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Casos práticos nas organizações GUIA PRÁTICO DO E-LEARNING Coordenação de: Paula Peres Anabela Mesquita Pedro Pimenta Paula Peres Como transformar um curso presencial num curso online Aprenda com as experiências de e/b-learning nas organizações Compreenda os conceitos relacionados com o e/-b-learning

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Casos práticos nas organizações

GUIA PRÁTICO DO

E-LEARNINGA economia global é caracterizada por mudanças estruturais e pessoais que conduzem a novos mo-delos ubíquos de ensino/aprendizagem. O tempo de processamento de informação e aprendizagem é breve. Novos serviços e produtos emergem num ritmo alucinante. As competências tornam-se ra-pidamente obsoletas, conduzindo à constante necessidade de aprendizagem, transformando os eventos formativos em contínuos processos educativos. A formação just-in-time torna-se um elemento crítico para o sucesso de uma organi-zação. O rápido desenvolvimento das tecnologias na educação tem facilitado a resposta a estas ne-cessidades. O ensino / aprendizagem tem tomado lugar fora das tradicionais instituições e ambien-tes formativos. Este contexto desafia as organi-zações a encontrar soluções de como utilizar as tecnologias como suporte à formação formal e informal, dentro e fora das organizações.

Esta obra dirige-se aos gestores de empresas, profissionais da formação, das diversas áreas de conhecimento, incluindo gestores da formação, formadores, consultores e todos que estejam de alguma forma envolvidos nos processos de for-mação.

Coordenação de:

Paula Peres • Anabela Mesquita • Pedro Pimenta

PAULA PERESDoutorada e pós-doutorada na área das tec-nologias educativas, Mestre em Informática e Licenciada em Informática-Matemáticas Aplicadas. É coordenadora da Unidade de e--Learning do Politécnico do Porto (e-IPP). É responsável pela Unidade de Inovação em Educação (UIE) do Centro de Investigação em Comunicação e Educação (CICE) do ISCAP/IPP e diretora do curso de pós-graduação em Tecnologias para a Comunicação e Inovação Empresarial, em regime de b-learning do IS-CAP/IPP. Participa em vários projetos nacio-nais e internacionais na área do e-Learning.

GUIA PRÁTICO DO

E-LEARNING

Paula Peres A

nabela Mesquita

Pedro Pimenta

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PEDRO PIMENTALicenciado em Engenharia Química pela Universidade do Porto e Doutorado em Con-trolo de Processos na mesma Universidade (1997). Desempenha atualmente as fun-ções de professor auxiliar no Departamento de Sistemas de Informação da Universidade do Minho. Os seus interesses de investiga-ção centram-se nos papéis que os sistemas de informação têm vindo a desempenhar nos processos formais de aprendizagem no ensi-no superior, nas suas dimensões técnica, pe-dagógica, organizacional e sociopolítica.

ANABELAMESQUITAProfessora e Vice-Presidente do ISCAP/IPP, membro do Centro de Investigação Algoritmi da Universidade do Minho e Diretora do Cen-tro de Investigação em Comunicação e Edu-cação (CICE) do ISCAP. Diretora do Mestrado em Assessoria de Administração do ISCAP. Coordenadora de projetos europeus. Publicou diversos livros e artigos em publicações pe-riódicas e atas de conferências. Membro do Comité Científico de conferências e Editora--Chefe do International Journal of Technology and Human Interaction e Editora Associada do Information Resources Management Journal.

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ÍNDICE GERAL

ÍNDICE GERAL

INTRODUÇÃO ................................................................................................... 7

PARTE I – CONTEXTO E INTRODUÇÃO ......................................................... 9

1.1 Resenha, importância e aplicações do Ensino a Distância .......................... 9

1.2 Terminologia do e-Learning ........................................................................ 16

PARTE II – KIT E-LEARNING

2.1 Introdução ao capítulo ................................................................................ 33

2.2. Ferramentas de Comunicação síncrona ................................................... 35

2.3. Ferramentas de Comunicação assíncrona................................................ 37

2.4. Ferramentas de Produção de Conteúdos ................................................. 38

2.5. Ferramentas de Publicação/Partilha de Conteúdos .................................. 41

PARTE III – CASOS DE E-LEARNING

Práticas de e-Learning: Uma Visão Geral ........................................................ 47

Building (e-)Learning Bridges: uma visão europeia das barreiras ao e-Learning ...54

e-IPP – Unidade de e-Learning do Politécnico do Porto ................................. 71

e-Learning UMinho 2020 .................................................................................. 88

Conceção de Conteúdos para e-Learning: Estudo de Caso do Curso “Fundamentos de Inferência Estatística” .............................................................96

