O Electricista 31 - Projecto

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projecto

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ARTIGO TÉCNICOgraus de protecção: selecção de equipamentos em função das condições

de serviço e das influências externas 105

não sejas apanhado pelo touro! 107

DOSSIERITED e ITUR 109

REPORTAGEMinterplay tour 2010: a interacção que faz a diferença 131

Está em contagem decrescente a chegada dos veículos automó-veis ligeiros com mobilidade apenas assente na energia eléctri-ca. As baterias de acumuladores, elemento fundamental para o armazenamento e disponibilização da energia necessária para o efeito, estão em desenvolvimento e em breve estarão disponí-veis. O governo anunciou a inclusão no Orçamento do Estado, de uma verba de vinte e cinco milhões de euros, corresponden-do ao financiamento/apoio com cinco mil euros a cada um dos primeiros cinco mil veículos eléctricos adquiridos.

Há um paradigma que se altera na mobilidade e ainda nas con-sequências que essa alteração trará ao sector eléctrico.

O uso de combustíveis fósseis poderá ser substancialmente re-duzido bem como as emissões de CO

2. As baterias dos veícu-los poderão vir a ser preferencialmente carregadas nas horas de vazio, altura em que a energia é mais barata e ainda com a possibilidade de se aproveitar essencialmente a energia prove-niente da geração eólica durante a noite. Nas horas de ponta, a rede poderá ser alimentada pelas baterias de acumuladores dos veículos que a ela estarão ligados, reduzindo o esforço e as perdas de transporte da energia nesses horários. As baterias dos veículos funcionariam assim como uma gigantesca bateria de acumuladores, ajudando a resolver um problema ancestral que é precisamente o da acumulação de energia que de outra forma seria desperdiçada, como é o caso da energia hidroeléctrica que por vezes, devido aos caudais afluentes elevados, leva ao des-carregamento e consequente desperdício de água por falta de capacidade de armazenamento da mesma. Na energia de pro-

mobilidade com tracção eléctrica

veniência termoeléctrica, quer convencional, quer nuclear (que ainda não temos por cá), a dificuldade de redução de carga em tempos relativamente curtos conduz a um excesso de produção pode também ser solucionada com recurso ao armazenamento nos veículos eléctricos.

Desta forma o diagrama de carga nacional poderia sofrer um “alisamento”, melhorando significativamente a sua eficiência.

Para tudo isto, é necessário que a solução de mobilidade eléc-trica seja compatível com as expectativas dos utilizadores, no que concerne à autonomia, ao peso e à durabilidade das bate-rias. Efectivamente, o peso das baterias na versão chumbo/ácido sempre se mostrou problemático, estando agora em desenvolvi-mento baterias de iões de lítio (Li-ion), que são muito mais leves, têm maior capacidade, descarregam-se a cem por cento sem problemas de durabilidade (as de chumbo ficam inutilizadas se isso acontecer), carregam-se sob fortes correntes reduzindo o tempo de carregamento e suportam temperaturas extremas (de -40º C a +80 ºC).

Poderão estar reunidas, a breve trecho, as condições para a ge-neralização da mobilidade eléctrica.

Todos esperamos, e o planeta agradece!

Josué MoraisDirector Técnico

nota técnica

ARTIGO TÉCNICO-COMERCIALWEIDmüLLER: instalações eléctricas para sistemas de telegestão

na área do ambiente 133

m&m ENGENHARIA: dicas para o EPLAN Electric P8 135

GENERAL CABLE: nova gama de cabos exzhellent solar para

instalações de energia fotovoltaica 137

FORMAÇÃO 139

ITEDficha técnica n.º 9 141

CONSULTÓRIO ELECTROTÉCNICO 143

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graus de protecção

Diariamente, todos estamos sujeitos a agres-sões externas, muitas delas derivadas da época do ano em que nos encontramos. Pos-sivelmente não nos protegemos o suficiente e o nosso organismo começa a dar sinais de alguma fragilidade. À semelhança do que se passa com o nosso organismo, também os materiais e as estruturas de protecção de-vem ser as adequadas às influências externas a que podem estar sujeitas.

Numa instalação eléctrica deve ter-se em conta a selecção dos equipamentos em fun-ção das condições de serviço e das influên-cias externas. Nas situações em que o am-biente não é o ideal e que pode introduzir riscos maiores ou menores à segurança das pessoas e ao desempenho dos componen-tes da instalação, devemos cumprir com os graus de protecção indicados e as influências externas a que a instalação estará sujeita.

Nas Regras Técnicas (RTIEBT) cada condição de influência externa é designada por um código constituído sempre por um grupo de duas letras maiúsculas e um algarismo. A primeira letra designa a categoria geral das influências externas, sendo que: A – Ambien-te; B – Utilização; C – Construção dos Edifí-cios. A segunda letra designa a natureza da influência externa e o algarismo caracteriza a classe de cada uma das influências.

Conhecido o ambiente a que vai estar sujeito determinado equipamento, facilmente con-seguimos saber quais os graus de protecção mínimos...

Os Índices de protecção são especificados no RTIEBT na Secção 321 – Codificação das Influências Externas e Secção 512 – Selecção dos equipamentos em função das condições de serviço e das influências externas – ver Tabela 1.

A Norma Europeia EN 60529 – “Degrees of protection provided by enclosures (IP Code)” define os graus de protecção para os invólu-cros e a Norma EN 50102 – “Degrees of pro-tection provided by enclosures for electrical equipament against external mechanical im-pacts (IK Code)” define os graus de protecção contra impactos mecânicos para invólucros. Ambas as normas estão directamente rela-cionadas com as Regras Técnicas. Assim fa-cilmente consegue-se saber qual o grau de protecção indicado para uma determinada instalação.

Os códigos de protecção IP e IK indicam o grau de protecção dos invólucros para equi-pamento eléctrico, e ambos são seguidos de dois algarismos que de acordo com as nor-mas mencionadas têm significados distintos.O código IP indica o grau de protecção

Lúcia Miranda e Marta MaltezQUITÉRIOS

{SELECÇÃO DE EQUIPAMENTOS EM FUNÇÃO DAS CONDIÇÕES DE SERVIÇO E DAS INFLUÊNCIAS EXTERNAS }

Conhecido o ambiente a que vai estar sujeito determinado equipamento, facilmente conseguimos saber quais os graus de protecção mínimos que devem estar assegurados para que possamos ter uma boa instalação.

contra a penetração de corpos sólidos e líquidos. É caracterizado por dois algaris-mos relativos às influências externas onde o equipamento será instalado. O código IK é caracterizado por um grupo de algarismos (00 a 10) e corresponde à protecção contra impactos mecânicos.

Os fabricantes de invólucros e equipamen-tos eléctricos são responsáveis por colocar no mercado produtos que cumpram com as normas em vigor. A verificação dos graus de protecção, contra corpos sólidos e líquidos, e impactos mecânicos deve ser realizada aos

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CÓDIGO CLASSIFICAÇÃO CARACTERÍSTICAS CONDIÇÃO A OBSERVAR

PRESENÇA DE ÁGUA

AD1 Desprezável Locais em que a presença da água é desprezável. IPX0

AD2 Gotas de água Locais que podem estar submetidos á queda de gotas de água na vertical. IPX1

AD3 Chuva Locais que podem estar submetidos à água caindo sob a forma de chuva numa direcção que faça um ângulo com a vertical não superior a 60°

IPX3

AD4 Projecção de água Locais que podem estar submetidos a projecção de água em todas as direcções. IPX4

AD5 Jactos de água Locais que podem estar submetidos a jactos de água sob pressão em todas as direcções IPX5

AD6 Jactos de água fortes ou massas de água

Locais que podem estar submetidos a vagas (de água) IPX6

AD7 Imersão temporária Locais que podem ser parcialmente ou totalmente cobertos de água. IPX7

AD8 Imersão prolongada Locais que podem ser totalmente cobertos de água de forma permanente. IPX8

PRESENÇA DE CORPOS SÓLIDOS ESTRANHOS

AE1 Desprezável Ausência de quantidades apreciáveis de poeiras ou de corpos sólidos estranhos. IP0X

AE2 Objectos pequenos Presença de corpos sólidos estranhos cuja menor dimensão seja não inferior a 2,5 mm. IP3X

AE3 Objectos muito pequenos

Presença de corpos sólidos estranhos cuja menor dimensão seja não inferior a 1 mm. IP4X

AE4 Poeiras ligeiras Presença de depósitos de poeiras em quantidades diárias (q): 10 < q < 35 mg/m2 não indicado

AE5 Poeiras médias Presença de depósitos de poeiras em quantidades diárias (q): 35 < q < 350 mg/m2 IP5X

AE6 Poeiras abundantes Presença de depósitos de poeiras em quantidades diárias (q): 350 < q < 1000 mg/m2 não indicado

ACÇÕES MECÂNICAS – PROTECÇÃO CONTRA IMPACTOS

AG1 Fracos Locais de habitação e análogos IK02

AG2 Médios Estabelecimentos industriais correntes IK07

AG3 Fortes Estabelecimentos Industriais submetidos a condições severas IK08

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Tabela 1 (Fonte: Portaria 949-A/2006 de 11 de Setembro (RTIEBT))

produtos, como ensaio de tipo, antecedendo a colocação no mercado.

Os invólucros e equipamentos eléctricos abrangidos devem identificar claramente qual o grau de protecção (IP e IK), marcado directamente no produto ou na chapa de características e na documentação técnica que acompanha o produto.

Nos invólucros o grau de protecção con-tra a presença de água e corpos sólidos estranhos é garantido pelo perfil de ve-dação no aro e na porta. A aplicação des-te produto é realizada por um autómato, através de uma utilização regular e com as características que conferem ao produto

os parâmetros de qualidade exigidos pelas normas aplicadas.

Ao longo das Regras Técnicas (RTIEBT) está bem patente a preocupação relativa aos dife-rentes graus de protecção a aplicar aos equi-pamentos constituintes da instalação eléctri-ca. Em situações em que essa informação é omissa podemos fazer o paralelismo entre as diferentes influências externas a que o equi-pamento pode estar sujeito e os graus de pro-tecção mínimos que devem ser garantidos.

Podemos fazer uma analogia entre os graus de protecção e as características das influ-ências externas numa situação concreta contemplada no RTIEBT;

“O quadro de colunas deve ser instalado no interior do edifício”, significa que, re-lativamente à codificação das influências externas os códigos a considerar são; AE3 – Protecção contra a presença de objectos pequenos, AD2 – Protecção contra gotas de água e AG2 – Protecção impactos me-cânicos médios. O que significa que o invó-lucro do quadro de colunas deve ter como requisitos mínimos os graus de protecção IP41 e IK07.

A caracterização das influências externas e a sua codificação são parte integrante do pro-jecto, e execução da instalação eléctrica, de forma a garantir a protecção contra contac-tos indirectos e a fiabilidade da instalação.

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não sejas apanhado pelo touro!

Sou do tempo em que a RTP sempre que abria um novo emissor regional, anunciava o facto publicitando-o em horário nobre, normalmente imediatamente a seguir ao telejornal.

Nessas alturas apesar dos meios técnicos serem comparativamente mais limitados dos que os actuais, e sobretudo, da capa-cidade de produção de conteúdos ser mais lenta, a RTP não se furtava a informar os telespectadores de que um novo emissor havia entrado em serviço:“Informamos que entrou em serviço o retransmissor de RTP1 e RTP2 de Lei-ria. Este emissor nos canais 33 e 36 irá servir as localidades de Leiria, Marinha Grande e Fátima. Os telespectadores desta zona deverão reorientar as ante-nas de UHF para uma melhor recepção do sinal de televisão”.

A RTP fomentava e divulgava a recepção da televisão analógica em todo o território nacional. A televisão chegava via hertziana aos locais mais remotos levando informa-ção, cultura e divertimento. O hábito da televisão implantou-se na população, e ver televisão passou a fazer parte do dia-a-dia do português.

Luís PeixotoTeleves

O processo de implantação de TDT, Televisão Digital Terrestre, não merece o mesmo des-taque junto da população. A entidade res-ponsável pela respectiva divulgação desta nova tecnologia nem de perto nem de longe, atingiu a população com o mesmo vigor e eficácia revelados pela RTP na altura do lan-çamento das emissões analógicas. A Portu-gal Telecom, entidade responsável por esta

divulgação e implantação da TDT em Portu-gal, exceptuando a criação de um Fórum na Internet, patrocinado pelo MEO, nada mais fez com visibilidade junto da população em geral, afim de promover a divulgação da TDT.A PT esqueceu-se mais uma vez da popula-ção do interior e sobretudo dos mais idosos. Esta franja da população – franja para os que estão em Lisboa sentados nos gabine-tes – não sabe o que se passa no panorama das emissões terrestres de televisão, a in-

formação deste importante acontecimento não é convenientemente canalizada aos mais interessados.

É pertinente questionar se interessará à PT que esta informação passe, sobretudo por-que este operador tem interesses económi-cos mais elevados no cobre, na fibra e no satélite, todos eles associados à marca MEO. Interesses que são antagónicos ao desen-volvimento e divulgação da TDT. Mais inte-ressante será para a PT ter os portugueses agarrados à Fibra, ao Cobre ou ao Receptor de Satélite, pois sempre cobrará milhares de euros em assinaturas e em mensalidades nos receptores.

Ao contrário, se os portugueses tiverem conveniente acesso ao sinal TDT, seja livre ou de assinatura, a PT deixa de ter os portugue-ses na mão. Em toda a Europa comunitária existe TDT livre e de assinatura e no caso da TDT por assinatura o consumidor, dentro da normal lógica da concorrência, selecciona o operador que lhe interessa e deslocando-se à grande superfície mais próxima adquire o modulo de acesso condicional correspon-dente que depois de introduzido no ecrã plano lhe garante o visionamento das emis-sões terrestres pagas.

