O PERFIL DE LIDERANÇA DO ENGENHEIRO QUÍMICO DA GERAÇÃO...
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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Escola de Engenharia de Lorena – EEL
Michael Mamoru Oda
O PERFIL DE LIDERANÇA DO ENGENHEIRO QUÍMICO DA GERAÇÃO Y
Lorena - SP
2013
2
ESCOLA DE ENGENHARIA DE LORENA – EEL USP
CURSO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL QUÍMICA
O PERFIL DE LIDERANÇA DO ENGENHEIRO QUÍMICO DA GERAÇÃO Y
Michael Mamoru Oda
Orientador: Professor Francisco Sodero Toledo
Monografia apresentada à Escola de Engenharia de Lorena – EEL-USP como requisito parcial para a conclusão de Graduação do curso de Engenharia Industrial Química.
Lorena - SP
2013
3
DEDICATÓRIA
Primeiramente, agradeço a Deus por sempre estar comigo e ajudando em
todas minhas conquistas.
Aos meus pais Hirossi e Tomiko, pelo amor, pelo apoio, pela dedicação,
esforço e sacrifício para que eu pudesse estudar e principalmente por me
ensinarem todos os princípios e valores de um cidadão do bem.
Aos meus tios Ryoichi e Satico, pelo carinho, por me acolherem como filho e
principalmente por seus ensinamentos.
A minha namorada Lemy, por todo seu amor, carinho, companheirismo e
principalmente pela cumplicidade durante estes anos.
Aos meus amigos que sempre me incentivaram e me apoiaram em todos os
momentos, em especial ao Calebe e o Victor que estiveram comigo durante
todo o período da faculdade.
Aos professores e funcionários da EEL USP, por todo o apoio e
ensinamentos ao longo de todo o tempo que estive na faculdade.
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RESUMO
No cenário atual, o conflito de gerações no ambiente corporativo é um
problema comum, devido à diversidade geracional. Temos hoje até quatro
gerações diferentes atuando em empresas que são os veteranos, os baby
boomers, a geração X e a geração Y e cada uma possui um diferente ponto
de vista. Sendo assim, uma mesma situação pode parecer muito
desfavorável para pessoas de uma geração e bastante favorável para os de
outra.
O mundo corporativo e industrial sofre uma mudança de perfil profissional
em que uma nova geração começa a ascender a cargos de liderança em um
meio com outras gerações. Ora chamados de imaturos, ora considerados
altamente capacitados, os profissionais da chamada Geração Y só podem
mostrar todo seu potencial se a empresa souber claramente os propósitos a
que esses novos gestores devem atender. Assim, a análise do perfil de
liderança dos Engenheiros Químicos da Geração Y em cargos de liderança,
pode ajudar a identificar o comportamento de liderança desses líderes.
PALAVRAS-CHAVE: geração Y, liderança, engenheiro químico.
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ABSTRACT
In the current scenario, the generation gap in the corporate workplace is a
common problem due to generational diversity. Nowadays we have up to four
different generations working in companies that are veterans, baby boomers,
Generation X and Generation Y, and each has a different point of view.
Therefore, the same situation may seem very unfavorable for people of a
generation and quite favorable for another.
The corporate world and industry undergoes a change in job profile in which
a new generation begins to ascend to positions of leadership in an workplace
with other generations. For now called immature, sometimes considered
highly qualified the professionals in the so-called Generation Y can only show
its full potential if the company knows clearly the purposes for which these
new managers should meet. So, the analysis of the leadership profiles of
Chemical Engineers of Generation Y in leadership positions can help identify
the behavior of leadership of these leaders.
KEYWORDS: generation Y, leadership, chemical engineer.
7
SUMÁRIO
DEDICATÓRIA .............................................................................................. 3
AGRADECIMENTOS ..................................................................................... 4
RESUMO ....................................................................................................... 5
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 8
1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS......................................................................... 8 1.2 JUSTIFICATIVA ......................................................................................... 9 1.3 HIPÓTESE ............................................................................................. 11
2 OBJETIVO ................................................................................................ 12
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ..................................................................... 13
3.1 AS GERAÇÕES ....................................................................................... 13 3.1.1 Veteranos ..................................................................................... 13 3.1.2 Baby Boomers ............................................................................. 14 3.1.3 Geração X .................................................................................... 15 3.1.4 Geração Y .................................................................................... 16 3.1.5 Geração Z .................................................................................... 18
3.2 LIDERANÇA ........................................................................................... 19 3.2.1 Estilos de Liderança ..................................................................... 20
3.2.1.1 Liderança autocrática ............................................................ 20 3.2.1.2 Liderança democrática .......................................................... 21 3.2.1.3 Liderança liberal ou Laissez-faire .......................................... 21 3.2.1.4 Liderança paternalista ........................................................... 22 3.2.1.5 Estilo Visionário ..................................................................... 22 3.2.1.6 Estilo Conselheiro .................................................................. 23 3.2.1.7 Estilo Relacional .................................................................... 23 3.2.1.8 Estilo Pressionador ................................................................ 23 3.2.1.9 Estilo Dirigista ........................................................................ 23 3.2.1.10 Marcador de ritmo ............................................................... 23 3.2.1.11 Centralizador ....................................................................... 24 3.2.1.12 Inspirador ............................................................................ 24
3.2.2 Características de Liderança ....................................................... 25
4 METODOLOGIA ....................................................................................... 28
5 RESULTADO E DISCUSSÃO .................................................................. 29
6 CONCLUSÃO ........................................................................................... 36
7 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ....................................... 38
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................ 39
ANEXOS ...................................................................................................... 42
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1 INTRODUÇÃO
1.1 Considerações iniciais
No cenário atual, o conflito de gerações no ambiente corporativo é
um problema comum, devido à diversidade geracional. Hoje temos até
quatro gerações diferentes atuando em empresas e cada uma possui um
diferente ponto de vista (ERIKSON apud ALONSO, 2012). Sendo assim, uma
mesma situação pode parecer muito desfavorável para pessoas de uma
geração e bastante favorável para os de outra.
Segundo Lafuente (2009), as quatro gerações citadas são definidas
como “os “veteranos” ou “seniores” (nascidos antes de 1946), os “baby
boomers” (nascidos entre 1946 e 1964), a “geração X” (nascida entre 1965 e
1980) e a “geração Y” ou “geração do milênio” (nascida depois de 1980).”
Cada uma dessas gerações apresenta características próprias tanto
no modo como foram educados como no significado de trabalho. Suas
motivações são diferentes, assim como seus valores.
Erickson apud Alonso (2012) constata que
[...] Os muito mais velhos, os tradicionalistas, tendem a ser
respeitosos com as hierarquias. Os boomers, a geração seguinte,
são idealistas, mas também muito competitivos, porque
presenciaram um momento no qual a população cresceu rápido e,
literalmente, não havia postos de trabalho para todos. Os Xs não
costumam confiar nas instituições, menos ainda nesta época de
grande confusão econômica. Portanto, buscam ser
autossustentáveis e cuidar de si mesmos. Quanto à geração Y,
uma de suas vivências mais importantes, em nível mundial, tem
sido o terrorismo, caracterizado por eventos aleatórios e
inexplicáveis. Por isso, essa geração tem uma sensação de
urgência de viver o presente.
Um exemplo esclarecedor dessa diferença é a aplicação do
feedback.
Para os “veteranos” podem ser descritos com uma frase “Se não há
nenhuma notícia, é boa notícia.”, para os baby boomers é suficiente a
9
avaliação anual, a geração X prefere que não intervenham no seu trabalho,
já os integrantes da geração Y esperam o feedback de todos da empresa.
Sendo assim, para que os conflitos sejam amenizados e utilizados a
favor da empresa, identifica-se a necessidade de aprimorar conhecimentos
na área de gestão de pessoas.
“Do ponto de vista das gerações, estamos mudando de lugar:
deixando para trás os papéis que desempenhamos durante quase duas
décadas e assumindo funções que combinam de novas maneiras nossas
forças e particularidades” (ERIKSON apud ALONSO, 2012).
