Parte I

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Parte I 1.1. Refere as funções que cada uma das ordens sociais desempenhava na sociedade senhorial. A sociedade senhorial era constituída por três ordens (sociedade tripartida): o Clero, a Nobreza e o Povo. A desigualdade social evidenciava-se nos dois grupos principais: os privilegiados , minoria constituída pelo clero e nobreza; e os não privilegiados , maioria da população, constituída pelos camponeses, artífices e pequenos comerciantes. Assim, as funções que cada ordem social desempenhava na sociedade eram distintas: o clero, que se dividia em Alto Clero (bispos, arcebispos e abades), que viviam nos mosteiros e Baixo Clero (monges e sacerdotes), que viviam junto das populações, tinha um papel importante e influente no dia-a-dia da sociedade, desempenhando funções religiosas, culturais e sociais, assentes na oração , no ensino , no auxílio aos desfavorecidos e na proteção do povo em tempo de guerra ; a nobreza, formada maioritariamente por cavaleiros, defendia a população e lutava contra os inimigos do Rei ; finalmente, o povo tinha a função de trabalhar para alimentar e suster os grupos privilegiados . 1.2. Indica os momentos fundamentais do contrato de vassalagem. O contrato de vassalagem, impunha obrigações e direitos entre um suserano e o vassalo , unindo-os para sempre, criando relações entre toda a sociedade: o suserano tinha a obrigação de dar proteção e sustento ao vassalo e o direito de pedir serviços a este, tais como apoio económico, militar e conselhos; o vassalo tinha obrigação de ser fiel ao seu senhor, dando-lhe conselhos quando ele precisasse, apoio económico e militar, e tinha o direito de receber feudos (cargos ou terras). Estes contratos eram feitos segundo cerimónias religiosas, constituídas por três partes : a homenagem, em que o vassalo se ajoelhava perante o suserano; o juramento de fidelidade, em que o vassalo se comprometia a ser fiel; e a investidura, que consistia na entrega ao vassalo, de um objeto, símbolo do acordo efetuado e da entrega do feudo. 1.3. Menciona os direitos do Clero e da Nobreza. Em troca dos serviços que o clero prestava ao rei, e do apoio que dava à população, e devido à religiosidade da época, este grupo obtinha prestígio social, poder económico e privilégios, sendo um dos grupos sociais com mais direitos: recebia grandes doações de terras e outros bens; exercia altos cargos administrativos, não pagava impostos, cobrava

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Parte I

1.1.Refere as funções que cada uma das ordens sociais desempenhava na sociedade senhorial.

A sociedade senhorial era constituída por três ordens (sociedade tripartida): o Clero, a Nobreza e o Povo. A desigualdade social evidenciava-se nos dois grupos principais: os privilegiados, minoria constituída pelo clero e nobreza; e os não privilegiados, maioria da população, constituída pelos camponeses, artífices e pequenos comerciantes. Assim, as funções que cada ordem social desempenhava na sociedade eram distintas: o clero, que se dividia em Alto Clero (bispos, arcebispos e abades), que viviam nos mosteiros e Baixo Clero (monges e sacerdotes), que viviam junto das populações, tinha um papel importante e influente no dia-a-dia da sociedade, desempenhando funções religiosas, culturais e sociais, assentes na oração, no ensino, no auxílio aos desfavorecidos e na proteção do povo em tempo de guerra; a nobreza, formada maioritariamente por cavaleiros, defendia a população e lutava contra os inimigos do Rei; finalmente, o povo tinha a função de trabalhar para alimentar e suster os grupos privilegiados.

1.2.Indica os momentos fundamentais do contrato de vassalagem.