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Na nossa vizinha Espanha, país que muitos gostam de utilizar como exemplo de com-paração quando lhes interessa, a TDT Livre quando arrancou disponibilizou mais 20 ca-nais em tecnologia Digital em contraponto aos apenas 8 existentes em analógico até então. Desta forma a dinamização e o alerta à população para a nova tecnologia em Tele-visão foi eficaz. Havia motivos mais que su-ficientes para que o consumidor resolvesse iniciar o processo de adaptação à TDT. Como se não bastasse o governo espanhol lançou uma campanha nacional nas Televisões e nas ruas: Que no te pille el toro!

A TDT revela-se essencial para a população residente no Interior do país e sobretudo para a mais idosa cuja maioria tem a televi-são como companhia diária.

A TDT possibilita ao consumidor final aceder não só a qualidades de som e imagem su-

taxa da Televisão. Esta taxa chegou a estar associada ao total de equipamentos de TV que existia nas casas. No entanto a mesma foi abolida e mais tarde aparece a Taxa do Audiovisual integrada no consumo da ener-gia eléctrica criada para financiar as emis-sões públicas da RDP e RTP2.

Agora parece estarmos a voltar aos tem-pos idos. A PT não colocou como deveria a emissão HD livre no ar. A PT deseja desistir da obrigação que tem em colocar a TDT por assinatura no ar.

Sendo a PT a entidade responsável pela di-vulgação da TDT Livre e por Assinatura, com o curioso patrocínio do MEO (!), leva-nos a tomar a precauções devidas para que não sejamos todos apanhados pelo Touro, e que como se diz em bom português, não tenha-mos todos que pagar a vacas ao dono no final de cada mês.

periormente incomparáveis com o analógico assim como a facilidades de gravação e ges-tão de conteúdos, utilizando-se receptores TDT livres.

Em tempos idos, que ainda estão na nossa memória colectiva, nada mais era exigido aos nossos pais que não fosse pagarem a

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dossierITED E ITUR

novas pREscRIçõEs TécnIcas ITUR E ITEDNuno A. Couto dos Santos

os novos aRmáRIos ITEDAntónio Gomes, Roque Brandão e Sérgio Ramos, Departamento de Engenharia Electrotécnica do Instituto Superior de Engenharia do Porto

os novos aRmáRIos ITUR António Gomes, Roque Brandão e Sérgio Ramos, Departamento de Engenharia Electrotécnica do Instituto Superior de Engenharia do Porto

ITURModesto de Morais, Instituto Electrotécnico Português

nova foRmação ITED E ITURPaulo Peixoto, ATEC Academia de Formação

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novas prescrições técnicas ITUR e ITED

No dia 1 de Janeiro de 2010, entraram em vigor as novas prescrições técnicas que re-gulam, a nível nacional, o sector das infra-estruturas de telecomunicações, dentro e fora dos edifícios. Suportadas legalmente pelo decreto-lei N.º 123/2009 com a redac-ção que lhe foi conferido pelo 258/2009, estas prescrições respondem a um conjunto de necessidades existentes quer no âmbito da regulamentação técnica das infra-estru-turas de acesso até à casa dos utilizadores, quer na definição de novas arquitecturas de distribuição dos serviços dentro das próprias edificações.

A primeira edição do manual ITUR – Infra--estruturas de telecomunicações em ur-banizações, loteamentos e conjuntos de edifícios, aprovada em Novembro de 2009 pelo ICP - ANACOM, define em termos de projecto e instalação os conceitos essen-ciais para a criação deste tipo de infra-es-truturas. Estas infra-estruturas de acesso, à data da publicação desta peça técnica, já eram executadas, mas não existia qualquer norma ou regulamento que definisse quais os preceitos a seguir de forma a constituir uma infra-estrutura que salvaguardasse

Nuno A. Couto dos SantosEng.ª Telecomunicações

Responsável Técnico ITEd/ITUR

as necessidades quer dos operadores, quer dos clientes finais. Esta regra técnica sur-ge como um suporte técnico à garantia da construção de infra-estruturas de teleco-municações que permitam um aceso livre e não discriminatório aos diversos operado-res, estimulando a concorrência e permitin-do aos operadores oferecer aos seus clientes melhores serviços e a um preço mais redu-zido. Uma das principais novidades deste regulamento é a definição de dois tipos de ITUR, as ITUR privadas – que são constituí-das por uma rede de tubagem e cablagem e são pertença de uma entidade privada (por exemplo, um condomínio) e as ITUR públi-cas – que sendo constituídas apenas pela rede de tubagem, após a sua conclusão, são entregues ao domínio municipal para sua gestão e manutenção. Será nestas infra-estruturas que os diversos operadores terão de fazer passar as suas redes de cablagem até chegar aos seus clientes. O manual ITUR juntamente com o dL N.º 123/2009 delegam no projectista e instalador toda a respon-sabilidade, quer da execução da obra como a aferição de conformidade. Assim, após a elaboração do projecto ITUR, o projectista terá como responsabilidade emitir um termo

de responsabilidade pelo projecto, que de-verá ser parte integrante do projecto e uma cópia do mesmo deverá ser enviada para o ICP - ANACOM. Quanto ao instalador, depois de realizar os ensaios previstos nos procedi-mentos de avaliação de ITUR definidos pelo ICP - ANACOM, deverá emitir um termo de responsabilidade pela instalação, que atesta que a mesma se encontra em conformida-de, quer com o projecto, quer com as regras técnicas aplicáveis. Só após a emissão deste termo de responsabilidade é que a obra se considera concluída, e aí os operadores de comunicações electrónicas poderão passar a usá-las. Também este termo de respon-sabilidade deverá ser enviado para o ICP - ANACOM num período máximo de 10 dias.

As ITEd baseadas no Manual ITEd 2ª Edição, sofreram um acréscimo significativo nos re-quisitos mínimos a salvaguardar em termos de cablagem. Exemplo disso é a utilização obrigatória de cabos de categoria 6, de ca-bos coaxiais com frequências de trabalho até aos 2,4 GHz e a instalação de fibras óp-ticas monomodo. Reflexo destas alterações surge também a necessidade de adaptar os elementos de distribuição das várias tecno-

{qUaIs as pRIncIpaIs alTERaçõEs InTRoDUzIDas?}

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logias (pares de cobre, cabos coaxiais e fi-bras ópticas) de forma a garantir as classes de ligação prescritas. A imposição técnica mais marcante destas novas regras é sem dúvida a obrigatoriedade de instalação de duas tomadas de fibras ópticas numa zona de acesso privilegiado – ZAP, em todas as fracções cuja utilização seja residencial. Esta obrigação está directamente relacionada com a disseminação dos serviços disponi-bilizados sobre os cabos de fibras ópticas, e que desta forma poderão ser entregues nas tomadas terminais dos clientes. Ou-tras alterações significativas são também a obrigatoriedade de distribuição das redes de pares de cobre, CATV e fibra óptica em estrela, fazendo assim chegar um cabo di-recto do repartidor geral até cada uma das fracções. Relativamente à tubagem, houve uma diminuição expressiva nos diâmetros mínimos a garantir para a instalação dos ca-bos, nomeadamente com a possibilidade de

operador e a rede privada, obrigação esta não prevista no anterior regulamento. Em termos das dimensões das caixas reservadas para alojar os repartidores gerais, essas so-freram uma ampliação, nomeadamente no que diz respeito à profundidade. Tal como acontece no manual ITUR, também no ITEd as responsabilidades do projectista e do ins-talador são acrescidas, sendo expressas pe-los respectivos termos de responsabilidade que após a sua emissão, devem ser enviados para o ICP - ANACOM. A figura de certifi-cação desaparece neste panorama, sendo a conformidade da instalação assegurada pelo instalador no mesmo princípio que se aplica no ITUR.

Estes dois manuais complementam-se na sua essência, aumentam a qualidade das in-fra-estruturas de telecomunicações prepa-rando-as para um vasto número de serviços a disponibilizar pelos operadores.

ser instalado um tubo de diâmetro comercial de 20 cm. A coluna montante passou a con-tar com tubagens específicas para cada uma

das 3 tecnologias e sem a obrigatoriedade de tubos de reserva. Passou a ser obrigatória a instalação de uma caixa de visita multio-perador que será a fronteira entre a rede do

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os novos armários ITED

1› INTRODUÇÃOA satisfação das necessidades e a defesa dos interesses dos consu-midores de comunicações electrónicas passa por infra-estruturas de telecomunicações modernas, fiáveis e adaptadas aos serviços dispo-nibilizados pelos operadores de telecomunicações.

A Resolução do Conselho de Ministros n.º 120/2008, de 30 de Ju-lho, definiu como prioridade estratégica para o País no sector das comunicações electrónicas a promoção do investimento em redes de nova geração. O Decreto-Lei n.º 123/2009 de 21 de Maio e, posteriormente o De-creto-Lei n.º 258/2009 de 25 de Setembro de 2009, veio dar execu-ção à definição do enquadramento aplicável ao desenvolvimento e investimento por parte de investidores ou operadores de comuni-cações electrónicas em redes de nova geração, mas também para o funcionamento de um mercado que se quer concorrencial.

A 2.ª edição do Manual de Infra-estruturas de Telecomunicações em Edifícios (ITED) veio dar suporte técnico legal aos cumprimentos dos objectivos anteriormente mencionados, sendo significativamente inovador tanto em conceitos de infra-estrutura como em materiais, equipamentos e respectivas especificações, quando comparado com a 1.ª Edição. nesta nova edição do Manual verifica-se a clara e presente preocu-pação de dotar os edifícios de infra-estruturas de telecomunicações capazes de suportar os novos serviços disponibilizados pelos opera-dores de telecomunicações (Redes de nova Geração), bem como a adopção e cumprimentos das novas normas Europeias.

Assim, assiste-se a um incremento das soluções a adoptar nas insta-lações, relativamente a três tecnologias obrigatórias:

António Gomes, Roque Brandão, Sérgio RamosDepartamento de Engenharia Electrotécnica

Instituto Superior de Engenharia do Porto

O presente artigo visa expôr os novos armários de telecomuni-cações ITED decorrentes da recente alteração legislativa, verifi-cada neste sector em Portugal.

› Par de Cobre São admitidos apenas cabos de categoria 6 ou 7;› Cabo Coaxial São admitidos cabos da categoria TCD-C-H, frequência máxima de

3000 MHz;› Fibra Óptica São admitidos cabos de fibra óptica do tipo monomodo.

Assim, os armários ITED: Armário de Telecomunicações Individu-al (ATI), Armário de Telecomunicações de Edifício (ATE) e a Caixa de Entrada de Moradia Unifamiliar (CEMU) terão de ser projectados e concebidos de forma a suportar todos os equipamentos adaptados e necessários às três diferentes tecnologias, e que assegurem concomi-tantemente os requisitos funcionais de cada uma delas. O presente artigo visa expôr os novos armários de telecomunicações ITED decorrentes da recente alteração legislativa, verificada neste sector em Portugal.

2› ARMÁRIO DE TELECOMUNICAÇÕES INDIVIDUAL – ATInas redes individuais de cabos é obrigatória a instalação de cabos de par de cobre, cabo coaxial e fibra óptica (no caso de fracções residenciais).

O Armário de Telecomunicações Individual (ATI) que faz fronteira en-tre a rede colectiva e a rede individual é constituído por três Repar-tidores de Cliente, designadamente:

› Repartidor de Cliente Par de Cobre – RC-PC;› Repartidor de Cliente Cabo Coaxial – RC-CC;› Repartidor de Cliente Fibra Óptica – RC-FO.

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Assim, o ATI deverá ser constituído por estes três repartidores de cliente adaptados a cada tecnologia e a cada categoria de desem-penho, e deverá ter espaço suficiente para poder albergar no seu interior equipamento activo inerente a essas mesmas tecnologias.

Conforme a secção 2.5.3.2.3 da 2ª Edição do Manual ITED, “…o ATI poderá ser constituído por uma ou duas caixas e pelos dispositivos (activos e passivos), de interligação entre a rede colectiva e a rede individual de cabos. Preferencialmente, o ATI será constituído por um armário bastidor.” A Figura 1 ilustra a coexistência dos três repartidores de cliente exis-tentes no interior do ATI.

Figura 1 . Repartidores de cliente existentes no ATI.

A adopção de um ATI do tipo bastidor poderá apresentar algumas vantagens práticas, nomeadamente no que se refere à facilidade de instalação e operação. no entanto, e independentemente da solução a adoptar, é necessário dotar os ATI de condições físicas que permi-tam a colocação de equipamentos que possibilitem a codificação/descodificação e gestão de sinalização de suporte a serviços, distri-buindo-os por diferentes áreas.

Coexistirão, assim, de forma associada equipamentos activos, tais como:

› Tecnologia par de cobre Modem DSL, Router, HUB/switch;› Tecnologia cabo coaxial Modem cabo, Router, HUB/switch;› Tecnologia fibra óptica “Optical Network Terminal” (OnT), Router, HUB/switch.

A Figura 2 ilustra dois diferentes repartidores de cliente existentes nos novos ATI.

A 2.ª Edição do Manual ITED determina que independentemente da solução a adoptar para o dimensionamento do ATI este deverá ter espaço suficiente para albergar no seu interior pelo menos dois equipamentos activos, sendo que o espaço para albergar esse equi-

pamento poderá fazer parte integrante do corpo do ATI ou poderá ser independente. no caso de ser independente poder-se-á prever a existência de uma caixa de apoio ao ATI (CATI), cujas dimensões deverá ser igual à caixa do ATI. Existirá, pois, uma interligação entre caixas de forma a poder passar a cablagem necessária.

