Pesquisa para Desenvolvimento de Sites com Estudo de...
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PESQUISA PARA O DESENVOLVIMENTO DE SITES
COM ESTUDO DE CASO
Ewerton Rivero Fragoso
Projeto de Graduação apresentado ao Curso de
Engenharia Eletrônica e de Computação da Escola
Politécnica, Universidade Federal do Rio de
Janeiro, como parte dos requisitos necessários à
obtenção do título de Engenheiro.
Orientador: Antônio Cláudio Gómez de Sousa
Rio de Janeiro
Junho de 2016
ii
iii
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Escola Politécnica – Departamento de Eletrônica e de Computação
Centro de Tecnologia, bloco H, sala H-217, Cidade Universitária
Rio de Janeiro – RJ CEP 21941-914
Este exemplar é de propriedade da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que
poderá incluí-lo em base de dados, armazenar em computador, microfilmar ou adotar
qualquer forma de arquivamento.
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bibliotecas deste trabalho, sem modificação de seu texto, em qualquer meio que esteja
ou venha a ser fixado, para pesquisa acadêmica, comentários e citações, desde que sem
finalidade comercial e que seja feita a referência bibliográfica completa.
Os conceitos expressos neste trabalho são de responsabilidade do(s) autor(es).
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DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho ao povo brasileiro que contribuiu de forma significativa à
minha formação e estada nesta Universidade. Este projeto é uma pequena forma de
retribuir o investimento e confiança em mim depositados.
v
AGRADECIMENTO
Gostaria de agradecer à minha família, em especial aos meu pais, pois sem eles
eu não chegaria até aqui e não seria metade do homem em que me tornei. Gostaria,
também, de agradecer aos professores Antônio Cláudio Gómez de Sousa e Carlos José
Ribas D'Ávila pela ajuda, dedicação e orientação, pois chegar ao projeto de graduação e
confeccioná-lo não seria possível sem que eles estivessem ao meu lado. Além destes,
agradeço ao Felipe Senra Ribeiro, um grande amigo e engenheiro que sempre se
preocupou em me ajudar nos momentos mais difíceis pelos quais passei ao longo da
minha graduação e na minha vida como um todo. Por último, gostaria de agradecer
especialmente a Suellen Barbosa Saraiva, por sempre estar ao meu lado, me apoiar, me
amar, me ajudar e ser uma grande companheira, namorada e, acima de tudo, amiga, à
qual dedico este trabalho com imensa gratidão e esperança de continuar sendo feliz ao
seu lado após a conquista, em breve, do meu título de engenheiro eletrônico e de
computação.
Agradeço também ao Adriano Cruz dos Santos Soares, Luiz Henrique Gonçalves
Miranda, Matheus Lima Scramignon, Rafael Prallon Maldonado Charruff e Thays
Cristina Farias Vercoza Costa pela amizade e ajuda ao longo da faculdade.
Gostaria de deixar meus agradecimentos também a algumas pessoas aqui não
citadas, que foram muito importantes na minha graduação, mas por motivos de tempo, e
para que eu não me prolongue muito aqui, optei por não mencioná-las.
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RESUMO
Este trabalho tem como objetivo realizar um estudo sobre a construção de
portais como interfaces de informação utilizando conhecimentos de Engenharia de
Software, apresentando como base todo o processo de construção e manutenção do site
do LIpE. Para tal, é importante que se tenha conhecimento de todas as questões relativas
às pessoas envolvidas no projeto, sejam elas usuários ou companheiras de trabalho, a
gestão da equipe de trabalho e a gestão do tempo utilizado para o mesmo, a capacitação
de pessoas na produção de sites a partir do trabalho desenvolvido, as necessidades do
LIpE e as questões técnicas envolvidas (ferramentas, hardware e linguagens de
programação).
Por fim, é possível realizar uma análise da forma com a qual se buscou realizar a
integração de todos os aspectos considerados, analisar o processo de construção do
portal e tirar algumas conclusões do estudo realizado.
Palavras-Chave: engenharia de software, site, portal, usuário, pessoa, gestão, LIpE.
vii
ABSTRACT
This work has as goal perform a study about the construction of websites as
information interfaces using software engineering knowledge, presenting as a basis the
whole construction process and maintenance of LIpE's site. For such, it is important to
be aware of all the related subjects to the people involved on the project, being them
users or co-workers, the management of the work team and time used on it, the
capability of people on websites production based on the work developed, LIpE's needs
and the technical subjects involved (tools, hardware and programming languages).
Lastly, it is possible to perform an analysis of the form which was tried to be
achieved by the integration of all the subjects considered, to analyze the website's
construction process and to make some conclusions about the study performed.
Key-words: software engineering, site, website, user, people, management, LIpE.
viii
SIGLAS
CIEP – Centros Integrados de Educação Pública
CSS – Cascading Style Sheets
CMS – Content Management System
CT – Centro de Tecnologia
DEL – Departamento de Engenharia Eletrônica e de Computação
GB – Gigabyte
HTML – Hyper Text Markup Language
LIpE – Laboratório de Informática para Educação
NIDES – Núcleo Interdisciplinar para o Desenvolvimento Social
PHP – Personal Home Page
PIPE – Platform Independent Petri net Editor
PPA – Programa de Preparação para Aposentadoria
PR-4 – Pró-Reitoria de Pessoal
RAM – Random Access Memory
SGBD – Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados
SOLTEC – Núcleo de Solidariedade Técnica
SQL – Structured Query Language
SSH – Secure Shell
TIC – Superintendência de Tecnologia da Informação e Comunicação
UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro
ix
FICHA CATALOGRÁFICA
Fragoso, Ewerton Rivero
Pesquisa para o Desenvolvimento de Sites com Estudo de Caso
/ Ewerton Rivero Fragoso. – Rio de Janeiro:UFRJ / Escola Politécnica,
2016
X, 42 p.: il.
