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O método Científico
• É o conjunto de conhecimentos obtidos através da aplicação de uma metodologia própria.
• O método científico é baseado em um sistema de regrase procedimentos, sendo requisito básico a competênciaem raciocínio lógico e na análise.
• As regras e procedimentos do método científico estãosendo constantemente revisados, na medida em que ospesquisadores procuram novas e melhores maneiras derealizar observações, fazer inferências e análises.
Objetivo principal da Pesquisa Científica
• É descrever e explicar a realidade.
• A pesquisa começa com a definição e descrição do que jáse sabe sobre o tema.
• Isto requer a revisão da literatura e a síntese das informa-ções geradas por vários estudos anteriores.
• A partir de bibliografias, são elaboradas questões para apesquisa pelo investigador.
• Cada questão têm que ser pensada, aprimorada como umaou mais hipóteses, embasadas no conhecimento teóricoexistente.
Perguntas do Pesquisador:
• Que tipo de desenho de estudo se enquadra melhor pararesponder à questão?
• Que instrumentos são necessários para obtenção dosdados a serem pesquisados?
• Que tipo de informações necessita serem geradas?
• Qual o tamanho da amostra?
• Que tipo de análise estatística deve ser utilizada?
• As respostas serão úteis?
• Quem vai financiar a pesquisa?
Os principais elementos do método científico são os seguintes:
• Hipótese:é uma sentença que propõe uma relação entre fatores específicos ou variáveis. dependentes
Variáveis: independentes
Os fatores podem ser:• pessoa (idade, sexo, raça, renda, etc)• lugar (moradia, escola, local de trabalho, etc)• tempo (hora, dia, meses, anos, etc)
• Há dois tipo de Hipóteses:• Nula (não diferença entre os grupos)• Alternativa (prediz uma diferença entre os grupos e
também indica a natureza dessa diferença)As hipóteses são tentativas de respostas aos problemas que motivaram a pesquisa
Os principais elementos do método científico são os seguintes:
Amostragem:• O objetivo de todo método de amostragem é retirar umaamostra representativa da população.
• Com uma amostra representativa pode-se, com confiança,generalizar os resultados para o resto da população deonde a amostra é retirada.
Há dois métodos de amostragem:
• Probabilística: assegura que cada indivíduo na populaçãotem uma chance conhecida de ser incluído na amostra.
• Não probabilística: Não há forma de assegurar que cadaindivíduo tenha uma chance de ser incluído na amostra.
Os principais elementos do método científico são os seguintes:
Amostragem Randomizada:
É aquela que todos os membros de uma população têm uma chance equivalente de seleção. O método envolve a construção de uma lista de com todos os membros da população e usando-se uma lista de números randomizados, sorteiam-se os números para inclusão na amostra.
Ex: Num hospital com 5.000 partos por ano, espera-se 500 RN de baixo peso.A cada RN de baixo peso atribui-se um número único. Utilizando-se a tab.de números randomizados, a amostra requerida será coleta na proporçãode 1 caso para 2 RN de baixo peso.
Neste Ex: pode-se também fazer uma amostragem por QUOTA, o pesquisadorEstratifica por Kg de peso Ex: 1000-1499, 1500-1999, 2000-2500. Seleciona os20 primeiros de cada subgrupo. A amostragem por cota ajuda a fazer amostrasMais representativas de diferentes subgrupos de uma população.
Os principais elementos do método científico são os seguintes:
Amostragem por ÁreaÉ colhida baseada na localização. Os locais são selecionados ao acaso, e, após a seleção, o pesquisador entrevista os residentes desta localidade.
Amostragem sistemáticaTodo 10º ou 20º caso é selecionado. Não é uma técnica verdadeiramente randomizada, mas usualmente levará a uma amostra representativa.
Amostragem por gruposNeste método são selecionados grupo de indivíduos e nãoIndivíduos separadamente.
Ex: Terapia de Reidratação Oral, Programa de Vacinação.
Os principais elementos do método científico são os seguintes:
Amostragem Não Probabilística
Ocorrerá na maioria das instâncias na realidade do trabalho clínico. Ex: uma investigação da prevalência de CPO em pacientes com desnutrição em uma determinada população, atendida em um consultório X.
