Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral

47
LEISHMANIOSE

description

Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral

Transcript of Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral

Page 1: Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral

LEISHMANIOSE

Page 2: Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral

FILO SARCOMASTIGOPHORA (PRESENÇA DE FLAGELO OU PSEUDÓPODOS)

Page 3: Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral

Leishmaniose

Page 4: Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral

SUBFILO MASTIGOPHORA (COM FLAGELO)

ORDEM KINETOPLASTIDA

FAMÍLIA TRYPANOSOMATIDAE

GÊNERO → Trypanosoma ESPÉCIE → T. cruzi

GÊNERO → Leishmania ESPÉCIE → L. braziliensis

ESPÉCIE → L. donovani

ESPÉCIE → L. tropica

Page 5: Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral

GÊNERO Leishmania

CARACTERÍSTICAS: Unicelulares heteroxenos Flagelados Promastigotas e Paramastigotas no trato digestivo

dos hospedeiros invertebrados Amastigotas sem flagelo livre nos vertebrados

Page 6: Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral
Page 7: Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral
Page 8: Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral

HOSPEDEIROS Invertebrado (intermediário):insetos hematófago conhecidos como

flebotomíneos (mosquito-palha,birigui,tatuquira,cangalha, cangalinha)

Page 9: Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral

Vertebrados: mamíferos, como roedores, canídeos(os mais

comuns), marsupiais, primatas.

Page 10: Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral

TRANSMISSÃO: através da picada do mosquito infectado, durante o repasto sangüineo

Page 11: Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA

DEFINIÇÃO: infecção polimórfica da pele e das mucosas com lesões ulcerosas, indolores, únicas ou múltiplas (forma cutânea simples), lesões nodulares (forma difusa) ou lesões cutaneomucosa (forma cutaneomucosa) que afetam regiões nasofaríngea concomitantemente ou após uma infecção inicial.

# Desfigurante, podendo levar ao óbito quando há comprometimento do sistema respiratório

SINONÍMIA : ferida de Blakh (Afeganistão)

ferida de Bagdá (Iraque)

ferida de Aleppo (Síria)

botão do Oriente

Page 12: Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral

HISTÓRICO : - Primeiro século d.C

- Cerâmicas peruanas entre os anos de 400 a 900 d.C

- Brasil, Cerqueira tem registros de 1855

- 1908, surgiu na construção da estrada de ferro noroeste

do Brasil, em Bauru, SP

IMPORTÂNCIA :

- O. M. S: mais de 12 milhões de casos. A sexta mais importantes das epidemias no mundo

- Prevalência de 400 mil novos casos/ano- Periferia de Manaus possui números altíssimos de portadores- Desfigurante- Incapacitante

- Fatal

Page 13: Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral

AGENTE ETIOLÓGICO

Gênero Leishmania

Espécie L. brazilienses

L. guyanenses

L. lainsoni

L. shawi

L. niffi

L. amazonensis

L. donovani

L. tropica

L. chagasi

Page 14: Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral

CICLOÉ um protozoário digenético, com ciclo biológico realizado em doishospedeiros: um invertebrado e um vertebrado

Page 15: Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral

Ciclo

Page 16: Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral

MORFOLOGIA

Formas Amastigotas, nos vertebrados

Page 17: Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral

Formas Promastigotas e Paramastigotas nos insetos vetores

Page 18: Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral

REPRODUÇÃO

Por divisão binária

BIOLOGÍA

As formas Amastigotas habitam os macrófagos (sistema mononuclear fagocitário) dos vertebrados

As formas Promastigotas e Paramastigotas habitam livremente o tubo digestivo dos flebotomíneos, ou aderidas ao epitélio intestinal.

Page 19: Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral

TRANSMISÃO :Pela picada do mosquito hematófago do gênero Lutzomyia

Page 20: Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral

PATOGENIA- As formas Promastigotas são inoculadas na derme

↓- As células destruidas pela prosbócida do mosquito e a sua saliva

inoculada atraem as células fagocitárias mononucleares (macrófagos) entre outras da série branca

↓- Macrófagos fagocitam as Promastigotas e estas dentro dele se

transformam em amastigotas que sofrem divisão binária. Enchem o macrófago que ropem.

↓- Mais macrófagos são atraídos e infectados

↓- A lesão inicial é manifestada por um infiltrado inflamatório composto

principalmente de linfócitos e de macrófagos, sendo este último abarrotado de parasitas.

Page 21: Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral

Observação

* Os promastigotas que não são fagocitados, não conseguem sobreviver no meio extracelular, pois são atacados pelo sistema imunológico do hospedeiro.

* As moléculas de lipofosfoglicano (LPG) e de glicoproteínas gp63 (que possui ação enzimática como proteases) estão relacionadas com os mecanismos utilizados pelos parasitas para resistir à ação microbicida dos macrófagos, no interior dos mesmos.

