O Conceito de Plágio Criativo

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Revoluções Cotidianas:

Práticas e Instituições para Viver Além do Capitalismo na Vida Cotidiana

Por Adam Weissman

Derrubar o capitalismo? Esmagar o estado? Estas frases podem inspirar os verdadeiros adeptos, mas para praticamente todas as outras pessoas, elas soam como tolas, sinistras ou até mesmo insanas. A maioria das pessoas que vivem em países industrializados vê a civilização industrial capitalista como uma realidade básica da vida e como algo absolutamente necessário para a sua sobrevivência. Se os revolucionários têm a esperança de expandir nossa resistência além de uma minúscula fração, então nós devemos fazer mais do que protestar contra governos e empresas socialmente irresponsáveis enquanto recitamos discursos revolucionários. Nós devemos mostrar que nossas vidas não dependem em jogar “pelas regras” como trabalhadores e consumidores obedientes e passivos, e para isso devemos demonstrar novas e melhores formas de sobreviver e prosperar.

Neste aspecto, nós temos uma vantagem real: por exemplo, muitas pessoas nos EUA (e também no Brasil e no resto do mundo) não estão muito felizes[1]. Em 2004, a taxa de desemprego estava acima dos 8 milhões[2], praticamente a população da cidade de Nova York.[3]. Famílias de trabalhadores de classe média estão afundando em dívidas[4], enquanto os 1% que são ricos ficam cada vez mais ricos[5], amparados pelo auxílio desemprego empresarial[6], redução de impostos para os ricos[7], políticas comerciais favoráveis para as empresas[8], uniões trabalhistas fechadas com apoio do governo[9], e retrocessos de legislações ambientais vitais[10].

Mesmo aqueles que conseguem manter-se empregados em uma sociedade onde trabalhar é considerado necessário para a sobrevivência, trabalham constantemente apenas para conseguirem suprir suas necessidades básicas. Como resultado, eles ficam estressados e esgotados demais para aproveitarem seus tempos livres, e limitados no tempo que eles têm para dedicarem as suas famílias e comunidades.

Nem tampouco estamos saudáveis: um ambiente poluído[11], estresse causado pelo trabalho[12], estilos de vida sedentários[13] por usar TV[14] e vídeo games[15] como recreação e empregos atrás de uma mesa ou em uma cadeira giratória, e uma dieta venenosa[16] empurrada por empresas[17] e seus associados no governo[18] que comprometeram a saúde das nações. Custos com assistência médica estão saindo do controle[19], sem qualquer esperança de uma reforma significativa em um futuro próximo no sistema de assistência médica[20].

Em uma época onde conseguir um trabalho com um pagamento decente sem educação universitária está se tornando cada vez mais difícil[21], o acesso à educação está se tornando mais restrito.[22] Cortes nos fundos para universidades públicas[23] e programas de empréstimos universitários[24], e ataques em programas de fortalecimento de minorias[25], têm forçado milhares de estudantes de baixa renda a saírem da universidade ou nem mesmo começar. Nos EUA, isso tem permitido que as forças armadas, que continuam absorvendo praticamente 50% dos impostos federais enquanto programas sociais são cortados, instituam um “recrutamento econômico” ao atrair a imagem de treinamento para um emprego e assistência de aprendizado nos jovens que praticamente não possuem outras opções[26].

Mesmo aqueles que conseguem alcançar algum sucesso econômico freqüentemente descobrem que isso não trás uma felicidade real[27]. Em uma sociedade onde nosso senso de comunidade foi severamente desgastado[28], e onde estamos profundamente desconectados do mundo não-humano, uma multidão de pessoas que até mesmo possuem conforto material vivem em alienação

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e numa solidão profunda[29]. As empresas oferecem uma espécie de “reparo” consumista para isso vendendo a idéia de que as pessoas podem encontrar felicidade e realização em compras, posse, e consumo- uma casa no subúrbio, um tênis na moda, um casaco de pele, o computador mais rápido, ou um carro esportivo. Televisão, drogas, dogma religioso, e noções nacionalistas e patrióticas poluem as mentes dos que procuram conteúdo em uma cultura vazia.

Mas e se nós pudéssemos construir uma cultura alternativa que nos permitisse abraçar valores que importam para a maioria de nós em todos os aspectos de nossas vidas diárias, uma que promovesse auxílio mútuo ao invés de competição, aventura em vez de monotonia, conservação em vez de excesso destrutivo, compartilhamento em vez de propriedades particulares, prazer em vez de trabalho duro, igualdade em vez de hierarquia, preocupação social em vez de egocentrismo, simplicidade e liberdade em vez de desejo por aquisição material, e auto-aceitação em vez de procurar um status social? E se nós pudéssemos ilustrar a falência espiritual da sociedade capitalista-industrialista criando uma contracultura que é prática, ética, que realmente se importa com as reais necessidades das pessoas, e oferece às pessoas a oportunidade de sentirem um verdadeiro senso de comunidade enraizado em um comprometimento em construir um mundo melhor para todos?

