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DISSERTAÇO DE MESTRADO

ANÁLISE DE RUÍDO E SIMULAÇO DE ENLACE

EM COMUNICAÇÕES ATRAVÉS DA TERRA

Sávio Oliveira de Almeida Neves

Brasília, julho de 2017

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

FACULDADE DE TECNOLOGIA

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FICHA CATALOGRÁFICA

NEVES, SÁVIO OLIVEIRA DE ALMEIDA

Análise de Ruído e Simulação de Enla e em Comuni ações Através da Terra.

[Distrito Federal 2017.

xv, 58p., 297 mm (ENE/FT/UnB, Mestre, Engenharia Elétri a, 2017).

Dissertação de Mestrado - Universidade de Brasília.

Fa uldade de Te nologia.

Departamento de Engenharia Elétri a.

1. Comuni ações Através da Terra 2. Ruído Atmosféri o

3. Ruído Antrópi o 4. Filtragem de Harmni os

I. ENE/FT/UnB II. Título (série)

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

NEVES., S. O. A. (2017). Análise de Ruído e Simulação de Enla e em Comuni ações Através

da Terra. Dissertação de Mestrado em Engenharia Elétri a, Publi ação PPGEE.DM-669/2017,

Departamento de Engenharia Elétri a, Universidade de Brasília, Brasília, DF, 58p.

CESSO DE DIREITOS

NOME DO AUTOR: Sávio Oliveira de Almeida Neves.

TÍTULO DA DISSERTAÇO DE MESTRADO: Análise de Ruído e Simulação de Enla e em

Comuni ações Através da Terra.

GRAU / ANO: Mestre / 2017

É on edida à Universidade de Brasília permissão para reproduzir ópias desta dissertação de

mestrado e para emprestar ou vender tais ópias somente para propósitos a adêmi os e ientí os.

O autor reserva outros direitos de publi ação e nenhuma parte desta dissertação de mestrado pode

ser reproduzida sem a autorização por es rito do autor.

Sávio Oliveira de Almeida Neves

SHCGN 714 Blo o F Casa 5, Asa Norte

70.760-766 Brasília - DF - Brasil.

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Dedi atória

Ao meu tio Claudio (in memorian), ao meu av Mario (in memorian) e à minha avó

Theodorina (in memorian), pois estarão felizes om a minha onquista onde se en on-

trarem.

Sávio Oliveira de Almeida Neves

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Agrade imentos

Gostaria de agrade er primeiramente a Deus, por ter me dado forças para ven er esta etapa,

prin ipalmente neste último ano e meio, em que nalizei o mestrado enquanto trabalhava.

Gostaria de agrade er à minha família por todo apoio e suporte, auxiliando-me nas tarefas oti-

dianas e pela maneira que vivemos, sempre alegre e simples. Agradeço à minha mãe e ao meu

pai, Marisa e Swami, por todo arinho e por sempre me mostrarem que na vida é ne essário

perseverar a m de evoluir, não somente no lado prossional e a adêmi o, mas prin ipalmente,

no lado humano. Agradeço ao meu irmão, Swami Filho, por ser meu grande par eiro, pronto

para uma palavra amiga ou para uma bron a amiga. Agradeço à minha vó, Pura, e aos meus

padrinhos, Rosana e Glauber, por toda energia positiva transmitida através das orações.

Agradeço ao meu orientador Dr. André Noll, por me deixar livre na pesquisa ientí a, possibili-

tando assim, a aprendizagem de diversos assuntos, e pelo auxílio nas horas ne essárias. Também

agradeço aos professores Dr. Judson Braga e Dr. Leonardo Aguayo, por suas ideias e sugestões

durante a duração do mestrado.

Agradeço aos amigos que ini iaram o projeto de omuni ações TTE omigo, Lu as Silva e Josua

Peña, por estarem presentes em todos os momentos: na es rita de artigos pelas madrugadas, nos

estudos antes das provas ou na hora de somente jogar um PlayStation para distrair e rir.

Agradeço aos amigos da Ativação de Clientes da Telebras, Elizabeth Chiletto, Ri ardo Vilanova,

Marlu e Ma edo e Danilo Castro, por sempre serem ompreensíveis nas vezes em que me ausentei

para ir a reuniões ou resolver problemas buro ráti os do mestrado. Agradeço também ao gerente

Henrique Primo por ser igualmente ompreensível e, prin ipalmente, humano.

Agradeço aos amigos da Telebras, Thalesão, Ri hard, Mad Max, Danilove, Japa, Mozão, Polaqui-

nha, Diguinho, Israel, entre tantos outros, pelos almoços des ontraídos, idas ao Mané Garrin ha

e hurras os om Molejão, pois "bom é ser feliz om Molejão".

Agradeço ao meu grande amigo, João Eduardo, por estar sempre presente nas horas que mais

pre isei e nos momentos mais difí eis.

Agradeço à minha namorada Már ia Manuela (Manu) por todo arinho, ompreensão e apoio.

Obrigado por me a ompanhar nesta jornada que hamo de vida. Pequena, obrigado por estar ao

meu lado.

Agradeço a FINATEC, Instituto Te nológi o Vale e CAPES pelo apoio nan eiro, primordial

para o período ini ial do mestrado.

Sávio Oliveira de Almeida Neves

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Agradeço todas as di uldades que

enfrentei, não fosse por elas, eu não

teria saído do lugar. As fa ilidades

nos impedem de aminhar. Mas as

ríti as nos auxiliam muito.

Chi o Xavier

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Trabalhos Publi ados pelo Autor

• NEVES, S. O. A.; BARRETO, A. N.; BRAGA, A. J.; AGUAYO, L.; Análise de Ruído

Antrópi o em Comuni ações Através do Solo, em Simpósio Brasileiro de Tele omuni ações

(SBrT), 2017, São Pedro (a eito em 12 de junho de 2017)

• CARRENO, J. P.; SILVA, L. S. E.; NEVES, S. O. A.; AGUAYO, L.; BRAGA, A. J.;

BARRETO, A. N.; GARCIA, L. G. U.; Through-The-Earth (TTE) Communi ations for

Underground Mines, Journal of Communi ation and Information Systems (Online), v. 31,

p. 164-176, 2016

• SILVA, L. S. E.; CARRENO, J. P.; NEVES, S. O. A.; BARRETO, A. N.; BRAGA, A.

J.; AGUAYO, L.; Sistema de omuni ação através-da-terra usando odi ação de resposta

par ial, em Simpósio Brasileiro de Tele omuni ações (SBrT), 2016, Santarém

• NEVES, S. O. A.; BARRETO, A. N.; BRAGA, A. J.; AGUAYO, L.; Capa idade de Canal

Restrita a Entradas Binárias para Ruído Atmosféri o, em Simpósio Brasileiro de Tele omu-

ni ações (SBrT), 2016, Santarém

• SILVA, L. S. E.; CARRENO, J. P.; NEVES, S. O. A.; BRAGA, A. J.; AGUAYO, L.;

BARRETO, A. N.; Desaos para a transmissão de dados em um sistema de omuni a-

ção through-the-earth (TTE), em Simpósio Brasileiro de Tele omuni ações (SBrT), 2016,

Santarém

• NEVES, S. O. A.; SILVA, L. S. E.; FARIAS, M. C. Q.; BARRETO, A. N.; Image Res-

toration for Through-The-Earth Communi ations, em IEEE Wireless Communi ations and

Networking Conferen e (WCNC), 2016, Doha, Qatar

• SILVA, L. S. E.; NEVES, S. O. A.; CARRENO, J. P.; AGUAYO, L.; BARRETO, A. N.;

BRAGA, A. J.; GARCIA, L. G. U.; Comuni ações em Minas Subterrâneas, em Simpósio

Brasileiro de Tele omuni ações (SBrT), 2015, Juiz de Fora

• BRAGA, A. J.; AGUAYO, L.; SILVA, L. S. E.; CARRENO, J. P.; NEVES, S. O. A.;

BARRETO, A. N.; GARCIA, L. G. U.; Modelagem de Canal para Sistemas de Comuni ações

Através da Terra (TTE), em Simpósio Brasileiro de Tele omuni ações (SBrT), 2015, Juiz

de Fora

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RESUMO

Este trabalho apresenta a modelagem e análise do ruído existente em omuni ações através da

terra, do inglês Through-The-Earth (TTE), onsiderando modelos analíti os e medições realizadas

em minas subterrâneas.

A partir desta análise, veri amos que o ruído existente em omuni ações através da terra

é omposto pelo ruído atmosféri o e pelo ruído antrópi o. O ruído atmosféri o difere do ruído

Gaussiano tradi ional, visto que ele é dado pela soma de uma omponente Gaussiana, gerada

a partir de des argas elétri as distantes ao re eptor, e de uma omponente impulsiva, gerada a

partir de des argas elétri as próximas ao re eptor. Já o ruído antrópi o é proveniente de linhas

de transmissão de potên ia ou de equipamentos existentes na mineração, sendo omposto por

harmni os, que possuem sua amplitude, fase e frequên ia instantânea variando pelo tempo.

Após o estudo e ara terização do ruído existente em omuni ações através da terra, propuse-

mos um ltro digital adaptativo not h IIR, do inglês Innite Impulse Response, para ontornar a

variabilidade da frequên ia de operação do sistema elétri o e de seus harmni os, a m de possibi-

litar a mitigação destes harmni os de uma forma mais e az, possibilitando assim uma melhoria

no desempenho de sistemas de omuni ação através da terra.

Como ontribuições originais neste trabalho, al ulamos a apa idade restrita do anal onsi-

derando entradas binárias equiprováveis e a presença do ruído atmosféri o, veri ando o impa to

da omponente impulsiva. Além disso, analisamos a variabilidade da frequên ia instantânea do

ruído antrópi o e omo o ambiente de mineração pode afetar omuni ações através da terra. E por

m, simulamos o enla e de omuni ações TTE, onsiderando um modelo de anal já estabele ido

na literatura e a presença dos ruídos atmosféri o e antrópi o. Nesta simulação, implementamos

métodos estabele idos na literatura para mitigação de harmni os e omparamos os resultados

om o ltro digital adaptativo proposto, al ançando uma maior robustez à variação da frequên ia

instantânea ao utilizar o ltro adaptativo proposto.

ABSTRACT

This work presents the modeling and analysis of existing noise in Through-The-Earth (TTE)

ommuni ations, onsidering analyti al models and measurements of underground mines.

From this analysis, we veried that the existing noise in Through-The-Earth ommuni ations

is omposed of atmospheri noise and man-made noise. Atmospheri noise diers from traditional

Gaussian noise, sin e it is given by the sum of a Gaussian omponent, generated from ele tri

dis harges far from the re eiver, and an impulsive omponent, generated from ele tri dis harges

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near the re eiver. The man-made noise is generated from power transmission lines or existing

equipment in the mining environment, being omposed of harmoni s, whi h have their amplitude,

phase and instantaneous frequen y varying by time.

After the study and hara terization of existing noise in Through-The-Earth ommuni ati-

ons, we proposed an adaptive digital IIR not h lter to ir umvent the power line and harmoni s

frequen y variability belonging to man-made noise in order to allow the mitigation of these harmo-

ni s in an ee tive way, thus enabling an improvement in the performan e of Through-The-Earth

ommuni ation systems.

As original ontributions in this work, we al ulate the onstrained hannel apa ity onsidering

equiprobable binary inputs and the presen e of atmospheri noise, verifying the impa t of the

impulsive omponent. In addition, we analyze the instantaneous frequen y variability of man-made

noise and how the mining environment an ae t Through-The-Earth ommuni ations. Finally,

we simulate the TTE ommuni ations link, onsidering a hannel model already established in the

literature and the presen e of atmospheri and man-made noise. In this simulation, we implemented

methods established in the literature used for harmoni mitigation and ompared the results with

the proposed adaptive digital lter, a hieving greater robustness to the instantaneous frequen y

variation when using the proposed adaptive lter.

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SUMÁRIO

1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1

1.1 Contextualização ..................................................................... 1

1.2 Definição do problema .............................................................. 3

1.3 Contribuições do trabalho ........................................................ 3

1.4 Apresentação do manus rito ...................................................... 4

2 Revisão Bibliográfi a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

2.1 Condições para a Comuni ação em Minas Subterrâneas ................. 5

2.2 Revisão quanto ao uso, té ni as e equipamentos........................... 6

2.2.1 TTW: através do abo ............................................................... 6

2.2.2 TTA: Através do ar................................................................... 7

2.2.3 TTE: Através da terra .............................................................. 8

2.3 Propagação em Comuni ação TTE ............................................... 9

2.3.1 Zonas de Campo ........................................................................ 10

2.3.2 Modelos de Campo Magnéti o .................................................... 10

2.3.3 Modelagem do Canal e Frequên ia Ótima de Operação ................. 11

3 Ruído Atmosféri o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

3.1 Introdução .............................................................................. 14

3.2 Ruído Atmosféri o .................................................................... 14

3.3 Parâmetros .............................................................................. 16

3.3.1 Soma dos Resíduos ao Quadrado ................................................. 16

3.3.2 R-quadrado.............................................................................. 16

3.3.3 Raiz do Erro Quadráti o Médio ................................................. 16

3.3.4 Divergên ia de Kullba k-Leibler................................................ 17

3.4 Metodologia para Estimar a Capa idade Restrita do Canal .......... 17

3.5 Avaliando a Aproximação da Função Densidade de Probabilidade ... 19

3.6 Estimação da Capa idade Restrita do Canal ................................ 23

4 Análise dos Ruídos Atmosféri o e Antrópi o em Sistemas de Comu-

ni ação Através da Terra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25

4.1 Introdução .............................................................................. 25

4.2 Ruído Antrópi o ....................................................................... 25

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4.3 Análise da Frequên ia Instantânea ............................................. 26

4.4 Análise de Ruído em Comuni ações TTE ...................................... 27

5 Té ni as para Compensação do Ruído Antrópi o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35

5.1 Introdução .............................................................................. 35

5.2 Algoritmos para Estimação de Harmni os .................................. 36

5.2.1 Estimação da Frequên ia Instantânea ......................................... 36

5.2.2 Estimação de Amplitude e Fase de Harmni os Utilizando Algo-

ritmo LMS ............................................................................... 37

5.3 Explanação sobre Controle Linear dos Coefi ientes .................... 39

5.4 Simulação de Enla e de um Sistema de Comuni ação TTE .............. 46

6 Con lusões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55

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LISTA DE FIGURAS

1.1 Produção mineral brasileira em bilhões de dólares. Fonte: [1 ............................... 1

1.2 Representação esquemáti a do meio para sistemas de omuni ação através da terra,

operando em downlink. As dimensões típi as das antenas são da ordem de dezenas

de metros. ................................................................................................. 2

2.1 Telefone de magneto. Fonte: [2 ..................................................................... 6

2.2 Leaky Feeder. Fonte: [3................................................................................ 7

2.3 Geometria para ál ulo de ampo entre duas antenas loop ir ulares. O ângulo

α formado pelos vetores ortogonais aos planos determinados pelas duas antenas é

resultante da omposição de rotações nos eixos x′ e y′......................................... 12

3.1 Canal de omuni ação om ruído atmosféri o. ................................................... 17

3.2 Funções densidade de probabilidade para a = 1, γ2 = 10−5e RSR= −10 dB............ 19

3.3 Capa idade restrita pela RSR, onsiderando ruído Gaussiano e dois asos de ruído

atmosféri o. ............................................................................................... 23

3.4 Impulsividade pela apa idade restrita, onsiderando dois asos de RSR. ................ 24

4.1 Função densidade de probabilidade da frequên ia instantânea. .............................. 26

4.2 Função de auto orrelação da frequên ia instantânea. .......................................... 27

4.3 Antena loop passiva de três eixos. Fonte: [4 ..................................................... 27

4.4 Série temporal e densidade espe tral de potên ia do ruído de omuni ações TTE

para situação 1, onsiderando o eixo X da antena............................................... 28

4.5 Série temporal e densidade espe tral de potên ia do ruído de omuni ações TTE

ampliados para situação 1, onsiderando o eixo X da antena. ............................... 29

4.6 Histograma do módulo do ruído de omuni ações TTE para situação 1, onsiderando

o eixo X da antena. ..................................................................................... 29

4.7 Funções de distribuição umulativa experimental e teóri a para situação 1, onside-

rando o eixo X da antena. ............................................................................. 31

4.8 Espe trograma do ruído para situação 1, onsiderando o eixo X da antena. ............. 32

4.9 Espe trograma do ruído para situação 1 om ampliação nas baixas frequên ias,

onsiderando o eixo X da antena. ................................................................... 32

4.10 Espe trograma do ruído para situação 2, onsiderando o eixo X da antena. ............. 33

4.11 Espe trograma do ruído para situação 2 om ampliação nas baixas frequên ias,

onsiderando o eixo X da antena. ................................................................... 33

vi

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4.12 Espe trograma do ruído para situação 3, onsiderando o eixo X da antena. ............. 34

4.13 Espe trograma do ruído para situação 3 om ampliação nas baixas frequên ias,

onsiderando o eixo X da antena. ................................................................... 34