Atualmente, notam-se inúmeros estudos e pesquisas sobre a
Geração Y. – Entendê-los passou a ser uma necessidade para as empresas
que querem manter sua competividade no mercado.
A geração Y já é uma realidade nas empresas. Entretanto, eles não
estão apenas sendo acrescidos aos números de funcionários entrando no
mercado de trabalho. – Uma porcentagem relevante dessa geração já ocupa
posições de liderança. Segundo pesquisa viabilizada pela consultoria de
recursos humanos Hay Group, com 5600 profissionais nascidos a partir da
década de 80 da área de tecnologia, mineração e industrial, constatou-se
que cerca de 20% dos indivíduos dessa geração já ocupam cargos de
liderança. Em 2014, ocuparão quase metade da força de trabalho mundial
(MARCON apud ANTUNES, 2010).
Tendo em vista esse cenário, é importante conhecer a liderança
exercida por estes jovens, pois a inserção e ascensão destes novos
representantes nas empresas implicam em novos conceitos de valores e
motivação e altera a dinâmica que tínhamos até então com a gestão X e
Baby Boomer.
1.2 Justificativa
A geração Y apresenta um novo contexto que ainda não é
compreendido pelas empresas. Para Diniz (2012), os Y são retratados de
forma estereotipada. Dentre os rótulos propagados, são chamados difíceis
de lidar, infiéis, insubordinados, apressados, ansiosos, tecnológicos e
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indisciplinados. Para se moldar a esse novo público, as empresas procuram
novas formas de atrair, recrutar, reter e se relacionar.
A preocupação se torna ainda mais evidente quando se pensa que
eles ainda não foram compreendidos, mas já estão nas posições de
liderança. Este assunto apresenta tamanha relevância para a sociedade que
Saraiva (2011), afirma que as empresas estão acelerando as promoções de
jovens devido à falta de líderes no mercado, encurtando o tempo de
preparação para até dois anos. A rápida ascensão, no entanto, pode
comprometer o desempenho e motivação da equipe, pois os líderes
precoces não estão, muitas vezes, preparados para enfrentar o dinamismo
do negócio, a movimentação hierárquica e a competitividade do mercado.
Como resposta as empresas procuram capacitá-los por meio de cursos,
programas, aulas entre outros recursos para que estejam maduros para a
função, assim tornam-se aptos e podem mantê-los na companhia sem se
tornar dependente da busca por profissionais externos que satisfaçam a
necessidade de liderança.
Assim sendo, podemos dizer que as companhias se adaptam aos
jovens, e utilizam suas expectativas também como forma de estratégia:
utilizando-se da perspectiva por eles criada para guiá-los em suas carreiras.
Úrsula Angeli, gerente geral de RH da Whirlpool Latin America, menciona o
Programa Talent Pool, que faz uso da meritocracia para mapear a liderança,
e engloba todos os funcionários (SOARES, 2011). Dessa maneira, alguns
dos grandes estigmas da geração Y - o desafio constante, a necessidade de
reconhecimento e a possibilidade de crescimento rápido, podem ser
atendidos e consequentemente faz com que o programa contribua para a
retenção de talentos.
Por fim, é preciso compreender o modo de liderar dos Y, para que
sejam aceitos no ambiente corporativo e possam exercer sua força de
trabalho agregando valor não só à corporação em que trabalham como
também para a marca que ela representa. Conhecendo-os será possível
aproveitar suas qualidades e contornar suas dificuldades, desenvolvendo
talentos capazes de influenciar positivamente a organização.
11
1.3 Hipótese
Pelo fato de ter valores éticos e morais muito distintos das gerações
anteriores, a conjectura é a de que o comportamento é intrínseco ao
indivíduo Y independentemente de seu cargo, o que implica em uma maior
flexibilidade no trato de seus liderados, preconizando uma maior interação
tanto na relação interpessoal, seja por meio de feedback, informalidade no
relacionamento liderado versus líder, quanto na relação com o meio externo
à corporação, consentimento do uso de redes sociais no trabalho, tolerância
de horários, entre outros. As crenças dos Y são refletidas no modo de liderar
e trabalhar, desenvolvendo com chefes e subordinados a mesma relação
que desejam para si mesmos.
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2 OBJETIVO
Este trabalho de conclusão de curso visa estudar e analisar os perfis
de liderança dos Engenheiros Químicos da Geração Y em cargos de
liderança: o modo com que percebem as necessidades de seus liderados e
como se relacionam com seus colaboradores; a análise que fazem da
liderança em si e a maneira como atuam no ambiente de trabalho.
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3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1 As gerações
Houaiss (2011) apresenta geração como “conjunto de pessoas que
têm mais ou menos a mesma idade”. Porém, Lombardía, Stein e Pin (2008,
p. 1) reiteram que apenas a idade é insuficiente para considerar um grupo
como parte da mesma geração, sendo “identificar um conjunto de vivências
históricas compartilhadas – obviamente, de caráter macrossocial – que
determina alguns princípios de visão de vida, contexto e, certamente, valores
comuns”. Atualmente no ambiente corporativo temos até quatro gerações
convivendo: os tradicionalistas/veteranos, os baby boomers, os X e os Y.
Erickson apud Alonso (2009) afirma que cada uma possui seu ponto de vista
próprio, e que uma mesma situação pode ser muito positiva para uma e
muito negativa para outra. Por conta dessas diferenças, surgem os
desentendimentos.
Alonso (2009) diz que os conflitos geracionais no ambiente
corporativo existem desde tempos imemoriais. Erickson apud Alonso (2009)
ressalta, no entanto, duas grandes diferenças: o maior número de pessoas
de mais idade, que escolheram trabalhar por mais anos, e a atitude dos mais
novos em relação ao trabalho, suas expectativas e desejos: perspectivas
que mudaram consideravelmente e confundem os mais velhos em relação
ao modo de se relacionar com os jovens.
Para atenuar esses estranhamentos entre as diversas gerações e
compreender a evolução de cada uma, devemos conhecer cada uma delas e
entendê-las sob ponto de vista educacional, comportamental e corporativo.
3.1.1 Veteranos
Segundo Lafuente (2009) os Veteranos são pessoas que nasceram
antes de 1946. Suas vidas foram afetadas pelas guerras, com a 1ª Grande
Guerra de 1914 até 1918 e com a 2ª Guerra de 1939 até 1945. Eles tendem
a ser disciplinados, respeitam a lei e ordem e gostam de consistência. Essa
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geração não se sente confortável com mudanças. Eles fixaram pontos de
vista sobre o papel de cada sexo, e no local de trabalho sentem-se
confortáveis no papel de comando e diretiva, com estilo de “gestão de
controle”.
Esta geração vivenciou um momento conturbado da História. De
acordo com Pazzinato e Senise (2002, p.236)
[...] A Primeira Guerra Mundial inaugurou um período de 40 anos
de conflitos e de desafios à sociedade democrática de base
capitalista, ameaçada pela depressão econômica internacional,
pelo nazi-fascismo, por duas guerras mundiais e pelo avanço do
comunismo.
O historiador inglês Eric Hobsbawm (2011) chama esse período de
Era das Catástrofes. Não por acaso, a geração que o vivenciou reflete a
perturbação. Quanto à educação, devido ao período de hostilidade,
percebiam a vida ligada ao sacrifício, à disciplina, à submissão, à obediência
e às regras. Carregaram essas particularidades para o ambiente corporativo,
tendo como uma das maiores características o respeito à hierarquia e a
aceitação sem questionamentos. Por isso, também são chamados de
tradicionalistas ou geração silenciosa.
A economia mundial também sofreu neste período um grande baque
ainda sobre os efeitos da Primeira Guerra Mundial, (PAZZINATO; SENISE,
2002).
3.1.2 Baby Boomers
“Os “Baby Boomers” nasceram entre 1946 e 1964 e tem a maior
população de qualquer geração. Em sua juventude eram de mente aberta e
rebelde, mas tornaram-se mais conservadores por volta de 30 e 40 anos.
