OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · De acordo com Moreira (2011) o fator que mais...

23
Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos

Transcript of OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · De acordo com Moreira (2011) o fator que mais...

Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

CLÁUDIO DA SILVA RIBEIRO

UTILIZAÇÃO DE AMBIENTE VIRTUAL NA APRENDIZAGEM

SIGNIFICATIVA DO CONCEITO DE ENERGIA POR ALUNOS

DO ENSINO FUNDAMENTAL

APUCARANA – PR

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO Superintendência da Educação

Diretoria de Políticas e Programas Educacionais Programa de Desenvolvimento Educacional

CLÁUDIO DA SILVA RIBEIRO

UTILIZAÇÃO DE AMBIENTE VIRTUAL NA APRENDIZAGEM

SIGNIFICATIVA DO CONCEITO DE ENERGIA POR ALUNOS

DO ENSINO FUNDAMENTAL

Artigo Final - apresentado ao Núcleo Regional de Educação de Apucarana - Secretaria de Educação do Estado do Paraná-Pr, em parceria com a Universidade Estadual de Londrina, como requisito obrigatório para o desenvolvimento do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE e respectiva conclusão de Curso. Orientador: Tânia Aparecida da Silva Klein

Apucarana 2014

Utilização de Ambiente Virtual na Aprendizagem Significativa do Conceito de

Energia por Alunos do Ensino Fundamental

RIBEIRO, Claudio da Silva1

KLEIN, Tânia Aparecida da Silva2

RESUMO Apresento nesse artigo dados de intervenção pedagógica realizada através do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, na qual o foco central foi à análise e discussão sobre as transformações tecnocientificas e a busca-se de novas ferramentas de ensino a fim de alcançar uma aprendizagem significativa. Justifico a escolha desse tema por compreender que é de extrema importância para a educação buscar novas ferramentas e novas metodologias com a finalidade de promover a motivação do aluno, para que este possa aprender de forma mais eficaz, na qual há uma enorme quantidade de informação produzida a todo instante e em todos os lugares, mas ainda não podem ser chamados de conhecimento. Desta forma, surge a seguinte problemática: Qual é o papel dos recursos didáticos disponibilizados em ambiente virtual na aprendizagem significativa do conceito de energia? O objetivo principal foi disponibilizar um ambiente virtual para a aprendizagem do conceito de energia, em uma turma do 9º ano do ensino fundamental. As estratégias metodológicas e procedimentos didáticos adequados, permitiram ao aluno conhecer e trabalhar em uma sala virtual no ambiente Moodle o conceito e formas de energia. O acesso ao ambiente virtual dividido em etapas norteou o trabalho de forma efetiva e direta, visando auxiliar a aprendizagem dos alunos de forma significativa. Como resultado, destacou que o projeto agradou os alunos, levando-os a ser desafiados a buscar soluções e atuar como um sujeito ativo, produzindo seu próprio conhecimento e ampliando seus conceitos, demonstrando dessa forma uma aprendizagem significativa. Palavras-chave: Ambiente virtual. Aprendizagem Significativa. Energia.

1 Pós-graduação: Didática e Metodologia do Ensino, Graduação em Ciências com habilitação em Matemática. Atuando no Colégio Estadual Walfredo Silveira Corrêa da Rede Pública Estadual do Paraná, concluinte do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE - 2013). 2 Professora adjunta de Metodologia e Prática de Ensino de Ciências e Biologia do Depto de Biologia Geral da Universidade Estadual de Londrina.

1 INTRODUÇÃO

Um dos grandes desafios dos nossos dias em relação à educação tem sido

ensinar de modo significativo, pois na maioria das aulas acontece apenas uma

aprendizagem mecânica e que passado pouco tempo o aluno já não mais consegue

lembrar o que lhe foi ensinado. É de extrema importância buscar novas ferramentas

e novas metodologias com a finalidade de promover a motivação do aluno, para que

este possa aprender de forma mais eficaz. Vivemos a era da informação, na qual

uma enorme quantidade de informação é produzida a todo instante e em todos os

lugares, mas ainda não podem ser chamados de conhecimento.

Portanto, a cada dia novas tecnologias são desenvolvidas e apresentadas à

população, mas uma parcela desta não consegue assimilar todo o desenvolvimento

na mesma velocidade. Pessoas que nasceram antes da internet apresentam grande

dificuldade para conseguir utilizar todos esses avanços. Por outro lado pessoas que

nasceram após a entrada da internet em nossa sociedade possuem maior facilidade

em absorver novidades, principalmente as tecnológicas e buscam de uma forma ou

de outra ficar por dentro de todas essas inovações, querem ficar conectados uns

com outros o maior tempo possível. Mas quando esses mesmos jovens que adoram

a tecnologia entram na escola se deparam com uma escola de certa forma

tradicional.

Ao se fazer uma analogia entre o jovem e escola com alguns dispositivos

podemos dizer que o jovem está na era digital enquanto a escola ainda está na era

analógica, pois ainda não incorporou as principais mudanças que estão acontecendo

em todo o mundo.

Contudo, a internet hoje faz parte de uma grande parte da população que a

utiliza as mais variadas maneiras e é dentro desse novo mundo que existem

inúmeras possibilidades de sua utilização para melhorar o ensino/aprendizagem.

