram segundo e terceiro, respec-tivamente.Em ANC A+E, triunfo do Radical III, de Miguel Mou-rão, com o Obbi, de Ruy Ribeiro e o Sete Mares, de Luís Soares, a fecharem o pódio. Em ANC B, vitória do Complot II, de Raul Xavier. O B2, de Miguel Rocha e o Dharma, de Paulo Catarino, foram 2º e 3º.Finalmente, em ANC D o Match 2, de Luís Castel-Branco, o Blangai, de Nuno Alves e o Cocoloco, de Pedro Rodrigues, foram os três primeiros.

Vela Ilumina o TejoFo

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Breves

Campeonato do Mundo de Laser Radial

Sara Carmo Aquém das ExpectativasSara Carmo terminou o

Mundial de Laser Ra-dial na 94ª posição. A prova, realizada em Boltenhagen, Alemanha, não correu de fei-ção à velejadora nacional que estará os Jogos Olímpicos de Londres de 2012.

Sara Carmo teve prestação menos positiva no Mundial

de Laser Radial e terminou o campeonato no 94º lugar (27ª do grupo prata). A lituana Gintare Scheidt, mulher famo-so velejador brasileiro Robert Scheidt, sagrou-se campeã do mundo. A prata foi para a chinesa Lijia Xu e o bronze seguiu para a finlandesa Sari Multala.

Álvaro Marinho/Miguel Nu-nes terminaram na 13ª

posição o Mundial de 470, que decorreu em Barcelona, Es-panha. António Matos Rosa/Ricardo Schedel foram 46º e João Villas-Boas/Paulo Manso acabaram em 87º.

Álvaro Marinho/Miguel Nu-nes não completaram a última regata do mundial de 470 e caíram para a 13ª posição da geral. Os australianos Mathew Belcher/Malcolm Page sagra-

Campeonato do Mundo de 470

Boa Prestaçãode Marinho e Nunes

ram-se campeões do mundo (3º título mundial para Belcher e 6º para Page), seguidos dos franceses Pierre Leboucher/Vincent Garos e dos croatas Sime Fantela/Igor Marenic.

Na Frota de Prata, António Matos Rosa/Ricardo Schedel foram 8º na última regata do campeonato e acabaram no 46º lugar. No grupo de bronze, João Villas-Boas/Paulo Manso quedaram-se pelo 87º posto da geral.

Troféu Santa Joana Princesa

Serafim GonçalvesTriunfa em AveiroSerafim Gonçalves aver-

bou mais uma vitória, ao alcançar destacado, o pri-meiro lugar da geral no Troféu Santa Joana Princesa.

O Troféu foi disputado no interior do porto de Aveiro, por iniciativa do Sporting Clu-be local.

O velejador recentemente sagrou-se Campeão Regional Absoluto do Norte, em repre-sentação do Clube Naval Po-voense/Bicasco

Além do triunfo, o quinto al-cançado na presente época e

o quarto consecutivo, o lase-rista do clube poveiro exerceu total supremacia sobre os de-mais concorrentes, impondo-se nas 3 regatas realizadas.

Em face disso, o novo de-tentor do ceptro nortenho conseguiu o primeiro lugar do pódio com margem bastante folgada (3 pontos, ou seja, 4 pontos menos), à frente de Pedro Martins, da NADO (foi 2.º com sete) e Manuel Ma-chado, do Clube de Vela da Costa Nova, terceiro, com nove.

Campeonato Nacional de Vaurien

Domínio VilafranquenseOCampeonato Nacional

da Classe Vaurien 2012 teve lugar em Lagos organiza-do pelo Clube de Vela local.

A dupla Alexandre Paulino/Luís Silva da União Desportiva Vilafranquense sagrou-se Cam-peã Nacional Absoluta e Master da classe Vaurien, sendo ainda 1º no Ranking nacional da clas-se.

Joaquim Fornelos/Marta For-nelos, do Clube de Vela de Via-na do Castelo foram segundos classificados, enquanto Paulo Prazeres/Ricardo Ferreira, do Grupo Desportivo da Cimpor quedaram-se pelo terceiro pos-to.

No total, marcaram presença 16 tripulações e foram disputa-das 9 regatas.

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Um Convite para ContinuarA 1ª Feira Náutica do Tejo que decorreu entre os dias 31 de Maio e 3 de Junho nas instalações do Centro Náutico de Algés, num amplo espaço e mesmo junto ao rio, deixou como indicador que pode vir a ser um grande evento no futuro como feira da Primavera/Verão, pois tem boas condições para dar aos expositores e para receber o público.

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Feira Náutica do Tejo

Responderam à ini-ciativa, lançada pelo Centro Náu-tico de Algés, 52

empresas cobrindo um vasto le-que de actividades económicas do sector da náutica de recreio. Estavam em exposição motores interiores e motores fora de bor-da, embarcações a motor e à vela, motas de água, canoas, equipa-mentos náuticos, construção e reparação de velas, acessórios, equipamentos electrónicos e es-colas de formação náutica. Havia também embarcações usadas à espera de novos donos.

O interesse dos expositores por uma Feira nesta altura do ano, já vem de muito tempo e realizaram-se até algumas no Algarve, aproveitando os feria-dos e as pontes. Mas em Lisboa nunca.

Há muito que se sabe que a actividade da náutica de recreio em Portugal inicia-se cada vez mais perto do Verão e quando os Invernos são mais rigorosos e a Engª Natércia Cabral, presidente da Administração do Porto de Lisboa, depois de cortar a fita da inauguração

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Primavera também não aquece, ninguem pensa em barcos.

Por isso, a ideia do Centro Náutico de Algés foi tão bem aco-lhida. O tempo aqueceu, a pro-moção da Volvo Ocean Race em Lisboa, que decorreu mesmo ao lado era outro factor a ter em con-ta para chamar também o público à Feira Náutica. Outro dos argu-mentos, era a entrada livre sem pagamento de qualquer bilhete e igualmente o estacionamento gratuito, num parque fechado e com seguranças.

Dos expositores com quem fa-lámos, todos disseram que o local onde decorreu a Feira Náutica, junto ao rio e com a possibilidade de se colocarem embarcações na água e de se poderem fazer “test drives” é excelente. Quanto às da-tas, as opiniões divergem, mas o mês de Maio é mais consensual. Também pensam que este evento deverá realizar-se igualmente no próximo ano e firmar-se futuramen-te como uma boa oportunidade de negócios para o sector e a possibi-lidade do público encontrar ainda a tempo o barco e os equipamentos que vai levar para as férias.

No acto solene da abertura, re-gistamos que a inauguração desta primeira Feira Náutica do Tejo foi feita pela Eng.ª Natércia Cabral, presidente da Administração do Porto de Lisboa.

Ouvimos ainda o Eng.º Marti-nho Fortunato, da administração do Centro Náutico de Algés, que nos disse: “Estamos muito satisfei-tos porque organizámos esta Feira em muito pouco tempo e tivemos uma excelente aderência de ex-positores. Ainda nada decidimos, sobre a continuidade desta nossa iniciativa. Mas é muito provável que Feira Náutica do Tejo passe a ser um evento anual nesta altura do ano.”

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Boas Performancesde um Pequeno Cruzeiro Costeiro

Foi nas águas de Cascais que testámos o novo Honda BF250, um motor há muito esperado, agora o topo de gama da marca japonesa, pioneira dos motores a 4 tempos. Serviu de teste o Capelli Cap 25 WA, uma embarcação polivalente do tipo “Day Cruiser” e desenvolvida também para o pequeno cruzeiro ao longo do litoral.

Náutica

Teste - Capelli Cap 25 WA com Novo Honda BF250 Texto e Fotografia Antero dos Santos

Oestaleiro italiano Capelli, que tem a Porti Nauta do Grupo Angel Pilot

como representante exclusi-vo para Portugal, constrói a gama Cap, embarcações em fibra, e a gama Tempest, barcos semi-rigidos. No to-tal são cerca de 50 mode-los desde os 2,20 metros de comprimento, os barcos tender, até aos 9,70 metros, embarcações do tipo “Sport Cruiser”.

O convite para os testes feitos a partir da Marina de Cascais partiu da Honda Marine, que montou, para o efeito, uma base de apresen-tação do novo motor a todos os seus concessionários e à imprensa especializada.O casco tem um V profundo

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Em virtude dascaracterísticas que oferece, o Cap 25 WA parece um barco maior com uma utilizaçãomuito versátil. O Cap 25 WA é uma embarca-ção elegante e compacta que apresenta um estilo marinheiro, com uma borda alta e segura, a proa termina num púlpito, tem uma forma deflectora e o casco é em V profundo.

No Cap 25 WA destaca-se a organização dos espaços, o amplo equipamento com que foi dotado e sobretudo, a ergono-mia e design do equipamento e o seu excelente acabamento.

Foi assim desenvolvido um programa para um barco com cerca de 7 metros, no qual se

introduziram uma série de ino-vações que permitiram a utiliza-ção do barco com uma notável polivalência.

Não foi esquecido neste mo-delo a facilidade de circulação e o conforto dos ocupantes, com confortáveis bancos e uma am-pla e bem equipada cabina. É fácil entrar no barco pela popa a bombordo e passar do poço para a proa, bem como entrar para a cabina por dois degraus bem posicionados.

Podemos considerar no Cap 25 WA, três áreas distintas. A principal é o posto de pilotagem em conjunto com o poço, que constituem a zona de comando e de convívio, onde se passam mais horas. À frente fica um amplo e confortável solário que ocupa todo o espaço e permi-te estar-se recostado também,

a apanhar os banhos de sol e no relax. A cabina é neste bar-co muito importante, pois está equipada para permitir com conforto um casal pernoitar num fim-de -semana, ou mesmo em férias, dispondo de um banco em U convertível em cama, tem ainda um lavatório, móvel com frigorífico e um quarto de banho com wc marítimo. A cabina tem uma vigia lateral e uma escoti-lha no tecto.

Podemos dizer que no Cap 25 WA não há espaços por aproveitar, pois existe sem-pre em qualquer recanto um equipamento disponível para se usar, ou um compartimento para arrumações.

Protegido por um para-brisas arredondado em vidro acrílico, o posto de comando destaca-se neste barco, sobretudo pela

O novo Honda BF250 equipava o Capelli Cap 25 WA

O posto de pilotagem e a entrada da cabina

Capelli Cap 25 WA

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Náutica

facilidade de manuseamento do equipamento que comporta, e também pelo design moderno, elegância e ergonomia do pai-nel de instrumentos.

Para a condução de pé, o pi-loto dispõe de um banco encos-to, mas pode conduzir sentado com os pés assentes num apoio em madeira. Sob o assento do

piloto existe um fogão e um la-vatório e de lado, bem á mão, encontra-se um compartimento com o extintor.

O poço tem à popa um banco corrido estofado com lugar para quatro pessoas. Uma das ino-vações neste barco é a mesa rebatível e em madeira que existe nas costas do assento

do piloto e que facilmente se le-vanta e desce para utilizar nos piqueniques, em vez da mesa clássica com um pé metálico, que vai guardada e tem de ser montada quando é necessário. Existem seis encaixes no topo do assento e junto à mesa, para colocar as bebidas, copos ou garrafas.

A borda do poço é guarne-cida em madeira de teca e por baixo dispõe de transportado-res de canas.

Sob o banco da popa existe um enorme porão onde se po-dem guardar todos os estofos e arrumar a palamenta.

Depois dos banhos de mar e dos mergulhos, junto à popa existe um chuveiro de água doce, para tirar o sal.

Entre os muitos equipamen-tos standard e opcionais que o Cap 25 WA dispõe, salientamos também o bimini, importante para proteger o poço do sol.

Motor Honda BF250O novo Honda BF 250 foi de-senvolvido a partir do bloco motor do BF225, ao qual au-mentou-se a cabeça do motor que passou a dispor de maior cilindrada, com 3.583 cm3. As-sim, é um motor V6 com 24 vál-vulas, (SOHC), que apresenta um novo conceito de estilo, com um design estético, de aspecto esguio, devido ao desenho da admissão directa das entradas de ar no capot.

Uma nova geração de moto-res fora de borda Honda é lan-çada agora pela nova cor Prata Aquamarine e novos gráficos.

O novo Honda BF250 res-ponde perfeitamente ao con-ceito de produto e de objetivos criado pela marca japonesa, alargar a gama de alta potência através da incorporação de tec-nologia exclusiva Honda, con-seguir o melhor resultado na sua classe e reforçar e expandir a gama existente.

Quanto ao desempenho, conseguiu-se um arranque so-berbo, elevada potência duran-te todo o regime de rotação e excelente manobrabilidade.

Também uma relação de transmissão mais baixa, 2.0 e uma nova caixa de engrena-gens, mais hidrodinâmica, mar-ca um importante ganho neste motor.

O esforço de engrenagem foi ainda mais reduzido graças à introdução do novo sistema de controlo e Redução da Carga de Engrenagem.

No que respeita à eficiência de combustível, obteve-se a melhor economia da sua classe em velocidade de cruzeiro, efi-ciência hidrodinâmica e custos de operação reduzido.

A curvar com muita segurança

Posto de comando No poço o banco à popa tem uma mesa de piquenique rebatível

À proa encontra-se um solário

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Em virtude das suas ca-racterísticas, o Honda BF250 está dirigido ao mercado do cruzeiro para embarcações semi-rígidas de passeio, barcos “day-cruiser”, pesca offshore, e também semi-rígidos de velocidade. Para o mercado profissional, o Hon-da BF250 destina-se a equi-par embarcações de patrulha da guarda costeira, vigilância oceânica, barcos de apoio a regatas e para o transporte

de lixo.Este motor, como todos os

outros da nova geração Hon-da, tem a ligação NMEA2000, que oferece a possibilidade de ver os dados dos equipa-mentos eletrónicos de bordo e os dados de funcionamento do motor num display.

O Honda BF250 tem 3 anos de garantia e apresenta-se ao mercado como o 250 HP mais barato, no preço de venda ao público.

Desempenhomarinheiro e boas performancesem CascaisNa baía de Cascais, no dia do teste, não havia vento mas o mar estava com ondulação li-geira, permitindo testar as ve-locidades e também o desem-penho do barco em condições de mar que exigem um casco adequado.

O Capelli Cap 25 WA tem o casco com um V profundo, é um

barco compacto com o peso de 1.800 Kg e agarra-se bastante à água. As performances que con-seguiu foram notáveis, especial-mente na descolagem da água no arranque, onde as caracterís-ticas do Honda BF250 com a tec-nologia BLAST, se impuseram. Assim em apenas 1,89 segun-dos o barco já planava. Também a aceleração até às 5.000 rpm em 13,60 segundos e o Capelli a atingir 30 nós, mostrou o poder de aceleração do motor.