Status no trabalho e posição social são importantes para esta geração que,
no geral, tendem a serem otimistas, ambiciosos, leais e acreditam que o
emprego é para a vida. Eles criaram os conceitos de “Workaholic” e
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“SuperWoman“. O período pós-guerra lhes proporcionou prosperidade e
crescimento material (Pazzinato e Senise, 2002, p.301).
Conger (1998) afirma que essa geração intensificou a concorrência e
obrigou as empresas a aumentar a velocidade de resposta ao mercado,
mostrando a ineficiência da cadeia hierárquica da geração silenciosa. As
corporações então assumiram equipes de projeto multifuncionais. O
ambiente de trabalho passou a ser mais informal e os funcionários mais
dinâmicos, passando a ser mais impacientes com as restrições da rígida
estrutura hierárquica e menor tendência a aceitar as decisões de chefia
automaticamente. Um chefe passou a ter maior dificuldade para administrar
e a lealdade, tanto da empresa quanto do empregado, diminuiu
drasticamente.
Para os baby boomers, “chefe” tem um significado negativo.
Ainda segundo Conger (1998, p.131):
[...] No espaço de uma única geração, portanto, palavras como
“chefe” e “presidente” mudaram completamente de sentido. Não
representam mais sinais positivos de realização e autoridade, mas
sim símbolos de distanciamento das pessoas, de agressividade
gratuita, e de outros atributos indesejáveis.
Outras características citadas dos baby boomers são: individualismo,
hedonismo, prioridade da carreira em relação à família, foco no curto prazo,
mentalidade de trabalho sob pressão, liderança por consenso, crença em
mundo competitivo.
3.1.3 Geração X
Os integrantes da geração X são aqueles nascidos entre 1965 e
1980, também são conhecidos como "Geração MTV". Eles muitas vezes
tinham ambos os pais trabalhando, foram expostos a creche e divórcio, e
ficou conhecido como ‘latchkey child’. Eles são uma geração muito bem-
educada, muitos com qualificações de nível superior e são engenhosos,
individualistas e autossuficientes. Diferente dos Baby Boomers eles não
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estão interessados em carreiras de longo prazo, lealdade corporativa ou
símbolos de status. No espaço de trabalho concentram-se nas relações, nos
resultados, nos seus direitos e habilidades. Eles tendem a mudar de
emprego e até mesmo carreiras com frequência e deixarão um emprego se
são infelizes.
Lombardía, Stein e Pin (2008) citam os últimos grandes estadistas
(Mikhail Gorbatchov, Margareth Thatcher e Ronald Reagan) como influentes
na formação dos X. Mencionam também os importantes momentos políticos
vividos por eles: a Guerra Fria, o ataque dos Estados Unidos à Líbia, a
perestroika. Conger (1998) cita ainda a explosão do ônibus espacial
Challenger e a Guerra do Golfo. Porém, um dos fatos mais marcantes para
esta geração foi o aparecimento da aids, em 1981. Lombardía, Stein e Pin
(2008) afirmam que “Essa doença provocou um posicionamento ideológico
de dimensões muito relevantes, provavelmente nunca associado a uma
enfermidade, tendo assim grande influência na mudança de pautas de
comportamento da geração seguinte.”
O cenário em que se desenvolveu esta geração era de grandes
incertezas e sentimento de transformações, por isso as características de
anticompromisso, visão desinteressada da autoridade, perspectiva cética e
uma visão mais obscura e pragmatismo. A sensação de brevidade
impulsionou os X a ter um comportamento de independência e lealdade à
empresa ainda menor que os baby boomers. Viram, devido ao downsizing¹,
as empresas demitirem antigos funcionários, entre os quais muitas vezes
seus pais.
3.1.4 Geração Y
“A Geração Y nasceu entre 1980 e 1995 e também é conhecida
como a ‘Geração Net’ ou ‘Millennium’. Historicamente, não viveu momentos
de grandes tensões, ao contrário das gerações anteriores, não foi marcado
por momentos de ruptura social evidente. A grande revolução que ela viveu
foi a da Informática, acompanha e continua a acompanhar a obsolescência
voraz das tecnologias, viveu a Era do Imediatismo, e têm como marca,
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segundo Campos (2010) o domínio completo dos computadores, e da
internet. Os membros Y vêem nos eletrônicos e no mundo virtual,
componentes naturais da sua vida, por isso a grande capacidade de
administrar e coordenar todas as formas de mídias ao alcance de suas mãos
e mentes. Para eles, a comunicação em suas diversas formas é um quesito
fundamental. Lombardía, Stein e Pin (2008) apontam também que por
estarem habituados ao bombardeio de imagens, informações e estímulos da
web, não desenvolveram a paciência ou a laboriosidade, por isso é uma
geração de resultados, não de processos. Primam o curto prazo porque
sabem que as novidades não durarão muito tempo. Ferreira (2010) diz esses
jovens necessitam de direções bem claras e rápidos feedbacks pelo fato de
terem sido criados na tecnologia: assim como obtêm o resultado de seu
desempenho logo após um jogo eletrônico, no ambiente, eles esperam que
num ambiente corporativo recebam coaching e feedback imediatos.
É por esta particularidade que, no ambiente corporativo, eles
possuem pressa em ascender rapidamente, querem promoções antes do
tempo e se recusam a fazer, ou fazem sem vontade, atividades que julgam
“braçais”, pois não percebem o processo de maneira holística. (Boni, Ettinger
e Rossi, 2011)
Os indivíduos da geração Y foram criados superprotegidos, com
uma preocupação exacerbada em relação à segurança. Sua infância foi
altamente valorizada, e esta característica, somada à anteriormente citada,
teve como efeito uma auto estima inflada, e segundo Boni, Ettinger e Rossi
(2011, p. 4) fez com que tivessem no ambiente de trabalho “dificuldade de
aceitar críticas construtivas; incapacidade de tolerar erros sem culpar os
outros; visão limitada da realidade; falta de consciência em relação a
limitações; dificuldade de assumir responsabilidade por ações e decisões;
incapacidade de se concentrar no presente.” No entanto, as próprias autoras
afirmam que essa mesma característica é responsável por reflexos positivos,
pois não temem projetos de risco, gostam de ser desafiados, surpreendem
com resultados quando suas ideias são ouvidas, e aceitam diferentes
projetos e oportunidades de trabalhar em sua área de expertise.
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O preconceito que há contra os Y também é decorrente do estigma
de infidelidade à empresa. Na realidade, o Y é fiel a relacionamentos e
segundo Spotorno (2010) a “deslealdade” é um estereótipo. Em uma
pesquisa realizada pelo Hay Group, uma consultoria de recursos humanos,
foram entrevistados 5568 jovens que estão em grandes empresas e
constatou-se que 65% deles pretendem ficar mais de cinco anos onde
trabalham.
Alguns aspectos positivos que podem ser destacados desta geração
são, de acordo com Boni, Ettinger e Rossi (2011): alto nível de consciência
ecológica e emocional (o primeiro os levará a valorizar a sustentabilidade
também nas empresas onde trabalham), facilidade em pedir ajuda e
orientação, valorização da integração social e aceitação das diferenças,
simpatia às causas sociais, gosto pela exposição de ideias, promoção de
iniciativa, crença nos direitos iguais, bom relacionamento interpessoal e
facilidade no trabalho em equipe e cuidado com o próximo.
Mesmo com tantas qualidades, a geração Y tem sido bastante
criticada pelos seus anteriores, tanto que, segundo Loiola (2009) alguns dos
adjetivos para designá-los são: folgados, distraídos, insubordinados,
superficiais e até mesmo egoístas. Pode-se interpretar estas alcunhas como
reprodução de uma falta de compreensão, e até mesmo uma ignorância no
que concerne aos Y.
3.1.5 Geração Z
Geração Z nasceu depois de 1995. Eles ainda não são adultos e
nunca conheceram uma vida sem a internet, computadores e telefones
celulares. Eles também são conhecidos como ‘nativos digitais‘ e são usados
para ação instantânea e satisfação devido à tecnologia da internet. Significa
que sua comunicação parte principalmente através de comunidades online e
mídias sociais como Google, MySpace, Twitter e Facebook ao invés de
conhecer pessoalmente os seus amigos e relacionamentos em
desenvolvimento. Eles são capazes de pertencer a comunidades enormes e
tem colaborações maciças usando a internet sem conhecer ninguém
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pessoalmente. Eles podem não ter um bom desempenho em áreas como
falar em público.