Selecionando amostras
O maior interesse do investigador relaciona-se com a etiologia, que frequentemente significa a associação entreexposição e doença (desfecho). Se ambos são RAROS, a seleção precisa ser de um número suficiente de pacientes para obter resultado significativo.
EX: CPO em pessoas com mais de 100 anos de idade, comHIV Positivo.
Com a relação a EXPOSIÇÂO, o investigador pode compararamostra de indivíduos EXPOSTOS. Esse tipo de seleção é usualmente empregado em ESTUDOS DE COORTE.
EX: Um novo tratamento evita CPO?
Selecionando amostras
Em relação a doença, o investigador pode coletar umaamostra de indivíduos com uma determinada doença e compará-los com um grupo de indivíduos sem a doençaESTUDOS DE CASO-CONTROLE.
EX: CPO >= 1 X CPO = 0renda < 3 sm X renda >= 3 sm =.
CPO = variáveis dependentesRenda = variável independente
ESTUDOS TRANSVERSAIS – Podem usar qualquer um desses métodos de seleção, por exposição ou doença, ouainda sem levar em consideração nenhum dos dois.
FATORES QUE PODEM AFETAR A VALIDADE DO ESTUDO
Distorção da amostra – A amostra do estudo tornou-se nãorepresentativa da população alvo. (EX: perda da popula.)
Viés de mensuração – Erros nas medidas de uma ou maisvariáveis que interagem, levantamento dúvidas dos resultados. (EX: técnicas de aferição não padronizadas,
equipamentos não calibrados corretamente)
Fatores de confusão – Uma ou mais variáveis influenciamindependentemente as variáveis interagentes. (Ex: nívelEducacional da mãe influenciando a classe social e a saúde da família.
TAMANHO DA AMOSTRA
O tamanho da amostra, é fundamental para uma pesquisa ser representativa. Uma amostra pequena pode apresentarmédias e taxas diferentes do universo.
Amostras de grandes tamanhos, apresentam médias e taxas muito próximas da realidade da população.
Os resultados de um estudo se relacionam com a realidadeDe quatro maneiras. Duas dessas quatro oferecem conclusões corretas e duas incorretas:
--------------------------------------------------------------------------------------Presente ausente
--------------------------------------------------------------------------------------Conclusões Diferente Correta Incorreta
do Erro tipo ITeste -----------------------------------------
Estatístico Sem Incorreta CorretaDiferença Erro tipo II
--------------------------------------------------------------------------------------Erro tipo I (afirma-se quando há uma diferença quando
realmente ela não existe).
Erro tipo II (afirma-se que não há diferença quando realmente ela existe).
Obs: quanto maior a amostra menor o risco dos resultadosdiferirem daqueles da população da qual a amostra foi tirada.
O erro tipo I (chamado de erro alfa), está relacionado com testes estatístico para significância. Toma-se por convenção o valor de p < 0,05 como ponto de corte: uma chance de 1 em 20 dos valores observados terem surgidos simplesmentepor acaso.
O erro tipo II (chamado de erro beta), está relacionado ao tamanho da amostra.
Um estudo é sensível se tiver uma alta probabilidade de detectar diferenças entre as observações que realmentediferem. Isto quer dizer: quando valor de beta é fixado em0,20 dizemos que o poder do estudo é 1-0,2=0,80 ou 80%.Assim, um teste como 80% é considerado bom.
TIPOS DE PESQUISA
Qualitativa e Quantitativa
Pesquisa Qualitativa
A pesquisa QUALITATIVA é útil na obtenção de informaçõesem situações e problemas dos quais se tem pouco conhecimento. (crenças, procedimentos, explorar certos
comportamentos etc)
Os dados obtidos em pesquisa qualitativa, são produzidos emformas de textos.
Pesquisa qualitativa: não há precisamente definidas hipótesescomo há em pesquisas quantitativas.
Existe apenas noções teóricas sobre o fenômeno em estudo.
Há quatro métodos principais de pesquisa qualitativa:
observação do participante
entrevistas individuais detalhadas
entrevistas em grupos
técnicas projetivas
Dentre estes, a observação do participante é o método Qualitativo exemplar, os indivíduos são estudados em seu ambiente natural.