5.1 Diagrama de blo os representativo de ltros de ordem superior onsiderando uma

série de seções biquadráti as. ......................................................................... 39

5.2 Média dos oe ientes do numerador do ltro de quarta ordem onsiderando peque-

nos desvios de frequên ia. ............................................................................. 41

5.3 Média dos oe ientes do denominador do ltro de quarta ordem onsiderando pe-

quenos desvios de frequên ia. ......................................................................... 41

5.4 Diagrama de blo os representativo do ltro digital adaptativo. ............................. 42

5.5 Sinal após ltro digital e ltro digital adaptativo, frequên ia do sinal igual a 1746 Hz. 43

5.6 Densidade espe tral de potên ia após ltro digital e ltro digital adaptativo, frequên-

ia do sinal igual a 1746 Hz. .......................................................................... 43

5.7 Sinal após ltro digital e ltro digital adaptativo, frequên ia do sinal igual a 1752 Hz. 44

5.8 Densidade espe tral de potên ia após ltro digital e ltro digital adaptativo, frequên-

ia do sinal igual a 1752 Hz. .......................................................................... 44

5.9 Sinal após ltro digital e ltro digital adaptativo, variando frequên ia do sinal de

1746 para 1754 Hz. ...................................................................................... 45

5.10 Densidade espe tral de potên ia após ltro digital e ltro digital adaptativo, vari-

ando frequên ia do sinal de 1746 para 1754 Hz. ................................................. 45

5.11 Espe trograma após ltro digital e ltro digital adaptativo, variando frequên ia do

sinal de 1746 para 1754 Hz. ........................................................................... 46

5.12 Diagrama de blo os da simulação de enla e de um sistema de omuni ação TTE. ..... 46

5.13 Função de transferên ia normalizada do anal TTE. ........................................... 47

5.14 Taxa de erro de bit onsiderando os harmni os om um desvio da frequên ia no-

minal e uma taxa de 5 kbps, om γ2 = 10. ....................................................... 50

5.15 Taxa de erro de bit onsiderando os harmni os em sua frequên ia nominal e uma

taxa de 6,75 kbps, om γ2 = 10. ..................................................................... 50

5.16 Taxa de erro de bit onsiderando os harmni os om um desvio da frequên ia no-

minal e uma taxa de 6,75 kbps, om γ2 = 10..................................................... 51

5.17 Taxa de erro de bit onsiderando os harmni os em sua frequên ia nominal e uma

taxa de 6,75 kbps, om γ2 = 10−5. .................................................................. 51

5.18 Taxa de erro de bit onsiderando os harmni os om um desvio da frequên ia no-

minal e uma taxa de 6,75 kbps, om γ2 = 10−5. ................................................ 52

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LISTA DE TABELAS

2.1 Zonas de ampo no vá uo e em meio ondutor................................................... 11

3.1 Parâmetros para avaliar aproximações onsiderando diferentes valores de RSR: a = 1

e γ2 = 10−5. ............................................................................................... 20

3.2 Parâmetros para avaliar aproximações onsiderando diferentes valores de RSR: a = 1

e γ2 = 10. .................................................................................................. 20

3.3 Divergên ia de Kullba k-Leibler para diferentes valores de RSR: a = 1 e γ2 = 10−5... 21

3.4 Divergên ia de Kullba k-Leibler para diferentes valores de RSR: a = 1 e γ2 = 10. ..... 21

3.5 Resultado da integral para todos valores da função densidade de probabilidade on-

junta onsiderando diferentes valores de RSR: a = 1 e γ2 = 10−5........................... 22

3.6 Resultado da integral para todos valores da função densidade de probabilidade on-

junta onsiderando diferentes valores de RSR: a = 1 e γ2 = 10.............................. 22

4.1 Quadro Comparativo - a e γ. ......................................................................... 31

4.2 Quadro Comparativo - R e R0. ...................................................................... 31

viii

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LISTA DE SÍMBOLOS

H Campo Magnéti o

µ Permeabilidade Magnéti a

ε Permissividade Elétri a

σ Condutividade Elétri a

Ω Frequên ia Angular em Tempo Contínuo

δ Profundidade Peli ular

λrocha Comprimento de Onda em Meio Mineral

vrocha Velo idade de Propagação em Meio Mineral

λ0 Comprimento de Onda no Vá uo

r Distân ia entre Dois Pontos

µ0 Permeabilidade Magnéti a no Vá uo

md Momento Magnéti o de Antena Loop

Ntx Quantidade de Voltas do Loop Transmissor

Itx Corrente Elétri a Tonal nos Filamentos da Antena Transmissora

Stx Área do Loop Transmissor

Ptx Potên ia Dissipada pelo Transmissor

Rtx Resistên ia do Loop Transmissor

Hqe Campo Magnéti o Quase-estáti o

θ Ângulo entre o Ponto Indutor e o Ponto que Sofre a Indução

r Vetor Unitário na Direção Radial em Coordenadas Esféri as

θ Vetor Unitário na Direção Eleva ional em Coordenadas Esféri as

krocha Número de Onda em Meio Mineral

T Al an e Normalizado pela Profundidade Peli ular

Z(Ω) Impedân ia de Transferên ia Fasorial entre Loops

Itx(Ω) Corrente Tonal Fasorial no Loop Transmissor

Vrx(Ω) Tensão Induzida Fasorial nos Terminais da Antena Re eptora

Srx Área do Loop Re eptor

Nrx Quantidade de Voltas do Loop Re eptor

ϕ Ângulo entre o Campo Magnéti o e o Eixo do Loop Ortogonal a seu Plano

Hr Componente do Campo Magnéti o em r

Hθ Componente do Campo Magnéti o em θ

x Vetor Unitário em x em Coordenadas Cartesianas

x′ Vetor Auxiliar Criado por Rotação

ix

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y Vetor Unitário em y em Coordenadas Cartesianas

y′ Vetor Auxiliar Criado por Rotação

θx Ângulo de Rotação em x′

θy Ângulo de Rotação em y′

md(Ω) Momento Magnéti o Fasorial

Z(T ) Impedân ia de Transferên ia em Função do Al an e Normalizado

Itx(T ) Corrente Tonal em Função do Al an e Normalizado no Loop Transmissor

Vrx(T ) Tensão Induzida em Função do Al an e Normalizado nos Terminais da Antena

Re eptora

Gtxr Ganho Normalizado da Antena Transmissora em r

Grxr Ganho Normalizado da Antena Re eptora em r

Gtxθ Ganho Normalizado da Antena Transmissora em θ

Grxθ Ganho Normalizado da Antena Re eptora em θ

Fr Função de Transferên ia do Canal de Propagação em r

Fθ Função de Transferên ia do Canal de Propagação em θ

PN Variável Aleatória da Magnitude do Fasor Ruído Atmosféri o

Ξ Variável Aleatória da Componente Gaussiana da Magnitude do Fasor Ruído

Atmosféri o

Υ Variável Aleatória da Componente Impulsiva da Magnitude do Fasor Ruído

Atmosféri o

ξ Amostra da Variável Aleatória Ξ

R20 Potên ia Média da Componente Gaussiana da Magnitude do Fasor Ruído At-

mosféri o

υ Amostra da Variável Aleatória Υ

R Variável Presente na Função Densidade de Probabilidade da Componente Im-

pulsiva da Magnitude do Fasor Ruído Atmosféri o

a Variável Presente na Função Densidade de Probabilidade da Componente Im-

pulsiva da Magnitude do Fasor Ruído Atmosféri o

Γ(.) Função Gamma

E. Operador Esperança

var. Operador Variân ia

ρn Amostra da Variável Aleatória PN

γ2 Impulsividade

s Série a ser Aproximada para Cal ular Parâmetros Estatísti os

s Aproximação da Série para Cal ular Parâmetros Estatísti os

Ψ Quantidade de Elementos da Série a ser Aproximada para Cal ular Parâmetros

Estatísti os

s Média da Série a ser Aproximada para Cal ular Parâmetros Estatísti os

DKL(.||.) Divergên ia de Kullba k-Leibler

Q1(q) Função Densidade de Probabilidade a ser Aproximada para Cal ular Divergên-

ia de Kullba k-Leibler

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Q2(q) Aproximação da Função Densidade de Probabilidade para Cal ular Divergên ia

de Kullba k-Leibler

M Entrada do Canal para Cal ular Capa idade Restrita do Canal

RATM Saída do Canal para Cal ular Capa idade Restrita do Canal

I(.; .) Informação Mútua

INi Símbolo Perten ente ao Alfabeto para Cal ular Capa idade Restrita do Canal

Pr(.) Função Probabilidade

p.|.(.|.) Função Densidade de Probabilidade Condi ional

L Cardinalidade do Alfabeto para Cal ular Capa idade Restrita do Canal

p.,.(., .) Função Densidade de Probabilidade Conjunta

XN Variável Aleatória da Componente do Ruído Atmosféri o em x

xn Amostra da Variável Aleatória XN

YN Variável Aleatória da Componente do Ruído Atmosféri o em y

yn Amostra da Variável Aleatória YN

ΘN Variável Aleatória da Fase do Fasor Ruído Atmosféri o

θn Amostra da Variável Aleatória Θn

gaprox(ρn) Função Utilizada para Aproximação da Função Densidade de Probabilidade da

Magnitude do Fasor Ruído Atmosféri o

cn1 Primeiro Coe iente do Numerador da Função gaprox(ρn)

cn2 Segundo Coe iente do Numerador da Função gaprox(ρn)

cn3 Ter eiro Coe iente do Numerador da Função gaprox(ρn)

cn4 Quarto Coe iente do Numerador da Função gaprox(ρn)

cn5 Quinto Coe iente do Numerador da Função gaprox(ρn)

cn6 Sexto Coe iente do Numerador da Função gaprox(ρn)

cd1 Primeiro Coe iente do Denominador da Função gaprox(ρn)

cd2 Segundo Coe iente do Denominador da Função gaprox(ρn)

cd3 Ter eiro Coe iente do Denominador da Função gaprox(ρn)

cd4 Quarto Coe iente do Denominador da Função gaprox(ρn)

cd5 Quinto Coe iente do Denominador da Função gaprox(ρn)

cd6 Sexto Coe iente do Denominador da Função gaprox(ρn)

ax Parâmetro a para Medidas do Eixo X da Antena

ay Parâmetro a para Medidas do Eixo Y da Antena

az Parâmetro a para Medidas do Eixo Z da Antena

γx Parâmetro γ para Medidas do Eixo X da Antena

γy Parâmetro γ para Medidas do Eixo Y da Antena

γz Parâmetro γ para Medidas do Eixo Z da Antena

Rx Parâmetro R para Medidas do Eixo X da Antena

Ry Parâmetro R para Medidas do Eixo Y da Antena

Rz Parâmetro R para Medidas do Eixo Z da Antena

R0x Parâmetro R0 para Medidas do Eixo X da Antena

R0y Parâmetro R0 para Medidas do Eixo Y da Antena

R0z Parâmetro R0 para Medidas do Eixo Z da Antena

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s1(t) Sinal Cossenoidal

A Amplitude do Sinal Cossenoidal

φ Fase do Sinal Cossenoidal

fs Taxa de Amostragem

s1[k] Sinal Cossenoidal Dis reto

ω Frequên ia Angular em Tempo Dis reto

finst Frequên ia Instantânea

E Variável que Determina o Tamanho dos Vetores Coluna S1k, S−1k e S+1kS1k Vetor Coluna om Amostras de s1[k]

S−1k Vetor Coluna om Amostras de s1[k]

S+1k Vetor Coluna om Amostras de s1[k]

sζ(t) Sinal de Harmni os

ζ Quantidade de Harmni os Presente no Sinal sζ(t)

Ai(t) Amplitude do i-ésimo Harmni o no Sinal sζ(t)

Ω0 Frequên ia Angular de Operação do Sistema Elétri o em Tempo Contínuo

φi(t) Fase do i-ésimo Harmni o no Sinal sζ(t)

η(t) Ruído Presente no Sinal sζ(t)

sζ [k] Sinal de Harmni os Dis reto

Ai[k] Amplitude do i-ésimo Harmni o Dis reta

ω0 Frequên ia Angular de Operação do Sistema Elétri o em Tempo Dis reto

φi[k] Fase do i-ésimo Harmni o Dis reta

η[k] Ruído Presente Dis reto

XH[k] Vetor Coluna Utilizado no Algoritmo LMS

W[k] Vetor Coluna Utilizado no Algoritmo LMS

e[k] Erro entre Sinal a ser Estimado e Estimativa dada pelo Algoritmos LMS

κ Fator de Passo do Algoritmo LMS

H(z) Função de Transferên ia de Filtro Digital

ψ Quantidade de Seções Biquadráti as

b0i Primeiro Coe iente do Numerador da i-ésima Seção Biquadráti a do Filtro

Digital

b1i Segundo Coe iente do Numerador da i-ésima Seção Biquadráti a do Filtro

Digital

b2i Ter eiro Coe iente do Numerador da i-ésima Seção Biquadráti a do Filtro

Digital

a1i Primeiro Coe iente do Denominador da i-ésima Seção Biquadráti a do Filtro

Digital

a2i Segundo Coe iente do Denominador da i-ésima Seção Biquadráti a do Filtro

Digital

Hi(z) Função de Transferên ia da i-ésima Seção Biquadráti a do Filtro Digital

z0i Zeros da Função de Transferên ia da i-ésima Seção Biquadráti a do Filtro Di-

gital

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ωc Frequên ia Angular Central da Seção Biquadráti a do Filtro Digital em Tempo

Dis reto

fc Frequên ia Central da Seção Biquadráti a do Filtro Digital em Tempo Contínuo

∆ω Largura de Banda da Seção Biquadráti a do Filtro Digital em Tempo Dis reto

G2B Ganho de 3-dB da Seção Biquadráti a do Filtro Digital

ωnominal Frequên ia Angular do Harmni o em Tempo Dis reto

β Fator de Roll-o

fcarrier Frequên ia da Portadora

Rb Taxa de Transmissão de Bits

fopt Frequên ia Ótima do Canal TTE

Ah Variável que Controla Amplitudes do Sinal Htotal[k]

Eb Energia por Bit

N0 Densidade Espe tral de Potên ia do Ruído

Htotal[k] Sinal Interferente de Harmni os Utilizado na Simulação

H1[k] Primeira Componente do Sinal Interferente de Harmni os Utilizado na Simu-

lação

H2[k] Segunda Componente do Sinal Interferente de Harmni os Utilizado na Simu-

lação

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GLOSSÁRIO

TTE Through-The-Earth

IIR Innite Impulse Response

IBRAM Instituto Brasileiro de Mineração

TTW Through-The-Wire

TTA Through-The-Air

RF Radiofrequên ia

VHF Very High Frequen y

UHF Ultra High Frequen y

WiFi Wireless Fidelity

RFID Radio Frequen y Identi ation

TDMA-TDD Time Division Multiple A ess - Time Division Duplexing

GEAR Geographi al Energy Aware Routing

DSDV Destination-Sequen ed Distan e Ve tor

AODV Ad ho On-Demand Ve tor

OLSR Optimized Link State Routing

IEEE Institute of Ele tri al and Ele troni Engineers

RSSI Re eived Signal Strength Indi ation

NIOSH National Institute for O upational Safety and Health

SSB Single Side Band

PSK Phase-Shift Keying

FSK Frequen y-Shift Keying

PED Personal Emergen y Devi e

SDR Software Dened Radio

MSK Minimum-Shift Keying

RSR Relação Sinal Ruído

ANC Adaptive Noise Can ellation

MLD Maximum-Likelihood Dete tion

DAFB De ision-Aided Feedba k

RMS Root Mean Square

SRQ Soma dos Resíduos ao Quadrado

RQ R-quadrado

REQM Raiz do Erro Quadráti o Médio

BPSK Binary Phase Shift Keying

xiv

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DEP Densidade Espe tral de Potên ia

FIR Finite Impulse Response

LMS Least Mean Squares

RCOS Raised Cosine

RTS Request to Send

CTS Clear to Send

BER Bit Error Rate

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Capítulo 1

Introdução

Este apítulo apresenta os aspe tos prin ipais do

trabalho, ontextualizando o problema proposto no

âmbito de omuni ações através da terra. Além

disso, desta amos a motivação e as ontribuições,

e apresentamos a estrutura de todo o manus rito.

1.1 Contextualização

A indústria de mineração possui um grande impa to e onmi o mundial, visto a quantidade

de produtos que possuem algum tipo de minério omo matéria prima, desde produtos simples e

utilizados no otidiano das pessoas até omponentes mais omplexos e sosti ados utilizados em

aparelhos eletrni os. Visto isso, é laro que a extração mineral também possui uma alta relevân ia

para a e onomia brasileira, onforme podemos ver na Figura 1.1, a qual ilustra a soma em bilhões

de dólares da indústria extrativa mineral brasileira, ex luindo a produção de petróleo e gás.

Figura 1.1: Produção mineral brasileira em bilhões de dólares. Fonte: [1

1

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A

r

:

µ0, ǫ0

M

e

i

o

o

n

d

u

t

o

r

1

:

σ1

M

e

i

o

o

n

d

u

t

o

r

2

:

σ2

H

Figura 1.2: Representação esquemáti a do meio para sistemas de omuni ação através da terra,

operando em downlink. As dimensões típi as das antenas são da ordem de dezenas de metros.