Figura 2 . Exemplos de equipamentos activos a colocar no ATI.

A Figura 3 ilustra um exemplo de uma Caixa de Apoio ao ATI (CATI).

Figura 3 . Exemplo de uma possível solução ATI [Cortesia Quitérios].

A Figura 4 ilustra um exemplo de uma solução de um Armário de Telecomunicações Individual.

Figura 4 . Exemplo de uma solução ATI [Cortesia Teka].

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A Figura 5 ilustra um exemplo de solução de um ATI do tipo bastidor, o qual poderá ser utilizado para o sector residencial, comercial ou serviços.

Figura 5 . Solução ATI – Bastidor de parede.

As caixas do ATI deverão, ainda, satisfazer os seguintes requisitos téc-nicos mínimos:

› Essencialmente não metálicas (exemplo: plástico). Poderão no en-tanto conter partes metálicas, como por exemplo reforços de es-trutura ou painéis para a fixação de tomadas e dispositivos. Todas as partes metálicas, quando existem, deverão ser ligadas ao termi-nal de terra. As portas poderão abrir da esquerda para a direita ou da direita para a esquerda em função da melhoria de facilidade da sua montagem, bem como nos ensaios a realizar;

› Resistentes à propagação da chama;› Identificadas com a palavra “Telecomunicações”, marcada de for-

ma indelével na face exterior da porta.

Existe, assim, uma grande flexibilidade na solução de ATI a adoptar pelos projectistas. Desta forma, potencia-se a adopção, por parte do projectista, da melhor solução para cada instalação, quer em termos técnicos, quer em termos económicos, e que corresponda às expecta-tivas geradas pelo dono de obra, garantindo ainda ao utilizador final a exploração das infra-estruturas de telecomunicações em condições de grande qualidade.

3› ARMÁRIO DE TELECOMUNICAÇÕES DE EDIFÍCIO – ATEO Armário de Telecomunicações de Edifício (ATE) faz fronteira entre as redes públicas de telecomunicações ou as redes provenientes das Infra-estruturas de Telecomunicações em Loteamentos, Urbaniza-ções e Conjunto de Edifícios (ITUR) com a rede colectiva. Trata-se de um local, espaço ou armário de concentração, interligação e gestão das diferentes redes de cabos de pares de cobre, coaxiais e de fibra óptica.

O ATE faz parte integrante da rede colectiva de tubagens, tem acesso condicionado e é nele que se alojam os Repartidores Gerais (RG) das três tecnologias previstas.

Conforme especificado na 2ª Edição do Manual ITED, os edifícios com dois ou mais fogos deverão ser dotados de um ATE, cabendo ao pro-jectista a decisão da necessidade da existência de dois ATE, um infe-rior e um superior face às necessidades de acesso aos serviços públi-cos de comunicações electrónicas bem como à tipologia do edifício.Genericamente, o ATE inferior deverá alojar os diversos repartidores gerais:

› Repartidor Geral Par de Cobre – RG-PC;› Repartidor Geral Cabo Coaxial – RG-CC (de CATV);› Repartidor Geral Fibra Óptica – RG-FO.

Sempre que houver ATE superior, este deverá albergar o Repartidor Geral Cabo Coaxial – RG-CC (de MATV/SMATV);

O dimensionamento do ATE deverá ter em conta o espaço suficiente para o acesso de, no mínimo de 2 redes de operadores de comuni-cações electrónicas, por cada uma das três tecnologias.

Ao projectista cabe dimensionar e caracterizar o ATE, em confor-midade com as especificidades do edifício, podendo considerar as seguintes possibilidades:

› Armário bastidor;› Armário único;› Armário compartimentado ou multi-armário.

no caso do ATE ser do tipo armário bastidor este deverá ter dimen-sões apropriadas em função da dimensão, características e objec-tivos desejados para as instalações. O projectista poderá optar por dimensionar o ATE em forma de armário único ou compartimentado. Conforme especificado na secção 2.5.3.2.1 da 2ª Edição do Manual ITED, para edifícios com mais de 40 fogos o armário único deverá ter como dimensões mínimas 800 x 900 x 200 mm (Altura x Largura x Profundidade).

A Tabela 1 evidencia as dimensões mínimas que o ATE deverá ter quando do tipo multi-armário ou armário compartimentado.

Tabela 1 . Relação entre as dimensões das caixas a utilizar e o número de fogo

[Adaptado do Manual ITED 2ª Edição].

Número de Fracções (n)

RG-FO (AxLxP)

RG-FO / RG-CC (AxLxP)

n 5 600 x 600 x 200 400 x 600 x 200

6 < n 12 600 x 600 x 200 500 x 600 x 200

13 < n 25 600 x60 0x 200 1050 x 600 x 200

26 < n 40 600 x600 x 200 1250 x 600 x 200

n > 40

As dimensões deverão ser definidas em função da dimensão, características e objectivos pretendidos para as instalações, e nunca inferiores para o número de fracções anteriores.

Page 15: O Electricista 31 - Projecto

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revista técnico-profissionalDOSSIER o electricista

117

A Figura 6 ilustra um exemplo de solução de um ATE (tipicamente ATE – Inferior) constituído por multi-armário ou armário comparti-mentado, em que há uma separação física entre a tecnologia de fibra óptica e as de par de cobre e cabo coaxial.

Figura 6 . Exemplo de uma solução ATE – Multi-armário [Adaptado do Manual

ITED 2.ª Edição].

O ATE superior contém RG-CC, para a rede de cablagem de recepção e distribuição de sinais de radiodifusão sonora e televisiva, no caso de edifícios de dois ou mais fogos.

no ATE devem ser fixados os diversos repartidores gerais, pelo que o seu fundo deverá ser constituído por material apropriado à fixa-ção desses componentes e que não se degrade ao longo do tempo. Preferencialmente, deverá ser constituído por fundo metálico ou plástico com malha reticulada e perfurada com capacidade de apa-rafusamento.

A Figura 7 ilustra possíveis soluções para o fundo de um ATE.

Figura 7 . Exemplos de fundos de um ATE [Adaptado do Manual ITED 2ª Edição].

O ATE contém os diversos repartidores gerais adaptados a cada uma das tecnologias obrigatórias:

› Repartidor Geral de Pares de Cobre;› Repartidor Geral de Cabo Coaxial;› Repartidor Geral de Fibra Óptica.

Dada a especificidade da tecnologia de fibra óptica, o ATE poderá ter uma área independente para alojar o repartidor geral associado a essa tecnologia.

Conforme ilustrado anteriormente, na Figura 6, o ATE poderá ter um RG-FO independente dos RG-PC e RG-CC. no entanto, e caso seja projectado juntar o RG-PC e RG-CC deverá ser claramente indica-do em projecto a acomodação dos equipamentos associados a cada um destes repartidores gerais através de um desenho de pormenor específico.

› Repartidor Geral de Pares de Cobre (RG-PC)O RG-PC é todo o dispositivo que faz a interligação dos cabos de pares de cobre dos diversos operadores, à rede de cabos de pares de cobre do edifício.

Este repartidor geral poderá ser composto por um Primário, onde se vão ligar os cabos de entrada dos vários operadores, cabendo a estes a sua instalação, eventualmente constituído por régua de derivação por cravamento simples com oito condutores utilizáveis, e por um Secundário (previsto pelo projectista ITED), onde se liga a rede do edifício, eventualmente constituído por conectores de oito condu-tores do tipo RJ45 e/ou réguas de derivação por cravamento que assegurem a Classe E (como mínimo).

Sempre que necessário poderão existir cordões de interligação entre o Primário e o Secundário, conectorizados para a classe E. As Figuras 9 e 10, adaptadas da 2.ª Edição do Manual ITED ilustram um possível esquema de pormenor de RG-PC. A figura 8 ilustra um bloco Secundário para ligação de pares de co-bre de ligação Classe E.

Figura 8 . Exemplo de unidades modulares par de cobre classe E [Cortesia Brand

Rex].

› Repartidor Geral de Cabos Coaxiais (RG-CC)O RG-CC é todo o dispositivo que faz a interligação dos cabos coaxiais dos diversos operadores, à rede de distribuição em cabo coaxial do edifício. É no RG-CC que se inicia a rede de cabos coaxiais do edifício, num repartidor, numa união para interligação ou num amplificador.

Page 17: O Electricista 31 - Projecto

revista técnico-profissional ItED E ItuRo electricista

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Figura 9 . Exemplo de esquema de ligação de pares de cobre do primário e secundário do ATE com um andar de bloco de ligação classe E

[Adaptado do Manual ITED 2.ª Edição].

Figura 10 . Exemplo de esquema de ligação de pares de cobre do primário e secundário do ATE com dois andares de blocos de ligação classe E

[Adaptado do Manual ITED 2.ª Edição].

Page 18: O Electricista 31 - Projecto

revista técnico-profissionalDOSSIER o electricista

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A 2.ª Edição do Manual ITED prevê que nos edifícios com 2 ou mais fogos deverá existir dois RG-CC, estando um normalmente localiza-do no ATE superior com distribuição descendente (associado a MATV ou SMATV), e outro no ATE inferior com distribuição em estrela (as-sociado a CATV).

A Figura 11 ilustra um possível exemplo de um RG-CC (de CATV) com disponibilidade para 16 saídas e entrada de dois operadores distintos.

Figura 11 . Exemplo do RG-CC a colocar no ATE-Inferior [Cortesia Televes].

› Repartidor Geral de Cabos de FO (RG-FO)A 2.ª Edição do Manual ITED prevê a obrigatoriedade de dotar as instalações com fibra óptica.

Com efeito, para cada fogo dever-se-á prever 2 fibras ópticas, pelo que o RG-FO deve ser projectado (ao nível do secundário) com uma estrutura de acopladores de fibra óptica para ligar cada fracção autónoma.

A topologia da cablagem em fibra óptica de uma rede colectiva de ca-bos, e á semelhança da rede colectiva de cabos de par de cobre e coa-xial (CATV) deverá ser em estrela, caso seja projectado um cabo “drop”.

no entanto o projectista poderá prever a instalação de uma coluna “riser” com ou sem pré-conectorização ou, ainda, um cabo de coluna sem pré-conecterização em que será executada a fusão das fibras a “pigtail” ou a sua ligação mecânica.

Por questões expressamente de segurança o acesso ao RG-FO, tan-to primário (operadores) como secundário deverá ser condicionado. Dada a especificidade e fragilidade dos componentes associados à tecnologia da fibra óptica, os operadores podem optar por se ins-talar no RG-FO com uma caixa própria fechada que assegure a sua componente do primário do RG-FO e se interligue aos acopladores de FO do Secundário do RG-FO por cordões de interligação ópticos.

As Figuras 12 e 13 ilustram possíveis soluções a adoptar para a ins-talação de repartidores gerais de fibra óptica.

A 2.ª Edição do Manual ITED especifica que o ATE deverá conter, obri-gatoriamente, um barramento de terras, onde se vão ligar as terras de protecção das infra-estruturas de telecomunicações. Este barra-mento (barramento geral de terras das ITED - BGT) será por sua vez interligado ao barramento geral de terras do edifício.

Figura 12 . Caixas próprias para o RG-FO [Cortesia Corning].

Figura 13 . Exemplo de caixas tipo para o RG-FO e respectivas interligações [Cor-

tesia Corning].

Determina, ainda, que quer o ATE inferior quer o ATE superior deve-rão disponibilizar circuitos de energia 230 V AC, 50 Hz, para fazer face às necessidades de alimentação eléctrica, devendo ser disponi-bilizados um circuito com 4 tomadas com terra, do tipo schuko. Os circuitos de tomadas deverão estar protegidos por um aparelho de corte automático, sensível à corrente diferencial residual, de elevada sensibilidade e imunizado (de forma a evitar disparos intempestivos), localizado no quadro eléctrico de origem do circuito.

Um outro aspecto importante, referenciado na 2ª Edição do Manual ITED, relativo aos aspectos construtivos dos ATE, diz respeito à ne-cessidade de previsão de condições de arrefecimento destes espaços, preferencialmente por convecção, imposta pela existência nestes espaços de equipamentos activos, que libertam calor durante o seu funcionamento.

4› CONCLUSÕESCom a elaboração do presente artigo pretendeu-se contribuir, em-bora de uma forma sucinta, para o enriquecimento do conhecimento e das competências no âmbito dos armários ITED, à luz do novo en-quadramento criado pela 2.ª Edição do Manual de Infra-estruturas de Telecomunicações em Edifícios, não dispensado, naturalmente, uma consulta detalhada e rigorosa do documento integral.

Foi, realizada uma abordagem técnica, regulamentar e tecnológica sobre os Armários de Telecomunicações Individual e Armários de Telecomunicações de Edifício, salientados os aspectos principais de projecto determinados pela 2.ª Edição do Manual de Infra-estruturas de Telecomunicações em Edifícios (ITED).

Page 19: O Electricista 31 - Projecto

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revista técnico-profissionalDOSSIER o electricista

121

os novos armários ITUR

1› INTRODUÇÃOO Decreto-Lei n.º 123/2009, de 21 de Maio, com a redacção conferida pelo Decreto-Lei n.º 258/2009 de 25 de Setembro, veio de-finir um conjunto de obrigações ao nível do projecto, com o objectivo de garantir a realização de infra-estruturas de comunica-ções electrónicas, abertas aos diversos ope-radores e capazes de assegurar os serviços disponibilizados pelos mesmos.

nesse sentido, o capítulo V do Decreto-Lei n.º 123/2009, de 21 de Maio, estabeleceu o regime de instalação das Infra-estruturas de Telecomunicações em Loteamentos, Ur-banizações e Conjuntos de Edifícios (ITUR) e respectivas ligações às redes públicas de comunicações electrónicas, bem como o re-gime de avaliação de conformidade de equi-pamentos, materiais e infra-estruturas.

