O Alvoradense #48

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17 e 18 de Janeiro de 2015

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Page 1: O Alvoradense #48

Conheça os erros que podem decretar seu fracasso profissional PÁGINA 6

Em uma semana turbulenta para o governo municipal, vice-prefeito Arlindo Slayfer aproveita férias

de Serginho para enviar à Câmara de Vereadores projeto contra o

aumento do IPTU e ainda demite cinco secretários próximos ao

prefeito. Apesar de nenhum efeito prático, atitude de Arlindo sacode

Prefeitura, que busca minimizar os danos políticos do episódio

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O TEMPOFECHOU

O ALVORADENSE

DECRETOS DE SARTORI PARALISAM OBRAS E AMEAÇAM BOMBEIROS

ANO 03 •• Nº 48 •• ALVORADA, 17 E 18 DE JANEIRO DE 2015 •• WWW.OALVORADENSE.COM.BR

Polícia procura pai que abusou de três filhas

Eleita a corte que vai comandar o Carnaval

E MAIS:Justiça concede liminar e

suspende aumento do IPTU

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GENTE NOSSA ÉDES E SUA

ARTE EM PEDRA SABÃO

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ARLINDO X SERGINHO

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Page 2: O Alvoradense #48

EDUARDOTOLEDO

100% nem na Disneylândia

‘O babado foi forte essa semana’, como diz a blogueira e fofoqueira da novela Im-pério. Alvorada city ganhou um herói e vários salvadores da pátria nesta última terça-feira. É isso mesmo meu povo.

Não precisou mais o messias chegar, que já rolou o que o cidadão esperava desde janeiro de 2013. Os primeiros passos de justiça um ano antes das eleições de 2016. Mesmo que tenham durado poucos minutos de fama, foram as posições do vice-prefeito que trouxeram um pingo de esperança para nossa cidade no ano de come-moração dos 50 anos da cidade. A percussão se tornou tão grande que o fato foi para além dos bastidores do reinado, chegando nas paradas de ônibus, fila dos su-permercados, imprensa e redes sociais. E não adianta o governo tentar imprimir seus jornais pessoais e mandar seus cargos de confiança distribuirem na cidade como propagandas e promessas de mudanças, já estamos cansados. Afinal, as promessas eram nas campanhas de 2012. Por falar em campanha, realmente quem ganhou o último pleito municipal foi o nosso heroi, o vice-prefei-to, que é tão popular na cidade que não precisa mostrar um sorriso amarelo e um coque no cabelo.

Na noite da terça-feira, até mesmo a novela Império

perdeu sua audiência. Todo mundo estava nas redes sociais, no facebook do jornal O Alvoradense, nas ruas e nos bares. O povo falando do atual prefeito da cidade, de bem que não era. O assunto era o aumento de 100% do IPTU sem consulta pública e a demissão do alto deno-minado escalão do governo. Secretários que são o braço esquerdo e direito do prefeito. Aposto que pensaram nos R$ 10 mil a menos no mês.

O estranho na semana ainda foi posição do partido do vice-prefeito tirando o corpo fora para manter seus cargos de confiança no poder.

Além do heroi, tivemos uma heroína. Jussara

Mendes, junto com outros apoiadores como o PMDB, entrou com uma ação contra o atual governo para baixar o 100% do IPTU e ganhou. Depois dessa posição, vou pedir para ela ser candidata a prefeita. Pois são essas po-sições que esperamos de quem administra o Executivo. Alguém que esteja do lado do povo e da cidade.

Na nova novela sobre todos esses fatos do nosso

município sempre rola financiamento governamental do atual governo, ao contrario do projeto do Alvoroço filmes, que é da cidade e não conta com apoio nenhum.

Mas vou fazer um pedido ao perfeito; Queremos nos-so dinheiro de volta do pagamento e aumento abusivo do IPTU em espécie. Quem eu procuro para ter de volta o que paguei? O Procon? A novela não terminou, afinal essa cidade tem mais sol que estrela.

Tenho mesmo que acreditar na frase do atual gover-nador; O meu partido é Alvorada, é pela cidade que devo lutar.

[email protected]

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Sábado e Domingo17 e 18 de janeiro de 2015

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“PARA REFLETIRUma pessoa inteligente resolve um problema, um sábio o previne.Albert Einstein

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A SEMANA ARTIGO

Sérgio Besserman ViannaA educação está na raiz dos

principais problemas e é uma das chaves de qualquer solução no Brasil. Além de esforços governa-mentais, há muitas organizações da sociedade civil, centros acadêmicos e pesquisadores individuais que fazem excelentes trabalhos para tentar acelerar a transformação da paisagem desoladora da qualidade da educação no Brasil.

O conhecimento está no centro do futuro da economia por ser o principal fator de aumento de produtividade. Está no centro da superação da baixa qualidade da democracia brasileira por permitir à cidadania cobrança mais consciente e efetiva sobre as autoridades representativas. E é a única oportu-nidade real de superação da chaga maior do Brasil, que é a gigantesca desigualdade.

Isso porque não se supera uma desigualdade como a nossa apenas com políticas de transferência de renda. Para reduzir significativa-mente a desigualdade, é preciso distribuir ativos. No século XX, esses ativos eram físicos, como terras, residências ou fábricas, e era sempre preciso expropriar alguém, geralmente em experiên-cias revolucionárias que a história mostrou serem contraproducentes. Mas o principal ativo do século XXI é outro e pode ser redistribuído sem a necessidade de qualquer expropriação: o conhecimento.

Não se deve atribuir a questão exclusivamente à baixa qualidade da educação pública. Esse é, sem dúvida, o problema central. Mas a diferença no conhecimento acu-mulado do povo brasileiro quando comparado a outros povos é menor do que a diferença no conhecimento acumulado das elites brasileiras quando comparadas às elites de ou-tros países (ver resultados do Pisa).

Ou seja, nossas elites, estudando em colégios particulares, sem qualquer restrição material ou de infraestrutura, aprendem e sabem menos do que as de outros países. E a diferença é maior do que quando comparamos as populações em geral.

As causas históricas são meio evidentes: o povo foi excluído do acesso ao conhecimento até menos de três décadas atrás, ficando fora das es-colas, e as elites, em sua maioria, não precisaram de conhecimento para prosperar porque a competição de mercado era um fator menos impor-tante do que as relações pessoais com o poder da ocasião. Das sesmarias às licitações fraudadas de hoje em dia.

O problema que o Brasil tem em mãos é, portanto, mais profundo. É cultural e é nesse plano que tem de ser enfrentado: a sociedade brasileira não dá valor e não se organiza para dar valor ao conhecimento.

A grandeza do povo brasileiro estará em reconhecer em si mesmo as limitações trazidas pela história e ser capaz de assumir abertamente querer que seus filhos sejam dife-rentes e melhores, mais instruídos e com mais conhecimento. Nesse contexto, o cultural, cabe enfatizar que a principal sala de aula é a política e os políticos, os principais professores, sendo esse, de longe, seu mais importante papel. E a aula está muito ruim.

