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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DIRETORIA DE TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS PESQUISA ESCOLAR E INTERNET Coordenação de Educação a Distância Coordenação de Multimeios 1. INTRODUÇÃO Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses que-fazeres se encontram um corpo no outro. Enquanto ensino continuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquisa para constatar, constatando, intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade. (FREIRE, 1996:32) Na escola a pesquisa é uma prática comum para professores e alunos. Tal ação, apesar de corriqueira no campo educacional, ainda suscita muitos questionamentos, principalmente no que se refere aos caminhos de seu desenvolvimento. É possível perceber diferentes concepções e práticas na orientação e desenvolvimento da pesquisa na escola. Autores como (Demo, 2000; Bagno, 1998; Freire, 1996 e Gil, 1999) discutem a prática da pesquisa e defendem a importância desta ação pelos sujeitos no espaço escolar. Nesta perspectiva, o texto busca refletir sobre a necessidade de se fazer pesquisa na escola e a importância da presença do professor enquanto mediador deste processo. Para isso, apresentam-se dois espaços que podem potencializar o desenvolvimento da pesquisa escolar, biblioteca e a internet. O texto aborda ainda as seguintes temáticas: a necessidade e importância da pesquisa no espaço escolar, a prática da pesquisa escolar e a compreensão do professor sobre esta ação. 2 - O QUE É PESQUISA? Antes de destacarmos as definições de alguns autores sobre pesquisa escolar, é pertinente situar o que é pesquisa.

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Page 1: PESQUISA ESCOLAR E INTERNET - UFPR · PESQUISA ESCOLAR E INTERNET Coordenação de Educação a Distância Coordenação de Multimeios 1. INTRODUÇÃO Não há ensino sem pesquisa

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁSUPERINTENDÊNCIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

DIRETORIA DE TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS

PESQUISA ESCOLAR E INTERNET

Coordenação de Educação a DistânciaCoordenação de Multimeios

1. INTRODUÇÃO

Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses que-fazeres se encontram um corpo no outro. Enquanto ensino continuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquisa para constatar, constatando, intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade. (FREIRE, 1996:32)

Na escola a pesquisa é uma prática comum para professores e alunos. Tal ação, apesar

de corriqueira no campo educacional, ainda suscita muitos questionamentos, principalmente

no que se refere aos caminhos de seu desenvolvimento.

É possível perceber diferentes concepções e práticas na orientação e desenvolvimento

da pesquisa na escola. Autores como (Demo, 2000; Bagno, 1998; Freire, 1996 e Gil, 1999)

discutem a prática da pesquisa e defendem a importância desta ação pelos sujeitos no espaço

escolar.

Nesta perspectiva, o texto busca refletir sobre a necessidade de se fazer pesquisa na

escola e a importância da presença do professor enquanto mediador deste processo. Para isso,

apresentam-se dois espaços que podem potencializar o desenvolvimento da pesquisa escolar,

biblioteca e a internet. O texto aborda ainda as seguintes temáticas: a necessidade e

importância da pesquisa no espaço escolar, a prática da pesquisa escolar e a compreensão do

professor sobre esta ação.

2 - O QUE É PESQUISA?

Antes de destacarmos as definições de alguns autores sobre pesquisa escolar, é

pertinente situar o que é pesquisa.

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A etimologia do vocábulo pesquisa é oriunda do espanhol, que por sua vez, tem origem

no latim perquiro que significa: procurar; buscar com cuidado; procurar por toda parte;

informar-se, inquirir, perguntar; indagar bem; aprofundar na busca.

Mas como a pesquisa surge no contexto escolar?

2.1 - Definições sobre a pesquisa escolar

Muitas são as perspectivas apresentadas quanto à pesquisa escolar. Algumas tratam da

pesquisa como resposta a uma necessidade pessoal ou da comunidade onde se vive, outros a

concebem como ponto de partida, aprofundamento ou avaliação da aprendizagem, e há ainda

aqueles que compreendem a pesquisa pelo viés científico.