Na cabina existe um quarto de banho Frigorífico e lavatório à entrada da cabina

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Náutica

Características TécnicasComprimento 7,35 m

Boca 2,50 m

Peso 1.800Kg

Depósito de combustível 290 L

Depósito de água doce 70 L

Lotação 9

Potência máxima 300 HP

Motor Honda BF250

Preço base barco/motor s/IVA 59.700 e

PerformancesTempo para planar 1,89 seg

Aceleração às 5.000 rpm 30 nós 13,60 seg.

Velocidade máxima 41 nós 6.000 rpm

Velocidade de cruzeiro 24/26 nós 4.000 rpm

Mínimo a planar 11,5 nós 2.800 rpm

3.000 rpm 12,8 nós

3.500 rpm 18 nós

4.000 rpm 24 nós

4.500 rpm 29,4 nós

5.000 rpm 34 nós

5.500 rpm 38 nós

6.000 rpm 41 nós

Importador Exclusivo / DistribuidorPorti Nauta, Lda – Complexo dos Estaleiros Navais, Bloco B

armazém 8, 8400-278 Parchal Lagoa Tel.: 282 343 086 www.angelpilot.com/portinauta.com

Honda Marine – www.honda.pt

As características do casco que apontámos, também servi-ram para confirmar que o barco plana no mínimo de velocidade a 11,5 nós.

Quando acelerámos ao máxi-mo, às 6.000 rpm, atingimos os 41 nós.

Realçamos, sobretudo, a ve-locidade de cruzeiro económica e rápida, que fizemos a 24/26 nós às 4.000 rpm.

A navegar contra a ondulação,

o barco teve um comportamento que evidenciou a sua robustez e a passar as vagas cortava a água sem aquelas pancadas se-cas que incomodam. Devido a isso, conseguimos navegar a 30 nós com todo o conforto e com segurança. E quando algumas vezes o barco saltou nas ondas, caiu sempre direito, mostrando bem as suas características ma-rinheiras.

Também vimos que o casco

deflete bem a água e por isso não saltaram pingos para o poço, que chegou no final seco.

rpmO piloto vai bem encosta-do e tem uma excelente posição de condução em pé e também sentado. Destacamos que a di-

recção é bastante leve e segura, permitindo conduzir o barco sem esforço.

Para concluir, realçamos a enorme polivalência deste Cap 25 WA, com características ade-quadas para navegar no mar com segurança e comodidade e permitir a sua utilização em diversos usos aquáticos, como a pesca, o mergulho e o esqui. Com a grande vantagem de ter acomodação para duas pesso-as passarem um fim-de-semana ou umas pequenas férias em pequeno cruzeiro e fazer os passeios familiares com pique-niques e ainda dar uns bons mergulhos ou tomar banhos de sol.

No que respeita ao Honda BF250 que tinha montado, O Cap 25WA correspondeu com um desempenho performante às solicitações do motor e este ofereceu aos ocupantes uma navegação com um trabalhar muito silencioso.

O Capelli Cap 25 WA fez excelentes performances com o Honda BF250

Banco encosto do piloto

A mesa de piquenique

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152012 Junho 306

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16 2012 Junho 306

As Tecnologias Honda IncorporadasO novo Honda BF250 inclui as mais modernas tecnologias desenvolvidas pelos engenheiros da Honda e que foram aplicadas com êxito nos motores de média e alta potência da nova geração da marca.

Náutica

Honda BF250

VTECVTEC é o sistema do controlo electrónico do comando e aber-tura variável das válvulas. Este sistema, aplicado igualmente nos automóveis de alta competição e que nunca teve qualquer avaria, altera o comando e a elevação das válvulas, de acordo com as condições de funcionamento, ge-rando uma curva de binário mais ampla e mais plana, desde a baixa a alta rotação, com maior saída de potência a alta velocidade.

Sistema de Admissão Directa do ArO Sistema de admissão Directa de Ar foi concebido para reduzir a temperatura do ar da admissão, o que aumenta o volume do ar que entra para o motor, provocando um aumento de mais potência.O novo design do Sistema de Ad-

Sistema VTEC

Sistema de admissão directa do ar

missão Directa de Ar permite as-pirar ar do exterior de forma mais directa para dentro do motor, para a máxima eficiência volumétrica e maior potência do motor. O ar ex-terior aspirado para dentro do ca-pot é mantido a uma temperatura baixa e a humidade é retirada.

V A I S Sistemade AdmissãoVariável do ArO Sistema de Admissão Variável do Ar, variando o comprimento da conduta de admissão do ar, au-menta a potência a alta rotação, melhora o funcionamento geral e ajuda a aumentar o binário a baixa rotação.Prémio de inovação IBEX em 2011

Sistema de Arde Refrigeração

Sistema de ar de refrigeração do motor

Silenciador do tipo interferência

do MotorA ventoinha de refrigeração accio-nada pela cambota aspira ar atra-vés do compartimento do motor e expele o ar quente pela parte su-perior do capot. Este sistema não só assegura o máximo de refrige-ração no compartimento do motor, como também no Sistema de Ad-missão Directa de Ar.

Silenciadordo TipoInterferênciaFoi adicionada uma câmara (ra-mal lateral) à passagem de admis-são do ar. As ondas sonoras são forçadas a interferir umas com as outras, re-duzindo o ruído da admissão do ar. As ondas sonoras ao baterem umas nas outras, anulam-se e o ruído da admissão do ar é supri-mido.

Redução do Esforço

de EngrenagensNeste sistema, a ECU (unidade de controlo do motor) altera o ponto de ignição do motor, o que modifica o binário do motor du-rante a utilização das mudanças pelo operador da embarcação, permitindo reduzir o esforço de engrenagem.

PGM-Fi InjecçãoProgramadade CombustívelA Injecção Sequencial de Com-bustível oferece um arranque fácil e seguro, respostas instantâneas ao acelerador e superior eficiência de combustível.O controlo de precisão da injec-ção de combustível, através da unidade electrónica de controlo, ECU, permite um superior con-trolo da combustão, aumentando igualmente a performance do ar-ranque. O sistema tem um novo Sensor O2 com melhor resistência à água.

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Náutica

Sistema Regulávelde Ralenti-CargaO motor tem um alternador de ele-vada potência, 90 amperes, para corresponder aos requisitos de consumo dos equipamentos eléc-tricos habitualmente instalados.Mas foi desenvolvida e incorpora-da uma função nova, um sistema ajustável de carga ao ralenti.Quando a potência de carga da bateria se tornar insuficiente de-vido ao aumento da carga, a ro-tação do ralenti sobe automatica-mente para aumentar a potência de carga. Quando se engrena uma mudan-ça, o controlo é interrompido e a rotação do motor é reduzida. Inovação com prémio IBEX em 2011

BLAST BinárioAumentadoa Baixa RotaçãoPonto de ignição controlado au-menta o binário do motor durante as acelerações rápidas, reduzindo o tempo necessário para a embar-cação planar.Esta tecnologia, exclusiva da Hon-da, obtém arranques explosivos para as embarcações planarem de imediato.

ECOmo Motorde EconomiaControladaTecnologia de combustão pobre de segunda geração, para obter óptima economia de combustível, com um consumo especialmente

reduzido em velocidades cons-tantes numa gama específica de cruzeiro.

Em modo ECOmo, o motor funcio-na numa relação ar/combustível pobre (18/1).

A relação ar/combustível é contro-lada pela ECU, com base em infor-mações recebidas do sensor O2

PGM-Fi Injecção programada de combustível

Blast binário aumentado a baixa rotação ECOmo, motor de economia controlada

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18 2012 Junho 306

Barco Robusto e RápidoPara o Cruzeiro ou para a Pesca

Fizemos um teste, no passado dia 11 de Maio em Isla Canela, no sul de Espanha, ao San Remo 900 Pro, equipado com o novo motor Honda BF250, que resultou em prestações com boas performances e a evidência da robustez do barco.

Náutica

Teste - San Remo 900 Pro com Honda BF250 Texto e Fotografia Antero dos Santos

Oteste que efetuá-mos a partir da ma-rina de Isla Canela, foi feito a convite do

estaleiro Riatlante, que tem já uma frota de cerca de 40 embarcações

vendidas a clientes espanhóis do sul e estão espalhadas pelas mari-nas da Andaluzia, confirmando bem o interesse deste mercado pelas características de preço/qualidade dos San Remo.

Criada e desenvolvida pelo esta-leiro Riatlante, de Aveiro, San Remo é uma marca de embarcações que apresenta as características de barco elegante de casco marinheiro para a pesca e o cruzeiro, e com um

design evidenciando as linhas da marca. O estaleiro Riatlante foi fun-dado há largos anos e tem já uma larga experiência na construção de barcos robustos para o mar.

Com uma produção de modelos desde os 6,35 aos 9,30 metros, a gama San Remo apresenta como características principais a robus-tez e o design do casco, condição indispensável para navegar com segurança e comodidade no mar.

A fim de garantir essa qualidade, os San Remo são barcos insubmer-síveis e os cascos em V profundo são construídos com as estruturais longitudinais e transversais muito reforçadas. Os robaletes do casco são muito marcados e os planos de estabilidade laterais bastante salientes, para permitirem boa res-posta de manobra, sofrerem pouco com os balanços laterais quando estão parados e disporem de rapi-dez nas saídas da água.

O estaleiro Riatlante permite personalizar qualquer dos modelos, ao gosto e de acordo com necessi-dades do cliente, com várias cores à disposição tanto para o casco como para os interiores, e igualmente no que respeita aos equipamentos e acessórios opcionais, consoante a O Honda BF250 equipava o San Remo 900 Pro

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192012 Junho 306

Náutica

embarcação é mais para uso dos pescadores ou para os passeios familiares e o cruzeiro.

O San Remo 900 Proé uma embarcaçãode utilizaçãosimples, completae confortávelO San Remo 900 Pro que testá-mos, era uma embarcação de cor marfim e com os vidros fumados e os alumínios das janelas e portas em preto, oferecendo um efeito es-

tético interessante.A facilidade de circular no poço,

completamente desimpedido, bem como o acesso da cabina de pilota-gem para o camarote, pareceu-nos simples, permitindo o manusea-mento do equipamento sem qual-quer dificuldade. Neste barco há também o excelente aproveitamen-to dos espaços e isto pareceu-nos ser igualmente um dos pontos altos deste modelo.

Para o poço, entra-se por esti-bordo por uma plataforma na popa.

A passagem tem uma porta de segurança. Atrás tem um assento sobre compartimento para arruma-ções.

A borda é forrada em madeira e

em baixo almofadada para permitir encostar com conforto as pernas dos pescadores.

As paredes laterais do poço têm uma prateleira para guardar equi-

O casco tem um V profundo

O Novo Honda BF250

San Remo 900 Pro

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20 2012 Junho 306

Náutica

pamentosO poço tem ainda quatro porta-

canas, dois de cada lado.No piso existe um grande porão

onde se encontra o depósito de combustível e espaço para guardar a palamenta e guardar almofadas e o solário.

Para os banhos de sol, pode-se

montar um solário sobre o convés à proa.

As passagens laterais para a proa e o solário, têm o apoio de um comprido varandim em aço inox.

A proa termina num púlpito com um degrau em madeira, tem o apoio para o ferro, um molinete eléctrico e o porão para a corrente e os cabos

de fundear.A cabina de pilotagem tem uma

porta com fechadura, preservando o interior.

A cabina de pilotagem forma um amplo salão, onde se encontra o posto de comando a estibordo e uma zona de convívio a bombordo com uma mesa que serve igual-mente para as refeições. A mesa tem dobradiças para fechar e faci-litar a passagem.

O piloto vai sentado num banco individual com apoio para os pés, tem excelente visibilidade para a frente e para os lados e dispõe de um painel de instrumentos com toda a informação necessária.

A cozinha, fica atrás do banco do piloto e dispõe de armário para arrumação de loiças, fogão, lavató-rio e frigorífico. O sistema de abrir o tampo da cozinha é simples e efi-ciente.

À frente e na coberta inferior fica um camarote, para a qual se entra por uma porta deslizante, que corre atrás do posto de comado. No in-terior um banco em U, convertível

em cama de casal. Nesta cabina, a bombordo, existe um espaço com uma cama de casal que tem uma vigia para entrada de luz.

O quarto de banho a estibordo tem um sanitário marítimo e um la-vatório com duche.

Do lado de bombordo existe um roupeiro com porta, no interior do qual se pode arrumar muita roupa.

Motor Honda BF250O novo Honda BF 250 foi desen-volvido a partir do bloco motor do BF225. A este bloco aumentou-se a cabeça do motor que passou a dis-por de maior cilindrada, com 3.583 cm3. Assim, é um motor V6 com 24 válvulas, (SOHC), que apresenta um novo conceito quanto ao estilo, com um design de aspeto esguio, devido ao desenho da admissão di-reta das entradas de ar no capot.

Com a cor Prata Aquamarine do BF250 e novos gráficos, vai ser lan-çada agora uma nova geração de motores fora de borda Honda.

O novo Honda BF250 respon-de perfeitamente ao conceito de produto e de objetivos criado pela marca japonesa, alargar a gama de alta potência através da incorpora-ção de tecnologia exclusiva Honda, conseguir o melhor resultado na sua classe e reforçar e expandir a gama existente.

Quanto ao desempenho, con-seguiu-se um arranque soberbo, elevada potência durante todo o regime de rotação e excelente ma-nobrabilidade.

Também uma relação de trans-missão mais baixa, 2.0 e uma nova caixa de engrenagens, mais hidro-dinâmica, marca um importante ga-nho neste motor.

O esforço de engrenagem foi ainda mais reduzido graças à intro-dução do novo sistema de controlo e Redução da Carga de Engrena-gem.

No que respeita à eficiência de combustível, obteve-se a melhor economia da sua classe em velo-cidade de cruzeiro, com o sistema

O San Remo 900 Pro atingiu boas performances

Cama de Casal à frente O posto de comando

O salão na cabina de pilotagem

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212012 Junho 306

Náutica

ECOmo e eficiência hidrodinâmica e custos de operação reduzidos.

Este motor, como todos os ou-tros da nova geração Honda, tem a ligação NMEA2000, que oferece a possibilidade de ver os dados dos equipamentos eletrónicos de bordo e os dados de funcionamento do motor num display.

