O Cristianismo Como Revolução Educativa Sintese Intuituiva

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O Cristianismo como Revoluo Educativa.

O cristianismo foi uma grande revoluo cultural em mudanas de valores, atitudes, comportamentos (humildade, pacincia, obedincia, amor universal, etc.) o que antes era atribudo a comportamentos dos escravos, agora passam a ser primordial caractersticas de comportamento nobre e tambm meio para a salvao. Com isso as diferenas entre classes scias so desconsideradas e nasce um novo modelo de sociedade mais fraterna, cvica e igualitria.O cristianismo foi a primeira filosofia de comportamento, pois seus idealistas defendiam ser autores de si mesmos e de enxergarem suas divindades em seus interiores ( o que antes era visto e permitido apenas atravs de outros fenmenos), como por exemplo atravs da figura do Fara.Assim como toda grande mudana, houve certa resistncia de seus opositores proibindo a prtica do cristianismo, mas alguns representantes conseguiram fortalecer essa prtica, como por exemplo, Constantino que em 313 do ano de dito de Milo, foi o pioneiro em permitir essa prtica, fazendo um acordo entre os cristos e os interesses do Imprio: os cristos passam a lutar nas guerras (o que antes se opunha), no mais com a inteno de defender oImperador, mas para defender seus interesses de expanso e consolidao do cristianismo.A partir dessa romalizao do cristianismo, ou seja, novos conceitos para beneficiar o imprio romano, os conceitos polticos filosficos e sociais se unificam. Esse igualitarismo de valores vai espalhar-se rapidamente, mas o cristianismo ainda sofrer perseguies tendo certas cobranas por uma revoluo mais educativa.Posteriormente a igreja adota para si um poder formativo, administrativo e de governo prprio e usa todo esse poder para influenciar aqueles que ainda no eram convertidos ao cristianismo, pois assim sendo, os imitadores de Cristo seriam mais submissos e obedientes j os nobres, ao se converterem, significava ascender-se socialmente.O cristianismo foi considerado um manifesto tico de comportamento e o primeiro manual do cristo foi influenciado pelo sermo da montanha - centralizando a imitao de Cristo modelo pedaggico que surge na escola crist.Os elementos pagos romanos foram resignificados cultura clssica, esse um fator que vai se expandir, e essa institucionalizao est ligada a interesses polticos em universalizar as ideias e valores cristos, com a inteno real de mold-los segundo um novo modelo do helenismo.Com essa reinterpretao crist aos interesses de Roma, ela torna-se Estado organizado e sede da autoridade religiosa, inserindo uma nova paidia onde o educador muda seu papel tornando-se um guia espiritual e cultural,( aquele queoferece apenas os instrumentos para que se chegue ao crescimento espiritual interior) , at mesmo os ensinos filosficos e cientficos tem por ordem um fim religioso.Os mestres cumpriam seu papel de admoestar seu grupo, fazendo com que os mesmos entrassem em um conflito de ideias, por meio de sermes e parbolas - ensinamentos genricos - que permitiam as diferenas serem unificadas por ideias que chegassem a um significado pessoal e individual de si mesmo, ou seja, o mestre era considerado o elemento da aprendizagem, aquele que levava o individuo ao entendimento, mas o conhecimento deveria nascer apenas do interior de seu aprendiz.Foi criado ento o mosteiro, uma instituio para a formao espiritual e cultural, onde os monges vivam uma vida em silncio, uma forma pedaggica de internalizar a aprendizagem dando sentido ao que foi ensinado, cultivando a conservao do saber.Atravs da consolidao do cristianismo a famlia passa representar o centro da vida espiritual, onde o amor, a moralidade, o respeito, a lealdade, a educao aos filhos se tornam referenciais a serem seguidos e obedecidos. As mulheres e as crianas passam tambm ter sua importncia na sociedade atravs das parbolas e ensinamentos de Cristo, embora houvesse muitas contradies entre valores e seus reais interesses por traz de tudo isso.Santo Agostinho foi um grande protagonista e mestre da educao crist, defendia e pregava sobre o salvacionismo por meio da f e por regras impostas pela Igreja.