Recuperando o que é Desperdiçado

Conhecido como mergulho em lixeiras (em inglês, dumpster diving)[30], pesca de lixo[31], colheita urbana[32] , ou simplesmente catar lixo[33], os praticantes da arte de recuperar recursos utilizáveis do desperdício de uma sociedade hiperconsumista conseguem diminuir dramaticamente ou até mesmo eliminar suas necessidades de comprar mercadorias[34]. Entre encontrar poltronas na calçada[35], recuperando comida limpa e fresca do descarte de lojas[36], construindo livrarias de livros descartados[37], abastecendo cozinhas com utensílios[38], pratos e talheres[39], montando vestuários de roupas descartadas[40], ou recuperando equipamentos de computadores[41], os coletores acabam descobrindo que eles raramente precisam utilizar dinheiro para conseguir os itens de que eles necessitam[42]. Eles também reduzem seus desperdícios, limitando seus impactos ambientais pessoais[43], reduzindo suas cumplicidades econômicas com as empresas multinacionais que são socialmente e ecologicamente destrutivas e que criam a maior parte dos produtos[44], aliviam-se da pressão de ter que trabalhar em dois ou até três empregos para apenas suprirem suas necessidades básicas[45], e limitam contribuir um governo corrupto ao limitarem suas contribuições em vendas e impostos de renda. Em áreas rurais, coletores colhem frutas e vegetais que ficam para trás em razão de práticas agrícolas industriais ineficientes.[46]

A colheita urbana não é um estilo de vida puritano, individualista e moralmente superior—é um componente chave na renovação do sentido de comunidade em torno do princípio de apoio mútuo[47].

Muitos coletores urbanos recuperam produtos em grupos. Alguns utilizam o comida recuperada em refeições públicas[48], algumas vezes em espaços de convivência comunitária. Os coletores frequentemente indicam uns aos outros bons locais para recuperar produtos. A página de internet http://freegan.info oferece uma lista online de lugares favoritos dos coletores em áreas diferentes e guias similares são impressos e distribuídos. Os criadores do site Freegan.info fazem turnês onde grupos são introduzidos a locais confiáveis para coletar lixo. Os criadores da lista e os organizadores das turnês esperam que seus leitores e participantes irão então se inspirar em procurar outros lugares promissores por conta própria, os quais poderão ser adicionados para turnês e listas futuras.

“Food Not Bombs” (Comida, e Não Bombas)

O Food Not Bombs é um movimento global de base fundado para desafiar o desperdiço dos gastos massivos nas forças armadas em um mundo onde milhões vivem sem as necessidades básicas de alimento.[49] Mais de 200 capítulos do Food Not Bombs existentes em cidades nos seis

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continentes recuperam alimento que de outra forma iriam para o lixo- tanto pela colheita urbana ou doada por lojas que iriam descartar o alimento- e preparam refeições vegetarianas quentes e saudáveis para compartilhar nas ruas e nos parques. Ao invés de “servir os pobres”, o movimento compartilha alimento com QUALQUER UM que desejar comer, removendo a noção paternalista de caridade para os infortunados, e ao invés disso promovem a idéia de que nós podemos compartilhar e ajudar uns aos outros como iguais sem um incentivo lucrativo. Enquanto em nossa sociedade em sua maior parte aceita que doar aos desafortunados e desesperados é admirável, desafiar a suposição de que nós devemos esperar que os que podem pagar paguem pelo que nós damos a eles não é nada mais do que atraente. Visite o site do Food Not Bombs em http://foodnotbombs.net/

Colheita Selvagem

Os seres humanos começaram como uma espécie coletora de plantas. Em termos antropológicos, apenas recentemente que nós adotamos a caça e a agricultura como formas de obter alimento[50]. Procurando recapturar esta forma antiga e sustentável de subsistência, alguns estão redescobrindo alimentos selvagens tradicionais e ervas medicinais. Na área da cidade de Nova Iorque por exemplo, o naturalista Steve Brill faz turnês em parques locais introduzindo os cidadãos a plantas selvagens comestíveis e medicinais, e a cogumelos[51]. Livros como o The Wild Vegetarian Cookbook (O Livro de Receitas Vegetariano Selvagem) do próprio Brill, e sua série de vídeos “Foraging with the ‘Wildman’," video series[52] (Colhendo com o ‘Wildman’), e zines como o Wildroots’ Feral Forager: A Guide to Living off of Nature's Bounty[53] (As Raízes Selvagens do Coletor Feral: Um Guia Sobre Como Viver da Dádiva da Natureza) estão contribuindo para disseminar amplamente esta informação, germinando uma nova cultura de colheita selvagem, mesmo em áreas muito urbanizadas. Para maiores informações neste tipo de colheita, visite o site http://www.wildmanstevebrill.com

Retorno ao Natural

Enquanto alguns praticam a colheita selvagem no contexto de vidas razoavelmente urbanizadas, outros vão além, adotando uma existência primordial, baseada no selvagem—vivendo em moradias feitas de madeira de vidoeiro, construindo ferramentas de pedra, cozinhando ao ar livre, e vivendo em uma comunidade interdependente, curando-se com medicina tradicional e ervas selvagens.