Em virtude das suas característi-cas, o Honda BF250 está dirigido ao mercado do cruzeiro para embarca-ções semi-rígidas de passeio, bar-cos “day-cruiser”, pesca offshore, e também semi-rígidos de velocida-de. Para o mercado profissional, o Honda BF250 destina-se a equipar embarcações de patrulha da guar-da costeira, vigilância oceânica, barcos de apoio a regatas e para o transporte de cargas pesadas.

O Honda BF250 tem 3 anos de garantia e apresenta-se ao merca-do como o 250 HP mais barato, no preço de venda ao público.

Um desempenhoque mostrouum casco rápidoe robusto No dia do teste ao largo da Isla Ca-nela não havia vento, mas o mar tinha alguma ondulação.

Solário à proa Púlpito com encaixe para o ferro

Ampla entrada para o camarote

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22 2012 Junho 306

Náutica

Características TécnicasComprimento 9,30 m

Boca 2,99 m

Calado 0,58 m

Peso 3.900 Kg

Lotação 12

Camas 4

Depósito de combustível 400 L

Depósito de água doce 200 L

Potência máxima 2 x 300 HP

Motor Honda BF250

Preço base do barco/motor s/IVA 74.600 e

PerformancesTempo de planar 2,11 seg.

Aceleração às 5.000 rpm 23 nós 15,20 seg.

Velocidade máxima 30 nós 5.500 rpm

Velocidade de cruzeiro 23 nós 4.500 rpm

Mínimo a planar 11 nós 3.000 rpm

3.500 rpm 11,5 nós

4.000 rpm 15,2 nós

4.500 rpm 23 nós

5.000 rpm 26,4 nós

5.500 rpm 30 nós

Fabricante e ImportadorRiatlante, Lda – E.N. 235 Aveiro – Oiâ

3770-059 Oliveira do Bairro Telef.: 234 722 829 www.sanremoboats.com

Honda Marine – www.honda.pt

O teste foi efetuado com seis pessoas a bordo.

Conhecendo já as característi-cas do Honda BF250, no que res-peita sobretudo à aceleração no arranque, queríamos ver como o San Remo 900 Pro, um barco que pesa 3.900 Kg, entrava a planar e se portava na aceleração. E de fac-

to o San Remo foi rápido, pois em apenas 2,11 segundos já estava a planar. Também na aceleração até às 5.000 rpm, em 15,20 segundos estava nos 23 nós.

Realçamos a velocidade de cru-zeiro que fizemos às 4.500 rpm, numa velocidade económica e rápi-da a 23 nós.

Quanto à velocidade máxima, não conseguimos passar das 5.500 rpm e a estas rotações o barco navegava a 30 nós.

Apesar das condições do mar, com alguma ondulação, notámos o excelente comportamento do casco, que tem um V profundo, a cortar a água sem bater, oferecendo uma na-vegação confortável, mesmo quando íamos nas velocidades mais altas.

Neste tipo de embarcação, no mar, o mais importante é como res-ponde a uma aceleração de emer-

Um casco robusto e marinheiro

A cozinha

Quarto de banho

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232012 Junho 306

Náutica

gência e faz um cruzeiro económico em boa velocidade, sem passar das 4.500 rpm. E neste caso o conjunto deu uma resposta bem positiva.

Também verificámos que o casco deflecte bastante bem para fora a água, sem salpicar o poço.

A posição do piloto, sentado no banco individual e com os pés apoia-dos, permite uma condução com boa comodidade. E como tem boa visibi-lidade faz as manobras com facilida-de.

Apesar do V, o San remo 900 Pro adorna a curvar apenas ligeiramente,

graças aos planos de estabilidade laterais que apoiam bem o barco na água, especialmente atrás. Também é graças a esta característica que o barco não balança quando está parado e os pescadores podem-se movimentar com segurança junto à borda.

Em conclusão, queremos reforçar que o San Remo 900 Pro que testá-mos é confortável e permite que se faça um uso bastante diversificado, quer no cruzeiro familiar, como tam-bém à pesca, com acomodação até oito pessoas.

O poçoCama de casal a bombordo

Comando do molinete eléctrico

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24 2012 Junho 306

Aquafoto Sealife 2012 no Porto

A Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas (FPAS) realizou a primeira prova do circuito nacional de fotografia subaquática deste ano no Aquário do Sealife, nos dias 4, 5 e 6 de Maio de 2012, no Porto.

Mergulho

Notícias da Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas

Aorganização de uma prova de fo-tografia subaquá-tica num Aquário

tem particularidades específi-cas, porque exige uma logística e coordenação dos mergulhos

com uma complexidade dife-rente das realizadas no mar.

Para além disso, tem que ser garantida a segurança e a integridade de quem mergulha, bem como dos animais residen-tes no Aquário, que estão em

ambiente confinado e não estão habituados a serem “incomoda-dos”.

Esta competição foi consti-tuída por duas jornadas, cada uma composta por duas provas de 20 minutos, num total de 40

minutos por atleta. A duração é aferida ao minuto, já que exis-tem penalizações para quem excede o tempo de prova.

Participaram 9 Atletas, vin-dos de vários pontos do país e cada fotógrafo tinha que apresentar um portfólio com-posto por 3 fotografias e o júri teve ainda de escolher de en-tre todas as fotografias a con-curso, uma que fosse mais representativa do “SEALIFE”.

O júri composto por cinco elementos: Francisco Dias, Luís Sarmento, Pedro Go-mes, Óscar Felgueira e Rogé-rio Silva, e assessorado por Armando Ribeiro da Comis-são de Audiovisuais da FPAS, reuniu-se posteriormente no dia 12 de Maio de 2012, para avaliar os trabalhos apresen-tados.

Por fim, os resultados dita-ram que o vencedor do troféu da fotografia mais representa-tiva do “SEALIFE” foi o Atleta Manuel Silva.

E o pódio desta edição do “AQUAFOTO SEALIFE 2012” José Carvalho, 1º lugar

AQUA

FOTO

Sea

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012

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- 2º L

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e +

repr

esen

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Manuel Silva, foto mais representativa e 2º lugar

Page 25: Notícias do Mar n.º 306

252012 Junho 306

Mergulho

ficou composto pelo Paulo Nu-nes no terceiro lugar, com 21 pontos, no segundo lugar o fotógrafo da casa, Manuel Sil-va, com 22 pontos e o portfólio vencedor foi o do fotógrafo José Carvalho que totalizou 24 pon-tos.

A FPAS no final agradeceu ao Sealife do Porto, nomeada-mente ao seu Director Geral - Rui Ferreira, ao Director de Logística - Jorge Ferreira e à Bi-óloga – Ana Ferreira, por terem possibilitado a realização deste evento ímpar. Pedro Vasconçelos, 6º lugar

Rui Janarra, 7º lugar

Graça Casal, 8º lugar

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26 2012 Junho 306

Mergulho

Sobrea ModalidadeA fotografia subaquática é con-siderada como uma especiali-zação do mergulho com esca-fandro ou em apneia.

Podendo ser praticada por atletas de competição de uma faixa etária mais alargada do que o habitual noutras modali-dades, para além dos 40 anos.

Para além do tradicional equipamento de mergulho, é

necessária uma camara foto-gráfica com uma caixa estan-que e flash’s subaquáticos para iluminação do meio ambiente uma vez que as cores debaixo de água se perdem com a pro-fundidade.

Os principais objectivos des-ta modalidade são: promover e divulgar os fundos marinhos, participação e representação de Portugal através de competi-ções e eventos de fotografia.

Nuno Gonçalves, 4º lugar Valentina Lopes, 9º lugar

Paulo Nunes, 3º lugar

Pedro Alves, 4º lugar

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272012 Junho 306

Yamaha Lança Discount CardDe 1 de Fevereiro a 30 de Novembro 2012Dizemos e fazemos! Em 2012 a Yamaha apoia-o em todos os sentidos...

Náutica

Notícias Yamaha

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28 2012 Junho 306

Linha BWA com Inovaçõesque Aumentam Polivalência

Testámos no passado dia 18 de Maio na baía de Cascais, equipado com o motor Honda BF115, o semi-rígido BWA HP Reef 60, uma embarcação da nova linha HP Reef, criada para oferecer maior conforto e mais ve rsátil utilização.

Náutica

Teste - BWA HP Reef 60 com Honda BF115 Texto e Fotografia Antero dos Santos

Aapresentação à im-prensa especializada dos semi-rígidos BWA e o convite para o tes-

te , foi efetuado pela Honda Marine e pela Parede Náutica, atualmente o representante e importador exclu-

sivo do estaleiro italiano BWA. O construtor BWA é um dos lide-

res europeus na construção deste tipo de embarcações, com uma ex-periência com mais de 50 anos.

Desde sempre, os designers e engenheiros do estaleiro procura-

ram encontrar novas soluções que mantivessem o prestígio da marca quanto à qualidade, sobretudo no mercado de Itália, onde existe o maior mercado e mais concorrência de fabricantes.

Em virtude disso, os tubos são

fabricados em Neoprene/Hypa-lon Orca do principal fabricante do mundo deste material, a Pennel & Flipo.

Hoje, a BWA fabrica quatro ga-mas de modelos, Extra-Ordinari, Profissional, Tender e Diporto, em-barcações desde os 4,50 metros até um cabinado com 12,60 metros de comprimento.

A linha HP Reef foi concebida para oferecer uma embarcação muito polivalente, desenvolvida com grande ergonomia, de modo a satisfazer o máximo conforto. Nes-tas embarcações foram aplicadas muitas soluções inovadoras, para permitir o melhor aproveitamento dos espaços e dos equipamentos. A gama BWA para 2012 apresen-ta sete modelos HP Reef dos 5,38 metros aos 8,15 metros de compri-mento.

O BWA HP Reef 60incorpora amplascaracterísticaspara as suas dimensõesVimos que o BWA Reef 60 é um semi-rígido com uma linha elegan-te, tem os tubos colados por fora O Honda BF115 montado no BWA Reef 60

Page 29: Notícias do Mar n.º 306

292012 Junho 306

Náutica

ao casco e por dentro à coberta e com um verdugo duplo de proteção à volta, formando uma embarcação muito compacta. Tem um casco especial, com um V muito profun-do, os robaletes muito salientes e os planos de estabilidade laterais formam ligeiros túneis atrás, para facilitar a descolagem da água e aumentar a estabilidade.

Sobressai neste barco, princi-palmente, a ergonomia de todo o equipamento interior.

Para uma embarcação com 6,20 metros de comprimento, tem três amplas áreas, parecendo um barco bastante maior e está muito completo de equipamento. O posto de comando é a zona principal do barco. Ele é formado por uma con-sola de condução central, elegante e funcional, com a dimensão ade-quada ao piloto, e um banco encos-to para a condução de pé.

Tanto a consola de condução como o encosto do piloto têm en-volvendo um corrimão em aço inox para facilitar com segurança a cir-culação da popa para proa e tam-bém para a navegação em pé de um passageiro de cada lado.

À popa encontra-se um banco estofado para três pessoas, que se converte num solário, quando che-ga o momento dos banhos de sol.

Também se pode utilizar um so-lário que se pode montar à proa, sobre o porão.

Outro equipamento Inovador é a mesa que se encontra atrás do encosto do piloto, que se levanta e baixa, e serve para os piqueniques.

Podemos considerar este barco como um campeão da arrumação, com um porão à proa, outro sob o banco da popa e compartimentos dentro da consola de condução e no banco encosto. Importante também é a incorporação de amortecedores hidráulicos nas tampas dos porões, pois facilita bastante levantá-las sem esforço.

Outra inovação é o processo de largar e recolher o ferro. Na proa

está colado um cabeçote retangular em fibra, onde se encaixa o ferro, corre a corrente e tem um cunho de amarração de cada lado. Atrás fica um porão onde se guarda a corren-te e os cabos.

Este modelo estava equipado à popa com um “rool-bar” em aço inox e tem também um duche de água doce.

Entre uma enorme quantidade de acessórios standard, realçamos ainda as luzes de navegação e de acostagem Led.

Motor Honda BF115O BF115 é um motor com grande impulso e destina-se muito espe-cialmente para embarcações profis-sionais e de recreio que necessitem de alta potência com um elevado binário.

O motor incorporou também to-

É fácil a circulação no interior

BWA HP Reef 60

Devido ao casco, a curvar adorna ligeiramente

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30 2012 Junho 306

Náutica

das as tecnologias de ponta desen-volvidas pela Honda Marine e que têm sido introduzidas nos motores da nova geração da marca japone-sa.

Este motor de 115 HP tem 2.354 cm3 de cilindrada, com 4 cilindros em linha e dupla árvore cames à cabeça (DOHC).

O BF115 tem o sistema de inje-ção programada de combustível e

ainda o sistema BLAST, exclusivo da Honda, que é o binário aumen-tado a baixa rotação que melhora as performances no arranque, com uma aceleração rápida, para os barcos planarem de imediato.

Neste motor foi também intro-duzido o ECOmo, o sistema de controlo de combustão pobre, uma tecnologia altamente avançada, que consegue elevados níveis de

economia de combustível, durante a navegação de cruzeiro em pa-tamares entre as 3.000 rpm e as 4.500 rpm.

O BF115 foi equipado com duplo veio de equilibragem de contra-ro-tação. Com esta tecnologia o motor tem um funcionamento extrema-mente suave e sem vibrações se-cundárias, em especial nas gamas de rotação média a alta.

De salientar que o BF115 apre-senta um ECM, módulo de controlo eletrónico do motor e do comando da maioria das funções do motor, disponibilizando uma saída de da-dos da gestão do motor de acordo com a norma NMEA 2000, podendo ser igualmente ligado a uma ampla variedade de equipamentos de ele-trónica de navegação e sondas.

Outra tecnologia introduzida é o Trolling Control, com interesse para os pescadores. É um comando de velocidades lentas para as ma-nobras e para a pesca ao corrico. Com este comando pode-se regular com precisão de 50 em 50 rpm, as rotações do motor entre as 650 e as 900 rpm.

O casco evidenciouo resultadomuito positivo do teste ao BWA HP Reef 60.Com um novo casco, mais adequa-do à navegação no mar, especial-mente no Atlântico, esperávamos já o desempenho que o BWA HP Reef 60 nos ofereceu no teste que efetu-ámos na baía de Cascais, num mar sem vento mas com ondulação.