Orientador: Antônio Cláudio Gómez de Sousa
Projeto Final– UFRJ/POLI/ Engenharia Eletrônica e de Computação,
2016
Bibliografia: p. 40-42
1. Computação 2. Engenharia de Software.
I. Cláudio Gómez de Sousa, Antônio
II. Universidade Federal do Rio de Janeiro,
Engenharia Eletrônica e de Computação
III. Pesquisa para o Desenvolvimento de Sites com Estudo de Caso
x
Sumário
1 Introdução ...................................................................................................................... 1 1.1 – Tema .................................................................................................................... 1 1.2 – Delimitação .......................................................................................................... 1 1.3 – Localização .......................................................................................................... 1
1.4 – Justificativa .......................................................................................................... 2 1.5 – Objetivos .............................................................................................................. 2 1.6 – Metodologia ......................................................................................................... 3 1.7 – O LIpE ................................................................................................................. 3
1.7.1 – Proposta ........................................................................................................ 4
1.7.2 – Objetivo ........................................................................................................ 4 1.7.3 – História ......................................................................................................... 5
1.8 – Introdução à Informática para Aposentados da UFRJ ......................................... 8
1.9 – Outras Atividades Realizadas no LIpE .............................................................. 10 1.10 – Considerações Acerca da Abordagem deste Trabalho .................................... 10
2 Configuração do Servidor e Ferramentas CMS Utilizadas na Construção do Site ..... 11 2.1 – Sistema Operacional do Servidor Web .............................................................. 11
2.2 – Considerações Sobre as Configurações de Hardware do Servidor.................... 11 2.3 – Servidor Web Utilizado e Banco de Dados ....................................................... 13
2.3.1 – Apache2 ...................................................................................................... 13 2.3.2 – MySQL ....................................................................................................... 13
2.4 – Sistemas Operacionais do LIpE ......................................................................... 14
2.4.1 – Linux Mint .................................................................................................. 14
2.5 – Ferramentas CMS Utilizadas na Construção do Site ........................................ 17 2.5.1 – Drupal ......................................................................................................... 17 2.5.2 – Joomla! e as Razões Para Sua Preferência ................................................. 18
3 Linguagens de Programação ........................................................................................ 20 3.1 – SQL .................................................................................................................... 20
3.2 – PHP .................................................................................................................... 20 3.3 – HTML e CSS ..................................................................................................... 21
4 Análise das Pessoas Envolvidas no Projeto e das Suas Necessidades ........................ 23 4.1 – Usuários ............................................................................................................. 24
4.1.1 – Crianças ...................................................................................................... 24
4.1.2 – Adultos ....................................................................................................... 24 4.1.3 – Aposentados ............................................................................................... 25
4.2 – Equipes de Trabalho do LIpE e Suas Necessidades .......................................... 25 4.2.1 – Site, Redes e Capacitação de Bolsistas na Produção de Sites ..................... 26
4.2.2 – Outras Equipes do LIpE e Suas Necessidades no Portal ............................ 26 5 Gestão do Tempo, da Equipe e do Trabalho Relacionados ao Site ............................. 27 6 Considerações Sobre o Processo de Construção do Site ............................................. 32 7 Conclusões ................................................................................................................... 38 Referências Bibliográficas .............................................................................................. 40
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Lista de Figuras
2.1 – Servidor Web Visto do Lado Direito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.2 – Servidor Web Visto do Lado Esquerdo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.3 – Interface do Linux Mint . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.4 – Conectando ao Servidor do Site Usando a Interface do Linux Mint . . . . . . . 16
2.5 – Interface do Linux Mint Usada para Trabalhar no servidor web . . . . . . . . . . 16
3.1 – Menu do Portal Feito em HTML e CSS Aplicado ao Site Com o Uso de
Módulo Personalizado do Joomla!. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
21
3.2 – Rodapé do Site Feito em HTML e CSS Aplicado ao Portal Com o Uso de
Módulo Personalizado do Joomla!. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
21
3.3 – Primeiro Exemplo do Texto do Portal Padronizado em HTML e CSS . . . . . 22
3.4 – Segundo Exemplo do Texto do Site Padronizado em HTML e CSS . . . . . . . 22
5.1 – Gestão do Trabalho Utilizada no Trabalho do Portal . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
5.2 – Gestão do Tempo Utilizada no Trabalho do Site . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
5.3 – Gestão das Pessoas Utilizada no Trabalho do Portal . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
5.4 – Gestão Única Utilizada no Trabalho do Site. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
6.1 – Fluxograma da Linha de Trabalho. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
6.2 – Layout do Portal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
6.3 – Diagrama com a Base Técnica e os Participantes no Desenvolvimento do
Site . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
35
6.4 – Diagrama de Instalação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
6.5 – Diagrama de Pacotes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
xii
Lista de Tabelas
1.1 – Público Participante do Projeto Minerva. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1
1 Introdução
1.1 – Tema
O tema do trabalho é a utilização de Engenharia de Software [21] para o
desenvolvimento de portais como interfaces para sistemas de informação.
1.2 – Delimitação
No trabalho vamos analisar as características de usuários para um determinado
portal, a fim de definir as características básicas das interfaces do portal, de maneira que
ele seja amigável para os usuários. Esta caracterização será importante para as etapas de
desenvolvimento de um portal, utilizando ferramentas discutidas no projeto.
1.3 – Localização
Os sites desenvolvidos por programadores mundo afora não consideram, em
muitos casos, diversos aspectos importantes na confecção de um portal. Isto gera uma
certa dificuldade para a utilização destes sites de diversas formas, e, em alguns casos, a
desistência da utilização dos mesmos. Um destes aspectos é o estudo sobre os usuários
do portal a ser desenvolvido, que é um dos aspectos normalmente descartado, de forma
que os desenvolvedores simplesmente fazem os portais da forma que acham melhor,
ignorando a usabilidade para os usuários. Com isto em vista, este trabalho apresenta a
tentativa de realizar o desenvolvimento do portal levando em consideração as
necessidades dos usuários, bem como as suas avaliações sobre o mesmo e as
dificuldades reportadas na utilização deste. Além disso, o trabalho apresenta, também,
um estudo baseado em Engenharia de Software sobre todos os aspectos envolvidos na
construção do portal em questão.
2
1.4 – Justificativa
Este trabalho é motivado pela busca da integração do desenvolvimento de um
software, no caso um site, com os mais diversos usuários, visando assim a melhor
implementação possível do conhecimento técnico adquirido ao longo da faculdade tanto
para o desenvolvedor como para os usuários. Além disso, o trabalho é motivado,
também, por um estudo mais aprofundado de engenharia de software baseado no
desenvolvimento do portal do LIpE [11], podendo assim adquirir mais conhecimento
sobre todos os aspectos envolvidos em um desenvolvimento de software e sobre as
implicações que este tem para as pessoas que o utilizam.
1.5 – Objetivos
O objetivo geral é, então, realizar um estudo sobre todos os aspectos envolvidos
no desenvolvimento do portal do LIpE, sejam eles técnicos ou sociais, sob o ponto de
vista da Engenharia de Software. Desta forma, tem-se como objetivos específicos: (1)
estudar as ferramentas utilizadas e necessárias para a confecção do site; (2) estudar e
aprender as linguagens de programação envolvidas e necessárias para confeccionar o
portal; (3) estudar as pessoas envolvidas, sejam elas usuários ou companheiros de
trabalho; (4) estudar o gerenciamento das pessoas para a realização das tarefas
necessárias, bem como a divisão das tarefas entres os envolvidos e , também, realizar a
capacitação de colegas do laboratório de forma que estes possam realizar as tarefas
relacionadas ao site no futuro; (5) estudar o gerenciamento do tempo necessário para
realizar as atividades, visando a sua melhor utilização; (6) estudar os diversos usuários
do portal, realizando um levantamento do feedback destes sobre o site a fim de melhorá-
lo sob a perspectiva das pessoas de diferentes faixas etárias, culturas e condições sociais
que o utilizam; (7) estudar as necessidades operacionais do LIpE e tentar utilizar o
portal para facilitar estas no dia a dia das pessoas que integram o laboratório; (8) estudar
e melhorar a comunicação do LIpE tanto na sua estrutura interna como deste com a
sociedade de um modo geral através do portal, e; (9) realizar a integração de todos os
aspectos anteriores no desenvolvimento do portal.
3
1.6 – Metodologia
Este trabalho se dará através de planejamento adaptativo [10], tendo em vista
que o feedback dos usuários será fundamental no desenvolvimento do site. Possuirá
ciclo de vida iterativo, pois este modelo se enquadra melhor com a situação encontrada
no laboratório onde será necessário levar em consideração o feedback dos usuários.
No desenvolvimento do portal serão levados em consideração dois gerenciadores
de conteúdo [1], Drupal [3] e Joomla! [20], a fim de encontrar o que melhor se enquadre
no gerenciamento do banco de dados MySQL [32] e que facilite trabalhar com aspectos
relacionados ao design do portal.
Sob o ponto de vista de programação, serão necessárias as linguagens HTML
[31], CSS [22, 30], SQL e PHP [2, 16, 23, 33] para desenvolver e manter o portal. Além
disso, conhecimentos de diferentes sistemas operacionais também se fazem necessários,
uma vez que este site atinge usuários com diferentes máquinas. Neste sentido, se fará
necessária a utilização de computadores que utilizem Windows e/ou Linux. O primeiro
pela sua ampla utilização, já o segundo pela sua utilização no LIpE e nos laboratórios
gerenciados por este. A versão utilizada do Linux nos laboratórios do LIpE é o Linux
Mint [14, 17].
1.7 – O LIpE
O LIpE é um laboratório situado no CT da UFRJ e faz parte do NIDES [26]. Ele
iniciou suas atividades em 1994 e atualmente possui três salas. Cada sala possui uma
finalidade, são elas: (1) a primeira é destinada a equipe de manutenção, de reciclagem e
de hardware para educação; (2) a segunda sala é destinada a equipe de ensino, é
utilizada para reuniões do laboratório e para aulas do próprio DEL, e; (3) a terceira é a
sala principal do laboratório e é dividida em dois andares, onde atuam as equipes de
redes e site no andar inferior e onde trabalham os coordenadores do LIpE no andar
superior.
Os coordenadores do LIpE e suas funções são: (1) Antônio Cláudio Gómez de
Sousa – Coordenador Geral; (2) Rejane Lúcia Loureiro Gadelha – Coordenadora
4
Técnico-Pedagógica, e; (3) Ricardo Jullian da Silva Graça – Coordenador Técnico-
Pedagógico.