Educação e conhecimento

economista

Acidente com ônibus mata 9 pessoasUm desastre envolvendo um ônibus da empresa Reunidas, que

seguia para Florianópolis, capital de SC, resultou na morte de nove pessoas na madrugada de domingo, dia 11, na localidade de Alfredo Wagner, em Santa Catarina. O coletivo havia saído da cidade argentina de Posadas e realizou uma parada em Passo Fundo (RS), onde embarcaram alguns passageiros. Quilômetros depois, o veículo despencou em uma ribanceira, situada no quilômetro 107 da BR 282. Sete pessoas, entre elas o motorista e uma criança, morreram no local. Outras duas mulheres morreram no Hospital Regional de São José, na Grande Florianópolis, em função dos ferimentos provocados no acidente. Conforme a empresa, o ônibus saiu vazio da rodoviária de Posadas e foi fazendo o embarque de passageiros pelo caminho.

Governo não ampliará pista do Salgado FilhoO secretário nacional da Aviação Civil, Eliseu Padilha, formalizou

que o governo federal não vai custear a ampliação da pista para o transporte de cargas do Aeroporto Internacional Salgado Filho. O prefeito José Fortunati, que defendia a melhoria, ouviu a decisão do próprio ministro. De acordo com Padilha, o que houve foi um ruído na comunicação. “Quem disse que este processo estava licitado? A especulação parte do especulador e a pista opera com 54% da capacidade, atendendo normalmente a demanda de 35 toneladas por ano. Se não precisamos de uma estrada, por exemplo, por que vamos conclui-lá?”, ponderou Padilha. O ministro, porém, garantiu um empenho de R$ 600 milhões para a conclusão dos terminais de cargas e de passageiros e também para melhorias no pátio usado pelas aeronaves.

Morte de Campos ocorreu por falhas humanasAs investigações da Aeronáutica, que começam a ser

divulgadas no início de fevereiro, concluíram que o acidente que matou o presidenciável do PSB e ex-governador de Per-nambuco, Eduardo Campos, no meio da campanha eleitoral do ano passado, foi causado por uma sequência de falhas do piloto Marcos Martins - desde a falta de treinamento para aquela aeronave até o uso de “atalho” para acelerar o procedi-mento de descida.

PF prende Nestor Cerveró

A Polícia Federal (PF) pren-deu na madrugada de quarta-feira, dia 14, o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró. Acusado de envolvimento na operação Lava Jato, ele foi detido ao desembar-car no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro, de um voo proveniente de Londres. A informação foi confirmada por seu advogado de defesa, Edson Ribeiro, e a PF.

Morre ‘homem Malboro’

Um dos caubóis que se tor-nou conhecido por protagonizar campanhas do cigarro “Marlbo-ro” morreu na segunda-feira, dia 12. Darrell Winfield tinha 85 anos e estava em casa, no Estado de Wyoming, quando faleceu.

Brasileiro será fuziladoO brasileiro Marco Archer

Cardoso Moreira, 53 anos, será um dos seis réus executados na Indonésia no próximo domingo. Segundo o jornal australiano The Sydney Morning Herald, o governo indonésio disse que não vai aceitar os pedidos de clemência feitos pela defesa do brasileiro. Condenado em 2004 por tráfico de cocaína, Cardoso será o primeiro brasileiro a ser executado no país asiático.

Jovem é linchado e morto em Pelotas

Um jovem foi linchado e morto após uma suposta ten-tativa de assalto na esquina das ruas General Osório e Conde Porto Alegre no Centro de Pe-lotas, Sul do Estado. De acordo com a Brigada Militar, o rapaz - que aparentava ter cerca de 25 anos - foi agredido depois de tentar assaltar e, possivelmente, estuprar uma mulher, conforme relato de testemunhas.

Caixa aumenta jurosA Caixa Econômica Federal

vai subir as taxas de juros do fi-nanciamento imobiliário. A alta valerá para os financiamentos tomados a partir de segunda, dia 12. A alteração se deve ao aumento da taxa básica de juros (Selic), que atualmente é de 11,75%. Serão corrigidas as ta-xas das operações com recursos da poupança. Os financiamen-tos contratados com recursos do Minha, Casa Minha Vida e do FGTS não sofrerão correção.

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3Sábado e Domingo17 e 18 de janeiro de 2015www.oalvoradense.com.br

cidade O tempo na Prefeitura

Segunda, dia 12Céu nublado

PSD e o PMDB protocolam no Tribunal de Justiça (TJ-RS) pedido de liminar contra o aumento do IPTU em Alvorada e o tempo começa a ficar carregado para o governo. As siglas de oposição questionam os valores aplicados pelo Executivo no reajuste do imposto, a falta de diálogo com a população, a vali-dade da pesquisa utilizada para atualizar o valor venal dos imóveis, bem como a aplicação do reajuste em caráter de urgência. Há cheiro de tempestade no ar.

Terça, dia 13Tornado

Nem mesmo os mais espe-cializados meteorologistas previam tamanha tormenta. O vice-prefeito Arlindo Slayfer convoca a imprensa e anuncia que vai proto-colar na Câmara projeto que suspende o reajuste do IPTU em Alvorada. E não era só: assina cinco portarias e demite Clair Gabana, secretaria de Gabinete, Ramiro Passos, da Adminis-tração, Antônio Begnini, da Fazenda, Roberto Teles, de Serviços Urbanos, e o dire-tor de Compras e Licitações, Ricardo de Oliveira. Em meio ao temporal, o prefeito Professor Serginho retorna às pressas para a Prefeitura ao saber pela imprensa dos anúncios polêmicos de Arlindo. Enquanto representantes da oposi-ção tentavam protocolar as demissões dos secre-tários ligados a Serginho, o prefeito aguardava no Salão Nobre a chegada dos convocados para reunião de emergência. O dia termi-na com uma coletiva de imprensa dura para avaliar os estragos causados pelo tempo severo.

Quarta, dia 14Céu limpo

Depois da tempestade sempre vem a bonança. Em nova coletiva de imprensa pela manhã, Serginho nega crise política no governo e chega a afirmar que não teme ter de entregar o cargo para Arlindo caso seja necessário. Apesar da terra arrasada a sua volta, a ten-tativa do prefeito é acabar o mais rápido possível com as previsões pessimistas.

Quinta, dia 15Temporal

O tempo parecia começar a se firmar, quando o céu fechou de vez e um tempes-tade carregada de relâm-pagos voltou a assombrar o Executivo. O TJ-RS decide acatar a liminar e suspende o aumento do IPTU, em um indicativo de que os próxi-mos dias ainda guardam tempo instável na praça Leonel Brizola.

Sexta, dia 16Céu nublado

A Prefeitura decide acatar a liminar da Justiça e suspen-de o pagamento do IPTU até o julgamento do mérito da ação.

Governo vive semana turbulentaIPTU. Aumento, suspenso pela Justiça na quinta, foi o estopim para crise que colocou em lados opostos prefeito e vice

O desgaste político causado pelos anúncios polêmi-cos do vice-pre-

feito Arlindo Slayfer (PSB), realizados ao longo da tarde de terça-feira (13), expôs publicamente problemas que permeiam os corredores da Prefeitura desde janeiro de 2013, logo após a posse de Serginho à frente do Executi-vo. Ainda que o governo se esforce em manter uma imagem de tranquilidade e sintonia, nos bastidores está claro o vendaval político que passou pela praça Leonel Brizola nesta semana. Os estragos ainda são calculados e, mais do que nunca, os reparos devem demorar há acontecer.