No arranque, a tecnologia BLAST do Honda BF115 associa-da às características do casco do

A mesa de piquenique está nas costas do banco do piloto

Porões para arrumação à frente À proa pode-se montar um solário

A navegar no mar tem um desempenho seguro e confortável

O banco da popa convertido em solário Banco da popa e em baixos os autoescoantes

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Náutica

Reef 60, que se apoia bem na água atrás, o tempo de planar foi de ape-nas 1,80 segundos. Também pelos mesmos motivos, na aceleração até às 5.000 rpm em 8 segundos chegámos aos 24 nós.

Conseguimos acelerar até às 6.000 rpm e o barco atingiu 34 nós de velocidade máxima.

Para confirmarmos que o Reef 60 se apoia bem na água atrás, no teste de velocidade mínima a pla-nar, o barco manteve-se com ape-nas 9 nós.

No que respeita a uma veloci-

dade de cruzeiro económica que a tecnologia ECOmo da Honda reco-menda, às 4.000 rpm a velocidade foi de 20/21 nós.

Consideramos excelentes as características do casco e compro-vámos isso quando a navegarmos contra o mar, fora da baía do porto de abrigo, às 4.500 rpm o barco na-vegava a 24/25 nós sem bater e a cortar a água com suavidade, pro-porcionando segurança e conforto.

Também graças ao tipo de cas-co, quando o barco curva em velo-cidade em curvas muito apertadas, Porão à proa

O porão sob o banco da popa tem tampa com amortecedores hidráulicos O banco encosto do piloto

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Náutica

Características TécnicasComprimento 6,20 m

Boca 2,55 m

Diâmetro dos tubos 0,55 m

Compartimentos estanques 5

Peso 650 Kg

Lotação 12

Depósito de combustível 150 l

Potência mínima 60HP

Potência OK 115 HP

Potência máxima 175 HP

Motor Honda BF 115 HP

Preço barco/motor s/IVA a partir de 34.600 e

PerformancesTempo para planar 1,80 seg.

Aceleração às 5.000 rpm 24 nós 8 seg.

Velocidade máxima 34 nós às 6.000 rpm

Velocidade de cruzeiro 20/21 nós às 4.000 rpm

Mínimo a planar 9 nós às 2.800 rpm

3.000 rpm 10,4 nós

3.500 rpm 16,7 nós

4.000 rpm 20,5 nós

4.500 rpm 25,6 nós

5.000 rpm 29,2 nós

5.500 rpm 32,7 nós

6.000 rpm 34 nós

Importador Exclusivo e DistribuidorParede Náutica - Marina de Cascais – loja 31 A/B | 2750 – 800 Cascais

Tlf: 214 822 727 | email: geral@paredenáutica.pt | www.paredenautica.ptHonda Marine – www.honda.pt

adorna um pouco e vira sempre muito agarrado à água, mostrando muita segurança aos passageiros que vão sentados atrás, ou mesmo em pé agarrados aos corrimãos.

Fizemos curvas com a direcção completamente trancada, a 18 nós

às 4.500 rpm, sem qualquer proble-ma.

Também a navegarmos a favor do mar, o barco mostrou um bom desempenho, pois atingimos as ve-locidades mais elevadas e o barco passava de uma ondulação a ou-

tra sempre direito e sem travar na água.

O piloto vai também numa boa posição de condução, muito bem apoiado no encosto, ou sentado com os pés apoiados e faz uma condução suave, segura e sem esforço, especialmente nas mano-bras.

Outro bom comportamento do Reef 60 é que o casco deflecte mui-to bem a água sem molhar o poço, que no final estava seco.

Devemos destacar, no final, que este modelo BWA HP Reef 60 é um semi-rígido que, para as suas dimensões, foi desenvolvido para permitir uma utilização muito poli-valente e está muito bem fornecido em equipamento, para conseguir esses objetivos e satisfazer bastan-te o cliente e os utilizadores. O tipo de casco é outra mais-valia deste modelo, pois pode com toda a se-gurança navegar ao longo da costa ou ir até aos pesqueiros, com toda a segurança, mesmo com o mar pouco favorável.

Porão para o ferro e corrente

Encaixe à proa para o ferro

Um casco especial, com um V profundo e ligeiros túneis atràs

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Pargos: Chumbadinha ou Fundeada?Muito se tem falado sobre a pesca ao pargo e as diferenças entre “chumbadinha” ou “fundeada”. É com um dos grandes skippers deste país que iremos descortinar quais as melhores ocasiões para optar por uma destas técnicas e ter uma jornada de sonho.

Pesca Desportiva

Pesca EmbarcadaTexto: Walter Canelas

Fotografia: Autor e Redacção - Mundo da Pesca

Aceitando um repto do meu amigo Car-los Abreu, vou hu-mildemente tentar

dar o meu parecer através da experiência que tenho adquiri-do ao longo destes anos, tanto na pesca de competição, como atleta e, neste momento, como

A pesca à chumbadinha também tira grandes exemplares

skipper de uma embarcação MT (marítimo-turística), e pela observação do desenvolvimen-to da técnica de pesca ao pargo à “ chumbadinha “ com poucos anos de vida e que começou por ser desenvolvida para pesca ao pargo por um amigo e cliente - o Paulo Moreira - o grande men-

tor desta técnica, a qual se diga em bom da verdade que teve bons seguidores. Devo realçar que eu próprio na observação do desenvolvimento deste tipo de pesca, e juntando as peças, aprendi a obter resultados em função da tipologia de fundos, textura, distância aos cabeços,

etc. O que agora vou tentar par-tilhar é uma junção entre a ob-servação do estilo muito próprio que ele foi desenvolvendo e a minha otimização dos melhores locais e condições para os dife-rentes tipos de pesca.

Voltandoao princípioUltimamente oiço dizer muitas vezes que agora só se apa-nham pargos à chumbadinha, especialmente os grandes exemplares…Isto não é total-mente verdade.

Não se deve descurar a pes-ca vertical com chumbada nor-mal e um, dois ou três anzóis ao pargo. Eu pessoalmente, na pesca vertical, uso no máximo dois anzóis, por vezes com os anzóis montados em “tandem”.

A diferença entre um e outro tipo de pesca têm a ver também com a mentalidade do pescador que temos a bordo, pois há que diferenciar entre a arca cheia de peixe e uma “grade”; o ver-dadeiro pescador vocacionado e mentalizado para a pesca ao pargo, sabe que pode levar uma “grade” mas também pode ser a pesca do ano ou da vida, assim como até com um único peixe “fazer o dia”, e que não precisa de estar todo o dia a tirar peixe, pois que o resultado 90% das vezes se faz em pouco tempo e normalmente no virar da maré (para o pargo de preferência quando a viragem ocorre com sol alto).

A pesca verticalA pesca vertical com barco fun-deado ao pargo é mais rentá-vel em dias de corrente quase nula, com o barco posicionado muito perto das encostas dos cabeços; uma nota importante: devem ser procurados prefe-rencialmente fundos em que a base dos cabeços termine em formações de coral com segui-mento para fundo de charneira, burgau, concha ou areão. De re-alçar que em cima dos cabeços

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Pesca Desportiva

Mais um pargo à chumbadinha

Com a água a correr a chumbadinha tem mais eficácia

A pesca à chumbadinha permite ao pes-cador uma maior liberdade, em consonân-cia com o conhecimento do mestre/skipper sobre o pesqueiro.

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Pesca Desportiva

- Na minha experiência pessoal, com pouca corrente deve ser utilizada a pesca ao pargo na vertical se o barco estiver fundeado. A pesca da chum-badinha é mais difícil e só funciona com pescadores muito experimentados, que chegam a usar 20 gramas de chumbo, o que demonstra a perícia e sensibilidade necessárias. Nestas circunstâncias já experimentei pescar à deriva com bons resultados; sem corrente e vento, deriva muito lenta e a chumbadinha trabalha.- Em qualquer circunstância, a zona em que o barco trabalhar deve ser a bordejar os cabeços, dando preferência às escarpas com coral a terminar em fundos de burgau ou concha/areão, sem lodo de preferência.- Nas marés de lua, com vento que deixe fundear ao lado dos cabeços - de forma a aproveitar a viragem da maré a trazer a corrente do cabeço para o barco -, funciona melhor a técnica da chumbadinha.- Nas marés de quarto de lua, com o barco bem posicionado na encosta e corrente nula, funciona melhor a pesca na vertical e a chumbadinha com chumbo leve, na descida, para o lado afastado do cabeço.- Com o mar demasiado parado (ausência de corrente e vento), a melhor técnica é a deriva com chumbadinha, sempre a bordejar os cabeços.- Na minha opinião as profundidades ideais para procurar bons exemplares são entre os 58 e 95 metros, dependendo da textura dos fundos.- O isco principal para mim é a sardinha fresca, camarão, cavala apanhada no pesqueiro (iscada em filetes ou viva) e carapau vivo (pequeno).- Procurar sempre os vales entre cabeços bordejados por fundo de coral é fundamental.

Para acabar...Para finalizar resta apenas referir mais uma coisa que deixa os menos experi-mentados nestas lides um pouco desnorteados, falo das melhores épocas do ano para se pescarem pargos, independentemente da técnica que viermos a optar. Reforço que me vou cingir apenas à minha zona de “autoridade” e que é a zona de Cascais, mais especificamente a zona da Marateca ou Montanhas de Camões, como são também conhecidas. Não sei se poderemos generalizar para toda a costa atlântica ocidental portuguesa, mas deve falhar por muito.- Abril a junho (muito bom)- Julho a agosto (difícil por causa do vento e pargos mais espalhados; melhores resultados mais junto da costa.- Setembro a janeiro (muito bom mas depende das condições atmosfé-ricas)- Fevereiro e março (muito mau; período de desova e pouca atividade geral)

Breve Apanhado

Nas marés de lua, funciona melhor a técnica da chumbadinha

A melhor época para o pescado pargo é a de Abril a Junho

(parte alta da pedra) não é fa-vorável para a pesca ao pargo, embora seja frequente a pesca de exemplares mais pequenos. Convém também perceber que o pargo é um predador e como tal espera pacientemente a al-tura ideal para atacar sem ser notado, pelo que a técnica utili-zada deve ter sempre em conta a posição do barco em relação ao cabeço próximo e correntes.

A pesca da modaA pesca à chumbadinha permite ao pescador uma maior liberda-de, em consonância com o co-nhecimento do mestre/skipper, para saber a posição exata do cabeço, onde é o “fundão”, qual o tipo e consistência do fundo, para onde sobe ou afunda e qual a distância relativa e dire-ção e, muito importante, se está a favor ou contra o cabeço em relação ao mesmo. Isto porque

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372012 Junho 306

Pesca Desportiva

Quem está habituado a pescar à zagaia com barco à deriva, está muito próximo da pesca da chumbadinha, com a diferença de que a zagaia se

faz com movimentos fortes de baixo para cima, e a chumbadinha necessita de material mais ligeiro, sensibilidade e é de cima para baixo. De realçar que para um pescador a pescar na vertical e corrente forte se pode se pode queixar que 200 gramas de chumbada não lhe dão para chegar ao fundo e um bom pescador de chumbadinha tira bom partido da situação com chumbo de 80 a 100 gramas, por vezes menos.

Adaptação Natural...

Pesca fundeada ou à chumbadinha. A escolha tem que ver com a mentalidade do pescador

O camarão é um bom isco para o pargo

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Com o mar parado e sem vento, deve-se pescar na vertical com o barco fundeado, ou à chumbadinha à deriva

o nosso desejado pargo segu-ramente vai entrar do fundão para o cabeço com a corrente contra ele, de forma a poder sentir a “comedia” e as presas não o pressentirem.

Assim, se tudo estiver favo-rável e devidamente explicado pelo skipper, trabalhar no lan-çamento da “chumbadinha” e ir procurando o peixe através da libertação controlada da linha é uma tarefa simples. Mais di-fícil é perceber os toques mas, com a experiência adquirida dá para notar-se se são de peixe pequeno ou do nosso desejado pargo.

Benefício(quase) mútuoDe realçar que é sempre neces-sário haver pescadores a pes-car na vertical, especialmente se forem muitos dentro do bar-co, para que haja movimento e atividade, o que permite maio-res entradas de pargos, embora beneficie os que estão à “chum-badinha”.

Por vezes na pesca fundeada em que há pescadores a pescar à chumbadinha com a água a correr, a chumbadinha tem uma maior eficácia uma vez que per-corre maior espaço de periferia, antecipando a entrada do pargo à vertical do barco, com preju-ízo de alguns pescadores que ao fim ao cabo estão a engodar o pesqueiro; é necessário algu-ma observação e esperteza e numa situação destas, ao pri-meiro sinal de pargo, adaptar a técnica de pesca. Não é a téc-nica de pesca vertical que não funciona, mas sim a técnica da chumbadinha que consegue ter uma ação de pesca na perife-ria da posição do barco onde o peixe pequeno está em ação e atividade, levando a que o pargo possa atacar algo fácil. Para finalizar deixem-me dizer apenas que na pesca ao pargo basta uma hora apenas para se ter um dia feliz.

Pesca Desportiva

Os bons resultados fazem-se em pouco tempo

A pesca vertical com barco fundeado ao pargo é mais rentável em dias de corrente quase nula, com o barco posicio-nado muito perto das en-costas dos cabeços

Pargo capturado na pesca vertical fundeado

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392012 Junho 306

Novas Instalações Hondana Marina de CascaisA Honda anunciou a abertura de novas instalações na Marina de Cascais, num investimento, efectuado pelo concessionário ParedeNáutica.

Náutica

Notícias Honda Texto e Fotografia Antero dos Santos

Estas instalações c o m p r e e n d e m área comercial, d e p a r t a m e n t o

técnico e zona de exposição exterior, onde estarão expostas algumas embarcações equipa-das com motor Honda.

Este concessionário tornou-se recentemente importador da marca italiana de embarcações semi-rígidas BWA.

“Estas novas instalações integradas neste local são de realçar, especialmente no ce-nário económico actual. Este investimento representa uma melhoria significativa e deci-siva para a imagem da Honda Marine nesta região permitindo também elevar continuamente os padrões de desempenho da marca reforçando e melhorando a satisfação dos clientes” disse

Rui Aranha, Director Geral Divi-são Produtos de Força, Honda Portugal SA.