Page 22: Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral

PERÍODO DE INCUBAÇÃO

Varia de duas semanas a três meses

EVOLUÇÃO- Pode regredir espontaneamente- Pode estacionar- Evolui para um “Histiocitoma” (nódulo na pele), no sítio da picada

do vetor- O ritmo da evolução vai depender da espécie envolvida- Formação de infiltrado celular circulando a lesão- Necrose devido à desintegração da epiderme e da membrana basal

que leva a uma lesão úlcero-crostosa- Após a perda da crosta, surgem úlceras com crostas salientes e

fundo com exsudado seroso ou seropurulento

Page 23: Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral
Page 24: Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral

- A lesão progride e forma a típica úlcera leishmaniótica, que, por seu aspecto morfológico, pode ser reconhecida imediatamente: configuração circular, bordos altos, cujo fundo é granuloso, de cor vermelha intensa recoberto por exsudado seroso ou seroso-purulento, dependendo de infecções secundárias.

- # pode haver outras formas de apresentação

Page 25: Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral
Page 26: Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral
Page 27: Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral
Page 28: Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral
Page 29: Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral
Page 30: Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral
Page 31: Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral

CARACTERÍSTICAS DAS PRINCIPAIS FORMAS CLÍNICAS DE LTA NO BRASIL

FORMAS CLÍNICAS LOCALIZAÇÃO TESTE DE MONTENEGRO * ESPÉCIE DE LEISHMANIA

LEISHMANIOSE INFECÇÃO CONFINADA NA DERME POSITIVO L . Amazonensis

CUTÂNEA L . Braziliensis

L . Guyanensis

L . Lainsoni

LEISMANIOSE INFECÇÃO NA DERME, COM ÚLCERAS. POSITIVO L . Braziliensis

CUTÂNEOMUCOSA LESÕES METASTÁTICAS PODE OCORRER, RESPOSTA EXAGERADA L . Guyanensis

COM INVASÃO DE MUCOSAS E DESTRUIÇÃO

DE CARTILAGENS

LEISHMANIOSE INFECÇÃO CONFINADA NA DERME NEGATIVO L . Amazonensis

CUTÂNEA DIFUSA FORMANDO NÓDULOS NÃO ULCERADOS.

DISSEMINAÇÃO POR TODO O CORPO

* Injeção intradérmica de antígenos (proteínas) de leishmania

Page 32: Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral

Leishmaniose visceral

Page 33: Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral

Leishmaniose visceral

Agente etiológico

o Leishmania donovanio Leishmania infantumo Leishmania chagasi

Page 34: Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral

Patogenia

A L. chagasi é um parasito de células SMF, principalmente do:

baço, fígado, linfonodo e medula óssea. No entanto, podem atingir outros órgãos: Intestino, Pulmões e Rins

Page 35: Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral

Algumas alterações da L.chagasi:

Alterações Esplênicas Alterações HepáticaAlterações RenaisAlterações dos LinfonodosAlterações PulmonaresAlterações do Aparelho DigestivoAlterações Cutâneas

Page 36: Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral
Page 37: Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral

Quadro Clínico

A doença pode deve ter desenvolvimento

abrupto ou gradual.

Os sinais sistêmicos típicos são : Febre intermitente Palidez de mucosa Esplenomegalia associada ou não a

hepatomegalia Emagrecimento e enfraquecimento

geral

Page 38: Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral
Page 39: Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral

Formas Clínicas

• Forma assintomática: Os indivíduos podem desenvolver sintomatologias pouco especificas.

• Forma aguda: Corresponde ao período inicial da doença

Page 40: Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral

Freqüência de Sinais e Sintomas em Pacientes Infantis com

Leishmaniose Visceral Crônica Sinais e Sintomas %

Esplenomegalia 99 Febre 95Hepatomegalia 90Palidez 85Anemia 98Perda de peso 90Dor abdominal 50Tosse 40Edema 40Aumento de linfonodos 35Anorexia 30Epistaxe 30Diarréia 15

Page 41: Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral
Page 42: Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral
Page 43: Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral

EPIDEMIOLOGIA

- Enzootia dos animais silvestres- A infecção do homem ocorre quando este penetra nas área de

risco, passando a doença a ter um caráter zoonótico- Muitos mamíferos são reservatórios- Homem desmatando - Clima tropical- Variedades grande de vetores (topos das árvores e chão)- PROFILAXIA- Evitar a destruição de pequenos mamíferos- Evitar o desmatamento - Proteção individual contra o mosquito : repelentes e cobertores- Casas à no mínimo 500 m das matas- Vacinas (?)

Page 44: Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral
Page 45: Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral

DIAGNÒSTICO- Clínico ( características da lesão)- Anamnese- Pesquisa de mosquitos esfregaços, cultura, inoculação em cobaia, histopatológico

- Métodos imunológicos : Teste de Montenegro (intradermorreação) , imunofluorescência indireta (RIFI)

TRATAMENTO- Glucantime- Anfotericina B (cara)- Miltefosina (?)- Imunoterapia (Leishvacin )- Imunoquimioterapia ( Leishvacin + Glucantime )

Page 46: Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral

Observação

Glucantime:

O seu principal efeito colateral é a indução de arritmias cardíacas e está contra-indicado em mulheres grávidas nos 2 primeiros trimestres, doentes com insuficiência hepática e renal e naqueles em uso de drogas anti-arrítmicas.

Page 47: Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral

CONTROLE:

NOTIFICAÇÃO DE CASOS SUSPEITOS DELIMITAR AS ÁREAS DE RISCOS BUSCA ATIVA EDUCAÇÃO/DIVULGAÇÃO CONTROLE QUÍMICO (FUMACÊ)