O contrato de vassalagem, impunha obrigações e direitos entre um suserano e o vassalo, unindo-os para sempre, criando relações entre toda a sociedade: o suserano tinha a obrigação de dar proteção e sustento ao vassalo e o direito de pedir serviços a este, tais como apoio económico, militar e conselhos; o vassalo tinha obrigação de ser fiel ao seu senhor, dando-lhe conselhos quando ele precisasse, apoio económico e militar, e tinha o direito de receber feudos (cargos ou terras). Estes contratos eram feitos segundo cerimónias religiosas, constituídas por três partes: a homenagem, em que o vassalo se ajoelhava perante o suserano; o juramento de fidelidade, em que o vassalo se comprometia a ser fiel; e a investidura, que consistia na entrega ao vassalo, de um objeto, símbolo do acordo efetuado e da entrega do feudo.

1.3.Menciona os direitos do Clero e da Nobreza.Em troca dos serviços que o clero prestava ao rei, e do apoio que dava à população, e devido à religiosidade da época, este grupo obtinha prestígio social, poder económico e privilégios, sendo um dos grupos sociais com mais direitos: recebia grandes doações de terras e outros bens; exercia altos cargos administrativos, não pagava impostos, cobrava rendas e benefícios aos camponeses que habitassem as suas terras e tinha tribunais próprios. Por sua vez, a nobreza, muitas vezes composta por aristocratas guerreiros, ganhou prestígio durante o período de guerras, e possuía grandes propriedades (herdadas dos antepassados ou concedidas como benefícios pelo rei, por serviços prestados), o que lhe conferia muito poder, privilégios e direitos: não pagava impostos, tinha tribunais próprios, aplicava justiça e cobrava impostos à população que vivesse nas suas terras, e tinha o direito de usar armas e possuir cavalos.

1.4.Refere quais as obrigações dos colonos e dos servos.Na Idade Média, o povo constituía a maioria da população, sendo que os camponeses eram o maior grupo. Os camponeses podiam ser livres (colonos) ou não-livres (servos). Os camponeses viviam e trabalhavam nos senhorios e pelas terras que explorassem, eram obrigados a pagar rendas e serviços (as corveias); já pelo uso do moinho, forno ou lagar, tinham de entregar parte da produção ao senhor (as banalidades). Os servos trabalhavam na reserva e serviam nos castelos ou mosteiros, dependendo da autorização do senhor, para sair do senhorio ou mesmo para se casarem.

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1.5.Saber a composição de um domínio senhorial.O domínio senhorial era constituído por duas partes: a reserva explorada diretamente pelo senhor, onde se encontrava o castelo ou mosteiro, e o manso, que era uma pequena extensão de terra arrendada pelo senhor a camponeses, que a podiam explorar.

Parte II

2.1. Indica o nome da religião fundada por Maomé.O nome da religião fundada por Maomé é o Islamismo.

2.2. Menciona os princípios do Islamismo.Os princípios do islamismo são: ter fé em Alá; orar cinco vezes por dia, voltado para Meca, a cidade santa; jejuar durante o Ramadão; fazer uma peregrinação a Meca, pelo menos uma vez na vida; e praticar a dádiva da esmola.

2.3. O que entendes por “guerra santa”.A “guerra santa” é uma guerra travada pelos muçulmanos contra os infiéis, em nome de Alá, como estratégia de difusão da fé islâmica.

2.4. Refere os contributos deixados pelos muçulmanos na Península Ibérica.Os contributos deixados pelos muçulmanos na Península Ibérica foram: na agricultura, o cultivo de novos produtos, tais como a laranjeira e a oliveira, o aproveitamento da água dos rios para mover moinhos, as técnicas de irrigação, a abertura de poços e a utilização da nora para retirar água dos poços; nas ciências, o desenvolvimento da medicina (descoberta do sistema nervoso central), da matemática (introdução dos algarismos árabes e do zero), da astronomia e da navegação (introdução dos instrumentos de marear, como a bússola e o astrolábio); na filosofia, história e teologia, os tratados escritos; na língua, os livros de poesia, traduções de autores gregos e romanos, e a introdução no latim de vocábulos árabes, como “azeite” e “xarope”); e na arquitetura, a construção de palácios, fortificações, torres e mesquitas (a Torre da Giralda, em Sevilha; a Mesquita de Córdova; a fortificação de Sintra), e a introdução de elementos como os arcos de ferradura e técnicas como o mosaico (que culminou na tradição do azulejo).