ParedeNáutica: Marina de Cascais – loja 31 A/B | 2750 – 800 Cascais

Tlf: 214 822 727 | email: ge-ral@paredenáutica.pt | www.p aredenautica.pt

Festas da Cidade de Lisboa

AHonda irá marcar presença na 2ª edição da Festa do Japão. Com entrada livre, o evento irá decorrer no Jardim do Japão,

A Honda na Festa do Japão 2012em Belém, entre as 16h e as 23h do dia 02 de Junho de 2012.Organizado pela Embaixada do Japão, Câmara Municipal de Lisboa,

EGEAC e Associação de Amizade Portugal-Japão, a Festa do Japão insere-se no âmbito das Festas da Cidade de Lisboa e tem como objectivo principal celebrar a ami-zade e a cultura entre o Japão e Portugal, dando a conhecer aos visitantes um pouco mais da cul-tura japonesa em Portugal.A Honda irá marcar presença com a exposição de alguns pro-dutos com destaque para a 9ª geraçãodo emblemático Honda Civic que este ano comemora 40 anos de comercialização, para a scootermais vendida no País - Honda PCX - e para alguns produtos da sua Divisão de Produtos de For-ça.Esta e outras notícias disponíveis em www.hondanews.eu

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Selecção Portuguesa de Jetskicom Boa PrestaçãoA selecção portuguesa de Jetski, composta por nove pilotos, teve uma boa prestação na primeira prova do Campeonato da Europa que teve lugar na Bélgica no fim-de-semana de 19 e 20 de Maio.

Jet-Ski

Campeonato da Europa de Jetski na Bélgica

A estes nove pilo-tos, juntaram-se mais três pilotos por tugueses,

extra-selecção, os quais foram o Frederico Gallego, Sebastião Fragoso e Marcos Correia.

Dos pilotos do norte de Por-tugal, Tiago Sousa classificou-se em 3º lugar em Ski Pro, Mariana Pontes em 2º em Ski Ladies e André Barbosa em 12º de Ski Juniores.

Dos representantes da zona do centro Beatriz Curtinhal ficou em 4º de Ski Ladies, os irmãos Martin Gallego e Frederico Gal-lego em 9º e 16º de Ski Lite, Lourenço Gallego em 9º de Ski Limited e Sebastião Fragoso em 6º de Ski Stock e 14º de Ski Juniores.

Henrique Rosa Gomes foi o melhor madeirense tendo ob-tido o 5 º lugar na classe Ski Juniores e 8º em Ski Lite, o pi-loto João Sousa em 6º lugar na classe Ski Limited, e os pilotos Marcos Correia e João Cardo-so em 9º e 13º respectivamente

em Ski Juniores. A segunda prova do Campe-

onato da Europa realiza-se em Portugal, na cidade nortenha de Mirandela, em Julho, terminando o campeonato com o apuramen-to dos campeões na Áustria em Agosto.

Os melhores classificados da selecção na Campeonato da Eu-ropa irão representar Portugal no Campeonato do Mundo em Lake Havasu nos Estados Unidos no final de Setembro.

O seleccionador nacional, Mi-guel Oliveira Valente, está satis-feito com a prestação dos pilotos portugueses e com a dedicação e empenhamento que os mes-mos tiveram durante as provas. Espera, no fim do Campeonato Europeu, conseguir uma boa prestação da selecção portugue-sa e trazer para Portugal pelo menos duas medalhas de ouro.

A Selecção

Equipa

Henrique Rosa Gomes

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Chegou o mais Pequeno Económico GPS Portátil da Magellan - Explorist 110Com um vibrante ecrã a côres transfletivo de 2,2”, é ideal para todas as aventuras no exterior garantindo a melhor legibilidade mesmo com luz solar direta.

Electrónica

Notícias Nautel

Igualmente, o seu receptor GPS SiRFstarIII GPS dá-nos a localização de um lo-cal favorito de pesca, de um

geoacache, ou um próximo cume a ser conquistado, com precisão de, 3-5metros (com EGNOS/WAAS).

O fundamental do Explorist 110, é ter teclado dedicado, me-nus de simples navegação, inclui mapa base “World Edition” para 200 países, ser à prova de água, e fazer geochaching “sem papel” (paperless geocaching), e… sim-ples para calcular áreas !

Para as atividades ao ar livre durarem o dia todo, o aparelho é alimentado por duas pilhas AA, para 18 horas de uso constante. O eXplorist 110 é resistente, im-permeável, e tendo certificação ambiental (IPX-7) de estanquici-dade. Tudo isso com um design compacto e atraente que pode ser levado para qualquer terre-no.

De entre as funções gráfi-cas no ecrã, sobressaem as da mini-bússola que serve para re-ferência rápida, e campos perso-nalizáveis de navegação, como latitude, longitude, rumo, direção, distância até o destino, odómetro de viagem, e muitos mais. Tam-bém é possivel ver a rota em per-curso (funciona como se fosse um rastro digital que grava todos os seus movimentos). Marca-se o ponto de partida (trilho, car-ro, estacionamento ...) com um” waypoint” e navegua-se facil-mente de volta no final do dia.

Referencia-se o resumo de ro-tas para acompanhar a distância percorrida, ganho ou perda altu-ra, tempo de viagem completo, tempo em movimento e tempo parado. Facilmente se redefine o resumo de rotas e fica-se pronto para a próxima aventura de ge-ocaching ou moto 4, pedalar na

natureza, etc.Em resumo, eis todas as

vantagens o Magellan Explorist aporta, mantendo pequenino tan-to como ele, o preço:

Menus Fáceis de Navegar e Gráficos Ricos: gráficos vibran-tes e modernos. O seu menu principal é simples, interativo e intuitivo.

Ecrã colorido e legível à luz solar: translectivo de 2.2” per-mite uma ótima legibilidade à luz solar direta.

Resistente e a prova d’água aos padrões IPX-7: diversão sem danos ao aparelho.

Alta sensibilidade SiRFstarIII GPS com 3 a 5 metros de pre-cisão: fornece uma experiência superior de navegação.

18 Horas de vida útil da bate-ria com 2 baterias AA: Dura um dia inteiro (ou mais).

Modo de suspensão: Para conservar ao máximo a vida útil da bateria, coloca o disposi-tivo em um modo avançado de economia de energia. Desligará tudo, exceto para rastreamento GPS e volta a funcionar com um único toque.

Geocaching livre de pa-pel: descarregue e visualize mais de 20 características únicas de cada cache. Os detalhes incluem nomes, local, descrição, cobertu-ra, tamanho, dificuldade, terreno, dicas e os últimos 20 utilizadores que fizeram registo, dentre inú-meros outros detalhes.

500 megabytes de memória disponível ao utilizador: Espaço extra para armazenar mapas adi-cionais, geocaches, waypoints e trilhos/rastos.

Gravar Rastreamentos e ver o auxiliar de navegação no ecrã do Mapa: Mantém um registo de todos os passos que se tomou ao longo do dia.

Resumo do percurso: Inicia a

viagem com um clique e mantém o controle sobre as estatísticas úteis, tais como distância percor-rida, velocidade média, ganhos de elevação e descida, etc.

Preço com IVA: 159€. Distribuidor Oficial para Portu-

gal: Nautel-Sistemas Eletrónicos Lda – www.nautel.pt

Facebook : magellanGPSpor-tugalMenus Fáceis de Navegar e Gráicos Ricos: gráicos vibrantes e modernos, seu menu principal é simples, interativo e intuitivo.

Tela colorida e legível à luz solar: tela colorida translectiva de 2.2” permite uma ótima legi-bilidade à luz solar direta.

Resistente e a prova d’água aos padrões IPX-7: diversão sem danos ao aparelho.

Alta sensibilidade SiRFstarIII GPS com 3 a 5 metros de pre-cisão: fornece uma experiência superior de navegação.

18 Horas de vida útil da bate-ria com 2 baterias AA: Dura um dia inteiro (ou mais). Não preci-sa parar para trocar as baterias.

Modo de suspensão: ao con-servar a vida útil da bateria, co-

loca o dispositivo em um modo avançado de economia de ener-gia. Desligará tudo, exceto para rastreamento GPS e volta a fun-cionar com um único clique.

Geocaching livre de pa-pel: aça o download e visualize mais de 20 características úni-cas de cada cache . Os detalhes incluem nomes, local, descrição, cobertura, tamanho, diiculdade, terreno, dicas e os últimos 20 usuários que fizeram registro, dentre inúmeros outros deta-lhes.

500 megabytes de memória disponível ao usuário: Espaço extra para armazenar mapas adicionais, geocaches, way-points e trilhas.

Gravar Rastreamento e Ver o auxiliar de navegação na Tela do Mapa: Mantém um registro de todos os passos que você tomou ao longo do dia.

Resumo da faixa: Inicia a sua viagem com um clique e mantém o controle sobre as estatísticas úteis, tais como distância percor-rida, velocidade média, ganhos de elevação e descida, etc.

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42 2012 Junho 306

Campeonato Nacional de Jetskijá Arrancou

A primeira prova teve lugar no primeiro fim-de-semana de maio, na praia de Santo Amaro de Oeiras, e estiveram em disputa as disciplinas de Closed Course e Endurance

Jet-Ski

Notícias da Federação Portuguesa de JetSki

Dos oito vencedores com destaque no pri-meiro lugar do pódio, metade pertencem

ao clube de Jetski de Portugal, e muitos outros evidenciaram-se pela sua coragem, consistência e deter-minismo

A Federação Portuguesa de Jetski, entidade promotora da acti-vidade de Jetski em Portugal desde 12 de Fevereiro de 1993, deu início ao campeonato nacional de Jetski, nos dias cinco e seis, já com pro-vas decorridas no Domingo. Nesta prova de arranque contou-se com a participação de pilotos oriundos das quatro associações de Jetski em atividade: Associação de Jetski do Norte, do Centro, dos Açores e da Madeira. Nas várias categorias destacaram-se atletas que apesar de não terem conseguido a pri-meira classificação ou um lugar no pódio debateram-se com coragem, consistência e determinismo, mos-trando a sua raça e paixão pela mo-dalidade.

As categorias presentes nas

disciplinas de Closed Course e En-durance - Ski Juvenis, Ski juvenis Feminino, Ski Sénior S3, Ski Se-nior Feminino, Sport, Ski Senior S2, Runabout R1, Júniores S2, Ski Veteranos, Ski Seniores S1 foram um sucesso graças aos atletas que delas fizeram parte. Findo este pri-meiro capítulo do Tour Nacional, e na opinião unânime da Federação Portuguesa de Jetski, aproximam-se excelentes perspectivas para as próximas provas, “graças à qualida-de, envolvimento físico e psíquico de todos estes maravilhosos atletas que estiveram nesta primeira prova que inaugurou o campeonato na-cional de Jetski”, disse António Cur-tinhal, Director de Competição da Federação Portuguesa de Jetski.

A praia de Santo Amaro de Oei-ras testemunhou a primeira prova a contar para o Campeonato Nacio-nal de Jetski, onde estiveram em disputa as disciplinas de Closed Course e Endurance, cujos pri-meiros lugares foram para Marcos Correia da Associação Náutica de Camara de Lobos (categoria de Ski

juvenis), Carolina Santos do Clube Jet Ski de Portugal (categoria de ski juvenis feminino), Mariana Pontes do Clube Moto Galos de Barcelos (na categoria de ski sénior femini-no e ski sénior S2), Miguel Jorge do Clube Jet Ski de Portugal (na classe de Sport), Bruno Monteiro do Motojetski Clube do Douro (na classe de Runabout R1), João Sou-sa do Clube Naval do Funchal (na categoria de Júniores S2), Filipe Filipe do Clube Jet Ski de Portugal (na categoria de Ski Veteranos) e Beatriz Curtinhal do Clube Jet Ski de Portugal (na classe de Ski Se-niores S1).

Na categoria de Ski Juvenis, “as-sistimos a uma grelha muito bem preenchida, com alguns novos pilo-tos, num total de 11 juvenis, bastante ilustrador dos resultados das escolas regionais de jet ski”, disse Paulo Rosa Gomes, Presidente da Federação Portuguesa de Jetski.

Já António Curtinhal, afirma que na classe de Ski Juniors S2 “coragem, atitude e determinação é o que con-sidero do jovem Sebastião Fragoso,

que decide enfrentar nesta classe, não só adversários mais fortes com a agravante de ter uma moto de prepa-ração inferior”. António Curtinhal conti-nua, evidenciando que a Sport “é uma classe que cada vez mais evidencia saúde e evolução, tal é a luta renhida entre os vários pilotos que nunca sa-bemos quem vai ganhar”.

Estava marcada ainda uma prova de marca (Yamaha), respeitante ao Yamaha SuperJet Trophy by Teams, mas António Curtinhal explica: “esta prova não se realizou devido à escas-sez de inscrições, isto porque talvez os nossos pilotos não estejam habitu-ados à competição por equipas, tendo em conta que a nossa modalidade tem sido ao longo do tempo disputada individualmente. Para a próxima pro-va tencionamos voltar ao modelo an-terior (individual), semelhante ao que fizemos na época passada. A curto prazo enviaremos aos nossos pilotos todos os detalhes deste troféu”.

A arbitragem esteve a cargo do Conselho de Arbitragem da Federa-ção Portuguesa de Jetski composta por Manuel Duarte (Presidente do

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Motas de Água

Júri), Diogo Pina Pereira (Director de prova) e António Curtinhal (Director de Competição da Federação Portugue-sa de Jetski).

O Campeonato Nacional de Jetski conta com o apoio do IPDJ (Instituto Português do Desporto e Juventude, I.P.), da ADoP (Autoridade Antidopa-gem de Portugal), da CDP (Confede-ração de Desporto de Portugal) e do Município de Oeiras. Enquanto patro-cinadores, estão associadas marcas de renome nacional como a Marietel, a PT Negócios, a Yamaha, o Inatel, e a Saúde CUF.

A Federação Nacional de Jetski e consequentemente o campeonato na-cional contam também com duas áre-as de parceria. Para a comunicação interna e mediática, a Federação con-ta com a EDC (www.edc.pt), uma em-presa especializada em comunicação que está por de trás do lançamento da nova revista de jetski - a JetskiNworld (www.jetskinworld.com) -, e com o próprio patrocínio da JetskiNworld. Como parcerias técnicas, conta com a WaterFun, o Fórum Motas de Água e o Motojetski Forum.

Sobre a Federação Portuguesa de JetskiA Federação Portuguesa de Jetski nasceu formalmente no notário da Cidade de Barcelos em 1993 e foi fundada pelo Motor Clube de Barce-los, Vitória Clube de Barcelinhos e o Moto Clube de Viana do Castelo.