Um projeto promissor criado pelo Australiano Martin Dougiamas e conhecido

mundialmente pela utilização no âmbito educacional é a plataforma Moodle, um

ambiente virtual de aprendizagem que oferece a esse aluno uma ampliação das

possibilidades de aprendizagem, onde se podem ter acessos a diferentes formas de

apresentação de conteúdos de forma não presencial. A proposta aqui não é fazer

um curso online, mas utilizar a ferramenta como um apoio a sala de aula, pois antes

que ocorra a aprendizagem significativa é necessário utilizar-se de organizadores

prévios para que o aluno tenha condições de assimilar novos conhecimentos.

Estes organizadores prévios foram apresentados na forma de: vídeos,

hipertextos, imagens, enquetes, links, etc. Poderá utilizar-se do ambiente também

para avaliações e trocas de experiências entre alunos que fazem parte do mesmo

ambiente virtual o que pode ser muito produtivo e enriquecedor para o trabalho.

Assim, O objetivo geral deste projeto foi disponibilizar um ambiente virtual

para a aprendizagem do conceito de energia, procurando atingir objetivos

específicos como utilização de vídeos, imagens links, textos dentro do ambiente

virtual para a construção do conceito de energia, interação com colegas de modo

que houve uma troca de experiências.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 A aprendizagem significativa

Encontrar uma resposta definitiva de como as pessoas conseguem adquirir

conhecimentos é uma das tarefas das mais difíceis, talvez nunca encontraremos

uma solução definitiva que possa nos mostrar todas as etapas desse processo de

forma clara e objetiva, pois o que está envolvido nesse processo são seres humanos

e cada ser é único, cada um possui suas próprias experiências. O que temos até o

momento são teorias que partindo de pesquisas tentam explicar os processos da

aprendizagem humana de forma a buscar um padrão que possa representar de

forma geral algumas partes desse processo.

A Teoria da Aprendizagem significativa é uma teoria da aprendizagem

proposta por David Ausubel (1918 – 2008) em 1963, e atualmente vem sendo

amplamente apresentada aos educadores do Brasil e tem em Marco Antônio Moreira

um de seus grandes defensores e divulgadores.

Para Moreira (2011, pag. 13) a teoria da aprendizagem significativa é

[...] aquela que ideias expressas simbolicamente interagem de maneira substantiva e não arbitrária com aquilo que o aprendiz já sabe. Substantiva quer dizer não literal, não ao pé da letra, e não arbitrária significa que a interação não é com qualquer ideia prévia, mas sim com algum conhecimento especificamente relevante já

existente na estrutura cognitiva do sujeito que aprende.

Tudo tem como ponto de partida o conhecimento prévio do aluno e a este

conhecimento Ausubel denominou de subsunçor ou ideia-âncora que servirá de

suporte para que o indivíduo possa dar significado aos novos conhecimentos que

serão apresentados

Para que a aprendizagem significativa possa acontecer são necessários

alguns requisitos essenciais que segundo Tavares (2003, pág. 56) são três: “[...] a

oferta de um novo conhecimento estruturado de maneira lógica; a existência de

conhecimentos na estrutura cognitiva que possibilite a sua conexão com o novo

conhecimento; a atitude explícita de apreender”

Para Moreira (2011) é de suma importância que se procure elaborar o

material que possua uma boa estrutura lógica e com conceitos claros e definidos,

mas se não tiver significado para o aluno de nada adiantará, pois é este quem atribui

significado aos materiais. Cabe então ao professor fazer um intercâmbio, ou seja,

uma negociação de significados a fim de fazer com que estes sejam aceitos no

contexto da matéria.

De acordo com Moreira (2011) o fator que mais influência no processo da

Aprendizagem significativa é a estrutura cognitiva prévia, isto é, os conhecimentos

prévios e sua organização hierárquica. Quanto mais claros e estáveis eles estiverem

presentes no cognitivo do sujeito que está recebendo novas informações e

conhecimentos mais estes terão condições de interagirem e ganharem novos

significados se integrando e se diferenciando, ficando assim mais ricos e capazes de

ancorar novos conhecimentos.

A Aprendizagem significativa de Ausubel se baseia no fato de que

conhecimentos já existentes nos sujeitos vão servir de apoio, e foi chamado de

subsunçores, então cada conhecimento novo interage com o conhecimento

preexistente e modifica-se, modificando também o subsunçor, pois este processo é

dinâmico e não estático como podem alguns ser levados a concluir.

De acordo com Moreira (2000), a aprendizagem se caracteriza através de

uma interação cognitiva entre o conhecimento novo e prévio, adquirindo significados

para o educando, enriquecendo desta forma o conhecimento prévio, tornando-o

mais diferenciado, elaborado adquirindo mais estabilidades.

2.1.1 Os subsunçores Os conhecimentos prévios que o sujeito possui são denominados de

subsunçores e vão além de conceitos. Poderiam estar em um conjunto mais amplo e

Moreira (2011 – pág. 26) diz que “os subsunçores podem ser proposições, modelos

mentais, construtos pessoais, concepções, ideias, invariantes, já existentes nas

estruturas cognitiva de quem aprende”. São elementos essenciais para que ocorra a

aprendizagem significativa.

Os primeiros subsunções surgem no indivíduo ainda criança através de

inferência, abstração, discriminação, descobrimento, representação e de forma

concreta com objetos e situações e esta também vai formando modelos causais e a

partir dos primeiros subsunções que servem de ancoragem para os próximos

conhecimentos é que vai se dando uma aprendizagem de forma significativa.