O isolamento entre as gerações da força de trabalho é creditado à
falta de reconhecimento das competências dos outros ou ética de trabalho.
Embora boomers tenham vários conhecimentos e experiências para partilhar
com os trabalhadores da Geração Y, 51 por cento deles relataram pouca ou
nenhuma interação com seus colegas da Geração Y. A Geração Y não está
interessada no equilíbrio ‘trabalho-vida’ mesmo que os seus antigos colegas
de trabalho estejam interessados. Essas gerações mais experientes estão
mais interessadas em uma dura separação entre vida profissional e vida
pessoal. Eles preferem deixar o trabalho no trabalho e verificar suas vidas
pessoais na porta da frente da empresa. Os trabalhadores mais jovens estão
menos interessados em uma separação dura e preferem realmente integrar
o lado pessoal e o trabalho em uma entidade, creio que poderíamos chamar
apenas de “vida”. Ser capaz de trabalhar em qualquer lugar, sempre, o
pensamento é que o trabalho é algo que você faz não um lugar que você vai.
Quero receber chamadas de telefones pessoais, enquanto eu estou no
trabalho, acessar meu e-mail pessoal, e melhor ainda, ter acesso aos
membros da minha vida pessoal.
3.2 Liderança
Liderança é definida de diversas maneiras, por diversos autores, a
exemplo das definições a seguir:
“É o comportamento de um indivíduo quando está dirigindo as
atividades de um grupo em direção a um objetivo comum” (HEMPHILL
&COONS, 1957, p.7)
“Um tipo especial de relacionamento de poder caracterizado pela
percepção dos membros do grupo no sentido de que outro membro do grupo
tem o direito de prescrever padrões de comportamento na posição daquele
que dirige, no que diz respeito à sua atividade na qualidade de membro de
grupo” (JANDA, 1960, p.35)
20
“Influência pessoal, exercida em uma situação e dirigida através do
processo de comunicação, no sentido do atingimento de um objetivo
específico ou objetivos” (TANNENBAUM, WESCHLER & MASSARIK, 1961,
p.24).
Maximiano (2007, p.252) dá quatro definições para liderança, que
estão abaixo especificadas:
Uma pessoa (ou grupo) tem liderança quando consegue conduzir as
ações ou influenciar o comportamento de outras pessoas.
Liderança é a realização de uma meta por meio da direção de
colaboradores humanos. A pessoa que comanda com sucesso seus
colaboradores para alcançar finalidades específicas é um líder. Um grande
líder é aquele que tem essa capacidade, dia após dia, ano após ano, numa
grande variedade de situações.
A liderança ocorre quando há líderes que induzem seguidores a
realizar certos objetivos que representam os valores e as motivações -
desejos e necessidades, aspirações e expectativas - tanto dos líderes
quanto dos seguidores. A genialidade da liderança está na forma como os
líderes enxergam e trabalham os valores e motivações tanto seus quanto
dos seus seguidores.
Como ponto comum a todas, temos que a liderança é um fenômeno
grupal de influência. “O processo de liderança normalmente envolve um
relacionamento de influência em duplo sentido, orientado principalmente
para o atendimento de objetivos mútuos, tais como aqueles de um grupo,
organização ou sociedade. Portanto, a liderança não é apenas o cargo do
líder, mas também requer esforços de cooperação por parte de outras
pessoas” (HOLLANDER, 1978).
3.2.1 Estilos de Liderança
3.2.1.1 Liderança autocrática
Na Liderança autocrática o líder é focado apenas nas tarefas. Este
tipo de liderança também é chamado de liderança autoritária ou diretiva. O
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líder toma decisões individuais, desconsiderando a opinião dos liderados. O
líder determina as providências e as técnicas para a execução das tarefas,
de modo imprevisível para o grupo. Além da tarefa que cada um deve
executar, o líder determina ainda qual o seu companheiro de trabalho. O
líder é dominador e pessoal nos elogios e nas críticas ao trabalho de cada
membro. É um tipo muito comum nas empresas. Comanda amedrontando as
pessoas. Estilo mandão, do tipo "faça como eu mando". É movido por
resultados, tem habilidades para lidar com colaboradores problemáticos e
muito voltado a dar feedbacks negativos.
3.2.1.2 Liderança democrática
Chamada ainda de liderança participativa ou consultiva, este tipo de
liderança é voltado para as pessoas e há participação dos liderados no
processo decisório. Aqui as diretrizes são debatidas e decididas pelo grupo,
estimulado e assistido pelo líder. O próprio grupo esboça as providências
para atingir o alvo solicitando aconselhamento técnico ao líder quando
necessário, passando este a sugerir duas ou mais alternativas para o grupo
escolher. As tarefas ganham novas perspectivas com o debate. A divisão
das tarefas fica ao critério do próprio grupo e cada membro pode escolher os
seus próprios companheiros de trabalho. O líder procura ser um membro
normal do grupo. Ele é objetivo e limita-se aos fatos nas suas críticas e
elogios. Consegue cooperação da equipe, confia na mesma e é muito
comunicativo. Cria consenso por meio da participação do grupo. Esse estilo
considera que os membros da equipe tem uma certa maturidade e
conhecimento para poder participar, porém às vezes pode ser indeciso.
3.2.1.3 Liderança liberal ou Laissez-faire
Laissez-faire é a contração da expressão em língua francesa laissez
faire, laissez aller, laissez passer, que significa literalmente "deixai fazer,
deixai ir, deixai passar". Neste tipo de liderança as pessoas tem mais
liberdade na execução dos seus projetos, indicando possivelmente uma
22
equipe madura, auto dirigida e que não necessita de supervisão constante.
Por outro lado, a liderança liberal também pode ser indício de uma liderança
negligente e fraca, onde o líder deixa passar falhas e erros sem corrigi-los. O
líder delega poderes para um ou mais membros da equipe e fica a
disposição para o que for necessário. O nível de maturidade e conhecimento
das tarefas pelos profissionais da equipe, nesse caso, precisa ser bem alto
para que possam desenvolver um bom trabalho. Este tipo de liderança pode
funcionar bem quando os seguidores são pessoas instruídas e
maduras. Ponto Fraco: Caso não aja um acompanhamento constante
do líder na orientação e monitoramento das atividades, a equipe pode ficar
completamente perdida e o projeto final completamente comprometido.
3.2.1.4 Liderança paternalista
O paternalismo é uma atrofia da Liderança, onde o Líder e sua
equipe tem relações interpessoais similares às de pai e filho. A Liderança
paternalista pode ser confortável para os liderados e evitar conflitos, mas
não é o modelo adequado num relacionamento profissional, pois numa
relação paternal, o mais importante para o pai é o filho, incondicionalmente.
Já em uma relação profissional, o equilíbrio deve preponderar e os
resultados a serem alcançados pela equipe são mais importantes do que um
indivíduo. constrói laços fraternais, coloca a necessidade das pessoas em
primeiro lugar, e é capaz de construir uma equipe voltada aos
relacionamentos. É muito bom em resolver conflitos internos. Ponto fraco:
cria pessoas dependentes emocionalmente. Tem dificuldade de dar
feedback negativo.
3.2.1.5 Estilo Visionário
Canaliza as pessoas para visões e sonhos partilhados. Tem um
efeito muito positivo sobre o clima de trabalho. É apropriado para situações
onde ocorra mudanças que exigem uma nova visão. Cria projetos em longo
prazo construtivos e atraentes para a organização. Para ele, o futuro é que
23
dá sentido à ação do presente. Liderança capaz de reconhecer talentos com
facilidade. Ponto Fraco: Pode ter problemas na realização de tarefas em
curto prazo e de manter a motivação constante em sua equipe.
3.2.1.6 Estilo Conselheiro
Relaciona os desejos das pessoas com os objetivos da organização.