Em todos os outros métodos, situações artificiais são criadas.
Amostragem na pesquisa qualitativa:
O tamanho amostral não é determinante.
A maior preocupação é com a riqueza de informação.
A validação dos dados qualitativos são:
credibilidade
segurança
DESENHO DO ESTUDO
Relato de Caso
Vantagens: Baixo Custo e Facilidade para gerar hipótesesDesvantagens: Não pode ser usado para testar hipóteses
• relatar eventos raros• rica fonte para futuras pesquisas• fornece aspectos detalhados de achados clínicos, laboratoriais
• ajuda a fornecer o mecanismo da doença e do tratamento• ajuda a detectar efeitos colaterais de drogas• sinaliza hipóteses a serem testadas através de outrosestudos.
Não tem estatística
DESENHO DO ESTUDO
Série de Casos
Vantagens: Oferece dados descritivos sobre as caracterís-tica da doençaDesvantagens: Sem grupo controle. Não pode gerar hipót.
Utilização:Descreve manifestações clínicas de uma doença em um dado ponto no tempo.
Estatística: Não utiliza testes estatísticos, apenas apresentar os resultados através de gráficos e tabelas com seus valores absolutos e percentuais.
DESENHO DO ESTUDO
Transversal/prevalência
Vantagens: Avalia prevalência; fácil; pode gerar hipótesesDesvantagens: Não avalia o tempo de exposição
Os estudos transversais encontram-se entre os estudospuramente descritivos e aqueles que pode gerar hipóteses.Em estudos transversais depende mais do pesquisador emescolher as variáveis “preditivas” e de “resultado”. Em trabalhos analíticos, estudos transversais são úteis para estudar os efeitos de variáveis sobre a saúde. Ex: idade, raça, sexo, etc.
Estatística: resultados são expressos: média, moda, DP,Taxas.
DESENHO DO ESTUDO
Ecológico
Vantagens: Respostas rápidasDesvantagens: Difícil controlar variáveis de confusão
O estudo ecológico descreve dados de grupos ao invés de um indivíduo. Normalmente são apresentados em séries de análise no tempo. Ex: Exposição a radiação, tendências daMortalidade materna nas UTIs.
Estatística: Números absolutos e relativos.
DESENHO DO ESTUDO
Caso Controle
Vantagens: Pode estudar exposiçãoDesvantagens: Seleção dos controles difícil
No planejamento de estudos de casos e controles é preciso ter muito cuidado com a seleção dos indivíduos (expostos e não expostos). Os estudos de casos e controles não deve ser confundido com coorte, muito embora ambos sejam de observação relacionados com fator de risco. Um aspecto distintos dos estudos de casos e controles é que os casos têm o desfecho de interesse (isto é, doença ou óbito) na hora que se procura informações sobre fatores de risco. No caso dos estudos de coorte, as pessoas estão sem doença no começo da observação, mas estão expostas ou não a fatores de risco.
DESENHO DO ESTUDO
Caso Controle
Passado ao Fator de Exposição Doença-----------------------------------------------------------------------------------Sim
SIM: CasosNão
SimNão: Controles
Não------------------------------------------------------------------------------------
DESENHO DO ESTUDOCaso Controle
AnáliseAXD
“Odds ratio” – Razão das probabilidades OR = -----BXC
----------------------------------------------------------------------------------------Casos Não Casos
----------------------------------------------------------------------------------------Expostos A B A+BNão Expostos C D C+D----------------------------------------------------------------------------------------
A+C B+DQuanto mais forte for associação entre exposição e doença, mais alta a OR. Por outro lado, se a frequência de exposição for menor entre casos, a OR será inferior a 1, indicada fatorde proteção.