A seguir serão apresentadas a proposta, o objetivo e a história do LIpE
respectivamente.
1.7.1 – Proposta
Durante o processo de construção do site foi desenvolvido um texto visando
explicar a proposta do LIpE para que este pudesse ser incluído no portal. Ele foi feito
sob a autoria dos coordenadores do laboratório e diz:
A proposta do LIpE é de atuação na educação, utilizando a
Informática Educacional como uma ferramenta a mais para o ensino
em uma perspectiva transformadora, que leve os participantes de seus
projetos a se apoderarem de todo o conhecimento trabalhado nos
mesmos. Sua ação baseia-se no respeito aos conhecimentos dos
participantes, estimulando uma relação dialógica.
1.7.2 – Objetivo
Assim como a proposta, foi desenvolvido um texto durante a construção do
portal visando explicar o objetivo do LIpE para que este pudesse ser incluído no site.
Ele também foi feito sob a autoria dos coordenadores do laboratório e diz:
Desenvolver tecnologia social para educação em uma
perspectiva emancipatória, a partir da realidade concreta de ambientes
que proporcionem o processo de ensino-aprendizagem, com objetivo
de desenvolver tecnologias pedagógicas nas áreas de hardware,
software e de metodologia.
5
1.7.3 – História
O texto a seguir apresenta a história do LIpE e é de responsabilidade dos
coordenadores do laboratório, podendo ser encontrado no portal desenvolvido.
O Laboratório de Informática para Educação, que está situado
no Centro de Tecnologia da UFRJ, iniciou suas atividades em 1994
tendo como objetivo apoiar o ensino, pesquisa e Extensão em
Informática para a Educação. Neste período, estava em andamento o
Projeto Minerva que visava realizar a qualificação em serviço de
professores de escolas públicas em informática aplicada à educação,
contando com a participação dos graduandos da UFRJ.
O projeto Minerva surgiu da experiência herdada de um projeto
já extinto em 1992, denominado Projeto Maré. Este atuava com jovens
da comunidade do Complexo da Maré, na área de qualificação
profissional. O Projeto Minerva começa sua atuação na Vila do
Pinheiro na Maré, no CIEP Gustavo Capanema, equipando,
inicialmente, o CIEP com computadores descartados e doados por
unidades da UFRJ. Os computadores foram descartados e doados por
não atenderem mais aos requisitos de velocidade de processamento
dos programas de pesquisa, situação que permanece até hoje. A
demanda local proporcionou ao Projeto Minerva iniciar uma
experiência piloto. Em 1994, com alunos da 4ª série do Ensino
Fundamental (atual 5º do Ensino Fundamental) e com a participação
dos graduandos da UFRJ, inicia um processo de pesquisa,
metodologia e reflexão teórico-prática, tendo como foco principal a
qualificação de professores.
As atividades do Projeto Minerva podem ser delineadas pelas
seguintes ações realizadas: formação de professores de escolas
públicas (Escola Ministro Gustavo Capanema na Maré, e Escola Levy
Neves em Inhaúma) para o uso da informática como ferramenta de
auxílio ao ensino; introdução à informática para os alunos do Jardim
de Infância à 4ª série dessas mesmas escolas; reforço do conteúdo
escolar pelo uso da informática para alunos do Programa de Educação
Juvenil (PEJ), realizado à noite e o desenvolvimento de novos
6
softwares educativos para o projeto, adequados aos objetivos didáticos
e às características técnicas dos equipamentos e redes.
Apresentamos abaixo uma tabela com o público que participou
do Projeto Minerva, desde seu início até o ano de 2003.
Tabela 1.1 – Público Participante do Projeto Minerva
Fonte: SOUSA; GADELHA; GRAÇA, 2005, p. 225
A partir de 2002, Sousa (2005, p. 222-223) nos fala que:
[….] o Projeto Minerva passou a atender, além dos alunos das
escolas públicas, também a trabalhadores da UFRJ, em um processo
de alfabetização digital. Como esta atividade fugia ao objetivo
específico do Projeto Minerva, foi criado o LIpE – Laboratório de
Informática para Educação, que passou a englobar o Projeto Minerva
e outras atividades ligadas à informática para a educação e inclusão
digital.
Visando que os professores participantes do projeto se
apropriem do uso da informática como ferramenta de educação, o
LIpE realiza alguns trabalhos que objetivam a formação desses neste
sentido. Mais uma vez, Sousa (2009) ilustra essa realidade ressaltando
7
que o professor em formação continuada é parte fundamental do
processo de ensino-aprendizagem:
[….] A formação dos professores começa com uma introdução
a algumas ferramentas da informática, como editores de texto,
planilhas, correio eletrônico e busca e navegação na internet. A seguir
é discutido um planejamento com os professores, de forma
participativa, para suas aulas em laboratório, onde ele aplicará os
conhecimentos de informática em suas turmas nas respectivas
disciplinas. Após a atividade é realizada uma revisão crítica como
prática do processo de aprendizado. O professor aprende fazendo.
[….] As atividades de Extensão do LIpE proporcionaram a
possibilidade de desenvolver uma metodologia nova, formar
professores, alunos da UFRJ e participar positivamente na inclusão
digital através da melhoria em escolas públicas.
Além da formação continuada de professores, há, no LIpE, a
pesquisa relacionada a softwares e hardwares que possam ser
utilizados em benefício do processo de educação. Muitos alunos da
graduação que se integram ao laboratório desenvolvem programas de
computadores que possuem fins educativos. Um exemplo que ilustra
esse fato é um software que foi desenvolvido em 2011 pelo
laboratório a fim de auxiliar a alfabetização de jovens e adultos. Este
programa apresenta, na tela de um celular, uma figura de algum objeto
genérico (fruta, ferramenta, animal, etc.) e as letras dessa palavra que
o representam, ordenadas de forma aleatória. O programa pede ao
usuário que dê o nome daquele objeto. Ao ordenar as letras
corretamente e formar a palavra, o programa dá uma mensagem
indicando sucesso. Este aplicativo para celulares se mostrou bastante
eficaz pois permite que o educando pratique o conteúdo proposto sem
a exigência de estar fisicamente utilizando um computador pessoal, o
que torna o processo de aprendizagem muito mais flexível e eficiente.
8
1.8 – Introdução à Informática para Aposentados da UFRJ
É um curso oferecido no LIpE em parceria com o PPA [27], que visa auxiliar os
aposentados da UFRJ no processo de adaptação ao mundo digital, realizando um
processo de acompanhamento individual dos alunos para que, desta forma, os
aposentados não percam o interesse na tentativa de aprendizagem. Além disso, é
baseado na metodologia da pesquisa ação [24, 25].
A atividade é realizada através de aulas regulares com duração de duas horas
semanais, onde os aposentados praticam os assuntos abordados no curso (serão citados
mais adiante), tendo explicações teóricas quando necessário e quantas vezes forem
necessárias, e, também, sendo recomendado que os alunos pratiquem em casa, caso haja
a possibilidade. Deve-se destacar que a ênfase das atividades é a prática dos conteúdos
do curso, mesmo que o aluno desconheça o conteúdo inicialmente. O fato de o aluno
praticar antes de ter a explicação teórica pode ajudar no aprendizado de um assunto que
parece ser complicado, mas, na realidade, pode ser bastante simplificado ao ser
praticado primeiro. Além disso, as atividades são ministradas de forma que os alunos
tentem refletir sobre o que é ensinado, não se limitando apenas à parte técnica.
O curso tem como conteúdo, por exemplo, os seguintes assuntos: "caixa"
entrada de e-mail, "caixa" de enviados de e-mail, lixeira de e-mail, escrever e-mail,
spam, quarentena, busca em e-mail, calendário em e-mail, operações com pastas em e-
mail, anexos de e-mail, uso de sites, semelhanças e diferenças de sites, vídeos e músicas
utilizando a internet, sites de pesquisa, barra de ferramentas de navegadores, segurança
na internet, procura e uso de programas, procura e uso de arquivos, compreensão de
caminhos e pastas, salvar e abrir arquivos no computador, como identificar os vários
tipos de arquivos, compreensão de arquivos básicos (texto, foto e planilha), editor de
texto, editor de imagens, editor de planilhas, editor de slides, como ligar um
computador, o que é um computador, como é um computador por dentro, componentes
de um computador, semelhanças e diferenças entre desktop e laptop, conceitos de
sistemas operacionais, diferenças e semelhanças entre Windows e Linux, alguns
"macetes" para facilitar o uso do computador,o que é pen drive, como usar uma
impressora, como instalar um programa, vírus e antivírus.
