O Barroco no Brasil -...
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Século XVI
Construções simples (capelas – nave única, capela-mor e alpendre)
Não existia a necessidade nem infraestrutura capaz de executar monumentos
Absorção de hábitos indígenas: cozinhar fora de casa sob coberturas, uso de
trempes (apoio cozinha), uso de panelas e vasilhas de barro, esteiras de palha
e redes.
Século XVII e XVIII
-Desenvolvimento da catequese e da colonização
-Aparecimento de construções de caráter monumental (dentro das proporções
locais)
-Construções conventuais (convento + igreja), partidos das ordens
-Uso da escultura decorativa (portadas, nichos, frontões)
-Uso dos azulejos (motivos repetidos, geométricos, aplicados nos silhares –
cores: azul, amarelo, verde com fundo branco)
-Uso da talha (forração em madeira com relevos esculpidos)
Barroco no Brasil – Arquitetura Religiosa
“São, pois, múltiplas e variadas as
alternativas que os olhos, acostumados a
uma beleza de formas definidas e
inalteráveis, passam a colocar frente a uma
arte que se movimenta em suas massas,
que aprofunda as suas dimensões, que
impregna as suas cores de tonalidades
cambiantes de luz e sombra.”
ÁVILA, Affonso. Para uma síntese interpretativa do
barroco. In: O lúdico e as projeções do mundo barroco, p.
19-20.
“ ‘figuras deploráveis’, ‘que a gente chega a duvidar que sejam do Aleijadinho, serão?...’ e outros ‘horrores’”.
“com a doença, o sofredor insofrido, vira expressionista, duma violência tão exasperada que não raro se torna caricatural”
Mário de Andrade, O Aleijadinho, 1928.
• As primeiras décadas do século XX se caracterizaram por um período de valorização estética da arte barroca, de afirmação do próprio conceito e de muitos estudos historiográficos sobre a arte e os artistas do século XVII e XVIII. No entanto, poderíamos refletir também sobre as interpretações poéticas e ensaísticas que acompanharam tais estudos.
• Assim o barroco não seria apenas uma “invenção do século XX”, como se tem afirmado, mas uma “invenção artística e poética do século XX”. Movimentos artísticos, musicais e literários se empenharam, então, em descobrir um significado contemporâneo e universalmente válido para o barroco.
CONCLUSÕES
• Emile Mâle, um estudo iconográfico em seu livro A
arte religiosa depois do Concílio de Trento, 1932.
• Henri Focillon Vida das Formas, 1934. O barroco
como uma das fases dos estilos, caracterizada pela
fragmentação do equilíbrio formal e pela expansão
das formas.
• Arne Novák, Praga barroca. Para Victor Tapié,
esse livro, mais que conhecimento histórico ou
ciência, era a busca de um destino, em meio às
angústias da primeira guerra mundial
Heinrich Wölfflin:
* Renascimento e Barroco, de 1888;
* Conceitos fundamentais da história da arte, de 1915.
Influência das ideias da pura visibilidade, inaugurou um novo modelo para os estudos sobre o barroco, como categoria estética.
Werner Weisbach:
* O barroco, arte da Contra Reforma, de 1921.
Iniciou a extensão do conceito historiográfico de barroco da história da arte e da literatura a outros campos, à história política, da religião e da sociedade.
Fone: 0800 7253536
Beatriz Campos
Assessoria de História, Filosofia e Sociologia