Ajuda um empregado a ser mais eficiente, melhorando as suas capacidades
de longo prazo. Costuma desenvolver muito bem as pessoas, líder de muita
ação, tipo: "tente de novo", "você pode", capaz de identificar pontos fortes e
fracos com extrema rapidez. Ponto fraco: Geralmente alega falta de tempo e
acredita que tudo se resolva numa sala de treinamento. Muitas vezes é
preciso olhar nos olhos num dialogo verdadeiro e definitivo.
3.2.1.7 Estilo Relacional
Cria harmonia melhorando o relacionamento entre as pessoas. Ideal
para resolver e sarar conflitos num grupo; dar motivação em períodos
difíceis; melhorar o relacionamento entre as pessoas.
3.2.1.8 Estilo Pressionador
Atinge objetivos difíceis e estimulantes. Tem um efeito por vezes
negativo sobre o clima de trabalho, pois é frequentemente mal executado.
3.2.1.9 Estilo Dirigista
Acalma os receios dando instruções claras em situações de
emergência. É apropriado em situações de crise; para desencadear uma
reviravolta na situação; com subordinados difíceis.
3.2.1.10 Marcador de ritmo
24
É de alto desempenho, do tipo que lidera pelo exemplo, voltado a
resultados rápidos. No entanto, o resultado geral pode ser negativo, nem
sempre as pessoas estão no mesmo patamar de energia. Ponto fraco: muito
impaciente com pessoas de ritmo mais lento, costuma sofrer muito por esta
razão.
3.2.1.11 Centralizador
As decisões são normalmente tomadas pelo líder. Este estilo pode
ser utilizado em momentos de urgência e principalmente quando os
profissionais envolvidos possuem baixa maturidade para caminhar sozinhos,
ou seja, estão em processo de capacitação para tal. Ponto Fraco: A
falta de delegação nas atividades pode desestimular a equipe e causar
queda no rendimento final da tarefa.
3.2.1.12 Inspirador
Serve de exemplo para os empregados. Raramente precisa dar
ordem, cada um sabe o que fazer e aonde ir. Encaixa perfeitamente em
equipes muito motivadas. Ponto Fraco: Estes profissionais possuem
necessidade de status, por isso, em alguns casos, acha que o seu caminho
traçado é o melhor e perde a oportunidade de ouvir seus comandados. Pode
ter problemas com profissionais mais experientes ou talentos jovens de
personalidade forte.
Estilo de liderança: sempre foi complexo, por estar diretamente
condicionado com as reações do comportamento humano, mas é
imprescindível que seja situacional, flexível e adaptado para os resultados
que se pretende. O principal objetivo pretendido deve contar com as etapas
do estilo autocrático, democratico e liberal levando em conta o receptor com
as ações de auto-estima e afetividade (respeito ao liderar ). O estilo deve ser
situacional devido ao aprimoramento contínuo de todo o ambiente de
trabalho.
25
3.2.2 Características de Liderança
Para um líder ser extraordinário, aumentar a produtividade, manter a
qualidade, aumentar a lucratividade, e assim, contribuir com um mundo
melhor é preciso que ele supere alguns desafios, como:
Desenvolver a visão de curto, de médio e de longo prazo.
O líder precisa ter uma visão de futuro atraente, realista, com
parâmetro de tempo e de número. Assim, ele poderá inspirar e mobilizar a
equipe através da apresentação desta visão com um direcionamento. Mas,
para isso é preciso que o líder mantenha uma comunicação frequente e
constante com a equipe, como por exemplo, reuniões constantes.
Orientar-se para resultados através das pessoas.
Além de ter uma visão, é necessário criar estratégias que envolvam
as pessoas para o alcance de resultados extraordinários. Muitos
profissionais em cargo de liderança falham com a equipe por dedicarem a
sua atenção apenas com metodologias e números, esquecendo-se das
pessoas que tem desejos e necessidades.
Ter um senso de realidade
O líder tem que perceber que a equipe, os desafios, a empresa, os
clientes e o mercado nunca são e nem serão como ele gostaria que fosse.
Portanto, encarar a realidade e fazer não só o que gosta, mas o que é
preciso ser feito para o sucesso nos negócios são características
fundamentais de um líder extraordinário e orientado para resultados.
Manter-se flexível
A flexibilidade ajuda um líder a fazer o que for preciso para alcançar
os resultados esperados. Caso seja preciso mudar de rumo, treinar a equipe
de uma forma diferenciada, ou até mesmo, colocar a mão na massa para
solucionar um problema, ele terá que fazer. Estar preparado para modificar o
caminho até o destino é essencial.
Reconhecer a equipe
Percebe-se que grande parte das reuniões realizadas no ambiente
de negócios, tem como finalidade tratar de problemas ou apresentar uma
direção. Mas, o verdadeiro segredo de uma equipe de sucesso é a
26
frequência e a forma como um líder fornece feedbacks positivos. Uma dica
para fortalecer o comprometimento da equipe está em agendar reuniões
quinzenais frequentes para parabenizar a equipe e comemorar os
resultados.
Mapear a equipe a si mesmo.
Muitos líderes frustram-se por falta de conhecimento do perfil
comportamental dos profissionais de sua equipe e de si mesmo. Antes de
um líder cobrar um profissional para desenvolver um ponto fraco, ele deve
apoiá-lo no fortalecimento do seu talento para extrair o máximo das suas
potencialidades. Aconselho a todo líder passar por um processo de
autoconhecimento seja através de programas de coaching, terapias,
treinamentos, entre outros. Quando um líder conhece seu ponto fraco ele
pode transformá-lo em ponto forte ou até mesmo contratar um braço direito,
o grande desafio é que muitos não se permitem enxergar este pontos a
serem trabalhados.
Contratar com qualidade
Infelizmente muitos profissionais têm a tendência de contratar um
profissional para a sua equipe por afinidade com a expectativa de que ele
será o profissional certo para o cargo, porém, nem sempre é isso que
acontece. O ponto essencial da contratação é ter muito claro que tipo de
profissional é necessário e qual é o perfil comportamental ideal deste futuro
profissional. Para isso, aconselho utilizar instrumentos que vão mapear
realmente o perfil dos profissionais.
Assumir a responsabilidade
Aconteça o que acontecer, o líder tem que assumir a
responsabilidade pelos resultados. No momento de sucesso o líder deve
parabenizar a equipe por esta conquista e no momento de eventual fracasso
o líder deve perguntar para todos: O que podemos aprender com isso? E
assim, orientar a equipe para os resultados com um novo plano de ação.
Ter uma liderança situacional
Existem momentos em que o líder tem que dizer o que fazer e
existem outros momentos que o líder tem que apoiar seus liderados a
27
fazerem da forma deles, inclusive muitas vezes melhor do que a forma como
foi ensinada.
O verdadeiro líder é aquele que apoia os profissionais da sua equipe
a brilharem, se desenvolverem constantemente e, principalmente,
perceberem a sua importância para o sistema onde estão inseridos.
Para o Brasil aumentar a sua competitividade a nível global é preciso
perceber a importância de desenvolver pessoas chaves, ou seja, os
profissionais em cargos de liderança que são e/ou serão os líderes
empresarias deste país.
28
4 METODOLOGIA
Conforme objetivo geral e finalidade deste trabalho, a pesquisa
classifica-se como qualitativa e foi realizada por meio de um levantamento
bibliográfico sobre o conceito das gerações – veteranos, baby boomers,
geração X e geração Y.
Pesquisas bibliográficas foram realizadas, no intuito de conhecer as
características, valores, motivações e o contexto histórico em que foram
criadas as quatro gerações que se co-relacionam no ambiente de trabalho e
principalmente da geração Y, foco do estudo, assim como, conceitos sobre
perfis de liderança e motivação.
A segunda parte da pesquisa classifica-se como quantitativa, com a
finalidade de identificar as características de liderança e motivação dos
líderes Y em relação aos seus subordinados e outras gerações,
compreender se as suas necessidades como indivíduos continuam as
mesmas ou alteram-se ao longo de suas experiências como gestor.