Existem algumas situações em que os sujeitos não possuem subsunçores

relacionados aos novos conceitos; nesses casos, talvez seja preciso, antes,

introduzi-los através de aprendizagem mecânica. Ausubel propõe, nesses casos,

utilizar organizadores prévios como estratégia para ensino-aprendizagem, para

Sousa e Moreira (1981) os organizadores prévios são

[...] materiais introdutórios, apresentados a um nível mais alto de abstração, generalidade e inclusividade que o conteúdo do material instrucional a ser aprendido proposto por David P. Ausubel para facilitar a aprendizagem significativa. Eles se destinam a servir como pontes cognitivas entre aquilo que o aprendiz já sabe e o que ele deve saber para que possa aprender significativamente o novo conteúdo. Ausubel propõe os organizadores prévios como a estratégia mais eficaz para facilitar a aprendizagem significativa quando o aluno não dispõe, em sua estrutura cognitiva, dos conceitos relevantes para a aprendizagem de um determinado tópico,..., Na concepção ausubeliana, os organizadores prévios destinam-se a facilitar a aprendizagem de um tópico específico. Por outro lado, os materiais introdutórios construídos para este estudo, são denominados pseudoorganizadores prévios, porque se destinam a facilitar a aprendizagem de uma unidade.

É neste ponto em que o professor deverá organizar-se para que traga

material aonde o aluno possa ter contato com o novo conteúdo introdutório seja ele

visual ou textual para que logo em seguida possa dar sequência com os conteúdos e

também mostrar para o aluno que existem sim uma relação do que será

apresentado e seus conhecimentos prévios.

2.1.2 Tipos de aprendizagem significativa

A aprendizagem mecânica ou memorística requer menor esforço, mas possui

um grau de retenção baixíssimo na aprendizagem de médio e longo prazo.

A inexistência de subsunçores que ancore o aprendizado sob um determinado

tema justifica o aprendizado mecânico apenas do conhecimento inicial, por exemplo,

ser necessário o aprendizado mecânico sobre as características dos artrópodes.

Ausubel sugere que esse conhecimento progressivo que aí estruturando

paulatinamente o conhecimento sobre insetos, crustáceos, etc.

Apressadamente pode se chegar a pensar que existe total discordância entre

aprendizagem significativa e aprendizagem mecânica, mas não é isso que se

verifica, pois a aprendizagem mecânica tem sua colaboração no processo Ausubel et

al. (1978) diz

[...] elas não formam uma dicotomia, podendo ambas estar presentes em muitas situações de aprendizagem. Essa possibilidade e o fato de existirem situações ou tipos de aprendizagem mais próximas da significativa e outras mais próximas da aprendizagem mecânica, nos dá a ideia de que elas estão localizadas ao longo de um continuum, conforme.

Segundo Moreira (2011) dentro da Aprendizagem significativa chamamos de

aprendizagem receptiva aquela em que o sujeito recebe informação, o conhecimento

em sua forma final e acabada através de muitos meios como, por exemplo, um livro,

um filme, uma modelagem computacional, etc., não quer dizer que quem recebe a

informação seja passivo e sim requer muita atividade. Já a aprendizagem por

descoberta aonde o sujeito tem que descobrir o que vai aprender, mas depois que

descobre as condições para se chegar à aprendizagem são as mesmas. Mas devido

à grande quantidade de informações e conhecimentos atualmente seria

praticamente inviável para os seres humanos aprender significativamente tudo.

A aprendizagem significativa pode se verificar de três formas: Aprendizagem

significativa por subordinação; Aprendizagem significativa por superordenação e

Aprendizagem significativa por modo combinatório.

A aprendizagem Subordinada se apoia na relação de conceitos novos com

conceitos pré-existentes – subsunçores - na estrutura cognitiva do aprendiz, através

de uma interação entre os dois. Este tipo de aprendizagem recebe o nome de

Aprendizagem Subordinada, pois dá uma ideia de subordinação do novo conceito

com a estrutura cognitiva já existente na mente do aprendiz.

A aprendizagem superordenada, de acordo com Moreira (1999), ocorre de

forma diferente da aprendizagem subordinada. Esta não necessita de nenhum novo

conceito que será assimilado por outros já existentes na estrutura cognitiva do

aprendiz. Ela ocorre quando um novo conceito é adquirido a partir de conceitos

subsunçores já existentes na estrutura cognitiva do indivíduo, ou seja, a interação

entre conceitos subsunçores pode gerar outro conceito mais abrangente.

Para Ausubel et al. (1980) e Moreira (1999), a aprendizagem combinatória é a

de proposições e, em menor escala, de conceitos, sem que exista nenhuma relação

de subordinação e de superordenação com proposições ou conceitos específicos,

mas sim, com um conteúdo mais amplo. Este tipo de aprendizagem é aprendizagem

significativa, pois apresenta uma relação, não com elementos específicos da

estrutura cognitiva do aprendiz, mas com a estrutura cognitiva propriamente dita.

Ausubel criou o princípio da assimilação para tornar mais fácil a compreensão

do processo de organização dos conceitos na sua teoria. Consideremos um

esquema construído por Moreira (2011, pág. 40) para representar esse processo em

que a é um conhecimento novo e A é um conhecimento prévio, ou seja, um

subsunçor relevante à aprendizagem de a

a interage com A gerando um produto interacional a’A’ que é dissociável em a’+A’ durante a fase de retenção, mas que progressivamente perde dissociabilidade até que se reduza simplesmente a A’, o subsunçor modificado em decorrência da interação inicial. Houve, então, o esquecimento de a’, mas que, na verdade, está obliterado em A’.