Todavia, para se propor ionar o bom fun ionamento das atividades de mineração, é ne essário

a existên ia de serviços auxiliares, dentre eles, podemos itar serviços de omuni ações. Tais ser-

viços de omuni ações podem ser utilizados para: propor ionar a omuni ação entre fun ionários

que estão na mina realizando atividades orriqueiras, automatizar pro essos existentes na minera-

ção (es avações ou detonações), possibilitar omuni ações em situações de resgate, dentre outras

possibilidades.

Levando essa ne essidade de omuni ação em onsideração, temos implementados sistemas de

omuni ação baseados em transmissão através de abos, do inglês Through-The-Wire (TTW),

ou baseados na propagação através do ar, do inglês Through-The-Air (TTA), nas atuais minas

subterrâneas [5. Todavia, estes sistemas ne essitam de uma infraestrutura omplexa, para a

passagem dos abos ou para a instalação de bases repetidoras, e omo o ambiente de mineração

é arris ado e propí io a a identes, devemos veri ar a possibilidade da implementação de um

sistema mais robusto, a m de se tornar possível uma omuni ação e iente e segura, possibilitando

tomadas de de isão de forma assertiva até mesmo em situações ríti as.

Tendo em vista esta ne essidade de um sistema mais robusto, surge a possibilidade da utilização

do sistema de omuni ação através da terra, do inglês Through-The-Earth (TTE). Este sistema

realiza a omuni ação através de indução magnéti a om frequên ias de operação abaixo de 30kHz,

uma vez que o anal de omuni ação é omposto por diferentes tipos de minérios, água e outros

materiais de ondutividade elétri a não desprezível, e é prin ipalmente utilizado para situações de

resgate, em que mineradores presos na mina subterrânea onseguem omuni ar om uma equipe

de resgate que está fora da mina subterrânea. A Figura 1.2 ilustra o meio para sistemas de

omuni ação através da terra.

Sendo assim, ao veri armos os atuais produtos desenvolvidos para omuni ações através da

terra, notamos que esses possibilitam enla es ponto a ponto om taxas de transmissão baixas, no

máximo de 1 kbps, em distân ias de até 450 m, sendo possível realizar a transmissão de mensagens

de voz ou dados [6, 7. Todavia, estes esquemas de transmissão ainda possuem possibilidades

para muitas melhorias, devido à arên ia de estudos realizados em omuni ações através da terra,

seja para a ara terização do anal, implementação de arranjos de antenas, ou investigação de

2

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proto olos que permitam uma melhoria no desempenho desta transmissão.

Alguns pontos que ausam esta di uldade intrínse a na omuni ação através da terra e que

pre isam ser investigados são os seguintes:

• A severa perda de propagação;

• O anal banda estreita que limita a taxa de transmissão;

• A presença do ruído atmosféri o que não é puramente Gaussiano, sendo omposto por uma

omponente impulsiva e uma omponente Gaussiana;

• A presença do ruído antrópi o que é omposto por harmni os gerados a partir de máquinas

utilizadas na mineração ou das linhas de transmissão de potên ia;

• A limitação na potên ia de transmissão no enla e de subida por questões de segurança dos

mineiros.

1.2 Denição do problema

Visto que a literatura em omuni ações através da terra é muito es assa, e por se tratar de

um sistema de omuni ação utilizado em situações ríti as em um ramo de produção om grande

impa to e onmi o, surge a ne essidade de novos estudos a er a do assunto. Esta dissertação trata

o estudo a er a do ruído em omuni ações através da terra (atmosféri o e antrópi o). No aso do

ruído atmosféri o, veri amos omo sua omponente impulsiva pode modi ar o desempenho do

sistema e en ontramos limiares da apa idade restrita do anal. Já para o ruído antrópi o, zemos

análises quanto à variabilidade da frequên ia instantânea dos harmni os e omo o ambiente de

mineração, omposto por diversos equipamentos, pode aumentar este sinal interferente.

Além disso, visto que um dos problemas enfrentados por omuni ações através da terra é a

variabilidade da frequên ia instantânea dos harmni os presentes no ruído antrópi o, propusemos

um ltro digital adaptativo do tipo IIR not h ontrolado linearmente para ontornar este problema

e tornar o re eptor do sistema de omuni ação através da terra mais robusto. Após realizarmos estes

pro edimentos, realizamos simulações de enla e utilizando um de isor de máxima verossimilhança

para o ruído atmosféri o e omparamos té ni as de estimação e ltragem de harmni os om o ltro

digital adaptativo ontrolado linearmente proposto para mitigação do ruído antrópi o, podendo

assim veri ar o desempenho do sistema de omuni ação através da terra em diferentes situações.

1.3 Contribuições do trabalho

As ontribuições deste trabalho são:

• Abordagem para aproximar a função densidade de probabilidade do ruído atmosféri o;

3

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• Estimação do valor da apa idade restrita do anal onsiderando entradas binárias equipro-

váveis para ruído atmosféri o;

• Implementação de té ni as des ritas na literatura para mitigação de harmni os (ruído an-

trópi o);

• Proposta de ltro digital adaptativo IIR not h ontrolado linearmente, a m de se ontornar

a utuação da frequên ia instantânea;

• Veri ação do desempenho de um enla e de omuni ações através da terra, onsiderando

ruído atmosféri o e ruído antrópi o.

1.4 Apresentação do manus rito

O restante desta dissertação está organizado da seguinte forma. No Capítulo 2, realizamos uma

revisão a er a de on eitos bási os sobre minas. Além disso, fazemos um levantamento bibliográ o

do tipo de té ni as utilizadas para omuni ação em ambientes de mineração. Por m, des revemos

o modelo de anal de propagação utilizado nas simulações.

Em seguida, no Capítulo 3, explanamos o modelo matemáti o utilizado para des rever o ruído

atmosféri o e, posteriormente, revisamos rapidamente os parâmetros utilizados para veri armos

as aproximações da função de densidade de probabilidade do ruído. Após a revisão dos parâmetros,

expli amos a metodologia adotada para realizar a estimação da apa idade restrita do anal para

o ruído atmosféri o, seguida da avaliação da aproximação da função de densidade de probabilidade

baseado nos parâmetros itados anteriormente. Por m, os resultados da apa idade restrita do

anal são explanados.

Por sua vez, o Capítulo 4 expli a su intamente a origem do ruído antrópi o. Posteriormente,

elu idamos as metodologias para analisar a frequên ia instantânea de harmni os e as medições

realizadas exibindo os resultados de ambas análises.

O Capítulo 5 ilustra té ni as utilizadas para: estimar a frequên ia instantânea de um harmni o

e estimar os parâmetros perten entes ao harmni o, amplitude e fase. Posteriormente, expli amos a

té ni a de ontrole linear dos oe ientes do ltro digital adaptativo IIR not h elaborada, levando

em onsideração o enário de sistemas de omuni ação através da terra. Após a expli ação da

té ni a elaborada, expli amos a onguração da simulação de enla e e, por m, ilustramos os

resultados obtidos. O Capítulo 6 en erra esta dissertação om as onsiderações nais.

4

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Capítulo 2

Revisão Bibliográ a

Neste apítulo, apresentamos aspe tos gerais

a er a da omuni ação em ambientes de minera-

ção. O modelo de propagação em omuni ações

TTE adotado neste trabalho também é apresen-

tado.

2.1 Condições para a Comuni ação em Minas Subterrâneas

A denição adotada de mina é a seguinte: uma massa individual de substân ia mineral ou

fóssil, em lavra, que está na superfí ie terrestre ou no interior da terra om um valor e onmi o

[8. Geralmente, minas subterrâneas são signi ativamente úmidas, algumas vezes hegando a uma

umidade de 90% ou mais. Poeira, água orrosiva e gases explosivos ou tóxi os, omo por exemplo

dióxido de arbono e metano, são elementos que não somente afetam o bem estar de operários,

mas prejudi am também os equipamentos de mineração e omuni ação (vida útil e regulagem).

Um aspe to importante a ser notado em minas subterrâneas é a expansão dessa em função

da retirada de minério e detritos. Ao se veri ar este aspe to sob a visão de tele omuni ações,

usualmente, ne essita-se de um aumento da infraestrutura para se possibilitar a omuni ação no

ambiente de mineração [5, sendo notável ao se utilizar omuni ações TTA que utilizam o ar omo

meio de propagação. Outro fator que inuen ia omuni ações TTA é a forma e o tipo de a esso

da mina, pois es avações que formam minas abertas sustentadas por pilares possuem ondições de

propagação diferentes de minas em túneis que tendem a ter um efeito de guia de onda, om baixo

índi e de perda de propagação.

Ao analisar as ara terísti as elétri as do meio, minas diferem entre si pelo material extraído,

omo por exemplo, ferro, obre, arvão, et , e também pela razão deste tipo de minério em relação

a outros materiais, omo os que ompõem o apeamento que separa o orpo útil de minério da

superfí ie. A perda de propagação no anal é inuen iada signi ativamente pela variação da

ondutividade elétri a do meio, que o orre pela razão dos tipos de minérios, sendo de isiva para

a es olha dos equipamentos e ongurações de fun ionamento em sistemas de omuni ação TTE.

Para os asos que se utilizam omuni ações em radiofrequên ia (RF), omo em TTA e alguns tipos

de omuni ações TTW, a ondutividade das paredes da mina inuen ia os oe ientes de reexão

5

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e difração, onsequentemente, também inuen ia a dispersão temporal do anal [9.

2.2 Revisão quanto ao uso, té ni as e equipamentos

Dis utimos a seguir as três prin ipais maneiras de omuni ação em ambientes de mineração,

TTW, TTA e TTE.

2.2.1 TTW: através do abo

Os sistemas TTW utilizam meios guiados [5 para a omuni ação no interior da mina e também

para a omuni ação entre mina e superfí ie. O telefone de magneto [2, ilustrado na Figura 2.1, é

um exemplo de omuni ação TTW, sendo um dos meios de omuni ação mais antigos asso iados à

omuni ação em minas e é realizado para omuni ação de voz em linha abeada. Seu fun ionamento

o orre através de um gerador de magneto, que é omposto por ímãs, sendo a ionado manualmente

por uma alavan a a m de gerar orrente alternada, que após a transmissão pelo abo a iona os

sinos dos telefones one tados. Ao se estabele er a onexão, baterias garantem a alimentação dos

equipamentos.

Figura 2.1: Telefone de magneto. Fonte: [2

Outro exemplo de omuni ação TTW é a bra ópti a que permite a transmissão de dados

om altas taxas, hegando a grandes distân ias sem ne essidade de regenerar o sinal. Por ter alta

apa idade de transmissão, usualmente é usada para monitorar em tempo real as atividades da

mina [10.

Por m, há também um sistema híbrido TTA e TTW que é o Leaky Feeder, ilustrado na Figura

2.2, sendo basi amente um abo irradiante. Neste sistema, um abo oaxial modi ado transmite

6

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e re ebe a informação, sendo que este abo é feito om uma amada de obre om perfurações em

vez de se utilizar uma malha protetora. Todavia, é ne essário possuir ampli adores espaçados

entre 350 m e 500 m de distân ia, tipi amente, devido à perda ao longo do abo. É interessante

ressaltar que estes abos perfurados tem a função de uma antena bidire ional e atuam nas bandas

VHF, do inglês Very High Frequen y, e UHF, do inglês Ultra High Frequen y, usualmente [3.

Figura 2.2: Leaky Feeder. Fonte: [3

2.2.2 TTA: Através do ar

Ao se omparar sistemas sem o (TTA) om sistemas TTW para omuni ação dentro de minas,

os primeiros são mais vantajosos quando os aspe tos avaliados são a fa ilidade para instalação

e adaptação às ne essidades da mina. Atualmente, os sistemas TTA utilizados em minas são,

majoritariamente, adaptações de sistemas de omuni ação sem o de urto al an e: Zigbee, WiFi,

RFID, et . [11. Como os equipamentos de rádio usados não trazem novidades em sua parte de RF,

esta subseção se fo a nos proto olos de a esso ao meio e proto olos de roteamento para ambientes

de mineração en ontrados na literatura.

Diversos trabalhos indi am a utilização de redes ad ho ao onsiderarem a falta de infraestrutura

em minas e a disposição dos nós, sendo um dos prin ipais pontos estudados o desempenho de

proto olos. No âmbito de proto olos de a esso ao meio, o trabalho [12 realiza uma análise do

desempenho do proto olo MINECOM, que é baseado em múltiplo a esso por divisão no tempo

e duplexação por divisão de tempo, do inglês Time Division Multiple A ess - Time Division

Duplexing (TDMA-TDD), no qual os usuários disputam slots de tempo.

Ao onsiderar proto olos de roteamento, Jing [13 riou um proto olo híbrido de roteamento,

baseado no proto olo GEAR, do inglês Geographi al Energy Aware Routing, para nós móveis. No

aso, o autor utiliza a distân ia e direção do movimento entre os nós móveis para restringir a

omuni ação de alguns deles, aumentando assim o tempo de vida desses nós móveis.

Por sua vez, [14, [15 e [16 analisam o desempenho dos proto olos de roteamento DSDV,

do inglês Destination-Sequen ed Distan e Ve tor, e AODV, do inglês Ad ho On-Demand Ve tor,

onsiderando o atraso m a m, a taxa de perda de pa otes e o throughput em transmissões de

vídeo. Já [17 estuda omo o proto olo de roteamento OLSR, do inglês Optimized Link State

Routing, e o padrão IEEE 802.11n podem prover transmissão de vídeo e voz em minas, sendo que

bons resultados de latên ia, throughput e jitter são en ontrados.

Em [18, o autor elabora um proto olo de roteamento multi-hop que usa um algoritmo re ursivo

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entre os nós vizinhos a m de sele ionar o aminho que possua a menor quantidade de saltos,

onsiderando a métri a RSSI, do inglês Re eived Signal Strength Indi ation. A m de avaliar o

proto olo, o transmissor MG2455 da Radio Pulse foi utilizado para a realização de testes. Jiang em

[19 elabora um proto olo de roteamento levando a disposição dos túneis em minas em onsideração,

em que há um túnel prin ipal e alguns ramos. Ao analisar a disposição dos nós e a formação de

lusters entre eles nos túneis-ramos, o autor sugere uma realo ação de nós para ada luster a m

de equilibrar a rede.

Por m, Zheng em [20 levanta onsiderações para a utilização de redes de sensores subterrâneas,

as di uldades inerentes do anal sem o subterrâneo e expli ita as oportunidades (desaos e áreas

de pesquisa) para ada uma das amadas de rede, levando em onsideração uma abordagem ross-

layered omo um mitigador dos desaos existentes em redes subterrâneas.

2.2.3 TTE: Através da terra

Após a riação do MINER A t, que foi uma regulamentação riada pelo ongresso norte ameri-

ano a m de promover sistemas de omuni ação onáveis em minas subterrâneas, o órgão NIOSH

(National Institute for O upational Safety and Health) apoiou a riação de diversas te nologias de

rastreamento e omuni ação em minas subterrâneas [6. Cin o empresas desenvolveram protótipos:

Ultra Ele troni s, Stolar, Lo kheed Martin, E-Spe trum Te hnologies e Alertek. Desses protótipos,

quatro se baseiam na dete ção a partir de ampos magnéti os ao se utilizar antenas loop e um em

ampos elétri os.

Os protótipos desenvolvidos eram apazes de prover omuni ação de voz e de texto unidire i-

onalmente, e em algumas situações bidire ionalmente, atingindo profundidades de até 300 m para

voz e 600 m para texto. Para se realizar a transmissão de voz, os equipamentos utilizaram frequên-

ias de 3150 Hz a 4820 Hz. Além disso, alguns equipamentos possuíam um modo de lo alização

baseado em triangulação om a transmissão de um tom no enla e de subida e utilizando re eptores

situados na superfí ie, era possível estimar o posi ionamento do transmissor através do tratamento

do sinal re ebido.

Ao analisar a modulação de sinais, os protótipos utilizaram modulação analógi a SSB, do inglês

Single Side Band, ou modulação digital PSK, do inglês Phase-Shift Keying, e/ou FSK, do inglês

Frequen y-Shift Keying. Também implementaram-se té ni as de an elamento de ruído em alguns

equipamentos [6. É importante ressaltar que algumas empresas transformaram seus projetos em

produtos omer iais [21, omo resultado do apoio à pesquisa do NIOSH ou de forma independente.

O equipamento Flex Alert, desenvolvido pela empresa anadense Mini-Radio Systems, é utili-

zado para omuni ação unidire ional entre a superfí ie e galerias subterrâneas, sendo usado para

dar suporte na eva uação dos trabalhadores em aso de emergên ia. Além disso, utiliza ampo

magnéti o em baixa frequên ia para transportar informação a um re eptor no apa ete dos minei-

ros. Neste sistema, há uma antena loop de 10 a 120 m de omprimento lo alizada sobre a mina,

e ao o orrer uma situação de emergên ia, um sinal é transmitido da superfí ie para os mineiros,

fazendo a lâmpada do apa ete pis ar a m de realizarem a eva uação do lo al [10.