A coleta de dados foi efetivada por meio da aplicação de um
questionário estruturado com 31 perguntas referente ao perfil do candidato,
da empresa na qual ele trabalha e ao perfil gerencial do entrevistado, vide
ANEXO A. Para a elaboração foi utilizado o formulário disponível no Google
Docs. O questionário foi enviado via e-mail para 10 engenheiros químicos de
ambos os gêneros, que já ocupam cargos de liderança nas empresas que
estão trabalhando, sendo considerado o mínimo de um subordinado.
O link para o acesso ao questionário foi enviado via a cada
integrante da pesquisa, como também breve texto no corpo do e-mail que
objetivou convidar oficialmente a pessoa e esclarecer a finalidade da
pesquisa e a importância do trabalho como um todo.
Após a coleta de dados, foram realizadas análises comparativas
entre as respostas, com base em fundamentações teóricas sobre a geração
Y, liderança e motivação e objetivou-se estender o conhecimento sobre as
relações entre a liderança Y e seus subordinados, identificando os seus
respectivos perfis.
29
5 RESULTADO E DISCUSSÃO
As respostas foram coletadas, tabuladas e posteriormente
analisadas.
A partir dos dados coletados no questionário sobre o perfil do
candidato, verificou-se que dentre os 10 integrantes da população estudada,
8 eram homens e 2 mulheres, com idades entre 22 a 33 anos, ou seja,
pessoas nascidas entre o período de 1990 a 1980, havendo a
predominância para os nascidos entre 1983 a 1985, representando 50% do
valor total da amostragem.
Dos respondentes, 3 apresentaram pós-graduação com destaque
para um MBA.
Referente ao cargo atual dos entrevistados apontou-se 2 analistas, 5
engenheiros, 2 supervisores e 1 técnico de laboratório. Em relação ao tempo
de permanência na sua função atual, 6 trabalham de 1 a 3 anos, 2 de 3 a 5
anos e 2 menos de 1 ano.
Como critério todos os entrevistados deveriam liderar no mínimo 1
pessoa, assim, 7 lideram de 1 a 3 pessoas, 2 mais do que 9 pessoas e 1 de
3 a 6 pessoas.
Sobre a empresa de que fazem parte, 10 trabalham em empresa
multinacional e de grande porte.
A primeira questão a ser avaliada referia-se ao significado do
trabalho para o participante. Dos 10 candidatos, 7 responderam que o
trabalho significava ganhar dinheiro e ter sucesso profissional e 3
identificaram o emprego como uma oportunidade de contribuir como
integrante de uma equipe vitoriosa, para aprender e se desenvolver.
Identifica-se o que as teorias relatam como características mais
marcantes de indivíduos da geração Y: a grande ambição, ascensão rápida
na carreira e a importância do salário, assim como a vontade de aprender
continuamente, ser visto e ter seus esforços reconhecidos. Confirmando-se
que os líderes Y demonstram valores similares as premissas de sua
geração.
30
Relaciona-se também positivamente a análise desses resultados e o
significado da motivação do líder Y no ambiente de trabalho. As respostas se
baseiam no que Bergamini (1997, p. 24) afirma: “a motivação específica para
o trabalho depende do sentido que se dá para ele”.
Da mesma maneira, Drucker (1980, p. 134) chama a atenção para
que “É precisamente o crescente nível de expectativas materiais que torna
a cenoura das recompensas materiais cada vez menos eficazes como força
de motivação e como instrumento administrativo”.
Uma das características mais marcantes da geração Y é a
necessidade de feedback constante. Neste processo, gestores e líderes têm
papel fundamental, pois são responsáveis pela aplicação do processo.
Sabe-se que receber feedback constante de seus superiores é de grande
importância para os líderes Y, então, pretendeu-se validar a inversão dos
papéis: o líder Y aplicando o feedback em seu subordinado.
Dos 10 respondentes, 10 (assinalaram que realizam essa prática.
Assim, fica evidente que o líder Y compreende a importância do feedback
para seu subordinado, assim como foi citado previamente na teoria, na qual
Ferreira (2010) ressalta que os integrantes da geração Y necessitam de
direções bem claras e rápidos feedbacks pelo fato de terem sido criados na
tecnologia: assim como obtêm o resultado de seu desempenho logo após
um jogo eletrônico, eles esperam que num ambiente corporativo recebam
coaching e feedback imediatos.
Ao serem questionados sobre a frequência com que avaliam seu
liderado, 9 o fazem sempre que há necessidade e somente 1 uma vez por
semestre. Com esse resultado podemos afirmar que os líderes Y veem essa
prática como um fator importante para auxiliar no desenvolvimento
profissional e desempenho de seu liderado.
Saber quem são os líderes que o líder Y admira ajuda a conhecer
seus próprios valores.
Ao serem questionados sobre a admiração por algum líder da
atualidade, 3 responderam não admiram nenhum líder e 7 admiram um líder,
dentre eles foram citados: Steve Jobs e Bill Gates, por seu
empreendedorismo e capacidade de inovar, o Jens Korker, por superar
31
barreiras e vencer o preconceito, a Maria das Graças Foster, por sua visão
sistêmica de clareza do que se quer e de como chegar ao objetivo, o diretor
e o gerente da empresa, por suas características pessoais (determinação,
disciplina, humildade, etc.), também outro gerente e diretora da empresa que
trabalham, pela sua habilidade de relacionamento interpessoal e pela causa
por qual luta/ por seus valores respectivamente.
Baseado nesses exemplos de líderes admirados pode-se relacionar
quais os atributos que os líderes Y elegem como importantes e relevantes.
Ao responderem qual deve ser a principal característica que não
pode faltar em um líder, 8 apontam o conhecimento dos
interesses/habilidades de sua equipe e orientação do desenvolvimento
profissional, verificando-se a necessidade estar bem próximo do
subordinado no dia-a-dia para, assim, encaixá-los em situações/projetos
mais adequados ao seu perfil e características, fortalecendo seus pontos
fortes e consequentemente contribuindo eficientemente para o negócio da
empresa 2 apontam o incentivo para um ambiente de trabalho saudável.
Entende-se que ter o conhecimento sobre seus valores, é
fundamental, pois de acordo com Hughes et al (2006), enquanto as
gerações passadas trabalharam em organizações com posições
hierárquicas definidas e respeitadas, as gerações recentes possuem pouco
respeito pelas lideranças que não demonstram que podem entregar. Ou
seja, estas gerações não acreditam na liderança que apenas participa de
reuniões e faz declarações bonitas sobre visão e missão. A liderança precisa
evidenciar no dia a dia que seus valores e crenças estão alinhados à missão
e visão da organização e liderar pelo exemplo.
Ainda de acordo com a teoria de Bergamini (1994, p.16), os líderes
devem influenciar seus liderados pelo seu próprio exemplo. O fato de a
principal característica apontada em um líder ter sido “conhecer os
interesses/ habilidades de sua equipe e orientar o desenvolvimento
profissional” mostra que o líder Y acredita em uma liderança democrática
(trabalhando com as habilidades do grupo) e voltada ao funcionário (por ter
que conhecer sua equipe). Wagner & Hollenbeck (1998, p.248).
32
Outro questionamento foi feito referente ao posicionamento do líder
Y perante o subordinado que faz uso das redes sociais durante o expediente
de trabalho.
Menos resistentes a tamanha liberdade, 7 , dos entrevistados
disseram que consentem o uso das redes sociais desde que o liderado
esteja em dia com seu trabalho, 2 entendem que o uso das redes sociais faz
parte do trabalho e não se incomoda e apenas 1 respondeu que sente-se
incomodado e conversaria com o ele para que o uso fosse evitado durante o
expediente de trabalho.
Lombardía, Stein e Pin (2008) apontam que por estarem habituados
ao bombardeio de imagens, informações e estímulos da web, não
desenvolveram a paciência ou a laboriosidade, por isso é uma geração de
resultados. Além disso, os membros Y vêem nos eletrônicos e no mundo
virtual, um componente natural da sua vida, por isso a grande capacidade de
administrar e coordenar todas as formas de mídias ao alcance de suas mãos
e mentes. Para eles, a comunicação em suas diversas formas é um quesito
fundamental.