Para Rocha (1996),

[...] a pesquisa escolar é uma maneira inteligente de estudar e aprender. Não é, simplesmente, um trabalho que você faz para entregar ao professor. [...] É um jogo de perguntar e responder. A pesquisa é como um jogo no qual formulamos perguntas e nós mesmos temos que dar as respostas.

A indagação e o questionamento como base da pesquisa está também presente na fala

de Demo (1996, p.) que afirma que a pesquisa como atividade cotidiana deve partir de um

“questionamento sistemático crítico e criativo” e que intervenha significativamente na

realidade.

[...] Sendo assim, é possível afirmar que o trabalho realizado com o aluno pesquisador deve originar-se do questionamento, [...] a fim de concluir uma análise que se envolva além da superfície habitual, cabendo assim uma elaboração própria, individual e ou coletiva.

Demo (1996, p.) argumenta ainda que a educação de qualidade se concretiza quando “o

aluno se torna capaz de propor, de questionar”. Para despertar esse espírito na criança, ele

sugere muita pesquisa e incentivo à elaboração própria de cada aluno. Sendo assim, podemos

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concluir que durante o processo da pesquisa torna-se indispensável a orientação e o

acompanhamento atento do professor.

Para (Barato, 2010, p.) a pesquisa é um

[…] projeto de elaboração de respostas para perguntas relativas a situações que nos encantam. Ou seja, pesquisa nesse sentido não se esgota com o encontro de informações já elaboradas por outros. O que importa na pesquisa é a elaboração de novos conhecimentos (novos pelo menos para os pesquisadores que nela se engajam) a partir de perguntas decorrentes de um desejo apaixonante de saber.

Para Canen e Andrade, (2005), a pesquisa envolve um problema real, que deve ser

averiguado rigorosamente utilizando-se de critérios e métodos críticos, a fim de que os

resultados possam ser sistematizados e divulgados, segundo teorias reconhecidas e atuais.

De acordo com Almeida (apud MEDEL, 2000), a pesquisa escolar precisa ser

elaborada para que promova a autonomia do aluno, tornando-o capaz de desenvolver sua

criticidade e, assim, possa selecionar as informações relevantes à sua pesquisa, refletindo sob

os resultados obtidos, compreendendo os conceitos envolvidos, formulando e testando

hipóteses.

Em uma perspectiva mais científica, Gil (1999) diz que

[...] a pesquisa tem um caráter pragmático, é um processo formal e sistemático de desenvolvimento do método científico. O objetivo fundamental da pesquisa é descobrir respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos científicos.

Já Minayo (1993), sob um prisma mais filosófico, considera a pesquisa como atividade

básica das ciências na sua indagação e descoberta da realidade. É uma atitude e uma prática

teórica de constante busca que define um processo intrinsecamente inacabado e permanente. É

uma atividade de aproximação sucessiva da realidade que nunca se esgota, fazendo uma

combinação particular entre teoria e dados.

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Primeiro, é preciso distinguir a pesquisa como princípio científico e a pesquisa como

princípio educativo. Pretendemos tratar a pesquisa principalmente como pedagogia, como

modo de educar, e não apenas como construção técnica do conhecimento. (DEMO, 1996)

2.2 - Surgimento no Brasil

A difusão das idéias de John Dewey influenciou as ações de pesquisa escolar no Brasil

no início do século XX. A Didática da Escola Nova, na década de 30, considerava o ensino um

processo de pesquisa, que se iniciava a partir de um problema indicado pelo aluno. Segundo a

compreensão escolanovista, os assuntos a serem tratados pela escola deveriam ser

significativos e investigados pelo próprio aluno, a partir de suas indagações (CAMPELLO et.

all, 2008).

A partir dos anos 60 a pesquisa escolar no contexto educacional brasileiro passa a ser

influenciada pela psicologia genética, como forma de desenvolver o processo de construção do

conhecimento.

Ainda podemos encontrar subsídios em Milanesi (1985), Suaiden (1995) e Santos

(1989) que compreendem a pesquisa escolar como uma necessidade criada durante a Reforma

do Ensino de 1971 que, através da implantação da Lei 5.692, redimensionou toda a estrutura

do ensino e institucionalizou a pesquisa na escola como prática obrigatória, tornando-a um

dever tanto do professor como do aluno.