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O dispositivo pessoal de emergên ia (PED) da empresa australianaMineSite Te nology também

fun iona unidire ionalmente, possibilitando a transmissão de texto para fun ionários que estão no

interior de uma mina. Neste equipamento só é realizada a omuni ação superfí ie-mina, porém, há

a possibilidade de se utilizar um Leaky Feeder para se realizar a omuni ação no enla e de subida

[10. Além do mais, o sistema é utilizado também para detonação remota e ontrole remoto de

equipamentos.

Depois de realizar testes em onjunto om o NIOSH, a empresa Lo kheed Martin omer ializa

o produto Magnelink MCS, que atua bidire ionalmente e é autossu iente, suportando voz, texto

e lo alização, sendo baseado em ondas magnéti as de baixa frequên ia. A empresa validou as

apli ações de voz e texto ao realizar testes de 500 metros de profundidade, em que uma antena

de 130 m de omprimento e outra om múltiplas voltas foram usadas na superfí ie e na mina,

respe tivamente.

Por sua vez, a empresa anadense Vital Alert [22 fabri ou re entemente o sistema Canary de

rádio que é bidire ional e utilizado para omuni ação de dados e voz. O re eptor é re ongurável

para operar entre frequên ias de 300 Hz a 9 kHz, uma vez que é implementado em SDR, do inglês

Software Dened Radio. O equipamento também suporta modulação adaptativa om taxas que

variam de 9 bps a 1 kbps.

Por m, ao analisar pro essamento de sinais, [23 indi a a modulação MSK, do inglêsMinimum-

Shift Keying, omo té ni a om a menor taxa de erro bit para uma relação sinal ruído (RSR).

Também há a sugestão para utilização de té ni as para ombater o ruído atmosféri o e para

uso de ódigos orretores de erros, gerando maior robustez ao sistema. Para o aso de ombate

ao ruído atmosféri o, o autor arma melhorar a RSR de 10 a 30 dB após ara terizar o ruído

om múltiplas antenas ortogonais e a apli ação das seguintes té ni as: an elamento adaptativo

de ruído, do inglês adaptive noise an ellation (ANC), dete ção de máxima verossimilhança, do

inglês maximum-likelihood dete tion (MLD), e de isão auxiliada por retroalimentação, do inglês

de ision-aided feedba k (DAFB). É importante ressaltar que a falta de estudos mais re entes em

pro essamento de sinais para sistemas TTE pode indi ar uma área de pesquisa a ser realizada.

2.3 Propagação em Comuni ação TTE

De a ordo om as propriedades intrínse as do solo, a penetração de ondas de rádio em meio

ondutor é dada pela equação de difusão ∇2H = µσ∂H/∂t em vez da equação de onda ∇2

H =

µε(∂2H)/(∂t2), sendo H o ampo magnéti o, µ a permeabilidade magnéti a, ǫ a permissividade

elétri a, σ a ondutividade elétri a do meio e t o tempo. Nota-se que o ampo de ai exponen i-

almente em função da frequên ia de operação, distân ia e ondutividade elétri a do meio. Para

um bom ondutor, σ/(εΩ) >> 1 (sendo Ω a frequên ia angular em tempo ontínuo), o grau de

de aimento é dado pela profundidade peli ular δ =√

2/(Ωµσ), a qual, por ser inversamente pro-

por ional à raiz quadrada da frequên ia, inviabiliza a utilização de frequên ias altas, superior a 30

kHz. Todavia, as antenas deveriam ter dimensão físi a da ordem de quilmetros para radiar de

um modo e iente as ondas de rádio nesta faixa de frequên ia.

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Para omuni ações TTE, não são utilizadas antenas de dimensões tão grandes. Assim, a

transferên ia de potên ia reativa via indução magnéti a (ou elétri a) é responsável por quase toda

potên ia transmitida. Algumas propriedades bási as da onda são alteradas pela propagação em

meio ondutor ou dielétri o, omo o omprimento de onda λrocha e a velo idade de propagação

vrocha. Para bons ondutores, a ontribuição da permissividade real pode ser des onsiderada e se

pode modelar o omprimento de onda que atravessa as ro has da mina omo λrocha = 2πδ. Ao

onsiderar a omuni ação TTE operando a 10 kHz om solo de σ = 10−3S/m, resulta na redução

em 30 vezes do omprimento de onda em relação ao ar.

2.3.1 Zonas de Campo

Classi amente, pode-se dividir as zonas de ampo para transmissão no vá uo ou no ar omo:

ampo próximo reativo, ampo próximo radiante, zona de transição e ampo distante. Para as

duas primeiras zonas, o ampo é gerado a partir da interferên ia de ondas de diversos pontos da

antena, omo se fossem vários pequenos dipolos auxiliando na formação do ampo. Para o ampo

distante, onde os ampos magnéti o e elétri o possuem uma relação xa entre si e estão em fase,

pode-se ver a antena transmissora omo um ponto radiante e seu ampo omo uma frente de onda

plana. Para a zona de transição, os dois omportamentos são observados. Para um meio ondutor,

Gibson [24 props uma subdivisão diferente para as zonas de ampo.

Para regiões muito próximas à antena transmissora, o ampo possui uma ara terísti a quase-

estáti a, apesar da variação no tempo, seguindo assim leis da estáti a omo a atenuação pelo inverso

do ubo da distân ia. A partir do ampo próximo, assim omo em quase-estáti o, onde inexiste

radiação, o meio ondutor omeça a olaborar om a atenuação de ampo. Em ampo distante, o

ampo segue a lei de atenuação om inverso linear da distân ia, apesar das perdas devido ao meio.

No aso, ampo distante não signi a que a radiação parte da antena diretamente, mas sim pela

indução de orrentes de Fou ault no meio ondutivo geradas pelo ampo magnéti o da antena,

as quais geram novos ampos. Finalmente, a zona de transição é uma região arbitrária entre os

ampos próximo e distante.

A Tabela 2.1 rela iona as zonas de ampo itadas anteriormente e suas ondições para os dois

tipos de meio. Ao onsiderar um sistema operando no espaço livre em 10 kHz (λ0=30 km) e om

uma distân ia, r, entre antenas de 300 m, ele se en ontra em ampo próximo reativo (λ0/2π ≈ 4775

m). Já para um meio ondutor om σ = 10−3S/m e µ = µ0, λrocha/2π = δ ≈ 160 m < 300 m.

Assim, trata-se de zona de transição, estando mais próximo do ampo distante do que do ampo

próximo.

2.3.2 Modelos de Campo Magnéti o

O momento magnéti o md = NtxItxStx de antenas loop mostra a força de transmissão indutiva

em função dos atributos do transmissor, no qual Ntx é a quantidade de voltas do loop transmissor,

Itx é o valor RMS (do inglês Root Mean Square) de uma orrente elétri a tonal nos lamentos da

antena transmissora e Stx é a área do loop. Observa-se que o aumento do momento magnéti o gera

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Modelo Tipo de aproximação Condições

Vá uo

Campo próximo reativo r < λ0/2π

Campo próximo radiante λ0/2π < r < λ0

Zona de transição λ0 < r < 2λ0

Campo distante r > 2λ0

Meio ondutivo

Quase estáti o r << λrocha/2π

Campo próximo r2 << (λrocha/2π)2

Zona de transição r ≈ λrocha/2πCampo distante r >> λrocha/2π

Tabela 2.1: Zonas de ampo no vá uo e em meio ondutor.

o aumento da potên ia dissipada em alor (Ptx = RtxI2tx), e vale lembrar que a resistên ia do loop

transmissor, Rtx, aumenta om Ntx e/ou Stx. Todavia, esta potên ia dissipada, e não irradiada,

impli a no valor de orrente usada na geração do ampo magnéti o, asso iando assim, de forma

indireta, a uma potên ia de transmissão.

A maneira mais simples de se aproximar o ampo magnéti o gerado por uma antena loop

eletri amente pequena é onsiderar o vá uo omo meio homogêneo innito, ignorando assim, as

ondições de ontorno [25, e supor uma distribuição uniforme da orrente no loop. Ao onsiderar

uma distân ia muito próxima à fonte (r << λ/2π), a intensidade de um ampo magnéti o que varia

no tempo se assemelha a de um ampo estáti o al ulada pela lei de Biot-Savart [26. Considerando

a operação no vá uo a 10 kHz, esta distân ia al ança o valor de algumas entenas de metros. Assim,

o ampo magnéti o quase-estáti o, Hqe, de uma antena loop é aproximado por:

Hqe =md

2πr3cos(θ)r + 0.5 sin(θ)θ, (2.1)

em que θ é o ângulo entre o ponto indutor e o ponto que sofre a indução, r é o vetor unitário na

direção radial e θ é o vetor unitário na direção eleva ional em oordenadas esféri as. A modi ação

do modelo de plano innito no vá uo [25 para um meio innito ondutivo é realizada ao se modi ar

o número de onda, que no meio ondutivo é expresso por krocha = (1− j)/δ. Esta aproximação do ampo para os enla es de subida e des ida é dada, em sua forma fasorial, por [24:

H =md

4πr3e−jT e−T 2 cos θ(1 + (1 + j)T )r + sin θ(1 + (1 + j)T + 2jT 2)θ, (2.2)

em que T = r/δ = r√

µσΩ/2 é o al an e normalizado pela profundidade peli ular e traz a

ontribuição de perdas no solo. Além disso, o parâmetro T pode ser ompreendido omo uma

frequên ia espa ial normalizado para um determinado al an e r.

2.3.3 Modelagem do Canal e Frequên ia Ótima de Operação

É usual se usar tensão e orrente para a parametrização de quadripolos e, por onsequên ia, os

parâmetros são baseados em impedân ia, para sistemas que operam em frequên ias moderadamente

baixas. Em sistemas que operam om frequên ias mais altas, a partir de UHF, por ausa das

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reexões de onda entre os meios, o que di ulta a medida de tensão e orrente, trabalha-se mais

om energia e potên ia, ara terizando os quadripolos om parâmetros de dispersão. É adotado o

on eito de impedân ia de transferên ia, Z(Ω), entre os loops para analisar modelos de anal de

propagação em frequên ias abaixo de 100 kHz. Assim, onsiderando as versões fasorais da orrente

tonal no loop transmissor, Itx(Ω), e da tensão induzida nos terminais da antena re eptora, Vrx(Ω),

Z(Ω) = Vrx(Ω)/Itx(Ω). (2.3)

De a ordo om a lei de Faraday, a tensão induzida por um ampo magnéti o nos terminais de

um ondutor de malha fe hada depende da variação temporal do uxo magnéti o que adentra a

malha em sentido ortogonal a seu plano [26. Portanto, a tensão induzida nos terminais de uma

antena loop em função do ampo magnéti o é dada por

Vrx(Ω) = −jΩµNrxSrx cos(ϕ)H, (2.4)

em que Srx e Nrx são a área e a quantidade de voltas do loop re eptor, respe tivamente, e ϕ é

o ângulo entre o ampo magnéti o e o eixo do loop ortogonal a seu plano. Observa-se em (2.4)

que, apesar do ampo sofrer atenuações em alta frequên ia, o re eptor infringe ao sinal de saída

atenuações em baixas frequên ias. Para oordenadas esféri as, ϕ = θ aso os planos dos dois loops

sejam paralelos. Assim, Vrx(Ω) em função dos amposHr eHθ nas direções r e θ, respe tivamente,

é dada por

Vrx(Ω) = −jΩµNrxSrx [Hr cos(θ − θx) cos(θy)−Hθ sin(θ − θx) cos(θy)] , (2.5)

em que θx e θy são ângulos de rotação dos eixos x′ e y′ que, por sua vez, são eixos auxiliares riados

pela rotação de φ− 90 do eixo z. A Figura 2.3 ilustra a geometria em questão.

b

x

y

z

z′

φ

θ r

α

Figura 2.3: Geometria para ál ulo de ampo entre duas antenas loop ir ulares. O ângulo α

formado pelos vetores ortogonais aos planos determinados pelas duas antenas é resultante da

omposição de rotações nos eixos x′ e y′.

O momento magnéti o fasorial md(Ω) = NtxStxItx(Ω) indi a a força omplexa de uma antena

transmissora para dada frequên ia onsiderando uma orrente tonal no transmissor. Assim, ao

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adaptar as equações de ampo e adotando o on eito da impedân ia de transferên ia Z(T ) =

Vrx(T )/Itx(T ) na frequên ia espa ial normalizada T , tem-se

Z(T ) = NtxNrxStxSrx

[

Gtxr Grxr Fr +

Gtxθ Grxθ Fθ

]

(2.6)

equivalente à impedân ia de transferên ia, em que os ganhos normalizados das antenas de transmis-

são e re epção om polarizações nas direções r e θ são Gtxr = cos2(θ), Grxr = cos2(θ − θx) cos2(θy),Gtxθ = sin2(θ) e Grxθ = sin2(θ − θx) sin2(θy), e Fr e Fθ são funções de transferên ia do anal de

propagação dadas, respe tivamente, por

Fr =T 2

πσr5e−T

1 + 2T + 2T 2ejtan−1( T

1+T)−T−π

2

(2.7)

e

Fθ =T 2

2πσr5e−T

(1 + T )2 + (T + 2T 2)2 × ejtan−1(T+2T2

1+T)−T+π

2. (2.8)

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Capítulo 3

Ruído Atmosféri o

Neste apítulo, elu idamos o modelo matemáti o

utilizado para des rever o ruído atmosféri o e,

posteriormente, revisamos rapidamente os parâ-

metros utilizados para veri ar as aproximações

da função de densidade de probabilidade do ruído.

Após, expli amos a metodologia adotada para rea-

lizar a estimação da apa idade restrita do anal

para o ruído atmosféri o, seguida da avaliação da

aproximação da função de densidade de probabi-

lidade baseado nos parâmetros itados anterior-

mente. Por m, os resultados da apa idade res-

trita do anal são explanados.

3.1 Introdução

Neste apítulo, analisamos o ruído atmosféri o, optando por um modelo probabilísti o dentre

os presentes na literatura. A partir deste modelo, iremos veri ar que o ruído atmosféri o é om-

posto por uma omponente Gaussiana e uma omponente impulsiva. A partir desta informação, é

interessante veri ar qual seria a apa idade restrita do anal onsiderando entradas binárias equi-

prováveis deste tipo de ruído e fazer a omparação om a apa idade restrita do ruído Gaussiano,

a m de analisarmos omo a omponente impulsiva pode afetar a apa idade restrita.

3.2 Ruído Atmosféri o

O ruído atmosféri o pode ser ara terizado a partir de diversos modelos onforme des rito

em [27. Neste trabalho, utilizamos o modelo de [28, assim omo em [27, para equa ionar a

distribuição de probabilidade de magnitude, pois este modelo é pre iso e matemati amente simples.

O modelo onsidera o ruído des rito omo um fasor e a sua magnitude, expressa pela variável

aleatória PN , é a soma de duas omponentes: a omponente Gaussiana, expressa pela variável

aleatória Ξ, e a omponente impulsiva, expressa pela variável aleatória Υ. A primeira omponente

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é gerada a partir de des argas atmosféri as distantes ao re eptor, já a segunda omponente, é

omposta por des argas atmosféri as próximas ao re eptor [28 [29.

A função densidade de probabilidade da magnitude da omponente Gaussiana é a distribuição

de Rayleigh [28, dada por

pΞ(ξ) =

(

R20

)

exp

(−ξ2R2

0

)

, ξ ≥ 0, (3.1)

em que R20 é a potên ia média de ruído. A distribuição de Weibull (também des rita na literatura

omo Power-Rayleigh) des reve a magnitude da omponente impulsiva [28, dada por

pΥ(υ) =

(

aυa−1

Ra

)

exp[

−( υ

R

)a]

, υ ≥ 0, (3.2)

em que R e a dependem da energia média em Υ. A variável a assume valores entre 0 e 2, e quanto

menor o valor de a, maior a probabilidade de Υ ter valores de ruído impulsivo grandes [28.

Uma vez que o ruído atmosféri o é dado por PN = Ξ+Υ, a função densidade de probabilidade

resultante é a onvolução das funções (3.1) e (3.2) [28:

pPN(ρn) = 2

∫ ∞

0

(

aυa−1

Ra

)

exp[

−( υ

R

)a](

ρn − υR2

0

)

exp

(−(ρn − υ)2R2

0

)

dυ. (3.3)

A seguir, seguem os momentos de interesse da variável aleatória [28, que são obtidos a partir

da integração direta de (3.3):

EPN = RΓ

(

1 +1

a

)

+R0

√π

2, (3.4)

EP 2N = R2Γ

(

1 +2

a

)

+R0R√πΓ

(

1 +1

a

)

+R20, (3.5)

varPN = R2

[

Γ

(

1 +2

a

)

− Γ2

(

1 +1

a

)]

+R20

(

1− π

4

)

, (3.6)

em que Γ(.) é a função Gamma, E. é o operador esperança e var. é o operador variân ia.