Baseado nos dados expostos confere o que Lombardía, Stein e Pin
(2008) relatam, pois o senso de responsabilidade do subordinado não se
mostra duvidoso pelo líder Y, confiam plenamente que ele consegue alinhar
a entrega de resultados positivos das atividades do trabalho mesmo com o
acesso as mídias sociais.
Questionou-se ainda qual a reação do líder Y diante do atraso do
subordinado sem prévio aviso. Com isso, pretende-se confrontar a literatura,
que diz que a flexibilidade de horários e a informalidade são marcas dos Y. A
resposta obtida majoritariamente (6 dos 10 entrevistados) demonstra que o
líder Y deseja ser informado dos atrasos, contrariando os autores que dizem
que o que importa para o Y é o trabalho em si, independentemente de
horários. Apenas 4 responderam que confiam no liderado contando com sua
responsabilidade de cumprir suas obrigações independentemente do
horário, resposta que de acordo com os autores estudados, seria a
majoritária.
33
Com as respostas obtidas, há controvérsia em relação à confiança
do líder em seu liderado, pois segundo Hollander (1978, p.2) a liderança é “
relacionamento de influência em duplo sentido” o que também pode ser
estendido à confiança, porém, em relação à tolerância de atrasos, é
marcada por receio, contradizendo o líder Y.
Foi pedido aos respondentes que assinalassem a característica mais
valorizada em seu liderado. 8 dos 10 líderes Y afirmaram ser a
responsabilidade, valor típico da geração Y segundo Lombardía, Stein e Pin
(2008). 2 marcaram a inovação, característica aclamada como essencial às
empresas e que segundo Spotorno (2010), virá com a atração e retenção
dos jovens Y.
Perguntou-se para os líderes Y qual eles pensam ser o maior
incentivo para seus colaboradores. 6 acreditam ser o reconhecimento pelo
trabalho, 2 desafios constantes, 1 possibilidade de ascensão rápida e os
outros 1 salários altos e bons benefícios. Essa maioria crê em valores Y,
como citado por Boni, Ettinger e Rossi (2011), a motivação advinda de
fatores externos como o reconhecimento do trabalho executado, além da
necessidade de bons relacionamentos em equipe e interpessoais, não
temem projetos de risco e gostam de ser desafiados.
A possibilidade de ascensão rápida, um dos maiores estigmas da geração Y
apresentada também por Boni, Ettinger e Rossi (2011), aparece somente em
1 dos entrevistados como um fator de motivação para o liderado. E a outra
minoria de 1 acredita que o maior incentivo é a recompensa monetária, com
altos salários e bons benefícios, também de acordo com a teoria de
Lombardía, Stein e Pin (2008), que afirmam que os Y vêem a remuneração
como associada aos resultados e esperam ganhar bem para manter o alto
padrão de vida.
Tendo em foco que uma das características mais marcantes da
geração Y é a necessidade do feedback constante, assim como, gestores e
líderes tem papel fundamental junto à realização de feedback, pois estes são
responsáveis pela aplicação desse processo no funcionário e que receber
feedback constante de seus superiores é de grande importância para os
34
líderes Y pretendeu-se validar a inversão dos papéis, o líder Y aplicando o
feedback com seu subordinado.
Dos 10 respondentes, todos assinalaram que realizam o feedback.
Verificando assim que o líder Y compreende a importância do feedback para
seu subordinado, assim como foi citado previamente na teoria, no qual
Ferreira (2010) ressalta que os integrantes da geração Y necessitam de
direções bem claras e rápidos feedbacks pelo fato de terem sido criados na
tecnologia: assim como obtêm o resultado de seu desempenho logo após
um jogo eletrônico, no ambiente, eles esperam que num ambiente
corporativo recebam coaching e feedback imediatos.
Ao serem questionados sobre com que frequência avaliam seu
liderado, 9 o fazem sempre que há necessidade e apenas 1 uma vez por
semestre.
Verificou-se que os lideres Y veem essa prática como um fator
importante para auxiliar no desenvolvimento profissional e desempenho de
seu liderado.
Conforme exposto na teoria, sabe-se que o ambiente de trabalho é
de grande importante para o líder Y, dessa forma, ao serem questionados
sobre qual o fator que ele mais valoriza no ambiente de trabalho, 9
responderam que o bom relacionamento com os colegas é fundamental para
manter um ambiente agradável no dia-a-dia e apensas 1 valoriza o pouco
formalismo no ambiente de trabalho.
Sendo assim, reforça a questão sobre a necessidade que o
integrante da geração Y tem de pertencer ao ambiente de trabalho em que
se insere e que sua satisfação está relacionada ao contentamento com as
relações interpessoais no trabalho.
Conforme a pesquisa feita pela Hay Group apontando-se que ao
contrário do que se pensa sobre os indivíduos da geração que não se
mantêm nas empresas por um longo período e mudam frequentemente. Os
resultados apontam que quando há investimento no desenvolvimento do
colaborador mais deles desejam continuar no trabalho atual por 5 ou mais
anos.
35
Por isso, questionou-se os líderes para verificar se eles tem
conhecimento de que esse investimento apresenta-se como um fator
positivo para manter o colaborador na empresa e assim evitar a rotatividade
de profissionais jovens.
Apenas 2 apontaram que não investem em seu(s) liderado(s) e 8
responderam que investem, ou seja, os líderes Y veem a necessidade de
qualificar e investir em seu (s) liderado (s).
Os 8 líderes, investem em seus colaboradores, oferecendo cursos e
treinamentos.
Além disso, algumas empresas já estão se adaptando e investem
em sistemas de compensação e benefícios personalizados para reter os
líderes e integrantes da geração Y.
Nesta questão, objetivou-se conhecer o posicionamento do líder Y
na execução de um projeto. 8 dos respondentes assinalaram que se reúnem
com o subordinado para definir objetivos e metas com clareza, e se
disponibilizam para guiá-los e explicar dúvidas, demonstrando que são
sensíveis à teoria de que é necessário esclarecer as metas para que o
liderado sinta-se seguro para realizar a tarefa. Os outros 2 afirmou que ajuda
seu subordinado a executar o projeto.
A outra questão também com foco no posicionamento do líder Y foi
na delegação de uma atividade. 7 dos líderes diz que aceitam novas ideias
propostas pelo seu subordinado, 2 deixam que seu subordinado realize da
maneira dele e 1 ajuda seu subordinado a realizar a atividade.
Os dados obtidos mostram-se de acordo com Boni, Ettinger e Rossi
(2011), a facilidade em pedir ajuda e orientação, o gosto pela exposição de
ideias e o cuidado com o próximo.
36
6 CONCLUSÃO
Inicialmente, a hipótese era a de que a liderança Y permaneceria
com seus valores independentemente do cargo ou status organizacional. Ao
confrontar a teoria com os resultados do questionário, percebe-se que em
sua maioria, as questões propostas reiteram a hipótese, mostrando que a
geração Y trouxe uma nova perspectiva de valores para as corporações e
para os cargos estratégicos.
No entanto, em uma questão verifica-se certa precaução em pôr em
prática as marcas dos Y: em relação a atrasos sem prévio aviso. Nota-se um
resquício de chefia autoritária e receosa, tradicionalista e temerosa.
A questão mencionada, constata-se uma visão retrógrada, de
desconfiança em relação ao liderado, contrária aos emblemas propostos
pela geração, afinal, segundo Lombardía, Stein e Pin (2008), a flexibilidade
de espaço e tempo é um dos lemas bradados pelos Y, assim como o
respeito pelo seu estilo de vida e maneira como enfocam o trabalho (creem
no resultado, independentemente de qual caminho é seguido para que se
chegue a ele).
Porém em outra questão é notória a marca Y: relacionado ao acesso
das mídias sociais durante o período de trabalho.