Curso Online: Fundamentos de Inferência Estatística ................................... 101

A formação a distância no Ensino Superior – o caso do ISCAP .................... 121

Estratégias de formação no projeto de Ensino a Distância da Universidade de Coimbra .......................................................................... 132

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MOOC no Instituto Politécnico do Porto – Um novo formato de ensino a distância ......................................................................................................144

Plataformas de conferência online: o caso da BigBlueButton ........................ 159

PARTE IV – CASO DE ESTUDO

Do presencial para online: O caso do curso de controlo de gestão nas PME .. 169

Etapa I – Análise do ambiente de formação ................................................... 186

Etapa II - Desenho do Ambiente de Formação .............................................. 188

Etapa III – Desenvolvimento do Ambiente de Formação ............................... 194

Epata IV – Implementação ............................................................................. 197

Etapa V - Avaliação ........................................................................................ 198

PARTE V - TENDÊNCIAS EMERGENTES

e-Learning: Tendências Emergentes .............................................................. 201

Leituras sugeridas .......................................................................................... 218

Timeline Tecnológico sobre o ensino a distância ........................................... 219

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INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO

A economia global é caracterizada por constantes mudanças estruturais e pes-soais que conduzem a novos modelos ubíquos de ensino/aprendizagem. O tempo de processamento de informação e aprendizagem é “breve”. Novos ser-viços e produtos emergem num ritmo alucinante. As competências tornam-se rapidamente obsoletas, conduzindo à constante necessidade de aprendizagem, transformando os eventos formativos em contínuos processos educativos. A for-mação just-in-time torna-se um elemento crítico para o sucesso de uma organi-zação. O rápido desenvolvimento das tecnologias na educação tem facilitado a resposta a estas necessidades. O ensino / aprendizagem tem tomado lugar fora das tradicionais instituições e ambientes formativos. Este contexto desafia as organizações a encontrar soluções de como utilizar as tecnologias como suporte à formação formal e informal, dentro e fora das organizações.

A consciência desta realidade impulsionou a criação desta obra, “Guia prático do e-Learning”, que é dirigida a todos os que procuram uma solução de for-mação atual, inovadora, adaptada às reais necessidades organizacionais e que seja compatível com os ritmos de trabalho e de tempo cada vez menos estrutu-rados e mais abertos à sociedade do conhecimento. Encontrar-se-á nesta obra opções para a gestão de conhecimento e aprendizagem organizacional, assim como sugestões para a formação just-in-time.

Esta obra dirige-se, também, aos profissionais da formação, que, tradicional-mente, oferecem cursos presenciais e que pretendem recorrer às tecnologias web para a inovação dos processos, para a criação de ambientes inclusivos que lucrem com a diversidade, numa abertura a uma sociedade em rede, pro-movendo a flexibilização do tempo e modos de aprendizagem, tendo em conta pedagogias centradas no formando e adaptadas aos diferentes estilos e ritmos de aprendizagem individuais.

Não se pretende com esta obra uma leitura sequencial; a não linearidade preten-de potenciar um rápido acesso a conhecimento específico e promover ligações cognitivas adaptadas a reais e concretas necessidades.

Esta obra inicia-se com uma visão global que enquadra as tecnologias da infor-mação e o ensino a distância (Parte I – Contexto e Introdução). No progresso para o estudo do e-Learning organizacional importa, previamente, clarificar a terminologia associada. Esta clarificação proporciona o suporte ao estudo do e-Learning nas organizações (Parte II) e oferece um breve retrato da realidade nacional no que concerne às práticas de e-Learning.

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No sentido de auxiliar as organizações a construírem as suas próprias solu-ções de aprendizagem organizacional e considerando as atuais ferramentas e aplicações web, surge o Kit e-Learning – Boas práticas. Neste capítulo, são apresentadas algumas das ferramentas web mais utilizadas especificamente: ferramentas de comunicação síncrona e assíncrona, ferramentas de produção de conteúdos, ferramentas de partilha e publicação de conteúdos. Este capítulo é desenvolvido em colaboração com peritos na área do e-Learning e inclui um conjunto de boas práticas que, estamos certos, servirão de inspiração e replica-ção em diferentes contextos.

A visão prática intrínseca a esta obra não estaria completa sem a inclusão de um guia sobre como transformar um curso de formação presencial para um am-biente de formação a distância, considerando os fatores críticos associados, nomeadamente a análise do contexto de formação, o desenho do ambiente de formação, o desenvolvimento dos conteúdos e da infraestrutura tecnológica, a implementação da formação e a avaliação de todo o processo. O Curso de con-trolo de gestão nas PME, oferecido pela Vida Económica, constitui um exemplo que poderá ser reproduzido e adaptado a diferentes contextos e culturas orga-nizacionais.