Posteriormente, a primeira edição do Ma-nual ITUR veio determinar as especificações técnicas aplicáveis a este tipo de infra-es-truturas, criando uma clara distinção entre:

› Projecto de ITUR pública;› Projecto de ITUR privada.

no caso das ITUR públicas, é necessário o dimensionamento da rede de tubagens e câ-maras de visita para a instalação dos diver-

António Gomes, Roque Brandão, Sérgio RamosDepartamento de Engenharia Electrotécnica

Instituto Superior de Engenharia do Porto

sos cabos, equipamentos e dispositivos. nas ITUR privadas, além do referido para as ITUR públicas, é também obrigatório o dimensio-namento e a posterior instalação da cabla-gem par de cobre, cabo coaxial e fibra ópti-ca, bem como das instalações eléctricas de suporte a equipamentos e sistemas de terras.

O diploma define, claramente, uma fronteira entre as ITUR públicas e as ITUR privadas e, complementarmente, determina, nas ITUR privadas, a existência de um ponto de aces-so e derivação para cada rede colectiva dos diversos edifícios, por parte dos diferentes Operadores. Esse ponto, que deverá estar interligado com a rede de tubagens da urba-nização, é designado por Armário de Teleco-municações de Urbanizações (ATU) e o seu dimensionamento é da inteira responsabili-dade do projectista ITUR.

O presente artigo visa caracterizar os armá-rios de telecomunicações ITUR decorrentes da aplicação da recente alteração legislativa verificada no sector das comunicações elec-trónicas em Portugal.

2› CONSTITUIÇÃO DO ARMÁRIO DE TELECOMUNICAÇÕES DE URBANIZAÇÕES (ATU)O Armário de Telecomunicações de Urbani-

O presente artigo visa caracterizar os armários de telecomu-nicações ITUR decorrentes da aplicação da recente alteração legislativa verificada no sector das comunicações electrónicas em Portugal.

zações (ATU) é o ponto de interligação das redes públicas de comunicações electróni-cas, com as redes de cabos da ITUR privada, sendo, ainda, o ponto de interligação com a rede colectiva dos edifícios no ATE, ou CEMU, no caso de moradias, caso não exista uma rede privada.

O ATU deve ser um espaço que possa alber-gar as três tecnologias de telecomunicações previstas no manual ITUR, nomeadamente a tecnologia de:

› Par de cobre;› Cabo Coaxial;› Fibra óptica.

Para cada uma das tecnologias deverá existir um Repartidor de Urbanização (RU) indivi-dual, constituído por dois primários por tec-nologia, cujo dimensionamento e instalação é da responsabilidade da entidade que ligar a rede de cabos das ITUR à rede pública de comunicações electrónicas, e por um secun-dário por tecnologia, onde se inicia a rede de cabos da ITUR.

Conforme designado no Manual ITUR, para cada uma das tecnologias anteriormente re-feridas existirá um RU que, basicamente terá as seguintes funções:

Page 21: O Electricista 31 - Projecto

revista técnico-profissional ItED E ItuRo electricista

A Micro produção de energia é já uma realidade em Portugal, comprovada pelos mais de 5300 registos pagos em 2009 e pelos mais de 4100 pedidos de Inspecção efectuados. Este ano o governo vai criar um novo regime para a Mini produção, contemplando um novo nicho de mercado entre os 3,68 e os 250 KW.

O Governo prepara-se ainda para melhorar o enquadramento fiscal para a área do solar, assim como um novo modelo de financiamento para o programa de incentivo ao Solar Térmico, que poderá passar pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional(QREN). Com a entrada em vigor deste novo regime o mercado da energia solar fotovoltaica em Portugal poderá chegar aos 150 MW, o que abre enormes possibilidades de negócio a todos os agentes que actuam neste mercado.

No sentido de esclarecer todas as dúvidas e de como passar da teoria à prática, a Weidmüller organiza um seminário com o tema ”Implementação de um Sistema de Microgeração/Microprodução”, por Josué Morais e ”Monitorização de um Sistema Fotovoltaico – Clinics a solução Weidmüller”.

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revista técnico-profissional

› Repartidor de Urbanização de Par de Cobre (RU-PC)

› Primário, cujo dimensionamento e ins-talação é da responsabilidade da entida-de que ligar a rede de cabos da ITUR à rede pública de comunicações electró-nicas. Poderá ser constituído, por exem-plo, por régua de derivação de crava-mento simples;

› Secundário, onde termina a rede de ca-bos da ITUR. Será constituído por réguas de cravamento simples de categoria 3, como mínimo.

Sempre que o RU-PC for instalado em basti-dores ou mini-bastidores, deve ser apresen-tado um desenho de pormenor.

› Repartidor de Urbanização de Cabo Coaxial (RU-CC)

› Primário, cujo dimensionamento e ins-talação é da responsabilidade da entida-

› Secundário, onde se inicia a rede de cabos de fibras ópticas da ITUR. A rede deve obedecer à topologia em estrela com recurso, por exemplo, a cabos mul-ti-fibras. As fibras são terminadas em conectores SC/APC ligados em painéis de adaptadores.

Como o ATU pode conter equipamentos ac-tivos, há a necessidade de existirem circuitos de alimentação eléctrica, nomeadamente 2 circuitos de 230 VAC, com 3 tomadas cada, protegidos por um disjuntor diferencial com um valor de sensibilidade não superior a 300 mA e ligados ao circuito de terra do ATU. O barramento geral de terra do ATU deverá ter capacidade para ligar, pelo menos 10 condu-tores de terra.

Sendo possível verificar-se a dissipação de calor e consequente aquecimento do ATU, devido à existência de equipamentos acti-

de que ligar a rede de cabos da ITUR à rede pública de comunicações electró-nicas. Poderá ser constituído, por exem-plo, por conversor electro-óptico e/ou um amplificador;

› Secundário, onde se inicia a rede de ca-bos coaxiais CATV da ITUR, com topolo-gia a definir pelo projectista.

Poderá, ainda, existir um segundo RU-CC associado ao sistema de recepção de MATV ou SMATV.

› Repartidor de Urbanização de Fibra Óptica (RU-FO)

› Primário, cujo dimensionamento e ins-talação é da responsabilidade da entida-de que ligar a rede de cabos da ITUR à rede pública de comunicações electró-nicas. Poderá ser constituído, por exem-plo, por um painel de adaptadores do tipo SC/APC;

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Page 22: O Electricista 31 - Projecto

revista técnico-profissionalDOSSIER o electricista

123

vos, é necessário garantir a dissipação do calor nos mesmos, preferencialmente por convecção ou, caso não seja suficiente, através de ventilação forçada, fazendo-se uso dos circuitos de alimentação eléctrica já existentes no ATU. Cabe, assim, ao pro-jectista a tomada de decisão sobre a forma de ventilação, de modo o garantir a correcta exploração do armário.

3› CARACTERIZAÇÃO DO ARMÁRIO DE TELECOMUNICAÇÕES DE URBANIZAÇÕES (ATU)O tipo e a dimensão do ATU, deverá ser de-finida pelo projectista, tendo em considera-ção as dimensões da ITUR.

Relativamente ao tipo, os ATU, poderão ser:

› Armários Exteriores;› Armários Bastidores;› Salas Técnicas.

Em qualquer das situações, por razões de segurança, o acesso ao ATU deve ser condi-cionado por porta com fechadura normali-zada do tipo RITA.

Quando o ATU é instalado no exterior, por motivos funcionais e de segurança, este deve garantir índices de protecção adequa-dos às influências externas, nomeadamente a protecção contra a penetração de corpos sólidos menores que 1 mm, a protecção contra a entrada de água projectada, e ca-racterísticas mecânicas que permitam a re-sistência à compressão de 1250 n e 6 J de resistência ao choque.

O ATU deverá ser fabricado com material au-to-extinguível, resistente aos agentes quí-micos à corrosão e aos raios ultra-violeta, em conformidade com a norma CEI 604395. A Figura 1 ilustra o aspecto exterior de uma possível solução técnica para um ATU.

Figura 1 . Armário de telecomunicações de urbanização [cortesia Vidropol].

Relativamente ao dimensionamento do ATU, o projectista pode considerar como referência a consideração de uma volumetria com 600 x 300 x 2200 mm (largura x profundidade x altura), por operador.

Quando o ATU ficar alojado numa sala técnica, esta deverá ter as dimensões mínimas especi-ficadas na Tabela 1, sendo que a altura mínima da referida sala será de 2,7 m.

Tabela 1 . Dimensões das Salas Técnicas [Adaptado Manual ITUR].

As salas técnicas que servirão de espaço de telecomunicações com capacidade para aloja-mento de equipamentos e dispositivos de interligação de cabos deverão também albergar os repartidores das diferentes tecnologias de telecomunicações.

não existe, pois, uma única solução física para definir o ponto de interligação que delimita a fronteira entre uma rede pública e privada.

A caracterização do ATU e as suas respectivas valências serão da competência exclusiva do projectista, o qual deverá estar perfeitamente identificado com as necessidades das comuni-cações electrónicas exigidas para o loteamento em questão, bem como pelo estrito cumpri-mento do estabelecido no Manual de Infra-estruturas de Telecomunicações em Urbanizações.

4› CONCLUSÕESCom a elaboração do presente artigo visou-se contribuir, embora de uma forma muito sucin-ta, para o enriquecimento do conhecimento e das competências no âmbito do projecto, em geral, de Infra-estruturas de Telecomunicações em Urbanizações e, em particular do Armário de Telecomunicações de Urbanização, à luz do novo enquadramento criado pela 1.ª Edição do Manual de Infra-estruturas de Telecomunicações em Urbanizações, não dispensado, natural-mente, uma consulta detalhada e rigorosa do documento integral.

Tipo de Sala Técnica Nº de Fracções Autónomas

ou Unidades Dimensões Mínimas [cm]

S0 até 32 200 x 200

S1 de 32 a 64 300 x 200

S2 de 65 a 100 300 x 300

S3 mais de 100 600 x 300

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revista técnico-profissionalDOSSIER o electricista

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ITUR

O Decreto-Lei n.º 123/2009, de 21 de Maio, com a rectificação n.º 43/2009, de 22 de Ju-nho, e com a alteração ao Decreto-Lei n.º 258/2009, de 25 de Setembro, determina a revogação do Decreto-Lei n.º 59/2000, de 19 de Abril. Este novo enquadramento legal, entre diversas novidades no que concerne às infra-estruturas aptas a albergar redes de comunicações electrónicas, impõe a subs-tituição das anteriores regras técnicas para as Infra-estruturas de Telecomunicações em Edifícios – Manual ITED (que vigoravam desde Julho de 2004) por um novo conjunto de regras técnicas ITED (que vigoram desde Janeiro de 2009).

Estas novas regras técnicas introduzem al-gumas simplificações, mas ao mesmo tempo impõem saltos tecnológicos, pois a insta-lação das redes de acesso em fibra óptica até à casa do assinante (FTTH) passou a ser obrigatória em todos imóveis novos ou re-construídos. Para os imóveis já em utiliza-ção foram também estabelecidos requisitos técnicos e legais que enquadram a forma como os diferentes operadores de teleco-municações devem aceder a esses edifícios, favorecendo a partilha de infra-estruturas colectivas entre si.

Modesto de MoraisCoordenador da área de Redes de nova Geração

Instituto Electrotécnico Português

Com a liberalização progressiva das tele-comunicações e com a publicação da pri-meira versão da regulamentação ITED, em 2004, estabeleceu-se um vazio sobre a quem caberia a gestão das infra-estruturas de telecomunicações que têm vindo a ser criadas em domínio público. neste con-texto, o Decreto-Lei n.º 123/2009 (a partir do seu artigo 27.º) estabelece também um contexto legal, que permite a criação de re-gras técnicas para a construção e gestão de Infra-estruturas de Telecomunicações em Loteamentos, Urbanizações e Conjuntos de edifícios – Manual ITUR.

O Manual ITUR, que vigora desde Janeiro de 2009, estabelece regras para a construção e gestão de infra-estruturas para albergar re-des de comunicação electrónica em espaços colectivos, públicos (loteamentos e urbani-zações) e privados (conjunto de edifícios - condomínios).

As ITUR privadas deverão conter, desde a sua construção, para além das condutas, caixas de acesso e armários, três tecno-logias de comunicações: pares de cobre, cabo coaxial e fibra óptica. Estas redes ITUR garantem a interligação entre as redes dos diferentes operadores de telecomunicações (em condições concorrenciais) e as redes de telecomunicações existentes nos diferentes edifícios (ITED) servidos directamente por essas redes ITUR. A gestão das ITUR priva-das é da responsabilidade dos condomínios respectivos.

As ITUR públicas são constituídas unicamen-te por tubagens, caixas de acesso e armá-rios. Estas infra-estruturas serão entregues à gestão dos municípios, à imagem do que acontece com as restantes infra-estruturas desenvolvidas em espaços públicos. nas ITUR públicas são os diferentes operadores

{InfRa-esTRUTURas de TelecomUnIcações em loTeamenTos, URbanIzações e conjUnTos de edIfícIos}

O Manual ITUR, que vigora desde Janeiro de 2009, estabelece regras para a construção e gestão de infra-estruturas para al-bergar redes de comunicação electrónica em espaços colectivos, públicos (loteamentos e urbanizações) e privados (conjunto de edifícios - condomínios).