Os fatos que sacudiram a prefeitura na última terça-feira começaram bem antes da sessão extraordinária que aprovou o projeto de atuali-zação do valor venal dos ter-renos e, por consequência, elevou a alíquota do IPTU em média 100%. Para en-tender o que aconteceu nesta semana é preciso voltar para novembro de 2014, quando a advogada e presidente municipal do Partido Social Democrático (PSD) deixou o governo. Aliada de Serginho desde 2012, Jussara Mendes não aceitou ter diminuído o espaço já pequeno que o PSD ocupava na Prefeitura. Na ocasião, surgiu a necessi-

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Arlindo assinou portarias que exoneraram cinco secretários de Serginho ao lado de Jussara Mendes (PSD)

Já pagou o IPTU? Saiba como procederA orientação da Prefeitura para os os contribuintes que já realizaram o pagamento do imposto é para aguardar a decisão final da Justiça sobre o reajuste para somente depois solicitar o ressarcimento.>>

Serginho: “A vida continua normal na cidade”

Pego de surpresa com os anúncios do vice, o prefeito Professor Serginho passou por três momentos distintos em menos de 24 horas. No primeiro, logo que soube pela imprensa das atitudes de Arlindo no início da tarde de terça-feira, dia 13, procurou entender o que se passava no governo e pediu tempo para refletir. No segundo, após reunião com todo o secretariado e os vereadores da base aliada, se mostrou revoltado e prometeu que responderia ‘a altura do que aconteceu’. Já no terceiro, na manhã de quarta-feira, tentou minimi-zar a crise com declarações pouco conclusivas.

Ao longo da semana Serginho tentou justificar as atitudes de Arlindo como

problemas internos do partido. Ele contou com o apoio do PSB desde o início da crise, mas mudou de discurso ao longo dos dias. Em uma das três entrevistas que concedeu, chegou a dizer que “não admitiria desmandos” na prefeitura. Um dia depois, contudo, avaliou que “não existe nenhum problema que não possa ser resolvi-do” e chegou a demonstrar surpresa com os questio-namentos dos jornalistas sobre o racha com Arlindo. “É isso, ele tem que resolver com o partido dele... a vida continua normal na cidade.” Serginho também reiterou a necessidade da atualização do valor venal dos imóveis, o que segundo o governo não ocorria há 15 anos.

Arlindo: “Dei uma resposta para a comunidade”

Em entrevista dois dias depois de se rebelar contra o governo, o vice-prefeito Arlindo Slayfer justificou as atitudes que tomou na terça-feira, dia 13. O socia-lista negou arrependimento e confirmou sua contrarie-dade com as atitudes do governo Serginho. “Quero pedir desculpas para a comunidade que votou em mim”, afirmou ao avaliar que o governo ‘caminha em direção errada’.

Apesar de negado por Serginho, Arlindo garante que a relação entre eles sempre foi distante. “Nunca soube dos projetos com an-tecedência e nunca pediram a minha opinião”, conta. Ele também explicou a demis-são dos cinco secretários. “Dei uma resposta para a

comunidade, já que eles estavam envolvidos com o projeto de reajuste do IPTU.”

O socialista diz que continuará ‘defendendo a comunidade’, e avalia que o enxugamento da máquina e o corte de cargos de con-fiança seriam necessários para ‘colocar o governo no caminho certo’.

Na quarta-feira, dia 14, o PSB de Alvorada divulgou nota onde classificou as ati-tudes do vice como isoladas. Arlindo reconhece o distan-ciamento com seu partido. “Se o vereador votou a favor o problema é dele. Ele dará explicações para a comuni-dade que o elegeu”, disse em relação a Reginaldo Rocha. “Eles estão defendendo os cargos que têm no governo”, resume.

praça falar com os grevistas como discursou no micro-fone a favor da pauta dos municipários. Mesmo com o visível distanciamento entre prefeito e vice, PT e PSB se mostraram unidos na Câ-mara. Nem mesmo quando os socialistas ficaram sem representante no governo, o que ocorreu com a saída de Miguel Ângelo da pasta de Serviços Urbanos em setembro de 2014 após ser flagrado dirigindo um carro clonado pela Polícia Civil, os dois partidos demonstraram estranhamento. Pelo menos não oficialmente.

Polêmico reajusteNo dia 23 de dezembro

o Executivo protocolou na Câmara de Vereadores 17 projetos para serem votados em caráter de urgência em sessão extraordinária um dia após o Natal. Entre eles esta-va a polêmica atualização do valor venal dos imóveis.

O projeto atendia em parte o pedido do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que em 2013 orientou a maioria das prefeituras da região Metropolitana para que igualassem os valores da tabela da prefeitura com os do mercado imobiliário.

Nem mesmo os verea-dores da base do governo estavam cientes do pacote de projetos que seriam votados durante a sessão extraordi-nária. A polêmica arrastou a votação por horas e, mesmo com maioria no Legislativo, o escore foi apertado. Os dois vereadores do PDT, Zézo e Preto, deixaram a ses-são e a base arrecadou nove votos a favor, sendo quatro do PT, com Juliano Marinho, Leandro Tur, Jackson do

Hospital e Marcus Thiago, três do PTB, com Gerson Luís, Neto Girelli e Profes-sora Nadir, um do PSB, com Reginaldo Rocha, e um do PRB, com Miro Eletricista. Votaram contra a bancada do PMDB, Appolo, Vânio Presa, Irmã Sara e Júlio Bala, e o petista Schumacher.

Com a aprovação do pro-jeto ‘escondida’ entre o Natal e o Ano Novo, a repercussão do consequente reajuste do IPTU demorou a aparecer. Demorou, mas não deixou de acontecer. Nas ruas o descon-tentamento foi se intensifi-cando ao longo das semanas. Nas redes sociais, comentá-rios e protestos questiona-vam o reajuste. A avaliação do centro de governo, contudo,

dade de acomodar aliados que deixaram o governo do estado após a derrota de Tarso Genro (PT) para José Ivo Sartori (PMDB). O PSD inclusive apoiou a candi-datura de Sartori, fato que não foi visto com bons olhos pelo PT de Alvorada. Jussara deixou o governo ‘atirando’. Divulgou nota criticando a administração de Serginho e posicionou o PSD municipal como partido de oposição.

Apesar desse rompimen-to ocorrer apenas no final do ano passado, a aliança entre Serginho, Jussara e Arlindo já demonstrava divergência desde o início do governo, em 2013. Na primeira greve dos servidores municipais Arlindo não só foi para a

previa que tudo passaria. E estava passando. Estava.