Surge então, a necessidade de se fazer pesquisa na e para a escola. Nesta concepção, a

pesquisa escolar seria o eixo do processo pedagógico, onde o professor elabora e coordena

situações de aprendizagem a partir do interesse dos alunos. Portanto, "há quase três décadas, a

pesquisa escolar foi incorporada ao ensino fundamental e médio como uma metodologia de

ensino voltada à ampliação e enriquecimento dos conteúdos curriculares" (Martucci,2000,

p.1), assumindo a importante função educacional na preparação do educando para uma

participação responsável na construção do saber.

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De acordo com Milanesi (1985), não foi pertinente a institucionalização dessa proposta

no cotidiano das escolas por dois fatores: os professores não possuíam conhecimento da

prática de pesquisa e a escola não estava preparada para atender à estas novas necessidades,

haja vista, por exemplo, a ausência de bibliotecas escolares. Ainda segundo o autor, não se

pode instaurar o desejo de pesquisar nos alunos se o professor não pesquisa. E as poucas

bibliotecas instituídas no contexto escolar não possuíam acervo adequado para as novas

demandas dessa proposta educacional.

Apesar disso, os alunos passam a freqüentar bibliotecas para cumprir a tarefa de

pesquisa imposta pela escola, realizando uma prática mecanizada, sem significado. O trabalho

da biblioteca e da escola não se integra. O acervo das bibliotecas não é adequado. O professor

acaba não freqüentando e não conhecendo esse espaço devido às pressões de seu cotidiano

escolar e os alunos acabam visitando as bibliotecas em busca de materiais que tratam o

assunto de forma mais sintetizada. (Silva, 1991).

De fato, poucos alunos freqüentam bibliotecas pelo simples prazer da leitura e da

escrita. Em geral, o fazem pela condição que lhes é imposta, no caso, a entrega de um

determinado trabalho e a nota como conseqüência desta atividade. Isso se deve também ao

fato de que poucas bibliotecas se encontram atualizadas em termos de publicações, além da

escassez de recursos tecnológicos de comunicação e informação disponíveis para acesso.

3. O problema da pesquisa escolar

A “cola” é muitas vezes a resposta merecida para a aula copiada. (DEMO,1996:38)

Apesar de concebida como uma ação importante na prática escolar, a pesquisa, aliada

ao uso de recursos tecnológicos, principalmente a Internet, é vista por muitos educadores

como algo pouco significativo ou ineficaz.

A expressão “pesquisa na internet” aparece como uma herdeira das pesquisas feitas num tempo em que os computadores ainda não eram uma ferramenta acessível de comunicação. Tal prática consistia em solicitar aos alunos elaboração de um trabalho – a “pesquisa” - que demandava busca de informação em livros. Já que a prática era muito disseminada, as

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editoras acabaram publicando enciclopédias com a promessa de que nelas os alunos poderiam encontrar tudo o que precisassem para seus trabalhos escolares.

As enciclopédias impressas ganharam a preferência de alunos e escolas por causa de sua organização. Nelas os assuntos eram introduzidos por verbetes apresentados em ordem alfabética. Assim, os estudantes teriam pouca dificuldade para encontrar informações necessárias para suas “pesquisas”. Outra característica das enciclopédias

eram as referências cruzadas, ou seja, um tratamento gráfico que destacava no texto – geralmente em negrito – outros assuntos nela publicados que poderiam ter alguma relação com o verbete em destaque. Assim, por exemplo, o verbete reunificação alemã, em parte apropriada fazia menção à unificação alemã. Dessa forma, o leitor dispunha de certo mapa de navegação que lhe permitia tecer relações entre assuntos. Porém, em raros casos os estudantes percorriam as referências cruzadas. O que queriam era encontrar informação suficiente para produzir um trabalho temático. Assim, é quase certo que as características de informação não seqüencial das referências cruzadas eram desconsideradas pelos alunos.