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revista técnico-profissional ItED E ItuRo electricista

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revista técnico-profissional

que incorporam as cablagens, bem como os restantes equipamentos indispensáveis ao seu bom funcionamento. A garantia de acesso em igualdade de circunstâncias aos diferentes operadores de telecomunicações é da responsabilidade dos municípios, que constituem as entidades gestoras dessas infra-estruturas.

Os projectistas e instaladores envolvidos no desenvolvimento das ITUR (à semelhan-ça do que acontece com as ITED) devem ser detentores das qualificações confor-mes com o estabelecido no Decreto-Lei n.º 123/2009. Cada uma das entidades envolvidas no desenvolvimento de uma determinada infra-estrutura, na conclusão da mesma deverá entregar na AnACOM os respectivos termos de responsabilidade (em modelo normalizado).

Todas as infra-estruturas ITUR, quando

agora fica claro quanto à sua responsabili-dade na propriedade e na gestão das ITUR públicas.

concluídas, devem ser georreferenciadas para (à imagem do que é determinado no Decreto-Lei n.º 123/2009 para outras infra-estruturas passíveis de comportar redes de comunicações electrónicas), que essa infor-mação seja incorporada no SIC – Sistema de Informação Centralizado. Este sistema poderá ser acedido por todas as entidades que pretendam utilizar essas mesmas infra-estruturas para albergar as suas redes de comunicações electrónicas.

Este novo enquadramento legal para as in-fra-estruturas de telecomunicações em es-paços públicos e privados (exceptuando as redes privativas) representa uma verdadeira revolução quanto às tecnologias, acessos e gestão, não se podendo deixar de referir que existirão seguramente novas oportuni-dades de negócio para todas as entidades envolvidas. neste contexto, salientamos em particular o papel dos municípios, que AF REN INST 1-2P (Converted)-5 9/4/07 6:42 PM Page 1

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revista técnico-profissionalDOSSIER o electricista

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nova formação ITED e ITUR

Com a entrada em vigor do novo Decreto-Lei N.º 123/2009 de 21 de Maio, a área das tele-comunicações sofreu profundas alterações.

Estas mudanças reflectiram-se não só ao nível conceptual da própria instalação com alterações na estrutura geral do sistema de telecomunicações no edifício, nível de qua-lidade de sinal, novas tecnologias de trans-missão e a criação do ITUR (Infra-estruturas de Telecomunicações em Loteamento, Ur-banizações e Conjuntos de Edifícios), mas também ao nível da formação dos próprios técnicos que operam as redes ITED. Neste capítulo, toda a formação anteriormente vi-gente sofreu modificações de forma a quali-ficar os Técnicos de maneira apropriada para uma nova realidade, tendo como objectivo primordial a qualidade final do projecto e instalação.

Paulo Peixoto (Eng.º)ATEC Academia de Formação

Em 21 de Maio de 2009, as telecomunicações em edifícios sofre-ram uma alteração relevante decorrente da entrada em vigor do novo Decreto-Lei N.º 123/2009, alteração essa que se manifesta tanto a nível conceptual do próprio projecto e instalação, bem como ao nível da formação dos técnicos.

Com o Decreto-Lei N.º 59/2000 e com a 1.ª edição do manual ITED a formação estava organi-zada da seguinte forma:

› CURSO DE INSTALAÇÃO E CONSERVAÇÃO DAS ITED Com a duração de 90 horas numa fase inicial, alterando posteriormente para 100 horas,

com a organização das unidades em 4 UFCDs (Unidades de Formação de Curta Duração):

› CURSO DE PROJECTO ITED Com a duração de 70 horas numa fase inicial, alterando posteriormente para 75 horas,

com a organização das unidades em 2 UFCDs (Unidades de Formação de Curta Duração):

c Designação da UFCD Carga

Horária

1471 Instalação e conservação de infra-estruturas de telecomunicações em edifícios - interpretação de projectos

25

1472 Instalação e conservação de infra-estruturas de telecomunicações em edifícios - instalação de redes de tubagens

25

1473 Instalação e conservação de infra-estruturas de telecomunicações em edifícios - instalação de redes de cabos

25

1474 Instalação e conservação de infra-estruturas de telecomunicações em edifícios - orçamentação

25

c Designação da UFCD Carga

Horária

1475 Elaboração de projecto de infra-estruturas de telecomunicações em edifícios

50

1476

Competências informáticas de base

25

Page 27: O Electricista 31 - Projecto

revista técnico-profissional ItED E ItuRo electricista

128

revista técnico-profissional

Segundo o Artigo n.º 9 deste Decreto-Lei, estabelecia-se a qualificação do Projectista. Assim, em análise:

1. Podem ser inscritos como projectistas os técnicos que, de acordo com a Classifica-ção Nacional das Profissões emanada do Instituto do Emprego e Formação Profis-sional e demais classificações constantes na legislação aplicável, se enquadrem nas áreas sócio-profissionais que permitem o exercício da actividade, nomeadamente:a) Engenheiros electrotécnicos, com o

grau mínimo de bacharel, do ramo de telecomunicações ou do ramo de au-tomação, controlo e instrumentação;

b) Técnicos de telecomunicações;c) Técnicos de electrónica industrial;d) Electricistas que provem a respectiva

qualificação profissional, nos termos das disposições legais aplicáveis.

2. A inscrição dos técnicos referidos na alí-nea d) do número anterior, só pode ter lugar depois de terem frequentado com aproveitamento os cursos habilitantes promovidos para o efeito pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional, pelo ICP ou por entidades por este designadas.

De salientar a alteração na qualificação do projectista no Decreto-Lei N.º 123/2009 em vigor. Assim o Artigo 67º, alínea 1 fixa esta qualificação:

1. Podem ser Projectistas ITED:a) Os engenheiros e os engenheiros téc-

nicos, inscritos em associações públi-cas de natureza profissional que, nos termos da lei que estabelece a quali-ficação profissional exigível aos téc-nicos responsáveis pela elaboração e subscrição de projectos, se considerem habilitados para o efeito;

b) Os técnicos de áreas de formação de electricidade e energia e de electró-nica e automação, os técnicos deten-tores de certificação de curso técnico -profissional, com módulos ITED, com número de horas e conteúdos idênticos aos previstos para a formação habili-tante, e outros técnicos de telecomu-

nicações que se encontrem inscritos no ICP-ANACOM como projectistas ITED, na data de entrada em vigor do presente Decreto-Lei;

c) As pessoas colectivas que tenham a colaboração de, pelo menos, um engenheiro ou um engenheiro técnico que cumpra os requisitos referidos na alínea a).

Com a entrada em vigor do novo Decreto-Lei, e posteriormente com os novos manuais ITED (2.ª edição) e ITUR (1.ª edição), a formação passou a estruturar-se em Habilitante e de Ac-tualização.

Os cursos de formação ministrados pelas entidades formadoras devem respeitar os conte-údos programáticos, e a duração das unidades de formação de curta duração previstas no Catálogo Nacional de Qualificações, nos termos do Artigo 77º, Nº 2, do DL 123/2009.

A Formação Habilitante destina-se a novos técnicos das áreas ITED e ITUR e apresenta a duração de 100 horas, composta por 4 UFCDs para Instalador ITED. No caso da formação para Instalador ITUR, a formação terá a duração de 50 horas (2 UFCD) ou 150 Horas (6 UFCD) dependendo se o Técnico já frequentou os módulos para Instalador ITED ou não, respectiva-mente. De seguida apresentam-se os percursos formativos para a qualificação de Instalador ITED e ITUR:

Formação Habil itante

Designação da acção/acções Carga

Horária Parcial

Carga Horária

Total

Instalações – ITED – Generalidades 25

Instalações – ITED – Aplicações – Execução de Instalação em Moradia Unifamiliar 25

Instalações ITED – Fibras Ópticas - Aplicações 25

INSTALADOR ITED

Instalações – ITED – Leitura, Interpretação e Execução de Projectos Integrados de Comunicações

25

100

Formação Habil itante

Designação da acção/acções Carga

Horária Parcial

Carga Horária

Total

Instalações – ITED – Generalidades 25

Instalações – ITED – Aplicações – Execução de Instalação em Moradia Unifamiliar

25

Instalações ITED – Fibras Ópticas - Aplicações 25

Instalações – ITED – Leitura, Interpretação e Execução de Projectos Integrados de

Comunicações 25

Instalações ITUR – Generalidades 25

INSTALADOR ITUR

Instalações ITUR – Aplicações, Execução de uma

Instalação ITUR Privada 25

150

Page 28: O Electricista 31 - Projecto

revista técnico-profissionalDOSSIER o electricista

129

A Formação de Actualização está destina-da a todos os Técnicos inscritos na ICP-ANA-COM à data de publicação do Decreto-Lei Nº 123/2009, segundo o artigo 103.º, alínea 1. O prazo de realização da formação de actu-

alização e, ainda remetendo para o artigo anterior, alínea 3, é de 1 ano após a publicação do aviso de aprovação dos manuais ITED e ITUR.

A tabela seguinte indica qual ou quais as acções de formação de actualização que cada Técnico deverá realizar, tendo em vista a necessária actualização dos seus conhecimentos.

Formação Actualização

Designação da acção/acções Carga

Horária Parcial

Carga Horária Total

Destinatários

INSTALADOR ITED Instalações ITED

– Generalidades e Aplicações – Actualização para Instalador ITED

50 50

Instaladores ITED que frequentaram com aproveitamento as UFCD definidas para a formação habilitante relativa ao anterior regime.

Instalações ITED – Fibras Ópticas e Aplicações

– Actualização para Instalador ITED 25

INSTALADOR ITED Instalações ITED

– Análise de Projectos e Aplicações – Actualização para Instalador

50

75 Instaladores ITED que não frequentaram qualquer formação habilitante.

Instalações ITED – Antenas e Sistemas de Recepção

e Transmissão 25

PROJECTISTA ITED

Instalações ITED – Elaboração de Projecto

50

75

Projectistas ITED que frequentaram com aproveitamento as UFCD definidas para a formação habilitante relativa ao anterior regime.

Instalações – ITED – Generalidades 25

Instalações – ITED – Aplicações – Execução de Instalação em

Moradia Unifamiliar 25

Instalações ITED – Fibras Ópticas - Aplicações 25

Instalações – ITED – Leitura, Interpretação e Execução de Projectos Integrados de

Comunicações 25

Instalações ITED – Antenas e Sistemas de Recepção e Transmissão

25

PROJECTISTA ITED

Instalações ITED – Elaboração de Projecto

175

Projectistas ITED que não frequentaram qualquer formação habilitante. Esta formação também permite a inscrição como instalador ITED. Nesta situação, a entidade formadora deverá ainda avaliar se o técnico tem as competências informáticas de base necessárias para a elaboração de projecto e, caso tal não aconteça, propor a frequência de uma UFCD para o efeito.

50

Page 29: O Electricista 31 - Projecto

tébis,a certeza do seu bem-estar!

Fácil de instalar e de programar, graças ao Configurador TX 100B, o tébis é uma soluçãoadaptada ao mercado residencial ou terciário.

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Page 30: O Electricista 31 - Projecto

revista técnico-profissionalREPORTAGEM o electricista

131

interplay tour 2010

A interacção entre o novo autómato SIMA-TIC S7-1200 da Siemens, uma nova gama de painéis SIMATIC HMI Basic Line e o siste-ma de engenharia comum SIMATIC STEP 7 Basic oferece uma solução de automação integrada e destinada à classe de micro-au-tomação compacta. A Siemens demonstrou este facto durante o Interplay Tour 2010, que percorreu o país desde Braga até Faro com uma participação massiva de técnicos. O novo controlador SIMATIC S7-1200 é mo-dular, compacto e versátil e está apto para uma gama variada de aplicações, sendo por isso uma solução de automação abran-gente. Para além de apresentar um design flexível e expansível, o SIMATIC S7-1200 é uma interface de comunicação que satisfaz padrões da indústria das comunicações e uma gama variada de funções tecnológicas integradas.

O desempenho optimizado dos novos pai-néis SIMATIC HMI Basic, totalmente com-patíveis com o novo controlador SIMATIC S7-1200 tal como o sistema de engenharia SIMATIC STEP 7 Basic para controlador e HMI, garante um desenvolvimento simples, um arranque rápido, uma monitorização precisa e ainda um nível de utilização aces-sível. É exactamente a interacção entre estes

produtos e as suas características que lhe garantem eficiência para os pequenos siste-mas de automação. Tudo isto fornece uma flexibilidade de soluções inteligentes através de um hardware escalonável, uma criação simples de redes através de uma comuni-cação coordenada e ainda uma engenharia simples e intuitiva para a programação e o comissionamento.

ConCeito modular para uma automação CompaCtaO SIMATIC S7-1200 possui uma interface integrada PROFINET, funções tecnológicas e um design escalonável e flexível, o que per-mite comunicações simples e soluções para tarefas tecnológicas, satisfazendo ainda os

requisitos individuais de automação em vá-rias aplicações. A família de controladores SIMATIC S7-1200 pretende ir ao encontro das necessidades das máquinas do cliente, de uma forma individual. Isto permite uma projecção do sistema do controlador de uma forma escalonável. As futuras expansões do sistema também se tornam mais rápidas e simples, podendo ser ligado um painel de si-nal a todas as CPUs, permitindo ao utilizador personalizá-las, acrescentando entradas/sa-ídas digitais ou analógicas ao controlador sem afectar o seu tamanho físico. Podem ser ligados até oito módulos de sinal à CPU para apoio de outras entradas/saídas analógicas ou digitais.

A interface PROFINET, integrada no SIMATIC S7-1200, assegura uma comunicação com o sistema de engenharia de programação SI-MATIC STEP 7 Basic, com os painéis SIMATIC HMI Basic para visualização, com os con-troladores adicionais para a comunicação PLC-PLC e com dispositivos de outros fa-bricantes para integrações avançadas. Este novo controlador possui funções compro-vadas pela Siemens: área da contagem e medida, velocidade e posição e controlo de ciclos operacionais, para além da simples funcionalidade de controlo do processo.