A distribuição de probabilidade de magnitude é dada por [28

Prob(PN > ρn) =

∫ ∞

ρn

pPN(ρn)dρn

= exp[

−(ρnR

)a]

+

∫ ρn

0

(

aυa−1

Ra

)

exp[

−( υ

R

)a]

exp

(−(ρn − υ)2R2

0

)

dυ,

(3.7)

e, portanto, sua função de distribuição umulativa é simplesmente o seu omplemento.

Por m, é importante introduzir o parâmetro γ2, que rela iona a razão da energia entre a

omponente impulsiva e a omponente Gaussiana do ruído. O parâmetro é dado por

γ2 =EΥ2EΞ2 =

R2Γ(1 + 2/a)

R20

. (3.8)

15

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3.3 Parâmetros

Conforme veremos mais adiante, para realizarmos o ál ulo numéri o a m de estimarmos

a apa idade restrita do anal, será ne essário realizar uma aproximação da função densidade

de probabilidade expressa na Equação 3.3 a m de ontornar problemas de onvergên ia no ál-

ulo numéri o. Assim sendo, iremos apresentar nesta seção os parâmetros utilizados para avaliar

as aproximações realizadas. É importante ressaltar que ao utilizarmos mais de um parâmetro

para avaliação da aproximação temos ritérios de desempate aso duas aproximações obtivessem o

mesmo valor para um determinado parâmetro.

3.3.1 Soma dos Resíduos ao Quadrado

A soma dos resíduos ao quadrado é dada por

SRQ =

Ψ∑

i=1

(si − si)2, (3.9)

sendo que s é a série a ser aproximada, no nosso aso a função densidade de probabilidade do ruído

atmosféri o, s é a aproximação de s que se está avaliando e Ψ é a quantidade de elementos das

séries.

3.3.2 R-quadrado

A métri a R-quadrado (RQ) é expressa por

RQ = 1− SRQ

SQ, (3.10)

sendo que SRQ é a soma dos resíduos ao quadrado e SQ é dada por

SQ =

Ψ∑

i=1

(si − s)2, (3.11)

sendo que s é a média da série a ser aproximada.

3.3.3 Raiz do Erro Quadráti o Médio

Essa métri a é dada por

REQM =

∑Ψi=1(si − si)2

Ψ. (3.12)

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3.3.4 Divergên ia de Kullba k-Leibler

A divergên ia de Kullba k-Leibler é uma medida que indi a a diferença entre duas funções

densidade de probabilidade. Ela é dada por

DKL(Q1||Q2) =

∫ ∞

−∞Q1(q)log

Q1(q)

Q2(q)dq, (3.13)

em que Q1(q) é a função a ser aproximada e Q2(q) é a função utilizada para aproximação. O valor

de DKL sempre é maior ou igual a zero, já que, é veri ada a quantidade de informação que se

perde ao se estimar a função densidade de probabilidade Q1(q) pela função Q2(q), ou seja, quanto

mais próximo o valor de DKL(Q1||Q2) de zero, melhor será a aproximação da função Q2(q) para

a função Q1(q).

3.4 Metodologia para Estimar a Capa idade Restrita do Canal

A apa idade restrita do anal é diferente da apa idade de anal de Shannon, pois restringe-

se a função densidade de probabilidade da fonte, ou seja, é basi amente a informação mútua

onsiderando esta restrição. Assim sendo, para estimar a apa idade restrita do anal, o anal de

omuni ação exibido na Figura 3.1 foi onsiderado.

Figura 3.1: Canal de omuni ação om ruído atmosféri o.

Neste anal, M é a entrada do anal, PN é o ruído atmosféri o e RATM é a saída do anal,

dada pela soma dos dois elementos anteriores.

Depois de denir este anal, utilizamos a seguinte fórmula [30 para estimarmos a apa idade

restrita do anal

I(M ;RATM ) =

L−1∑

i=0

Pr(INi)

∫ ∞

−∞pRATM |INi

(ratm|INi)log2

[

pRATM |INi(ratm|INi)

∑L−1l=0 Pr(INl)pRATM |INl

(ratm|INl)

]

dy,

(3.14)

em que, INi é o símbolo perten ente ao alfabeto, Pr(INi) é a probabilidade de gerar o símbolo

INi e pRATM |INi(ratm|INi) é a função densidade de probabilidade da saída do anal dado que se

envia INi. É importante ressaltar que a entrada do anal é dis reta, logo, M pode assumir os

valores INi perten entes ao alfabeto de entrada, sendo a ardinalidade do alfabeto igual a L. Para

17

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o aso estudado, tem-se INi = −1, 1 e L = 2, e estes símbolos foram onsiderados para a entrada

do anal uma vez que é omum a utilização de modulação BPSK (do inglês Binary Phase Shift

Keying) para omuni ações através da terra.

Para se realizar a estimativa da apa idade restrita através de ál ulo numéri o utilizando a

Equação 3.14, é ne essário ter a função densidade de probabilidade do ruído. Entretanto, existem

problemas de onvergên ia no ál ulo numéri o da onvolução da Equação (3.3) que não permitem

o uso dessa equação diretamente no ál ulo da apa idade restrita do anal. Portanto, riamos a

metodologia abaixo para ontornar este problema:

1. Primeiramente, obtemos a distribuição de probabilidade de magnitude numeri amente om

(3.7);

2. Após isso, obtemos o omplemento da distribuição de probabilidade de magnitude;

3. Em seguida, realizamos uma diferen iação numéri a a m de se obter a função densidade de

probabilidade;

4. Posteriormente, veri amos equações que possibilitassem uma boa aproximação para os pon-

tos obtidos por diferen iação numéri a;

5. Analisamos a aproximação onsiderando diferentes parâmetros: soma dos resíduos ao qua-

drado, R-quadrado, raiz do erro quadráti o médio e divergên ia de Kullba k-Leibler;

6. Fazemos essa aproximação para a RSR variando de -10 a 10 dB, e ao se manter a potên ia

do sinal omo unitária, obtemos EP 2N através de: RSR =

1

EP 2N

;

7. Ao se obter o valor de EP 2N, xamos os parâmetros a e γ, podendo obter diferentes valores

de R e R0, a partir de (3.5) e (3.8);

8. Assim obtemos a equação que des reve a função densidade de probabilidade da magnitude

do fasor ruído, e para se obter a função densidade de probabilidade onjunta, onsideramos

que as variáveis aleatórias da magnitude e da fase do fasor ruído são independentes e, assim,

multipli amos as duas funções densidade de probabilidade. Para isso, onsideramos uma fase

uniforme entre 0 e 2π;

9. Então, realizamos uma transformação de variáveis, utilizando o método do Ja obiano [31,

para se onseguir a função densidade de probabilidade onjunta em oordenadas artesianas.

A seguinte equação ilustra a transformação para oordenadas artesianas:

pXN ,YN (xn, yn) = pPN ,ΘN

(

x2n + y2n, arctan

(

ynxn

)) ∣

∂(ρn, θn)

∂(xn, yn)

, (3.15)

em que pXN ,YN (xn, yn) é a função densidade de probabilidade onjunta do ruído em oorde-

nadas artesianas e pPN ,ΘN(ρn, θn) é a função densidade de probabilidade onjunta do ruído

em oordenadas polares.

18

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Realizamos esse método para dois valores de impulsividade, alterando o parâmetro γ2, para

ompreender melhor omo a omponente impulsiva pode prejudi ar a omuni ação.

3.5 Avaliando a Aproximação da Função Densidade de Probabili-

dade

Conforme expli ado na Seção 3.4, realizamos a aproximação dos pontos obtidos por diferen i-

ação numéri a. Para veri ar possíveis equações que possibilitassem a aproximação, utilizamos a

Toolbox CFTOOL do Matlab. Ao analisar os parâmetros men ionados anteriormente, sele ionamos

a seguinte equação para realizar a aproximação dos pontos obtidos por diferen iação numéri a:

gaprox(ρn) =cn1ρ

5n + cn2ρ

4n + cn3ρ

3n + cn4ρ

2n + cn5ρn + cn6

cd1ρ5n + cd2ρ4n + cd3ρ3n + cd4ρ2n + cd5ρn + cd6. (3.16)

Vale ressaltar que se es olhem os oe ientes do numerador e denominador de (3.16) a m de

otimizar os parâmetros itados na Subseção 3.3. A Figura 3.2 exibe um exemplo da aproximação

realizada:

ρn

0 5 10 15 20

pP

N

(ρn)

0

0.05

0.1

0.15

0.2

0.25

0.3

Função a ser estimadaFunção aproximada

Figura 3.2: Funções densidade de probabilidade para a = 1, γ2 = 10−5e RSR= −10 dB.

Os resultados dos parâmetros men ionados na Subseção 3.3 são apresentados nas Tabelas 3.1

e 3.2. A Tabela 3.1 leva em onsideração um enário em que a impulsividade do ruído é menor

que o da Tabela 3.2. É importante ressaltar que os oe ientes sele ionados para a Equação 3.16

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geraram valores do parâmetro RQ que tendem a um, uma vez que o valor de SQ é muito maior

que o valor de SRQ.

RSR (dB)SRQ RQ REQM

-10 0,004326 1 0,0004422

-8 0,0001784 1 0,0001008

-6 0,006864 1 0,0007012

-40,0002827 1 0,0001597

-20,01088 1 0,001112

0 0,0137 1 0,0014

2 0,0005636 1 0,0003187

4 0,0007089 1 0,0004011

6 0,02734 1 0,002795

80,004674 1 0,001297

100,005882 1 0,001634

Tabela 3.1: Parâmetros para avaliar aproximações onsiderando diferentes valores de RSR: a = 1

e γ2 = 10−5.

RSR (dB) SRQ RQ REQM

-100,0006409 1 0,0001702

-80,0008068 1 0,0002143

-6 0,001016 1 0,0002698

-4 0,001772 1 0,0003998

-2 0,002231 1 0,0005034

0 0,002808 1 0,0006338

20,003535 1 0,000798

40,00321 1 0,0008536

6 0,00404 1 0,001075

8 0,005084 1 0,001353

10 0,006395 1 0,001704

Tabela 3.2: Parâmetros para avaliar aproximações onsiderando diferentes valores de RSR: a = 1

e γ2 = 10.

20

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Depois de realizarmos essa primeira avaliação, realizamos o ál ulo da divergên ia de Kullba k-

Leibler, onforme é ilustrado nas Tabelas 3.3 e 3.4.

RSR (dB)

Divergên ia de

Kullba k-Leibler

-10 0,0110

-8 0,00063403

-60,0136

-40,00013184

-20,0108

0 0,0124

2 0,0021

4 0,0019

60,0129

80,0051

10 0,0062

Tabela 3.3: Divergên ia de Kullba k-Leibler para diferentes valores de RSR: a = 1 e γ2 = 10−5.

RSR (dB)

Divergên ia de

Kullba k-Leibler

-10 0,0009922

-8 0,00022382

-60,00075886

-40,00043554

-2 0,00046907

0 0,00013922

2 0,00020938

40,00010858

60,0011

8 0,0010

10 0,00095616

Tabela 3.4: Divergên ia de Kullba k-Leibler para diferentes valores de RSR: a = 1 e γ2 = 10.

21

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Ao analisarmos os valores obtidos om os parâmetros, é notável que as aproximações geraram

bons resultados, visto que os valores de REQM e SRQ são inferiores a 10−2, RQ tende a 1 e o pior

aso da divergên ia de Kullba k-Leibler é igual a 0, 0136. A partir das aproximações, geramos a

função densidade de probabilidade onjunta.

Após isso, realizamos numeri amente o ál ulo da integral dupla para todos os possíveis valores

de ruído, para veri armos se este resultado seria próximo de um. Conforme é visto nas Tabelas

3.5 e 3.6, os resultados são próximos de um, sendo o maior erro igual a 0,002.

RSR (dB) Integral

-10 1,00226947067643

-8 1,00015169506381

-6 1,00108381568702

-41,00051513574043

-21,00261819231967

0 1,00193215183941

2 1,0002848466593

4 1,00088867896312

61,00156821215486

81,00066106017042

10 0,999951466417541

Tabela 3.5: Resultado da integral para todos valores da função densidade de probabilidade onjunta

onsiderando diferentes valores de RSR: a = 1 e γ2 = 10−5.

RSR (dB) Integral

-10 0,999696975317488

-8 1,0002899752892

-60,999877095703615

-41,00013201807555

-2 1,000123589089

0 1,0003723571706

2 1,00036280682459

4 1,00034645865652

60,999628488589206

80,999543896146050

10 0,999319509288148

Tabela 3.6: Resultado da integral para todos valores da função densidade de probabilidade onjunta

onsiderando diferentes valores de RSR: a = 1 e γ2 = 10.

22

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3.6 Estimação da Capa idade Restrita do Canal

Após veri armos que a avaliação da aproximação da função de densidade de probabilidade

obteve bons resultados, utilizamos a Equação 3.14, onsiderando dois asos de ruído atmosféri o

om valores distintos de impulsividade e estes asos foram omparados om o do ruído gaussiano.

Os resultados obtidos estão exibidos na Figura 3.3.

RSR [dB]-10 -5 0 5 10

I(M

;RA

TM

)

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1

a=1 e γ2=10

a=1 e γ2=0.00001Gaussiano

Figura 3.3: Capa idade restrita pela RSR, onsiderando ruído Gaussiano e dois asos de ruído

atmosféri o.

Primeiramente, é per eptível que para valores de RSR maiores ou iguais a 2 dB, a apa idade

restrita do anal foi menor do que o do aso Gaussiano para o aso em que γ2 = 10. Portanto, o

resultado obtido pode pare er ontraditório, já que o pior aso de apa idade de anal de Shannon

seria onsiderando a presença de ruído Gaussiano. Entretanto, omo a análise realizada onsidera

a apa idade restrita, o pior aso é para um ruído que é uma mistura de duas funções massa de

probabilidade de reti ulado [32.

Além disso, vale ressaltar que para o aso em que γ2 = 10−5, o resultado ou semelhante

à situação que onsidera ruído Gaussiano. Este resultado valida a abordagem desenvolvida, pois

ao diminuirmos o valor de γ2, a energia da omponente impulsiva do ruído atmosféri o também

diminui, onsequentemente, há a predominân ia da omponente Gaussiana no ruído atmosféri o.

Portanto, a apa idade restrita do anal deve ser semelhante ao aso do ruído Gaussiano puro.

Por m, é importante avaliar omo γ2 altera os valores da apa idade restrita do anal. É

per eptível que para pequenos valores de RSR, valores pequenos de γ2 irão gerar valores menores

de apa idade restrita do anal. Todavia, para valores maiores de RSR, valores maiores de γ2

23

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geram valores menores de apa idade restrita do anal. Para veri ar esta armação, realizamos o

ál ulo da apa idade restrita para um valor xo de RSR e para mais dois valores de γ2, onforme é

ilustrado na Figura 3.4. Ao observar a gura, per ebemos que a armação realizada anteriormente

pode ser validada.

γ2

10-4 10-2 100 102

I(M

;RA

TM

)

0.7

0.75

0.8

0.85

0.9

0.95

1

RSR=0 dBRSR=4dB

Figura 3.4: Impulsividade pela apa idade restrita, onsiderando dois asos de RSR.

A partir destes resultados, onseguimos limiares teóri os da apa idade restrita do anal ao

onsiderarmos entradas binárias equiprováveis. Tais limiares são importantes, pois torna possível

a avaliação de re eptores de sistemas de omuni ação que estão sob a presença do ruído atmosféri o.

24

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Capítulo 4

Análise dos Ruídos Atmosféri o e

Antrópi o em Sistemas de Comuni ação

Através da Terra

Neste apítulo, expli amos de modo su into a ori-

gem do ruído antrópi o. Posteriormente, elu i-

damos as metodologias para analisar a frequên ia

instantânea de harmni os e as medições realiza-

das exibindo os resultados de ambas análises.

4.1 Introdução

Neste apítulo, analisamos o ruído existente em omuni ações através da terra, que é omposto

pelo ruído atmosféri o e pelo ruído antrópi o. Conforme veremos no de orrer do apítulo, o ruído

antrópi o é predominante nas baixas frequên ias, o upando parte da banda de transmissão de

sistemas de omuni ações através da terra. Todavia, este ruído poderá ter uma potên ia muito

superior às potên ias do ruído atmosféri o e do sinal re ebido de um sistema de omuni ação

TTE. Portanto, é de grande importân ia ompreender as ara terísti as do ruído antrópi o para

se possibilitar seu an elamento de modo efetivo.

4.2 Ruído Antrópi o

O ruído antrópi o é usualmente proveniente dos harmni os de linhas de transmissão de po-

tên ia ou de equipamentos utilizados na mineração, sendo dominante em frequên ias de até 1 kHz.

É interessante ressaltar que os harmni os gerados não são sinais determinísti os e seus espe tros

não são impulsos lo alizados em uma frequên ia espe í a, mas sim, o upam uma erta banda e

são entrados em suas frequên ias nominais, omo se estivessem sendo modulados por um sinal

aleatório [29.