A gota d’águaNa terça-feira, contudo,

o tempo fechou de vez. Já descontente com tudo que julgava incorreto no governo e enquanto ainda entendia ser o prefeito em exercício, Arlindo exonerou cinco secretários e protocolou projeto de lei na Câmara de Vereadores para suspender o projeto que gerou aumento no IPTU. Serginho, contudo, havia retornado das férias pela manhã, quan-do realizou agenda com o governador José Ivo Sartori. Com a volta de Serginho para a prefeitura, ocorrida logo após saber pela imprensa dos anúncios do vice, as portarias assinadas por Arlindo perde-ram a validade.

Durante discurso que jus-tificava a atitude de ir contra o governo, Arlindo disse que desde o dia 5, quando assu-miu a Prefeitura, já não dor-mia por conta das cobranças. “As pessoas vão até a minha casa e me cobram explicação. Tinha que dar uma resposta a eles”, justificou. E foi o que aconteceu. Apesar do ato de protocolar projeto de sus-pensão do reajuste na Câma-ra não ter tido efeito prático, o tema voltou a ecoar pelos quatro cantos da cidade. Na semana que passou, quatro letras não saíram da boca dos alvoradenes: I, P, T, U.

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Sem repasses, 19 obras paralisam

Em seu primeiro dia de trabalho no Palácio Piratini, no dia 2 de janeiro, o gover-nador José Ivo Sartori assi-nou o decreto que vai protelar em seis meses o pagamento das dívidas que ficaram da gestão Tarso Genro, que estão orçadas em R$ 700 milhões. Sartori estava acompanhado do Secretário da Fazenda, Giovani Feltes; do Secretário Geral de Governo, Carlos Búrigo; do Chefe da Casa Civil, Márcio Biolchi e do líder do governo na Assembleia, Alexandre Postal.

O governador não falou com a imprensa após a assi-natura do decreto. Giovani Feltes explicou as medidas adotadas: “Elas vão na dimi-nuição do número de gastos nas diárias públicas, nas passagens aéreas, locação de bens e imóveis, novos con-tratos, nomeações, proces-sos seletivos, nomeação de novos concursos”, disse.

“Este decreto tem alcance no primeiro momento de 180 dias e visa materializar o discurso que o governador fez ontem na posse. Dá con-ta de um contingenciamento e cuidado em relação aos gas-tos públicos do Estado. Te-mos percebido que é possível

sim diminuir sobremaneira o custo da máquina pública do Rio Grande do Sul e essa medidas vão colaborar com isso”, completou.

Logo após a posse de Sartori, o chefe da Casa Civil, Márcio Biolchi, ressaltou que o efeito desejado com a publicação do decreto é preservar dinheiro em caixa para cumprir compromis-sos com o funcionalismo público. “Fornecedores são importantes, mas nossa prioridade é pagar pessoal”, garantiu.

4Sábado e Domingo

17 e 18 de janeiro de 2015www.oalvoradense.com.br

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPREFEITURA MUNICIPAL

DE ALVORADA

CHAMAMENTO PÚBLICO Nº 001/2015

A Prefeitura Municipal de Alvorada comunica aos interessados, que se encontra aberta Licitação na Modalidade Chamamento Público nº 001/2015, cujo objeto é o credenciamento de interessados em atuarem como oficineiros nos preparativos do Carnaval 2015 de Alvorada, consoante solicitação da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, o credenciamento ocorrerá de 19 à 23 de janeiro de 2015, na sede da SMCT, sito Avenida Presidente Getúlio Vargas, 3290.

O edital encontra-se à disposição, no site www.alvorada.rs.gov.br, também podendo ser solici-tado, através do e-mail [email protected], [email protected] ou [email protected]. Maiores informações, na Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Avenida Presidente Getúlio Vargas, 3290, Fone (51) 3044.8711 ou 3044.8712 – de segundas às sextas-feiras, das 08h às 11h45min, e das 13h às 16h45min.

Alvorada, 14 de janeiro de 2015.

Sergio Maciel BertoldiPrefeito Municipal

Medidas•• Suspensão de pagamen-tos de fornecedores do gover-no do Estado por 180 dias•• Adiamento de quitação dos valores pendentes de pagamento da gestão Tarso, chamado “restos a pagar”•• Congelamento temporá-rio de novos concursos e de nomeações dos já aprovados•• Corte nos gastos com passagens aéreas e diárias para fora do RS•• Buscar os chefes de ou-tros poderes e instituições para negociar o contingen-ciamento do orçamento

DECRETO DE SARTORI

PAVIMENTAÇÃO. Governador suspendeu pagamentos por 180 dias e empresas responsáveis por obras da Consulta Popular acabaram deixando a cidade

A decisão do gover-nador José Ivo Sartori (PMDB) de cortar despesas

e suspender os pagamen-tos de dívidas contraídas na gestão de Tarso Genro (PT) paralisou 19 obras de pavimentação em Alvorada. As ruas beneficiadas foram escolhidas através do Siste-ma Estadual de Participação Popular e Cidadã durante os anos de 2011, 2012 e 2013 e garantidas por meio de convênio entre Prefeitura e Metroplan assinado em junho de 2014.

Na terça-feira, dia 13, o prefeito professor Serginho participou de encontro com o governador no Galpão Crioulo do Palácio Piratini. Serginho questionou sobre as obras que estavam em

andamento na cidade e tiveram pagamento suspen-so por 180 dias pelo decreto. Sartori ficou de avaliar as de-mandas da Consulta Popular referente ao município.

O convênio previa repasses de cerca de R$ 7 milhões. O investimento contemplariam, além do asfalto, os processos de terraplanagem, drenagem, colocação de meios-fios, rampas de acesso e sina-lização nas ruas Catumbi, Murilo Furtado, Estados Unidos, Anita Malfati, Jato-bá, Três, General Vitorino, Wenceslau Escobar, Baobá, Tramandaí, Airton Sen-na, Pedro Álvares Cabral, Umbandistas, Tupi, Guaíba, Manoel Bernardes e Barão do Cerro Largo, e as aveni-das Tarumã e Piratini.

Corte de horas extras afeta Bombeiros

O corte no pagamento de horas extras por parte do governo do Estado levou o Corpo de Bombeiros a fechar nesta sexta-feira o quartel do bairro Mathias Velho, em Canoas. Com baixo efetivo, a corporação adverte que parte das unidades da região Metropolitana também deixará de atender a partida próxima semana, o que pode atingir Alvorada.

Conforme o comandan-te dos Bombeiros, coronel Evilton Pereira Diaz, caso as horas extras não sejam liberadas para a corporação, mais quartéis serão fechados até o fim do mês. Na região de Gravataí, Cachoeirinha e Alvorada, os trabalhos vão funcionar por meio de rodí-zio. Duas serão fechadas por dia, liberando apenas uma para atender as três cidades.

Em média, o governo paga 70 mil horas extras por mês aos bombeiros para suprir a carência de efetivo. A carga horária de um bom-beiro é de 40 horas sema-nais. Com as horas extras, até 70 horas de trabalho são realizadas pelo efetivo.

