O Palmeiras e o Esporte Interativo lançaram o primeiro produto em con-junto da parceria entre o time e a emissora, que começa a vigorar para a transmissão de jogos de futebol apenas no próximo ano.

Na última sexta-feira o clube paulista colocou no ar a “TV Palmeiras Play”, com-pilação de conteúdos sobre o clube e que, em breve, ficará disponível apenas aos seus sócios-torcedores. Apesar de não citar nominalmente o parceiro no projeto, o vídeo de lançamento do canal conta também com um anúncio para o torcedor comprar o serviço de streaming do Esporte Interativo, o EI Plus.

A parceria entre Palmeiras e EI é o maior trunfo do canal do grupo Turner para os próximos cinco anos. Entre 2019 e 2024, os dois serão associados na transmissão

O B O L E T I M D O M A R K E T I N G E S P O R T I V O

DO

EDIÇÃO 1004 - SEGUNDA-FEIRA, 21 / MAIO / 2018

POR REDAÇÃO

98 mi de dólares faturou Rafael Nadal em prêmios na carreira. Nadal voltou à liderança da ATP após vencer o Masters 1000 de Roma

Palmeiras faz streaming em parceria com EI

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N Ú M E R O D O D I A

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FE R E C I M E N

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de jogos do Campeonato Brasileiro, além de possíveis amistosos do clube paulista.O primeiro fruto da parceria, porém, foi a produção da TV Palmeiras Play. A fer-

ramenta levará conteúdo por streaming para computadores, celulares e tablets, algo que o EI faz desde 2012, quando lançou o EI Plus. O plano do Palmeiras é fazer da novidade um atrativo para sócios-torcedores, como parte da entrega do programa Avanti. Em comunicado, o clube explicou que a novidade é uma forma de dar continuidade à TV Palmeiras. O canal do time no YouTube tem quase 800 mil seguidores, um dos mais populares do mundo no futebol.

“O Palmeiras conta com milhões de torcedores apaixonados, que desejam estar o tempo todo perto do time. Nós, como gestores da instituição, temos o dever de transformar esse anseio em realidade e a TV Palmeiras Play chega para cumprir essa missão Atualmente, existem no mundo diversas empresas que oferecem ser-viço de streaming, especialmente nas áreas de cinema e música. É um novo concei-to que trouxemos para o futebol”, disse o presidente do clube, Mauricio Galiotte.

O lançamento do serviço próprio de streaming do clube mostra mais uma ba-talha que pode se aproximar do futebol nos próximos anos envolvendo a mídia. Como revelado pela Máquina do Esporte na semana passada, o Corinthians tam-bém planeja ter um serviço próprio para seu torcedor. Para isso, o clube tem se unido à Globo para geração de alguns conteúdos. O clube, porém, espera conse-guir meios de produzir o material e deixá-lo à disposição do torcedor gratuitamen-te. O modelo totalmente livre seria o maior atrativo corintiano para o mercado.

I M A G E M D A S E M A N A

ADIDAS PÕE MO SALAH NO MUSEU BRITÂNICO

Ação da Adidas para o atleta Mohamed Salah fez a marca colocar um par de

chuteiras do camisa 11 do Liverpool no Museu Britânico,

dentro da seção de história do Egito. Artefato celebra recorde de gols

do egípcio na Liga Inglesa em 2017-18

O P I N I Ã O

Maior desafio é fazer streaming dar lucro

O anúncio da plataforma própria de streaming do Palmeiras é mostra de que essa deve ser a próxima “galinha dos ovos de ouro” do futebol brasileiro. Assim como houve um tempo em que todos sonhavam em

ter o próprio canal de TV quando houve a popularização da TV por assinatura.O problema é que ainda não se sabe como o streaming poderá ser uma platafor-

ma lucrativa para clubes de futebol, que não possuem como diferencial aquilo que tem sido a maior aposta dos gigantes do mercado, que é o conteúdo ao vivo.

O modelo de negócio das TVs dos clubes no YouTube parece claro. Conteúdo exclusivo, sem temporalidade definida, mas com alto poder de audiência e engaja-mento. A partir disso, é possível vender patrocínios, realizar ações de branded content ou faturar com os anúncios que o próprio Google coloca dentro da plataforma.

Mas e o streaming? O modelo de uma plataforma própria de vídeos torna tudo muito mais complexo. Não é possí-vel saber ainda qual o modelo ideal. Fa-zer a plataforma fechada é um risco em diversos sentidos. Uma delas é o de não ter dinheiro disponível do torcedor para pagar para ver. É preciso muito fanatismo para querer colocar mais dinheiro só para ter um conteúdo que não é aquele ao vivo.

Nesse contexto, o maior desafio que o esporte tem de enfrentar para os próximos

anos é desvendar qual será o modelo de negócios do streaming. O fato de ser uma plataforma que permite criar mecanismos para conhecer melhor o torcedor já pode se transformar num negócio interessante para buscar voos maiores. Mas, enquanto o streaming for visto apenas como um meio de levar mais conteúdo ao consumidor, sem se preocupar com a lucratividade disso, dificilmente o negócio vai prosperar.

O maior problema dos canais de TV dos clubes, no passado, foi que eles não foram concebidos com um modelo sustentável de negócio. Com audiência abaixo do esperado, os clubes não conseguiram gerar receita para justificar o projeto.