Muitos dos que adotam este retorno ao natural são anarco-primitivas, acreditando que a civilização e o “progresso” foram desastres para a terra e para seus habitantes humanos e não-humanos, e que o estilo de vida humano mais igualitário e ecologicamente sustentável pode ser encontrado nas culturas primitivas.[54] Os anarco-primitivistas procuram retornar a humanidade para um modo de vida mais próximo de uma existência simples, e vêem os que procuram retornar ao natural como pioneiros[55].

Infelizmente, muitos dos que praticam o retorno ao natural adotaram matar animais para alimento e vestuário, caçando, pescando e montando armadilhas. Defensores dessa posição deveriam ler o livro de Jim Mason An Unnatural Order (Uma Ordem Não Natural), que oferece uma crítica devastadora sobre como a caça foi a instituição social que iniciou a cultura de dominação que se transformou em nossa atual indisposição global. Mason demonstra uma distinção nítida entre caçadores-coletores e os coletores não-caçadores que os precederam[56].

Listas de Doação Grátis, Mercados Grátis e Lojas Grátis.

O Freecycle (uma lista de doação de itens) é uma rede de listas de e-mail regional onde pessoas que preferem compartilhar do que desperdiçar postam itens que eles gostariam de passar para os outros, e as pessoas que querem adquirir itens sem ter que comprar postam sobre os itens que

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eles procuram. O doador e o receptor fazem contato por e-mail e combinam de encontrar para transferir o item sem expectativa de reciprocidade além de gratidão. Os encontros grátis de listas como a Freecycle assemelham-se a mercados de segunda mão onde todos os itens disponíveis são oferecidos gratuitamente. As pessoas doam os itens que eles desejam compartilhar e adquirem itens que eles podem utilizar.

Esse também é o conceito por trás dos Mercados Grátis. As pessoas compartilham alegremente livros, revistas, roupas, discos, alimento e trabalhos de arte. Os Mercados Grátis complementam os produtos gratuitos com serviços, performances, e atividades—massagem, dança, comédia, música, leituras de tarô—tudo o que pode ser compartilhado gratuitamente[57].

Projetos como as listas de doação e os mercados grátis encorajam a comunidade, impedem que produtos utilizáveis virem lixo, abrem caminho para uma ética de compartilhamento, e quebram a idéia de que a distribuição e aquisição de produtos tenham de ser acompanhadas com a troca de dinheiro.

Uma versão menor mas mais permanente deste conceito é a Loja Grátis. Nas Lojas Grátis, as pessoas doam ou pegam uma infinidade de itens utilizáveis em qualquer dia do ano. Ao atribuírem valores cooperativos a uma instituição permanente da comunidade, as lojas grátis permitem que esta ética se torne uma parte da vida cotidiana. Compartilhar torna-se um costume, enquanto procurar preencher suas necessidades em mercados capitalistas competitivos pára de se tornar uma necessidade.

Estas ações oferecem uma alternativa realista às compras, encorajam um espírito de auxílio mútuo, impedem o desperdício de itens utilizáveis, e aproxima as pessoas em uma comunidade que as ajuda a alcançar suas necessidades práticas.

Para mais informações sobre a lista de doações Freecycle, visite http://freecycle.org/

Para mais informações sobre Mercados Grátis, visite http://freegan.info/?page=Freemarkets.

E para mais informações em Lojas Grátis, visite http://freegan.info/?page=freestores

Moradores Livres de Aluguel (Squats) e Guerrilheiros de Jardinagem

Os “okupas” (moradores de squats) e os guerrilheiros de jardinagem estão desafiando a idéia de que um atestado de uma propriedade de um proprietário ausente deva impedir que comunidades urbanas façam uso de prédios e lotes vazios e abandonados. Os okupas pegam prédios debilitados e os convertem em espaços vivos e centros vitais de comunidades. Os guerrilheiros de jardinagem encontram terrenos abandonados, e geralmente cheios de lixo e entulho, e os reabilitam em belos espaços verdes, oásis em desertos de asfalto e concreto onde os habitantes da cidade podem testemunhar o milagre de plantas brotando, cultivam o alimento que comem, respiram oxigênio fresco, e desenvolvem uma apreciação pelo mundo não-humano. Para maiores informações sobre os squats visite http://freegan.info/?page=Squatlinks. E para mais informações em guerrilha de jardinagem, veja http://moregardens.org/

Transporte Sustentável

Poucas atividades diárias são mais cúmplices com a destruição do planeta do que o uso do automóvel. A cada quilômetro que dirigimos, ou a cada litro de gasolina que compramos, nós não estamos apenas sujando o ar e contribuindo para o aquecimento global, mas estamos apoiamos as guerras pelo petróleo e a destruição dos habitats e culturas indígenas pela exploração, perfuração, e projetos de oleodutos. A cultura do carro promove o crescimento da periferia suburbana, um dos grandes contribuintes da perda de habitat no mundo.