A par destas tecnologias, com vasta utilização e grande aceitação junto dos stakeholders, há, ainda, espaço para a reflexão sobre as Tendências Emer-gentes, como forças que desafiam a inovação nos ambientes de aprendizagem.

Esta obra termina com um conjunto de anexos úteis para consulta, nomeada-mente um glossário de termos e um timeline tecnológico.

Boas leituras!

Paula Peres

Anabela Mesquita

Pedro Pimenta

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PARTE I - CONTEXTO E INTRODUÇÃO

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PARTE I – CONTEXTO E INTRODUÇÃO

1.1 RESENHA, IMPORTÂNCIA E APLICAÇÕES DO ENSINO A DISTÂNCIA

Mesquita, ACICE – ISCAP / Politécnico do Porto

Email: [email protected]

Já muito se escreveu sobre a história do ensino a distância. Cientes desse facto, não poderíamos, no entanto, deixar de escrever aqui algumas linhas, que permi-tam a contextualização desta forma de levar o ensino às populações. Da análise histórica ressalta que o ensino a distância desenvolveu-se a par das ferramentas disponíveis a cada momento. Começou com o ensino por correspondência, onde se tirava partido dos correios, seguindo-se a formação com o recurso ao rádio e, mais tarde, à televisão. Finalmente, já mais perto do século XXI, assiste-se ao uso do computador e das telecomunicações, bem como da world wide web, para fazer chegar a formação a todos os cantos do mundo. Inicialmente, foram as mulheres, as pessoas de locais mais remotos e aqueles com mais dificuldade na locomoção que tiraram maior partido desta oportunidade. Hoje, este tipo de formação é aproveitada por todos, sem constrangimentos de tempo, local, bar-reiras físicas, geográficas ou políticas.

Nos parágrafos abaixo apresenta-se uma breve resenha dos principais marcos históricos da evolução do ensino a distância.

O primeiro registo de um curso a distância data de 1840, tendo sido concebido por Sir Isaac Pitman, que organizou o primeiro curso por correspondência em In-glaterra. O objetivo do curso era ensinar estenografia. Esta forma de escrita sim-bólica foi desenhada para aumentar a velocidade da escrita e foi muito popular entre secretárias, jornalistas e outros profissionais que necessitavam de tomar notas. Os cursos por correspondência podem ser considerados como os pionei-ros do ensino a distância. A aprendizagem por correspondência tornou possível a participação na formação daqueles que estavam geograficamente distantes dos grandes centros.

Ainda no século XIX, nos Estados Unidos (1873), Anna Ticknor criou uma so-ciedade que encorajava o prosseguimento dos estudos a partir de casa com o objetivo de dar formação às mulheres de todas as classes sociais. Este esforço permitiu que mais de 10 000 pessoas, durante 24 anos, tivessem acesso a for-mação. Os materiais impressos eram enviados por correspondência.

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A University of London foi a primeira a oferecer cursos a distância, estabelecendo o seu primeiro programa em 1858. Nos Estados Unidos estes cursos surgem em 1874, na Illinois Wesleyan University onde os graus podiam ser obtidos sem a presença obrigatória do aluno. Esta ideia ganhou força com o movimento Chau-tauqua (1882), que preconizava a deslocação de docentes no território (mobili-dade) para ensinar e partilhar informação. Esta também pode ser considerada uma das primeiras formas de ensino a distância, uma vez que as pessoas tinham acesso a oradores e a informação que de outra forma não estaria disponível.

Alguns anos mais tarde (1883), foi fundada a Universidade por Correspondên-cia na Cornell University, apesar de nunca ter estado operacional. O primeiro reconhecimento oficial de formação por correspondência aconteceu entre 1883 e 1891, pelo Chautauqua College of Liberal Arts. Esta instituição estava autori-zada, pelo estado de Nova Iorque, a conceder graus académicos a quem tivesse completado com sucesso as formações dos Institutos de Verão ou através de correspondência, nos anos atrás referidos.

Em 1990 os cursos por correspondência começaram a ganhar popularidade, trazendo com eles problemas relacionados com a qualidade dos mesmos, bem como práticas éticas. Isto deu origem, em 1926, à formação do National Home Study Council (NHSC), constituído para resolver este tipo de questões. A acre-ditação dos programas a distância oferecidos pelos colégios e universidades foram o foco de trabalho da National University Extension Association a par-tir de 1915. Em 1910 surge o primeiro catálogo de filmes educacionais. E em 1911, um pouco por todo o mundo, as universidades começam a oferecer cursos por correspondência, sobretudo a populações rurais / do interior. Na Austrália, a University of Queensland criou o seu primeiro Departamento de Estudos por Correspondência.