25

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4.3 Análise da Frequên ia Instantânea

A m de ompreendermos melhor omo a variação da frequên ia instantânea o orre, obtivemos

valores da frequên ia instantânea do sistema elétri o de potên ia do ontinente europeu amostra-

dos a ada segundo, oletados de 09/09/2012 até 15/09/2012, totalizando 6048000 amostras, e

disponibilizados na internet [33. A partir destes dados, realizamos as seguintes análises:

• Geramos o histograma dos dados;

• Veri amos a aproximação para a função densidade de probabilidade Gaussiana;

• Obtivemos a função de auto orrelação dos dados.

A Figura 4.1 ilustra o histograma dos dados e a aproximação para a função Gaussiana. No

aso, a função Gaussiana possui os seguintes parâmetros: média igual a 49, 9983 e desvio padrão

igual a 0, 020511.

Frequência Instantânea [Hz]49.9 49.92 49.94 49.96 49.98 50 50.02 50.04 50.06 50.08

Fun

ção

Den

sida

de d

e P

roba

bilid

ade

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

Figura 4.1: Função densidade de probabilidade da frequên ia instantânea.

Por sua vez, a Figura 4.2 ilustra a função de auto orrelação. No aso, realizamos deslo amentos

temporais de até uma hora, sendo per eptível que para pequenos deslo amentos no tempo a série

possui um valor de auto orrelação signi ativo, permane endo superior a 0, 9 por deslo amentos

de até 16 segundos.

26

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Tempo [s]0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500

Fun

ção

de A

utoc

orre

laçã

o

-0.2

0

0.2

0.4

0.6

0.8

1

Figura 4.2: Função de auto orrelação da frequên ia instantânea.

4.4 Análise de Ruído em Comuni ações TTE

A m de investigarmos o ruído presente em minas subterrâneas, realizamos uma análise através

de amostras oletadas pela empresa anadense Vital Alert [34. As amostras foram obtidas na mina

Edgar Mine [35, que é perten ente à Colorado S hool of Mines, e é utilizada omo um laboratório.

Para a aptura das amostras de ruído, uma antena de três eixos foi utilizada, podendo assim

realizar a separação do ruído em omponentes ortogonais. A Figura 4.3 ilustra um exemplo de

uma antena loop passiva de três eixos utilizada para realizar medições de ampo magnéti o.

Figura 4.3: Antena loop passiva de três eixos. Fonte: [4

27

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Além do mais, uma taxa de amostragem de 96000 amostras por segundo foi utilizada, sendo que

o pro edimento foi realizado onsiderando uma duração de 20 segundos. Levando esses detalhes

em onsideração, três situações foram analisadas para ompreender melhor o ruído, om suas

ara terísti as resumidas a seguir:

1. Lo al: Compressor House - Sem utilização de nenhum equipamento (somente luzes uores-

entes);

2. Lo al: Compressor House - Sistema de refrigeração ligado;

3. Lo al: Compressor House - Sistema de refrigeração ligado e antena de 3 eixos foi movida

para debaixo do motor do ompressor (nível de ruído de aproximadamente 1V);

Ini ialmente, geramos os grá os temporal e da densidade espe tral de potên ia (DEP) do

ruído no eixo X da antena, ilustrados nas Figuras 4.4 e 4.5.

Nos grá os ilustrados na Figura 4.4, é possível veri ar uma amplitude máxima de ruído de

aproximadamente 0,03 V. Além disso, é per eptível omo as frequên ias a ima de 10 kHz possuem

um impa to muito menor na densidade espe tral de potên ia do ruído.

Tempo [s]0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20

Ten

são

[V]

-0.04

-0.02

0

0.02

0.04

Frequência [Hz] ×104

0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5

DE

P [d

B/H

z]

-140

-120

-100

-80

-60

Figura 4.4: Série temporal e densidade espe tral de potên ia do ruído de omuni ações TTE para

situação 1, onsiderando o eixo X da antena.

Posteriormente, realizamos uma aproximação em ambos os grá os onforme pode ser obser-

vado na Figura 4.5. Ao se observar a série temporal, é visível um erto periodismo no sinal e, ao

se observar a densidade espe tral de potên ia, notam-se as frequên ias dos harmni os ímpares de

60Hz. Todavia, nota-se a grande atenuação da frequên ia de 180Hz e a prati amente inexistên ia

da frequên ia de 60Hz, este omportamento vai de a ordo om a teoria, uma vez que o anal de

omuni ações TTE provo a uma atenuação mais signi ativa nas baixas frequên ias.

28

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Tempo [s]0 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1 0.12 0.14 0.16 0.18 0.2

Ten

são

[V]

-0.04

-0.02

0

0.02

0.04

Frequência [Hz]0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000

DE

P [d

B/H

z]

-140

-120

-100

-80

-60

Figura 4.5: Série temporal e densidade espe tral de potên ia do ruído de omuni ações TTE

ampliados para situação 1, onsiderando o eixo X da antena.

Posteriormente, obtivemos o módulo dos dados a m de al ular o histograma do módulo do

ruído para en ontrarmos uma equivalên ia entre o ruído existente e a função de densidade de

probabilidade do ruído atmosféri o. A Figura 4.6 ilustra o histograma gerado. É interessante

notar uma densidade muito maior para valores pequenos de tensão.

Tensão [V]0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 0.03 0.035 0.04

de O

corr

ênci

as

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

200

Figura 4.6: Histograma do módulo do ruído de omuni ações TTE para situação 1, onsiderando

o eixo X da antena.

29

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Após realizar o histograma, al ulamos a função de distribuição umulativa experimental. A

metodologia desenvolvida para realizar o ál ulo da função de distribuição umulativa experimental

está situada no pseudo- ódigo abaixo:

Algoritmo 1 Cál ulo da Função de Distribuição Cumulativa Teóri a

Entrada: amostrasV

1: [H,I ← histograma(módulo(amostrasV ))

2: Cria o vetor tensao - linearmente espaçado entre o mínimo e o máximo do módulo de

amostrasV

3: Cria o vetor cdftensao - vetor de zeros do tamanho do vetor tensao

4: Função a_otimo(cdftensao,amostrasV ,tensao,H,I)

5: a_min← 0, 1, ini ializa as variáveis mse_min, cdf_final, R_min e R0_min

6: para j= 0,1:0,1:2 faça

7: a_atual← j

8: Função al ula_param(módulo(amostrasV ), a_atual)

9: Momento_1← média(módulo(amostrasV ))

10: Momento_2← média(módulo(amostrasV )2)

11: [R,R0]← resolver Equações 3.4 e 3.5 onsiderando o valor de a_atual

12: retornar R,R0

13: m Função

14: [R_atual,R0_atual ← en ontrar o par dentre as soluções de R e R0 que é positivo

15: para i=1:tamanho(tensao) faça

16: Função df_field_lew(tensao(i),a_atual,R_atual, R0_atual)

17: cdftensao(i)← omplemento da solução da Equação 3.7, onsiderando os valores

das variáveis tensao(i), a_atual, R_atual, R0_atual

18: retornar cdftensao(i)

19: m Função

20: m para

21: Cal ula a função de distribuição umulativa experimental a partir do histograma

22: mse_atual ← Cal ula o erro quadráti o médio entre o vetor cdftensao e o vetor da

função de distribuição umulativa experimental

23: se mse_atual < mse_min então

24: mse_min← mse_atual

25: a_min← a_atual

26: cdf_final← cdftensao

27: R_min← R_atual

28: R0_min← R0_atual

29: m se

30: m para

31: retornar mse_min, a_min, cdf_final, R_min e R0_min

32: m Função

33: gamma2 ← resolver a Equação 3.8

30

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É interessante ressaltar que a função distribuição umulativa teóri a está onsiderando a pre-

sença do ruído antrópi o e do ruído atmosféri o, ou seja, foram en ontrados os parâmetros utilizados

na função de distribuição umulativa do ruído atmosféri o para um ruído que é a soma do ruído

atmosféri o e do ruído antrópi o.

A Figura 4.7 ilustra as funções de distribuição umulativa experimental e teóri a para o eixo

X da antena, já as Tabelas 4.1 e 4.2 ilustram os parâmetros a, γ, R e R0 para ada um dos três

eixos da antena, indi ados através dos subs ritos dos parâmetros.

Tensão [V]0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 0.03 0.035 0.04

Pro

babi

lidad

e C

umul

ativ

a

0

0.2

0.4

0.6

0.8

1

1.2

CDF ExperimentalCDF Teórica

Figura 4.7: Funções de distribuição umulativa experimental e teóri a para situação 1, onside-

rando o eixo X da antena.

Situação ax ay az γx γy γz

1 0,8 0,8 1,4 6,854 16,7296 82,0425

2 0,9 0,8 1,1 5,5576 10,0625 13,8668

3 1,2 1,1 1 17,2186 20,7068 39,6200

Tabela 4.1: Quadro Comparativo - a e γ.

Situação Rx Ry Rz R0x R0y R0z

1 0,0038 0,0046 0,0043 0,0010 4, 9966.10−4 5, 8571.10−5

2 0,0050 0,0044 0,0037 0,0014 7, 9059.10−4 3, 5092.10−4

3 0,1487 0,0906 0,2097 0,0106 0,0057 0,0075

Tabela 4.2: Quadro Comparativo - R e R0.

31

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Por m, geramos os espe trogramas da antena a m de se veri ar omo o orre o omporta-

mento do ruído através do tempo. As Figuras 4.8 e 4.9 ilustram o omportamento para a situação

1 des rita no iní io desta seção. Na Figura 4.8, é visível que as frequên ias do ruído que são mais

signi ativas estão situadas abaixo de 5kHz.

Figura 4.8: Espe trograma do ruído para situação 1, onsiderando o eixo X da antena.

E ao realizarmos a ampliação nas baixas frequên ias, Figura 4.9, a notável omo os harmni-

os ímpares de 60 Hz interferem signi ativamente. Também é interessante notar que não o orrem

desvios signi ativos dos harmni os para frequên ias aos seus arredores.

Figura 4.9: Espe trograma do ruído para situação 1 om ampliação nas baixas frequên ias, onsi-

derando o eixo X da antena.

As Figuras 4.10 e 4.11 ilustram os espe trogramas gerados para a situação 2 des rita no iní-

32

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io desta seção. Os omentários realizados para a situação 2 são semelhantes aos já realizados

para a situação 1. Todavia, vale a pena ressaltar omo os harmni os ímpares estão ainda mais

signi ativos uma vez que o sistema de refrigeração estava ligado.

Figura 4.10: Espe trograma do ruído para situação 2, onsiderando o eixo X da antena.

Figura 4.11: Espe trograma do ruído para situação 2 om ampliação nas baixas frequên ias, on-

siderando o eixo X da antena.

As Figuras 4.12 e 4.13 ilustram os espe trogramas gerados para a situação 3. Os omentários

realizados para situação 3 são semelhantes aos já realizados para as situações 1 e 2. Entretanto,

os harmni os ímpares estão mais signi ativos que os dois asos anteriores, já que o sistema de

refrigeração estava ligado e a antena foi deslo ada para debaixo do motor do ompressor. Também

33

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é interessante notar que os desvios dos harmni os para frequên ias aos seus arredores são mais

signi ativos.

Figura 4.12: Espe trograma do ruído para situação 3, onsiderando o eixo X da antena.

Figura 4.13: Espe trograma do ruído para situação 3 om ampliação nas baixas frequên ias, on-

siderando o eixo X da antena.

A partir das análises feitas, notamos a variabilidade existente na frequên ia de harmni os, que

apesar de ser lenta, devemos levar em onsideração para melhorar o desempenho de um enla e de

omuni ações através da terra, visto que, para as baixas frequên ias o ruído antrópi o é predomi-

nante, onforme omprovamos ao analisarmos os espe trogramas. Além disso, vale ressaltar que a

potên ia do ruído antrópi o pode variar signi ativamente dependendo do enário de mineração.

34

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Capítulo 5

Té ni as para Compensação do Ruído

Antrópi o

Este apítulo ilustra as té ni as utilizadas para:

estimar a frequên ia instantânea de um harm-

ni o e estimar os parâmetros perten entes ao

harmni o, amplitude e fase. Posteriormente,

explanamos a té ni a de ontrole linear dos o-

e ientes do ltro digital adaptativo elaborada,

levando em onsideração o enário de sistemas

TTE. Após, expli amos a onguração da simula-

ção de enla e e, por m, ilustramos os resultados

obtidos.

5.1 Introdução

Neste apítulo, desenvolvemos um simulador de enla e de omuni ações através da terra. Neste

simulador, levamos em onsideração a interferên ia do ruído atmosféri o e do ruído antrópi o. Ao

realizarmos as simulações, onsideramos duas situações do ruído atmosféri o: a primeira om

omponente Gaussiana predominante e a segunda om omponente impulsiva predominante. Já

para o ruído antrópi o, veri amos duas situações: a primeira om os harmni os do ruído antrópi o

em sua frequên ia nominal e a segunda om os harmni os do ruído antrópi o om um desvio da

frequên ia nominal.

Para atenuarmos o efeito do ruído antrópi o, utilizamos té ni as apresentadas na litetura para

possilitar o an elamento após estimação da frequên ia instantânea [36, da amplitude e da fase

[37 dos harmni os. Além disso, propusemos a utilização de ltros digitais adaptativos IIR do

tipo not h ontrolados linearmente, baseado na utilização de ltros digitais FIR (do inglês Finite

Impulse Response) do trabalho [38, a m de mitigarmos o ruído antrópi o independente da utu-

ação da frequên ia instantânea dos harmni os. No nal do apítulo, omentamos os resultados

obtidos na simulação e podemos veri ar omo a té ni a proposta possui imunidade à variação da

frequên ia instantânea dos harmni os.

35

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5.2 Algoritmos para Estimação de Harmni os

Nesta seção são apresentados os algoritmos para a estimação da frequên ia instantânea, am-

plitude e fase de harmni os.

5.2.1 Estimação da Frequên ia Instantânea

Conforme veri amos no Capítulo 4, o ruído antrópi o é omposto por harmni os, sendo que

os harmni os não podem ser onsiderados omo sinais determinísti os, pois a sua frequên ia,

amplitude e fase irão variar om o tempo. Considerando esta observação, para possibilitar um

bom desempenho do enla e de omuni ações através da terra, é ne essário estimar a frequên ia

instantânea dos harmni os om o objetivo de se mitigar o efeito do ruído antrópi o.

A m de se obter a frequên ia instantânea, explanamos o algoritmo des rito em [36. Este

algoritmo é baseado em mínimos quadráti os, do inglês Least-Squares, e possui um tempo de

resposta rápido om um tempo de pro essamento pequeno. De modo su into, o algoritmo fun iona

da seguinte maneira: leve em onsideração um sinal s1(t) dado pela seguinte equação,

s1(t) = A cos(Ωt+ φ), (5.1)

em que A é a amplitude do sinal, Ω é a frequên ia angular em tempo ontínuo, t é o tempo e φ é

a fase do sinal.

Ao se utilizar uma taxa de amostragem de fs para dis retizar o sinal, nos instantes k, k − 1 e

k + 1, são obtidos os seguintes valores:

s1[k] = A cos (ωk + φ) , (5.2a)

s1[k − 1] = A cos (ω(k − 1) + φ) (5.2b)

s1[k + 1] = A cos (ω(k + 1) + φ) , (5.2 )

em que ω = Ω/fs é a frequên ia angular em tempo dis reto.

Utilizando propriedades trigonométri as de soma de osseno nas Equações 5.2b e 5.2 , são

obtidas as seguintes Equações:

s1[k − 1] = A cos (ωk + φ) cos (ω) +A sin (ωk + φ) sin (ω) , (5.3a)

s1[k + 1] = A cos (ωk + φ) cos (ω)−A sin (ωk + φ) sin (ω) . (5.3b)

Assim, ao se adi ionar as Equações 5.3a e 5.3b, é obtido:

s1[k − 1] + s1[k + 1] = 2A cos (ωk + φ) cos (ω) = 2s1[k] cos (ω) . (5.4)

36

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Depois de se realizar algumas manipulações na Equação 5.4, é possível obter a frequên ia

instantânea finst, de a ordo om a equação abaixo:

finst =fs2π

arccos

(

s1[k − 1] + s1[k + 1]

2s1[k]

)

. (5.5)

Por m, há a generalização da Equação 5.5 para a utilização de mais amostras. Devemos

onsiderar os vetores oluna S1k, S−1k e S+1k que ontêm 2E + 1 elementos, ilustrados abaixo:

S1k = [s1[k − E]...s1[k + E]]T , (5.6a)

S−1k = [s1[k − E − 1]...s1[k + E − 1]]T , (5.6b)

S+1k = [s1[k − E + 1]...s1[k + E + 1]]T , (5.6 )

sendo que o sobres rito

Tdenota a transposta do vetor.

A partir dos vetores oluna obtemos a generalização da Equação 5.5:

finst =fs2π

arccos

(ST1k(S−1k + S+1k)2ST1kS1k

)

. (5.7)

O trabalho [36 também realiza análises onsiderando os impa tos ausados pela presença de

outros harmni os no sinal a ser estimado e a presença de ruído. No aso da presença de harmni os

no sinal, a solução é utilizar ltros banda passante na frequên ia desejada a m de se mitigar os

efeitos desses harmni os. Já para o aso do ruído, ao se aumentar a janela de amostras des rita

anteriormente, onsegue-se mitigar o seu efeito.

