Painel 5 (XI ENEE) - Recursos Humanos, Desafios e soluções para a Indústria Nacional de Defesa...

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RECURSOS HUMANOS: desafios e soluções para a Indústria Nacional de Defesa Ilson Soares Chefe da Divisão de Treinamento XI Encontro Nacional de Estudos Estratégicos dústria de Defesa Brasileira: políticas e perspectivas 17/11/2011

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Ilson Soares, chefe da Divisão de Treinamento da Eletronuclear

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RECURSOS HUMANOS: desafios e soluções

para a Indústria Nacional de Defesa

Ilson Soares

Chefe da Divisão de Treinamento

XI Encontro Nacional de Estudos Estratégicos

Indústria de Defesa Brasileira: políticas e perspectivas

17/11/2011

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UMA PERSPECTIVA DA EMPRESA

GERAÇÃO

TRANSMISSÃO

DISTRIBUIÇÃO

CONSUMIDORES

Concessionárias

• Industriais

• Residenciais

• Comerciais

• Outros

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ANGRA 1

Potência: 657 MW

Tecnologia: Westinghouse

Operação: Janeiro/1985

ANGRA 2

Potência: 1.350 MW

Tecnologia: Siemens/KWU

Operação: Janeiro/2001

ANGRA 2

Potência: 1.350 MW

Tecnologia: Siemens/KWU

Operação: Janeiro/2001 ANGRA 1

Potência: 640 MW

Tecnologia: Westinghouse

Operação: Janeiro/1985

Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto

UMA PERSPECTIVA DA EMPRESA

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Central Nuclear

Almirante Álvaro Alberto

CNAAA

ANGRA 3

Potência: 1.405 MW

Tecnologia: Siemens/KWU

Operação: 2016

CNAAA responsável pelo equivalente a

32% do consumo do Est. RJ

Com Angra 3 - 70% (valores de 2010)

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HISTÓRICO

• Nos anos 70, com o início da construção da Usina

de Angra 1 e a assinatura do Acordo Brasil-

Alemanha, visando a instalação de 8 usinas

nucleares de 1300MWe, foi iniciado um extenso

programa de formação de recursos humanos

especializados para o setor nuclear: Projeto Urânio

(Nuclebrás) e o PRONUCLEAR (CNEN)

• A seguir, foram iniciados os trabalhos do Programa

de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear

Autônoma (Programa Paralelo), devido ao ceticismo

existente quanto à eficácia dos processos de

transferência de tecnologia do Acordo Brasil-

Alemanha.

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HISTÓRICO

• Em que pese o PRONUCLEAR ter sido elaborado e

conduzido sem intercâmbio com as universidades e

institutos de pesquisas nacionais, esse programa de

formação de recursos humanos para a área nuclear

permitiu a formação de um expressivo contingente de

técnicos, mestres e doutores em assuntos

envolvendo o uso da energia nuclear.

• Ainda como desdobramento, muitos profissionais

beneficiados pelo PRONUCLEAR reforçaram os

corpos discentes das nossas universidades, criando

cursos no país bem como tendo grande importância

na condução dos programas das instituições

nacionais do setor nuclear.

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HISTÓRICO

• Exemplificando, logo após iniciado o

PRONUCLEAR, foram criados os seguintes

programas de Mestrado e Doutorado nas seguintes

instituições de ensino superior: no Instituto de

Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), ligado à

Universidade de São Paulo (USP), na Universidade

Federal de Pernambuco (UFPE), na Universidade

Federal de Minas Gerais (UFMG), no Instituto Militar

de Engenharia (IME) e na Coordenação dos

Programas em Pós-Graduação em Engenharia, da

Universidade Federal do Rio de Janeiro

(COPPE/UFRJ).

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HISTÓRICO

• Com a crise econômica ocorrida nos anos 80, os

projetos foram desacelerados, trazendo prejuízos

significativos para o Acordo Brasil-Alemanha

(suspensão da construção da Usina de Angra 2) e a

interrupção gradativa dos programas de formação de

recursos humanos para o setor.

• Continuava os trabalhos do Programa de

Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear Autônoma

(Programa Paralelo), que foi praticamente extinto nos

anos 90. Permaneceu o Programa Nuclear da

Marinha, com sérias restrições financeiras.