Na questão, sobre o uso das mídias sociais, o senso de
responsabilidade do subordinado não se mostra duvidoso pelo líder Y, existe
uma confiança plena de que consiga alinhar a entrega de resultados
positivos das atividades do trabalho com o acesso às mídias sociais.
Nas demais questões, destaca-se a valorização do feedback, a
mudança do significado de trabalho, não só como uma forma de ganhar
dinheiro e ser bem sucedido profissionalmente, mas também como
oportunidade de integrar uma equipe vitoriosa, possibilitando aprendizado e
desenvolvimento e uma forma de contribuir no trabalho e socialmente.
Salienta-se também a visão do líder como um conhecedor das habilidades e
interesses da equipe, além de orientador do desenvolvimento profissional. A
responsabilidade como principal característica valorizada, a abertura para
expressão de opiniões com maior informalidade independentemente de
37
hierarquia, o incentivo através do reconhecimento do trabalho executado e
do bom ambiente e relacionamento com a equipe, também foram aspectos
marcantes apontados pelos líderes Y.
Assim, é notada uma mudança significativa dos engenheiros
químicos da geração Y em cargos de liderança em relação às demais
gerações apresentando perfil de liderança similar, podendo afirmar que a
hipótese foi confirmada, pois, os aspectos analisados foram majoritariamente
favoráveis à persistência dos valores Y, dominantes sem depender do cargo
ou influência do Y na organização.
38
7 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS
Pesquisas a respeito da influência das mudanças geradas pela
liderança Y nas organizações, além da liderança Y vista pelo prisma dos
liderados e de seus superiores.
Também é uma oportunidade para trabalhos futuros, a importância
dos líderes Y e as consequências e resultados trazidos por eles às
empresas, tanto na esfera produtiva quanto na esfera de relacionamentos
entre funcionários.
39
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WAGNER III, John A; HOLLENBECK, John R. Comportamento
Organizacional - Criando Vantagem Competitiva. São Paulo: Saraiva, 2.
ed., 2009
47
ANEXO B – Respostas do questionário de avaliação
ANEXO C – Avalição da questão número 1
ANEXO D – Avalição da questão número 2
ANEXO E – Avalição da questão número 3
Em qual período
você nasceu?Contagem
Entre 1980 e 1982 2
Entre 1983 e 1985 5
Entre 1986 e 1988 2
Entre 1989 e 1990 1
Total Geral 10
Sexo Contagem
Femenino 2
Masculino 8
Total Geral 10
Possui Pós-Graduação? Contagem
Não 7
Sim 3
Total Geral 10
48
ANEXO F – Avalição das questões número 4 e 5
ANEXO G – Avalição da questão número 6
ANEXO H – Avalição da questão número 7
ANEXO I – Avalição da questão número 8
ANEXO J – Avalição da questão número 9
Possui especialização? Contagem
Não 9
(vazio) 9
Sim 1
Qualidade e Produtividade 1
Total Geral 10
Possui Mestrado? Contagem
Não 10
Total Geral 10
Possui Doutorado? Contagem
Não 10
Total Geral 10
Possui MBA? Contagem
Não 9
Sim 1
Total Geral 10
Qual cargo atual? Contagem
Analista 2
Engenheiro 5
Supervisor 2
Tecnico de Laboratório 1
Total Geral 10
49
ANEXO K – Avalição da questão número 10
ANEXO L – Avalição das questões número 11 e 12
ANEXO M – Avalição das questões número 13 e 14
ANEXO N – Avalição das questões número 15 e 16
Há quanto tempo você trabalha
em seu cargo atual?Contagem
De 1 a 3 anos 6
De 3 a 5 anos 2
Menos de 1 ano 2
Total Geral 10
Você lidera ou mentora
pessoas?Contagem
Sim 10
De 1 a 3 pessoas 7
De 3 a 6 pessoas 1
Mais que 9 pessoas 2
Total Geral 10
Sua empresa é? Contagem
Multinacional 10
Grande porte
(mais que 500
funcionários)
10
Total Geral 10
Sua empresa incentiva a
realização do feedback?Contagem
Sim 10
1 vez por semestre 4
Sempre que há necessidade 6
Total Geral 10
50
ANEXO O – Avalição da questão número 17
ANEXO P – Avalição da questão número 18
ANEXO Q – Avalição da questão número 19
ANEXO R – Avalição da questão número 20
Qual o principal significado do trabalho para você? Contagem
Ganhar dinheiro e ter sucesso profissional. 6
opção 2 + opção 1 1
Uma oportunidade de contribuir como integrante de uma equipe
vitoriosa, aprendendo e me desenvolvendo.3
Total Geral 10
Qual a principal característica não pode faltar em um líder? Contagem
Conhecer os interesses/habilidades de sua equipe e orientar seu
desenvolvimento profissional.8
Incentivar um ambiente de trabalho saudável. 2
Total Geral 10
Você percebe que seu subordinado está
usando as redes sociais no período de
trabalho. Você:
Contagem
Consente o uso desde que ele esteja em dia
com seu trabalho.7
Entende que o uso das redes sociais faz parte
do trabalho e não se incomoda.2
Se sente incomodado e conversa com ele para
que evite o uso durante o horário de trabalho.1
Total Geral 10
51
ANEXO S – Avalição da questão número 21
ANEXO T – Avalição da questão número 22
ANEXO U – Avalição da questão número 23
ANEXO V – Avalição das questões número 24 e 25
Seu subordinado chega atrasado sem avisar.
Você:Contagem
Confia nele, esperando que cumpra suas
obrigações independentemente do horário.4
Pergunta a ele o motivo do atraso, deixando claro
que espera que das próximas vezes seja avisado.6
Total Geral 10
Qual das características abaixo você mais
valoriza em seu subordinado?Contagem
Inovação 2
Responsabilidade 8
Total Geral 10
Em sua opinião qual seria o maior incentivo
para seu colaborador?Contagem
Desafios constantes. 2
Possibilidade de ascensão rápida. 1
Salários altos e bons benefícios. 1
Ser reconhecido pelo trabalho que executa. 6
Total Geral 10
Você faz feedback? Contagem
Sim 10
1 vez por semestre 1
Sempre que há necessidade 9
Total Geral 10
52
ANEXO W – Avalição das questões número 26 e 27
ANEXO X – Avalição da questão número 28
ANEXO Y – Avalição das questões número 29 e 30
O que você mais valoriza no seu
ambiente de trabalho?Contagem
Bom relacionamento com os colegas. 9
Pouco formalismo. 1
Total Geral 10
Você admira algum líder da
atualidade?Contagem
Não 3
(vazio) 3
Sim 7
Bill Gates 1
Diretor 1
gerente 1
Jens Kroker 1
Maria das Graças Foster 1
Steve Jobs 1
Tania Oberding (Diretora
Operações e Manufatura) / Nelson
Cruz (Gerente Formulações)
1
Total Geral 10
Qual a principal característica deste líder que te levou a
escolhê-lo?Contagem
Pela causa por qual luta/ por seus valores. 1
Por seu empreendedorismo e capacidade de inovar. 2
Por sua habilidade de relacionamento interpessoal. 1
Por sua visão sistêmica: clareza do que se quer e de como chegar. 1
Por suas características pessoais (determinação, disciplina,
humildade e etc).2
Por superar barreiras/vencer preconceitos. 1
(vazio)
Total Geral 8
53
ANEXO Z – Avalição da questão número 31
ANEXO AA – Avalição da questão número 32
Você investe no seu(s) colaborador(es)? Contagem
Não 2
(vazio) 2
Sim 8
A empresa oferece cursos e treinamentos 1
Oferecendo cursos ou treinamentos. 7
Total Geral 10
Na execução de um projeto, você: Contagem
Ajuda seu subordinado a executar o projeto. 2
Reúne-se com ele para definir objetivos e metas com
clareza, e se disponibiliza para guiá-lo e esclarecer dúvidas.8
Total Geral 10
Na delegação de uma atividade, você: Contagem
Aceita novas idéias propostas pelo seu subordinado. 7
Ajuda seu subordinado a realizar a atividade. 1
Deixa seu subordinado realizar da maneira dele. 2
Total Geral 10