A invenção da rádio com fins educacionais, em 1920 e o advento da televisão, em 1940, criaram novas e importantes formas de comunicação e sua aplicação na educação a distância. E em 1953 surge o primeiro programa educacional divulgado por televisão. Em 1954 foi inventada a primeira máquina que “ensina-va”. Em 1956 desenvolveu-se um projeto que procurava analisar a viabilidade e interesse de formação que combinasse a divulgação de informação usando a televisão e o estudo por correspondência.

Nos anos 60 e 70 dá-se um desenvolvimento de alternativas ao ensino tradi-cional. Aparece o primeiro programa de formação para computador – PLATO – Programmed Logic for Automated Teaching Operations (1960). Em 1969 cria-se a ARPANET. Em 1971 o ensino a distância expande-se no Reino Unido com o lançamento da Open University. A primeira Open University nos Estados Unidos

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PARTE I - CONTEXTO E INTRODUÇÃO

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foi a New York State’s Empire State College (NYSES). No Canadá foi a Atha-basca University. Seguiu-se a Universidade Aberta de Espanha (1972) e a da Alemanha (1974).

Em 1976 o número de universidades e oferecer cursos a distância aumenta. A University of Phoenix, Arizona, é uma das pioneiras e na primeira década do século XXI tornou-se na maior universidade privada do mundo, com mais de 400 000 estudantes.

Nos anos 70 e 80, dá-se a introdução do conceito de “ensino a distância”, que coloca novos desafios ao ensino tradicional, forçando uma análise e redefini-ção do local de estudo. Ainda nos anos 70 e 80, começou a usar-se o cabo e o satélite no ensino a distância. Assiste-se ao aumento no número de mulheres que participam em cursos a distância, contribuindo para o seu crescimento. A participação das mulheres no ensino a distância está diretamente relacionada com alterações sociais e políticas do papel das mulheres na família e sociedade, mudanças tecnológicas no local de trabalho, bem como do próprio mercado de trabalho e oportunidades.

O desenvolvimento da comunicação via computador permitiu que, nos anos 80 e 90, muita gente tivesse acesso a computadores ligados através das linhas telefónicas facilitando a comunicação entre professores e alunos. O primeiro MAC aparece em 1980, permitindo que os indivíduos tivessem computadores em casa, facilitando a aprendizagem. Na década seguinte desenvolvem-se os ambientes de aprendizagem virtuais. Na década de 2000 as empresas começam a usar o ensino a distância (e-Learning) para formar os seus funcionários.

O Sakai Project, em 2004, prometia desenvolver um ambiente de aprendizagem colaborativa em open source, para o ensino superior. Em 2005, em janeiro, a EADTU – European Association of Distance Teaching Universities – lança o pro-jecto E-xcellence (http://e-xcellencelabel.eadtu.eu/) com o apoio do e-Learning Programme of the European Commission (DG Education and Culture), para criar um padrão de qualidade no e-Learning. Este projeto conta com a colaboração de 13 parceiros da cena europeia de ensino superior e e-Learning. Foi, também, lançado o projecto SEEQUEL – European Foundation for Quality in e-Learning (SEEQUEL, 2004).

Em 2008 aparece o primeiro MOOC – Massive Open Online Course –, intitulado Conectivismo e Conhecimento Colectivo, para 25 alunos pagantes da Universi-dade de Manitoba (Canadá) e para outros 2300 estudantes que puderam partici-par no curso gratuitamente pela internet. A Universidade de Stanford, em Outubro de 2011, lança três cursos, tendo cada um deles alcançado a marca de 100 000

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inscritos. Como consequência deste sucesso, Daphne Koller e Andrew Ng dão início ao Coursera (https://www.coursera.org/). Posteriormente, o Coursera avança com parcerias com diversas universidades, incluindo as Universidades da Pensilvânia, de Princeton e de Michigan. Algum tempo depois, o MIT lança a plataforma sem fins lucrativos MITx. A Universidade de Harvard apoia a iniciativa e junta-se ao projeto, que passa a chamar-se edX (https://www.edx.org/). Em novembro de 2011 foi lançado o EduKart na Índia. O site oferece cursos, apoio de peritos e webinars interactivos (seminários online onde é possível a interação entre formador e formandos e entre formandos).

A explosão dos MOOCs foi tão grande que o New York Times designou o ano 2012 como o “Ano dos MOOCs” (http://www.nytimes.com/2012/11/04/edu-cation/edlife/massive-open-online-courses-are-multiplying-at-a-rapid-pace.html?pagewanted=all&_r=0). Surgiram diversas iniciativas, alavancadas por in-vestimentos e associações com universidades bem conceituadas. Exemplos são o Coursera, Udacity e edX, como referidos anteriormente.

