OOMPOSIÇAO 21 XMFaBSSÀO — TIPOGRAFIA «GRAFEX» — … · que se mais não lhes digo é porque...
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Preço 1 $00 Quinta [eira, 24 de Abril de 1958 Ano IV - No* 162
Proprietário, Administrador e fditor
V. S. M O T T A P I N T O
REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO - AV. D. NUNO ALVARES PEREIRA - 18 - TELEF. 026 467----------------------------------------------------M O N T I J O ------------
OOMPOSIÇAO 21 XMFaBSSÀO — TIPOGRAFIA «GRAFEX» — TELEF. 026 236 — MONTIJO
D I R E C T O R
Á L V A R O V A L E N T E
A farsa dos duelosNós já nos tínhamos desa
bituado de ouvir falar em duelos. Pelo menos, tirante aqueles que as versões cinematográficas ainda nos oferecem de quando em quando, julgávamos que tal prática tivesse ficado enterrada com as últimas aventuras dos 3 mosqueteiros. Afinal, os jornais dão conta de se ter realizado há pouco em França, na terra los e x is te n c ia l is ta s e em
j !ena era atómica, mais um duelo à espada, felizmente sem gravidade, mas fazendo despertar as atenções gerais dado o prestígio de ambos os contendores.
Isto, se por um lado demonstra o regresso a práticas obsoletas, por outro vem evidenciar a falta de bom senso que hoje parece invadir as próprias pessoas tidas como cultas e superiores. E é aqui que o caso toma aspectos de livre galhofa.
Os duelos, pelos vistos, vingam e de tal modo se enquadram no mesmo ambiente debafienta solenidade, que as h a b itu a is testemunhas, os denominados pa: drinhos, já não chegam. Ê preciso mais gente, mais espectadores, e estes vão recair nas pessoas graves do juiz do supremo, do médico legista, do notário, do oficial superior, em todos os indivíduos, em suma, que tenham créditos firmados na magistratura, na medicina, nas forças armadas, etc., porque o duelo, e isto já vem de longe, aliás, não é um combate de arruaceiros mas uma questão de honra a travar
entre gente de alta estirpe, de fina linhagem. Só resta saber se o sangue vertido será diferente do norm al; mas isso não nos compete a nós averiguar, visto que lá está o clínico atento e compenetrado da sua alta missão
For
A LV A R O PEREIRA
para revelar o grau e a natureza hemorrágica.
Ora estes espectáculos, que ainda conseguem atrair as atenções do grande público, não obstante haver problemas mais importantes a debater e assuntos mais prementes a considerar, são inimitáveis de graça, de pitoresco e . . . de ridículo.
Na verdade, esta coisa singular de se desafiar hoje um homem para no outro dia lhe tirar a vida (?), sob o olhar complacente duns tantos indivíduos compenetrados da defesa duma honra, porventura duvidosa, dado que a interpretação de tal honra é para as testemunhas uma questão de simpatia pessoal e às vezes até de incon- fessados interesses, oferece matéria para largas considerações.
Não as vamos enumerar agora, evidentemente, até porque a honra tem sido tão mal tratada através dos tempos, que haver mais uma molestada não oferece perigo de maior. O sol continua a aquecer a terra, apesar da desleal concorrência dos sois
a t a f c a a c a e r a e a c a c a g c a a c a B e a e K a r
E S C U T A— Poeta 1não aceites dinheiro pelos teus versos, nem lágrimas, nem pão.— Poeta 1sustêm teus sentimentos que falam da beleza e do am or; não construas versos só quando sentes dor.Canta a vida, desfia o rodar dos dias que hão-de vit, com o poder da tua imaginação.Poeta, abraça a própria vidae acolhe a música dos astros,— Esta c a poesiaque eu sinto ser universal. ..
Minda Piros
artificiais, e o homem conti- tinua a acreditar que o facto de ter dado uma dentada no semelhante lhe dá o direito de ingressar na história com as pompas devidas ao herói. Tudo uma questão de opinião e de ilusão, afinal de contas.
Mas o que importa referir, neste caso, é o aspecto folhetinesco que teve o duelo entre o Marquês de Coevas e o famoso bailarino Serge Lifar. Quando todo o mundo julgava que aquilo era uma coisa séria, daqueles que só se reparam com a morte, ve rificámos admirados, incrédulos, que bastou um simples arranhão da peie de Lifar para tudo acabar em bem, como nos f i l m e s românticos, em que se adivinha fàcilmente o «happy end».
Para que a comoção fosse geral, contagiosa, não faltou0 abraço reconciliador e, a par dele, as lágrimas do arrependimento e da renúncia. O pranto foi intenso, esmagador, e se a terra não ficou alagada naquele local e naquele supremo instante foi porque a natureza não se1 mpressiona com as exibições da comédia humana.
Como espectáculo a merecer cenário da Broadway, não conhecemos nada melhor, e como exemplo duma honra tão fàcilmente reparada também ig n o ra m o s . S e o simples arranhão na pele consegue modificar uma opinião que ainda na véspera era tida como altamente injuriosa, só porque teve o cenário p re p a ra d o dum a assistência selecta e protocolar, então já não sabemos onde acaba essa honra e começa a corrupção, onde desponta o crime e termina a virtude.
Em qualquer caso, porém, o desfecho do duelo pare- ce-nos d e m a s ia d o teatral, mesmo tendo em conta que os seus personagens pertencem ao mundo coreográfico.
É certo que houve sangue, mas o seu derramamento foi mais simbólico do que real e doloroso. Foi uma espécie de vacina contra o vírus da m o n o to n ia e do esquecim ento.. .
Nós, em Portugal, nisto de duelos, andamos mais actualizados e, de certo modo, mais adiantados. Não usamos o duelo preparado com data fixa, subordinado a formalidades burocráticas. Por cá as questões resolvem-se
(Continua na página 4)
J Ú L I O D I N I 5O M É D I C O
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Por - TEODORO ANTUNES MENDESVem de longa data o de
sejo de consagrar a Ju lio Dinis um pouco da minha prosa, dessa que escrevo nos momentos em que me oculto do mundo entrechocado em que vivemos. A que se segue é dessa; filha duma admiração profunda por esse vulto trágico e grandioso.Que me perdoem os que me lerem, porque lhes digo muito pouco; porém, posso garantir-lhes que se mais não lhes digo é porque não tenho engenho para mais.
É sob o pseudónimo de Jú lio Dinis que se esconde a verdadeira identidade do dr. Joaquim Guilherme Gomes Coelho, tendo sido com ele que a sua obra ganhou raízes na alma popular (e bem fundas são), e o seu nome ganhou um nome ímpar na História da Literatura Portuguesa. Jú lio Dinis é um nome do povo, porque o escritor escreveu para ele, porque o sentiu e viveu com ele nas páginas imorredoiras das Pupilas, da Morgadinha,
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dos Serões, bem como todos os seus livros, mo mentos da nossa literati
Foi médico e professoi Escola Médico Cirúrgica Porto, o sr. Joaquim ( lherme Gomes Coelho. T eido na cidade do Porto . . . . . .14 de Novembro de 1 ^ ^ W era filho do Dr. José quim Gomes Coelho e d Ana Constança Potter.
Estudou as primeiras le tras na Escola Primária de M iragaia, tendo depois estudado latim com o padre José Henrique de O liveira M artins ; francês com o irmão mais velho, morto como ele pela tuberculose; e inglês com o professor Narciso José de Morais Júnior. Antes dos quinze anos matriculou-se em química e matemática na Academia Politécnica do Porto, no ano lectivo de 1853 54, tendo no ano seguinte cursado física e o segundo ano de matemática.Nos anos de 1855 e 1856, frequentou botânica e zoologia, matriculando-se a seguir na Escola Médico — Cirúr-
(C on tin u a n a p á g in a 5)
festas Populares de S. Pedrod e 2 6 d e JU N H O a 1 d e JU LH O
Âproxivrn m ie as nossas Festas.A gravura recorda as ornamentações na
Praça 4a República em 1957.
As deste ano serão ainda su p erio res!