Os alunos podem requerer algum assunto relacionado à informática ou de caráter
tecnológico, que seja de seu interesse, e ainda não tenha sido abordado, tirar dúvidas
9
relacionadas a este assunto e ainda praticar sobre este assunto quando possível. Assim, é
possível saber as necessidades dos alunos e adaptar as aulas de forma a atender a essas
necessidades apresentadas. Tenta-se fazer com que as aulas sejam dinâmicas, que os
alunos continuem interessados, que os alunos tenham conhecimento de que a opinião
deles é altamente relevante para as aulas e para modificá-las, e que se tente resolver
questões que sejam de maior interesse do aluno em termos de informática na medida do
possível.
Alguns assuntos que já foram sugeridos pelos alunos e foram abordados nas
aulas, por exemplo: compreensão geral de como funciona a transmissão de sinais
telefônicos (fixo e celular) e de televisão (satélite e fibra ótica), tecnologias de internet
sem fio, criptografia e segurança de cartões de banco.
Vale ressaltar que cada aluno possui seu cronograma, ou seja, se um aluno faltar
a alguma das aulas o mesmo não perderá conteúdo algum, continuando de onde parou
da última vez em que esteve presente. O mesmo é também válido para novos alunos,
que possuem a liberdade de, caso já possuam algum conhecimento prévio em
informática, realizar tarefas mais avançadas. Além disso, os alunos são decisivos, pois
possuem a liberdade de dizer se a aula foi útil, se os conteúdos abordados foram
interessantes, se os conteúdos foram passados com clareza e se conseguiram tirar todas
as dúvidas.
Visando a compreensão dos assuntos propostos e o perfil dos alunos, acaba se
tornando comum o uso de comparações e analogias, às vezes com anacronismos, para
que o aposentado entenda um determinado assunto ou uma determinada tecnologia. Por
exemplo, ao se explicar o que é um computador é feita uma comparação com o corpo
humano na qual se associa cada peça do computador a um órgão do corpo. Além disso,
um computador é aberto para que os alunos vejam como ele é por dentro. Muitas vezes
se fez necessária a apresentação de fotos para ilustrar uma determinada explicação,
como no caso de criptografia.
10
1.9 – Outras Atividades Realizadas no LIpE
Além de ser o responsável pelo portal do LIpE e de ser, também, o responsável
pelo curso de Introdução à Informática para Aposentados da UFRJ, realizamos outras
atividades no laboratório relacionadas a outros campos de atuação, e que foram
importantes como experiências para especificar como deveria ser o portal. Foram elas:
(1) auxiliar a equipe de redes do laboratório quando possível e necessário; (2) auxiliar a
equipe de educação que trabalha com crianças de escola pública; (3) auxiliar a equipe de
educação que trabalha com introdução à informática para terceirizados da UFRJ, e; (4)
ser o orientador e auxiliar a equipe de manutenção do laboratório quando necessário.
1.10 – Considerações Acerca da Abordagem deste Trabalho
Este trabalho não abordará detalhadamente as ferramentas utilizadas no trabalho.
Apenas se dará ênfase nas características das ferramentas necessárias para a
compreensão das situações encontradas no LIpE e no desenvolvimento do projeto,
assumindo-se, então, que o leitor tenha conhecimento prévio das ferramentas envolvidas
e utilizadas neste trabalho. Mais conhecimentos a respeito poderão ser encontrados nas
referências. Além disso, alguns assuntos precisaram de um estudo prévio [5, 7, 29] para
serem colocados efetivamente em prática para a realização do trabalho.
11
2 Configuração do Servidor e
Ferramentas CMS Utilizadas na
Construção do Site
Todos os aspectos relacionados ao site precisaram ser completamente refeitos.
Sendo assim, este capítulo e os capítulos subsequentes abordarão aspectos técnicos e
não técnicos que se relacionam com a confecção do portal, desde que os mesmos sejam
relevantes ao trabalho e à sua compreensão.
Neste capítulo serão abordadas as questões de configuração do servidor e das
ferramentas utilizadas na construção do site.
2.1 – Sistema Operacional do Servidor Web
Para a construção do portal foi necessário instalar o sistema operacional no
computador onde o mesmo está online. Para tal, foi escolhido o Ubuntu Server [4]
versão 2012 devido às limitações de hardware que o servidor web do LIpE possui e,
também, devido à garantia de atualizações de segurança do sistema por quatro anos. Foi
realizada a tentativa de se instalar o Ubuntu Server versão 2014, mas o computador não
suportou o sistema, apresentando travamentos intermitentes ao se tentar ligá-lo.
2.2 – Considerações Sobre as Configurações de Hardware do Servidor
Com relação às configurações de hardware do servidor, deve-se levar em
consideração que o computador usado possui um processador de dois núcleos e apenas
um GB de memória RAM, o que limita muito tanto o sistema utilizado, o que já foi
citado e explicado anteriormente, como o site a ser desenvolvido, pois conteúdos mais
complexos e que exijam mais processamento do computador não podem ser
12
implementados. Assim sendo, deve-se buscar alternativas que possam ser utilizadas em
caso de se precisar implementar conteúdos mais complexos para o portal.
Vale ressaltar que o computador possui esta configuração de hardware
primeiramente porque esta já era a configuração encontrada e porque o LIpE opera
através de doações. Sendo assim, não foi possível preparar uma máquina com mais
memória e nem com um processador melhor.
A seguir serão apresentadas duas fotos do servidor a fim de apresentá-lo em
funcionamento.
Figura 2.1 – Servidor Web Visto do Lado Direito (computador cinza à direita).
Fonte: Próprio.
Figura 2.2 – Servidor Web Visto do Lado Esquerdo.
Fonte: Próprio.
13
2.3 – Servidor Web Utilizado e Banco de Dados
Além de instalar o sistema operacional no computador em questão, foi
necessário configurar o sistema de forma que fosse possível ter o site online. Para tal,
foi utilizado o servidor web Apache [8, 9, 35], mais especificamente o Apache2. Além
do servidor Apache2, foi necessário instalar e configurar o SGBD que posteriormente
receberia o portal, sendo escolhido o MySQL (versão 5.6.12), que faz uso da linguagem
SQL, devido à sua ampla utilização, facilidade de uso e de configuração. Se fez
necessário, também, instalar o PHP (versão 5.5) para que o site pudesse rodar códigos
baseados nesta linguagem de programação.
A seguir serão realizadas algumas análises acerca do Apache2 e do MySQL
relevantes sob o ponto de vista do projeto em questão. Já as análises acerca do PHP
serão dadas no próximo capítulo.
2.3.1 – Apache2
O Apache2 foi escolhido para o portal porque é um servidor web de licença
livre, amplamente utilizado e de fácil integração com sistemas Linux, como o Ubuntu
Server 2012 usado.
2.3.2 – MySQL
O MySQL foi o SGBD escolhido porque é um software livre, de fácil uso e não
exige muito do hardware do computador que o utilizará, fator muito importante para o
caso de teste deste trabalho. E, além disso, porque é bem estável e tem bom
desempenho.
14
2.4 – Sistemas Operacionais do LIpE
Antes de realizar a discussão acerca das ferramentas CMS utilizadas no portal,
deve-se analisar os sistemas operacionais utilizados na construção do site e na sua
manutenção.
Como já foi citado algumas vezes ao longo do texto, os computadores do LIpE
possuem um hardware muito limitado. Além disso, existe a política de se trabalhar no
laboratório sempre com tecnologias de licença livre. Juntando estas duas características,
viu-se a necessidade da utilização de sistemas operacionais livres e que funcionassem
nos computadores do laboratório de forma fluída. Para tal, escolheu-se utilizar como
sistema operacional principal o Linux Mint (versão 17.0). Além dele, é necessário que
se tenha um segundo sistema operacional, no caso o Windows XP, pois algumas
atividades realizadas no laboratório necessitam deste sistema. Sendo assim, todos os
computadores do LIpE possuem os dois sistemas operacionais supracitados.
