O Papel Político Dos Parlamentares da ALMG e da CMBH - Ciência Política

O PAPEL POLÍTICO DOS PARLAMENTARES DA

ALMG E DA CMBH

Pesquisa Política

Introdução

As visitas à Assembléia Legislativa de Minas Gerais e à Câmara Municipal de Belo Horizonte aconteceram no dia 11/11/2009, quarta-feira.

Objetivo: “avaliar as atribuições dos parlamentares da Assembléia Legislativa de Minas Gerais e da Câmara Municipal de Belo Horizonte”.

Para a Assembléia, foram Markellen Bonato, Gabriela Barbosa e Pedro Godoy. Para a Câmara, Danielle Loschiavo, Dione Petterson e Marcely Veiga.

Ciência Política | 2º Período de Publicidade e Propaganda

O que nos chamou atenção

A facilidade de entrar na ALMG e na CMBH para conversar com os parlamentares.

Entretanto, não foi fácil encontrar os parlamentares em suas salas.

Nenhum dos entrevistados mostrou resistência à entrevista e todos foram muito receptivos.

Apenas em um gabinete da Assembléia, notamos certa preocupação por parte dos assessores em saber o que seria perguntado e para qual fim.


Algumas conclusões...

Ao todo, entrevistamos 3 assessores, 1 chefe de gabinete, 1 vereador e 1 deputado.

Apenas um entrevistado tem o nível de escolaridade é o Ensino Médio Completo, enquanto todos os outros têm Curso Superior Completo/Graduação ou Pós-Graduação.

Nenhum dos três entrevistados recebe menos que 4 salários mínimos (aproximadamente R$1860,00), chegando atingir até 15 salários mínimos (aproximadamente R$ 6975,00).



A religião predominante de nossos entrevistados é a católica, contando com apenas dois protestantes/evangélicos.

Dois deles ocupam o cargo pela primeira vez.

Todos alegam ter o hábito de atender as pessoas que comparecem em seu gabinete. E todos dizem que são com grande freqüência.

Todos consideram as suas condições de trabalho satisfatórias.



Na ALMG somente um dos entrevistados relatou que além de ocupar cargo de deputado, exerce também a profissão de advogado.

Na CMBH, os três entrevistados relataram que além de ocupar cargo de vereador, exercem também a profissão de jornalistas e publicitário.



Em relação ao que foi respondido no questionário, percebemos estranheza ou constrangimento para todos os entrevistados responderem quais eram suas rendas familiares e a questão sobre a faixa salarial dos políticos em relação a realidade socioeconômica dos brasileiros.

Na ALMG, ambas foram respondidas com cautela e um dos entrevistados chegou a dizer que “algumas perguntas não podem ser respondidas” com um pequeno sorriso irônico no rosto.

Na CMBH, os três responderam que condiz e um dos entrevistados chegou a dizer “na Câmara é compatível, lá na Assembléia eu já não sei”.



Ao serem questionados sobre as principais atribuições dos parlamentares da ALMG, os três entrevistados tiveram a mesma opinião: legislar e fiscalizar o poder executivo.

Sobre as suas principais atribuições, os três entrevistados da CMBH tiveram a mesma conclusão: fiscalizar o dinheiro público.



Ao responderem sobre os trabalhos realizados pelos políticos de Minas Gerais e no município de BH, cinco dos entrevistados avaliaram como “bom” e alegam que “estão sendo realizados da melhor maneira possível”.

Apenas um vereador disse que “tudo na vida existe o bom e ruim e que Minas não foge a regra, mas que isso é democracia, cabe a gente escolher”.



Quando questionados sobre qual seria a melhor maneira de despertar maior interesse e credibilidade por parte dos cidadãos sobre a política, as opiniões variaram.

Na Assembléia, disseram que a classe política precisa de mais “publicização”, pois a maioria das pessoas não acompanha os trabalhos realizados e por isso têm uma imagem negativa do parlamento. Outro alega que somente com representação mais digna e fiel. E o terceiro diz que através do trabalho e participação junto às comunidades a imagem da política brasileira, poderia melhorar.

Na Câmara as opiniões foram que os políticos deveriam manter a palavra e cumprirem o que prometeram antes de serem eleitos; prestação de contas com a comunidade e abertura para participação da população.



Todos avaliaram seus próprios desempenhos como satisfatórios.

Os principais motivos citados que os fizeram ingressar na carreira política foram “ajudar ao próximo”, “desejo de fazer algo pela sociedade” e “gostar de política”.