A P R O V IN C IA 24-4 '9ô8
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Hospital, 026 046 Serviços Médico Sociais, 026198
Bombeiros, 026048 Taxis , 026025 e 026479
Ponte dos Vapores, 026425 Polícia, 026144
Trabalhos para amadores fotografias (TUrfe il parelhos fotográficos
Reportagem FotográficaRua Bulbáo Pato, 11 - MOHÍEiO
M O N T j Om nossa Sscola Sécnica
Tivemos há poucos dias o prazer de visitar a nossa Escola Técnica , agora em pleno funcionamento, e dessa visita trouxemos as melhores impressões.
Acompanhados pelo e x ."10 Director, sr. dr. Eugênio Lopes de Morais Cardigos, percorremos todas as instalações da Escola : Aulas, Vestiário, Gabinetes, Biblioteca, Lavabos, Pátio de recreio, etc..
Chega a parecer inacreditável como em tão pouco tempo se adaptaram à Escola Té cnica as antigas celas da Cadeia, transformando assim esses locais lôbregos e tristes em risonhas casas de Instrução 1
Embora sem luxos de e spavento, certamente dispensáveis, tudo se encontra instalado num ambiente agradável, salutar, quase festivo, que impressiona bem e nos dá a certeza dos cuidados e atenções dispensados a esse estabelecimento de ensino.
Por ioda a parte a maior ordem, o máximo asseio ,— uma disciplina geral que se impõe ao nosso espírito de observador.
As aulas, arejadas e cheias de luz; o material didáctico, moderno e interessante, em
devida disposição; a sala de trabalhos femininos e a sala de trabalhos colect ivo s ; a curiosa sala de trabalhos manuais; a pequena biblioteca com Volumes de manifesta utilidade; a aula de c iências ; o pátio dos recreios, onde a mocidade exuberante entretém os intervalos das lições, — tudo, enfim, nos cativou.
Ficámos em extremo penhorados coín a gentileza do e x .1110 Director e com a forma despretenciosa, mas expressiva, como tudo nos mostrou e explicou.
E x t e r i o r i z a n d o o nosso reconhecimento por estes factos, aqui deixamos e xarada a gratidão de «A Pro-
O n o s s o a p e l o
— A favor do doente C a r los Lu ís Cardeira, internado nô C a ra m u lo , recebemos dum anónimo, ou anónima, a quantia de 2o$oo escudos.
Vam os enviá-la ao in te ressado e, entretanto, agradecemos em seu e em nosso nome a generosa dádiva.
— Bem haja!
E D I T A L
A f e r i ç ã o d e i n s t r u m e n t o s
d e p e s a r e m e d i r
A Câmara Municipal de AAonHjo:FAZ S A B E R que as firmas e indivíduos que utilizem
instrumentos de pesar e medir, no exercício de comércio ou indústria, devem promover o afilamento na oficina de pesos e medidas deste Concelho, durante os meses de M A I O e J U N H O , às quintas-feiras e sábados, sendo os restantes dias da semana destinados ao serviço e x terno em Montijo. j
Os interessados estabelecidos fora da sede do Con- jj celho, que pretendam que as aferições se efectuem no 3 próprio estabelecimento, DEVE M REQUISITAR esse serviço dentro do mês de M AI O ou J U N H O , afim de ser executado no mês de J U L H O .
Em todos os estabelecimentos de venda de bebidas a copo, considerando-se como tais as tabernas, cerve jarias, leitarias, restaurantes, botequins, casas de pasto e semelhantes, é o b r i g a t ó r i a , pelo menos, a e x i s t ê n c i a d * u m s c o l e c ç ã o d e c o p o s d e v i d r o a f e r i d o s , sob pena de multa de 50$00.
Aos transgressores que se sirvam dos aludidos instrumentos sem aposição da letra determinada por portaria ministerial, serão aplicadas as multas cominadas nas disposições aplicáveis. E, quando os instrumentos sejam utilizados em exercício de comércio ou indústria, devem os interessados apresentar recibo da contribuição industrial paga ao Estado, sem o qual não podem ser aferidos.
Para que ninguém possa alegar ignorância se publica o presente e idênticos que vão ser afixados nos lugares mais públicos de todo o concelho.
Paços do Concelho, 15 de Abril de 1958
O Vice Presidente da Câm ara, em exercício
a) António João Serra Júnior
víncia» pela consideração que lhe foi dispensada.
No próximo número relataremos uma interessantíssima entrevista que nos concedeu e que servirá, ao mesmo tempo, para demonstrar quanta justiça continha a petição do povo montijense, da sua Câmara Municipal, e do nosso semanário solicitando a Escola Técnica para a nossa terra.
cA p& nte
S o b r e o T e i o
O trabalho do sr. engenheiro Henrique Sequeira, que inserimos no número anterior de «A Província», causou em M ontijo o mais justificado interesse, pela sua magnífica elaboração e in te ira oportunidade.
A lvitraram -nos por escrito a r e a l iz a ç ã o duma exposição' dos municípios interessados, a fim de levar ao conhecimento dos poderes públicos os sentimentos dos povos desta margem acerca do - p ro b le m a da Ponte sobre o Tejo.
A opinião geral é a de que a solução preconizada no Plano de Fomento, agora vindo a lurr.e, não resolve o problema.
— Quem põe em prática aquele a l v i t r e ? O mais certo é continuar a ind ife rença habitual. M ais tarde, porém, se reconhecerá que M ontijo é que tinha razão...
Telefone 028 576
rp a ra hnai (Jeta g ia fla i
Fo le M o n tije n s e
beliscõesNão há maior maroteira, Nem maior desaguisado,Do que um relógio errado Enganando a terra inteira /
Em vez de horas, dá «meias-», Em vez de « meias», dá horas. E com estas panaceias Andamos todos *às noras*...
Falham as entrevistas E zangam-se as comadres.T" '
E n c r e s p a m - s e a s c r i s t a s
E não há verdades.Falta-se aos contractos E às combinações;Acabar am-se os pacatos E anda tudo em aflições. Perdem-se os vapores,O s comboios. . e o mais. Zangam-se os amores E até os «pardais»,..
Vai tudo fora do rego, Ninguém entende este «cuco*, Chega-se tarde ao emprego E anda tudo meio maluco!
Pedimos,pois, muito urgente, A o nosso relojoeiro Que tenha dó desta gente,E ponha certo o ponteiro. ...
Homem ao mar
Vendem-se— Duas moradias de rés do chão,
uma cnm pequeno quintal, na rua Santos Oliveira, nesta viia de Montijo.
Informa-se nesta Redacção.
Barbearia— ALUGA-SE ou trespassa-se Informa na Rua do Gaio, 1 1 -
Samouco.
Obras dê âl/ara Valente— nEu», livro de sonetos,
esgotado; « D a q u i . . . fala Ribatejo», contos monográficos. 30 escudos; «Pedaços deste Ribatejo», folclore e costumes, 30 escudos; «A minha visita ao museu de S. Miguel de Ceide», folheto, 5 escudos; «Hino a Almada», em verso, 10 escudos; «Grades Eternas», estudos sociais, 15 escudos; «Vidas Trágicas», romance, ló escudos; «Viagem de Maravilhas», reportagem, 20 escudos.
Pedidos à Redacção de «A Província».
C â m a r a M u n ic ip a l de M o n tijo
E D I T A LANTÓNIO J O Ã O S E R R A JÚNIOR. VICE-PRESI-
D E N T E DA CÂMARA MUNICIPAL DE MONTIJO, EM E X E R C ÍC IO :
Faz público que esta Câmara Municipal, em sua reunião de 8 de Abril corrente, deliberou, ao abrigo do art.0 9.° do Regulamento Geral de Edificações Urbanas, que desde 15 de Abril a 30 de Junho próximo, sejam devidamente reparados com obras de pequenos reboucos, caiações e pinturas, os prédios desta Vila que de tal necessitem.