Pode-se observar que a assimilação acontece quando um novo material

significativo de a é assimilado por um conceito prévio, ou seja, subsunçor A que

estava presente no sujeito e desta interação resultou em A’a’ e que ambos os

conceitos iniciais se modificaram e nos diz que um novo conceito foi resultado dessa

interação.

2.1.3 Instrumentos facilitadores e avaliação Para facilitar a aprendizagem significativa são lançados estratégias e

instrumentos didáticos. Os organizadores prévios se encaixar dentro deste contexto,

também temos os Mapas Conceituais, que para Novak e Gowin, (1984) são “na

forma de diagramas conceituais hierarquizados destacando os conceitos dentro de

um certo campo e relações (proposições) entre eles” e segundo Moreira (2011) os

Mapas conceituais possuem grande status, pois há congressos internacionais

específicos e aplicativos para a construção destes, dentre os quais destaca-se o

CMap Tools.

Novak e Gowin, (1988) ainda dizem que “os mapas conceituais têm por

objetivo representar relações significativas entre conceitos na forma de proposições.

Uma proposição é constituída de dois ou mais termos conceituais unidos por

palavras para formar uma unidade semântica”.

Avaliar não é tarefa das mais simples, geralmente as escolas trabalham a

avaliação de modo comportamentalista, ou seja, “sabe ou não sabe”, “certo ou

errado” e que nos remete a uma aprendizagem mecânica. Já a aprendizagem

significativa implica um outro olhar, pois é a compreensão que deverá ser avaliada a

captação de significados e a capacidade de transferência do conhecimento o que a

torna ainda mais difícil. Segundo Moreira (2011) “[...] é necessário buscar evidências

de aprendizagem significativa, ao invés de querer determinar se ocorreu ou não”.

2.2 Novas Tecnologias Educacionais

De acordo Litwin (2001) adaptar-se a todos essas novidades tecnológicas

resulta em uma capacidade para identificar e pôr em prática novas atividades

cognitivas, pois as tecnologias vão gerando novas possibilidades; daí sua condição

particular de ferramenta. Permite aos estudantes ampliar a ideia de eficiência na

medida em que implica menos tempo e menos esforço e maior adaptação de

horários, mas, além disso, possibilita novas reações com o conhecimento no âmbito

das mediações com os contextos culturais.

Kenski (2007, pág. 19) nos diz

“[...] a escola representa na sociedade moderna o espaço de formação não apenas das gerações de jovens, mas de todas as pessoas. Em um momento caracterizado por mudanças velozes, as pessoas procuram na educação escolar a garantia de formação que lhes possibilite o domínio de conhecimentos e melhor qualidade de vida.”

O desenvolvimento atual da tecnologia favorece a criação e o enriquecimento

das propostas na educação à distância na medida em que permite abordar de

maneira ágil inúmeros tratamentos de temas, assim como gerar novas formas de

aproximação entre docentes e alunos, e de alunos entre si.

Não basta apenas adquirir novos equipamentos, é necessário também

entender esse novo tipo de aluno, entender essa nova geração, isso é fundamental

para que possamos buscar estratégias eficazes para que ele possa aprender de

forma mais significativa, Pretto (1997, Pág. 79) nos diz

Precisamos compreender melhor de que forma esta geração convive com videogame, televisores, internet, esportes radicais, tudo simultaneamente, de forma múltipla e fragmentada, tudo ao mesmo tempo. Esta geração já se relaciona com as novas mídias de forma diversa e já existem sinais de um novo processo de produção de conhecimentos, ainda praticamente desconhecidos pela escola.

As potencialidades de exploração das TICs (Tecnologias da Informação e

Comunicação) são muito promissoras e vem ganhando espaços cada vez maiores

em vários sistemas de aprendizagem sistematizadas. Gomes (2005, pág. 231)

elenca os principais direcionamentos e contextos da utilização dessas tecnologias

no ensino:

[...] (i) apoiar o ensino presencial em sala de aula; (ii) proporcionar oportunidades de auto-estudo com base em documentos eletrônicos; (iii) criar condições para o desenvolvimento de sistemas de formação à distância, (iv) permitir a “extensão virtual” da sala de aula presencial e, nas suas vertentes mais centradas nas redes de comunicação, particularmente a Internet, (v) dar origem a novas modalidades de formação online que inclui na designação de e-learning.

O Governo brasileiro nos últimos anos tem buscado investir em tecnologias

educativas, em especial em tecnologias de informação e comunicação [TIC], com

intuito de fornecer aos professores da rede pública de Educação Básica a

infraestrutura necessária para que eles utilizem esses recursos no ensino. O

Programa Nacional de Informática na Educação [PROINFO], criado em 1997 pelo

Governo Federal é um exemplo de investimento na educação básica, cujo objetivo é

promover o uso pedagógico da informática na rede pública.