DESENHO DO ESTUDO (Caso Controle)
Ex: Cálculo da Odds ratio
Estudo de Caso controle: investigação sobre associaçãoentre toxoplasmose e debilidade mental em crianças
----------------------------------------------------------------------------------------Sorologia positiva Deficiência Mental Totalpara toxoplasmose (Sim) (Não)
Casos Controle----------------------------------------------------------------------------------------Sim 45 15 60Não 255 285 540Total 300 300 600----------------------------------------------------------------------------------------Risco = OR = (45X285) / (15X255) = 3,35
Mostra risco de sorologia positiva p/ deficiência mental
DESENHO DO ESTUDO
Coorte
O termo coorte é usado para descrever o tipo de pesquisa em que um grupo de pessoas, com algumas características em comum, no momento em que ingressam no estudo, são observadas ao longo de um período de tempo para verificar alterações que acontecem com elas.
Vantagens: permite o cálculo de incidência ou morbidade no momento do estudo. Permite que todas as variáveis importantes sejam medidas no momento do estudo, não depende da memória.
Desvantagem: Custo alto. Caso a doença for incomum recrutar um número muito grande deindivíduos.
DESENHO DO ESTUDO
Coorte
Estudos de Coorte podem ser:
Prospectivo: O coorte é montado no presente e acompanha-do no futuro.
Histórico: O coorte é identificado em dados coletados no passado e acompanhado no presente.
Retrospectivo: Os eventos de relevância para o estudo, exposição já ocorreu e desfecho ainda não ocorreu.
DESENHO DO ESTUDO
Análise
Normalmente o pesquisador tenta comparar a incidência dadoença entre dois ou mais coortes (sexo, idade, etc) que tenham exposição diferentes a um possível fator de risco (fumante X câncer).
Medidas dos efeitos:
Risco atribuível (RA) – Esta medida é a resposta à questão:Qual o risco adicional (incidência da doença) que acompanhaa exposição, acima daquela experimentada pelas as pessoasnão expostas? “RA é a diferença do risco”.
RA = incidência nos expostos – incidência nos não expostos
DESENHO DO ESTUDO
Análise
Risco relativo (RR) - Esta medida é a resposta à questão:Quantas vezes a mais é provável que uma pessoa exposta fique doente, em relação a uma não exposta? RR é a taxa de risco.
RR = incidência nos expostos / incidência nos não expostos
Risco atribuível à população (RAP) – Esta medida é a resposta à questão: Qual a contribuição de um fator de risco às taxas de doença na população? Aqui não se leva em conta o individuo e sim a pop a população.
RAP = RA X presença do fator de risco na população estudada
Coorte
Ex: Risco Atribuível (RA)
Mortalidade p/ câncer X fumo--------------------------------------------------------------------------------------Ie = Incidência de expostos (fumantes) = 70 p/ 100.000
In = Incidência de não exposto (não fumantes) = 7 p/ 100.000
RA = Ie – In = 70-7 = 63 óbitos p/ 100.000---------------------------------------------------------------------------------------
Conclusão: para 100.000 fumantes, 63 têm o risco de morrerpor câncer.
Coorte
Ex: Risco Atribuível população (RAP)
Mortalidade p/ câncer X fumo--------------------------------------------------------------------------------------Ie = Incidência de expostos (fumantes) = 70 p/ 100.000
In = Incidência de não exposto (não fumantes) = 7 p/ 100.000
It = Incidência total na população = 38,5 casos p/ 100.000
Prevalência do fator de risco na população = 50% fumantes
RAP = It – In = 38,5-7-------- = 31.5 / 38,5 = 0,82 x 100 = 82,% 38,5
---------------------------------------------------------------------------------------
Coorte
Ex: Risco Relativo (RR)
Eficácia de uma vacina comparada com placebo--------------------------------------------------------------------------------------
Grupos Casos de Doença Total Taxa deIncidência
Sim Não---------------------------------------------------------------------------------------Vacinados 20 980 1000 2Não vacinados 100 900 1000 10Total 120 1880 2000 6
---------------------------------------------------------------------------------------RR = 2/10 = 0,2 (efeito protetor)
Eficácia da vacina (10-2) / 10 X 100 = 80%
DESENHO DO ESTUDO
Ensaios clínicos
Vantagens: Desenhos muito convincentes; controle de variáveis conhecidas e não conhecidas
Desvantagens: Cara; dificuldades logísticas e éticas
Ensaio clínico é um tipo especial de estudo de coorte no qual as condições de estudo, como seleção de grupos de tratamento, natureza das intervenções e controle durante o acompanhamento, são especificadas pelo investigador com o intuito de realizar comparações sem vieses.Ensaio clínico é o único desenho de estudo que se aproxima das condições experimentais laboratoriais, em que todas as influências externas são controladas pelo pesquisador.