Em novembro de 2012 é lançado o primeiro MOOC voltado para o ensino médio, lançado nos Estados Unidos, pela Universidade de Miami. Nesta época, o We-dubox (http://wedubox.com/), o primeiro MOOC em espanhol, avança, contando com mais de 1000 professores. Na Europa, em fevereiro de 2012, um grupo de ex-funcionários da Nokia, na Finlândia, lançaram o Eliademy.com, com base no open source do ambiente de gestão da aprendizagem Moodle (https://moodle.org/?lang=pt). Mais tarde, no Reino Unido, a Open University lança o primeiro fornecedor de MOOC britânico, o Futurelearn (https://www.futurelearn.com/).

A 15 de março de 2012, investigadores da Universidade Politécnica de Madrid lançam, com sucesso, o primeiro MOOC espanhol, intitulado de Crypt4you (http://www.crypt4you.com/). O Iversity (https://iversity.org/) é o MOOC avançado pela Alemanha. Com mais de 82 000 alunos inscritos o curso “The future of Storyte-lling” é o curso em formato MOOC maior a nível europeu. Entretanto, a União Europeia financia o desenvolvimento do OpenupEd (http://www.openuped.eu/), que é uma plataforma supranacional. Em janeiro de 2013 o Udacity lança o pri-meiro MOOC-para-crédito em colaboração com a Universidade de San Jose. Em maio a empresa anuncia o primeiro mestrado totalmente em formato MOOC, resultante da parceria entre a Udacity, At&T e o Georgia Institute of Technology, com um custo de $7000, o que representa uma pequena fração do custo normal de um curso semelhante em regime presencial.

Em maio de 2013 o Coursera anuncia e-books gratuitos para alguns dos cursos em parceria com a empresa Chegg (http://www.chegg.com/). Em junho de 2013 a University of North Carolina, em Chapel Hill, lançou a Skynet University, que

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PARTE I - CONTEXTO E INTRODUÇÃO

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oferece MOOCs sobre introdução à astronomia. Os participantes obtêm acesso à rede global da universidade de telescópios robóticos, incluindo os localizados nos Andes chilenos e na Austrália.

Em setembro de 2013, a edX anuncia uma parceria com a Google para desen-volver Open edX, uma plataforma em open source. A Google e a edX vão colabo-rar na investigação sobre a forma como os estudantes aprendem e sobre como a tecnologia pode transformar a aprendizagem e o ensino.

No final deste livro poderá encontrar uma timeline sobre a história do ensino a distância.

Nos parágrafos seguintes apresentam-se algumas das vantagens e dos incon-venientes do e-Learning, procurando evidenciar a perspetiva para cada um dos atores envolvidos – organizações, formadores e formandos.

ALGUMAS DAS VANTAGENS ASSOCIADAS AO E-LEARNING

Na perspetiva da organização, a principal vantagem a ser apontada é a dimi-nuição de custos pois não é necessário ter um espaço físico para receber os formandos, reduzindo, e em alguns casos, eliminando, custos fixos. Adicional-mente, a formação a distância pode ajudar a aumentar a rapidez de distribuição e atualização de conteúdos e aumentar o número de pessoas com acesso a formação.

Ainda sob a perspetiva da organização, a organização de cursos em e-Learning é mais barata, no sentido em que, a partir do momento em que se atinge o limiar de rentabilidade, estes cursos são virtualmente de graça. É claro que existem os custos do formador, mas, mesmo assim, estes acabam por ser mais baratos do que os das aulas tradicionais.

Para o formador, os materiais dos cursos de e-Learning são mais facilmente atualizados. De facto, os materiais podem ser atualizados e publicados nova-mente sem problemas de logística, exceto informar os alunos da existência de uma nova versão. E se para os formandos existe a facilidade de não ter que se deslocar para receber a formação, isto é igualmente verdade para o formador, que pode dar a formação a partir de qualquer local. A redução de custos com a deslocação também é uma realidade para o formador.

Para os formandos, a formação em e-Learning é mais flexível, permitindo organi-zar a agenda diária e os compromissos familiares, de forma a incluir a formação.