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Ao invés de vermos bicicletas, patins, patinetes e skates como brinquedos, nós os reconhecemos como meios práticos e eficientes de transporte pessoal em que pessoas saudáveis podem em muitos casos substituir os carros em trajetos locais, e podem suplementar o transporte público em viagens maiores. Organizações com o Recycle-A-Bicycle (Recicle-Uma-Bicicleta) de Nova York treinam pessoas entre 10 a 18 anos a consertarem bicicletas descartadas, evitando o consumo de mais recursos naturais na produção de novas bicicletas enquanto também estão eliminando o desperdício.

Em uma sociedade dominada por carros, os usuários de transportes de propulsão humana enfrentam condições de rua projetadas para automóveis, motoristas agressivos que buzinam e colam no veículo da frente, e a presença constante da ameaça de colisão com um automóvel. Em resposta, patinadores e ciclistas unem-se em uma Massa Crítica, um exercício de acalmar o tráfego, praticado em cidades por todo o mundo. Organizados de forma autônoma e sem líderes ou planejadores centrais, as massas críticas são passeios coletivos onde centenas, e algumas vezes milhares, vão às ruas de uma só vez utilizando transporte de propulsão humana. Revertendo a norma, os motoristas de carros velozes e de pick-ups gigantes são forçados a adaptarem-se o ritmo dos patinadores e ciclistas. As massas críticas estão sugerindo a esperança de uma sociedade sem carros, onde os pedestres não arriscam suas vidas todas as vezes que atravessam as ruas, e onde ir de um lugar a outro não significa gerar poluição ou cumplicidade em guerras imperialistas por petróleo. Nas massas críticas, os ciclistas ganham um senso de solidariedade e validação, e até segurança para aqueles que ficam horrorizados ao verem bicicletas ou patins nas ruas cheias de motoristas de rua enfurecidos.

Para o transporte de longa distância, muitos adotaram a antiga tradição dos vagantes de pular e viajar em trens de carga. E a velha posição de pedir carona, apesar de não ser mais tão fácil como em tempos onde havia maior confiança, ainda é um meio eficaz de viajar para aqueles com paciência de esperar um que ofereça carona.

Aprenda mais sobre viagens em trens de carga em http://www.thespoon.com/trainhop/

Para mais informações em restauração de bicicletas, visite http://www.recycleabicycle.org/

Para aprender mais sobre a massa crítica, visite http://www.critical-mass.org

Mídia Alternativa

Quando grandes corporações são donas da mídia de massa e os anunciantes corporativos influenciam rotineiramente e distorcem até mesmo a cobertura das “notícias”, os jornais comerciais, as revistas, a televisão, e o rádio simplesmente não podem ser confiados[58]. Em resposta a este fluxo de informação comprometido, um movimento de mídia global independente apareceu com o comprometimento de trazer às pessoas informações acreditáveis sem influências corporativas.

Os produtores de mídia alternativa apresentam notícias e opiniões em um grande número de formatos—websites, estações de rádios piratas, jornais e revistas grátis, livros sobre assuntos muito perigosos para editores corporativos publicarem, “zines” (um pequeno impresso, geralmente bem pessoal, geralmente refletindo um visual punk e uma estética cultural), televisão de acesso público e por satélite, pelo “podcasting” (transmissão digital de áudio e vídeo para aparelhos portáteis) e transmitindo conteúdo de áudio e vídeo, vídeos subversivos e DVDs, documentários independentes, apresentações e palestras públicas.

Centros de Mídia Independente (CMIs) foram criados em cidades por todo o globo, para prover espaços e recursos para a criação e a disseminação de notícias e informação sem o filtro de

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distorção da influência corporativa. Esses centros são gerenciados coletivamente por consenso e tomam decisões sem hierarquia[59]. Visite o website do CMI global em http://indymedia.org.

Medicina Holística

Fornecedores de assistência médica holística estão questionando o modelo médico tradicional ao mudarem o foco de farmacêuticos patenteados caros e frequentemente perigosos, criados para tratar as doenças como um fenômeno isolado, para um foco maior na prevenção, na saúde como um todo, e em um entendimento da energia corporal. Terapias alternativas valem-se mais de dietas, exercícios, controle de estresse, procedimentos como acupuntura e ajustamento da coluna, ervas e suplementos vitamínicos do que em farmacêuticos patenteados, e geralmente atingem resultados bem melhores. Eles oferecem a promessa de assistência médica sem a dependência em megacorporações monopolistas, que testam em animais[60], e poluidoras[61], como a Glaxo Smithkline e a Merck.