A seguir, serão feitas observações acerca apenas do Linux Mint uma vez que
apenas este foi utilizado para trabalhar no site.
2.4.1 – Linux Mint
O Linux Mint é um sistema operacional Linux baseado no Ubuntu, que possui
uma interface de comunicação com o usuário muito semelhante ao Windows,
facilitando o seu uso. Além disso, um fator muito importante que veio a favorecer o seu
uso nos computadores do LIpE foi a existência de uma versão destinada a computadores
com hardware considerados fracos. A versão usada nos computadores do LIpE é a
versão 17.0. A seguir é possível ver a interface do sistema.
15
Figura 2.3 – Interface do Linux Mint.
Fonte: Próprio.
O fato de o sistema em questão ser semelhante ao sistema operacional Windows
facilitou tanto as equipes de trabalho do LIpE na realização de suas tarefas quanto as
pessoas que fazem parte dos projetos do laboratório (alunos dos cursos e pessoas de fora
do laboratório que auxiliam nas atividades, tais como a aula de informática para
aposentados da UFRJ), pois não foi necessário um processo de adaptação muito
prolongado tendo em vista que a forma de operar os dois sistemas se assemelha bastante
quanto ao uso do computador para fins básicos.
Outro fator que favoreceu o uso deste sistema para o trabalho do site foi a
facilidade de se realizar conexões remotas ao servidor do portal, usando SSH. Este
merece destaque porque permite fazer alterações no servidor usando a parte gráfica do
sistema, sem a necessidade de se realizar diversos comandos pelo terminal do Linux. A
seguir é possível visualizar os processos de conexão ao servidor web e a interface de
operação.
16
Figura 2.4 – Conectando ao Servidor do Site Usando a Interface do Linux Mint.
Fonte: Próprio.
Figura 2.5 – Interface do Linux Mint Usada para Trabalhar no Servidor web.
Fonte: Próprio.
17
2.5 – Ferramentas CMS Utilizadas na Construção do Site
As ferramentas utilizadas na construção do site foram ferramentas gerenciadoras
de conteúdo, ou CMS na sigla em inglês. Foram testadas duas ferramentas CMS para a
construção do portal do LIpE, a primeira foi o Drupal, na versão 7.4, e a segunda foi o
Joomla!, na versão 3.3. Posteriormente o Joomla! foi atualizado para a versão 3.4.
A seguir, serão discutidas as ferramentas e algumas de suas características a fim
de se apresentar os motivos da escolha de uma das duas analisadas.
2.5.1 – Drupal
O Drupal foi o primeiro CMS testado para a produção do portal do LIpE,
compondo assim a primeira versão do site desenvolvido.
Com relação à aparência do site, o Drupal teve um resultado muito bom. Mas
com relação à construção e manutenção do portal, este teve um resultado que não foi
considerado satisfatório. Isto se deve ao fato de que internamente o Drupal opera
através de componentes e plugins que normalmente precisam ser instalados em cadeia,
ou seja, quando se deseja instalar um determinado módulo ou plugin, outros módulos
e/ou plugins precisam também ser instalados. Isto faz com que o processo de construção
do portal se torne complexo e demorado.
Vale citar também que a questão de segurança do site fica comprometida, pois
não se pode garantir ao certo a eficiência e segurança dos diversos módulos e plugins
que eventualmente acabam sendo instalados. Além disso, efetuar inclusões de códigos
PHP, HTML e CSS é muito complicado, uma vez que o Drupal aparentemente não
permite estas inclusões, o que faria com que o trabalho ficasse mais fácil, rápido e
seguro.
Uma última consideração quanto à instalação de módulos e plugins é que o
Drupal não vem com muitas ferramentas e opções por padrão para personalização do
site, fazendo com que não se tenha como evitar de instalar módulos e plugins.
A estabilidade e a velocidade de acesso ao site também não se mostraram
satisfatórias, pois o site demorava para carregar e aleatoriamente aparentava estar offline
sem motivos para tal. Um dos motivos para que isto ocorra é a falta de um hardware
18
melhor para se usar como servidor web para o portal, pois, como já foi citado, funções
mais complexas não são suportadas e as que são acabam tendo desempenhos não
satisfatórios.
O portal desenvolvido no Drupal foi abandonado devido à dificuldade de se
trabalhar com este CMS, à sua instabilidade apresentada e, também, à falta de
segurança, pois o portal foi invadido com muita facilidade devido, aparentemente, às
falhas de alguns módulos utilizados.
Vale ressaltar que diversas observações feitas sobre o Drupal neste trabalho
aparentam ter sido corrigidas e/ou melhoradas na última versão lançada deste CMS
(versão 8) e que estas mesmas observações foram feitas sob o ponto de vista do
responsável pelo portal do LIpE de acordo com suas necessidades e limitações.
2.5.2 – Joomla! e as Razões Para Sua Preferência
O Joomla! foi o segundo CMS testado na construção do portal do LIpE,
compondo as versões dois e três dos sites desenvolvidos para o laboratório.
Os portais desenvolvidos neste CMS possuem a aparência mais simples e menos
elaboradas. No entanto, as questões relativas à construção e manutenção do site ficaram
muito melhores que as encontradas com o outro CMS discutido. O Joomla! também
opera com a utilização de plugins e extensões, estas são chamadas de componentes no
outro CMS, porém grande parte do que se precisa para trabalhar no site já vem com a
instalação padrão. Além disso, não é necessário realizar instalações de extensões ou
plugins em cadeia, ou seja, se for necessário instalar uma determinada extensão ou
plugin basta instalar aquela determinada extensão ou plugin.
Levando em consideração o que foi supracitado, pode-se chegar à conclusão de
que o portal em si se torna mais seguro, uma vez que não se faz diversas instalações de
códigos onde não se pode determinar com certeza as funcionalidades e as brechas de
programação que eventualmente possam ali existir.
O Joomla! tem ainda um tipo diferente de extensão, chamado de módulo. A
diferença se dá no fato de que o módulo pode ser carregado diretamente em algumas
partes do site e pode ou não conter plugins em sua composição.
19
Uma característica muito importante que o Joomla! possui, e decisória para a
utilização deste CMS, é que um dos módulos que já vem na instalação padrão do
Joomla!, chamado de módulo “HTML Personalizado”, permite que se adicione códigos
HTML e CSS ao site de forma simples, rápida e muito eficiente. Além de se adicionar
estes códigos ao portal, deve-se ressaltar a ideia de que estes códigos são adicionados já
em posições específicas do site, posições estas que são facilmente controladas pela
interface de administrador do Joomla!. Estes módulos por sua vez podem ser
reaproveitados em diversas áreas do site.
Com relação à estabilidade e a velocidade de acesso ao portal do LIpE, vale
comentar aqui que os resultados foram muito satisfatórios, tendo acessos rápidos ao site
sem o problema do portal ficar inacessível aleatoriamente, como encontrado com o
outro CMS. O Joomla! se mostrou muito eficiente operando no computador usado como
servido web para o site do laboratório com hardware antigo.
Além do que já foi discutido, o Joomla! possui um fórum de discussão mais
amplo e com usuários mais dispostos a ajudar iniciantes. Isto também ajudou na escolha
desta ferramenta CMS como instrumento de criação e manutenção do portal do
laboratório.
A segunda versão do portal do LIpE foi abandonada devido a outra invasão,
porém desta vez a invasão que acabou afetando o site começou no servidor. Portanto, a
questão de segurança agora é um problema relacionado ao servidor web onde o portal se
encontra, e não mais da ferramenta CMS utilizada para que se tenha um site para o
laboratório. Portanto, deve-se ressaltar que a responsabilidade é da equipe de redes do
laboratório corrigir e assegurar que o site desenvolvido possa permanecer online, e não
do responsável pelo portal do laboratório.
Já a terceira versão do portal, que é a atual, foi totalmente reestruturada quanto à
sua forma de construção para melhorar e facilitar futuras modificações, bakcups e
aprendizado de futuros responsáveis pela área de sites do laboratório. Mais a frente será
discutida esta forma de construção com a ajuda de conceitos de Engenharia de Software.