DESENHO DO ESTUDO
Ensaios clínicos (precauções)
Observar:
• critérios de inclusão e exclusão
• intervenção (livres de viés)
• seleção de grupo de comparação
• randomização (método de preferência)
• Cegar (pesquisador)
DESENHO DO ESTUDO
Ensaios clínicos
Teste de Significância ou intervalo de confiança
O objetivo dos testes de significância estatística é avaliar se as diferenças observadas entre os grupos de tratamento podem ter surgido por acaso ou se indicam efeitos verdadeiros. Intervalo de confiança oferecem uma margemque inclui as reais diferenças dos tratamentos. Um grande intervalo de confiança indica falha de precisão, o que significa que o tamanho da amostra é inadequado. O Cálculo do intervalo de confiança é sempre importante, particularmente quando os testes estatísticos indicam diferenças não significantes.
DESENHO DO ESTUDO
Inquéritos
Os inquéritos são úteis na investigação das atitutes, comportamentos e dos problemas de saúde da comunidade. Tais dados podem ser utilizados para propor teorias/ hipóteses sobre a natureza e as causas das doenças ou apontar os índices de utilização dos serviços. Na maioria dos países, órgãos governamentais realizam, regularmente, pesquisas em amostras da população para formar base geral de informações de sócio econômica, de saúde ou para monitorar indicadores.
Estatística: Tabelas simples de frequência com números absolutos e percentuais.
Diferentes tipos de estudos são resumidos na tabela abaixo:--------------------------------------------------------------------------------------Poder Desenho Achados--------------------------------------------------------------------------------------Forte Ensaio clínico Temporalidade
Estudo de coorte Poder
Estudo de caso controle Reversibilidade
Coorte transversal Dose-resposta
Série de casos Plausibilidade Biológica
Fraco Relato de caso Analogia daespecificidade
-------------------------------------------------------------------------------------
QUESTIONÁRIOS
O questionário é um instrumento meio de se coletarem dadosda pesquisa. Para se obterem respostas confiáveis, válidas e exatas é necessário que o questionário seja bem planejado.
Dois métodos mais utilizados de questionários são:
Auto-conduzido: Vantagens: financeira, tempo, privacidade, respostas mais precisas.
Entrevistas: Vantagens: respostas mais detalhadas, controle do entrevistador.
QUESTIONÁRIOS
Principais aspectos antes começar o desenvolvimento de um questionário:
1. Quem preencherá o questionário?
O pessoal que vai preencher o questionário, precisa ser treinado (modo de apresentar-se, comunicação de acordo com a população estudada, ética de pesquisa) antes de começar a pesquisa.
2. Qual o formado será utilizado?
Perguntas abertas ou fechadas?
Análise dos dados
Principal aspecto antes de analisar os dados:
O pessoal da digitação precisa ser treinado para inserir as informações contidas no questionário, não permitir que o
digitador introduza algum resultado quando a variável não estiver preenchida.
• Verificar se há inconsistência nos dados.
Como Proceder:• Fazer uma tabela de frequência simples para todas as variáveis.
• Definir como proceder quando não existir informação. Ex: sexo = 1(M) , 2 (F) e 9 (sem informação)
Qual teste será Utilizado?
O primeiro passo para explicar qualquer diferença observada entre grupos ou associação de variáveis é considerar se elaocorreu ao acaso, por vieses ou por algum fator de confusão.Os vieses e os fatores de confusão precisam ser excluídosatravés de checagem do desenho do estudo, antes queprocedimentos estatísticos sejam utilizados.
Probabilidade (p) 5% < 0,05, 0,01, 0,001 ponto de corteestipulado em pesquisas que não se introduzam novostratamentos.
É importante notar que “estatisticamente significante”, nãoquer dizer necessariamente que uma diferença ouassociação observada seja de importância clínica.
Qual teste será Utilizado?
Teste Qui-quadrado = X2. Utiliza-se para variável nominal.