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Sartori assinou decreto em seu segundo dia à frente do Palácio Piratini

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Rua dos Ubandistas, próximo a Smed, recebeu apenas o saibro

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Segundo trecho a ser duplicado da avenida Piratini enfrenta problemas

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Obra na Pedro Álvares Cabral deveria ser concluída em agosto de 2015

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Rua Murilo Furtado recebeu apenas limpeza

Sartori sanciona reajuste do salário Em meio aos corte de gastos promovidos pelo governo do estado, Sartori sancionou na sexta-feria, dia 16, os projetos que reajustam o próprio salário, do vice, de secretários, deputados estaduais, magis-trados e integrantes do MP. O impacto será de R$ 3 milhões ao ano.

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ÃO Laboratório também aguarda verbasO laboratório MHB Radiologia também foi afetado pelo corte de repasses do governo do estado. Como a cota de exames pagas pela prefeitura está em dia, a secretária de Saúde Mari Debortoli tenta negociar com o laboratório uma saída para o impasse.

Contingenciamento atinge todo o EstadoPUBLICAÇÃO LEGAL

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Policiais civis da 1ª Delegacia de Polícia (DP) de Alvorada, coordenados pelo Delegado Maurício Barison, efetuaram o cumprimento de mandado de busca e apre-ensão e prisão preventiva, na quarta-feira, dia 14, de um suspeito de matar a tiros um homem de 27 anos dentro de uma quadra de esportes no bairro Sumaré em outu-bro do ano passado. O crime, ocorrido próximo a travessa Natal, foi flagrado pelas câmeras de monitoramento do estabelecimento.

O setor de investigações da 1ª DP identificou o autor do homicídio como sendo A. A. D., de 20 anos. O delegado

Barison representou ao Poder Judiciário pela decretação da prisão preventiva do suspeito e de mandados de busca.

Após a ação policial, o investigado foi preso e também foram apreendi-dos no local dois tijolos de maconha, porções da mesma droga embaladas para venda, um revólver calibre .38 com numeração suprimida e municiado e uma submetra-lhadora artesanal, de calibre 9 milímetros, também mu-niciada. O preso foi encami-nhado ao sistema prisional.

5Sábado e Domingo17 e 18 de janeiro de 2015www.oalvoradense.com.br

Pai que abusava das filhas está foragidoVIOLÊNCIA. Homem de 33 anos assediou de três meninas, de 8, 12 e 15 anos

A Polícia de Alvorada busca há uma semana por Vilmar da

Silva, de 33 anos, que teria abusado sexualmente das três filhas de 8, 12 e 15 anos. O crime teria ocorrido repetidas vezes na casa onde as vítimas moravam com os

pais. As meninas prestaram depoimento na noite do último sábado. De acordo com o Chefe de Investigação da Delegacia da Mulher do município, Leandro Sailer Lima, o acusado chegou a ser preso para averiguação, mas foi liberado sem provas. Foragido, ele será indiciado

por estupro de vulnerável.Os relatos das meninas

foram tão ricos em detalhes que praticamente compro-varam que o pai abusava das três, mas o pedido da prisão em flagrante foi decretado apenas após a comprovação dos laudos de perícia feitos a partir de exames de corpo de delito realizados nas garotas. “Ele foi preso para averigua-ção, mas não foi possível dar o flagrante porque não tínhamos prova. E nenhum juiz iria homologar a prisão sem provas”, explicou o inspetor Sailer.

Segundo ele, depois disso, a polícia recebeu inúmeros informações sobre o para-deiro do acusado. Algumas diziam que ele tinha fugido para o interior, outras que estava internado no Hospital Cristo Redentor, em Porto Alegre, machucado após uma suposta tentativa de lincha-

mento. “Nenhuma dessas informações se confirma-ram. Não sabemos onde ele está”, revela o inspetor. Sailer contou ainda que a esposa do acusado disse que Vilmar não tinha histórico de violência, nunca bateu em ninguém ou ameaçou de morte. “O problema dele mesmo é abusar sexualmen-te das filhas”.

O inspetor confirmou que as meninas estão sendo acompanhadas por profissio-nais e que foram decretadas medidas protetivas para elas e para mãe, tendo como base a Lei Maria da Penha. Ele acredita também que Vilmar esteja se comunicando com a esposa, mas não revele seu paradeiro por estar com medo. “Ele deve estar assustado, com medo de ser linchado em função da grande repercussão do caso”, sugere.

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Amigos protestaram pelas redes sociais com uma prancha de surfe

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Polícia procura Vilmar Silva, de 33 anos

Home foi preso com armas

•• A empresa Soul divulgou aos usuários seus canais de comunicação, onde é possível obter informações, tirar dúvidas e deixar sugestões. Aos passageiros são ofereci-dos formulário no site www.soul.com.br e também os dois números de telefone 0800 510 2877 (gratuito) ou 3442 850 (para ligações pelo celular).

Soul divulga canais de diálogo

Pedágio solidário em CachoeirinhaA campanha #TamoJuntoRafa chega a Cachoeirinha neste final de semana, quando um pedágio solidário será realizado na avenida Flores da Cunha, altura do número 1.115, na área bancária do município. A atividade acontece das 9h às 18h.

>>

‘Surfistas do asfalto’ protestam na Aparecida

Um protesto inusitado repercutiu nas redes sociais nesta semana. Em meio a uma verdadeira cratera na rua Cecília Meireles, bairro Jardim Aparecida, dois amigos resolveram chamar a atenção do poder público pelo humor. Com a chuva constante nos últimos dias, o buraco ficou cheio de água e proporcionou o cenário ideal para um ‘surfe nos asfalto’.

A ideia foi dos amigos Dionathan Seidenkranz e Alisson Oliveira, que moram nas proximidades e convivem diariamente com os buracos da região. Em entrevista ao programa Balanço Geral, da TV Record, Dionathan explicou o mo-tivo da brincadeira: “Acho que só assim para o povo ser escutado”, avalia. Apesar

de considerar o problema sério, o rapaz mantém o bom humor. “Dá para pegar onda. Vai que sai um Gabriel Medina daqui?”, sugere rin-do, ao lembrar do campeão brasileiro de surfe.

Além das fotos publicadas no Facebook e comparti-lhadas entre amigos no Whatsapp, a dupla também arriscou performances sobre a prancha dentro do buraco para a reportagem de TV. Cabe a Alisson a prática ‘es-portiva’. O buraco é grande o suficiente para entrar uma prancha inteira. O trânsito no local é afetado diaria-mente pela buraqueira, já que carros e até ônibus têm que realizar manobras para desviar da cratera.

A prefeitura não se mani-festou sobre o caso específico da rua Cecília Meireles.

Preso suspeito de matar homem em quadra

Compartilhe notícias e denúncias, envie fotos, vídeos, áudios e

depoimentos. Participe!

Estamos no WhatsApp

8497-5631•• O Hospital de Alvorada já atingiu 791 indicações para o Nota Fiscal Gaúcha (NFG), o que significa quase 80% da meta estabelecida. A NFG é um programa do governo do estado que visa fomentar a cidadania fiscal, a concorrência leal e o aumento da arrecada-ção, por meio do estímulo à emissão de documentos fiscais pelas empresas e sua exigência por parte dos consumidores.