A descrição de enciclopédias aqui desenvolvida lembra o mecanismo de abridgment de livros que surgiu no começo do século passado. Tal mecanismo buscava abreviar (abridge) obras importantes para que os leitores tivessem uma idéia geral do assunto. A prática do abridgement é abordada numa obra essencial sobre a sociedade da informação que vem se constituindo desde a segunda metade do século XIX, The Image: A guide to pseudo-events in America, de Daniel Boorstin (199...). Segundo Boorstin, a necessidade de aumento do consumo de informação foi acompanhada por mecanismos de simplificação de conteúdos.

Nessa direção, obras importantes foram convertidas em livretos, sem qualidade literária, que buscavam apresentar informações superficiais sobre enredo e principais personagens. As enciclopédias escolares são herdeiras do abridgement. Elas, em poucas páginas, fornecem informações genéricas sobre fatos, situações, descobertas científicas e conceitos. Nada aprofundam. No seu horizonte está o desejo de facilitar a vida dos estudantes. Nela (as enciclopédias escolares), os estudantes passaram a encontrar versões resumidas de assuntos que antes precisariam buscar em obras mais robustas.

Com o advento da internet as enciclopédias caíram em desuso ou foram transferidas para arquivos eletrônicos que podem ser consultados on ou offline. Mas, mesmo digitalizadas, as velhas enciclopédias abriram espaço para obras selecionadas pelos buscadores da internet. Essas ferramentas de busca identificam e listam fontes de informação a partir de solicitação dos usuários. Com isso, os alunos não precisam mais de manipular umas poucas fontes impressas. O buscador relaciona boa parte do que está publicado na internet numa ordem que segue algum algoritmo que prioriza determinadas fontes de modo pouco transparente.

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Ao contrário de livros e de enciclopédias, as publicações que aparecem na internet não dependem de julgamento prévio para serem divulgadas. A publicação de informações na rede mundial de computadores é completamente livre. Qualquer pessoa, em tese, pode publicar em tal espaço. Por esse motivo, o acervo informativo da internet tem muitas matérias desprovidas de qualquer credibilidade. Mas, nem sempre é fácil determinar se uma informação naquele ambiente tem qualidade comprovada. Isso pode ter sérios reflexos nas pesquisas dos alunos.As pesquisas escolares em épocas passadas convertiam-se em volumosos trabalhos escritos à mão ou datilografados. Quase sempre, o texto apresentado pelos alunos era cópia daquilo que haviam encontrado em livros ou nas enciclopédias (em anos recentes estas últimas passaram a ser fonte quase que exclusiva para as pesquisas dos estudantes). De modo geral, esses compromissos dos alunos eram desenvolvidos sem qualquer entusiasmo. Por essa razão, a idéia de pesquisa presente em tais práticas não promovia interesse por investigação científica. A situação toda passava a mensagem de que pesquisa é um processo burocrático e livresco.

BARATO, JARBAS NOVELINO. Consultoria para produção textual “pesquisa escolar e internet”. 2010.

Muitos professores, na tentativa de resolver o problema da pesquisa elaborada a partir

da internet, solicitam trabalhos manuscritos, como se assim pudessem garantir que o aluno

realmente elabore seu trabalho sem copiá-lo da Internet. Alguns argumentam ainda que desta

maneira o aluno prática a ação de leitura do texto que está copiando e acaba "aprendendo o

conteúdo".

O professor precisa dialogar e discutir com os alunos o problema da cópia em

pesquisas. Esclarecer que a prática da cópia não gera aprendizado, e que o importante é a

obtenção do conhecimento e não apenas a entrega do trabalho escolar em dia. Por outro lado, o

aluno precisa conscientizar-se sobre a importância da pesquisa em sua vida, compreendê-la

como uma ação significativa para a apropriação do conhecimento.