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Para além disso, dá-se uma redução do tempo e do custo das deslocações, Em alguns cursos, existe a possibilidade de os estudantes poderem selecionar os materiais de aprendizagem que vão ao encontro do seu conhecimento e interes-ses. Este tipo de formação permite, igualmente, uma mobilidade facilitada, pois os estudantes podem estudar em qualquer sítio, desde que tenham acesso ao computador e uma ligação à internet. Há, também, a possibilidade de personali-zação do percurso formativo: O formando define o seu próprio percurso formati-vo, escolhendo os módulos/matérias que pretende aprender; os módulos podem, igualmente, ser ajustados ao ritmo de aprendizagem de cada um. Uma outra das vantagens deste tipo de formação relaciona-se com o facto de poderem ser co-locados comentários e questões a qualquer momento, bem como ter acesso a conteúdos interativos, o que permite uma elevada interação entre o formando e o sistema (conteúdos e tutor); existe, também flexibilidade na participação em discussões que podem acontecer em qualquer momento. O e-Learning pode acomodar diferentes estilos de aprendizagem e facilita a aprendizagem através da realização de atividades de natureza diferente (visualização de vídeos, de apresentações, textos, entre outros).

O e-Learning permite, ainda, aumentar o conhecimento sobre a internet e as competências na utilização do computador, o que vai ajudar os estudantes nas suas vidas e carreiras. Completar com sucesso um curso em e-Learning ajuda a construir o autoconhecimento e a autoconfiança e motiva os estudantes a as-sumirem a responsabilidade pela sua aprendizagem. Refira-se, também, que o ensino a distância é um processo just-in-time: não é necessário armazenar conhecimento just-in-case, mas pode-se aprender de acordo com as necessida-des; além disso, os estudantes podem testar os seus conhecimento ou ver na diagonal materiais que já dominam e concentrar os seus esforços em áreas com nova informação e / ou competências. Este tipo de ensino também permite uma atualização constante:

y Os conteúdos disponíveis no sistema podem ser atualizados a qualquer momento, disponibilizando imediatamente novas versões. Adicionalmente, pode-se usar o e-mail para informar os formandos da respetiva atualização;

y Para além disso, se implementado corretamente, permite maior eficiência do processo de comunicação: a comunicação através do sistema de gestão do e-Learning (e-mail, fórum, chat tipo «dedo no ar», partilha de aplicações, etc.) obriga a uma maior sistematização das intervenções;

y Sempre importante, este tipo de formação tem um custo mais baixo: o baixo custo do acesso à Internet permite o desenvolvimento dos sistemas de ensino/aprendizagem através desta tecnologia. O custo mais baixo relaciona-se também com o facto de não se estar a usar sala de aula

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PARTE I - CONTEXTO E INTRODUÇÃO

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ou equipamento da escola. No que concerne a tecnologia disponível, com a largura de banda disponível atualmente para acesso à Internet é possível a utilização de áudio, animações, vídeo e realidade virtual (3D). Finalmente, refira-se que a formação em e-Learning pode conduzir a uma maior retenção de informação devido ao facto de se combinarem diferentes formatos para a mensagem (vídeo, texto, áudio, quizzes, interação, etc.).

É claro que, a par das vantagens enunciadas, a literatura revela a existência de inconvenientes relacionados com o e-Learning. Uma das primeiras referências é que este é um tipo de formato onde os estudantes com pouca motivação ou maus hábitos de estudo podem ficar para trás. Para além disso, sem as rotinas das aulas tradicionais, os estudantes podem ficar confusos ou “perderem-se” em relação às atividades do curso ou prazos. Os estudantes podem sentir-se isola-dos e há perguntas que são mais facilmente colocadas e respondidas frente a frente. Adicionalmente, os instrutores / formadores podem não estar disponíveis quando os estudantes precisam de ajuda. Apesar de tal situação também poder existir no presencial, nesta situação, normalmente existe um momento (aula) em que o formador está disponível ou então ter horário para atendimento. Online, exclusivamente, o formando pode ter mais dificuldade em conseguir aceder ao formador. Em relação à tecnologia, as ligações lentas à internet ou computador obsoletos podem causar frustração no acesso aos materiais. Refira-se, igual-mente, que a gestão de ficheiros e o software de aprendizagem online pode, por vezes, parecer complexo para estudantes com nível baixo de literacia digital. E no que concerne às simulações e ao trabalho em laboratório, estas são difíceis de simular numa classe virtual. Finalmente, há que ter em conta que o e-Lear-ning não é adequado a todos os estilos de aprendizagem, pelo que nem toda a gente gosta da experiência. Ainda é um desafio tornar apelativo o e-Learning para todos os perfis de formandos.

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1.2 TERMINOLOGIA DO E-LEARNINGAMBIENTES DE APRENDIZAGEM MEDIADA POR TECNOLOGIAS: ALGUNS CENÁRIOS

Joana Castro Fernandes Politecnico do Porto/ISCAP-CICE

[email protected]

INTRODUÇÃO

Tomorrow’s illiterate will not be the man who can’t read; he will be the man who has not learned how to learn.