Assistência Médica Coletiva

Até mesmo os tratamentos alternativos podem ser caros[62], e muitos não são cobertos por empresas de seguro[63]. Para os pacientes, o estresse da doença é combinado com uma luta burocrática corporativa mesquinha, legalista, desumana e impenetrável a ser compensada por necessidades médicas vitais. Ao todo, 45,8 milhões de Americanos, ou 15,7% da população norte-americana, não possuem seguro médico[64]. Falar sobre o custo e a disponibilidade de assistência médica é tão importante quanto mudar o tipo de tratamento fornecido.

A Aliança de Saúde de Ithaca é uma organização não governamental de membros associados, sem fins lucrativos, dedicada a fornecer assistência médica a todos, principalmente os não-segurados. As pagamento anual dos membros (cerca de $100) são conciliados para fornecer fundos para uma variedade de projetos criados para melhorar a saúde, e não para gerar lucros para médicos e empresas farmacêuticas. Os membros têm acesso a descontos, concessões, bônus, e empréstimos para exames de saúde, emergências, e assistência dentária. Uma abordagem similar tornou a assistência médica possível para 200 mil pessoas pobres em 11 países na África Ocidental[65].

Acreditando em escolhas de assistência médica pró-ativas, saudáveis e informadas, a Aliança mantém uma biblioteca de livros e vídeos em “modalidades curativas, anatomia, fisiologia, aconselhamento e prevenções” como um recurso para seus membros. A Aliança está abrindo uma clínica de assistência médica gratuita no centro da cidade de Ithaca, no estado de Nova York.

O website da Aliança pode ser visitado em http://ithacahealth.org

Primeiros Socorros Mútuo

Coletivos de provedores de saúde como o Boston Area Liberation Medics (BALM), Medical Activists of NY (MANY), e o Washington, DC Action Medical Network (DAMN) formaram-se para fornecer assistência médica imediata para pessoas que sofrem ferimentos ou enfermidades em comícios ou manifestações, para fornecer informações grátis sobre saúde e segurança para ativistas por publicações e oficinas, e para montarem clínicas gratuitas de saúde para trabalhadores em greve. Estes coletivos são não-hierárquicos, totalmente voluntários, e organizados por decisões tomadas por consenso. Entre os membros encontram-se médicos, enfermeiras, paramédicos, técnicos de medicina emergencial, e outros profissionais de saúde treinados, como também leigos que monitoram grupos em grandes manifestações para emergências médicas e chamam as pessoas treinadas apropriadamente quando necessário[66]. Mais do que uma função de uma cultura de protesto, estes coletivos demonstram a promessa de indivíduos treinados ajudando os outros gratuitamente como parte de um esforço em melhorar o

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estado do mundo, e dá dicas para o papel que os provedores de saúde possam desempenhar em uma sociedade pós-capitalista.

Para maiores informações, visite o BALM em http://www.bostoncoop.net/balm/, MANY em http://www.takethestreets.org/, e o DAMN em http://damn.mahost.org/.

Assistência Mútua em Desastres

Criado após o desastre do furacão Katrina, o Common Ground Wellness Center (Centro Comum de Bem-Estar), localizado em Algiers, Nova Orleans, é gerenciado por voluntários, e forneceu serviços para as comunidades pobres que antes haviam recebido pouca ou nenhuma assistência do governo ou de agências burocráticas de assistência. O Centro é operado por uma equipe de voluntários locais e apoiadores de todo os EUA, com “médicos, cozinheiros, técnicos em comunicação, e organizadores comunitários” (http://www.indybay.org/news/2005/09/1767321.php). Dentre os projetos, incluem-se: “um programa comunitário de coleta de lixo; cozinhas móveis para fornecer refeições quentes; uma clínica de primeiros socorros, e uma estação móvel de primeiros socorros; e bicicletas para voluntários e residentes para transportar assistência em torno da área; e uma escola gratuita para crianças.”

Centros Comunitários Administrados Coletivamente

Em uma sociedade onde praças públicas foram substituídas por centros comerciais, lugares para pessoas se encontrarem são vitais. Comunidades em expansão necessitam de lugares para crianças e adultos reunirem-se, aprender sobre assuntos locais e mundiais de formas que não são discutidas no noticiário noturno, trocarem idéias, criar afinidade, trabalhar coletivamente em serviços comunitários e projetos de apoio a movimentos, e apreciar expressões artísticas.

O respeitável ABC No Rio, um prédio inteiro ocupado na cidade de Nova York[1], serve como um centro comunitário reunindo ativistas e artistas enquanto tentam diminuir o profissionalismo e o elitismo de ambos[67], oferecendo um laboratório de computadores, uma biblioteca de zines, recursos para fazer silkscreen, shows de hardcore, uma cozinha utilizada pelo Food Not Bombs de Nova York, e um quarto escuro para fotógrafos.