Francisco Pita foi o primeiro Pre-sidente da Direcção e Álvaro Afonso o Vice-Presidente, permanecendo até Maio de 2010, onde se sucede-ram a eleições, tendo sido o madei-rense Paulo Rosa Gomes elegido como Presidente e Luís Centeno Fragoso como o Vice Presidente, juntando a esta função a de Coorde-nador da Área Internacional. A Área da Competição e Departamento Técnico está actualmente a cargo do Director de Competição António Curtinhal e Miguel Valente é o actual Selecionador Nacional.

A Federação Portuguesa de Jetski é membro de pleno direito da IJSBA – International Jetsport Boa-ting Association (Federação Mundial de Jetski); do COP – Comité Olím-pico de Portugal; da CDP – Confe-deração do Desporto de Portugal, membro fundador do Fórum do Des-porto de Portugal e membro por ine-rência do Conselho da Náutica de Recreio. A Federação Portuguesa de Jetski assina ainda anualmente com o Governo da República atra-vés do IDP – Instituto do Desporto de Portugal, contractos programa para o desenvolvimento em exclu-sivo da modalidade de Jetski/Motas de Água. Foi também atribuída à Federação Portuguesa de Jetski a U.P.D. – Utilidade Pública Desporti-va, por Aníbal Cavaco Silva, Primei-ro-Ministro na altura.

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Início em Portugal com NotaMuito Posititva

Jetskis, motas de água, manobras incríveis, atletas de topo, adrenalina e competição de alto nível numa praia cheia de público entusiasta. Estes foram apenas alguns dos ingredientes que contribuíram para o grande espetáculo proporcionado pelo Campeonato Mundial de Free Ride 2012, que decorreu entre os dias 25 e 27 na praia Grande, em Sintra

Jet-Ski

Campeonato do Mundo de Free Ride 2012

AFederação Portu-guesa de Jetski, que organizou este grande evento des-

portivo, dá nota positiva ao ar-ranque desta competição e diz-se totalmente comprometida na promoção desta disciplina

que contribui significativamente para o desporto espetáculo.

As primeiras provas que marcaram o arranque do Cam-

peonato do Mundo de Free Ride, dividida em Jetski e Mo-tos de Água, foram espectacu-lares e um excelente destaque, não só para os pilotos nacio-nais, com realce para o 4º lugar conseguido por Nuno Gomes, na vertente Sit Down, como também para Portugal enquan-to país anfitrião. Esta opinião foi inclusive partilhada por Marcelo Brandão, presidente da federa-ção Mundial de Free-Ride, que disse esperar que Portugal con-tinue a fazer parte deste circui-to mundial no próximo ano, ao mesmo tempo que se congratu-lou pelo elevado nível organiza-tivo da prova.

O arranque deste evento desportivo internacional deu-se na praia Grande, em Sinta, local que acolheu as provas de qualificação e restantes fa-ses de classificação, a prova acrobática com motas de água, muito disputadas pelos países

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452012 Junho 306

Motas de Água

Classificação FinalSit Down

1º Jeremy Bosser França

2º Jac Mouzan França

3º Eric Perraud França

4º Nuno Gomes Portugal

Bet Jump

Nick Barton Austrália

Stand Up

1º Pierre Maixent França

2º Tiago Gientens Brasil

3º Zack Bright EUA

4º Jake Montadon África do Sul

participantes, nomeadamente a Inglaterra, Alemanha, Espanha, África do Sul, Argentina, Brasil, Austrália, França, Estados Uni-dos e Portugal.

As provas decorreram extre-mamente bem, com desempe-nhos de alto nível por parte dos atletas de todo o Mundo, mano-bras inacreditáveis e momentos de grande espetacularidade. A forte presença do público con-tribuiu para criar um ambiente de franco apoio a todos os par-

ticipantes, e até as condições do mar estavam excelentes para a prática desta especiali-dade, proporcionando o palco perfeito para os nossos campe-ões nacionais e demais atletas internacionais poderem exibir as suas melhores acrobacias e perícia.

A competição estava dividida em duas classes: Jetski e Mo-tas de Água. A primeira reporta às motas conduzidas em pé e a segunda às que se conduzem

sentadas. Cada piloto tem três mangas de oito minutos para demonstrar o seu talento e ha-bilidade. Em cada manga parti-cipam dois pilotos de cada vez e cada um dos atletas foi avalia-do por cinco juízes de nacionali-dades diferentes.

O Campeonato Mundial, que conta com o apoio da federação internacional da modalidade (IFWA), é composto por várias provas que passam por França, USA, Austrália terminando com a grande final no Brasil. Os par-ticipantes competiram por um Prize Money no valor de três mil euros, ao qual se adicionou ou-tro prémio, este de 500 euros, pelo melhor salto/manobra e onde o publico se deliciou com manobras ainda mais espeta-

cularesPara Paulo Rosa Gomes,

presidente da Federação Por-tuguesa de Jetski, este “foi um evento que nos orgulhamos de uma vez mais organizar. Temos a agradecer a todos os envol-vidos neste campeonato, no-meadamente à JetskiNworld, nossa parceira, e à Visual Óp-ticas (do grupo Optivisão), que estiveram presentes no local para nos apoiar com a oferta de óculos Rayban com hastes em carbono da Visual Ópticas para o grande campeão do evento Pierre Maixent e campeão mun-dial em titulo”.

Composição do júri: Caroline Justina - Usa, Marcelo Brandão – Brasil, Mark Matsuda – Usa, Jac Mouzan – França

Campeão do mundo em Stand Up, Pierre Maixent

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“Em Portugal Também se Fazem Transvases Embora em Escala Reduzida” diz o Eng. João Soromenho Rocha

“Qualquer transvase, ou em melhor português, transferência de caudais, de uma bacia hidrográfica para a outra bacia hidrográfica, faz beneficiar a bacia que recebe, e pode prejudicar, ou não, a bacia que exporta água...”

Notícias do Mar

Conhecer e Viajar pelo Tejo Texto e Fotografia Carlos Salgado

Omeu convidado é o senhor Engenheiro João Soromenho Rocha, Investigador

Coordenador Aposentado do Labo-ratório Nacional de Engenharia Ci-vil, tendo sido até ao fim de 2010, o Chefe de Núcleo de Recursos Hídricos e Estruturas Hidráulicas, do Departamento de Hidráulica e Ambiente. Na sua carreira de 40 anos, além da sua dedicação à in-vestigação sobre hidráulica fluvial, dominantemente nos aspectos de cheias, transporte sólido e morfolo-gia fluvial, também teve e tem acti-vidade de consultor e projectista em hidráulica fluvial.

C.S.- Caro engenheiro, gosta-va que me ajudasse a desmistificar qual é a verdade do efeito, eventu-almente negativo, dos transvases do Tejo em Espanha, para o Tejo que corre em Portugal?

J.R.- Qualquer transvase, ou em melhor português, transferência de caudais, de uma bacia hidrográ-fica para a outra bacia hidrográfica, faz beneficiar a bacia que recebe, e pode prejudicar, ou não, a bacia que exporta água. Em Portugal, desde há muitos anos, já se fazem trans-ferências de caudais entre bacias hidrográficas, embora em escala relativamente reduzida. Por exem-plo, na albufeira de Alto Ceira, da bacia do Mondego, a água é trans-ferida para a bacia do rio Tejo, para a albufeira de Santa Luzia. Também da bacia do rio Douro é transferida para a bacia do rio Tejo, para o rio Zêzere. Mais recentemente, e em maior escala, há a transferência do rio Guadiana, da albufeira de Alqueva, para várias albufeiras do rio Sado.

A bacia hidrográfica que transfe-re a água pode não ser prejudicada,

nos actuais usos, se a quantidade da água transferida, associada à época do ano hidrológico, cor-responder a uma diminuição dos caudais excedentes, aqueles que iriam ser escoados para o mar, sem modificar os usos de água. Mas, na verdade, pode haver uma limitação para usos futuros.

No rio Tejo, a transferência de água, efectuada em Espanha, foi acordada com Portugal, no pressu-posto que os caudais transferidos não seriam utilizados em Portugal. Nessa altura, as utilizações da água, em Portugal, não eram preju-dicadas por esse desvio. Do ponto de vista técnico, o desvio de água em Espanha, pode ser menos le-sivo do que a regra de gestão da água na albufeira de Alcântara, com grande capacidade de regulariza-ção. O país de jusante, Portugal, deve permanentemente monitorizar os caudais afluentes, para verificar se a gestão da água em Espanha, está em consonância com os acor-dos assinados.

Os acordos devem ser sem-pre feitos baseados em análises quantitativas, e qualitativas, dos volumes de água afluentes ao país situado a jusante, neste caso Por-tugal. Qualquer acordo pode ser renegociado, com base em dados ou interesses novos. No caso pre-sente, essa eventual renegociação poderá ser facilmente efectuada automaticamente pelo facto de a Directiva Quadro da Água prever a gestão conjunta das bacias interna-

cionais europeias. O próximo Plano de Bacia Hidrográfica do Rio Tejo, mais do que a soma de dois Planos de Bacia Hidrográfica de Portugal (Tejo) e de Espanha (Tajo), deverá ser elaborado em conjunto, o que naturalmente poderá conduzir a uma manutenção das actuais con-dições de transferência de caudais, ou a uma alteração dessas condi-ções, com maior ou menor transfe-rência de caudais, ou mesmo a sua eliminação. É evidente, que além das considerações de interesse fundamentais, abastecimento de água para os sistemas urbanos, e ecológicas, também poderão ser consideradas as de interesse eco-nómico, podendo as condições de transferência de caudais ser condi-cionadas a valores económicos, em que essa transferência seria asso-ciada a um valor de exportação de água.

C.S. - Estamos a tentar con-vencer os ministérios da grande vantagem de regularizar o Tejo, não só ecológica como económica, possibilitando a abertura de uma carreira navegável desde a foz até à fronteira. Qual é a sua opinião so-bre isso e como é possível conciliar essas duas operações?

J.R.- Em primeiro lugar, devem ser distinguidas as duas interven-ções, “regularizar o Tejo” e “aber-tura de uma carreira navegável”. A regularização de um rio também deve ser dividida em, regularização dos caudais, em que em geral, são aumentados os caudais mínimos,

A margem esquerda foi crescendo e está quase a juntar-se à direita

Engenheiro João Soromenho Rocha

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472012 Junho 306

Notícias do Mar

e, nalguns casos podem ser dimi-nuídos os caudais máximos; e em regularização do leito do rio, quer seja em fundo fixo, quer seja em leito aluvionar com fundo móvel. A implementação de um canal de navegação de um rio é muito mais complexa que uma regularização de um rio, exigindo geralmente os dois tipos de regularização, de caudais e de leito. A regularização de cau-dais do rio Tejo tem sido efectuada desde a construção das grandes barragens na bacia hidrográfica, principalmente durante a segunda metade do século XX.

A regularização do leito do rio Tejo é muito mais antiga. Todas as construções dos diques de defesa contra cheias, com vários séculos de vida, condicionaram o leito alu-vionar do rio Tejo, regularizando-o. No século XX, a extracção de areias para a construção civil, desde sem-pre efectuada com algum controlo da quantidade e da localização, também regularizaram o rio, neste caso combatendo o assoreamento natural do rio Tejo. Actualmente, o rio Tejo pode ser navegado por grandes embarcações, até Valada

do Ribatejo, porque foi efectua-da controladamente a extracção de inertes. Sem esta extracção o rio Tejo já não seria navegável a montante de, provavelmente, de Vila Nova da Rainha. O Tejo já foi mais navegável em séculos pas-sados, quer porque o fundo estava mais baixo, antes do assoreamento torná-la cada vez mais difícil, quer porque, eventualmente, também tenha havido flutuação do nível do Oceano Atlântico.

O rio Tejo situa-se numa região climática caracterizada por estios secos e invernos húmidos. Tal condiciona a navegabilidade na estiagem, com caudais muito pe-quenos, chegando a anular-se an-tes da construção das barragens, e caudais muito elevados durante as cheias. Em consequência, a garan-tia de navegabilidade durante todo o ano exige uma intervenção mais pesada economicamente do que aquela que tem sido efectuada, por exemplo, no centro da Europa, em que a variação durante o ano de caudais é mais reduzida. A garantia de profundidades para a navega-ção exige obras caras, ao longo de

todo o Tejo, que são função do ca-lado e do comprimento das embar-cações, e também uma gestão de exploração do canal de navegação, também com custos elevados. Para além disso, a navegabilidade do rio Tejo levanta problemas ecológicos

muito importantes, entre outros os relacionados com as espécies ben-tónicas, ripícolas e piscícolas.

De qualquer modo, a abertura e a manutenção de um canal de navegação exigirá um estudo de viabilidade técnico-económico. A facilidade técnica da intervenção para garantia de navegabilidade é função do tipo de navegação, sen-do mais fácil para pequenas embar-cações de recreio, e bastante mais difícil para embarcações comerciais com grande capacidade de carga. A sustentabilidade económica da navegabilidade do rio Tejo é ainda dependente da capacidade técnica de garantir alguma restrição da mo-bilidade do leito aluvionar, que actu-almente pode apresentar variações interanuais da ordem dos 2 m, e de mais 3 m durante as cheias.

É indispensável e relativamente fácil efectuar um estudo de viabi-lidade técnico-económico, desde que nele sejam bem incorporadas todos os factores técnicos, de hi-dráulica fluvial, sedimentologia, e navegabilidade, de portos fluviais, de dragagens de manutenção, e os factores económicos, das obras a efectuar, da navegação, da gestão da navegação, dos valores patrimo-niais afectados e dos valores eco-lógicos.

Estado actual do assoreamento da Tejo para montante

Dragagem para desassorear

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TransvasesAfinal quem é o Beneficiado ou Prejudicado?Segundo o Instituto de Estudos Estratégicos Internacionais: Em 1977, Portugal e Espanha pediram a adesão à Comunidade Europeia. 0 longo período de negociações que então se iniciou, no mês de Outubro, bem como o constante contacto entre as entidades políticas dos dois países, não era de todo compatível com a manutenção da relação de ignorância mútua.

Notícias do Mar

Conhecer e Viajar pelo Tejo

Mais do que parti-lhar a pertença às mesmas orga-nizações interna-

cionais, Portugal e Espanha foram obrigados a falar entre si, a articular posições e a resolver diferendos. No entanto, a prática do diálogo não foi rapidamente adquirida, mui-to menos a procura de posições concertadas. A convivência entre os dois países, tanto em termos bilate-rais como no seio das instituições europeias, é um processo longo e sinuoso, fértil em avanços e retro-cessos.