{a interacção que faz a diferença}

A Siemens organizou o Interplay Tour 2010, entre 22 de Feverei-ro e 5 de Março, que percorreu vários locais de Portugal onde comprovou a interacção entre o novo controlador SIMATIC S7-1200, uma gama completa de painéis SIMATIC HMI Basic, e o sistema de engenharia integrado SIMATIC STEP 7 Basic. Esta é uma solução de automação integrada, destinada especifica-mente para a classe de controladores compactos.

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revista técnico-profissional REPORTAGEMo electricista

132

Podem ser adicionados até três módulos de comunicação a qualquer uma das CPUs SI-MATIC S7-1200. Os módulos de comunica-ção RS485 e RS232 permitem comunicações em série ponto-a-ponto, configuradas e programadas com instruções ou através das funções da biblioteca, o protocolo da drive USS e os protocolos Modbus RTU Master e Slave, incluídos no sistema de engenharia STEP 7 SIMATIC Basic. A interface integrada PROFINET é utilizada para a programação e comunicação com o HMI e o PLC-PLC. Além disso, suporta a comunicação com dispositi-vos de outros fabricantes, utilizando proto-colos abertos Ethernet. Esta interface possui uma ficha RJ45 auto-crossover e assegura a transmissão de dados a 10/100 Mbit/s. Para além disso suporta até 16 ligações Ethernet em simultâneo e TCP/IP nativo, ISO em TCP e comunicação S7.

O controlador SIMATIC S7-1200 possui até seis contadores de alta velocidade, e tem integradas três entradas a 100 kHz e ou-tras três entradas a 30 kHz para contagem e medição. Para controlar a velocidade e a posição de um motor de passo ou uma unidade com servo-accionamento existem duas saídas de cadeias de impulsos de alta velocidade a 100 kHz. Estas podem ser uti-lizadas, de forma alternada, como saídas de largura de impulso modulado para controlar a velocidade de um motor, a posição de uma válvula, ou o ciclo de funcionamento de um elemento de aquecimento. Neste controla-dor são possíveis até 16 ciclos de controlo PID para uma sintonia automática e para aplicações simples de controlo de processos em circuito fechado. É fornecida uma me-mória de trabalho integrada com até 50 kB,

sendo flutuante entre o programa e os da-dos do utilizador. Além disso são fornecidos 2 MB de memória de carga integrada e 2 kB de memória de retenção integrada. O cartão de memória SIMATIC é opcional e transfere programas para múltiplas CPUs, podendo armazenar variados ficheiros ou actualizar o firmware do sistema do controlador.

Todo o equipamento SIMATIC S7-1200 tem engastes integrados que permitem uma montagem numa calha normalizada de 35 mm. Estes engates integrados também po-dem ser deslocados para uma posição mais afastada, deixando espaços para determina-das situações onde possa ser necessária a montagem de um painel. Este equipamento pode ser montado de forma horizontal ou vertical, garantindo assim mais opções de instalação. Todo o equipamento SIMATIC S7-1200 está equipado com blocos de terminais amovíveis, o que significa que a cablagem só tem de ser efectuada uma vez.

Compatibilidade Com os painéis simatiC Hmi basiCOs painéis SIMATIC HMI Basic foram con-cebidos para assegurarem uma compati-bilidade com o novo controlador SIMATIC S7-1200. Estes painéis da Siemens apresen-tam-se como uma solução que se adapta às necessidades de visualização. Estes novos painéis SIMATIC HMI Basic possuem um ecrã táctil para uma utilização intuitiva com mostradores de 4”, 6” ou 10” e teclas pro-gramáveis com uma resposta táctil. Ainda existe um dispositivo com um ecrã táctil de 15” para aplicações, em que a visualização

necessita de uma área de exibição maior. Estes painéis possuem um índice de pro-tecção IP65 e, por isso, são adequados para ambientes industriais mais agressivos.

Cada um dos painéis SIMATIC HMI Basic possui uma interface integrada PROFINET, o que permite uma comunicação com o con-trolador e transmissão de dados de parame-trização e configuração.

A interface PROFINET, integrada no contro-lador SIMATIC S7-1200, torna a interacção entre o controlador e os painéis SIMATIC HMI Basic mais fácil e fiável. O uso de mos-tradores com capacidades gráficas permite visualizar gráficos vectoriais, representação de gráficos de tendências, textos, bitmaps e campos de entrada/saída. Estão ainda equi-pados com várias funcionalidades como sis-temas de registo de alarmes, gestão de acei-tação de instruções, geração de tendências, assim como uma biblioteca com diversos gráficos e objectos no âmbito do sistema de engenharia.

Para mais informações

siemens, s.a.

industry seCtor | industry automation

Tel.: +351 214 178 838 | Fax: +351 214 178 050

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Page 32: O Electricista 31 - Projecto

revista técnico-profissionalArtigo técnico-comerciAl o electricista

133

weidmÜller

Em cada um dos casos deveram ser levadas em conta as condições ambientais onde os equipamentos irão ser colocados, pois esta-mos perante condições adversas a todos os equipamentos eléctricos, quer pelos gases libertados nos casos de saneamento, quer pelos níveis de humidade. Assim, é impor-tante que toda a instalação esteja devida-mente protegida mecanicamente através de caminhos de cabo em PVC , as abraçadeiras deverão ser de clipe ou aperto mecânico por parafuso de plástico fixas por buchas plásti-cas e parafusos de aço inox AISI 304 como condição mínima sendo recomendado o AISI 316. Os cabos deverão fazer a entrada e saída das calhas, através de bucins, assim como na ligação a motores e instrumentação. A ins-trumentação deverá ser aplicada com supor-tes em aço inox e deverão evitar-se ligações no interior dos poços de bombagem, em câ-maras de manobra e em todos os locais onde se possa libertar gás metano ou sulfídrico.

Deste modo o quadro eléctrico deverá ficar colocado num compartimento separado, e todas as travessias deverão ficar comple-tamente vulcanizadas em poliuretano ex-pandido para evitar a passagem de gases e humidades.

Os armários eléctricos deverão ser preferen-cialmente em poliester revestido a fibra de vidro e providos de termóstato com controlo

Luís Cristóvão – InstalControlem parceria com a Weidmüller, S.A.

Os sistemas de telegestão na área do ambiente têm como finalidade concentrar num único ponto as várias instalações dispersas. Essas instalações podem ser em várias vertentes do ambiente tais como saneamento, águas potáveis, resíduos sólidos, qualidade da água dos rios, entre outros.

no aquecimento e no arrefecimento, através de resistência de aquecimento e ventilador para arrefecimento.

Quando são utilizados variadores de fre-quência na variação de velocidade dos mo-tores eléctricos das bombas deverá ter-se em conta a separação dos caminhos de cabos, quer da potência quer do comando e espe-cialmente nos cabos de comunicações para os cabos de potência deverão ser utilizados cabos do tipo NYCWY para reduzir o efeito de ruído eléctrico, os condutores de sinais deverão ser flexíveis e providos de malha metálica. Em relação aos cabos de comuni-

{instalações eléctricas para sistemas de telegestão na área do ambiente}

cação os mesmos deverão ser adequados ao tipo de comunicação a que são destinados.

Os sinais de campo como níveis, pressões, caudais do tipo analógicos deverão ser providos de isoladores galvânicos, embora quando as cartas do PLC possam ser protegi-das tornar-se-á no futuro mais económico e mais fácil trocar, eventualmente, um isolador galvânico do que uma eventual carta de um PLC. As saídas digitais devem ser protegidas com relés, quer por uma questão de protec-ção ao PLC como também para facilitar a execução do sistema manual local em que o autómato, mesmo estando fora do serviço

Quadro técnico pela InstalControl

Descarregadores de sobretensão

Page 33: O Electricista 31 - Projecto

revista técnico-profissional Artigo técnico-comerciAlo electricista

134

não priva, na totalidade, o funcionamento da infra-estrutura.

Para interligar este ponto à telegestão pode-rão ser utilizados vários tipos de comunica-ção, tais como: Fibra Óptica, ADSL, Modem Rádio, Modem GSM/GPRS. Em qualquer dos tipos de comunicação deverão ser respeita-das as boas regras de execução.

Com a oferta actual de comunicações pode-mos criar algumas redundâncias, para que o sistema de controlo nunca fique fora de servi-ço. Assim sendo é normal utilizar-se uma linha dedicada, através de fibra óptica em redun-dância com comunicação através de ADSL, e ainda com um modem GSM/GPRS. Deste modo o sistema funcionará, preferencialmen-te, através da linha de fibra óptica e caso exis-ta um corte na fibra o sistema ligar-se-á ao sistema GSM/GPRS, e se não obter resposta será ligado pela tradicional linha de ADSL.

O SCADA permite-nos avaliar a cada mo-mento o estado de cada estação, bem como operar remotamente cada uma das insta-lações. O tratamento dos valores chegados á telegestão são fundamentais e, com eles poderemos realizar históricos de todos os valores ficando-se desta forma com dados importantes para uma boa gestão de explo-ração bem como a gestão para uma manu-tenção preventiva, reduzindo desta forma as intervenções para manutenção curativa.

Para mais informações

Weidmüller – SiStemaS de interfaceTel.: +351 214 459 191 | Fax: +351 214 455 [email protected] | www.weidmuller.pt

inStalcOntrOl, lda.Tel.: +351 244 724 737 | Fax: +351 244 724 [email protected] | www.instalcontrol.pt

Deste modo temos todas as condições reu-nidas para podermos interagir com esta ins-talação remotamente, bem como analisar e tratar todos os dados. Resta-nos instalar um SCADA no ponto denominado por central de despachos, ponto este onde convergem todas as informações oriundas quer de Es-tações Elevatórias, de ETAR, de Estações de Tratamento de Água Potável, de Estações de Triagem, de Aterros Sanitários, entre outros locais.

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Conversores de fibra óptica

Page 34: O Electricista 31 - Projecto

revista técnico-profissionalArtigo técnico-comerciAl o electricista

135

M&M ENGENHARIA {DIcAs pARA o EpLAN ELEctRIc p8}

Adicionalmente às macros básicas com as suas habituais proprieda-des (características eléctricas, número de peças, entre outros), este tipo de macros permite colocar valores pré-definidos, estes que são activados através da introdução de um elemento controlador deno-minado Objecto Posicionador. Por exemplo, todos os dispositivos de uma macro de janela podem ser preenchidos por peças Siemens, e um segundo valor pré-definido pode corresponder a peças da mar-ca Moeller. Esse valor pode servir para permutar na mesma macro, através de um clique entre os dados das peças Siemens e Moeller. Uma vez criadas e testadas as propriedades nelas contidas, essas ma-cros aceleram o processo produtivo e são uma fonte livre de erros. As inúmeras possibilidades na criação de macros com valores pré-definidos é praticamente ilimitada.

O objecto mais importante quando falamos de macros com valores pré-definidos é o objecto posicionador definido com a imagem de uma âncora, e que pode ser inserido através do menu Inserir/Objec-to posicionador permitindo mais tarde trocar entre os valores pré-definidos. Os valores pré-definidos são uma colecção de variáveis de objectos pré-seleccionados guardados numa macro de janela, e que são geridos num tipo de tabela “indexada ao objecto posicionador”, e

Bernd Gischel e Manuel Peneda (adaptação)M&M Engenharia Industrial, Lda.

As macros com valores pré-definidos são um tipo especial de macros do EPLAN Electric P8, e normalmente são macros de janelas equipadas com funcionalidades adicionais para agilizar a elaboração de projectos eléctricos.

adicionalmente a todas as propriedades dos vários dispositivos pre-enchidas ou em branco. Contém informação suplementar relativa aos valores das variáveis. As variáveis permitem optar por um valor pré-definido e todas as propriedades dos vários dispositivos podem ser associadas a uma variável qualquer.

Para criar uma macro com valores pré-definidos são necessários apenas alguns passos: criação do circuito parcial com todos os dis-positivos desejados e as respectivas funções associadas (número de peça, características técnicas, texto de função, entre outras), inser-ção do objecto posicionador (âncora) recorrendo ao menu Inserir/Objecto posicionador. No EPLAN existem várias formas de indexar objectos a objectos posicionadores: todos os objectos são seleccio-nados e depois agrega-se o objecto posicionador e também é pos-sível inserir objectos previamente assinalados através de uma área de selecção. Depois de escolhido o método o objecto posicionador pode ser aplicado junto da macro, e para isso, deve mover o objecto posicionador para a posição desejada usando o botão esquerdo do

Page 35: O Electricista 31 - Projecto

revista técnico-profissional Artigo técnico-comerciAl

3

o electricista

rato, posicionando-o com um clique. O EPLAN abre o diálogo Objec-to posicionador, e neste campo deve atribuir um nome ao objecto posicionador. Seguidamente pode optar pelo separador Valores para definir as variáveis que podem ser apresentadas mais tarde para se-lecção, e para isso deve clicar com o botão direito na área em branco e seleccionar a função Nova variável. O EPLAN abre o diálogo Deno-minar nova variável, e depois de atribuir o nome, clica-se em OK a variável será implementada.