4- Espaços escolares para pesquisa

4.1 - Internet Quando os educadores começaram a usar a palavra pesquisa para designá-la como a

"base da educação escolar", certamente, não imaginavam que o surgimento da Internet

promoveria a universalização da informação:

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Com o auxílio dessa tecnologia qualquer estudante teria acesso às bibliotecas de todo o mundo para pesquisar sobre umdeterminado assunto, assim como a grupos de interesse nos quais milhares de pessoas debatem diversos temas". (Macedo, 1999, p. 52)

A cada dia aumenta o número de alunos que passam a utilizar a Internet como fonte de

pesquisa para elaboração de trabalhos escolares. Antes da década de 60, quando a Internet

ainda não existia e o processo de comunicação não era tão rápido, as informações nem sempre

pareciam ser tão atuais e nem sempre chegavam até nós em tempo real. Hoje as informações

chegam simultaneamente às pessoas. O mundo se comunica de muitas formas utilizando-se

dos modernos recursos destinados a esta ação. O mundo virtual se torna real em nosso

cotidiano.

Macedo (1997, p. 52) afirma que:

As vantagens de acesso mais rápido ao conhecimento e de redução do espaço requerido para o armazenamento do material têm feito com que os bancos de dados computadorizados se transformem no instrumento ideal de pesquisa. A possibilidade de comunicação remota dos dados contidos nesses bancos, através de redes internacionais como a Internet, faz com que a contribuição da máquina à pesquisa seja ainda maior... Parece-nos ser essa a utilização mais promissora do computador na escola.

As ferramentas de busca, recursos disponibilizados na Internet, permitem aos alunos

encontrar de forma rápida e eficiente tudo o que necessitam quando estão elaborando uma

pesquisa escolar. Apesar do vasto universo de informações encontrado nestes espaços, poucos

professores fazem realmente um uso efetivo destes recursos, e deixam de planejar trabalhos de

pesquisa que envolva de maneira significativa o uso das tecnologias de informação e

comunicação.

O resultado que se tem é o que podemos verificar em diversos estudos sobre o uso da

internet nas pesquisas escolares, ou seja, a crítica sobre o uso irresponsável deste recurso no

campo educacional. Pesquisas apontam que a internet apenas facilitou a prática do conhecido

“CTrl+c+CTrl+v” já disseminada com o uso das enciclopédias.

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Apesar de muito discutido por professores, a prática de “copiar e colar” é muito

comum entre alunos e, muitas vezes, de difícil identificação para os próprios professores.

Neste caso temos uma situação preocupante que diz respeito à necessidade de se planejar

melhor a solicitação de um trabalho de pesquisa escolar aos alunos. Para isso, é necessário que

educadores vislumbrem o caminho que será traçado pelo aluno na intenção de orientá-lo e

acompanhá-lo durante o processo.

Não devemos e nem podemos impedir o uso da Internet nas pesquisas escolares.

Porém, torna-se necessário utilizá-la de maneira consciente e significativa. É necessário

educar os alunos para o uso desta ferramenta. Sendo assim, o aluno precisa dispor de várias

fontes para buscar informações sobre o tema a ser abordado e precisa saber como fazer isso.

Daí a importância da orientação e mediação do professor neste processo.

5 - Algumas Bases de busca

5.2.1 - Portal Dia-à-Dia Educação

Dia a dia Educação - http//www.diaadiaeducacao.pr.gov.br

http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/

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O Portal dia a dia educação conta com um acervo multimídia disponível para alunos e professores da rede pública estadual de ensino. São imagens, áudio, vídeos e animações das quais os professores e alunos podem realizar download ou apenas visualizá-los em computadores. Esse material faz parte do acervo da TV Multimídia, e pode ser acessado no seu site específico.

Dentre os conteúdos, podemos encontrar vídeos institucionais, vídeos de palestras com professores especialistas convidados, manuais, apostilas e tutoriais sobre diversos assuntos.

Temas atuais

Com o intuito de levar aos leitores temas atuais diversos, e assim despertar o senso

crítico, o Portal conta com a página de temas Atuais. Nesta página são disponibilizados os

mais diversos assuntos referentes à atualidade.

http://www.diaadia.pr.gov.br/temasatuais/

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Consulta Escola

O portal Dia-a-dia Educação conta com um recurso que permite consultar diversos

dados referentes às escolas do Estado do Paraná. Alguns dos dados que podem ser acessados

são: quantidade de merenda recebida pela escola, dados de professores e suas disciplinas,

turmas e número de alunos matriculados, calendário escolar, entre outros.

http://www4.pr.gov.br/escolas/frmPesquisaEscolas.jsp

Fera com Ciência Uma iniciativa de incentivo à pesquisa escolar diz respeito o projeto Fera com

Ciência, um evento que reúne alunos de diferentes escolas estaduais para apresentação de

pesquisas na área científica e tecnológica, realizadas durante o período letivo.