Porém o simples uso do computador, como mediador do aprendizado, não

supera todas as dificuldades apresentadas pelos estudantes, Lévy (1999, pág 172)

destaca

“Não se trata aqui de usar as tecnologias a qualquer custo, mas sim de acompanhar consciente e deliberadamente uma mudança de civilização que questiona profundamente as formas institucionais, as mentalidades e a cultura dos sistemas educacionais e, sobretudo os papéis de professor e de aluno. (...) não é tanto a passagem do ‘presencial’ a ‘distância’, nem do escrito e do oral tradicionais à ‘multimídia’. É a transição de uma educação e uma formação estritamente institucionalizada (a escola, a universidade) para uma situação de troca generalizada dos saberes”.

A postura do professor é de suma importância para que o ambiente possa ser

utilizado de forma adequada, pois se o contrário ocorrer à aprendizagem ficará

comprometido e não acontecerá de modo significativo.

Concordando com Moran (1977), ao utilizarmos a internet podemos atingir

resultados bem expressivos quando se está integrado em um contexto estrutural de

mudança do processo de ensino-aprendizagem, no qual professores e alunos tem a

possibilidade de vivenciar formas de comunicação abertas, de participação

interpessoal e grupal de fato efetiva. Caso contrário, a Internet será uma tecnologia

a mais, que reforçará as formas tradicionais de ensino. A Internet sozinha não pode

modificar, o processo de ensinar e aprender, mas a atitude básica pessoal e

institucional diante da vida, do mundo, de si mesmo e do outro.

Professores contam hoje com diversas ferramentas disponíveis na internet

que ajudam a expandir o tempo que se tem em sala de aula, aonde o professor

consegue gerenciar parte do conteúdo que por limitações de tempo e de

ferramentas presentes na escola não podem ser utilizadas em sala. Uma dessas

ferramentas é a plataforma Moodle.

Moodle é um ambiente virtual de aprendizagem baseado em software livre e

muito utilizado na criação de cursos “online” e seu conceito foi desenvolvido em

2001, pelo educador e cientista computacional Martin Dougiamas que é de origem

australiana.

A plataforma Moodle permite a transmissão e organização dos conteúdos de

materiais de apoio às aulas, pelo fato de ser uma ferramenta que permite manipular

páginas da Web, contribuindo para a melhoria no ensino presencial e também

possibilitando uma melhora nos cursos à distância.

A plataforma Moodle não só trata a aprendizagem como atividade social, mas

tem em seu foco a atenção na aprendizagem que acontece enquanto construímos

ativamente artefatos (como textos) para que outros vejam e utilizem.

Alves e Brito (2005, pág. 6) falam sobre as potencialidades de utilização do

moodle:

Como qualquer outro LMS (Learning Management System), o Moodle dispõe de um conjunto de ferramentas que podem ser selecionadas pelo professor de acordo com seus objetivos pedagógicos. Dessa forma podemos conceber cursos que utilizem fóruns, diários, chats e questionários.

3. METODOLOGIA

A intervenção foi realizada no Colégio Walfredo Silveira Corrêa em uma turma

do 9º ano do Ensino Fundamental, na qual os alunos responderam um questionário

a fim de investigar o conhecimento prévio dos alunos em relação ao conteúdo

abordado no projeto. Em outro momento os alunos puderam acessar o ambiente

virtual e assistir e analisar o vídeo da internet sobre o conteúdo e responder às

atividades

3.1 Caracterização da pesquisa

No que se refere à abordagem da pesquisa, se caracteriza como descritiva,

pois foram realizados estudos quanto á satisfação dos envolvidos. Este tipo de

pesquisa visa descrever as características de determinada população ou fenômeno

ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Envolve o uso de técnicas

padronizadas de coleta de dados: questionário e observação sistemática.(GIL,

1991).

3.2 População

Este projeto foi desenvolvido em turma de 9º ano do Enino Fundamental do

Colégio Walfredo Silveira Corrêa, do Município de Arapongas.

3.3 Coleta de Dados

A coleta de dados ocorreu através da participação e o acesso virtual que

aconteceu em etapas bem definidas:

a) Apresentação do Ambiente Virtual de Aprendizagem

Iniciou-se os trabalhos com a apresentação aos alunos o ambiente virtual de

aprendizagem disponível no site: www.aprenderlivre.com.br/moodle.

As atividades foram distribuídas em vários módulos de forma organizada,

seguindo os passos, utilizando diversas ferramentas oferecidas pelo ambiente, na

qual cada modulo teve seu tempo apropriado.

Em algumas situações os alunos foram incentivados a interagir com seus

colegas, podendo expressar opiniões, concordando ou discordando da opinião dos

demais, para que dessa forma se estabelecesse um debate construtivo, onde todos

pudessem aprender.

b) Pré - teste sobre energia

Foi elaborado um questionário prévio na busca de conhecimentos prévios

sobre o tema Energia, que foi respondido no próprio ambiente virtual de

aprendizagem Moodle, na qual o professor teve acesso á todas as respostas

individualmente compiladas pelo Moodle.

Cada aluno respondeu as seguintes questões dentro do ambiente virtual:

1. O que há em comum entre um chuveiro derramando água quente, um

forno de micro-ondas estourando um saco de pipocas, um carro deslocando-se em

uma estrada e uma TV ligada?

2. Quais os principais formas de energia que você conhece?

3. O que são fontes de energia?

4. Escreva 10 coisas que necessitam de energia para funcionar.

5. Para você, como é produzida a energia elétrica?

6. Quais os impactos da produção de energia?

7. As pessoas podem viver sem energia?

Os vídeos Pipoca, Aquecedor Solar e Energia Fotovoltaica foram analisados

no site yotube e no site Prezi, que se defini como software gratuito e online que

facilita a disseminação de conteúdos, pois pode ser compartilhada na forma de rede

facilitando a acesso através computador conectado à internet.