Novamente, as observações feitas aqui sobre este CMS e as comparações feitas
com o CMS anteriormente discutido foram feitas sob o ponto de vista do responsável
pelo portal do LIpE de acordo com suas necessidades e limitações encontradas.
20
3 Linguagens de Programação
Neste capítulo serão feitas discussões acerca das linguagens de programação
utilizadas para a confecção do portal do LIpE. Vale ressaltar que estas serão abordadas
de acordo com as considerações do projeto em discussão.
As linguagens de programação utilizadas no desenvolvimento do site do
laboratório foram HTML, CSS, PHP e SQL.
3.1 – SQL
Vale comentar aqui que ao se trabalhar com ferramentas CMS, estas fazem o
gerenciamento de banco de dados de forma automática com o SGBD escolhido, no caso
o MySQL. Ou seja, não é necessário ficar criando tabelas e inserindo conteúdos
manualmente, pode-se trabalhar diretamente no Joomla! que o mesmo realizará as
comunicações com o SGBD e fará modificações no banco de dados necessárias.
Portanto, programar em SQL foi necessário apenas no começo do processo de
instalação do Joomla!, onde era necessário criar um banco de dados no servidor e
realizar as configurações para o administrador deste banco de dados.
3.2 – PHP
PHP é a linguagem base do Joomla!. Com isso, tem-se que além do site fazer
uso desta linguagem, todas as extensões, plugins e módulos também o fazem.
Foi necessário realizar algumas modificações em alguns arquivos do portal em
PHP de forma que se conseguisse fazer com que algumas funções implementadas
pudessem fazer parte do site e, também, para torná-lo mais seguro, uma vez que alguns
arquivos de configuração do portal estavam em PHP e retornavam valores
indevidamente, como o nome do usuário administrador do sistema. Com relação a este
último caso, vale comentar que é uma preocupação apenas por causa do servidor web
apresentar falhas de segurança, o que é de responsabilidade da equipe de redes do
laboratório corrigir e assegurar que o site desenvolvido possa permanecer online.
21
3.3 – HTML e CSS
Através das linguagens HTML e CSS foi possível implementar alguns
componentes importantes do site, como o menu do portal, além de padronizar tamanhos
e formas de todos os textos, fotos, vídeos, links e outras características inseridas no site.
Isto se deve à característica do Joomla! de permitir inserir códigos HTML em
todos os artigos, onde estão as páginas do site em si, e de permitir a criação de módulos
personalizados, como já foi explicado.
A seguir serão apresentados alguns resultados do uso destas linguagens no
portal.
Figura 3.1 – Menu do Portal Feito em HTML e CSS Aplicado ao Site Com o Uso de Módulo
Personalizado do Joomla!.
Fonte: Próprio.
Figura 3.2 – Rodapé do Site Feito em HTML e CSS Aplicado ao Portal Com o Uso de Módulo
Personalizado do Joomla!.
Fonte: Próprio.
22
Figura 3.3 – Primeiro Exemplo do Texto do Portal Padronizado em HTML e CSS.
Fonte: Próprio.
Figura 3.4 – Segundo Exemplo do Texto do Site Padronizado em HTML e CSS.
Fonte: Próprio.
23
4 Análise das Pessoas Envolvidas no
Projeto e das Suas Necessidades
Neste capítulo será realizada uma análise acerca das pessoas envolvidas no
projeto. Este estudo é importante porque o feedback dos usuários do site é levado em
consideração no processo de construção do portal e de reformulação do mesmo. Deve-
se levar em consideração tanto os usuários que não fazem parte do laboratório quanto os
que o fazem, pois estes últimos necessitarão do portal para finalidades diferentes das
que as pessoas de um modo geral necessitarão.
A motivação deste estudo se dá pelo fato de que muitas tecnologias, inclusive
diversos sites, são desenvolvidos sem que haja uma preocupação com quem utilizará
esta determinada tecnologia. No entanto, o fácil manuseio da tecnologia sob o ponto de
vista do usuário final é de suma importância para que um projeto desenvolvido por um
engenheiro seja considerado usável, independentemente de que projeto se esteja
falando. Além disso, no caso do site desenvolvido, se o portal não for atraente para o
usuário e não for intuitivo, a probabilidade de que o usuário desista de usar o portal é
grande, fazendo com que o projeto acabe se tornando perda de tempo, dinheiro e
esforço humano.
Além de se ter a preocupação de ter o feedback dos usuários, deve-se procurar
entender o usuário também. Pois, uma pessoa que possui um poder aquisitivo alto
possui uma expectativa e visão completamente diferentes ao utilizar um portal se
comparado a uma pessoa com poder aquisitivo baixo ao fazer uso do mesmo portal.
Também deve-se considerar que as pessoas que fazem uso do portal podem
precisar deste para outras finalidades, afinal o site precisa atender a diversos tipos de
pessoas com diversos objetivos e de diferentes faixas etárias [12, 28].
A seguir é feita uma análise de alguns casos de uso do portal desenvolvido para
o LIpE.
24
4.1 – Usuários
Como já vem sendo discutido ao longo deste capítulo, os usuários são essenciais
para que o portal seja considerado um site bom. Para tal, é necessário que este seja
atrativo e intuitivo para diversas faixas etárias. Isto não é uma tarefa fácil porque os
interesses de cada faixa etária ao se adentrar em um portal através da internet são
diferenciados.
Para melhor discutir a questão dos usuários com relação à sua faixa etária foram
considerados os usuários que utilizaram o portal do LIpE desde a sua criação,
desconsiderando aqui os usuários do próprio laboratório uma vez que estes serão
discutidos mais adiante. Estes usuários foram crianças de escolas públicas, adultos que
trabalham na UFRJ e aposentados da própria universidade.
4.1.1 – Crianças
Com relação às crianças, tem-se que as características que o portal deve
apresentar para chamar a sua atenção são cores chamativas, pouco texto, muitos
desenhos, tanto na forma de fotos com em vídeos, e com indicações bem claras de como
navegar nas páginas do portal. Diversos sites destinados às crianças fazem uso de setas
com a finalidade anteriormente citada.
4.1.2 – Adultos
Com os adultos o cenário já se modifica bastante, pois os adultos já são atraídos
a utilizar o portal caso este tenha como características cores mais neutras e bastante
texto. Os desenhos já são substituídos, geralmente, por fotos e vídeos de pessoas
conhecidas, mas em pouca quantidade também, e as indicações também devem ser
claras, no entanto estas devem ter uma aparência em que transpareça um tom mais sério.
Basta entrar em um dos diversos sites de notícias que isto é observado, mas em muitos
25
deles ainda é possível ver que as indicações de onde se deve entrar para mudar de
página não é muito claro, o que evidencia que não houve a devida preocupação com o
usuário.
4.1.3 – Aposentados
O cenário para os aposentados já é diferente [15, 18, 19], pois estes já não tem a
mesma paciência que um adulto para efetuar longas leituras no computador e, em
alguns casos, a sua saúde não o permite realizá-lo, o que exige uma espécie de mistura
dos dois casos anteriormente citados. Ou seja, neste caso um site atrativo seria aquele
onde as cores usadas no portal devam contrastar bastante, ter textos em quantidades
moderadas (nem pouco texto, nem muito texto), e as indicações de como navegar no
portal devam ser mais claras do que já se deveria ter para as crianças.
4.2 – Equipes de Trabalho do LIpE e Suas Necessidades
As equipes de trabalho do LIpE diferem muito quanto aos seus conhecimentos
de informática. Devido a isto, o portal precisa ser de fácil uso para estas pessoas
também, que por diversas vezes necessitam ter alguns conteúdos no portal e ter certa
autonomia no mesmo.
A seguir é feita uma análise para melhor explicar esta diferenciação de equipes
de trabalho, separando as diversas equipes de trabalho do LIpE da equipe responsável
pelo portal e da equipe de redes, ou seja, as equipes que possuem um certo
conhecimento técnico das que não o possuem inicialmente. Além disso, são feitas
observações acerca das necessidades do laboratório e sobre a capacitação de futuros
bolsistas na confecção de portais.