Estas obras são isentas de licença.Findo aquele prazo e não feitas as obras, os pro
prietários incorrém nas penalidades legais aplicáveis.Para constar se publica o presente e outros de igual
teor que vão ser afixados nos lugares públicos do costume.Montijo, 10 de Abril de 1958
O Vice-Pi esidente da Câmara em excrcíciO)
a ) (António J cã o ó e r r a jú n ior
$4 4'958 A P R O V IN C IA 3
A G E N D A
E L E G A M E
esãíSBms*
Aniversários— No dia 25, faz 36 anos a sr.a
[). Idalina Pires dc Sousa, filha da nossa prezada assinante sr.u 1 ). Viuva de António Borralho.
_No d;a 2(5, a sr.a D. GuiomarMadeira» nossa muito estimadaassinante.
_No dia 27, o menino JoséManuel Quindera Dias, sobrinho jo nosso dedicado assinante sr. Saúl de Jesus Dias.
_ No mesmo dia, a sr.a D. Teresa Helena Pereira Pascoal, filha do nosso estimado assinante sr. Henrique Pascoal, residente em Portalegre._No mesmo dia, completa a
bonita idade de 87 anos, a sr. !) . Perpétua Emília Cardeira, avó do nosso funcionário António Cabrita.
_No mesmo dia, completa 49anosasr.“ D. Rosa da Costa Nunes, esposa do nosso amigo e prezado assinante sr. João Nunes Carvalho (o Carioca).
— No dia 29, a menina Margarida e Silva Gamero, filha do nosso dedicado assinante sr. José Ga- iiiero Goníalez.
Pro f. losé M , Lan de iroNo passado dia 19, no salão nobre
dos Paço» do Concelho da Moita, foi empossado pelo sr. Presidente da Câmara Municipal do mesmo concelho, sr. José de Sousa Costa, no cargo .d e Vogal da Cornissão Municipal de Arte e Arqueologia do mesmo concelho, o nosso pregado colaborador, Prof. José Manuel Landeiro, motivo com que qos congratulamos.
L U T U O S A
— No dia 11 do corrente, faleceu na sua resinència, — rua Cen trai, 24, em Montijo, a s r .a D. Elisa dos Santos, casada, de 80 anos de idade, desta vila natural
Era mãe dos Srs. Joaquim de Pinho, comerciante, estabelecido na rua Cândido dos Reis, Jo sé Júlio Pinho, e da sr.a D. Maria da Conceição Pinho, casada com Francisco Severo.
O funeral realizou-se no dia seguinte para o cemitério de Montijo.
— No dia 10 faleceu também a sr.* D. Gertrudes Angélica Pereira, natural desta vila e aqui residente. Era mãe do sr. Raúl Marques e tia do nosso prezado assinante sr. José Garroa.
O funeral realizou-se em 1 1 para o nosso cemitério.
— Em 14 faleceu o sr. Raúl Madrugo, residente que foi na rua João Mendes — Bairro Serrano, desta vila.
— Em 12 faleceu também a sr.“ D. Giraldina David Pinho, que era natural de Montijo e residente no Alto das Barreira '.
— Às famílias enlutadas apresentamos as nossas condulências. Ao nosso prezado assinante, sr. José Garroa, endereçamos sinceros pêsames pelo falecimento de sua tia.
M O N T J O
Este número de «A Província» foi visado pela
C E N S U R A
I n f o r m a ç ã o d o
Secretariado Paro q u iai
d e M o n t i j o
S O B R E C I N E M A5.» feira, 2 4 ; «TODOS A PA
UIS». País de Origem - E. U. A . Género - Coxnédia. Principais in térpretes : Gene Kelly, Barbara Laage, B o b b y Clark, Brigitte Fos- sey e Michael Uedgrave.
E n red o : — Ainda não temos no nosso Arquivo.
A p recia çã o m a r a l: — Sem inconvenientes. PARA TODOS.
Estreado em 1958.Sábado, 2 6 ; « JU L IE » . País de
origem - E . U. A.. Género - Dram». Principais intérpretes : Doris Day, Louis Joudan e Barry Sullivan.
E n red o : — Um homem, doentiamente ciumento, leva a esposa a viver momentos de grande ansiedade. Um dia, ela descobre que fora ele quem matara o seu primeiro marido. Com medo de a perder, ameaça-a de morte, se fugir. Ju l ie abandona o lar e regressa à antiga profissão de hospedeira ,!e bordo. O marido, porém, subre- píieamer.te, introduz-se no avião. Detuoberto, provoca uma cena de tiros. Mata o comandante e ieie gravemente o segundo piloto. O assassino morre na luta : E é Julie que tem de guiar o aparelho até à base, seguindo as indicações do radar e do piloto ferido.
A p recia çã o estética : — Óptima interprétação de Doris Day. Realização excelente.
A p recia çã o m o r a i: — Cenas de forte emoção. PARA A DULTOS.
Estreado no cinema Monumental, em 4 de Fevereiro de 1958,
Domingo, 27 ; «O P R ÍN C IPE E A CORISTA». País de origem - I n g l a t e r r a . Género - Comédia. Principais intérpretes : L au ren ce Olivier e Marilyn Monroe.
E n r e d o : — O príncipe da Car- pátia chega a Londres para assistir à coroação do rei Jo rg e V. Pensa divertir-se nesses dias e para isso convida uma artista de teatro a ir a sua casa cear. A a r tista mantém o príncipe em respeito e. mais tarde, ajuda-o em várias situações difíceis. E le acaba por apaixonar-se.
A p reciação e s tè i ic a : — E x c e lente realização. Bom colorido. Interpretação perfeita.
A p recia çã o m o r a l: — Cenas demasiadamente livres fazem que ie re-erve o f ilm e PARA A DULT O S.
Estreado no cinema Monumental em 15 de Outubro de 1957.
3 * fe ira ,2 9 ; «ROMANCE DUMA MULHER->. Pais de origem - Alemanha Género - Drama. Principais in térp retes : Lilli Palmer,Ivan Desny e NVilli Kleinan.
E n red o : — Mariana era casada com um pintor de quem tinha um filho. Ao dar um pssso em falso, iitrás duma ilusória felicidade, começou o seu romance que havia de ser cheio de desenganos. A repulsa do filho, o abandono do marido, o divórcio e aquela felicidade sonhada mas não alcançada, estão na base do romance desta mulher que, no final, encontra perdão.
A p recia çã o e s té t ic a : — Bom desempenho. Realização cuidada.
A p recia çã o m o ra l: — O adultério, o divórcio e o ambiente em que a acção se desenrola, levam- -nos a classificar o f ilm e PARA A D U L T O S COM RE SER V A S.
Estreado no cinema Condes em 8 de Novembro de 1957.
D E P O S I T O G E R A L :
C a s a A r í i , L .DA
Àv. Mor.ueí do M oia, 19 - A
l I S B 0 A Telef. 49312
A o p e r e t a p o p u l a r
«C a n çã o do Cigano»
Ho Salão de festas d a
Banda DemocráticaEm s e x t a representação do
grupo cénico da Sociedade F i lar mónica Progresso e Labor Sa- mouquense, da vizinha povoação de Samouco, subiu à cena no Domingo, dia 20 , naquele salão, a opereta em 3 actos, «Canção do Cigano», original de Manuel Gonçalves Amorim, e musicada pelo maestro sr. Gilberto Varela.
Dos seus personagens destaea- ram-se Alfredo de Carvalho, (em Frei João); Jo sé Alberto Vilacova, (Gabriel, o Cigano Trovador); Cacilda Rocha dos Santos, (Maria, a apaixonada de G abriel) ; Manuel F e r n a n d o V i l a c o v a , (André, D. Juan da aldeia); João de Carvalho, (João da Herdade); F ernando líamos Vespeira, (José, estudante de C oim bra); António Agostinho Gomes, (Gaspar, o vis ionário); e Maria Odete P eiro Tavares, (em D. Mónica, espírito malévolo, sob o aspecto preten cioso de moralista), etc., etc..
A rematar este interessante e s pectáculo,realizou-se animado acto de variedades, cujos intérpretes foram muito aplaudidos.
O desempenho satisfez em absoluto a numerosíssima assistência, tendo sido valiosa igualmente a actuação musical da Orquestra «Os Pacatos», da direcção artística do aludido maestro.