É para mim difícil chegar a uma conclusão sobre quem AFINAL É O BENEFICIADO OU O PREJUDICA-DO, isto porque nos últimos dois ou três anos tem havido grande polé-

Texto e Fotografia Carlos Salgado

Bacia Hidrográfica do Tejo Ibérico

mica sobre os transvases do Tejo em Espanha, relativamente aos quais as próprias autonomias espa-nholas estão em conflito. O maior ruído tem sido feito por ecologistas fundamentalistas espanhóis que encontraram algum seguidismo da parte de um movimento informal de cidadãos portugueses. Num encon-tro ou conferência, uma técnica de uma associação ecologista portu-guesa credível, refiro-me à associa-ção, afirmou que os transvases do Tejo em Espanha ( que se situam a uns 500 Km. da nossa fronteira ), estão a causar problemas à fauna piscícola do nosso estuário, vejam bem, quando entre esses transva-ses e a nossa fronteira existem inú-meras barragens alimentadas pelo Tejo, que são verdadeiros mares

interiores, dada a sua dimensão, algumas delas até, são apelidadas de “ los Mares de Castilla “. Será que essa água, se não fosse retida lá, chegaria a Portugal? É provável que sim. Assim sendo pergunto: de-vemos nós preocuparmo-nos mais com a água do Tejo transvazada do que com a descomunal quantidade de água que fica aprisionada em Espanha? E o controle dos cau-dais que nos são devidos estão a

ser sistematicamente controlados e/ou foram convenientemente ne-gociados? Parece até que, o que se passa em casa do vizinho está a desviar a nossa atenção daquilo com que nos devemos preocupar na nossa própria casa, ou seja: Es-tamos ou não a receber a água na quantidade que nos é devida, mas se não estamos porquê?

Sou um daqueles que considera que a sociedade civil deve partici-par, cada vez mais, nos destinos do nosso país mas não posso dei-xar de reconhecer que há pessoas, que afirmam coisas sem se pre-ocuparem em saber previamente daquilo que estão a falar ou porque simplesmente sentem necessidade de se fazer ouvir ou de ter prota-gonismo ou ainda por seguidismo apenas, para fazer número. Parece que o que está a dar hoje, é entrar naquela onda de quem fala mais e mais alto é que tem razão, mesmo que diga disparates, ignorando qual é o significado daquela célebre rá-bula de “O Rapaz e o Lobo“.

Como se explica o facto de que a Barragem de Cedillo, que é espa-nhola e é ela que abre mais ou me-nos a torneira para deixar passar a água para Portugal, esteja a ser alimentada, em grande parte, pela água de dois rios portugueses, o Ponsul e o Sever, que logicamente deviam desaguar a jusante dessa barragem, porque é água nossa.

Repare-se na extensão de cada uma das mega barragens do Tejo em Espanha

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492012 Junho 306

Inovaworks Cria Solução para Vigilância Marítima do Espaço Mediterrâneo e AtlânticoProduto inovador da Portuguesa Inovaworks Command and Control usado em projecto europeu de vigilância marítima do espaço Mediterrâneo e Atlântico

Notícias do Mar

Notícias Inovaworks

Oproduto GeoC2, a solução inovadora 3D para comando e controlo no âm-

bito da cooperação civil-militar da empresa portuguesa Inovaworks Command and Control, foi no pas-sado dia 7 de Junho, apresentado em Bruxelas como o motor tecno-lógico da componente portuguesa do projecto europeu BlueMass-Med - uma iniciativa da Comis-são Europeia que inclui Portugal, Espanha, França, Itália, Grécia e Malta, e que foi desenvolvido para fomentar a partilha de informação operacional entre 47 forças e en-tidades que estão envolvidas no exercício da autoridade do Estado no mar, das quais 12 são portu-guesas.

A solução GeoC2, construída no último ano e meio pela Ino-vaworks Command and Control (uma spin-off do laboratório de tecnologia Inovaworks), foi desen-volvida em estreita colaboração com a então Estrutura de Missão para Assuntos do Mar (EMAM), papel que veio posteriormente a ser assumido pela Direcção-Geral de Política do Mar (DGPM). Este produto tem como principais ele-mentos diferenciadores o uso de um núcleo de sistema de infor-

mação geográfico (SIG) puramen-te 3D, em que é possível criar e analisar áreas, corredores e volu-mes subaquáticos, marítimos ou aéreos de forma expedita, e a sua abertura a múltiplas organizações nacionais através da capacidade de integração, análise e partilha de informação baseada em stan-dards abertos, oferecendo uma abordagem orientada para a dis-ponibilidade de múltiplos serviços e redes federadas.

Segundo o responsável téc-nico pela edificação do nó nacio-nal, Fernando Dias Marques, “a utilização do GeoC2 revelou-se, logo cedo, numa aposta acertada, atentas as suas características principais; nomeadamente a ro-bustez, a segurança, a performan-ce, a escalabilidade, a ubiquidade e a interoperabilidade, as quais, aliadas à capacidade 3D que ofe-rece, potenciam o exercício das funções de comando e controlo e a partilha de informação que con-correm para o emprego eficiente dos recursos existentes no domí-nio da vigilância e segurança ma-rítima. Acresce que, a flexibilidade da arquitectura subjacente bem como a utilização de metodologias ágeis no desenvolvimento do nó nacional levaram ao sucesso do

projecto, do ponto de vista funcio-nal e da gestão, reconhecido inter-na e externamente”.

O Director-Geral de Política do Mar, João Fonseca Ribeiro, refere que “neste projecto, apenas aflorámos o potencial de partilha de informação, proporcionado pelas ferramentas operacionais necessárias à gestão adaptativa da política marítima integrada, no-meadamente, a vigilância e moni-torização da atividade humana no mar, a monitorização do ambiente marinho e da atmosfera, o mape-amento dos recursos marinhos e a avaliação socio-económica, no quadro das chamadas “funções marítimas”, as quais se esten-dem muito para além da “função de guarda costeira”. Com efeito, o GeoC2 tem permitido avaliar o potencial deste tipo de soluções para a chamada “gestão espacial adaptativa”, fundamental para potenciar o desenvolvimento e o crescimento sustentável no mar - o blue growth. Contamos conti-nuar a investir neste domínio para melhor conhecer, explorar e gerir os nossos recursos, através do emprego deste tipo de soluções inovadoras”.

Segundo Hugo José Pinto, Director-Geral da Inovaworks

Command and Control, “ficámos naturalmente entusiasmados com a utilização da nossa solução de Comando e Controlo GeoC2 num projecto desta natureza e dimen-são, e foi com muito orgulho que empenhámos uma equipa de ex-celência para colaborar com a DGPM. A solução implementada permite uma análise, partilha de informação e comunicação em tempo real sobre uma “sala de situação” virtual em que todos os intervenientes das organizações portuguesas e dos parceiros euro-peus podem trabalhar em conjun-to para nos manter mais seguros, e é um orgulho ter uma empresa portuguesa da nossa dimensão a fazer parte deste projecto. Creio bem que atesta pela diferenciação radical do nosso produto GeoC2, que planeamos continuar a desen-volver e implementar em clientes nacionais, e, possivelmente até mais, estrangeiros”.

Sobre a InovaworksCommandand ControlA InovaWorks Command and Control é uma spin off da Inova-works, a qual é um incubadora de ideias e soluções que procura apresentar as melhores soluções tecnológicas para a simplificação dos actuais desafios colocados às marcas pelos consumidores.

Com áreas de investigação e de desenvolvimento tecnológico para os sectores de Entretenimen-to Móvel e de Desenvolvimento Aplicacional, iniciou a sua acti-vidade em 2006 através do pro-grama NEOTEC da Agência de Inovação.

Contactosde Imprensa:LEWIS PRFernando [email protected] Tel.: 213 245 019Mob.: 913 874 133Direção Geral de Politica do MarComandante João Fonseca Ribei-roTel: 213234960 – ext 4964Email: [email protected]

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Vasco Ribeiro e Maria Abecasis Vencem o Moche Porto Pro

Os campeões nacionais de surf em título, Vasco Ribeiro e Maria Abecasis, venceram o Moche Porto Pro, a terceira etapa da Liga MEO Prosurf 2012, que terminou no dia 27 de Maio, na Praia Internacional, Porto, com boas ondas de 0,5m a 1 m.

Surf

Liga MEO Prosurf 2012

Vasco, de 17 anos, venceu mesmo em todas as frentes, derrotando na final

Justin Mujica e nas meias-finais Marlon Lipke, cimentando a lide-rança do ranking nacional, bem como do Moche Wildcards e da Mini Triple Crown. No último dia,

ainda conseguiu a melhor onda da prova, nas meias-finais – 9.80 em 10 pontos possíveis. Nas três primeiras etapas da Liga MEO Prosurf, Vasco venceu duas e foi segundo classificado na outra.

“Estou muito feliz com esta vitória,” confessou o campeão. “Esta etapa contou com um nível

muito elevado, com atletas como o Gony e o Marlon, que correm o circuito mundial, além do Justin, do Ruben, do Kikas e de todos os outros atletas habituais, por isso foi também das mais difíceis de vencer. Estou obviamente conten-te por liderar o ranking com três resultados bons logo no início do ano, pois vou ter um Verão muito activo com as provas internacio-nais e isto só me dá mais moti-vação. Gosto de começar forte,” concluiu Vasco, que é também

o líder do ranking europeu Pro Junior, depois de ter vencido a primeira etapa do ano, no fim-de-semana de 19 e 20 de Maio.

Para Justin Mujica, este foi um regresso às finais e ao pódio, de-pois de duas etapas a perder nos quartos-de-final. Embora o primei-ro lugar fosse sempre o que dese-java, sobretudo depois de eliminar o melhor atleta do segundo dia de prova – o galego Gony Zubizarre-ta, nas meias-finais, este segun-do posto não deixa de o colocar

Mais uma vitória de Vasco Ribeiro O pódio feminino na entrega de prémios

Vasco Ribeiro

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Vasco Ribeiro e Maria Abecasis Vencem o Moche Porto Pro

Surf

novamente no Top 3 do ranking nacional.

Marlon Lipke e Gony Zubizar-reta, que foi o segundo classifica-do na etapa anterior, terminaram assim o Moche Porto Pro na ter-ceira posição ex-aequo, o que os coloca dentro do Top 16 nacional, apesar de não terem participado na primeira etapa do ano. Os dois amigos, que competem habitual-mente no circuito mundial de surf de qualificação, deram assim por bem empregue o esforço que fize-ram para regressar rapidamente do Brasil, onde se encontravam a competir numa etapa desse cir-cuito.

No feminino, a final foi muito equilibrada e bastante disputada, com Francisca Santos a começar mais forte, mas Maria Abecasis a responder bem e a conseguir uma segunda onda melhor que a de Francisca, vencendo assim pela primeira vez este ano, depois de um segundo e um terceiro lugares nas etapas anteriores. Francisca Santos teve assim de se conten-tar com o segundo lugar desta vez, deixando Carina Duarte na terceira posição e Keshia Eyre na quarta.

“Acho que competi bem,” afir-mou Maria à saída da final. “Estou

satisfeita com a minha prestação, porque a final foi bastante dispu-tada entre todas. Espero conse-guir manter o ritmo nas próximas etapas e voltar a conquistar o títu-lo este ano,” confessou a campeã,

que é agora também líder da Mini Triple Crown feminina, empatada com Francisca Santos.

“Fomos muito bem recebidos no Porto,” afirmou Francisco Ro-

drigues, presidente da Associação Nacional de Surfistas. “O Moche Porto Pro contou com três dias consecutivos de boas ondas na Praia Internacional, o que ajudou

Maria Abecasis

Francisca Santosa Justin Mujica

Entrega de prémios Entrega de prémios no pódio masculino

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52 2012 Junho 306

Gony Zubizarreta

Estrutura Ambiente

Marlon Lipke

Surf

ao espectáculo, por isso estamos muito satisfeitos com o resultado final, que viu centenas de pesso-as a assistirem à prova, interessa-das e participativas. Estamos de volta para o ano, seguramente,” concluiu.

A Liga MEO Prosurf vai fazer agora uma pausa de Verão, para permitir aos melhores surfistas nacionais participarem nas provas internacionais que decorrem um pouco por todo o mundo, regres-sando no Outono para a quarta etapa, entre os dias 28 e 30 de Setembro, na Figueira da Foz.

Esta foi a segunda etapa a contar para a MINI Triple Crown, um troféu especial dentro da Liga MEO Prosurf que atribui o usufruto de um automóvel MINI Coutryman ao melhor atleta masculino e ou-tro automóvel MINI à melhor atle-ta feminina no cômputo geral de

três das suas etapas – Cascais, Porto e Figueira da Foz. Vasco Ribeiro lidera claramente no mas-culino, enquanto Maria Abecasis e Francisca Santos se encontram empatadas no feminino. A próxi-ma etapa decidirá os campeões deste troféu.

Apenas para os atletas mas-culinos, está também em jogo um lugar no Top 10 do Moche Wild-cards, uma competição especial que, em cada etapa, contabiliza a melhor onda dos últimos 16 atle-tas em prova e define dez vagas para o campeonato de triagens que atribui um wildcard no Rip Curl Pro, em Peniche, a única eta-pa do principal circuito mundial de surf que se realiza em Portugal, em Outubro. Vasco Ribeiro tam-bém lidera este troféu, agora com Justin Mujica no segundo posto, Frederico Morais no terceiro, Fili-pe Jervis no quarto e Ruben Gon-zalez no quinto. Gony Zubizarreta, João Guedes, José Ferreira, Edu-ardo Fernandes e Marlon Lipke completam o actual Top 10.

Como não poderia deixar de ser, todas as etapas da Liga MEO Prosurf têm transmissão em di-recto para os assinantes do MEO por ADSL ou Fibra, na aplicação MEO Surf, através do botão azul no MEO Interativo; pela internet, em www.meo.pt/surf; bem como na TVI, através de resumos diá-rios. Três formas de ver ou rever confortavelmente toda a Liga, que conta com comentários dedicados e especializados.

A Liga MEO Prosurf 2012 é uma organização da Associação Nacional de Surfistas e da Spot da Media Capital Entertainment, com o patrocínio do MEO, do Moche e da MINI, os media partners TVI, Cidade FM, Go-S.TV, GTV e Puro Feeling, bem como os apoios do Sapo.pt, Surftotal, Surf Portugal, ONFIRE, Beachcam, Oceanlook e SurFisio.

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Viana do CasteloRecebe Prova Rainha do Surf NacionalAs ondas de Viana do Castelo, e especificamente as da praia da Arda, em Afife, vão ser palco da prova rainha do surf nacional, a Taça de Portugal 2012, entre 24 e 29 de julho.