•• A secretaria do Meio Ambiente de Alvorada (Smam) realizou evento de capacitação de seus fiscais ambientais na quinta-feira, dia 15, na sede da Pasta. Foram tratados temas como a lei do lixo, aprova-da na Câmara de Verea-dores, a correta separação dos resíduos e a educação ambiental. O objetivo é qualificar os servidores na aplicação das leis ambien-tais e outras ações.

•• A prefeitura intensificou os trabalhos de limpeza de praças e ruas, além das trocas de lâmpadas em diversas regiões da cidade. Na sexta-feira, dia 16, a região do Jardim Algarve recebeu atenção especial. Segundo cronograma do secretario municipal de Serviços Urbanos, Roberto Teles, os trabalhos nos bairros da zona Sul deve-rão ter proceguimento na próxima semana.

NFG: Hospital atinge 80% da meta

Smam capacitafiscais ambientais

Limpeza de ruas é intensificada

PEDR

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CS /

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Reposição de postes na Getúlio VargasA prefeitura iniciou a reposição de dez postes de iluminação pública ao longo de toda a avenida Presidente Getúlio Vargas. Com a insta-lação das bases de concreto no canteiro central, os postes devem ser erguidos no início da próxima semana.

Page 6: O Alvoradense #48

6Sábado e Domingo

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Geração de Valor

O lá queridos leitores! Que bom estar de volta! Mais uma semana para compartilhar com vocês algumas ideias. Desta vez, estou lendo o livro “Geração de Valor”, que também faz parte do projeto homônimo criado por Flávio Augusto da

Silva, um empreendedor brasileiro exemplar. Apesar de ele ter origem humilde, ter sido criado em um subúrbio do Rio de Ja-neiro, onde as dificuldades são maiores para conquistar espaços na vida, ele foi em busca de educação e trabalho, guiado por objetivos e sonhos, e teve uma trajetória de vida e profissional brilhantes! Desde jovem, esteve à frente de empresas e sempre procurou melhorar e evoluir. Aos 23 anos, criou um sistema educacional voltado a língua estrangeira, gerando a Wise Up, e se tornou um dos bilionários brasileiros.

Apesar de também ter morado nos EUA para expandir seus negócios, algo pulsava em seu coração: ele queria fazer mais pelas pessoas. Ele era feliz no campo pessoal e profis-sional, mas alguma coisa lhe dizia que ainda era preciso fazer mais pelas pessoas e sempre surgia o questionamento: “Qual é a minha missão nesta breve existência na terra?”. Após muitas análises, avaliou: “O que mais me fascinou durante os 18 anos em que estive à frente do grupo de empresas que fundei foi o tratamento dado ao ser humano. Compreen-der seus desafios, suas fraquezas, suas ambiguidades, seus traumas e complexos, aliados a suas ambições e aspirações mais secretas, foi a matéria-prima necessária para que eu me tornasse capaz de liderar executivos do mais alto nível e de formar empreendedores que fariam parte de nossa rede de escolas através do sistema de franquias”, destacou.

Com a sua bagagem, Flávio criou o projeto “Geração de Valor”, uma iniciativa para compartilhar seus conhecimentos e difundir sua mentalidade vitoriosa. Na avaliação de Flávio, para empreender, com sucesso, é preciso ter visão, coragem e com-petência. Conforme ele, ter visão é resultado de um exercício de imaginação. A capacidade de enxergar uma oportunidade ou de criá-la é possível apenas para alguém que esteja livre dos forma-tos dominantes (eu diria crenças limitantes) e dos paradigmas estabelecidos. Dentro da caixa, só se pode contemplar o óbvio. Fora dela, não há limites. Depois vem a coragem, necessária para ocorrer o enfrentamento. E para completar a tríade, é pre-ciso competência. “Cheio de coragem e com uma boa ideia na cabeça, um empreendedor precisa ser competente para colocar seu projeto em prática com sucesso”, defende. Esses conceitos aliados às práticas cotidianas foram sendo divulgadas nas redes sociais. Em pouco tempo, ele tinha milhões de seguidores e fãs. Boa parte dessas experiências estão no livro “Geração de Valor”, lançado pela Editora Sextante. “Não me prendo a estilo ou qualquer modelo estabelecido. Meu único compromisso é levá-lo a questionar padrões, rever comportamentos e encorajá-lo a tirar seus projetos do papel”, ressalta Flávio nesta obra que vale muito a pena ler.

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Oportunidade para vigilanteO Grupo Volpato está com vaga aberta para atendente alarme. Entre os pré-requisitos estão ensino médio completo, experiência na área de vigilância, CNH B. O salário é de R$ 1.077,00, além de bene-fícios. Interessados devem se cadastrar no site www.sine.com.br

>>Atitudes podem decretar seu fracasso profissionalFIQUE LIGADO. Em meio à rotina agitada, muitos profissionais não se dão conta de que pode haver algo de errado na maneira como

se portam; Veja alguns exemplos de atitudes e comportamentos que só vão comprometer o sucesso, segundo os especialistas:

carreira

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Terceirizar a culpa Só tomar decisões embasadas em certezas

Não levar em conta que o fracasso é possível Superestimar (ou subestimar) a própria competência

Aceitar cargo de gestão sem ter perfil para tal Falta de capacidade de adaptação

Quando o desempenho e o resultado são aquém do esperado, sempre há quem saia distribuindo a culpa a pessoas ou fatores externos: “o mercado que sofreu retração”, “a Copa do Mundo que atrapalhou”, “as con-dições climáticas que surpreenderam”, e por aí vai. Segundo Maximilia-

no Bavaresco, consultor de negócios e marcas, a tentativa de terceirizar a culpa é sempre em vão.“De alguma forma, em tempos de fartura ou de crise tem empresas ganhando ou perdendo, executivos sendo promo-vidos ou demitidos. Todo mundo sabe as dinâmicas do mercado”, explica.

“O grande executivo age em momentos em que não dá para ter certeza”, analisa Bavaresco. Em si-tuações em que ninguém tem a resposta, o executi-vo precisa confiar no seu próprio julgamento para tomar decisões estraté-gicas. O medo de arris-car também resulta em conformismo e o medo

de errar, em procrasti-nação, outros dois vilões das carreiras. Esperar passivamente pelos desa-fios ou adiar a execução de tarefas complexas são comportamentos que demonstram a ausência de uma competência altamente valorizada no mercado atual: a proati-vidade.

O planejamento estraté-gico deve sempre levar em conta a chance de contratempos, revezes ou até catástrofes. “É preciso ter um plano B e até um plano C”, diz o empresá-rio Ernesto Haberkorn, fundador da empresa paulista de software TOTVS. Capacidade de se antecipar e ter visão

de médio e longo prazo é uma das qualidades de executivos de sucesso, garantem os especia-listas. “Do contrário, a pessoa vira um gestor de problemas”, analisa Bava-resco. Por isso lembre-se e prepare-se: a chance de não dar certo geralmente é maior do que a de dar certo.

Não é possível ser ex-celente em tudo. Aceite suas limitações e, com isso, aproxime-se de pessoas complementares em termos de habilida-des e competências. “A maioria procura se cercar de pessoas medíocres, com medo que pessoas brilhantes as ofusquem”, lembra Bavaresco.