5.2.2 Estimação de Amplitude e Fase de Harmni os Utilizando Algoritmo

LMS

Após al ular a estimação da frequên ia instantânea, ainda é ne essário estimar a amplitude e

a fase dos harmni os do ruído antrópi o, a m de se mitigar os harmni os e possibilitar o bom

desempenho do enla e de omuni ação através da terra.

Para isso, implementamos o algoritmo des rito em [37 a m de realizarmos a estimação desses

dois parâmetros, amplitude e fase. O algoritmo [37 é baseado em mínimo erro quadráti o médio,

do inglês Least Mean Square (LMS), sendo de fá il implementação e om bom tempo de resposta.

Segue uma revisão teóri a a er a de seu fun ionamento.

Primeiramente, um sinal de harmni os sζ(t) é des rito por:

sζ(t) =

ζ∑

i=1

Ai(t) sin(iΩ0t+ φi(t)) + η(t), (5.8)

37

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em que ζ é a quantidade de harmni os presente no sinal sζ(t), Ai(t) é a amplitude do i-ésimo

harmni o, Ω0 é a frequên ia angular de operação do sistema elétri o em tempo ontínuo, t é o

tempo, φi(t) é a fase do i-ésimo harmni o e η(t) é o ruído.

Depois de dis retizar o sinal om uma taxa de amostragem fs, é obtido:

sζ [k] =

ζ∑

i=1

Ai[k] sin (iω0k + φi[k]) + η[k], (5.9)

sendo ω0 = Ω0/fs a frequên ia angular de operação do sistema elétri o em tempo dis reto.

A Equação 5.9 pode ser rees rita utilizando relações trigonométri as de soma de osseno:

sζ [k] =

ζ∑

i=1

[Ai[k] sin (iω0k) cos(φi[k]) +Ai[k] cos (iω0k) sin(φi[k])] + η[k]

= XH[k]TW[k] + η[k],

(5.10)

onsiderando os vetores XH[k] e W[k] dados por:

XH[k] = [sin (ω0k) cos (ω0k) ... sin (ζω0k) cos (ζω0k)]T , (5.11a)

W[k] = [w1[k] ... w2ζ [k]]T

= [A1[k] cos(φ1[k]) A1[k] sin(φ1[k]) ... Aζ [k] cos(φζ [k]) Aζ [k] sin(φζ [k])]T .

(5.11b)

Com as Equações 5.11a e 5.11b, os valores da amplitude e da fase de ada harmni o podem

ser estimados, usando as seguintes equações:

Ai[k] =√

w2i[k]2 + w2i−1[k]2, (5.12a)

φi[k] = arctan

(

w2i[k]

w2i−1[k]

)

. (5.12b)

A partir da formulação a ima, é possível en ontrar os valores de amplitude e fase utilizando as

Equações 5.12a e 5.12b. Para isso, utilizamos o algoritmo LMS [39 para se atualizar o valor de

W[k] a ada amostra om as equações des ritas abaixo:

e[k] = sζ [k]−XH[k]TW[k], (5.13a)

W[k + 1] =W[k] + κe[k]XH[k], (5.13b)

sendo e[k] o erro entre o sinal a ser estimado om a estimativa no instante de tempo k e κ é o fator

de passo do algoritmo LMS.

38

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5.3 Explanação sobre Controle Linear dos Coe ientes

Após realizarmos o levantamento bibliográ o de té ni as para possibilitar a atenuação do

ruído antrópi o em omuni ações através da terra, propomos uma té ni a de ontrole linear de

ltro digital adaptativo IIR do tipo not h. A proposta se baseia na adaptação dos oe ientes do

ltro digital a m de se atualizar a frequên ia entral do ltro, tendo em vista que os harmni os

existentes no ruído antrópi o não são sinais determinísti os, onforme veri ado no Capítulo 4.

Assim sendo, iremos utilizar o algoritmo expli ado na Subseção 5.2.1 para estimarmos a frequên-

ia instantânea, possibilitando assim, a atualização da frequên ia entral do ltro digital e, por

onsequên ia, a mitigação dos harmni os de forma mais efetiva, uma vez que iremos ontornar a

variabilidade da frequên ia do harmni o.

Filtros digitais de ordem superior podem ser representados através de uma série de seções

biquadráti as, sendo expressos pela equação 5.14:

H(z) =

ψ∏

i=1

b0i + b1iz−1 + b2iz

−2

1 + a1iz−1 + a2iz−2, (5.14)

sendo b0i, b1i, b2i, a1i e a2i os oe ientes da i-ésima seção biquadráti a do ltro digital, H(z) a

função de transferên ia do ltro digital e ψ a quantidade de seções biquadráti as do ltro digital.

Pelas propriedades de sistemas lineares invariantes no tempo [40, tem-se que este sistema pode

ser des rito pelo seguinte diagrama de blo os ilustrado na Figura 5.1.

Figura 5.1: Diagrama de blo os representativo de ltros de ordem superior onsiderando uma série

de seções biquadráti as.

Assim, é possível trabalhar de maneira independente em ada subsistema. Fo ando na função

de transferên ia de somente uma seção e realizando manipulações matemáti as, tem-se o seguinte:

Hi(z) =b0i + b1iz

−1 + b2iz−2

1 + a1iz−1 + a2iz−2(5.15)

=b0iz

2 + b1iz + b2iz2 + a1iz + a2i

. (5.16)

Assim sendo, é possível en ontrar os zeros e pólos da função de transferên ia da i-ésima seção

biquadráti a através do método de Bhaskara. Os zeros da i-ésima seção biquadráti a, z0i, são

dados por:

39

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z0i =−b1i ±

b21i − 4b0ib2i

2b0i. (5.17)

Observando a Equação 5.17, se o valor interno da raiz quadrada tender a zero, os zeros da função

serão ontrolados de maneira linear por b1i. Conforme demonstraremos adiante, essa ondição é

atingida para determinadas ondições.

A m de se obter valores típi os de ltros digitais IIR biquadráti os not h, podem-se utilizar

as equações des ritas em [41:

Hi(z) = b1− 2 cos(ωc)z

−1 + z−2

1− 2b cos(ωc)z−1 + (2b− 1)z−2, (5.18)

em que ωc é a frequên ia dis reta entral do ltro desejada,

ωc =2πfcfs

, (5.19)

sendo fc a frequên ia ontínua entral do ltro desejada e fs a frequên ia de amostragem,

b =1

1 +

1−G2B

GBtan

(

∆ω

2

)

, (5.20)

em que ∆ω é a largura de banda de 3 dB e G2B é o ganho de 3-dB, logo,

G2B = 0.5. (5.21)

Considerando a ltragem de harmni os de sistemas de potên ia e onsiderando uma frequên ia

de amostragem, fs, muito maior que a frequên ia dos harmni os, pode-se utilizar a aproxima-

ção para ângulos pequenos [42, resultante de um trun amento da expansão em séries de Taylor,

obtendo:

cos(ωc) ≈ 1− ω2c

2, (5.22a)

tan

(

∆ω

2

)

≈ ∆ω

2. (5.22b)

Ao se veri ar as Equações 5.15 e 5.18, temos que b0i = b, b1i = −2b cos(ωc) e b2i = b. Consi-

derando isso, om valores pequenos de ∆ω o valor do parâmetro b tende a um, por onsequên ia,

o oe iente b1i tende a menos dois para valores pequenos de ωc. Além do mais, os valores de b0i

e b2i tendem a um, pois b está tendendo a um. Assim sendo, ao retornar para a Equação 5.17, o

valor interno da raiz quadrada tenderá a zero, o que mostra que podemos ontrolar as frequên ias

40

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dos zeros linearmente om os oe ientes da Equação 5.15. Analogamente, prova-se o ontrole

linear dos pólos.

A m de se ilustrar o fato supra itado, geramos grá os om a média dos oe ientes de um

ltro de quarta ordem. O ltro foi projetado om uma banda de 2 Hz, frequên ia de amostragem de

54000 amostras por segundo e a frequên ia entral do ltro variava de 1746 a 1754 Hz, es olheu-se

uma faixa de frequên ia próxima ao 35

harmni o de 50 Hz a m de demonstrar que o ontrole

linear é possível até mesmo para harmni os de maior frequên ia. A partir deste ltro, geraram-se

os grá os ilustrados abaixo, nos grá os a frequên ia foi normalizada.

Frequência Normalizada (× π rad/amostra)0.0647 0.0648 0.0649 0.065

Méd

ia d

os C

oefic

ient

es b

0i

0.9999

1.0000

1

1.0000

1.0001

(a) Média de b0i.

Frequência Normalizada (× π rad/amostra)0.0646 0.0647 0.0648 0.0649 0.065

Méd

ia d

os C

oefic

ient

es b

1i

-1.9589

-1.9588

-1.9587

-1.9586

-1.9585

-1.9584

(b) Média de b1i.

Frequência Normalizada (× π rad/amostra)0.0647 0.0648 0.0649 0.065

Méd

ia d

os C

oefic

ient

es b

2i

0.9999

1.0000

1

1.0000

1.0001

( ) Média de b2i.

Figura 5.2: Média dos oe ientes do numerador do ltro de quarta ordem onsiderando pequenos

desvios de frequên ia.

Frequência Normalizada (× π rad/amostra)0.0647 0.0648 0.0649 0.065

Méd

ia d

os C

oefic

ient

es a

0i

0.9999

1.0000

1

1.0000

1.0001

(a) Média de a0i.

Frequência Normalizada (× π rad/amostra)0.0646 0.0647 0.0648 0.0649 0.065

Méd

ia d

os C

oefic

ient

es a

1i

-1.9588

-1.9587

-1.9586

-1.9585

-1.9584

-1.9583

(b) Média de a1i.

Frequência Normalizada (× π rad/amostra)0.0646 0.0647 0.0648 0.0649 0.065

Méd

ia d

os C

oefic

ient

es a

2i

0.9998

0.9998

0.9998

0.9998

0.9998

0.9998

( ) Média de a2i.

Figura 5.3: Média dos oe ientes do denominador do ltro de quarta ordem onsiderando peque-

nos desvios de frequên ia.

Ao observar os grá os, nota-se laramente omo os oe ientes b1i e a1i variam de forma linear

om a frequên ia, já os outros oe ientes permane em prati amente onstantes om algumas

pequenas variações. Temos a seguinte equação para os oe ientes b1i:

b1i(ωc) = −2b cos(ωc) ≈ −2

1

1 +∆ω

2

(

1− ω2c

2

)

, (5.23)

41

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omo a variação da frequên ia instantânea do harmni o o orre ao redor da frequên ia nominal,

ωnominal, e lembrando que a faixa de valores de ωc é pequena, podemos realizar uma aproximação

linear [43 do termo

ω2c

2, onforme ilustrado abaixo:

b1i(ωc) ≈ −2

1

1 +∆ω

2

(

1−(

ω2nominal

2+ ωnominal (ωc − ωnominal)

))

. (5.24)

Assim sendo, a Figura 5.4 sintetiza o fun ionamento do ltro digital adaptativo, a qual ilustra

o estimador da frequên ia instantânea do sinal de entrada e a partir do resultado do estimador, os

valores adaptados dos oe ientes a1i e b1i serão repassados para as seções biquadráti as, a m de

atualizar os valores dos oe ientes.

Figura 5.4: Diagrama de blo os representativo do ltro digital adaptativo.

Posteriormente, realizamos um experimento para testar esta adaptação linear em onjunto om

a estimação da frequên ia instantânea da Subseção 5.2.1. Criamos um ltro digital IIR not h de

quarta ordem, om banda de operação de 2 Hz e om frequên ia entral do ltro digital igual a 1750

Hz, optamos por essa frequên ia pois é equivalente ao 35

harmni o de um sistema de potên ia

de 50 Hz e as aproximações itadas anteriormente não podem ser onsideradas para frequên-

ias entrais elevadas, possibilitando assim, veri ar o desempenho da nossa abordagem para um

harmni o relativamente alto. A partir disso, gerou-se um sinal senoidal om sua frequên ia unifor-

memente distribuída entre 1746 a 1754 Hz. A frequên ia deste sinal foi estimada, e a partir dessa

estimação, adaptavam-se os oe ientes b11, b12, a11 e a12. Após a adaptação dos oe ientes, o

sinal senoidal é ltrado, e, para efeito de omparação, o sinal senoidal também é ltrado om um

ltro digital sem adaptação.

42

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As Figuras abaixo ilustram o sinal e a sua densidade espe tral de potên ia após o ltro digital

sem adaptação, e após o ltro digital adaptativo, onsiderando a frequên ia do sinal igual a 1746

Hz e 1752 Hz.

Tempo [s]0 1 2 3 4 5

Am

plitu

de [V

]

-1.5

-1

-0.5

0

0.5

1

1.5

(a) Filtro digital.

Tempo [s]0 1 2 3 4 5

Am

plitu

de [V

]

-1.5

-1

-0.5

0

0.5

1

1.5

(b) Filtro digital adaptativo.

Figura 5.5: Sinal após ltro digital e ltro digital adaptativo, frequên ia do sinal igual a 1746 Hz.

Frequência [Hz] ×104

0 0.5 1 1.5 2 2.5

Den

sida

de E

spec

tral

de

Pot

ênci

a [d

B/H

z]

-140

-120

-100

-80

-60

-40

-20

0

(a) Filtro digital.

Frequência [Hz] ×104

0 0.5 1 1.5 2 2.5

Den

sida

de E

spec

tral

de

Pot

ênci

a [d

B/H

z]

-140

-120

-100

-80

-60

-40

-20

0

(b) Filtro digital adaptativo.

Figura 5.6: Densidade espe tral de potên ia após ltro digital e ltro digital adaptativo, frequên ia

do sinal igual a 1746 Hz.

Para esta situação, é visível omo o ltro digital adaptativo onsegue atenuar de forma mais

efetiva o sinal senoidal, al ançando uma atenuação de aproximadamente 20 dB.

43

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Tempo [s]0 1 2 3 4 5

Am

plitu

de [V

]

-1.5

-1

-0.5

0

0.5

1

1.5

(a) Filtro digital.

Tempo [s]0 1 2 3 4 5

Am

plitu

de [V

]

-1.5

-1

-0.5

0

0.5

1

1.5

(b) Filtro digital adaptativo.

Figura 5.7: Sinal após ltro digital e ltro digital adaptativo, frequên ia do sinal igual a 1752 Hz.

Frequência [Hz] ×104

0 0.5 1 1.5 2 2.5

Den

sida

de E

spec

tral

de

Pot

ênci

a [d

B/H

z]

-140

-120

-100

-80

-60

-40

-20

0

(a) Filtro digital.

Frequência [Hz] ×104

0 0.5 1 1.5 2 2.5

Den

sida

de E

spec

tral

de

Pot

ênci

a [d

B/H

z]

-140

-120

-100

-80

-60

-40

-20

0

(b) Filtro digital adaptativo.

Figura 5.8: Densidade espe tral de potên ia após ltro digital e ltro digital adaptativo, frequên ia

do sinal igual a 1752 Hz.

Nesta situação, diminuímos a diferença entre a frequên ia nominal da frequên ia real do sinal

senoidal, a diferença atual é de 2 Hz. Todavia, o desempenho do ltro digital adaptativo ainda é

superior.

Por m, o último experimento para avaliar esta proposta foi gerar um sinal senoidal om duração

de 7 segundos, sendo que, na primeira metade do sinal, de 0 até 3, 5 segundos, a frequên ia é de

1746 Hz, e na segunda metade do sinal, de 3, 5 a 7 segundos, a frequên ia é de 1754 Hz. Assim,

veri amos omo é o desempenho de um ltro digital om frequên ia entral igual a frequên ia

nominal omparado om o ltro digital adaptativo. As Figuras abaixo ilustram os resultados.

44

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Tempo [s]0 1 2 3 4 5

Am

plitu

de [V

]

-1.5

-1

-0.5

0

0.5

1

1.5

(a) Filtro digital.

Tempo [s]0 1 2 3 4 5

Am

plitu

de [V

]

-1.5

-1

-0.5

0

0.5

1

1.5

(b) Filtro digital adaptativo.

Figura 5.9: Sinal após ltro digital e ltro digital adaptativo, variando frequên ia do sinal de 1746

para 1754 Hz.

Frequência [Hz] ×104

0 0.5 1 1.5 2 2.5

Den

sida

de E

spec

tral

de

Pot

ênci

a [d

B/H

z]

-140

-120

-100

-80

-60

-40

-20

0

(a) Filtro digital.

Frequência [Hz] ×104

0 0.5 1 1.5 2 2.5

Den

sida

de E

spec

tral

de

Pot

ênci

a [d

B/H

z]

-140

-120

-100

-80

-60

-40

-20

0

(b) Filtro digital adaptativo.

Figura 5.10: Densidade espe tral de potên ia após ltro digital e ltro digital adaptativo, variando

frequên ia do sinal de 1746 para 1754 Hz.

45

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(a) Filtro digital. (b) Filtro digital adaptativo.

Figura 5.11: Espe trograma após ltro digital e ltro digital adaptativo, variando frequên ia do

sinal de 1746 para 1754 Hz.