Como amadores não se poderia desejar melhor, e reunindo num merecido louvor todos os seus elementos, felicitamos igualmente os seu3 ensaiadores, srs. Manuel de Almeida, Manuel Póvoas F e r reira, e maestro, sr. Gilberto Varela, pelo brilhante conjunto apresentado.
Enfim, foi mais um êxito com provativo do valor dos amadores que compõem aquele grupo cénico, a juntar aos aplausos já recebidos anteriormente no Samouco em três espectáculos, num outro realizado há semanas, na ridente vila de Alcochete, e o último no Afonsoeiro.
Agradecemos o convite enviado, — gentilezas que continuamos registando como prova de atenção para com a Imprensa local.
AgradecimentoRita Amélia da Silva, seu marido,
e filhos vèm por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram acompanhar à sua última morada, sua sempre chorada tia, Adelaide Silva.
Telefone 026 576
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Foro Montijense
GRUPO DESPORTIVO
DAS FAIASCom um programa perfeitamen
te emotivo, comemora no dia 27 do corrente o seu 1 .® aniversário este Grupo Desportivo que, apesar de tão jovem, tem sabido orientar-se c grangear a simpatia geral.
Desse programa constam : às 13 horas, corrida de bicicletas para amadores, com- taças e medalhas como prémios ; às 15 horas, encontro de futebol entre os infantis de Pegões Velhos e Faias, com uma taça por prémio'; às 16 horas, outro encontro entre o Grupo I). das Faias e o Império Futebol C. Atalaiense, para disputa da taça «Comis«ão de Festas» ; e em seguida um grandioso baile, abrilhantado pelos «Canários da Atalaia» e os acordeonistas José Maria Lourenço e Alfredo Dias Enxerto.
Cumprimentamos e felicitamos o G. D. das Faias pelo seu 1.° aniversário e agradecemos, muito gratos, o convite que nos enviaram.
Clube Desportivo de MonHjo
Chég?.-nos a notícia do Grande Festival de Ginástica que este Clube promove e se realizará no próximo dia 11 de,Maio, na Praça de Toiros de Montijo.
N le tomarão parte 180 atlptas, o que constitui um espectáculo inédito na nossa terra.
No próximo número de «A Província» daremos o maior desenvolvimento a est • assunto do mais alto relevo local.
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minho de FerroA R M A Z É N S D E R E C O V A G E M
A G E A D A
U T I L I T Á R I Am em m m zm m m m m zzsm sB à
farm ácias r!e Serviço
5.“- f e i r a , 24 — G i r a l d e s
6 .* - f e i r a , 25 — M o n t e p i o
S á b a d o , 26 — M o d e r n a
Domingo, 27 — H i g i e n e
2 . * - f e i r a , 28 — D i o g o
3 . " - f e i r a , 29 — G i r a l d e s
4.*- f e i r a , 30 — M o n t e p i o
Boletim Religioso
Culto CatólicoM ISSA S
5.*-feira, às 8,30 e 9 h.
6 .*-feira, às 8,30 e d h.
Sábado, às 8,30 e 9 h.
Domingo, às 8 , 9, Afonsoeiro;
10, 11,30, 11,30, Atalaia; e 19 h.
Culto Evan gé licoHorário dos serviços religiosos
na Igreja Evangélica Presbiterianà doSalvador — RuaSantos Oliveira,4 - Montijo.
D om in g os — Escola dominical, às 1 0 horas, para crianças, jovens e adultos. Culto divino, às 11 e 2 1 horas.
Q u a rta s-fe ir — C 1< ab re viado, com cos i ■ à 'ii o > n ^ j- giosos, às 2 ! o r • .
S e x ia s i ir — ii. u.iiâo de Oraçáo, às 21 h ras.
No segunde lo niogo de cada mès. of 1 b a ã * C - ’a <1<> Senhor, mais vu!tíarmen'e conhecida por Eucarística Sag' ada Comunhão.
Itjr j ' P entecostal, R ua A le x a n d r e H erculano, 5-A - M on tijo.
D om in g os . — Escola Dominical, às 11,30 h.; Prègação do E vangelho, às 2 1 h.
Q uin tas fe ir a s : — Prègação do Evangelho, às 21 h.
Espectáculos
CINEMA T E A T R O
JOAQUIM D E ALMEIDA
5.a feira, 24 ; (Para 12 auos) Um programa Metro. Uma encantadora comédia que tocará todos os c o ra ções: «Todos a Paris», com Gene Kelly, Barbara Laage e Bobby Clark; no programa: interessantes complementos curtos e Cine Jornai.
Sábado, 26 ; (Para 17 anos) Doris Day com Louis Jourdan, B arry Sullivan e Frank Lovejoy, no f ilm e em Metroscópio de verdadeiro suspensa-. « Ju l ie » ; no programa: complementos curtos.
Domingo, 2 7 ; (Para 17 anos) M atinée às 15,30-S o irée às 21,30. Marilyn Monroe e Laurence Olivier, num espectáculo esfusiante de graça, beleza, e encanto pela cor da T e c n ic o lo r : «O Príncipe e a Corista»; no programa: 2 interessantes complementos.
2.* feira, 2 8 ; (Para 12 anos) Em homenagem ao O r f a n a t o de M ontijo «Vozes dc Portugal».
3 . 0 feira, 2 9 ; (Para 17 anos) O e x t r a o r d i n á r i o f ilm e a lem ão : «Romance duma Mulher», com Lilli Palm er e Ivan D esn y ; um film e de grande classe para o qual se chama a atenção do público. No p rogram a; complementos curtos c Cine Jornal.
Perdeu-se— No trajecto do Cinema à Rua
Serpa Pinto, um pacote com dinheiro.
À quem o achou, agradece a en trega na P. S . P , .
a s
m e l h o r e i :
t i n t a t
p a r a t in g i r e m c a s a
4 A P R O V ÍN C IA 24-4.958
A f a r s a d o s d u e lo sm r m r r m n r m r m n n n r v T r m T r n n r m r m r m f m n n r
( C o n t i n u a ç ã o d a p r i m e i r a p á g i n a )
com 0 antagonista à vista, logo após a abertura das h o s tilid ad e s in d iv id u a is . Também não usamos 0 florete nem a espada, símbolos duma época em decadência e de efeitos duvidosos : Usamos 0 marmeleiro, o cajado,0 vara-pau, desses que os nossos s e r ra n o s ostentam nas feiras e fazem temer 0 lobo mais atrevido. Além de mais práticos e económicos são também mais eficientes. Convencem pelo volume e dominam pelo poder. É 0 bastão da gente humilde, mas ciosa da integridade do seu corpo.
A morte acompanha às vezes a bordoada rija, de peso, e a lei, que impera no | nosso meio, faz valer os seus direitos. M as a paulada é vibrada no momento próprio, oportuno, sem deixar margem a equívocos ou a es- temponlneos co m e n tá r io s . Tudo se passa em família, ainda que família desordeira, acrescente-se; mas nunca se guarda para amanhã aquilo que hoje pode ser resolvido. Nisto, é justo confessar, temos 0 raro privilégio de sermos actualizados.
Só não temos, e que falta nos faz uma boa campanha publicitária! r iq u e z a para atrair multidões ávidas de emoções fortes nem títulos nobiliárquicos ou artísticos para se fazer admirar e respeitar. Sob este aspecto somos realmente tão pobres que nem as cacetadas, manejadas por pulso vingador, conseguem passar do noticiário de a ld e ia ! E mesmo
R e c r e i o e
D e s p o r t o(C ontin uação da útt. p á g in 1)
freguesia de São Sebastião da Pedreira, na qual tomavam parte bastantes delegados de grupos congéneres. No próximo dia 27, às 13 horas, na sede, almoço de confraternização entre os sócios, náo faltando, como legítimos portugueses, fados e guitar- radas.
No dia 15 de Junho, mais um passeio familiar e mais uma visita de estudo.
É como diz 0 nosso querido amigo e poeta Carlos C o n d e :
— 1 £ R e c r e i o e B e m f a z e r ,
N ã o p a s s e a r s e m c o m e r .