Posteriormente define-se os dados para os vários valores, clica-se novamente com o botão direito optando por Novo conjunto de va-lores. Será inserida uma nova coluna contígua à Variável onde deve atribuir uma designação a um conjunto de valores. Deve-se proceder de forma semelhante para criar um novo conjunto de valores. Para atribuir as variáveis e seus valores às propriedades dos dispositivos opte pelo separador Atribuição, e na coluna Variável seleccione as propriedades que pretende alterar. O diálogo pode ser fechado e gra-vado com o botão OK. Este conjunto de macros podem ser utilizadas de várias formas nos projectos, o número de aplicações é pratica-mente ilimitado e elimina a possibilidade de erros, como atribuir peça com dados incorrectos ou não alterar a secção de um cabo quando modifica a potência de um motor.

Artigo baseado no livro “EPLAN Electric P8 Reference Handbook” da autoria de Bernd Gis-chel, traduzido e adaptado por Manuel Peneda.

Para mais informações

M&M EngEnharia industrial, lda.

Tel.: +351 229 351 336 | Fax: +351 229 351 338

[email protected] | [email protected]

www.mm-engenharia.pt | www.eplan.pt

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Page 36: O Electricista 31 - Projecto

revista técnico-profissionalArtigo técnico-comerciAl o electricista

137

GENERAL CABLE

Esta gama foi concebida para os circuitos de corrente contínua das instalações que ligam os painéis fotovoltaicos ao conversor, embora também possam ser usados em circuitos de corrente alternada até uma tensão de 0,6/1 kV. A concepção dos cabos Exzhellent Solar as-senta em especificações muito exigentes que garantem uma vida útil mínima de 30 anos, mesmo quando usados nas condições ambientais extremas a que as instalações fotovoltaicas são submetidas (fixas ou móveis, aplicadas nas coberturas ou integradas na arquitectura).

Existem dois modelos básicos:

1. Tipo ZZ-F para instalações móveis, com condutor de Cobre es-tanhado de classe 5 (-F) e livre de halogéneos, com isolação e bai-nha reticuladas. O condutor estanhado melhora a resistividade das conexões (a qual devido ao elevado número de ligações influencia bastante o comportamento da instalação).

2. Tipo XZ1FA3Z-K para instalações fixas, com condutor de Cobre de classe 5 (-K), com isolação de polietileno reticulado, bainha inte-rior zero halogéneo poliolefínica, armadura de Alumínio corrugado (FA3) e bainha exterior de poliolefina reticulada (Z).

Xavier GolTécnico-Comercial da General Cable

A General Cable contribui para o desenvolvimento das energias renováveis lançando uma nova gama de cabos para instalações de energia solar fotovoltaica. A gama Exzhellent Solar foi concebida para garantir uma máxima eficiência neste tipo de instalações. Os cabos da gama Exzhellent Solar são adequados para uma tensão máxima de 1,8 kV dc, que é o tipo de tensão gerada por estas instalações.

REsistêNCiA A tEmpERAtuRAs ExtREmAsOs materiais de isolação e bainha dos cabos Exzhellent Solar ZZ-F suportam uma temperatura máxima no condutor de 120º C durante 20.000 horas (IEC 60216-1). Esta excelente resistência térmica per-mite que os materiais funcionem eficazmente, apesar das elevadas temperaturas atingidas pelos painéis solares e ambiente envolvente quando a instalação está a funcionar na totalidade, sem deterioração ou redução do desempenho.

Os cabos Exzhellent Solar podem resistir a tem-peraturas mínimas até -40º C sem qualquer im-pacto nas suas características mecânicas. A sua instalação e desempenho em ambientes gela-dos estão desta forma garantidas. Esta gama muito larga de temperaturas de operação ga-rante o comportamento óptimo dos cabos, in-dependentemente do local da instalação.

REsistêNCiA às CoNdiçõEs CLimAtéRiCAsOs cabos Exzhellent Solar garantem ainda a protecção a outras condições ambientais, para além das temperaturas atmosféricas. As instalações fotovoltaicas são, por definição, realizadas ao ar livre. Desta forma os materiais devem ser resistentes às acções atmos-féricas, com ciclos variáveis e, por vezes muito rápidos, durante um longo período de tempo. Assim, estes cabos têm uma bainha alta-mente resistente ao efeito dos raios ultravioleta (UVA), que são os mais agressivos para os materiais poliméricos. Apesar disso podem ser instalados sem protecção, mesmo em locais de maior altitude, onde as radiações UVA são consideravelmente superiores do que em

{NovA GAmA dE CABos ExzhELLENt soLAR pARA iNstALAçõEs dE ENERGiA fotovoLtAiCA}

máxima: 120 ºC iEC 60216-1

mínima: -40 ºC iEC 60811-1-4

Page 37: O Electricista 31 - Projecto

revista técnico-profissional Artigo técnico-comerciAlo electricista

138

zonas mais baixas. Os materiais são ainda resistentes aos efeitos do ozono e à absorção de água. Estas características garantem o eficaz funcionamento do cabo, mesmo na presença das mais adversas con-dições ambientais.

ExCELENtE REsistêNCiA mECâNiCAAs características mecânicas das bainhas dos cabos Exzhellent Solar conferem uma protecção eficiente contra a força exercida quando ocorre a colocação e instalação do cabo, prevenindo contra uma possível deterioração da isolação, a qual poderia contribuir para fu-turos incidentes. A bainha assegura ainda a funcionalidade da insta-lação em caso de eventuais incidentes que possam ocorrer durante o período de vida útil, devido à excepcional resistência à abrasão (EN 50305) e ao desgaste (EN 60811).

Os cabos XZ1FA3Z-K Exzhellent Solar para instalações fixas também incorporam armadura de Alumínio corrugado, combinando a alta re-sistência à acção dos roedores com um cabo mais leve e pequeno. Estes cabos, que ligam as caixas de junção aos conversores tendem a concentrar uma grande parte do escoamento da energia produ-zida. A sua integridade deve ser assegurada de modo a optimizar o desempenho da instalação, evitando qualquer incidente que inutilize parte da instalação e, consequentemente, tenha custos económicos.

CABos dE ELEvAdA sEGuRANçAA estrutura típica de uma instalação fotovoltaica envolve a con-

centração de cabos em algumas zonas, especialmente nas caixas de junção. Estas acumulações podem causar sobreaquecimento e aumentar o risco de incêndio. Os Exzhellent Solar constituem uma verdadeira gama de cabos de Alta Segurança (AS) que cumprem to-das as normas de comportamento melhorado ao fogo. Combinam propriedades como a não propagação da chama (EN 60332-1-2) e a não propagação do incêndio (EN 60332-3-24), e assim minimizam o risco de propagação do fogo de um sítio para outro da instala-ção e os consequentes custos dos danos causados. Os riscos asso-ciados aos efeitos tóxicos da combustão dos materiais dos cabos são igualmente reduzidos. Estes materiais são livres de halogéneos (EN 50267-2-1) têm uma baixa emissão de gases tóxicos e corrosivos (EN 50267-2-2), e caracterizam-se por uma baixa opacidade de fu-mos emitidos (EN 61034-2).

Em situações de incêndio estas características de Alta Segurança mi-nimizam os riscos para as pessoas e equipamento: quer os ligados à propagação, quer os efeitos nocivos da combustão dos materiais. O magnífico desempenho dos cabos Exzhellent Solar da General Cable assegura a máxima eficiência neste tipo de instalações fotovoltaicas, assim como garantem um período de vida útil de 30 anos e a integri-dade do serviço da instalação.

O seu lançamento é um outro exemplo do compromisso da General Cable na contínua inovação em cabos de energia e da aposta no respeito ambiental e no incremento das energias renováveis. É igual-mente um importante passo na política de responsabilidade social da empresa e na criação de tecnologia que contribua para o desenvol-vimento sustentável da sociedade.

Para mais informações

GenerAl CAble CelCATTel.: +351 219 678 500 | Fax: +351 219 271 [email protected] | www.generalcable.pt

Resistência às intempéries Resistência aos raiosultravioleta (uv) uL 1581

Resistência ao ozonoiEC 60811-2-1

Resistência à absorçãode água iEC 60811-1-3

protecção anti-roedores Elevada protecção mecânica

Não propagaçãoda chama

Não propagaçãodo incêndio

isento de halógeneos Baixa Emissão de fumos Baixa emissão de gases tóxicos e corrosivos

Page 38: O Electricista 31 - Projecto

revista técnico-profissionalFORMAÇÃO o electricista

formação{Artigo técnico formAtivo nº. 11}

Hilário Dias Nogueira (Eng.º)com o patrocínio de: IXUS, Formação e Consultadoria, Lda.

Neste número, apresentamos a resolução do exercício proposto na revista anterior. Apresenta-se também um novo exercício cuja resolução será incluída na revista número 32.

139

Resolução do exeRcício 11

observação:1) Conforme foi proposto, e seguindo a legislação em vigor descri-

ta na secção 525 e 803.2.4.2 já indicadas no exercício anterior, apresenta-se a resolução do novo exercício que foi requerido de acordo com o enunciado.

Enunciado proposto na revista número 30: Qual a secção e protec-ção que deve ser escolhida para alimentar a potência de 20,7 kVA em cabo Trifásico XV (XLPE), que será estabelecido em vala de terreno muito seco (Cinzas), com protecção complementar e se destina ao troço de alimentação da instalação eléctrica de utilização de uso individual, com 58 metros de comprimento.

1º determinação da corrente de serviço por fase Utilizando a fórmula:

IB = S(VA) =

20700 = 29,87 A

3 x U x cos j 3 x 400 x 1

2º encontrar o Método de Ref. e determinar a corrente admissí-vel e respectiva secção dos condutores do cabo.

Segundo as Regras Técnicas (RTIEBT), na parte 5/ Secção 52, Qua-dro 52H, Ref.ª 61, encontra-se o modo de instalação da canaliza-ção escolhida (cabo mono ou multicondutor em condutas enter-radas), que é classificado como,

Método de Referência d(7)

A tabela a consultar para determinação da corrente admissível, da secção do cabo e o correspondente Método será:

Quadro Q 52-c30 – canalizações enterradas.

A corrente admissível da tabela: iZ ≥ iB : iZ ≥ 29,87 A

Dados a Utilizar

Potência Total

Canalização: cabo XV

Situação da canalização

Modo de Instalação

P = 20,7 kVA, circuito trifásico

58 metros

Enterrado em terreno seco-Cinzas

Protegida por conduta circular

Consultando o quadro, encontramos a corrente admissível,iZ = 31 A. (RTIEBT 523)

A correspondente secção será, s = 1,5 mm2.

3º Verificação da queda de tensão absoluta e percentual (RTIEBT 525)

Vamos utilizar a fórmula simplificada, para circuitos Monofásicos, (aplicando o disposto no 803.2.4.2).

Sabendo que o comprimento do ramal é 58 metros, vamos de-terminar a queda de tensão, u em volt, e em percentagem (Δu%):

u = 2 x r x L x IB = 2 x 0,0225 x 58 x 31 = 53,94 V S 1,5

Δu% = 100 x u = 100 x 53,94 = 23,45% U0 230

Como a queda de tensão se situa acima de 1,5%, a secção da canalização, para aquele comprimento, é inadequada.Então, analisando a correspondente tabela calculada no exercício da revista anterior, verifica-se:

que para 20,7 kVA, pressupondo que uma fase possa estar em de-terminada altura com 30 A (6,9 kVA), a secção deve ser 25 mm², e o comprimento máximo não poderá exceder os 63 metros. Assim, como o comprimento da canalização indicada no exercício é 58 metro, o comprimento está dentro do previsto na secção já indi-cada - 803.2.4.2 das RTIEBT, e segundo os cálculos apresentados também a queda de tensão é menor do que 1,5%:

Circuitos Trifásicos - Condutores de cobre – Q.d.t 1,5 %

Secção em mm

6 10 16 25 35 50 70 95 120 150 Potência de Cálculo kVA

IB(A)/fase

Comprimento em metros

20,7 30 15 25 40 63 89 127 178 242 306 383

Page 39: O Electricista 31 - Projecto

revista técnico-profissional ARtigO técnicO FORMAtivO

3

o electricista

u = 2 x r x L x IB = 2 x 0,0225 x 58 x 31 = 3,23 V S 25

Δu% = 100 x u = 100 x 3,23 = 1,40% U0 230

Nota: se não utilizássemos a fórmula aproximada este valor em %, seria mais

baixo (está 20% acima dos valores reais).

A corrente admissível encontrada na tabela é de:

* - Para cabos enterrados e colocados dentro de tubos ou de tra-vessias os valores indicados na tabela devem ser afectados do fac-tor de correcção de 0,80.* - Factores de correcção aplicável ao Iz dos cabos enterrados em solos que devido a sua resistividade térmica diferem de 1k.m/W afectam o cabo na sua capacidade de transporte.

Calculando a protecção, encontramos o valor da corrente estipu-lada (calibre) do fusível de In=40 A e que verifica as duas condi-ções das protecções.

1ª condição IB ≤ IN ≤ IZ , --> 29,88 A ≤ 40 A ≤ 80,64 A

(RTIEBT 433.2)

2ª condição I2 ≤ 1,45 x IZ --> 64 A ≤ 116,9 A

4º canalização eléctrica escolhidacabo xV 4x25 mm2 entubado.Verificamos que para este comprimento de canalização, a queda de tensão é realmente de ter em conta. Quanto à secção de 25 mm², se optássemos por PVC- (VAV)-Tínhamos um Iz=123 A, sen-do este valor afectado pelos factores de correcção e reduzido para 68,88 A, mantendo-se a mesma protecção (In=40 A).Fazendo a opção inicial de XLPE – (XV), o valor do Iz = 144 A, que com afectação dos factores de correcção passa para 80,64 A acar-reta uma melhoria à capacidade da canalização, podendo apenas trazer um acréscimo de custo no cabo da instalação que pode ser analisado e ponderado. Assim, a optar por um cabo VAV a mais valia poderá ser apenas num mais baixo custo da obra.

exeRcício nº 12

enunciado: Qual a secção, protecção e interruptor de corte geral que devem fazer parte da montagem de uma instalação eléctrica que alimenta um edifício com 3 pisos e tem 3 apartamentos T2 a 6,9 kVA monofásicos, 1 apartamento T2 duplex com 10,35 kVA também monofásico e 1 apartamento T4 a 20,7 kVA. O edifício tem 3 metros entre pisos e possui um quadro de serviços comuns com a potência de 10,35 kVA monofásico. Este edifício é alimentado a partir de uma portinhola que dista 2 metros do quadro de colunas.