Oficinas de Informação (Infoshops)

As Oficinas de Informação são uma outra instituição formadora de comunidades empenhada em criar espaço em comunidades para expressões e diálogos sobre idéias radicais. As oficinas de informação integram elementos como bibliotecas, livrarias, cafés, e centros comunitários. Apesar de algumas destas oficinas acontecerem em prédios ocupados, outras operam em fachadas alugadas para maximizar a exposição para o público em geral. As prateleiras destas oficinas são cheias de revistas e livros de filósofos radicais, expõem injustiças escondidas pela mídia corporativa, e guias práticos para o ativismo e a vida anti-capitalista. Apesar da maioria das oficinas de informação vender livros, muitas também possuem bibliotecas de empréstimo que encorajam as pessoas tanto a doar como a pegar livros emprestados. Estas oficinas estão cheias de publicações grátis de panfletos, jornais, zines, e revistas. Publicações de imprensa alternativa que expõem a hegemonia corporativa e pregam revoltas raramente chegam às livrarias comerciais, e então estas oficinas fornecem um ponto de encontro crítico para estas vozes para compartilhar a informação e as idéias para pessoas em um vasto conjunto de comunidades. Inversamente, estas oficinas fornecem informação para comunidades locais de um vasto conjunto de fontes das quais elas não estariam expostas de outra forma. Além de publicações, as oficinas também fornecem um espaço para leituras de poesias, eventos musicais, exibições de arte, palestras, oficinas, discussões com autores, apresentações de slides, e filmes.

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As oficinas de informação são executadas não somente para as comunidades, como também é executada por elas. Suas equipes não são de empregados pagos, mas sim de voluntários locais. As decisões são feitas não por um dono ou um gerente mas pelos próprios voluntários, que participam em coletivos não-hierárquicos que são geralmente baseados na política de tomar decisões por consenso.

A maioria destas oficinas na verdade encoraja as pessoas para “passarem o tempo” e muitas têm mesas e cafés por esta razão. As oficinas oferecem um espaço de encontro para grupos ativistas, fornece quadros de aviso para anunciar eventos comunitários, e servem como pontos de convergência em momentos de crise, como após um ataque policial violento e uma prisão em massa de uma manifestação pacífica.

O conceito destas oficinas foi adaptado para a internet no site http://infoshop.org.

Lutando Contra

Os esforços para construir uma cultura mais justa e sustentável são um complemento, e não uma substituição da resistência direta à destruição de ecossistemas[68]. Algumas campanhas combinam ambas as abordagens, criando comunidades de resistência que incorporam princípios de sustentabilidade ecológica, igualdade, autonomia do poder estatal ou corporativo, ajuda cooperativa mútua, tomadas de decisões coletivas pelo consenso, e oposição a todas as formas de opressão dentro e fora de nossos movimentos.

Para impedir o corte de árvores de menos de cinco por cento das florestas nativas originais que restaram na América do Norte[69], comunidades de resistência foram formadas nos topos de árvores antigas nas florestas úmidas temperadas do Noroeste do Pacífico. As vilas em árvores são uma série de casas rudimentares montadas nas árvores em plataformas circulares, que são habitadas, interconectadas por uma rede de cordas, e construídas em sua maior parte de materiais recuperados. Os habitantes das vilas em árvores como a Red Cloud Thunder, do Oregon, representam um impedimento imediato das operações de corte de árvores. Nenhuma das árvores conectadas pela vila pode ser derrubada sem colocar todos os que vivem na vila em risco de vida. Os madeireiros, não querendo arriscar de serem acusados de assassinato, são então forçados a deixar estas árvores em pé[70].

Defensores que ficam no solo fornecem suprimentos críticos como alimentos, em sua maioria recuperados do lixo ou doado por lojas, que são levados ao topo das árvores por polias, estendendo o espírito de solidariedade e cooperação além dos topos das árvores. As vilas em árvores são comunidades realmente intradependentes onde as decisões são coletivas e não-hierárquicas para o benefício da comunidade e das florestas que eles defendem.

Defendendo Nossas Comunidades

É de pouca surpresa que o sistema capitalista, baseado em uma ideologia que vê a competição feroz como um fundamento natural, tem tentado esmagar estas novas formas de viver ao invés de coexistir ou ceder espaço para elas. Novamente, as corporações, as instituições do estado servindo seus interesses, e os grupos de frente corporativos têm minado tais projetos. As lojas têm deliberadamente danificado mercadorias quando as descartam para impedirem sua coleta. Compartilhar alimento está criminalizado nos EUA e os ativistas do Food Not Bombs são presos como se estivessem cometendo um crime capital[71]. Os moradores de squats vêem os prédios que ocupam serem incendiados[72]. Jardins comunitários são destruídos por escavadeiras.[73] Médicos alternativos respeitados são difamados como impostores.[74] Agentes do serviço florestal removem forçadamente ecodefensores das vilas em árvores[75]. Ciclistas da massa crítica enfrentam prisões em massa.