N e m c o m e r s e m r e p a r t i r h
S A N T A R É M - feira do Ribatejo -1958No colorido inconfundível
do Ribatejo se levanta a Feira mais característica do País. Fe ira do trabalho, da Vontade, de ritmos fabricantes, de tipismo, de coragem e de bravezas. Cartaz iluminado de Portugal!
Quando 0 sol entra a escaldar e todo 0 grande mostruário da borda de água está renovado e se oferece, 0 ribatejano Vem à sua Feira, Veste as melhores galas, feitas da cor do tapete imenso da lezíria e do Vermelho da sua coragem ; e canta e dança os louvores da sua região e os primores da sua arte.
Quem vem de longe, deslumbra-se no cenário maravilhoso, é tomado de inquietação e exulta destes regalos cobiçados.
* **Na Verdade, 0 sector pe
cuário que ano após ano apresenta em larga profusão os mais belos exemplares equíneos, bovinos de carne e de trabalho, leiteiros, ovinos e suínos, está a merecer a costumada atenção dos organizadoreseo entusiasmo dos expositores que cuidam carinhosamente da sua apresentação.
Em virtude de razões de
ordem plausível, durará tão sòmente 2 dias — 25 e 26 de M aio — a grande Exposição Pecuária da Feira do Ribatejo.
Dia 25, antes do início do cortejo evocativo que precede a corrida de gala «à antiga portuguesa», haverá, às 14 horas, uma extraordinária parada de equíneos que serão passados à mão por campinos das várias casas agrícolas presentes no certame,
Os homens, trajados a rigor, e x ib in d o admiráveis exemplares de raça, darão uma nota admirável de presença e do valor pecuário desta Província.
D ia 26 — 2.* da Feira, será tipicamente dedicado à Festa do Campino, justíssima homenagem ao bravo lutador da Lezíria.
HaVerá corridas de campinos a cavalo e condução de Jogos de cabrestos, prova de destreza de tanto sabor e colorido.
Todas essas provas terão por cenário 0 próprio recinto da E x p o s iç ã o e sempre alcançam 0 maior êxito de apreciação, quer de nacionais, quer de estrangeiros que se deleitam com 0 admirável cartaz ribatejano das
CAMIONETAS LIGEIRAS E PESADAS
assim é preciso haver sangue, porque neste caso, em matéria sanguinolenta, somos solidários com a tragédia da desafortunada vítima.
Afinal, não nos admira que amanhã, pela mão protectora do Senhor Marquês, surja um novo bailado de Lifar, tendo como fundo 0 duelo de Moulin du Vai. A crítica partidária aplaudirá sem reservas 0 já previsto sucesso, e 0 público pagará generosamente mais uns milhões para acudir às despesas dessa gente visceralmente ciosa de honrarias e publicidade.
Álvaro Pereira
A G E N T E D IS T R IT A L R e p r e s e n t a ç õ e s M o t o l
.1U G U S T O A L V E S F E R R E IR A Telef. 23999
A\r. 5 de Outubro, 138 — S E T Ú B A L
(Baiq,ueteko-lP R I M E I R A C A T E G O R i A
M o n t ijo , 71 - A r r o io s , ^ 3Jogo disputado no campo do
Parque, a contar para o Catnpeo- to Nacional da 2.® Divisão, série C.
As equipas apresentaram as seguintes constituições:
M O N TIJO : — Adriano, Américo, Heitor (3), Teodoiniro (4), J . B er- nundes (3), Jo sé Maria (22), Tomás (19), Elisiário (18) e Mocho (2).
A R R O IO S : — Lopes, Alves (8 ), Almeida (6 ), Palheiro (13), Melo (4), Dias (12) e Romão.
A arbitragem esteve a cargo dos srs. João Máximo e Hermínio Castro,
Este jogo, apesar de ter um resultado voíumoso, não foi dos melhores que Moniijo tem disputado no presente campeonato, porque o adversário, apesar de tècni- eamente inferior, era fisicamente superior, e por isso, procurou empregara corpolència para destruir a melhor organização e habilidade dos jogadores montijenses.
Um dos jogadores do Arroios foi desclassificado com as cinco faltas pessoais; mas, 9e nâo fosse a benevolência dos árbitros, ainda tu tros não chegariam a terminaro prélio.
Notámos nos jogadores de M ontijo o pé>simo defeito de discutirem uns com os outros e em pleno jogo os erros que cada um comete. N.-o há necessidade disso porque, quanto menos se discutir, melhor correrão as coisas e erros todos os fazem. Ponhamos cobro a tal sistema, porque causa má impressão s todas as pessoas que assistem a estas competições, que vão para ver jogar e não para ver quezílias entre colegas da mesma equipa.
No próximo domingo o Montijo desloca-se a Lisboa, onde vai j o gar com o Campolide. Todos contamos que vençti; mas como no
desporto não há ló g i c a . . . ficará campeão da série C.
, ! f - l i r n l r u u , 32j r u i v i o « E S
Jogo para o campeonato Regional de Setúbal.
Alinharam e marcaram;M O N T IJO : — Massacote, Paiva,
A. Bernardes (1), Cepinha (8 ), R i beiradio (7). Abel (10) e Frade.
B A R R E I R E N S E : - C o s t a (101, Marques (2), Carvalho, Figueiredo, Custódio (8), Rodrigues (6 ), S an tos (4) e Lino (2).
Os juniores de Montijo têm vindo a fazer utn campeonato muito interessante. Até ao passado domingo ainda não tinham perdido qualquer jo go em casa. Veio quebrar essa invencibilidade a equipa Barreirense, em rodagem para a conquista de mais um Campeonato Nacional.
José RoiaXmtm
fainas em campo aberto.Tractores, ligeiros e pesa
dos, alfaias, debulhadoras, aparelhagem de rega por dispersão, material oleícola, material vinícola, automóveis ligeiros e pesados, etc., etc., dos mais variados e recentes modelos, oferecerão o aspecto tentador aos milhares de Visitantes que Vêm à Feira do Ribatejo, com o objectivo das suas escolhas e acerto de transacção.
NATAÇÃOÀ preparação do Benfica
durante o invernoFoi com bastante alegria
que todas as pessoas ligadas à natação viram o ano passado regressar às competições um grande clube português — o «Benfica».
Este regresso fez-se por meio dos rapazes e raparigas da Secção de Iniciação Desportiva, tendo entrado nas provas da categoria de Iniciados e no Torneio das Escolas de Infantis.
Este Inverno o Benfica não parou, e assim, até ao presente momento, já realizou cerca de 10 treinos na piscina de Inverno doà lgés. A Sec ção de Iniciação Desportiva tem trazido a estes treinos 18 nadadores que, para aproveitarem bem o tempo concedido ao Benfica, foram
divididos em dois grupos de 9, uns treinando à 3.a feira e outros à 0 .a feira. Ou treinos continuam a ser dirigidos pelo prof. Arnaldo Barbosa, auxiliado pelos srs. Carlos S ilva e Plácido Abreu.
Todos os nadadores têm nos treinos mostrado vontade de aprender, e seguem atentamente as instruções dos seus professores. Fazemos votos para que continuem a seguir este caminho, pois virão a contribuir para o progresso da nossa natação.
Os n ad a d o re s que até agora se têm mais salientado são os que o Benfica apresentou na 2 .a jornada do Torneio da Prim avera ; Fernando Pestana, Victor Antunes, e Maria Luisa Leitão, a qual, quando mais treinada, melhorará as qualidades que mostrou possuir.
Possui ainda o Benfica uma jovem nadadora, Maria Helena Cadillon, que já tomou parte nas provas do ano passado e que, se continuar a treinar com vontade, pode vir a ser alguém na nossa natação, pois possui bastantes qualidades.
Ao terminar este nosso artigo, felicitamos o Sport Lisboa e Benfica por não ter parado a preparação dos seus nadadores durante o Inverno, e fazemos votos para que eles continuem a trabalhar com vontade firme, para prestigiarem o Benfica e v irem a contribuir para o progresso da natação em Portugal.
Manuel Lima
SalsichariaFrutas e hortaliças, trespassa-se
no centro da vila.Informa nesta redacção.