O contrário também é válido. A falta de auto-confiança é nociva e paralisante. “Muitas vezes as pessoas não perce-bem que têm crenças limitantes que barram a iniciativa”, explica Eliane Figueiredo, presidente da Projeto RH, uma das maio-res empresas de busca e seleção de profissionais.

“Lembro-me de certa vez em que nosso melhor técnico foi ser diretor na Argentina e, sem perfil de gestão, foi o fim da car-reira dele”, conta Ernesto Haberkorn. Eliane lembra que a “falta de consciên-cia faz com que a pessoa assuma um trabalho para o qual não está prepara-da. E acaba comprome-

tendo o resultado.” Por isso, é sempre bom ava-liar se os principais ativos de carreira estão ligados às habilidades técnicas ou de gestão. Para quem tem perfil mais técnico, o caminho do sucesso, diz o fundador da TOTVS, passa pela especialização necessária na carreira em Y.

A palavra chave, em tem-pos de crise e estruturas mais enxutas, é resiliên-cia, ou seja, ter a capa-cidade de ser “elástico”. O mercado de trabalho é dinâmico e se destaca quem acompanha suas mudanças. Fugir do papel de vítima e enxergar as oportunidades que aparecem em meio às

turbulências do dia a dia e da própria economia é a dica para quem quer alavancar a carreira em vez de decretar o fim dela. Ou seja, saiba vislum-brar uma oportunidade à frente e não resista às mudanças. Busque seu constante aperfeiçoa-mento para estar prepara-do ao novo.

Page 7: O Alvoradense #48

Sartre e Charlie Hebdo

Q uais as possíveis evidências que detecta-ríamos em relação ao pensamento do es-critor, dramaturgo, romancista e filósofo francês Jean-Paul Sarte (1905-1980) e o atentado ao jornal Charlie Hebdo?

As nossas impaciências, curiosidades, decepções e erros nunca foram tão generosamente compartilhadas quanto ao que esse escritor francês do século XX colo-cou em sua obra a serviço do ser humano, engajando a literatura na aventura da história colocando-se ao lado dos humilhados e ofendidos.

Nunca deixou de assinalar que estamos sempre evoluindo e que sua obra seria menos significativa que a de um Shakspeare, por exemplo.

Tendo participado efetivamente nos eventos do movimento estudantil francês, em 1968, afirmava o seu existencialismo ao afirmar que “o homem não era nada, mas que se tornava um ser ao construir a sua própria liberdade. Cada um de nós, ao nascer, recebe uma vida, assim como se recebe um velho pacote pelo correio, e é preciso arranjar-se com esses farrapos. Mas é precisamente naquilo que se faz que reside a liberdade”.

É preciso passar um pouco pelas vias conceituais para falar da obre de Sartre, que dizia:

“Um homem não é nada se ele não é contestador. Mas ele deve ser fiel a alguma coisa. Um intelectual, para mim, é isso: alguém que é fiel a um conjunto político e social mas que não deixa de contestá-lo. Ocorre, é certo, que surja uma contradição positiva, Se há fidelidade sem contestação, isso é ruim: deixa-se de ser um homem livre.”

Assim era esse ícone francês que pensou global-mente sobre a existência e a liberdade. “A angústia é importante para a superação”, afirmava.

Assim, lutando por liberdade, Charlie Hebdo se posicionava, como se posicionava uma revista que cir-culava no Brasil, também contestatória, originalmente americana, em plena ditadura militar, chamada MAD. A esquerda brasileira lembra perfeitamente dela.

Finalmente, Sartre dizia que” O homem está con-denado a ser livre, porque uma vez que está no mundo é responsável por tudo o que faz”.

Obs.: Charlie é referente ao personagem Charlie Brown, um quadrinho que questionava tudo, e Hebdo é a contração francesa da palavra hebdomadaire, que existe em português como hebdomadário, como o nosso antigo PASQUIM, e que significa apenas algo que é publicado semanalmente.

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culturaSábado e Domingo17 e 18 de janeiro de 2015www.oalvoradense.com.br

Batalha de freestyle na praça 48O coletivo Função D’Rua promove no próximo domingo, dia 25, a 1ª Batalha de Freestyle Feminino na praça João Goulart, a 48, no Centro. O evento começa a partir das 14h e contará com a presença de Vanessa GirLove no graffiti e MC Enila fazendo dreads e tranças.

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Corte do carnaval alvoradense é eleitaDESAFIOS. Orçamento apertado, contudo, deverá afetar rotina dos representantes da folia

U ma semana depois de terem sidos apresentados à comunidade alvo-

radense, os integrantes da Corte do Carnaval 2015 da cidade terão de se adequar às limitações causadas pela diminuição no valor dos recursos. De acordo com o presidente da Arcca, César Arecuja, estão totalmente descartadas as visitas a escolas e agremiações de mu-nicípios vizinhos e restritas a passagem da corte pelos ensaios das escolas da Capi-tal. As cortes mirim, juvenil, adulta e da terceira idade foram escolhidas no domin-

go, dia 11, durante evento na sede da Arecuja, no Jardim Algarve. De acordo com a programação tradicional, a partir de agora o grupo deveria cumprir compromis-sos dentro e fora do muni-cípio, mas César explica que houve alteração nos planos. “Foi tudo cancelado. Talvez ainda poderemos passar no ensaio de alguma escola da cidade, mas sair de Alvorada está fora de questão.” De acordo com o presidente da Arcca, as visitas acarretam gasto com condução, lanche e roupa, o que não está pre-visto na verba destinada aos gastos com a corte. “Temos

apenas R$ 300 para todos. Não sei nem se vão poder comparecer a todos os dias dos desfiles”, preocupa-se.

Segundo ele, em anos passados, a corte visitava agremiações de Esteio, Sapucaia e Novo Hamburgo para divulgar o Carnaval de Alvorada. “Ano passado, por exemplo, o rei Momo tirou dinheiro do próprio bolso para representar Alvorada em uma evento no Rio de Janeiro”. Da mesma forma, a escassez de dinheiro deve também afetar o traje dos integrantes da corte do Car-naval 2015. “Eles repassaram R$ 3.500 a menos que em

anos anteriores. Somente as faixas custam R$ 600, fica difícil”. Uma reunião com os integrantes da corte de deve ocorrer na próxima semana.

Chaves da cidadeA entidade também

procura data para fazer a entrega da chave da cidade ao Rei Momo, ato que abre oficialmente as festividades do Carnaval e que deveria ter ocorrido no evento de domingo. “Estávamos sem prefeito, não foi ninguém da prefeitura lá”, explica César. Agora, ele estuda junto às escolas de samba um espaço para fazer a solenidade.

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Rei Momo, raínha e princesas da folia foram eleitas no domingo, dia 11, para representar o Carnaval de Alvorada entre os dias 13 e 15 de março

Arcca explica o uso da verbaDe acordo com o pre-

sidente da Arcca, Cesar Arecuja, dos R$ 170 mil do convênio com a Prefeitura, R$ 18 mil são para cada escola como cachê artístico. O restante paga segurança, jurados, coordenação, roupa da corte, alimentação da bri-gada, alimentação da corte, filmagem, locutor, transpor-te, troféus e premiação.