As imagens sobre as modalidades de energia foram retiradas do Word (2010)

no site Clipart.

c) Problemas atuais para discussão dentro do fórum.

O Fórum é uma ferramenta com diversas perspectivas pedagógicas, pois

além de apresentar o encadeamento das discussões, identificar os autores das

mensagens por meio de suas fotos inseridas no perfil de cada aluno, gerando

também assim como o chat, um maior sentimento de vínculo entre os alunos

cursistas. Esta ferramenta foi utilizada como um portfólio, um repositório de

atividades, um relatório de atividades de campo.

d) Fórum de discussões

O fórum foi utilizado para um debate sobre o tema de geração de energia

através da construção de uma usina hidrelétrica em meio a discussões por diversos

setores da sociedade. Para essa atividade foi acessado o link Disponível em:

http://www.radio.uol.com.br/#/letras-e-musicas/sa-e-guarabyra/sobradinho-ao-

vivo/558384.

Foi realizada uma reflexão da música composta por Sá e Guarabira que conta

sobre a construção da barragem de Sobradinho para a geração de energia elétrica,

com reflexões sobre o tema abordado.

e) Produção de um texto para avaliar sua experiência no projeto;

f) Aplicação de questionário para coleta de dados e análise da

aprendizagem (pós-teste);

g) Releituras de imagens apresentadas durante a aplicação do projeto

para comparação e análise.

3.4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

a) Apresentação da plataforma Moodle.

As primeiras atividades aconteceram no Laboratório de Informática da escola,

para que os alunos tivessem noções básicas da plataforma moodle, uma vez que a

escola possui equipamento de projeção multimídia, que facilitou trabalho de

orientação dos alunos antes da realização de algumas atividades.

b) Pré-teste.

A primeira atividade à distância foi o pré-teste. Com preenchimento

aproximado de 60% do questionário de forma satisfatória, 20% não conseguiram

acessar a plataforma, pois não lembraram os procedimentos corretos, 10% não

possuem acesso à internet e/ou não vieram em contra-turno/recreio, e os últimos

10% possuem outras. A atividade foi concluída na sala de informática, onde também

foram retomados de modo passo-a-passo todos os procedimentos para o acesso

correto.

Os resultados do questionário mostraram que a maior parte dos alunos

associam energia somente com a eletricidade, deixando de lado praticamente todas

as outras formas de energia.

c) Análise de Vídeos.

A segunda atividade foi o acesso a alguns vídeos disponível no Prezi (2013),

youtube (2013), ciências. seed.(2013),sobre o tema energia.O acesso ficou mais

fácil por parte dos alunos, mas mesmo assim não foram unânime, alguns não

acessaram o sistema.

Os resultados do questionário da atividade foram positivos, pois a maioria

das respostas estava de acordo com o vídeo, uma ou outra resposta estava

incompleta. As atividades foram discutidas e concluídas em sala de aula. A maioria

dos alunos relatou a experiência de forma positiva, somente alguns alunos ainda

não estão correspondendo aos objetivos do curso.

d) Apresentação sobre formas de energia.

A terceira atividade consistia em ver uma apresentação na plataforma prezi

que estava disponível online através do link. Os relatos dos alunos foram muito

importantes, pois o formato Prezi possibilita uma dinâmica diferente em relação aos

demais programas de apresentação, o que acaba prendendo mais a atenção dos

alunos.

e) Pesquisa na internet.

Em relação à atividade desenvolvida na sequência, foi dividida em duas

etapas, a primeira parte para identificar as formas de energia renováveis que se

encontrava dentro da apresentação, na qual 95% conseguiram completar de forma

satisfatória. Na segunda parte da pesquisa podemos constatar que boa parte dos

alunos ainda carregam um hábito de copiar e colar o texto da pesquisa e segundo

alguns alunos isso acontece já no primeiro site consultado. Na sequência foi

orientado novamente sobre a importância das fontes pesquisadas e também o fato

de diversificar os locais pesquisados.

f) Análise de imagens.

A atividade seguinte foi o estudo de imagens estáticas. Para complementar

essa atividade os alunos analisaram as imagens e associou às formas de energia

que já estudaram durante as aulas. A atividade segundo os próprios alunos foi a

mais fácil, pois o conteúdo também foi trabalhado dentro de sala de aula.

g) Fórum de discussões.

A atividade do Fórum de discussões, talvez foi a que apresentou maiores

dificuldades, pois os mesmos não estão acostumados a este tipo de atividade,

percebeu-se aqui que quando os mesmos precisam expor suas opiniões, sentem

inibidos e com grandes dificuldades. Embora subsidiados por textos pertinentes ao

assunto isso não facilitou o trabalho deles.

Cabe ressaltar que as demais disciplinas também relataram a mesma

dificuldade dos alunos. Outra questão foi à forma como os comentários foram

colocados pelos alunos, nota-se que os primeiros comentários acabaram servindo

de base para os demais e não o texto em si, muito alunos colocou que concordam

com o colega anterior e assim por diante, dificultando o debate em si.

h) Análise de música.