«Á Província»a s s i n a t u r a s
Pagimanto sdlanlada
10 n ú m ero s — 9$i)020 nú m eros — 20 SOO 52 n úm eros — 50&00 (am ano) Províncias Ultramarinas e Estrangeiro acresce o porte de correio.
24-4-958 A P R O V IN C IA 5
JÚLIO DINIS(contimmçào da 1. página) p Qr _ f e o d o r o A ntunes M en d es
lidade médica de respeito,
Folha ao v e n to . . .
É vulgar ouvir dizer a uma mulher casada, ou como se 0 fosse, «já não tenho a quem agradar I» Ora isso, estimada leitora, não é mais do que puro engano.
À mulher casada, ou àquela que 0 pareça ser, mais do que a nenhuma outra, cumpre 0 dever de se saber enfeitar, adornar e arrebicar com mais cuidado e perfeição do que 0 fazia antes de se ter ligado ao homem com quem vive, muito embora os seus afazeres se tenham multiplicado.
Para a paz e para a tranquilidade do seu lar muito contribuirá a maneira de saber despertar para si a atenção do companheiro, que a deverá considerar sempre, dia a dia, muito melhor do que uma dessas mulheres que se arrebicam e enfeitam apenas com 0 fito de roubar os maridos alheios e primam por levar a discórdia e a intranquilidade a muitos casais que, até então, eram felizes e se entendiam maravilhosamente.
Acreditem que por esse Mundo fora há inúmeros lares desfeitos só porque e l a
deixou de encarar a conveniência de se alindar para 0 s e u h o m e m , e colocou de parte a preocupação de o saber prender a si e à casa, indo, assim, impensadamente, cair no duro laço de 0 impelir para os braços de outra «bonequinha».
Atente bem no que lhe digo, leitora, e compreenda •se é ou não erro pensar que não vale a pena embelezar- -se porque «já não tem a quem agradar» ..
ãaphêra Costa
gica do Porto, contando então17 anos de idade. Fez nm curso brilhante, apesar de no2 .° ano haver sofrido a primeira h e m o p tis e , terrível mensageira do mal que 0 havia de sepultar aos 32 anos, roubando-lhe muitos sonhos queridos.
Formado, não se decidiu a entrarabertamente na clínica, se bem que haja visto alguns doentes ; porém, não se abalançou a tal por ter consciência da sua fragilidade de construção, abalada pela tuberculose que bem cedo 0 havia de prostrar. Decidiu-se a tomar a carreira de professorado e porque, dois anos depois, se abriu concurso para demonstrador da secção médica da Escola Médico — Cirúrgica do Porto, 0 jovem médico apresentou-se como c a n d i d a t o , tendo como concorrentes: José Carlos Lopes Júnior, Miguel A u gusto César de Andrade e Pedro Augusto Dias.
A vontade enorme com que Gomes Coelho se empenhou no concurso sofreu um rude golpe, por lhe ter sobrevindo uma hemoptise que 0 levou a abandonar esse concurso. Mas neste moço franzino e pálido havia uma vontade inquebrantável e uma alma que queria vencer! Tendo ido para O var com 0 desejo de se refazer do acidente, hemoptóitico, voltou ao Porto com sensíveis melhoras e, muito embora dedicasse já grande parte do seu tempo à actividade l i t e r á r ia , ainda assim se preparou para novo concurso em 1864, tendo apenas como concorrente, Pedro Augusto Dias, que já 0 havia sido no concurso anterior. Feitas as provas, 0 júri preferiu em mérito relativo 0 antagonista. Novo, mas não fatal golpe para a
alma de eleição do infeliz Gomes Coelho, pois se em muitos homens este novo percalço teria sido catastrófico, no jovém médico, não ! A sua alma delicada, que transparece em cada página dos seus romances, tinha um grande dever a cumprir, e para que tal sucedesse não poupou e s fo rç o s , comprometendo deveras a sua abalada saúde que se ressentiu bastante dessa teimosia em vencer, desse querer mais forte que a adversidade!
Ao pai de Gomes Coelho faleceram-lhe d o is filhos, também vitimados pela tuberculose, não tendo por isso, 0 velho médico visto coroado de êxito 0 seu esforço pela felicidade de ambos Gomes Coelho tinha alma para compreender a dor do velho pai e sabia bem que era a sua última esperança ; era este, pois, 0 dever que a si mesmo impusera. Era para 0 cumprir que lutava.
No ano seguinte, em 1865, foi de novo aberto concurso. Era uma nova probabilidade que ele não deixou fugir. A p re s e n to u - s e novamente como candidato, tendo desta vez como competidores J e rónimo António de Faria e António Maria Pinheiro To rre s ,— este ú lt im o médico pela Faculdade de Medicina de Coimbra e que foi um temível adversário, vencido pelo querer do grande G o mes Coelho, 0 homem que arrostou com três concursos, de tamanha engergadura, em precárias condições de saúde.
São de Egas Moniz, as palavras que vão segu ir: «Não tinha sorte nestas justas 0 desditoso Gomes C oelho. Ao terceiro rebate sai-se a defrontá-lo outra persona-
nada menos do que António Maria Pinheiro Torres, inteligência, saber, vivacidade e eloquência — reunia em sumo grau os dotes todos para brilhar num concurso, superando, ou pelo menos igualando, fosse com quem fosse.»
Gomes Coelho é um exemplo a seguir pelos que se querem g u in d a r honestamente sem atropelar ninguém, porque soube lutar sem desfalecimentos, apesar da tuberculose que 0 atacava, para atingir 0 desgraçado fim. Deve ter sofrido imenso 0 infeliz médico, por se sentir impotente para debelar 0 ma! que alastrava. Ainda assim, chegou a ser optimista, tendo até afirmado a Custódio de Passos, um amigo que lhe recebeu 0 derradeiro suspiro, que a sua doença era mais imaginária, que real. Pura ilusão; ele, 0 médico, bem sabia que tal não era verdade !
Por três vezes demandou 0 Funchal, em busca de ar que lhe tonificasse os pulmões doentes, e só a princípio mandou notícias animadoras. D e p o is , foi uma grande batalha, onde de ano para ano 0 guerreiro heróico recebia no seu escudo maior quantidade de golpes, que 0 matariam em Setembro de 1871.
Foi no ano de 1869 que pela primeira vez procurou 0 Funchal, tendo-se demorado apenas dois meses. Chegado a Lisboa a 20 de Maio, escreve a Custódio de Passos a 23, dando-lhe boas novas. Dizia-lhe: «Eu devo ser grato a este clima que, se me não curou de todo, deu-me mais vigor e mais resolução.»
Os anos que se seguiram, 1870 e 1871, ano em que se despediu da Madeira, foram um somatório de desesperanças e desilusões. O ' segundo e terceiro actos daquela tragédia atingem 0 ponto culminante, quando 0 desgraçado médico escreve em 26 de Fevereiro de 1871 : «Emagreci. Quase que me desconheço quando, ao pentear-me, me v e jo . . .»
A auto-prognose diz-lhe que está perdido e que 0 fim está perto. Escreve «A ideia da dissolução aterra-me».
Chega de novo a Lisboa, sem se demorar nesta cidade, que nunca teve 0 condão de 0 seduzir. Escreve ao seu velho amigo em carta datada de 24 de Maio de 1871 :
«Cheguei a Lisboa. Por toda esta semana espero abraçar-te no Porto. Meu pai está aqui e mostra desejos de ir comigo. É provável que me não demore. Vou pior do que vim, mas melhor do que estive. De mal com o universo inteiro, como nunca estive, e resolvido a não lutar mais tempo contra a força das coisas. Vou procurar um buraco onde me meta a esperar pelo que Deus quiser que venha. Adeus, até breve».
Esse buraco, encontrou-o na Rua de Costa Cabral, onde a morte 0 arrebatou à uma hora da madrugada do dia 12 de Setembro de 1871, tendo à cabeceira seu primo José Joaquim Pinto Coelho e Custódio de Passos.
E foi desta sorte que se finou 0 espírito mais subtil dos nossos romancistas, que por todos os séculos a posteridade admirará com 0 simples pseudónimo de «Júlio Dinis».