(Toffler, 1970: 271)

A celeridade e a voragem dos tempos que vivemos conduzem-nos inelutavel-mente a uma forte valorização da prática. Teremos, no entanto, de reconhecer que toda a prática deve obedecer a uma teoria1. Assim, propomo-nos, com este mote, justificar a necessidade de uma breve incursão teórica que contextualize algumas dimensões da diversidade de cenários de aprendizagem que hoje se desenham, quer no plano da educação (no seu sentido mais canónico), quer no plano da formação empresarial.

Já todos nos apercebemos que a crescente complexidade comunicativa, semió-tica e tecnológica que vivemos deu lugar a formas de aprender e de ensinar que se afastam de um modelo – por vezes designado – paradigma de sala de aula2 e que pressupõe, em traços muito gerais, um processo educativo ancorado na presença física dos intervenientes num mesmo espaço formalmente organizado para o efeito, assim como numa assimetria clara de papéis, com centralidade para o professor – protagonista e regulador desse processo.

A verdade é que os contextos educativos de hoje não se restringem à escola – outrora, instituição por excelência dos processos de ensino e aprendizagem – sendo já lugar-comum afirmar que a presente conjuntura económica e a conse-quente instabilidade e competitividade laborais exigem uma actualização perma-nente de conhecimentos e de competências ajustados ao contexto profissional e às necessidades do mercado de trabalho, apelando ao tão divulgado conceito de aprendizagem ao longo da vida. Ademais, queiramos ou não, o tempo assume--se como um dos mais prementes factores críticos no desenvolvimento dos indi-víduos e das instituições.

1. Evocando o texto de Palavras Iniciais, publicado na Revista de Comércio e Contabilidade (nº 193/196), sob o título Fernando Pessoa e as Ciências Empresariais (1926:1).

2.Também designado residential based model. Cf. Shachar, M., & Neumann, Y. (2010).

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PARTE I - CONTEXTO E INTRODUÇÃO

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É, pois natural que, no quadro societal sucintamente descrito, os modelos radi-cados em ambientes de aprendizagem com recurso a tecnologias web assumam um cada vez mais notável protagonismo, quer no plano da educação quer no plano da formação.

Sendo este guia fundamentalmente orientado para a prática e, em particular, para o contexto empresarial, entendemos ser útil a inclusão de um capítulo de enquadramento teórico, no qual nos propomos, tanto quanto possível, sistemati-zar alguns dos mais divulgados macroconceitos relacionados com a aprendiza-gem mediada por tecnologias, partindo do pressuposto de que, tal como susten-tam Peres & Pimenta (2011a: 13):

A rede terminológica dos conceitos relacionados com os sistemas de aprendizagem mediados pelas tecnologias Internet (Web) é imensa e nem sempre muito clara.

Não se justificando, no âmbito desta obra, proceder a uma análise extensiva de tal rede, abordaremos fundamentalmente os conceitos que descrevem dife-rentes cenários de aprendizagem, incidindo sobretudo nas similaridades e nas dissimetrias entre ensino a distância, e-learning, b-learning e m-learning.

Já todos nos habituámos, quer nas mais correntes interações verbais do quotidiano, quer no domínio interno das áreas profissionais em que nos movemos, à presença pacífica, mas pululante, de estrangeirismos, em particular de anglicismos. Essa presença assídua no discurso permite que não só reconheçamos mas que também convivamos tranquilamente com termos e conceitos importados – de que e-learning, b-learning e m-learning são exemplo – tratando-os afavelmente como conhecidos de longa data, mas de quem afinal pouco sabemos.

Começaremos, pelas razões evocadas, por refletir sobre os conceitos de edu-cação a distância e de e-learning; sistematizaremos, de seguida, algumas di-mensões do conceito de b-learning e, por fim, abordaremos o conceito de m--learning.

1. EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA E E-LEARNING

Talvez deslumbrados pela novidade da tecnologia, muitos deciso-res esquecem que ela deve ser um mero mediador da transmissão

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GUIA PRÁTICO DO E-LEARNING

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de conhecimento e, de preferência, que não se deve dar por ela, ou seja, a tecnologia deve ser transparente ou inconspícua.