No streaming, o caminho até agora parece ser o mesmo. É muito claro que as pessoas já não consomem mais a grande mídia da maneira como era antes. Ter o con-teúdo na palma da mão com o celular é o modo mais fácil de ter acesso à informação, que é cada vez mais personalizada e dirigida. Mas será que há apetite do consumidor em pagar para ter cada vez mais informação? Enquanto o streaming não souber res-ponder a essa equação, será difícil tentar imitar o enorme sucesso do Netflix.

Enquanto streaming for visto como

meio de levar conteúdo ao torcedor,

ele não conseguirá ser um bom negócio

POR ERICH BETING

diretor executivo da Máquina do Esporte

ESPN anuncia renovação de

Champions na AL

O Fluminense usou o jogo con-tra o Atlético-PR, pelo Campeona-to Brasileiro, para incentivar uma campanha de adoção de crianças entre 7 e 17 anos de idade.

O projeto, lançado pelo Sport em 2016, consiste em incentivar a adoção de crianças acima de sete anos de idade. No Rio de Janeiro, há 9 mil crianças sem lar, das quais 92% são jovens acima de sete anos.

“Nosso interesse é mobilizar a sociedade, chamando a atenção para a importância da adoção tar-dia. Vamos receber crianças e ado-lescentes nos nossos jogos e, com o apoio do time e da torcida, fazer de tudo para mudar esse jogo”, disse Pedro Abad, presidente do clube.

F L U M I N E N S E FA Z A Ç Ã O D E A D O Ç Ã O E M J O G O N O R I O

A marca de fios e cabos elétricos Sil é a nova patrocinadora da Copa do

Brasil. A empresa terá duas placas es-táticas no gramado de todos os jogos da competição até as finais. O aporte

já está valendo na atual disputa das oitavas de final do torneio.

O objetivo da marca é ter mais exposição com as placas nos estádios.

A empresa investiu, nos primeiros três meses do ano, no patrocínio a campe-

onatos estaduais, como os do Rio de Janeiro e São Paulo.

APÓS AÇÃO EM ESTADUAIS , S IL

APOIA A COPA DO BRASIL

POR REDAÇÃO

A ESPN anunciou a renovação dos direitos de transmis-são da Liga dos Campeões e da Liga Europa para a Améri-ca Latina. O novo contrato com a Uefa vai até a temporada 2020/2021. Com isso, a emissora mantém os direitos sobre todos os países da região que falam língua espanhola.

Segundo o acordo, a ESPN transmitirá 71 jogos da Liga dos Campeões por temporada. Jogos da fase de playoffs, além da fase de grupos, oitavas de final e quartas de final serão exclusivos da emissora na TV fechada. As semifinais e a final também serão transmitidas, mas sem exclusividade. Na Liga Europa, o esquema é parecido. Ao todo, serão 103 partidas transmitidas, 102 delas de forma exclusiva na TV fechada. Ou seja, todas até as semifinais. Só a final será dividida.

A maior novidade é que os jogos também serão exibidos por streaming pelo ESPN Play, aplicativo recém-lançado pela empresa e primeira iniciativa do gênero no mercado ameri-cano. A assinatura do serviço diretamente ao consumidor é a maior aposta da empresa nos Estados Unidos neste ano.

“A renovação reforça nosso comprometimento em entre-gar os melhores eventos a nosso fã na América Latina”, disse Tim Bunnell, vice-presidente de programação da ESPN.

O acordo é válido para todos os países da América Latina com exceção do Brasil, cuja venda dos direitos para as pró-ximas três temporadas estão em negociação. A Uefa deverá anunciar os vencedores apenas no próximo mês. As propos-tas serão entregues à Uefa na primeira semana de junho.

POR ERICH BETING

Osite de aluguel de hospedagens Booking se uniu ao Museu do Futebol para promover a Rússia como destino turístico. Nesta terça-feira termi-na a promoção que levará uma pessoa a ficar hospedada num quarto

equipado com temática russa dentro do Museu que fica no estádio do Pacaembu.O concurso “Uma noite no Museu do Futebol” tem como objetivo promover o

destino turístico e, também, fazer uma ação de emboscada envolvendo a Copa do Mundo, que acontece no próximo mês na Rússia. Por meio de um concurso cul-tural, o Booking levará uma pessoa e um acompanhante para dormir num quarto montado dentro do Pacaembu e todo ambientado com temas e cores da Rússia.

“Essa iniciativa é mais uma ação que mostra a incrível diversidade das ofertas da Booking.com. No espaço, os visitantes poderão ter uma ideia de como é ter uma experiência inesquecível de viagem aliada ao futebol”, afirma Nelson Benavides, gerente regional da Booking.com no Brasil. Além do quarto personalizado, o hós-pede terá um jantar típico russo e um óculos de realidade virtual para fazer um passeio pelos principais locais do país, como a Praça Vermelha, em Moscou.

A união com o Museu do Futebol foi a forma encontrada pela empresa para fazer a associação com o futebol. No concurso cultural, os participantes precisam unir a temática da viagem com a da paixão pelo futebol. O autor da frase mais criativa e mais um acompanhante vão ganhar uma estadia de uma noite, no sábado, dia 2 de junho, além de um tour VIP exclusivo pelo Museu do Futebol com o ex-jogador Belletti, que também acompanhará os ganhadores no jantar russo.

Booking usa Museu do Futebol em ação

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POR REDAÇÃO