N.° 1 0 1 F o l h e t i m d e « A P r o v í n c i a » 2 4 - 4 - 1 9 5 8
fffldeia do ffívessoc í P c ? c A . l v a r 0 V a l e n t e
— Tu vais ao Porto, levas uma carta minha pró sr. Engenheiro, e verás que ele toma conta de ti. Se ele 0 fizer, como espero, governa-te por lá e não tornes a esta terra. Esta terra ’stá excomungada, que to digo e u ! Vendes 0 que aqui tens, dás metade a tua irmã, e adeus, passe muito bem !
— Olha : O sr. Engenheiro, segundo me mandou dizer há tempos, ’stá muito bem. Não lhe faltam trabalhos e é muito c o n ú d r a d o por toda a gente. Diz-me que ia casar e arranjar 0 seu conchego. E le 0 merece, podes crer! E uma bela alma! Vê lá tu como se não esqueceu cá do velho Santana, do miserável abandonado, do pobretão de aldeia ! É um homem como há poucos e Çomo deviam ser todos, afinal. Se fossem todos assim, 0 mundo era mais feliz e a vida mais alumiada. E le não podia estar ali, no meio daquela endrómina. Ainda bem que se tirou a tempo daquele charco. ..
O rapaz concordava. Sentia-se esmagado por tanta desdita, sem forças Para reagir, e, de momento, aceitava tudo quanto lhe aconselhassem.
— É verdade, t i Santana : E ’nha irmã ? Acha que devo mandar-/* estanotícia ?
— Sabes a d irecção?— Eu não senhor. Nunca mais soubemos dela, nem ela também quis
saber da gente pra nada. Veio aí uma ca rta ; mas ’nha mãe não na recebeu. Mais tarde ouvi dizer que ela pregara a partida ao tal sr. Morais e que vi- j'la com oitro qualquer, —- um tísico a despedir .. Aquilo, cá no meu entender, acaba numa rua suja, pra quem q u ise r...
— Cala-te, Joaquim. Não digas maldades. Tem cobro na língua que
tua mãe inda pode escu ita r... Respeita a M orte ! Deixa-a lá com seu fadário. E la as pagará, sem que metas pràí «prego nem estopa». Cá neste mundo é que tudo se paga. E 0 tal sr. Morais, — 0 autor do que vos aconteceu— também as há-de pagar, que to digo eu ! É questão de tempo.
O outro rangeu os dentes. . .O velho reparou :— Nâo penses mais nisso. Vai depois à tua vida e põe as maluqueiras
de parte. Adiante me darás razão, pois !— Ficam-se todos a rir, não é ?— Tenho visto muita gente a rir que dias passados já choram ...— Olhe, t i Santana: Eu já não posso chorar mais !— Contigo é 0 revés. Choras agora, depois é que ris.— O t i Santana pôs-se também do avesso, é que é . ..— P o i’ sim. Cheguei quase a estar «virado , isso é verdade; mas a
nossa serra fez-me arrepender e estou do «direito», como tod os ... Foi um milagre, acred ita!
— A nossa serra ?— Sim , homem, a nossa serra! Contos la rg o s ... Um dia to contarei.
Por agora, é 0 que tens a fazer: Ju izo e cabeça fresca. Ninguém pense em endireitar 0 inundo, nem sequer dar-lhe qualquer je ito .. . Vai cada qual à sua sorte e ao seu destino, — é 0 que me diz a prática da vida, e não há mais nada. Eu tenciono fazer 0 mesmo, daqui por uns dias. Enrolo a manta, despeço-me dos meus sítios, e volto ao que fui sem pre: — Um vàdio a correr terras. O que me vale, é que não será por muito tempo . . Isto está na última, Joaquim ! Lembra-te de vez em quanto cá do velhote, que foi teu amigo a v a le r ; e, se ouvires dizer que apareci morto num barranco, não tenhas pena. Era a minha sorte e 0 meu destino!
E abraçaram-se mais uma vez, para chorarem am argam ente...Entretanto, 0 Joaquim aceitou os conselhos do filósofo. No Domingo
seguinte lá partiu, a caminho do Porto.E em tão boa hora, que a vida lhe sorriu. O engenheiro tomou-o à sua
conta e fez dele um H O M E M , á s u a i m a g e m * s e m e l h a n ç a . . .
( C O N T I N U A )
6 A P R O V IN C IA 24-4.958
PO
R
C L A R O
L O P E S
A frase acima c tão nossa conhecida como os dedos das nossas m ãos!
Não há cão nem gato que a não utilize por tudo e por nada, a propósito disto ou daquilo ou até mesmo a propósito de coisa nenhum a! É fino, é chique, é modal
Não sei de onde veio, nem quem primeiro a utilizou. Talvez um campino por obrigação e depois e depois os outros — por calão 1 Mas isso não interessa. O que interessa, sim, é dizer-se que ela criou raízes e que é utilizada por quase toda a gente.
Numa pálida amostra, aqui se demonstra como e quando já a temos ouvido.
Ainda ontém, à saída dum luxuoso cinema, ouvimos fazer a crítica do film e apenas com duas palavras e uma vogal, num sim plicidade apavorante de meter raiva ao crítico cinematográfico que tanto se esforça por fazer uma crí-
fazer malha, junto do aparelho de televisão até que ele viesse para lhe aquecer o café e fazer to rra das.
A certa altura 0 locutor fez-se o u v ir :
— Hoje, queridos telespectadores, vamos fazer uma ronda pelos «cabarets» lisboetas para vos dar a conhecer a animada vida nocturna da nossa C a p ita l . . . Aqui estamos no C A B A R E T N O ITE B E L A . . . No palco Conchita Gaz- pacho em danças típicas espanhol a s . . . Agora uma vista da assistência. . .
A D. Blandina deu um salto da cadeira. «Pode lá »er o meu Ro- mualdo ! Ele ali naquela mesa todo derretido com aquelas duas lambisgóias ! Olha como ele ri, como ele b r in c a ! . . . »
Quando ele chegou a casa, a I). Blandina toda chorosa apenas pôde d iz e r :
— Meu t r a t a n t e , assim me
R E C R E I O E D E S P O R T O0 fiPUPO «OS GALOS UNIDOS»
— A sua cruzada de bem-fazer, é digna dos maiores elogios
tN flA R 0 B A R R ET E!tica justa, honrada, c r i te r io s a . . . que não vá melindrar o empresário. A frase soou cristalina, sintética e b a n a l :
ENFIÁM OS O B A R R E T E !
Até a L ili , menina amimada, moderna, que vai dando pontapés no «parece mal» e, vamos lá, na gramática, às juras de amor do seu Zeca, j á tão em desuso, soube dizer com desenbaraço :
— TU NÃO ME E S T Á S A ENF I A R UM G R A N D E BA RR E T E ? ! . . .
Lá porque um cigano amigo lhe vendeu, na melhor das boas intenções, um corte de fato que lhe custou a ele 500 escudos pelo preço de 1 2 0 (ele o disse e nós acreditámos!) é caso para que o Juvino Rufino ande por aí a dizer a toda a gente que
ENFIOU O B A R R E T E ?
Um fato não é eterno e se ele se rompeu logo ao 2 .° dia de uso que culpa tem o pobre do cigano ? ! . . .
Um provinciano chega a Lisboa. Vai até ao T erre iro do Paço e fica olhando as gaivotas que pousam nas águas porcas que saem dos esgostos e onde bóiam as mais estranhas coisas. Enquanto vai dizendo que «o mar é coisa linda», chega um bem intencionado cavalheiro. Vem choramingas. Logo por azar ele, que tem que seguir viagem para o Brasil , não rebater aquele décimo com 10 0 contos porque está tudo fechado e o barco vai p a r t i r !
Mas o provinciano é bom. Na sua aldeia todos são bons. E aquele cavalheiro também o deve ser. E dá-lhe, por troca, o relógio, a corrente, os anéis e todo o dinheiro que tem. Uma insignificância em troca de 100 c o n to s ! «Mas não faz mal — pensa — o outro vai para o Brasil e lá ganha m u ito ; não precisa dos 10 0 contos c e r to s !»
Depois, então, porque é que ele se queixou que
TINHA E N F I A D O O B A R R E T E ?