(Lima & Capitão, 2003: 5)

O desenho de soluções de ensino e aprendizagem e de formação sustentadas na flexibilidade geográfica e temporal encontra-se representado pela designa-ção genérica de educação a distância. Do ponto de vista diacrónico, tal como sustentam Lima e Capitão (2003), esta modalidade está obviamente ligada a um longo historial decorrente da crescente massificação das necessidades educa-tivas, que eclodiu, sobretudo, no contexto europeu, a partir da Primeira Grande Guerra, tendo ganho maior expressividade nos anos setenta do século XX e, naturalmente, atingindo um ponto alto a partir de meados dos anos noventa do mesmo século. Os objectivos de formação e de distribuição de conteúdos edu-cativos transcendendo as fronteiras temporais e espaciais terá sido, desde um primeiro momento, uma constante. Trata-se, pois, de um conceito abrangente, que pressupõe um modelo no âmbito do qual professor e aluno não se encon-tram fisicamente no mesmo local, operando-se a formação e a transmissão dos conteúdos educativos através da utilização de media que podem ou não ser tecnológicos. É esta conceção que encontramos em Moore & Kearsley:

The fundamental concept of distance education is simple enough: Students and teacher are separated by distance and sometimes by time. This contrasts with ancient tutorial, in which a teacher and an individual learner met at the same time and place /…/ and the more familiar contemporary model of instruction in a classroom, where a teacher talks to a group of learners all together at the same time in the same place.

(1996:1)

Todavia, de acordo com Shachar e Neumann (2010), o conceito de educação a distância (bem como as práticas que lhe estão subjacentes), descentrando-se gradualmente do seu enfoque inicial e principal – formação e distribuição de con-teúdos por intermédio de um medium tecnológico ou não –, e passou a valorizar a construção de modelos pedagógicos e de práticas metodológicas distintos do funcionamento presencial.

No contexto em análise, será importante relembrar que, no fim da década de no-venta do século XX, a explosão de uma infraestrutura tão poderosa como a inter-net provocou uma profunda metamorfose no funcionamento social e, como não poderia deixar de ser, os processos de ensino e aprendizagem não escaparam a essa transformação. A emergência de uma nova era de comunicação a distân-

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Casos práticos nas organizações

GUIA PRÁTICO DO

E-LEARNINGA economia global é caracterizada por mudanças estruturais e pessoais que conduzem a novos mo-delos ubíquos de ensino/aprendizagem. O tempo de processamento de informação e aprendizagem é breve. Novos serviços e produtos emergem num ritmo alucinante. As competências tornam-se ra-pidamente obsoletas, conduzindo à constante necessidade de aprendizagem, transformando os eventos formativos em contínuos processos educativos. A formação just-in-time torna-se um elemento crítico para o sucesso de uma organi-zação. O rápido desenvolvimento das tecnologias na educação tem facilitado a resposta a estas ne-cessidades. O ensino / aprendizagem tem tomado lugar fora das tradicionais instituições e ambien-tes formativos. Este contexto desafia as organi-zações a encontrar soluções de como utilizar as tecnologias como suporte à formação formal e informal, dentro e fora das organizações.

Esta obra dirige-se aos gestores de empresas, profissionais da formação, das diversas áreas de conhecimento, incluindo gestores da formação, formadores, consultores e todos que estejam de alguma forma envolvidos nos processos de for-mação.

Coordenação de:

Paula Peres • Anabela Mesquita • Pedro Pimenta

PAULA PERESDoutorada e pós-doutorada na área das tec-nologias educativas, Mestre em Informática e Licenciada em Informática-Matemáticas Aplicadas. É coordenadora da Unidade de e--Learning do Politécnico do Porto (e-IPP). É responsável pela Unidade de Inovação em Educação (UIE) do Centro de Investigação em Comunicação e Educação (CICE) do ISCAP/IPP e diretora do curso de pós-graduação em Tecnologias para a Comunicação e Inovação Empresarial, em regime de b-learning do IS-CAP/IPP. Participa em vários projetos nacio-nais e internacionais na área do e-Learning.

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Pedro Pimenta

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PEDRO PIMENTALicenciado em Engenharia Química pela Universidade do Porto e Doutorado em Con-trolo de Processos na mesma Universidade (1997). Desempenha atualmente as fun-ções de professor auxiliar no Departamento de Sistemas de Informação da Universidade do Minho. Os seus interesses de investiga-ção centram-se nos papéis que os sistemas de informação têm vindo a desempenhar nos processos formais de aprendizagem no ensi-no superior, nas suas dimensões técnica, pe-dagógica, organizacional e sociopolítica.

ANABELAMESQUITAProfessora e Vice-Presidente do ISCAP/IPP, membro do Centro de Investigação Algoritmi da Universidade do Minho e Diretora do Cen-tro de Investigação em Comunicação e Edu-cação (CICE) do ISCAP. Diretora do Mestrado em Assessoria de Administração do ISCAP. Coordenadora de projetos europeus. Publicou diversos livros e artigos em publicações pe-riódicas e atas de conferências. Membro do Comité Científico de conferências e Editora--Chefe do International Journal of Technology and Human Interaction e Editora Associada do Information Resources Management Journal.

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