De acordo com César, os R$ 18 mil destinados ao cachê artístico é insuficien-te. “Em 2012 eram R$ 22 mil para cada agremiação. Com esse valor eles têm que pagar seis ônibus, guinchos, fantasias, tecidos e aviamen-tos”, cita. Além, é claro, dos profissionais Mestra Sala e Porta Bandeira, estandarte, mestre da bateria, harmo-

nia, passistas, comissão de frente, alegorista, serralheiro e empurrador de carros.

Cada escola do Grupo Especial deve ter no mínimo 300 integrantes e as mirins 200, além do guincho para carros alegóricos. O custo total de uma escola gira em torno de R$ 45 mil reais. “Os presidentes têm buscado incansavelmente projetos e parcerias da iniciativa priva-da para obter mais recursos, mas isso sempre entrava no fato de não termos a parceria firmada antecipadamente com o governo”. O Carnaval de Alvorada deverá atrair um público de 60 mil pessoas. Oito escolas adultas e três mirins vão desfilar nos dias 13 e 14 de março. A apura-ção acontece no dia 15.

À frente da corte, Faustão não pensa em deixar o posto

Ocupando há 12 anos o posto de rei Momo da cidade, o aposentado Paulo Ricardo de Lima, o popular Faustão, disse que as integrantes da corte carnavalesca são a extensão de sua família e como tal costuma tratá-las. “São meninas que têm idade para serem minhas filhas. Agora, começa todo um trabalho de orientação para que possa-mos fazer uma festa bem bonita para os alvoradenses”. Esse trabalho requer muita conversa e dicas de como se portar corretamente na avenida. “Elas têm que saber

que estão desfilando para o povo e não para a comunida-de do seu bairro ou escola”.

Feliz com o fato de che-fiar a maior corte carnava-

lesca do Rio Grande do Sul, formada por 14 integrantes, Faustão conta que a longevidade no cargo de rei Momo

é para ele uma gran-de satisfação, já que

sua permanência é bem recebida por toda comuni-dade carnavalesca da cidade. Ele não pensa em parar. “Para mim não existe melhor remédio que o Carnaval. Quando a bateria começa a tocar cura todos os males”, confessa.

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Page 8: O Alvoradense #48

8Sábado e Domingo

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•• Édes Itamar Rodrigues

SIMPLICIDADE em pedra sabãoO

metalúrgico aposentado Édes Itamar Rodrigues, conhecido como

Toco, se transforma em um mágico quando inicia uma escultura em pedra sabão. De suas calejadas mãos nas-cem as mais belas formas de arte que decoram o jardim, as paredes, as prateleiras e estantes de sua casa, na rua São Borja. Ali, num espaço pequeno, o artista plástico passeia pelo mundo do ima-ginário, esquece o estresse e cria belíssimas peças. Um al-voradense simples, que gosta de cuidar da família e sonha dividir com mais pessoas a felicidade que encontra em sua arte.

Com 61 anos, Toco já trabalhou como metalúrgico e ajudante de cozinha, mas paralelamente à atividade profissional desenvolveu amor pela arte. No início utilizava couro e metal. Mais recentemente atua com todo e qualquer tipo de material reciclável que encontra jogado no lixo, nas ruas e ter-renos baldios ou que ganha de amigos que conhecem seu trabalho. Dessa forma, folhas de coqueiro se transformam em coloridas máscaras, refil de passar café em luminá-

rias, caroços de manga em móbiles, pedaços de madeira em cesta de peixes e assim por diante. “Tudo pode ser reaproveitado. Dia desses desmontei uma luminária co-lorida e coloquei os pedaços num recepiente. Ainda não decidi o que fazer, talvez um vitral”, conta.

Toco é viúvo e pai de três meninas. Mora no mesmo terreno com as filhas, mas em casas separadas. É totalmente independente. Lava, passa e cozinha suas próprias refei-ções. Seu tempo se divide em olhar os netos para as meninas e sua ativida-de artística. “Um dia assistia televisão e vi uma reporta-gem feita em Minas Gerais sobre escultura em pedra sabão. Acabei me interessan-do”. Desde então, 99% de suas esculturas são feitas com esse material. A pedra sabão é uma rocha com base de talco cujo nome é derivado da sua textura de cera escorregadia quando polida. “É uma pedra muito macia e pode ser escul-pida usando uma faquinha simples ou um canivete. O acabamento é dado com lixa de água”, explica.

Ele conta ainda que de acordo com o corte feito a pedra assume uma colora-ção mais clara ou escura, podendo a peça, depois de finalizada, ser envernizada. É o caso de uma escultura que o aposentado fez para a filha Cibell quando ela estava grávida da filha e, com uma barriga enorme, andava car-regando o primogênito no

colo. “Ele olhou para mim e fez esta escultura. Imediatamente me apoderei dela e não deixei vender”, conta a filha orgulhosa. Toco não tem for-mação em arte,

fez um ou dois cursos e seu processo de criação é simples e livre. “Não planejo nada. Olho o material e faço o que dá na cabeça”, revela.

Ele também nunca pensou na arte como um meio de sustento. Suas peças são vendidas na base do boca a boca, para familiares e amigos. “Bom mesmo é pra família, né? Cada aniver-sariante ganha uma obra nova”. Alguns amigos levam seus trabalhos para vender em lojas, outros para o Litoral e, há alguns anos, ele expôs em uma espaço dentro

da Feira do Livro. “Pena que a atual administração tenha acabado com esse espaço”, lamenta. Natural de Alvora-da, essa talvez seja a princi-pal queixa de Toco, a falta de um espaço para os artesãos da cidade. Ele também tem projeto de ensinar o trabalho com pedra sabão a pessoas da Terceira Idade, Comu-nidade Negra e crianças e jovens com necessidades especiais.

Toco lembra que chegou a ser procurado para dar aulas. O projeto não foi adiante porque não haveria contra-partida da Prefeitura. Viria dele todo o material. “Não dá, fica difícil, né? Uma pena porque seria muito bom para essas pessoas. A arte é uma terapia, não existe estresse para quem faz”, garante.

Bem humorado, amigo de todos, Toco diz não ter grandes sonhos. Espera em breve construir um ateliê nos fundos de casa (atual-mente faz seu trabalho na cozinha), seguir a ajudando os filhos e acompanhando o desenvolvimento dos netos. Tão simples como seu tra-balho em pedra sabão, Toco planeja o futuro. “É ter saúde e ver meus netos crescerem. Às vezes, com grandes so-nhos, deixamos de valorizar as pequenas coisas da vida”.

Repó[email protected]

“Com grandes sonhos deixamos

de valorizar as pequenas coisas

da vida

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Édes Itamar, de 61 anos, mais

conhecido como Toco, faz esculturas

em pedra sabão, madeira e folha de coqueiro. Uma das

obras mais bonitas, fez inspirada na

filha grávida, que carregava o primogênito no

colo, mesmo com a barriga grande.

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