Vale explicar aqui, antes de prosseguir para a discussão das equipes, que no
LIpE existe uma “troca de informações” de tempos em tempos entre os integrantes do
laboratório, ou seja, uma equipe que trabalha para desenvolver o portal precisa ser capaz
de transmitir os conhecimentos adquiridos para todas as outras pessoas que integram as
26
diversas áreas do laboratório, e assim por diante. Portanto, mesmo que alguém atue na
área de educação ou na área de biologia, este deve ser capaz de no mínimo fazer
mudanças básicas no site após a "transmissão de conhecimento".
4.2.1 – Site, Redes e Capacitação de Bolsistas na Produção de Sites
As equipes de redes e do site necessitam que o portal seja de fácil acesso, fácil
configuração, manutenção intuitiva e inclusão de conteúdos rápida e intuitiva. Além
disso, que o mesmo seja seguro para que não se perca todo o trabalho e esforço
dedicado ao site.
Se todas as características supracitadas forem atendidas, uma outra
funcionalidade essencial também será cumprida, que é ter um backup intuitivo e de fácil
acesso e manuseio. Além disso, a capacitação de futuros bolsistas para produção de site
também estará atendida.
4.2.2 – Outras Equipes do LIpE e Suas Necessidades no Portal
As outras equipes do LIpE precisam que o portal permita facilitar as suas
diversas atividades realizadas para o laboratório. Um exemplo é a equipe de educação
poder dar informes ou passar textos através do portal para os seus alunos e realizar
atividades a partir destes textos. Um outro exemplo seria a equipe do mestrado do
laboratório poder ter um fórum de discussão no portal, em uma área reservada, através
do qual os alunos do mestrado pudessem interagir durante as aulas.
27
5 Gestão do Tempo, da Equipe e do
Trabalho Relacionados ao Site
Neste capítulo será realizada uma análise sobre a forma como se buscou
otimizar o trabalho acerca do site. Esta forma teve como princípio observar sob três
aspectos todo o trabalho que precisava ser feito para que fosse possível desenvolver o
portal do laboratório de forma otimizada.
Os três aspectos abordados foram analisar o tempo gasto na confecção do site,
analisar a equipe que ajudaria neste trabalho e analisar o trabalho que precisava ser
realizado pelo responsável do projeto. Além disso, buscou-se realizar a integração
destes três aspectos, pois desta forma seria possível também aprimorar e melhorar o
trabalho a ser realizado.
Para estudar os três aspectos abordados e a integração destes foram utilizadas
Redes de Petri [13, 34] através do uso do software PIPE2 [6].
A equipe de trabalho dedicada a trabalhar no site do LIpE precisou ser formada
antes de se iniciar a construção do portal. Para que seja possível compreender as
dificuldades em gerir esta equipe, é necessário que se compreenda a rotatividade pela
qual a equipe passou, o que é feito logo a seguir.
Esta equipe passou por diversas mudanças na quantidade de pessoas
trabalhando. No início eram duas pessoas, depois ficou apenas o responsável pelo
portal, e posteriormente sofreu outras mudanças quantitativas, chegando até a ter sete
pessoas na equipe. Atualmente a equipe do site possui apenas o responsável pelo portal
novamente, contando com a ajuda de duas pessoas que já fizeram parte da equipe
anteriormente, mas agora são responsáveis por outras áreas do laboratório.
Esta rotatividade supracitada dificultou muito a gestão das pessoas e do trabalho
a ser realizado, pois em um dado momento eram cinco pessoas trabalhando e em outro
momento eram apenas três. Isto aconteceu porque ocorreram diversas mudanças de
bolsistas no LIpE, fazendo com que as pessoas fossem assumindo diversas funções no
laboratório, com o que o planejamento da equipe precisasse ser refeito constantemente.
Com isso, foi necessário estabelecer metas de curto prazo para as pessoas que
estavam na equipe e, caso cumprissem estas metas e continuassem na equipe por mais
28
tempo, eram fornecidas novas metas com o passar do tempo. Desta forma, evitava-se
que todo o trabalho desenvolvido por uma pessoa fosse perdido.
As metas normalmente eram estipuladas para serem feitas em no máximo uma
semana, pois ao longo do tempo viu-se que as pessoas poderiam perder o interesse caso
as metas fossem muito complexas e longas e, além disso, existia a possibilidade de um
integrante deixar a equipe após uma semana. Com isso, foi necessário desenvolver uma
forma de gestão do trabalho que atendesse estas características, o que pode ser
visualizado a seguir:
Figura 5.1 – Gestão do Trabalho Utilizada no Trabalho do Portal.
Fonte: Próprio.
Sob o ponto de vista das pessoas que integravam a equipe, foi necessário realizar
um outro tipo de gestão de forma que não atrapalhasse o horário de estudo dessas
pessoas e que respeitasse o horário de aulas também. Assim sendo, é possível
compreender que o tipo de gestão necessário para atender a estes requisitos é diferente
do tipo de gestão empregado para atender às metas estipuladas.
Além de respeitar os horários, a gestão do tempo tinha ser capaz de otimizar o
trabalho acerca do site nos momentos em que a equipe estivesse trabalhando, tanto
29
individualmente quanto em conjunto. Para tal, desenvolveu-se um planejamento de
gestão do tempo utilizado neste trabalho, o qual pode ser visualizado a seguir:
Figura 5.2 – Gestão do Tempo Utilizada no Trabalho do Site.
Fonte: Próprio.
Até agora foram consideradas questões relativas à otimização do tempo de
trabalho considerando outros afazeres dos integrantes da equipe e a rotatividade de
pessoas dedicadas à equipe, mas, além desses aspectos, precisa-se considerar também
que esta rotatividade fez com que constantemente fosse necessário passar os
conhecimentos técnicos da área de forma que os novos integrantes pudessem trabalhar
efetivamente e, também, realizar um acompanhamento do desempenho das pessoas e
dedicar um tempo para tirar dúvidas e ajudar quando necessário. Com isso, foi
necessário desenvolver outra forma de gestão, dessa vez dedicada às pessoas que
integram a equipe do site do LIpE, a qual pode ser visualizada a seguir:
30
Figura 5.3 – Gestão das Pessoas Utilizada no Trabalho do Portal.
Fonte: Próprio.
Considerando que foram desenvolvidas três formas de gestão diferentes, em que
cada uma delas considera diferentes características e que só é possível utilizar uma
forma de gestão, foi necessário realizar a integração das três formas de gestão em
apenas uma. Esta gestão teria que atender, idealmente, a todas as características
consideradas nas formas de gestão desenvolvidas sem perder a sua capacidade de
otimização, o que é muito complicado. Ou seja, juntar as três formas de gestão (tempo,
equipe e trabalho) sem perder a eficiência desejada. Tendo estas considerações em
mente, desenvolveu-se uma forma de gestão única que procurava atender às
características desejadas, a qual pode ser visualizada a seguir:
31
Figura 5.4 – Gestão Única Utilizada no Trabalho do Site.
Fonte: Próprio.
32
6 Considerações Sobre o Processo de
Construção do Site
Neste capítulo serão feitas considerações sobre o processo de construção do site
e sobre a forma através da qual se buscou a integração de todos os aspectos discutidos.
O processo de construção do portal foi baseado no planejamento adaptativo e,
assim sendo, este sofreu adaptações de acordo com as constantes mudanças da equipe
de trabalho, com as condições de trabalho, com o feedback dado pelos diversos usuários
do site e pela própria equipe do portal, e com os conhecimentos adquiridos ao longo do
tempo sobre a parte técnica por parte do responsável pelo portal e da respectiva equipe.
Inicialmente, foi estipulada a seguinte linha de trabalho: (1) analisar o problema,
que seria construir um site que atendesse às especificações discutidas no trabalho; (2)
realizar o planejamento e os estudos necessários para ser capaz de construir o site; (3)
estudar os envolvidos no projeto, o hardware, ferramentas e programas, limitações e
necessidades do laboratório; (4) organizar todo o trabalho, a equipe, a forma de
execução e de adaptação às mudanças ao longo do tempo devido ao feedback
encontrado pelas partes técnicas e não técnicas, e; (5) implementar a linha de trabalho
encontrada e ser capaz de efetuar as mudanças necessárias para que fosse possível
atingir o objetivo, ou seja, obter um site que cumpra as especificações exigidas.