Já a atividade sobre a música sobradinho que tratou sobre a criação da

construção da barragem para a geração de energia elétrica, na qual foram

deslocadas as populações de várias cidades e a canção tornou-se um símbolo de

resistência à obra, acabou surpreendendo, pois a maioria ainda não conhecia a

música, e ao primeiro contato poucos deram atenção para a letra, ficando mais

presos a melodia.

Após os questionamentos feitos dentro do ambiente, muitos alunos

comentaram que na maioria das vezes não notam a letra, e que foi muito legal ter

essa nova visão sobre as músicas. Sobre a atividade que deveriam responder

dentro do ambiente virtual acreditamos que pela maioria das respostas eles

conseguiram entender toda a problemática que a música trás, claro que a atividade

não completada por todos os alunos, pois alguns acabam esquecendo-se de

acessar ou não se lembram da data limite para a postagem.

i) Experiência com o projeto.

A penúltima atividade foi um breve relato dos alunos a respeito do projeto,

uma parte sobre o conteúdo e também da parte operacional do ambiente virtual

moodle. Os mesmos relataram que foi muito positivo a experiência e que

concordariam que mais conteúdos fossem ensinados dessa maneira.

j) Pós-teste.

Para encerrar as atividades do projeto foi retomado o pré-teste que aqui

chamamos de pós-teste, onde os mesmos conceitos foram cobrados dos alunos

para um efeito de comparação em relação à atividade inicial.

Após análise comparativa entre o pré e o pós-teste verifica-se uma

substancial diferença entre eles, sendo possível notar que existe uma ampliação dos

conceitos de energia que os mesmos já possuíam o que demonstra que houve uma

aprendizagem

De certa forma podemos dizer que a projeto agradou a maioria, por ser algo

diferente da rotina dos mesmos, e a maioria dos comentários foram favoráveis a

esse tipo de prática pedagógica, pois se buscou durante todo o processo utilizar

ferramentas disponíveis na internet, onde os mesmos pudessem ser desafiados a

buscar soluções, que pudessem sair de um estado passivo e passar a ser sujeito

ativo produzindo conhecimento juntamente com os demais integrantes de sala.

Esse espaço foi de fundamental importância para que os alunos pudessem

expor suas opiniões e dar sugestões para uma próxima etapa se caso tivesse

oportunidade. Etapa essa que os próprios alunos já estão cobrando, para que outros

conteúdos também utilizem ferramentas online.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Vivemos em uma sociedade em que o acesso aos recursos tecnológicos se

caracteriza pela quantidade de informações, o que implica uma mudança no

ambiente escolar na forma de ensinar e aprender.

Contudo, os projetos didáticos e pedagógicos devem ser utilizados com a

participação e a vivencia dos alunos, como sujeito ativo e responsável por seu

aprendizado através da utilização de ambientes virtuais de aprendizagem na

aprendizagem significativa.

Nas aulas sobre o conceito de energia, os alunos do ensino fundamental

pudera m a empregar recursos tecnológicos com o objetivo de prever a formação de

cidadãos críticos e reflexivos compromissos com sua aprendizagem levando a

escola a se comprometer com a mudança do processo ensino-aprendizagem.

Os alunos, através das relações interpessoais, se sentiram acolhidos pelo

grupo o que favoreceu a aprendizagem, colaborando desta forma para um

aprendizado individual e coletivo.

Assim, professor e aluno participam juntos de uma sociedade de

conhecimento, na qual o planejamento embasado em uma aprendizagem

contextualizado a orientação e o acompanhamento na utilização dos recursos

serviram para valorizar e auxiliar o aluno a buscar o seu próprio conhecimento para

toda a vida.

A inserção com o computador no ensino de energia contribui e facilitou a

aprendizagem, fazendo os alunos buscar novas descobertas e tornando-os as

atividades mais prazerosas, alem de oportunizar uma educação mais interessante e

próxima da realidade do aluno.

Através da análise do material coletado, procuramos confirmar a importância

do o papel do professor no uso das tecnologias e com essa pesquisa-ação

entendeu-se os efetivo e as possibilidades do processo de ensino aprendizagem

promoveu desenvolver habilidades no aluno para criar e pensar com diferentes

formas de se expressar, na qual o conhecimento se constrói através da s relações

sócias, uma vez que todo ser humano é um ser bio-psico-sociais, históricos e em

constante interação com o meio em que está inserido.

Para chegarmos a uma aprendizagem significativa contaremos com

ferramentas desenvolvidas nas últimas décadas e que vem transformando o mundo

que conhecemos esse avanço tecnológico que impulsiona e transforma tudo ao

nosso redor também deve fazer parte do modo como ensinamos e aprendemos. O

ritmo intenso do mundo globalizado e a uma crescente complexidade de tarefas que

envolvem informação e tecnologia faz com que o processo educativo possa ser

considerado uma atividade primordial e segundo Lyotard (1988) o grande desafio

das pessoas nos dias atuais é a tecnologia, a única chance que o homem tem para

conseguir acompanhar o movimento do mundo é adaptar-se à complexidade que os

avanços tecnológicos impõem a todos, indistintamente e para a educação não é

diferente sendo até mais abrangente, pois ao mesmo tempo em que ela precisa se

adaptar deve-se também orientar para que todos possam se apropriar criticamente

desses novos meios.