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Da mesma forma que resistimos à destruição de comunidades de formas de vida, nós devemos também defender as comunidades, instituições, e práticas da nova cultura que nós estamos construindo.

As lutas para preservarmos os nossos espaços e nossos modos de vida, e para resistirmos às suas destruições, dramatizam intensamente o conflito entre as necessidades reais das pessoas que tentam viver vidas decentes, éticas e sustentáveis, e um governo que está mais interessado em defender os interesses econômicos dos proprietários de terras, fabricantes de carros, empresas farmacêuticas, e lojas desperdiçadoras. Pessoas vivendo ameaças semelhantes podem criar alianças para defenderem suas comunidades. Na cidade de Nova York, a Coalizão More Gardens! (Mais Jardins!), um movimento de jardineiros comunitários e de apoiadores, criaram uma campanha de resistência em toda a cidade contra a destruição dos jardins, ganhando grande simpatia do público[76]. Entre educação e protesto, os defensores dos jardins acorrentaram seus corpos a objetos fixos nos jardins para bloquear estes amados espaços de serem destruídos pelas escavadeiras[77]. Apesar dos ativistas eventualmente terem sido removidos, estes esforços apaixonados de defesa aumentaram o clamor público contra a destruição destes espaços, até o ponto em que a Cidade foi forçada a concordar em deixar mais de 120 jardins intactos.

Se nós vamos construir um movimento revolucionário com o poder de realmente desafiar o estado atual das coisas, nós devemos demonstrar que os princípios que nós sustentamos oferecem não apenas a sobrevivência do planeta, mas uma melhor vida cotidiana. Nós devemos reconhecer que para a maioria das pessoas que trabalham, a ameaça de não poderem pagar o aluguel é muito maior do que a perda da biodiversidade, as ameaças às liberdades civis, ou uma guerra nuclear.

Para construir um movimento realmente revolucionário, nós ligamos nossas acusações aos horrores do sistema atual, em coisas como fazendas industriais, a guerra no Iraque, e a destruição das florestas no sentido de que nós oferecemos um modo melhor do que o estado em que as coisas se encontram para fornecer alimento para as pessoas, abrigo, saúde, comunidade, segurança, estímulo intelectual, e prazer em suas vidas. Quando nós criamos um movimento que demonstra a capacidade para oferecer todas estas coisas, enquanto desafiamos a ganância, miséria, a destruição de megacorporações, o governo fantoche, e um inteiro modelo capitalista-industrialista, então nós poderemos começar a construir um amplo apoio e compromisso em lutas de resistência ecológica, e finalmente ter uma chance real de libertar este mundo.

[1] O prédio já foi legalizado.

[1] http://web.mit.edu/krugman/www/happy.html

[2] http://www.bls.gov/cps/home.htm

[3] http://www.nyc.gov/html/dcp/html/census/popcur.shtml

[4] http://www.pbs.org/now/politics/interestrates.html

[5] http://www.newscientist.com/article.ns?id=dn7107

[6] http://www.thirdworldtraveler.com/Nader/CutCorpWelfare_Nader.html

[7] http://www.commondreams.org/headlines05/0605-01.htm

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[8] http://www.un.org/Pubs/chronicle/2004/issue3/0304p34.asp

[9] http://www.berkeley.edu/news/media/releases/96legacy/releases.96/14339.html

[10] http://www.commondreams.org/cgi-bin/print.cgi?file=/views03/1120-01.htm

[11] http://www.sierraclub.org/comunidades/ingles

[12] http://www.cdc.gov/niosh/stresswk.html

[13] http://www.nap.edu/books/030909142X/html/15.html

[14] http://www.csun.edu/~vceed002/health/docs/tv&health.html#influence

[15] http://www.cfah.org/hbns/news/video03-17-04.cfm

[16] http://www.nap.edu/books/030909142X/html/15.html

[17] http://www.mcspotlight.org/media/press/releases/msc060203.html

[18] http://www.organicconsumers.org/school/foodpyramid050405.cfm

[19] http://www.nwlaborpress.org/2001/10-5-01HealthCare.html

[20] http://content.healthaffairs.org/cgi/content/full/hlthaff.w3.391v1/DC1

[21] http://www.monitor.net/monitor/10-9-95/angry.html

[22] http://www.alternet.org/wiretap/24016/

[23] http://sfgate.com/cgi-bin/article.cgi?file=/chronicle/archive/2003/11/28/EDGTH39PUG1.DTL

[24] http://www.thehoya.com/news/031805/news2.cfm

[25] http://www.edbriefs.com/usa96-97/usa05.19.97.html

[26] http://www.thirdworldtraveler.com/War_Peace/Economic_Draft.html

[27] http://www.newdream.org/newsletter/growth.php

[28] http://www.selfgrowth.com/articles/Thomas9.html Este fenômeno não é limitado apenas aos mais privilegiados, é claro; comunidades urbanas de cor enfrentam desafios adicionais para manter um senso de comunidade, como o medo de brutalidade policial, mantendo as pessoas fora das ruas.