O processo também foi baseado no ciclo de vida iterativo, portanto tanto o portal
quanto o processo de construção do mesmo foram sendo aprimorados com o passar do
tempo com o auxílio das pessoas envolvidas no projeto e com os conhecimentos
técnicos gradualmente adquiridos. Com isso, e com o que foi discutido nos capítulos
anteriores deste trabalho, foi possível chegar no fluxograma que será apresentado a
seguir.
33
Figura 6.1 – Fluxograma da Linha de Trabalho.
Fonte: Próprio.
Uma vez estipulada a forma de trabalho a ser utilizada, teve início o estudo do
hardware encontrado, das ferramentas e programas que poderiam ser utilizados nele,
das linguagens de programação necessárias para se trabalhar no portal e as necessidades
do LIpE relacionadas ao site. Além disso, o estudo sobre os usuários foi essencial para
definir o layout do portal e para fazer com que este fosse intuitivo para todos os
usuários do mesmo.
Com relação ao layout do portal, é fundamental citar que seguimos com uma
lógica onde o que fosse considerado "entrada" deveria ficar na esquerda, o que fosse
considerado "saída" na direita, o menu do portal próximo ao logotipo do laboratório na
parte superior, e na parte inferior as "ligações" com outros portais. As "entradas" seriam
os campos de login e menus internos, as "saídas" seriam as informações contidas nas
páginas, e as "ligações" com outros portais seriam imagens clicáveis (ou imagens com
link) dos logotipos de outras entidades que possuem alguma relação com o LIpE.
A imagem a seguir apresenta o layout do portal em uso em uma de suas páginas.
34
Figura 6.2 – Layout do Portal.
Fonte: Próprio.
Durante o processo de construção do portal buscamos consultar usuários de
diversas faixas etárias e condições sociais com relação ao layout e a usabilidade do site
a fim de melhorá-lo. Um público-alvo muito presente no desenvolvimento do portal
foram os alunos do curso de Introdução à Informática para Aposentados da UFRJ,
primeiro porque o responsável pelo site fazia parte deste projeto antes de assumir o
trabalho do portal e continua em ambos atualmente, e segundo porque pessoas idosas
que nunca tiveram experiências com a informática tendem a preferir um portal com
características que chamam a atenção tanto de adultos quanto de crianças, ou seja, sites
com texto em quantidade média, com algumas figuras, com cores que contrastem bem e
com textos legíveis.
O desenvolvimento do portal se deu em sua maior parte pelo responsável pelo
projeto, mas diversas tarefas foram distribuídas para a equipe dedicada sempre que
necessário. Isto porque a alta rotatividade da equipe gerava o risco de que alguns
conhecimentos pudessem se perder e, também, que algumas tarefas ficassem atrasadas,
necessitando assim refazer todo o cronograma desenvolvido para o trabalho do portal. O
trabalho desenvolvido pela equipe era supervisionado pelo responsável do site, que
sempre buscou auxiliar no trabalho e passar os conhecimentos adquiridos ao longo do
35
tempo. Além disso, vale ressaltar que foi possível aprender muito com as pessoas que
passaram pela equipe dedicada ao portal.
Para realizar a integração dos aspectos discutidos no processo de construção do
portal foi necessário desenvolver um diagrama relacionando os participantes no
desenvolvimento do site com sua base técnica. Este diagrama é apresentado a seguir.
Figura 6.3 – Diagrama com a Base Técnica e os Participantes no Desenvolvimento do Site.
Fonte: Próprio.
A configuração geral dos componentes que formam a rede do site está
representada no Diagrama de Instalação, que apresenta os softwares utilizados em cada
nó de processamento.
36
Figura 6.4 – Diagrama de Instalação.
Fonte: Próprio.
Os componentes programados que compõem o nó central da rede estão
apresentados no Diagrama de Pacotes abaixo. Os detalhes de cada pacote estão descritos
na programação dos respectivos pacotes, implementados no site, e entregues em
arquivos que fazem parte da documentação do portal, além do presente texto.
Figura 6.5 – Diagrama de Pacotes.
Fonte: Próprio.
37
Uma última consideração acerca do processo de construção do site e sobre a
integração dos aspectos considerados neste trabalho refere-se ao resultado obtido
decorrentes dos aprimoramentos realizados no site no processo de construção do mesmo
e das avaliações dos usuários, onde estes foram considerados parte fundamental deste
trabalho e que, em muitos casos, são deixados "de lado" por programadores mundo
afora.
38
7 Conclusões
Neste capítulo serão discutidas algumas conclusões que puderam ser obtidas a
partir do trabalho desenvolvido.
O projeto atingiu os objetivos propostos, o desenvolvimento de um portal para o
LIpE, a avaliação e domínio de uma técnica e ferramentas para a construção do site por
parte do LIpE e a preparação da estrutura para a manutenção continuada do portal.
Foi possível observar que a alta rotatividade de integrantes da equipe do site foi
um dos fatores que mais atrapalharam o processo de construção e manutenção do portal,
pois existe a necessidade de que as pessoas tenham os conhecimentos técnicos
relacionados para que seja possível realizar alguma tarefa na equipe. Com isso, algumas
pessoas que fizeram parte da equipe acabaram apenas estudando as ferramentas,
hardwares e softwares.
As limitações de recursos encontradas no laboratório acabaram atrapalhando
inicialmente o trabalho, principalmente as limitações de hardware. Isto porque foi
necessário realizar pesquisas e testes mais aprofundados para que não houvesse
comprometimento de desempenho e nem eventuais problemas devido à falta de
planejamento e compreensão dos recursos disponíveis para desenvolver o portal. Além
disso, vimos que era necessário que integrantes da equipe de redes do laboratório
trabalhassem em conjunto com a equipe do site para que não ocorressem falhas de
segurança.
É possível observar que o diferencial deste trabalho é o fato de que os usuários
sempre fizeram parte do planejamento, pois com a ajuda destes o portal adquiriu as
características procuradas de forma que a sua utilização fosse simples e intuitiva. Além
disso, temos que o feedback contínuo dado pelas pessoas ajudou a aprimorar o processo
iterativo utilizado para a construção do portal, favorecido pelo planejamento adaptativo.
O fato de lidar diretamente com os usuários fez com que fosse possível enxergar
a necessidade de se preocupar com as pessoas que fazem uso do portal. Isto fez com que
houvesse uma quebra de paradigma por parte de todos que passaram pela equipe do site,
pois muitos engenheiros se formam visando apenas atender às especificações das
empresas e pensando no dinheiro, quando na verdade os projetos desenvolvidos devem
atender também as pessoas que usufruem das tecnologias produzidas. Além disso, não
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tem sentido desenvolver um produto que ninguém consiga utilizar, por mais que este
seja uma solução ótima sob o ponto de vista de questões técnicas. Devemos destacar
ainda que o LIpE, de um modo geral, auxilia muito as pessoas que trabalham no
laboratório neste sentido, pois mesmo alguém que trabalha na manutenção de
computadores entra em contato com os usuários das máquinas que são fruto do seu
respectivo trabalho.
Sob o ponto de vista do nosso aprendizado no desenvolvimento deste projeto,
vale destacar que foi possível adquirir os conhecimentos técnicos envolvidos e que é
importante que se tenha sempre a preocupação com os usuários, buscando interagir com
estes sempre que for possível.
Finalmente como propostas para desenvolvimentos futuros, concluímos que há a
necessidade da criação de uma estrutura para manter a documentação relativa aos
trabalhos desenvolvidos no laboratório de um modo geral, pois assim poderíamos evitar
ter que realizar tarefas desnecessariamente com a saída de integrantes das equipes.
Além disso, a aquisição de hardwares melhores para o servidor do site é essencial para
que se possa desenvolver um portal com menos restrições.
Já em relação ao site, é possível observar que foi possível estabelecer uma forma
de construção que pode ser facilmente implementada e adaptada em situações futuras no
LIpE. Além disso, a passagem de conhecimento entre as pessoas que compõem a equipe
auxilia nesse processo e é fundamental para que se evite a perda dos conhecimentos
adquiridos, uma vez que há uma alta rotatividade de integrantes na equipe dedicada ao
site. Ainda devemos destacar que a passagem de conhecimento entre os integrantes
favorece a criação de sistemas de backup para o laboratório.
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