Disponível em: http://www.diaadia.pr.gov.br/ciac/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=3

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5.2.2 - Outros espaços

Há espaços virtuais institucionais como o banco central, IBGE, que podem ser

explorados por professores do ensino fundamental e médio, como apoio ou complementação

aos conteúdos trabalhados em sala de aula. Neste momento faremos algumas indicações sobre

estes sites e portais hipertextuais e multimidiáticos.

Portal do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

O Portal do IBGE conta com um conteúdo disponibilizado especialmente para alunos,

o IBGE TEEN. Neste espaço os alunos podem realizar download dos materiais e visualizarem

mapas e dados estatísticos. O design do site é pensado no uso para jovens:

http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/index.htm

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Portal do Banco Central

O Banco Central disponibiliza um dedicado à pesquisa escolar, tendo como público-

alvo jovens estudantes. O Portal conta com conteúdos disponíveis para downloads, como, por

exemplo, moedas de outros países, galeria virtual e uma área dedicada, entre outros.

http://www.bcb.gov.br/htms/bcjovem/default.htm

5.2.2 - Buscadores

Atualmente é possível encontrar na Internet alguns sistemas de busca que possibilitam

realizar diferentes pesquisas sobre assuntos e conteúdos diversos, entre os mais conhecidos

podemos citar: Google, Cade, Bing, e o Alta Vista.

Esses sistemas utilizam motores de busca para encontrar as páginas disponíveis na

internet, e, assim que as páginas são encontradas, elas são armazenadas para posteriormente

serem processadas. Depois de armazenadas as páginas são indexadas e ordenadas, esse

processo é o que permite realizar buscas de forma rápida.

Existem também outros buscadores que empregam semântica em seus sistemas de

busca, um exemplo desse tipo de buscador é o Clusty (http://clusty.com/) e o buscador

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Wolfram Alpha (exemplo abaixo) esses sistemas de busca "ordenam" seus resultados em

categorias.

Buscador Wolfram Alpha

Esse buscador faz parte dos buscadores semânticos, quando é realizada uma busca, ele retorna resultados em vários contextos:

http://www.wolframalpha.com/

Apesar de disponível apenas na língua inglesa, o buscador é bastante interessante por

oferecer resultados de busca considerando diferentes conceitos.

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Os resultados

Os resultados das buscas estão relacionados com a forma que utilizamos o buscador,

Existem diversos filtros que podem ser usados de forma a facilitar a nossa busca por

determinado assunto, como por exemplo, podemos filtrar um resultado por: imagens, vídeos,

notícias, web, entre outros, dependendo do buscador que utilizamos.

Existe também outro recurso muito importante que podemos utilizar para ampliar

nosso horizonte de busca, que é o recurso de tradução automática. Muitos buscadores já

trazem este recurso integrado.

Tradutores online

Um grande auxílio para as pesquisas escolares são os tradutores online. Disponíveis em

vários idiomas, eles propiciam maiores possibilidades de pesquisa em diferentes idiomas, um

exemplo disso é o tradutor do site google, que traduz textos e páginas automaticamente:

http://translate.google.com.br

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Por mais que haja uma tendência em se utilizar somente um sistema de busca para

realizar pesquisas, devemos nos atentar ao fato de que os resultados obtidos nos sistemas de

buscas nem sempre seguem o princípio da imparcialidade, assim sendo, os resultados

considerados mais relevantes em uma busca, podem ter sido ajustados à certas ideologias e

ideais predefinidos.

6 - Papel do professor e a pesquisa escolar

Demo (2006, p.14) afirma ser necessário desmistificar a pesquisa no sentido de que

não é possível desvincular a pesquisa do ensino, pois “[...] quem ensina carece pesquisar;

quem pesquisa carece ensinar. Professor que apenas ensina jamais o foi. Pesquisador que só

pesquisa é elitista explorador, privilegiado e acomodado.”