Parece que o décimo estava branco.
Puro engano. . . Ele é que f ico u !
O Romualdo disse à esposa :— Vê lá tu que até hoje, domingo, tenho que ir fazer serão para fechar as f o l h a s ! . . . Maldita sorte a m i n h a ! . . . Mas se faltasse, quem é que aturava amanhã o patrão ? ! . . .
E foi mesmo. Só não foi para onde disse que ia, evidentemente.
A patroa, coitada, ficou triste a
E N F IA S T E UM GRANDE B A R R E T E ! . . .
E . . .Bem, o Romualdo, desde esse
dia, chegou à simples conclusão de que aquele rolo de madeira pendurado na c o z in h a . . . não serve apenas para estender a massa t e n r a ! . . .
Vai o Chico, vai o Zeca e vai o Tóino à bola. Heje é de aproveitar. O desafio p rom ete : os dois grupos têm os mesmos pontos e hoje é que se decide o vencedor. Deve ser um grande desafio! O estádio está c h e i o . . . Deve ser um grande desafio! Pi I. . . — apita o a r b i t o . . . Vai ser uma grande « jo g a » !
F im da primeira parte. Rem, o jogo não tem valido nada. Não adm ira : o jogo é de responsabil idade! Os nervos são m u i to s . . . Mas na segunda parte é que vai ser ! Entram, de novo, os jogadores em campo. Vèm todos muito bem penteadinhos. P i ! . . . R e começou 0 j o g o . . .
P i i i i . . . Term inou 0 desafio. Os
F a z e r b e m , s e m v e r a q u e m
— E d o s r i f õ e s m a i s s a b i d o s .
E , p o i s , o l e m a q u e t e m
O G r u p o « O s G a l o s U t t i a o s ».
Júlio Pereira, Pedro Fernandes, A l f r e d o Braziel, Manuel M a r t in s , Alfredo Soares, A n tó n io Leitão, Francisco Nunes, Joaquim Pereira, Cândido dos Santos, António de Sousa, António Nunes Martins, Armando de Oliveira e Sousa, Teodózio Parreira, José Franco, Abel Francisco Júnior, Á lvaro da S ilva , foram, com outro grupo de sócios auxiliares, o núcleo de boa vontade que até ao9.° ano firmaram a existência desta simpática agremiação.
Constituído por homens de trabalho, — e tantos ali têm p a s s a d o — que nada mais têm que não seja a boa vontade de serem úteis ao semelhante, pode-se afirmar que no campo da beneficên-
grupos empataram. Empataram em bolas e empataram em mau jogo.
Cá fora o Chico, o Zeca e Toino olham uns para outros. Estão furiosos. Das três bocas saíram estas palavras, como se fosse num afinado co ro :
- M A S QUE GRANDE B A R R E T E QUE NÓS E N F IÁ M O S !
Há muitas mais ocasiões de se utilizar a frase «enfiar barretes». Até eu, ao fechar esta minha modesta secção, tenho quase a certeza que o leitor d irá :
— Mas onde está a graça de tudo isto ? E perdi eu o meu rico tempo a ler esta aldrabice!
MAS QUE G R A N D E B A R R E T E !
Y O G H U R T
BOM DIAFonte de Saúde e Energia
P r e p a r a d o s o b c o n t r o l e c i e n t í f i c o
iaiiM e iiergli io i U M SOM M H
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BIOLACTA - 1L I S B O A - T e l e f
cia realizam «com migalhas de gente pobre, uma obra rica». Senão, vejamos : Com a pouca cotização de 5$00 semanais para os efectivos e 2$50 para os sócios auxiliares, no campo da beneficência, vestiram e calçaram 190 crianças pobres, no que gastaram 40.298$25, tendo
« O s e u j o r n a l »
É verdade. Todos os anos editam um simpático jornal- zinho, de que Jú lio Pereira é editor. Lá encontramos neste número : Conhece Tom a r ?— por Adérito Cabral; Conheça Portugal — Romarias de Portugal — por Car-
ainda, distribuído bodos a 470 pobres na importância de 9.410$00.
Crentes da sua simpática acção, realizaram espectáculos para os seus protegidos, não fugindo de contribuir dentro dessa simpática acção com óbolos, sempre que lhes apareça um caso digno de protecção. Em Abril de 1951, por exemplo, o jornal «A Comarca de Arganil» lançou um «eco» em prol da doente Maria Çeleste, entrevada, e que, graças à <cor- tizona», estava obtendo grandes melhoras. Pois estes homens, pobres de finanças mas ricos de coração, enviaram im e d ia ta m e n te 50$00 como quota parte para a subscrição aberta pelo nosso prezado confrade. Sem alardes de qualquer espécie, a obra prossegue, num ritmo inteligentemente orientado.
C o n h e c e r P o r t u g a l 1
Fazer excursionismo, não é entrar num combóio ou auto-carro e devorar em dois ou mais dias, quilómetros e quilómetros, deixando sem ser vistos os mais belos museus e monumentos. Têm percorrido, sim, Lisboa que tanto tem que se admirar, os seus arredores, dum encanto sem igual, o u t r a s terras com o: C o im b r a , Tomar, Évora, e tc .; mas repousadamente, para que os seus sócios e famílias possam afirmar que conhecem esta ou aquela terra, os seus monumentos, feiras e romarias, tão típicas nos nossos costumes. Tudo isso vêm realizando, sem interesse em provas de a z e s do volante.
V i s i t a s d e e s t u d o ?
E porque não? Nos nove anos de actividades do modesto agrupamento têm efectuado interessantes tardes culturais, não só nas cidades, vilas e aldeias percorridas, como visitas a trabalhos de escultura, arte antiga, arte sacra, exposições de pintura, fotográficas, Iavotes, parques infantis, sanatórios,— onde levam sempre uma lembrança para os pequeninos doentes, além de Serões Culturais, especialmente de cinema, p ro m o v id o s pela Embaixada dos Estados Unidos. Grande liç ã o !
doso Martha ; «Em nós, tudo é m úsica»; Como sinto o moral de *Os Galos Unidos»— por José Pe re ira ,— além de outras secções dignas do maior elogio.
« O s G a l o s U n i d o s » e s t ã o
c o m e m o r a n d o o s e u
9 . ° a n i v e r s á r i o
No passado dia 1, jantar no « C a p o e ir a » , entre os associados, durante o qual foi servido um Cartaxo de Honra ao simpatizante do grupo; no dia 6 , realizou-se um bodo a 80 pobres da freguesia ; no domingo 13, distribuição de vestuário e calçado a 20 crianças suas protegidas, seguindo-se uma refeição às mesmas; no pas: sado domingo, 20, uma sessão solene, a que presidiu o representante da junta de
(C ontinua n a p á g in a 4)
k Sociedade Instrução Musical e Escolar Cruz
Quebradense,elegeu os seus novos Corpos Gerentes pereo anodel958
A ssem b leia G era l
Presidente, Dr. António do Valle Domingues; 1.° Secretário, Levy Nunes Gomes; 2.° Secretário, Ani- ceto Assunção Barbosa.
D irecção
Presidente, Jo rg e Nunes Roch» de Alm eida; Vice-Presidente, José Ullan Cebrian; 1.” Secretário, José Carlos da Silva C ru z ; 2 ° Secretário, Edmundo Alves; Tèsoureiroi Alfredo Francisco Marinho.
C onselho F isca l
Presidente, Amaro Nunes da Costa; S e c r e t á r i o , José Victor Contrim A lbuquerque; Relator? António Eduardo Maximiano dr* Santos.
Secção E sco la r
Carlos Sousa Fernandes, LeV.’' Nunes Gomes, e Firm ino Neve* Sequeira.
Secção D esportiva
António Ernesto Garrido, J° s Gomes, Fernando António Mar' ques, e Manuel Antunes Pereir*1
D eleg a d o s à Federação
Efectivo, Eugênio Ribeiro Nu" nes; Suplente, Horácio Ferreir*1
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Foi aprovado um voto de mui10 agradecimento à Imprensa e Rá“l0, destacando «A Província», Pe,* | propaganda em prol do «Recrel e Desporto».