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CONTEXTO ATUAL

• O cenário atual é altamente promissor para o setor

nuclear: Usina de Angra-3 em construção, Programa

Nuclear da Marinha em pleno andamento e, pelo

Plano Nacional de Energia de 2030, há previsão de

construção de 4 a 8 usinas adicionais, que

alavancará ainda mais o setor.

• A retomada desses projetos certamente demandará

um corpo técnico qualificado.

• Aumentando ainda mais o desafio existente, a idade

média do atual quadro de técnicos do setor é

bastante elevada.

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POLÍTICA DE FORMAÇÃO

Para a elaboração de uma política de formação e

substituição de mão de obra que garanta a

perenidade dos conhecimentos e tecnologias

adquiridos, sugerimos:

• Eleger um órgão central, responsável pela

coordenação da formação desses recursos

humanos;

• Realizar um mapeamento das competências

críticas existentes e necessárias;

• Criar indicadores de faixa etária e taxa de evasão;

• Definir em que áreas seria necessária a formação

de novos profissionais;

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POLÍTICA DE FORMAÇÃO

• Elaborar e implementar política de formação com

expectativa de emprego, balanceando as

quantidades de especialistas formados e absorvidos

pelo setor;

• Caso necessário, criar mecanismos para atrair os

jovens para serem formados no setor;

• Criar uma oferta de bolsas de estudos direcionadas

para as áreas de interesse da Indústria Nacional de

Defesa;

• Manter rigoroso acompanhamento da política

implementada e do nível dos cursos oferecidos.

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O PAPEL DO SISTEMA EDUCACIONAL

• O fortalecimento do setor só se dará se houver uma

participação efetiva do nosso sistema educacional;

• Para tal, precisamos promover:

• Maior integração indústria-universidade;

• Indicação de áreas de pesquisas;

• Acompanhamento dos bolsistas;

• Financiamento de projetos e estágios;

• Adaptação dos conteúdos programáticos dos

seus cursos para adequar aos interesses da

indústria;

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O PAPEL DO SISTEMA EDUCACIONAL

• Promover inovações curriculares, diante do cenário

de tantas incertezas (currículos mais flexíveis)

• Avaliação do formato tradicional do Doutorado,

visando promover a formação de profissionais mais

versáteis, capazes de atuar em ambientes

heterogêneos, por ser considerado limitado no ponto

de vista de desenvolvimento de competências

necessárias para um ambiente de trabalho em forte

mutação;

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O PAPEL DO SISTEMA EDUCACIONAL

• Em muitos países europeus (Holanda, Reino Unido,

Áustria, por exemplo) e nos Estados Unidos, pode-se

também notar o aparecimento de novas modalidades

de doutorado, especialmente o doutorado

profissional, como uma variante do doutorado

acadêmico.

• Nessa modalidade, o programa de doutorado é, em

geral, relacionado a projetos de pesquisa

desenvolvidos no âmbito de empresas ou outras

organizações não acadêmicas.

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PROGRAMAS DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL

• Atualmente, existe uma grande diversidade de

programas de capacitação profissional no país,

variando desde os que buscam superar os baixos

níveis de escolaridade dos trabalhadores até os mais

específicos;

• Muitos são sem vínculo empregatício com as

instituições, mas permitem um tempo para possível

absorção pelo setor; São importantes para reter a

mão de obra qualificada, minimizando a evasão

desses profissionais para outros setores;

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PROGRAMAS DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL

• Como a Indústria de Defesa requer profissionais

altamente qualificados, a maioria desses programas

não são adequados à sua necessidade.

• Dentre os existentes, o “Programa Ciência sem

Fronteiras” é um exemplo de programa que a

Indústria de Defesa pode se beneficiar;

• Trata-se de um esforço conjunto do Ministério da

Ciência e Tecnologia (MCT) e do Ministério da

Educação (MEC), que visa enviar para capacitação

no Exterior 75.000 bolsistas brasileiros até o final de

2014, dentre outras metas;

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PROGRAMAS DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL

• Para tal, a Indústria de Defesa deveria se integrar

com esses órgãos de fomento e as instituições de

ensino para expor suas demandas específicas;

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MUITO OBRIGADO

Ilson Soares [email protected]

WWW.ELETRONUCLEAR.GOV.BR