Os professores precisam oportunizar o acesso às ferramentas de pesquisa aos alunos,

estimulando assim a busca por diferentes formas de informação, desenvolvendo neles a

curiosidade e o espírito crítico. As estratégias para o melhor uso das tecnologias devem

propiciar a interação entre todos os envolvidos no processo, criando um ambiente de estímulo

e apoio às atividades de ensino e de aprendizagem.

Ao solicitar uma pesquisa aos seus alunos, o professor precisa relembrar a eles alguns

encaminhamentos que irão orientá-los durante o processo, tais como:

• Do que se trata a pesquisa?

• O que é o assunto a ser pesquisado?

• Qual o objetivo da pesquisa?

• Quanto tempo levará o processo?

• Qual o prazo para entregar o produto da pesquisa?

• Em quais fontes podem ser encontradas informações sobre o assunto a ser pesquisado?

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Quanto à produção da pesquisa orientada é necessário o conhecimento do que Dodge

(2001) apresenta por meio do acrônimo1 FOCUS. São cinco sugestões, que apresentamos

conforme tradução e leitura nossas:

• Fontes – indique sites que oportunizem pesquisas significativas.

• Orientação - conduza o estudo e ‘pesquisa’ com base no projeto educacional da escola

ou da comunidade onde atua.

• Conhecimento – desafie. Elabore tarefas que levem a construção do pensamento e de

capacidades sociais e cognitivas elevadas por meio da ‘pesquisa’.

• Use os meios – utilize os recursos que estão disponíveis em seu espaço escolar, cada

meio poderá alcançar distintas áreas de aprendizagem.

• Supere-se compartilhando – conduza a aprendizagem e as ações de ‘pesquisa’

considerando os conhecimentos já construídos e vivenciados por você e pelo educando,

nos quais os conhecimentos ‘novos’ se entrecruzam e sustenta-se, tal qual um andaime.

7 – Referências

ALMEIDA, Maria Lúcia de: Como Elaborar Monografias. Belém: CEJUP, 1991.BAGNO, Marcos. Pesquisa na escola: o que é e como se faz. São Paulo: Edições Loyola, 1998.BERNARDES, Alessandra Sexto & FERNANDES, Olívia Paiva. A Pesquisa Escolar em Tempos de Internet. TEIAS: Rio de Janeiro, ano 3, no 5, jan/jun 2002 Disponível em: <http://www.educador.brasilescola.com/gestao-educacional/escola-nova.htm> Acesso em março de 2010CAMPELLO, Bernadete Santos et. all. A Internet na Pesquisa Escolar: um panorama do uso da Web por alunos do Ensino Fundamental. Disponível em: <gebe.eci.ufmg.br/?

1Acrônimo: Sigla, palavra, frase ou idéias formadas com as iniciais de uma outra palavra, geralmente colocada na vertical, tal qual faço para o termo FOCUS.

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Page 19: PESQUISA ESCOLAR E INTERNET - UFPR · PESQUISA ESCOLAR E INTERNET Coordenação de Educação a Distância Coordenação de Multimeios 1. INTRODUÇÃO Não há ensino sem pesquisa

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Academia Paulista de Letras desde 25 de outubro de 2007, ocupando a cadeira 38. Formou-se sociologia política.SANTOS, Marlene Souza. Multimeios na biblioteca escolar. In: GARCIA, Edson Gabriel (org.) Biblioteca Escolar: estrutura e funcionamento. São Paulo: Loyola, 1989.SILVA, Ezequiel Teodoro da. De olhos abertos: reflexões sobre o desenvolvimento da leitura no Brasil. São Paulo: Ática,1991.SUAIDEN, Emir. Biblioteca pública e informação à comunidade. São Paulo: Global Editora, 1995.SUAIDEN, Emir. O Brasil e o acesso às novas tecnologias. Disponível em: <http://blogdoemir.blogspot.com/> Acesso em março de 2010A criança é um grande pesquisador (entrevista com Pedro Demo). Disponível em: <http://www.aprendebrasil.com.br/entrevistas/entrevista0035.asp> Acesso em março de 2010