Veja http://www.ntic-us.org/publications/reports/Issue_92_fall_2003/safety.html

[29] http://www.allanschwartz.com/mesmo/mes_0701.htm. Na Austrália, até o governo está começando a perceber esse problema. Veja http://www.theage.com.au/articles/2004/02/02/1075570358124.html?from=storyrhs

[30] http://www.allthingsfrugal.com/dumpster.htm

[31] http://www.portlandphoenix.com/features/this_just_in/documents/02831864.asp

[32] http://www.everything2.com/index.pl?node_id=1140523

[33] http://www.colum.edu/echo/back/spring05/features1.html

Page 11: O Conceito de Plágio Criativo

[34] http://houstonpress.com/issues/2004-11-25/news/feature.html

[35] http://www.rocklincoln.com/dumpsterdiving.htm

[36] http://tristateobserver.com/modules.php?op=modload&name=News&file=article&sid=3330

[37] http://www.paladin-press.com/authormo_1202.aspx

[38] http://www.cat.org.au/skippy/

[39] http://w3.tvi.edu/~cgulick/dda.htm

[40] http://www.frugalhomemaker.com/articles/02/article2006.htm

[41] http://www.streettech.com/archives_DIY/dumpsterTech.html

[42] http://www.geocities.com/CapitolHill/Lobby/3609/lib_whyfreegan.html

[43] http://www.redefiningprogress.org/media/clips/030527_sac.html

[44] http://www.geocities.com/CapitolHill/Lobby/3609/lib_whyfreegan.html

[45] ibid

[46] http://frugalliving.about.com/od/savewhenshoppingforfood/a/blgleaning.htm

[47] Veja por exemplo, http://www.zmag.org/content/showarticle.cfm?SectionID=5&ItemID=1389

[48] http://www.girlrobot.com/blog/jim_casebolt_et_al.html

[49] http://foodnotbombs.net/firstindex.html

[50] http://www.primitivism.com/future-primitive.htm

[51] http://asap.ap.org/data/interactives/_lifestyles/urban_forager/

[52] http://www.wildmanstevebrill.com/TV.Pages/VideoSeries.html

[53] http://wildroots.org/ff.php

[54] Suporte a esta posição pode ser encontrado em http://www.primitivism.com/primitivist-critique.htm e em http://www.primitivism.com/earth-civics.htm

[55] O pensamento anarco-primitivista não é incomum entre aqueles que praticam formas mais urbanizadas de uma vida anti-capitalista descritas neste artigo, muitas dos quais vêem seus estilos de vida como tentativas de incorporar elementos de estilos de vida e valores primitivos no contexto de nossa civilização atual, com a esperança de eventualmente empurrar toda a nossa sociedade em suas direções.

[56] Mason, Jim, “An Unnatural Order” Veja http://www.lanternbooks.com/detail.html?session=c126e57f9d3bc16d4a4d9ddeb50654a0&cat=16&id=1590560817 para detalhes adicionais neste livro.

[57] http://www.indybay.org/news/2004/06/1683917.php

[58] http://www.fair.org/index.php?page=101

[59] http://www.indymedia.org/en/static/about.shtml

Page 12: O Conceito de Plágio Criativo

[60] http://www.corpwatch.org/article.php?id=12462

[61] http://www.sdearthtimes.com/et0203/et0203s18.html

[62] http://www.bpdworld.org/alternative_treatments.php

[63] http://www.hcvadvocate.org/hepatitis/About_Hepatitis_pdf/1.1.1_Living_With_HepatitisC/CAM.pdf

[64] http://www.cbpp.org/8-30-05health.htm

[65] http://www.iht.com/articles/2005/08/28/news/africa.php

[66] http://damn.mahost.org/about.php

[67] http://abcnorio.org/about/about.html

[68] Para uma profunda análise estratégica em como a resistência e a criação de uma instituição alternativa podem se completar, veja Brian Dominick’s An Introduction to Dual Power Strategy em http://sandiego.indymedia.org/en/2002/09/2403.shtml

[69] http://www.ran.org/ran_campaigns/old_growth/

[70] http://www.efn.org/~redcloud/direct.html

[71] http://www.practicalanarchy.org/fnb_crass2.html

[72] Despejo dos CHARAS http://www.geocities.com/zorikh/charas.html e da Casa del Sol http://www.ainfos.ca/05/jan/ainfos00040.html

[73] http://www.terrain.org/essays/13/light.htm

[74] http://www.quackpotwatch.org

[75] http://www.contrast.org/treesit/archives/000011.html

[76] http://www.moregardens.org/?q=node/4

[77] http://userpage.fu-berlin.de/~garten/Buch/Stoneenglisch.htm