Neste último experimento, é possível veri ar o tempo de resposta do ltro adaptativo e se a

atenuação ontinuava satisfatória omo nos asos anteriores. Analisando os grá os, notamos que

obtivemos bons resultados nas duas avaliações, possibilitando assim a utilização da proposta em

enários de omuni ação através da terra.

5.4 Simulação de Enla e de um Sistema de Comuni ação TTE

Após veri armos té ni as que possibilitam a mitigação do ruído antrópi o, realizamos simu-

lações de enla e de sistemas de omuni ação através da terra. A Figura 5.12 ilustra o diagrama de

blo os utilizado para realizar as simulações.

Figura 5.12: Diagrama de blo os da simulação de enla e de um sistema de omuni ação TTE.

O sistema simulado utiliza um pulso de osseno levantado, do inglês Raised Cosine(RCOS),

46

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om fator de roll-o β = 0, 5 e modulação BPSK. A banda do sinal é entralizada na frequên ia

da portadora, fcarrier, e possui extensão de fcarrier− (1+β)(Rb/2) Hz até fcarrier+(1+β)(Rb/2)

Hz, sendo Rb a taxa de transmissão de bits. A frequên ia da portadora é a frequên ia ótima

do anal TTE, fcarrier = fopt, ou seja, a frequên ia om ganho máximo. A m de se al ular a

frequên ia ótima, onsidera-se uma ondutividade de 0, 01 S/m, uma permeabilidade de 4π10−7

H/m e 200 metros de distân ia entre o transmissor e re eptor, sendo os valores de ondutividade e

permeabilidade valores típi os obtidos em [44. O anal utilizado na simulação om os parâmetros

itados anteriormente está ilustrado na Figura 5.13.

Frequência [kHz]0 10 20 30 40 50 60 70 80

Gan

ho N

orm

aliz

ado[

dB]

-60

-50

-40

-30

-20

-10

0

Figura 5.13: Função de transferên ia normalizada do anal TTE.

Foram onsideradas duas situações de ruído atmosféri o, a primeira om menor impulsividade,

que se aproxima do ruído Gaussiano (a = 1 e γ2 = 10−5), e a segunda situação om maior

impulsividade (a = 1 e γ2 = 10). Além disso, foram onsideradas duas taxas de transmissão,

Rb = 5 kbps e Rb = 6, 75 kbps, para analisar o impa to da interferên ia dos harmni os no

re eptor, visto que no primeiro aso de taxa de transmissão não há sobreposição do espe tro

do sinal re ebido om o sinal de harmni os e o segundo aso de taxa de transmissão há uma

sobreposição.

Quatro estratégias foram utilizadas para estimar ou ltrar os harmni os a m de veri ar o

desempenho do enla e TTE.

• Estratégia 1: utilização de ltros digitais IIR not h om banda de 4 Hz, frequên ia entral

equivalente à frequên ia nominal e os ltros são de quarta ou de dé ima ordem;

• Estratégia 2: utilização do algoritmo des rito em [37 tendo a frequên ia instantânea, esti-

47

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mada om o algoritmo des rito em [36, omo parâmetro de entrada. Depois de realizar a

estimação dos harmni os, o an elamento no sinal re ebido é realizado;

• Estratégia 3: utilização de ltros digitais IIR not h, iguais ao da primeira estratégia, seguidos

da segunda estratégia;

• Estratégia 4: é baseada no trabalho [38 utilizando o estimador de frequên ia de [36. Todavia,

omo os harmni os possuem uma potên ia muito maior que a do sinal re ebido, optamos por

trabalhar om ltros digitais IIR representados pela Equação 5.14 e realizando a atualização

dos oe ientes b1i e a1i de a ordo om o observado na Seção 5.3. O ltro ini ialmente

ongurado é de quarta ordem, om frequên ia entral equivalente à frequên ia nominal do

harmni o e banda de 2 Hz.

Além disso, a quarta estratégia foi utilizada om um proto olo de a esso ao meio a m de se

obter os valores ini iais das frequên ias dos harmni os, podendo assim adaptar os oe ientes do

ltro ontrolado linearmente. Este proto olo de a esso ao meio realiza um handshake om pa otes

RTS, do inglês Request to Send, e CTS, do inglês Clear to Send, e durante o handshake, estima-se a

frequên ia dos harmni os, adaptam-se os oe ientes dos ltros, para então ini iar a transmissão

dos dados. Além disso, para a urva de taxa de erro de bit da quarta estratégia, onsideram-se

os bits re ebidos após o ltro estar em regime permanente, sendo que para entrar neste regime, o

ltro demora aproximadamente 1 segundo para a taxa de amostragem utilizada, onforme pode

ser visto nas Figuras 5.5(b) e 5.7(b).

Por sua vez, a Equação 5.25a des reve o sinal de harmni os interferente que foi adi ionado ao

sinal transmitido. O sinal interferente foi elaborado a m de possuir amplitudes iguais a da série de

Fourier da onda triangular. Porém, as fases são diferentes da onda triangular a m de se veri ar

omo uma defasagem impa taria a estratégia baseada em an elamento, sendo a defasagem de π/4

radianos em alguns harmni os. Vale ressaltar que o valor de Ah é modi ado de a ordo om a

RSR desejada, optamos por um valor de RSR equivalente a −45 dB, baseado nos valores observadosnas análises das medições explanadas no Capítulo 4. Assim sendo, ao realizarmos a simulação,

variamos o valor de Eb/N0 onsiderando o ruído atmosféri o e, posteriormente, adi ionamos o sinal

dos harmni os interferentes om um valor de potên ia 45 dB maior ao da potên ia do sinal.

Htotal[k] = H1[k] +H2[k] (5.25a)

H1[k] =

33∑

i=1

8.Ahi2π2

sin (iω0k) , i = 1, 5, 9, ...29, 33 (5.25b)

H2[k] =

35∑

i=3

8.Ahi2π2

sin (iω0k + π/4) , i = 3, 7, 11, ...31, 35 (5.25 )

E para efeito de omparação, as seguintes urvas foram geradas: urva de probabilidade de erro

de bit para transmissão om modulação BPSK e ruído Gaussiano ( urva azul ontínua), urva de

48

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taxa de erro de bit om ruído atmosféri o ( urva vermelha ontínua) e urva de taxa de erro de

bit om ruído atmosféri o mais os harmni os sem pro essamento algum ( urva preta ontínua).

A Figura 5.14 ilustra a situação em que uma taxa de transmissão de 5 kbps foi utilizada om

ruído atmosféri o (a = 1 e γ2 = 10) e frequên ia de operação do sistema elétri o igual a 49, 883 Hz.

Considerando a frequên ia da portadora utilizada, os harmni os não interferem signi ativamente

na transmissão, independente de desvios das frequên ias dos harmni os, visto que não o orre

uma sobreposição do espe tro do sinal re ebido om o espe tro dos harmni os. Assim sendo,

todas as situações obtiveram resultados próximos ao resultado da urva de ruído atmosféri o sem

harmni os.

Por sua vez, as Figuras 5.15 e 5.16 mostram o aso em que a taxa de transmissão é 6,75

kbps, para esta taxa já o orre uma sobreposição entre o espe tro do sinal re ebido e o espe tro do

sinal dos harmni os. Conforme pode ser observado na urva em que não houve pro essamento,

os harmni os prejudi am signi ativamente na re epção do sinal. É importante ressaltar que a

estratégia de an elamento é muito sensível à estimação da frequên ia instantânea, pois mesmo

desvios da ordem de alguns mHz na frequên ia de operação do sistema elétri o podem gerar uma

deterioração da urva da taxa de erro de bit, e também é sensível às os ilações na estimação da

amplitude e fase pelo algoritmo LMS. Além disso, é interessante notar que o desempenho ao utilizar

ltros digitais não adaptativos depende signi ativamente do desvio da frequên ia de operação do

sistema elétri o pois, o desvio de 117 mHz na frequên ia de 50 Hz, gerou desvios maiores nos

harmni os, prejudi ando assim o desempenho. Por m, nota-se que ao se adaptar os oe ientes

dos ltros, após a estimação da frequên ia instantânea dos harmni os, onsegue-se uma urva

mais independente desta variação da frequên ia.

Posteriormente, modi a-se o valor da impulsividade para γ2 = 10−5e novas simulações foram

realizadas. Quando a taxa de transmissão é equivalente a 5 kbps, os resultados são semelhantes

ao supra itado anteriormente, om a diferença de que as urvas se aproximam da urva om ruído

Gaussiano, pois o valor da impulsividade do ruído atmosféri o foi reduzido.

As Figuras 5.17 e 5.18 mostram o aso em que a taxa de transmissão é 6,75 kbps, ruído

atmosféri o om a = 1 e γ2 = 10−5e frequên ia de operação do sistema elétri o igual a 50

Hz e 49, 883 Hz, respe tivamente. Os resultados são semelhantes aos omentados para o aso

de γ2 = 10, nota-se omo a variação de frequên ia prejudi a o desempenho de ltros digitais

não adaptativos, omo a estratégia de an elamento é dependente de uma estimação pre isa da

frequên ia instantânea e das os ilações existentes na estimação da amplitude e fase do algoritmo

LMS, e por m, omo o ltro digital adaptativo permane e estável.

49

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Eb/N0 (dB)0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

BE

R

10-6

10-5

10-4

10-3

10-2

10-1

Ruído Gaussiano - BPSK TeóricoRuído Atmosférico - Sem HarmônicosRuído Atmosférico - Sem filtrar harmônicosRuído Atmosférico - Estratégia 1, Ordem do Filtro=10Ruído Atmosférico - Estratégia 1, Ordem do Filtro=4Ruído Atmosférico - Estratégia 2Ruído Atmosférico - Estratégia 3, Ordem do Filtro=10Ruído Atmosférico - Estratégia 3, Ordem do Filtro=4

Figura 5.14: Taxa de erro de bit onsiderando os harmni os om um desvio da frequên ia nominal

e uma taxa de 5 kbps, om γ2 = 10.

Eb/N0 (dB)0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

BE

R

10-6

10-5

10-4

10-3

10-2

10-1

100

Ruído Gaussiano - BPSK TeóricoRuído Atmosférico - Sem HarmônicosRuído Atmosférico - Sem filtrar harmônicosRuído Atmosférico - Estratégia 1, Ordem do Filtro=10Ruído Atmosférico - Estratégia 1, Ordem do Filtro=4Ruído Atmosférico - Estratégia 2Ruído Atmosférico - Estratégia 3, Ordem do Filtro=10Ruído Atmosférico - Estratégia 3, Ordem do Filtro=4Ruído Atmosférico - Estratégia 4

Figura 5.15: Taxa de erro de bit onsiderando os harmni os em sua frequên ia nominal e uma

taxa de 6,75 kbps, om γ2 = 10.

50

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Eb/N0 (dB)0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

BE

R

10-6

10-5

10-4

10-3

10-2

10-1

100

Ruído Gaussiano - BPSK TeóricoRuído Atmosférico - Sem HarmônicosRuído Atmosférico - Sem filtrar harmônicosRuído Atmosférico - Estratégia 1, Ordem do Filtro=10Ruído Atmosférico - Estratégia 1, Ordem do Filtro=4Ruído Atmosférico - Estratégia 2Ruído Atmosférico - Estratégia 3, Ordem do Filtro=10Ruído Atmosférico - Estratégia 3, Ordem do Filtro=4Ruído Atmosférico - Estratégia 4

Figura 5.16: Taxa de erro de bit onsiderando os harmni os om um desvio da frequên ia nominal

e uma taxa de 6,75 kbps, om γ2 = 10.

Eb/N0 (dB)0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

BE

R

10-6

10-5

10-4

10-3

10-2

10-1

100

Ruído Gaussiano - BPSK TeóricoRuído Atmosférico - Sem HarmônicosRuído Atmosférico - Sem filtrar harmônicosRuído Atmosférico - Estratégia 1, Ordem do Filtro=10Ruído Atmosférico - Estratégia 1, Ordem do Filtro=4Ruído Atmosférico - Estratégia 2Ruído Atmosférico - Estratégia 3, Ordem do Filtro=10Ruído Atmosférico - Estratégia 3, Ordem do Filtro=4Ruído Atmosférico - Estratégia 4

Figura 5.17: Taxa de erro de bit onsiderando os harmni os em sua frequên ia nominal e uma

taxa de 6,75 kbps, om γ2 = 10−5.

51

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Eb/N0 (dB)0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

BE

R

10-6

10-5

10-4

10-3

10-2

10-1

100

Ruído Gaussiano - BPSK TeóricoRuído Atmosférico - Sem HarmônicosRuído Atmosférico - Sem filtrar harmônicosRuído Atmosférico - Estratégia 1, Ordem do Filtro=10Ruído Atmosférico - Estratégia 1, Ordem do Filtro=4Ruído Atmosférico - Estratégia 2Ruído Atmosférico - Estratégia 3, Ordem do Filtro=10Ruído Atmosférico - Estratégia 3, Ordem do Filtro=4Ruído Atmosférico - Estratégia 4

Figura 5.18: Taxa de erro de bit onsiderando os harmni os om um desvio da frequên ia nominal

e uma taxa de 6,75 kbps, om γ2 = 10−5.

A partir das análises feitas, é notável que a estratégia om ltros digitais adaptativos ompensa

a utuação da frequên ia instantânea dos harmni os, sendo possível utilizá-la em enários de

omuni ação através da terra, a m de mitigar o efeito do ruído antrópi o. Também analisamos

que ltros digitais não adaptativos possuem um bom desempenho, mas não ontornam o efeito

da variabilidade da frequên ia instantânea dos harmni os. Por m, a estratégia de an elamento

também não propor ionou um desempenho tão estável omo o do ltro digital adaptativo.

52

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Capítulo 6

Con lusões

Comuni ações através da terra usualmente são utilizadas omo uma alternativa para ambientes

de mineração, por sua robustez, prin ipalmente, em situações de ris o. Todavia, este tipo de

sistema possui diversas restrições: severa atenuação do anal, ruído atmosféri o, ruído antrópi o,

limitação de potên ia transmitida no enla e de subida por questões de segurança, entre outras.

Conforme foi analisado nos apítulos anteriores, o ruído atmosféri o depende prin ipalmente da

sua impulsividade (proporção de energia entre a parte impulsiva e a parte Gaussiana do ruído) e, por

sua vez, o ruído antrópi o ( omposto pelos harmni os de sistemas de potên ia e de equipamentos

de mineração) é predominante nas baixas frequên ias, que são utilizadas na transmissão para evitar

a forte atenuação no anal. Além disso, o valor da potên ia do ruído antrópi o é muito superior

ao do sinal re ebido, mostrando a ne essidade de se mitigar a presença desses harmni os.

Levando em onsideração os aspe tos supra itados, é interessante realizar uma análise separada

dos ruídos, atmosféri o e antrópi o, e depois de levantar as ara terísti as, deve-se realizar a

veri ação de té ni as a m de diminuir as interferên ias ausadas por esses. Sendo assim, as

seguintes análises foram realizadas om os seguintes resultados:

• Análise da apa idade restrita do anal onsiderando entradas binárias equiprováveis: ve-

ri amos que a impulsividade altera os valores da apa idade restrita, notando que para

pequenos valores de RSR, valores maiores de impulsividade geram uma apa idade restrita

maior, e que para valores maiores de RSR, valores menores de impulsividade geram uma

apa idade restrita maior;

• Análise do ruído antrópi o: aproximamos a função de distribuição de probabilidade da

frequên ia instantânea dos harmni os por uma função de densidade Gaussiana e notamos

que a função de auto orrelação possui uma variação muito lenta;

• Análise de medidas em minas subterrâneas: veri amos omo o ruído antrópi o é predomi-

nante nas baixas frequên ias e omo os harmni os podem afetar o desempenho de omuni-

ações através do solo;

• Simulação de enla e: veri amos omo a variabilidade da frequên ia instantânea dos harm-

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ni os afeta o desempenho do sistema TTE, sendo desenvolvido um ltro digital adaptativo

apaz de mitigar esta variabilidade da frequên ia instantânea de modo mais robusto do que

outros métodos existentes na literatura.

Os estudos mostraram o efeito no ivo dos diferentes tipos de ruído, mas também omo podemos

ompensá-los. Porém os estudos não foram exaustivos e, dentre possíveis trabalhos futuros:

• Estimar a apa idade restrita do anal onsiderando entradas não binárias e onsiderando a

presença do anal de omuni ações através da terra e a presença do ruído antrópi o;

• Simular o enla e onsiderando outros modelos de anal e implementar a variabilidade da

frequên ia instantânea de a ordo om a função de auto orrelação en ontrada;

• Desenvolver um re eptor ótimo para o ruído atmosféri o e utilizar as estimativas da apa i-

dade restrita para avaliação de possíveis re eptores;

• Otimizar o fun ionamento do ltro digital adaptativo not h IIR ontrolado linearmente;

Por m, é interessante ressaltar que o trabalho está inserido no ontexto de um projeto maior

e, portanto, todos os resultados presentes neste trabalho visam a implementação futura de um

protótipo para omuni ações através da terra, sendo este o objetivo nal do projeto.

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