Conforme afirma Moran (2003, p.1), ensinar e aprender, hoje, não se limita ao

trabalho dentro da sala de aula. Esse processo sugere uma transformação do que

fazemos dentro e fora dela, no presencial e no virtual, além de um planejamento das

ações de pesquisa e de comunicação que possibilitem continuar aprendendo em

ambientes virtuais, acessando páginas na Internet, pesquisando textos, recebendo e

enviando novas mensagens, problematizando questões em fóruns ou em salas de

aula virtuais, divulgando pesquisas e projetos.

Sendo assim, este projeto possibilitou um crescimento nos conhecimentos

adquiridos e a utilização do ambiente virtual de modo que o professor possa

acrescentar novos recursos para suas aulas a fim de ampliar os conhecimentos

prévios de seus alunos de modo que funcione como organizadores prévios para uma

aprendizagem significativa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVES, L. R. G.; BRITO, M. S. S. O Ambiente Moodle como Apoio ao Ensino Presencial. In: 12º Congresso Internacional de Educação a Distância, 2005, Florianópolis. AUSUBEL, D P et al. Psicologia Educacional. Rio de Janeiro: Interamericana, 1980.

AUSUBEL, D P; NOVAK, J D; HANESIAN, H. Educational psychology a cognitive view. 2. ed. New York: Holt, Tinehart e Winton, 1978.

BARBOSA, E. M. F; NUNES, E. M. A; SENA, N. K. Web sites governamentais, uma esplanada à parte. C. Inf. v. 29, n. 1, p. 118-125, jan./abr. 2000.

GIL, Antônio Carlos: Como elaborar projetos de pesquisa, 3ª ed. São Paulo: Atlas. 1991.

GOMES, Maria João; LOPES, António Marcelino. Ambientes virtuais de aprendizagem no contexto do ensino presencial: uma abordagem reflexiva. 2005. Disponível em: <http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/7098/1/Challenges07-AML-MJG.pdf>. Acesso em: 20 abr. 2013. KENSKI, Vani Moreira. Educação e tecnologias: O novo ritmo da informação. Campinas: Papirus, 2007.

LAKATOS, Eva Maria de Andrade, e MARCONI, Marina de Andrade: Fundamentos da metodologia científica. São Paulo: Atlas, 2003.

LÉVY, P. Cibercultura. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1999.

LITWIN, E. (org.). Educação a Distância: Temas para o debate de uma nova agenda educativa. Porto Alegre: Artmed, 2001.

LYOTARD, J F. O inumano. Considerações sobre o tempo. Lisboa: Estampa 1988. MORAN, José Manuel. Relatos de experiências: Como utilizar a internet na educação. 1997. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo. php?pid=s0100-19651997000200006&script=sci_arttext>. Acesso em: 27 mar. 2013. ______ Educação inovadora presencial e a distância. Disponível em: <http://www.eca.usp.br/prof/moran/inov_1.htm>. Acesso em: 18 abr. 2013.

MOREIRA, Marco Antônio. Aprendizagem significativa. Brasília: Unb, 1999.

______ Aprendizagem significativa: a teoria e textos complementares. São Paulo: Livraria da Física, 2011. ______ Teoria da Aprendizagem Significativa e sua implementação em sala de aula. Brasília: Unb, 2006.

MOREIRA, M.A. Aprendizagem significativa crítica. Atas do III EncontroInternacional sobre Aprendizagem Significativa, Lisboa (Peniche). 2000.

NOVAK, J D; GOWIN, D B. Teoria y practica de la educación. Espanha: Alianza, 1988. ______ Learning how to learn.New York: Cambridge University Press, 1984. PRETTO, Nelson. Educação e inovação tecnológica Um olhar sobre as políticas públicas brasileiras. 1997. Disponível em: <http://www.anped.org.br/rbe/rbedigital/rbde11/rbde11_08_nelson_pretto.pdf>. Acesso em: 20 abr. 2013. SÁ & GUARABYRA, Música: Sobradinho. Autor: Guarabyra , Sá Álbum: Focus: O Essencial e Sá & Guarabyra Estilo: Música Brasileira Gravadora: SONY Selo: RCA Ano: 1999. Disponível em http://www.radio.uol.com.br/#/letras-e-musicas/sa-e-guarabyra/sobradinho-ao-vivo/558384. Acesso em 11/11/2013. SOUSA, Célia Maria Soares Gomes; MOREIRA, Marco Antônio. Pseudoorganizadores prévios como elementos facilitadores da aprendizagem em Física. Revista Brasileira de Física, Porto Alegre, v. 11, n. 1, 1981. TAVARES, Romero Silva. Aprendizagem significativa. Disponível em: <http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/bitstream/handle/mec/2239/Textos/ASConceitos.pdf>. Acesso em: 18 abr. 2013.

Vídeo tutorial do MOODLE. Disponível em: http://www.aprenderlivre.com.br/moodle/mod/page/view.php?id=4943 Acesso em 15/10/2013.

Vídeo utilizado na atividade 3, exercício 1 PIPOCA ESTOURANDO. Disponível em:.http://www.youtube.com/watch?v=vSOcFniGXOk Acesso em 17/10/2013.

Vídeo utilizado na atividade 3, exercício 2 ENERGIA SOLAR. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=fltv6ztI5KE Acesso em 17/10/2013.

Vídeo utilizado na atividade 3, exercício 2 ENERGIA SOLAR. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=S7XuLW1QZew Acesso em 17/10/2013.