Surf

Taça de Portugal FPS 2012

Para esta escolha da Federação Portugue-sa de Surf, foram de-cisivas as condições

excecionais da região para a prá-tica da modalidade, a garantia de uma boa organização, bem como o facto de esta competição, de gran-de importância para a preparação dos europeus e mundiais, possibili-tar dar a conhecer aos clubes e aos atletas nacionais de elite as instala-ções do Centro de Alto Rendimento de Surf em construção.

No calendário de 2012 do Surf Clube de Viana destaca-se a co-organização da Taça de Portugal, o evento mais importante organizado pela Federação Portuguesa de Surf e que costuma colocar em competi-

ção cerca de 300 atletas de elite em representação de clubes de Norte a Sul do país, nas categorias de Surf, Bodyboard, Longboard e Kneebo-ard, em masculinos e femininos e em todos os escalões etários.

A equipa do Surf Clube de Viana já está preparada para esta com-petição e promete lutar pelo pódio, tanto em títulos individuais como coletivos.

Esta prova disputa-se segundo o formato double-elimination, que rege as competições mundiais, constituindo-se como competição de preparação de referência para os campeonatos do mundo.

Segundo Guilherme Bastos, Presidente da Federação Portugue-sa de Surf, esta é a prova rainha

do surf nacional, na qual marcam presença todas as modalidades da Federação.

“Viana do Castelo, pelas suas condições excecionais para a práti-ca de surf e pelo seu longo historial na realização de grandes provas, garantindo assim uma boa orga-nização, surge facilmente como a opção deste ano. Também, e seguindo o exemplo da prova do ano passado, em Aveiro, cumpre a intenção da Federação levar esta Taça até onde estão a ser instala-dos os Centros de Alto Rendimento de Surf, promovendo a sua divulga-ção junto dos clubes e dos atletas nacionais”.

Guilherme Bastos considera este Centro de Alto Rendimento de Surf, além de um produto despor-tivo, turístico e económico que vai ampliar as excelentes condições de Viana do Castelo para a prática da

modalidade, potenciador de gran-des vantagens técnicas para os atletas da região.

Também segundo a Direção do Surf Clube de Viana, esta estrutura reveste-se de grande importância para a afirmação de Viana do Cas-telo como destino de excelência do surf. Sobretudo no seguimento da organização, em 2010, do Euroju-nior (Europeu de Seleções), esta coletividade vianense tem mantido estreitas relações com as Federa-ções Europeias de Surf (Bélgica, Espanha, França, Inglaterra, Norue-ga e Suécia), no âmbito das quais têm sido estabelecidos contatos no sentido de atletas de alta competi-ção se fixarem por várias tempora-das em Viana do Castelo. Também o agravamento da crise ao nível de patrocínios dos atletas de alta-competição está a fazer com que os destinos de estágio dos praticantes do norte da Europa estejam a sofrer alterações.

A dinâmica destas instalações também poderá beneficiar da proxi-midade de Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, uma referência do low-cost, que movimenta cerca de 300 mil turistas por mês.

Assim, o Surf Clube de Viana considera que o Centro de Alto Rendimento de Surf de Viana do Castelo e o seu posicionamento geográfico estratégico poderá fazer da região uma base privilegiada de treino, além de contribuir para uma massificação do desporto junto da população local, permitir ao próprio clube ter uma atividade ainda mais regular e potenciar a existência de novos campeões no plano interna-cional.

Taça de Portugal, o maior evento da FPS

Taça de Portugal 2010 Visita ao centro de alto rendimento de surf

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Guilherme FonsecaContinua a Dominar em Esperanças

Terminou no domingo 3 de Junho o Campeonato Nacional de Surf Esperanças que se realizou durante três dias no Contiqui Bar, na praia da Costa Nova, em Ílhavo.

Surf

3ª Etapa do Campeonato Nacional de Surf Esperanças- Ilhavo

Teve início na sexta-feira, 1 de Junho, o Circuito Nacional De-eply Surf Esperanças

que decorreu com a participação de 123 surfistas oriundos de todo o país. Reuniram-se na praia da Costa Nova para competir nas classes Sub 12, Sub 14, Sub 16 e Sub 18, masculinos e femininos.

A prova começou com bom tempo, muito calor e ondas de 1 metro muito bem formadas o que proporcionou aos competidores excelentes condições para mostra-rem o seu potencial. As categorias a entrar na água na sexta-feira fo-ram os Sub 12, Sub 14 masculino e feminino.

O destaque do dia foi João Moreira (Carcavelos) na categoria Sub 14, que obteve a melhor onda, com 9,25 em 10 pontos possíveis. No feminino o destaque foi para Camila Kemp que obteve a melhor onda na categoria - 7,75 pontos em 10 possíveis.

No sábado a competição teve início às 8h30 com a categoria Sub 16. As ondas até 2m com formação perfeita permitiram ao público pre-sente apreciar as manobras mais radicais do surf, com muito espec-tálo no areal da Costa Nova.

Nos Sub 16 o destaque foi para Tomás Fernandes da Ericeira, com

a melhor onda da categoria - 7,25 pontos.

Guilherme Fonseca destacou-se também nos Sub 18, com uma onda de 8,50 pontos durante a quinta bateria.

No domingo, Guilherme Fon-seca veio assim a cotar-se, mais uma vez, como a figura de maior destaque, ao vencer a competição de sub-16, e subir ao segundo lu-gar em sub-18, escalão ganho de forma surpreendente por Tomás Ferreira, outro “precoce”, que tal como Guilherme, tem ainda ape-nas 14 anos.

A competição teve início às 8h35 com céu limpo, sem vento e ondas a rondar o 1,5 metro, com a disputa das meias finais de todas as categorias.

Destaque nas meias finais para Dylan Groen (Sub 12) que obteve o melhor score combinado (2 melho-res ondas) com 13.25 pontos em 20 possíveis. Tomás Fernandes e Guilherme Fonseca (Sub 16) tam-bém estiveram em grande forma, ao obterem 12.75 e 12.5 pontos respectivamente.

ClassificaçõesFinal Feminino Sub 181ª Keshia Eyre, 142ª Camila Kemp, 9,903ª Constança Coutinho, 5,15

Guilherme Fonseca

Guilherme Fonseca, 1º Classificado, Sub16

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4ª Mariana Assis, 4,75Final Sub 121º João Vidal, 12,302º Guilherme Ribeiro, 8,753º Dylan Groen, 8,404º Gustavo Matos, 6,75Final Sub 141º Vasco Monica, 10,402º Jácome Correia, 8,353º João Moreira, 7,954º Duarte Baltazar, 7,65Final Sub 161º Guilherme Fonseca, 13,502ª Tomás Fernandes, 9,133º Francisco Duarte, 8,254º João André, 5,45Final Sub 181º Tomás Ferreira, 13,402º Guilherme Fonseca, 12,503º Tomás Fernandes, 9,234º Mateus Rego, 8,60

Melhor Onda: João Morei-ra, de Carcavelos, 9,25 pontosForam surfadas 1.430 ondas.A entrega de prémios decorreu no Contiqui Bar, com a presença doVereador da Câmara Municipal de Ílhavo, Eng Paulo Costa.Esta prova teve o apoio: Deeply, Contiqui Bar, Hotel da Barra, Pas-coal, Coza Nova, Tacho da Rita, Marisqueira da Barra e Pizzaria Brasão. Tomás Ferreira

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Maior Comitiva de Sempre em LondresBernardo Freitas/Francisco Andrade em 49er, Sara Carmo em Laser Radial e Gustavo Lima em Laser Standard foram os últimos velejadores nacionais a garantirem presença nos Jogos Olímpicos de Londres 2012, depois de disputada a Skandia Sail for Gold Regatta, na Grã-Bretanha. No total, serão 13 os atle-tas que estarão, entre 29 de Julho e 11 de Agosto, em águas de Weymouth e Portland.

Vela

Skandia Sail For Gold Regatta

Na Grã-Bretanha vão estar vele-jadores portu-gueses a repre-

sentar oito classes, 49er, Laser Standard, Laser Radial, Star, RS:X, RS:X Feminino, 470 e Match Racing Feminino.

A Skandia Sail For Gold Re-gatta, foi o último evento para a vela portuguesa garantir a pre-sença nos Jogos Olímpicos, a

maior presença de sempre em número de classes e em núme-ro de velejadores.

A dupla de 49er e os veleja-dores dos Laser garantiram a presença nas olimpíadas britâ-nicas depois de, no somatório do Troféu Princesa Sofia e da Skandia Sail for Gold Regatta, terem somado mais pontos que os seus adversários: “Foi uma selecção muito equilibrada. O nível subiu imenso e agora há que trabalhar bastante até aos Jogos”, afirma Rui Reis, coor-denador do projecto olímpico. Freitas e Andrade terminaram a prova inglesa no 20º lugar, atrás de Lima e Costa que fo-ram 16º.

Em Laser Radial, Sara Car-mo encerrou na 40ª posição, enquanto Inês Sobral foi 61ª. Gustavo Lima foi 31º em La-ser Standard e Rui Silveira quedou-se pelo 70º posto.

Afonso Domingos/Frederi-co Melo foram 12ª posição na classe Star e João Rodrigues acabou a Skandia Sail for Gold Regatta em 21º em RS:X.

Nos 470, Álvaro Marinho/Miguel Nunes ocuparam o 26º

Álvaro Marinho e Miguel Nunes

Bernardo Freitas e Francisco Andrade Gustavo Lima

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Vela

lugar e António Matos Rosa/Ricardo Schedel o 40º.

No Match Racing feminino Rita Gonçalves/ Mariana Lo-bato/Diana Neves terminaram na 10ª posição, depois de nas repescagens terem somado

quatro vitórias e duas derro-tas.

Carolina Mendel Blatt em RS:X não esteve no Skandia Sail, pois já estava apura-da desde a sua participação Mundial.

João Rodrigues Rita Gonçalves, Mariana Lobato e Diana Neves

Afonso Domingues e Frederico Melo

Carolina Mendelblatt Sara Carmo

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Troféu Eng.Manuel Pessanha

Pires e Bajanca VencemEm Leixões

As duplas Gonçalo Pires/Nuno Bajanca, em 420

e Pedro Barreto/Francisco Melo, em Snipe, foram as ven-cedoras do Troféu Eng. Manuel Pessanha, disputado no campo de regatas de Leixões com organização do Clube de Vela Atlântico.

Gonçalo Pires/Nuno Bajanca, do Clube de Vela de Lagos, fo-ram os vencedores da 2ª Prova de Apuramento Nacional da classe 420. A dupla lacobrigen-se ganhou apenas uma das seis regatas disputadas em Leixões, mas foi a mais regular rele-gando Gonçalo Pinho/Miguel Hipólito, do Sport Club do Porto, para a 2ª posição. João Pestana/Tomás Marques, do Clube de Vela Atlântico, foram terceiros classificados.Também englobada no Troféu Eng. Manuel Pessanha estava a 2ª Prova de Apuramento Nacional da classe Snipe. Pe-dro Barreto/Francisco Melo, do Clube Naval de Cascais-Mitsubishi, somaram a segunda vitória consecutiva da época, após 5 regatas realizadas. Luís Cadeco/Luís Maia, do Clube de Vela Atlântico, e Pedro Cunha/Miguel Leal Faria, do Clube Dom Pedro, foram 2º e 3º, respectivamente.

Notícias do Mar

Últimas

OEDP Kite Surf Pro Cascais 2012, pri-meira etapa do cir-cuito mundial de

kitewave KSP, reuniu na Praia do Guincho os melhores atletas mundiais nesta disciplina do ki-teboard.

Os competidores defronta-ram-se na Praia do Guincho, com ondas até 2,5m, com ventos side-onshore, as con-dições ideais para prestações new-school, com progressivas manobras aéreas. Heats explo-sivos de vários riders levaram o público ao rubro, nos dias em que o vento colaborou.

Os maiores destaques nes-tas performances alucinantes incluem o jovem Keahi De Aboi-tiz (AUS), de 19 anos, e Mitu Monteiro (CPV) que com o seu estilo único leva sempre espe-táculo às competições onde participa.

As condições de vento e

EDP Kite Surf Pro Cascais 2012

ondas durante a passagem do circuito mundial por Portugal não foram as esperadas, não tendo sido possível terminar todas as rondas de heats que ditariam a classificação final. Mas foram premiados os riders com a mais alta pontuação numa onda, na Cerimónia de Encerramento re-alizada em Cascais, que se pro-longou pela noite dentro.

A Organização mostrou o seu agrado pela passagem por Portugal, apesar de um incrível azar com o vento que teimou em não colaborar. Todos os atletas mostraram vontade em regressar no próximo ano para conseguirem mostrar todo o seu talento, mas num Guincho com os habituais ventos e on-das que este ano não brinda-ram o KSP durante os 10 dias de espera.

A próxima paragem do KSP World Tour 2012 vai realizar-se nas Maurícias, entre 7 e 16 de

Campeonato Nacional de Access 2.3

Pedro Reis Campeão Nacional

Pedro Reis, do Clube Naval de Cascais, sagrou-se Campeão Nacional de Access, em prova disputada no Funchal.

Pedro Reis terminou o Nacional com 5 pontos, menos 3 do que o segundo classificado, Fernando Pinto, da Escola Nacional de Vela Adaptada. Na última posição do pódio ficou José Cavalheiro, do Clube de Vela de Viana do Castelo, com mais 6 pontos do que o vencedor. Participaram no Campeonato Nacional de Access, organizado pelo Clube Naval do Funchal, 16 velejadores em repre-sentação de cinco clubes: Naval de Cascais, Naval Povoense, Vela de Viana do Castelo, Escola Nacional de Vela Adaptada e Naval do Funchal.

Vento Falta à Chamada

Setembro, e contará com a presença de dois portugueses: Inês Correia (actual Campeã do Mundo) e Gonçalo Gomes.

Best WaveAwards Masculino:Guilly Brandão (BRA)Mitu Monteiro (CPV)Paulino Pereira (POR)

Best WaveAwards Feminino:Kristin Boese (GER)Kirsty Jones (GBR)Kari Schibevaag (NOR)

O título do KSP Professional Wave Tour 2012 será decidido até final do ano, com a realiza-ção de mais 3 etapas.7 a 16 Setembro — Le Morne, Maurícias19 a 28 Outubro — West Coast, Irlanda29 Novembro a 8 Dezembro — Maui, Hawaii, Estados Unidos

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