PUB

Iz (A) Secção (mm²)

Factor de correcção (entubado)

Factor de correcção Q52-E6

Iz (A) corrigido

144 A 25 0,80* 0,70* 80,64 A

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revista técnico-profissionalITED o electricista

RepaRtidoRes GeRaisOs repartidores gerais localizam-se regra geral num ATE, que faz par-te da rede colectiva de tubagens, com acesso condicionado e apre-sentando as seguintes tecnologias:› Pares de cobre: RG-PC;› Cabos Coaxiais: RG-CC;› Fibra Óptica: RG-FO. Exemplo da localização dos repartidores num ATE:

Cor Azul, para cabos Fibra Óptica;

Cor laranja, para cabos coaxiais;

Cor verde, para pares de cobre;

Cor cinzenta, para passagem comum das 3 tecnologias.

Repartidor Geral de Pares de Cobre (RG-PC)RG-PC é constituído por dois painéis de interligação (primário e se-cundário), bem como os cordões de interligação, que ligam o primá-rio ao secundário na categoria adequada.

A partir do secundário da RG-PC até ao RC-PC, dever-se-á utilizar uma distribuição em estrela, com o recurso a cabos de quarto pares de cobre, categoria 6 no mínimo.

Para comprimentos de cabos de PC superiores a 100 metros, deve-se criar pontos de distribuição intermédios, garantindo assim a catego-ria 6 entre os pontos de distribuição.

141

ficha técnica n.º 9 {Requisitos técnicos GeRais, seGundo o manual de ited

2º edição de 24 de novembRo de 2009}

Sempre que o RG-PC for instalado em bastidores, recomenda-se a disposição destas unidades de acordo com a definição, descrição e desenho apresentado pelo projectista. Pelo que se apresenta um exemplo de ligação de um RG-PC em categoria 6.

O fornecimento de material e a instalação de órgãos de protecção para o primário do RG-PC é da responsabilidade dos operadores pú-blicos. A colocação destes órgãos deve ser feita em unidades modu-lares, e no caso de se aplicar descarregadores de sobretensão, estes devem ser ligados directamente ao terminal principal e terra do edi-fício por meio de um condutor que não seja identificado pela cor verde - amarela.

Repartidor Geral de Cabo Coaxial (RG-CC)RG-CC é constituído por dois painéis de interligação (primário e se-cundário), bem como os cordões de interligação que garantam a li-gação do primário ao secundário.

Nos edifícios com 2 ou mais fracções autónomas deverão existir dois RG-CC, estando um normalmente localizado no ATE superior, com distribuição descendente (associado a MATV ou SMATV), e outro no ATE inferior, com distribuição em estrela (associado a CATV), com término no RC-CC.

A rede CATV é obrigatória, e será sempre feita em estrela desde o

Paulo MonteiroFormador da ATEC - Academia de Formação

Page 41: O Electricista 31 - Projecto

revista técnico-profissional ITEDo electricista

142

secundário do RG-CC até ao primário do RC-CC.

Serão calculadas, por fogo, as atenuações dos cabos e dispositivos entre o secundário de RG-CC e a tomada mais desfavorável. Os cál-culos efectuados, para as frequências de 60, 90 e 750 MHz, devem ser indicados no projecto.

Na figura seguinte apresenta-se uma possível constituição de um RG-CC.

A rede MATV é obrigatória a partir de 2 ou mais fogos. No caso da Zona Digital-I, a não existência de antenas exteriores, fará parte do projecto uma garantia, com toda a informação recolhida pelo pro-jectista, em que o edifício se encontra na referida zona de cobertura.

O sistema de MATV inclui as antenas, dispositivos associados e ele-mentos de protecção contra descargas de sobretensão.

O sistema de ligação à terra é da responsabilidade do instalador da rede eléctrica do edifício.

Repartidor Geral de Cabo Fibra - Óptica (RG-FO)A ligação da fibra óptica no secundário do RG-FO, deve ser feita através de um painel de acopladores SC/APC a cada fracção residen-cial, no mínimo duas fibras.

A distribuição da rede colectiva de fibra óptica procede-se da se-guinte forma:

› Cabo individual de cliente (“drop”) com ligação directa, ponto a ponto, do secundário do RG-FO ao primário do RC-FO de cada frac-ção;

› Cabo de coluna com pré-conectorização, apenas na terminação que vai ligar ao RG-FO;

› Cabo de coluna sem pré-conectorização, que obriga à fusão das fibras a “pigtails”, ou à sua ligação mecânica;

› Excepcionalmente poderá considerar-se a existência de cabo “ri-ser”, desde que exista um número elevado de fracções autónomas e desde que devidamente justificado pelo projectista.

A instalação do primário cuja responsabilidade é dos operadores pú-blicos e a respectiva ligação ao secundário deverá ter em conta os seguintes aspectos:› A ligação entre o primário e o secundário deve de ser feita com

patch-cords de comprimento mínimo de 1 m;› Obrigatoriedade de terminar as fibras em conectores, tendo em

conta os eventuais problemas de segurança relacionados com fi-bras iluminadas.

A seguir apresenta-se um exemplo de um RG-FO.

acRÓnimos neste aRtiGoITED › Infra-estruturas de Telecomunicações em Edifícios

ATE › Armário de Telecomunicações de Edifício

ATE/Inf › Armário de Telecomunicações de Edifício Inferior

ATE/Sup › Armário de Telecomunicações de Edifício Superior

PC › Pares de Cobre

CC › Cabo Coaxial

FO › Fibra Óptica

RC-PC › Repartidor de Cliente de Pares de Cobre

RC-CC › Repartidor de Cliente de Cabo Coaxial

RC-FO › Repartidor de Cliente de Fibra Óptica

RG-PC › Repartidor Geral de Pares de Cobre

RG-CC › Repartidor Geral de Cabo Coaxial

RG-FO › Repartidor Geral de Fibra Óptica

biblioGRaFia

› Manual ITED - ( Prescrições e Especificações Técnicas ) - 2.ª edição,

24 de Julho de 2009 pela ICP-ANACOM

Page 42: O Electricista 31 - Projecto

revista técnico-profissionalConsultório ElECtrotéCniCo o electricista

consultório electrotécnicoIXUS, Formação e Consultadoria, Lda.

O “Consultório Electrotécnico” continua a responder às questões sobre Regras Técnicas, ITED e Energias renováveis que nos têm sido colocadas. O e-mail [email protected] está também disponível no website http://www.ixus.pt, onde também aguardamos pelas vossas questões. Nesta edição publicamos as questões que nos colocaram entre Dezembro e Fevereiro de 2010.

P1: Em que sub categoria, de estabelecimento recebendo públi-co, posso classificar um Lar residencial destinado a dormitório de pessoas com deficiências? Será do tipo hospitalar, ou do tipo turístico ou estabelecimento simular?R1: A classificação mais indicada é a de um Estabelecimento tipo Tu-rístico se não existir internamentos ou tratamentos, caso contrário, será do Tipo Hospitalar.

P2: Em todos os tipos de instalações abrangidas pelas RTIEBT, os quadros eléctricos devem garantir a classe II de isolamen-to? Mesmo que estes estejam em local técnico devem garantir a classe II?R2: De acordo com o anexo V, da Secção 4 das RTIEBT, o quadro pode ser da classe I, ligado à terra, mas com protecção diferencial de en-trada colocada de tal forma que assegure uma protecção idêntica à da classe II, ou ser dotado de isolamento suplementar durante a ins-talação, ou ser separados do invólucro (metálico) por um isolamento suplementar (ver Figura 47GU, no referido Anexo V).

P3: Gostava de saber o que é necessário fazer para adquirir car-teira profissional de electricista. Gostaria também de saber qual o custo a nível monetário, podendo assim assinar termos de res-ponsabilidade dos trabalhos por mim efectuados.R3: Para obter a carteira profissional de “Técnico Responsável por ins-talações eléctricas”, tem de possuir uma experiência de 7 anos e reali-zar um RVCC Profissional (Novas Oportunidades), existente ao abrigo de um protocolo entre a DGEG (Direcção Geral de Energia e Geologia) e o IEFP (Instituto de Emprego e Formação Profissional).Sabemos existirem Centros de Novas Oportunidades (CNO) no Cerco do Porto, em Vila Real, em Chaves e Seia, entre outros que deverão existir no País.Consulte o Centro de emprego, pois podem ajudá-lo lá. Entretanto

enviamos em anexo o Decreto-Lei N.º 229/2006 que altera o Estatuto de Técnico Responsável onde o assunto é referido no artigo 5º.

P4: Gostaria de saber qual o IP e IK do quadro, tomadas e ilumi-nação que devo ter para instalar numa dependência destinada a arrumos/adega? Qual deverá ser o valor máximo da terra que deverei ter.R4: O local em causa exige um IP55, devido aos gases eventualmente libertados (álcool). Quanto ao IK este deverá ser escolhido de acordo com as actividades do local. Se não existirem movimentos de cargas pesadas, poderá ser IK2. Caso haja movimentos de cargas pesadas, como por exemplo pipos ou outros equipamentos poderá ser neces-sário o IK7.O valor da resistência de terra segundo as Regras Técnicas, não deverá ultrapassar os 100 ohm nas condições mais desfavoráveis (Verão).

P5: Segundo pude ver nas regras e atendendo à classifica-ção dos locais, classifiquei-o da seguinte forma: AA4, AB4, AD1, AE2, AE4, BA1, BB1 O que me dá IP44 mínimo. A divi-são é uma divisão arejada com janela completamente reboca-da e pintada no interior com uma cuba em Inox (250L) para o vinho e completamente abrigado de qualquer entrada de água, sendo apenas a possível e natural humidade do ar. Quanto ao IK estava a pensar que IK 02, uma vez que não vão existir mo-vimentos de cargas pesadas. Que comentários tecem sobre esta análise?R5: Relativamente ao IK deverá ser em condições normais o IK04. Relativamente ao IP será insuficiente face à libertação eventual de vapores do vinho ou até a um eventual derrame. Neste caso não seria AD1, mas sim AD3, ou superior dependendo das circunstâncias. Se o espaço for lavável com mangueira (jactos de água) então o IP mínimo deverá ser IP55.

143

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revista técnico-profissional Consultório ElECtrotéCniCoo electricista

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P6: Tenho uma questão sobre o ponto 801.2.1.2.4 das RTIEBT que diz o seguinte: “Quando for necessário adoptar medidas de pro-tecção contra os contactos indirectos por corte automático da alimentação, devem ser seleccionadas as medidas que não obri-guem ao corte dos circuitos ao primeiro defeito de isolamento.”Por exemplo para a alimentação das bombas de incêndio de um edifício, na alimentação ao quadro das bombas se for utilizado um transformador de isolamento será que é suficiente? Ou a resolução do problema tem mesmo de passar por um sistema IT com controlador permanente de isolamento (CPI)?R6: Só com o transformador de separação de circuitos e o uso de pro-tecções contra sobreintensidades, a protecção contra contactos indi-rectos carece da ligação das massas ao Neutro e estaremos perante o sistema TN, que funciona ao primeiro defeito por disparo do disjuntor.A alternativa é efectivamente o esquema IT com o respectivo CPI e assim asseguramos que o funcionamento não se realiza ao primeiro defeito, conforme exigência das Regras Técnicas relativamente aos circuitos de segurança.

P7: Esta regra aplica-se a que tipo de edifícios? Todos? Ou ape-nas aos edifícios com público e grandes parques de estaciona-mento?R7: Esta regra aplica-se a todos os Estabelecimentos que recebem público onde é necessário aplicar instalações de segurança.

P8: Ainda em relação a este tema estive a ver um projecto ela-borado por um colega em que a solução adoptada no projec-to foi estabelecer as bombas de incêndio numa sala dedicada, acessível apenas a pessoal qualificado (BA4 e BA5) e colocar um dispositivo de monitorização permanente de corrente residual para os circuitos de alimentação às bombas, com aviso sonoro e visual de defeito de isolamento no interior da respectiva sala.A minha questão é se esta solução é correcta? Visto que nesta solução não é utilizado um transformador de isolamento nem CPI (em regime IT) ou utilizados equipamentos e cabos da classe II de isolamento? Apenas têm as saídas protegidas por fusíveis (sem diferencial)? A minha principal preocupação em relação a esta solução é a presença de tensões de contacto muito perigo-sas, mesmo tendo em conta que a instalação é só acessível a BA4 ou BA5? Pode esta solução ser implementada?R8: Têm sido “inventadas” muitas soluções para a não utilização do transformador de separação de circuitos.O facto de existir uma área técnica apenas acessível a pessoas (téc-nicos) classificadas como BA4 ou BA5, não invalida que em caso de incêndio, e por “ironia do destino” possa acontecer um defeito e a protecção funcionar a esse primeiro defeito. O facto de existir uma área técnica também exigiria um técnico responsável pela exploração o que nos parece difícil no caso de um prédio colectivo, por exemplo. Ainda assim, a solução indicada não nos parece indicada pelas razões apontadas atrás.Não temos, neste momento, conhecimento que a DGGE tenha emana-do qualquer regra diferente das referidas nas Regras Técnicas.

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