Mantel-Haenszel = Análise estratificada variável nominal.
Teste T = teste aplicado entre duas médias. Var. contínua
Teste Mann-Whitney = Variável nominalEx: alívio da dor, alívio total da , nenhum alívio da dor.
Teste pareado Wilcoxon = variável dependente dor comparando droga X com a droga Y.
Kruskal-Wallis = serve para comparar o efeito de três ou mais situação. Ex: efeito de 4 drogas diferentes para o alívio da dor. O teste é através da análise de variância.
Qual teste será Utilizado?
Friedman = quando têm várias repetições de avaliação.Ex: alívio da dor após 2, 4, 6 e 8 semanas.
ANOVA = É empregada para comparar médias, quando se têm mais duas médias para ser analisada. Variável contínua.
Correlação de Pearson ( r ) = É empregada quando medido numa escala de -1 a +1. Quando X independente e Y variável dependente para cada mudança no valor de X.
Coeficiente de Correlação de Spearman = utiliza-se para correlacionar uma variável em escala nominal com uma variável de resposta.
Regressão Logística e COX para análise de sobrevida.PROCURAR UM ESTATÍSTICO
RESUMO
Teste de significância para determinação de diferenças entre dois grupos
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Tipo de dado Não Pareada Pareada
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Dados Nominais
Amostra pequena Teste exato de Fisher Sign Teste
Amostra grande Teste X2 McNemar
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Dados Ordinais
Dois grupos Mann-Whitney Wilcoxon
Mais de dois grupos Kruskal-Walli Friedman--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Dados Numéricos
Dois grupos Teste T Teste T pareado
Mais de dois grupos Análise de Variância--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
TESTE DE CONCORDÂNCIA
INTERPRETAÇÃO DE KAPPA
INFORMA A PROPORÇÃO DE CONCORDÂNCIA ENTRE DUAS LEITURAS.
-------------------------------------------------------------------------------------KAPPA CONCORDÂNCIA
-------------------------------------------------------------------------------------< 0,00 RUIM
0,00 – 0,20 FRACA0,21 – 0,40 SOFRÍVEL0,41 – 0,60 REGULAR0,61 – 0,80 BOA0,81 – 0,99 ÓTIMA
1,00 PERFEITA-------------------------------------------------------------------------------------
EX: CONCORDÂNCIA ENTRE DOIS DENTISTAS NA LEITURA DE 100 RX.---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
OBSERVADOR 2OBSERVADOR 1 ----------------- ----------------- TOTAL
RX ANORMAL RX NORMAL---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------RX ANORMAL 62 14 76RX NORMAL 01 23 24TOTAL 63 37 100---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------FÓRMULA
Po – Pe Po = PROPORÇÃO DE CONCORDÂNCIAS OBSERVADAS--------- Pe = PROPORÇÃO DE CONCORDÂNCIAS ESPERADAS 1 – Pe
62 + 23 76 X 63 + 24 X 37Po = ---------- = 0,85 Pe = ----------------------- = 0,57
100 100 2
LOGO: 0,85 – 0,57 -------------- = 0,651 – 0,57
COEFICIENTE DE VARIAÇÃO (CV%) OBTIDOS PELA APLICAÇÃO DE TRÊSDIFERENTES TESTES DE DIAGNÓSTICOS---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------TESTES MÉDIA DESVIO-PADRÃO CV%---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------A 300 26 8,7
B 250 25 10,0
C 200 24 12,0---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
desvio-padrãoCoeficiente de Variação (CV%) = --------------------- X 100
média
Coeficiente de Variação, expressa o desvio-padrão dividido pela média, tem avantagem de facilitar as comparações.
Quanto menor o coeficiente de variação, melhor o nível de reprodutibilidade.
AGRADEÇO:
Profa. Dra. Marize pelo convite.
A TODOS VOCÊS QUE ESTIVERAM COMIGO,
ATUALIZANDO OS SEUS E OS MEUS CONHECIMENTOS.
Fiquem com Deus!!!!!!!!
SEMPRE BUSQUE SER O MELHOR, MAS NÃO MELHOR
QUE OS OUTROS, APENAS O MELHOR DE SI.
(Prof. Marcílio Flávio)