Na ALMG, sobre o papel sociopolítico desempenhado pelos parlamentares nas ações públicas junto às camadas populares da sociedade, mesmo falando que a questão é muito parecida com a Questão 11 do questionário, avaliaram como positiva, porém precisam de melhorias.



Na CMBH, sobre o papel sociopolítico desempenhado pelos parlamentares nas ações públicas junto às camadas populares da sociedade, dois entrevistados avaliaram como fundamental observar e reivindicar as sugestões da comunidade. Outro deixou claro que existem dois lados a serem observados, o que desempenha o papel sociopolítico errado e vergonhoso e aquele que desempenha para cumprir aquilo que se propôs a fazer, que é defender os interesses da população.



Todos entrevistados na ALMG disseram que os mecanismos que o poder público poderia implementar para que os direitos e deveres dos cidadãos fossem mais respeitados, são baseados na participação da população da elaboração de leis.

Na CMBH, é destacado o ministério público como principal mecanismo, mas alega que a sociedade tem que desempenhar o seu papel de cobrador.



Sobre a representatividade/imagem que os políticos apresentam, a maioria dos entrevistados da Assembléia disse que depende de político para político, porém um alega que é negativa e relacionada à corrupção.

Na CMBH, compartilham a mesma opinião já citada, porém um dos entrevistados disse que a visão geral, é ruim mas se a individualizarmos é boa, pois há políticos que são corretos em suas atitudes.



Na ALMG, quando questionados sobre a proibição de candidaturas de candidatos nas eleições aos cargos políticos que estão respondendo processo na justiça, as opiniões de diferem.

Dois são indecisos se são contra ou a favor da proibição e disseram que a primeira coisa é saber se são reais esse processos ou se realmente vão afetar a vida política e o desenvolvimento do parlamentar.

O terceiro é a favor a proibição e diz que é realmente “inviável” a candidatura dessas pessoas.



Na CMBH, as opiniões de diferem mais ainda.

Um afirma que é necessário apurar a veracidade dos processos aos quais estão sendo julgados, por isso não é suficiente para o impedimento da candidatura.

O segundo diz ser a favor da proibição, mas afirma que isso infelizmente não adianta.

O terceiro aponta que temos que ter consciência na hora de votar e ainda diz “se o político tem algum problema, o cidadão tem o direito de não votar nele”.



Na ALMG, sobre as ações que os políticos juntamente com o poder público poderiam implementar para que possamos ser um país mais justo e igualitário, as opiniões foram as seguintes:

Um entrevistado diz que o rigor ao cumprimento no que tange a legislação e constituição, é suficiente.

Os outros dois concordam em dizer que são necessárias visitas às comunidades e trabalhos socioeconômicos.

Na CMBH, todos dizem que é necessário educar e programar políticas públicas.



Na ALMG, a necessidade de se atender a pré-requisitos como “nível de escolaridade e competência técnica” :

Dois compartilham a idéia de que não seria justa, já que assim, seria a elite que ficaria no governo.

Um diz que seria interessante que essas pessoas fossem preparadas por cursos depois de eleitas.

O terceiro, que é contra a candidatura de pessoas não preparadas, justifica sua escolha dizendo que como o cargo é de alto escalão, tais competências são extremamente necessárias.



Na CMBH, as opiniões são as seguintes:

Um diz ser relativo e que na verdade tem que saber ser líder, comandar, administrar e construir política pública.

Outro diz que deveria ser letrado, mas quanto a nível técnico não faz sentido.

O terceiro diz ser uma demagogia muito grande e culpa os governantes por falta de educação para os brasileiros honestos sem oportunidade de estudo e que os cidadãos sem nível de escolaridade não pode pagar por isso, acrescenta também que a relação de força vai muito além dessa pergunta.


Para finalizar

Com essas visitas e entrevistas concedidas, podemos perceber

que existe um mito, no qual a população acredita ser difícil

entrar em contato com as pessoas em que votaram. Ou até

mesmo de entrar na Assembléia Legislativa e na Câmara

Municipal. Todos os entrevistados foram muito receptivos e

disseram que além deste medo, as pessoas também se

confundem com as funções dos deputados e vereadores,

fazendo pedidos que não cabem às suas reais limitações.

Notamos também, que os entrevistados ficaram incomodados,

em algumas questões, com a falta de alternativas que lhe

dispusessem opções de escolha para respostas.Ciência Política | 2º Período de Publicidade e Propaganda

Fotos


Sites


Assembléia Legislativa de Minas Gerais

http://www.almg.gov.br/

Câmara Municipal de Belo Horizonte

http://www.cmbh.mg.gov.br/

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