2.5. Mencionar os nomes dos reinos cristãos que se formaram a partir dos séculos XI e XII.Os reinos cristãos que se formaram a partir dos séculos XI e XII foram: o Reino de Leão e Castela, o Reino de Navarra, o Reino de Aragão e os Condados Catalães.

2.6. Saber cronologicamente o processo da formação de Portugal.868 – Conquista de Portucale (Porto).1064 – Conquista de Coimbra. 1096 – Afonso VI doa o Condado Potucalense a D. Henrique.1128 – Batalha de S. Mamede – D. Afonso Henriques enfrenta a mãe, D. Teresa, passando a governar o Condado Portucalense.1139 – Batalha de Ourique – D. Afonso Henriques passa a usar o título de rei.1143 – Tratado de Zamora – Afonso VII, rei de Leão e Castela, reconhece o título de rei a D. Afonso Henriques.1179 – Bula Manifestis Probatum – O Papa Alexandre III reconhece a Independência de Portugal.

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1249 – D. Afonso III conquista o Algarve.1297 – Tratado de Alcanises – D. Dinis fixa as fronteiras de Portugal.

Parte III

3.1. Menciona quais foram os progressos técnicos que surgiram na agricultura e nos transportes no século XII e XIII.Os progressos técnicos que surgiram na agricultura e nos transportes no século XII e XIII foram: na agricultura, o desenvolvimento da metalurgia (que proporcionou a utilização de ferro nos instrumentos agrícolas, como a charrua, a foice e as enxadas), a utilização do jugo nos bois e uso de ferradura e coelheira nos bois e cavalos, o afolheamento trienal (rotação de culturas e emprego do pousio), a adubação com estrume de animais, a construção de moinhos de água e vento (para moagem mecânica de cereais); nos transportes terrestres, a atrelagem em fila e o uso de ferradura e coelheira nos animais, e nos transporte marítimos, utilização do leme fixo à popa dos barcos e o recurso à bússola, astrolábio e portulanos que facilitava a orientação.

3.2. Qual o nome do documento que criava uma feira.O nome do documento que criava uma feira era a carta de feira, passada pelo rei, que continha os direitos e deveres dos feirantes. 3.3. Refere qual a importância das feiras.As feiras era importantes, pois formavam os centros de trocas comerciais, o ponto de encontro das populações e local de convívio e diversão, ao mesmo tempo que promoviam o intercâmbio cultural.

3.4. Define concelho.Um concelho é uma comunidade de homens livres que habitava uma determinada região e têm organização própria.

3.5. Refere os motivos pelo qual eram criados os concelhos.Os concelhos eram criados com a finalidade de povoar territórios, explorá-los e defendê-los.

3.6. Diz o nome do documento que criava um concelho e o que este estabelecia.O nome do documento que criava um concelho era a carta de foral, que estabelecia os direitos dos habitantes do concelho, os impostos, penas e multas por eles a pagar e as regras para utilização das terras em comum (terras comunais).

3.7. Refere as medidas tomadas pelos reis para fortalecerem o seu poder.As medidas que os reis tomaram para fortalecerem o seu poder foram as inquirições, as confirmações e as leis de desamortização.

3.8. Diz o que são cortes. Cortes são assembleias gerais convocadas pelo rei, onde estão presentes os representantes da nobreza, do clero e do povo, para resolverem os problemas do reino. São assembleias de caráter consultivo, em que o rei tem sempre o poder de decisão.

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3.9. Identificas a s principais rotas do comércio marítimo europeu no século XIII.As principais rotas do comércio marítimo europeu no século XIII eram o Oceano Atlântico, o Mar do Norte, o Mar Báltico, o Mar Mediterrâneo e o Mar Negro.

3.10. Menciona os principais centros de comércio Europeu do século XIII.Os principais centros de comércio Europeu do século XIII eram a Península Báltica, nomeadamente os entrepostos de Veneza, Génova e Florença; as cidades do norte da Europa, no Báltico (que formavam a Liga Hanseática); e Bruges, na Flandres.