AVM PEDAGOGIADisciplina: AlfabetizaçãoProfessora: Monica Machado

Grupo Ação Educativa Adriana Teixeira Bruno Gawryszewski Daniele Rosa Elane Neves Maria Margarida Avelar Monica Rocha

ENTREVISTAS

Profissionais da Educação Infantil e da Alfabetização da Escola Municipal Edna Poncioni Ferreira

EDUCAÇÃO INFANTILProfessora Silvia Vieira Machado ALFABETIZAÇÃOProfessora Maria Isabel Baliu

ALFABETIZAÇÃOPergunta: Como você trabalha a linguagem oral com seus alunos?

Resposta: Desenvolvo atividades que possibilitam momentos de interação social entre as crianças .Estimulo a habilidade de narrativas, desenvolvendo a criatividade e despertando nas crianças o gosto pela leitura. Em rodas de conversa e de contação de histórias, registro o processo realizado no trabalho com a linguagem oral, para que possa proporcionar a participação ativa deles com perguntas e interpretações orais.

P) Qual a importância do grafismo na construção da linguagem escrita, nesta fase da educação?

R) Ele é muito importante, pois é a primeira forma de expressão; aluno manifesta sua emoção, revela como interpreta sua comunidade e as personagens que a compõe e desenvolvendo noções de espaço, tempo, quantidade, sequência, etc. necessárias para a construção da escrita.

P) Como você insere as expressões plástica, sonora e corporal no seu planejamento?

R) Recorro ao repertório sociocultural, à tradição oral, para que possam construir novos saberes a partir dos que já possuem. Utilizo quadrinhos, músicas, poesias, narrativas, imagens, cantigas de roda, artesanato, pintura, modelagens, jogos e brincadeiras no cotidiano. A multiplicidade de linguagens enriquece a minha prática. Percebo que a aprendizagem tem significado para as crianças.

P) Qual a sua opinião quanto à antecipação da escolarização obrigatória no Ensino Fundamental?

R) Achei ótima. Vivemos num mundo letrado onde a criança que cresce na região urbana principalmente, tem contato com propagandas, rótulos, etc. Na educação infantil ela terá contato com diferentes linguagens num ambiente propício ao desenvolvimento da sua autonomia e da sua criatividade, que facilitará o seu processo de alfabetização .

ANO 1 ALFABETIZAÇÃOP) Como você vem construindo os

conhecimentos linguísticos na sua turma?

R) Articulando a linguagem oral com a linguagem escrita. A criança, vivendo em um ambiente letrado, é capaz de antecipar algo sobre o que se escreve e estabelecer uma distinção clara entre o que pertence ao domínio oral e o escrito.

P) Qual a sua opinião quanto ao ensino da norma culta?

R) Vejo a escola de ensino fundamental como o espaço próprio para introduzir o aluno nesse conhecimento. Não oferecer a norma culta da língua é manter o aluno pobre no estado de subordinação social no qual se encontra, e que a escolarização pode modificar.

P) Você concorda com as queixas dos alunos, em relação à descontinuidade do trabalho com as expressões plásticas, sonoras e corporais quando chegam ao primeiro ano?

R) Acredito que ainda aconteça, embora possamos perceber com um simples olhar que este pensamento e prática já se transformaram, pois é sabido que a ludicidade ajuda a desenvolver o aprendizado integral da criança.

P) Como você articula essa multiplicidade de linguagens na sua prática pedagógica?R) Entendo que a leitura e a escrita se constroem no entrelaçamento da leitura de mundo e da palavra, logo, exploro o conhecimento que as crianças têm da língua a partir do repertório cultural delas e suas famílias, realizando pesquisa, leitura e escrita de cantigas de roda e ninar e estabelecendo uma relação profunda com os meus alunos.

Conclusão do grupo em relação às entrevistas

O processo de alfabetização /letramento está no mundo e a criança vive nesse espaço. Então, esse processo tem seu início antes mesmo da criança ingressar na escola e se prolonga por toda vida.

Percebemos que a prática pedagógica mudou e ainda precisa avançar mais, principalmente na capacitação do profissional que estará à frente desse grupo e na busca por ações que incentivem os alunos a quererem descobrir o novo .

Nas entrevistas realizadas ,notamos que o trabalho na escola é integrado, ou seja, o grupo planeja de forma continuada, sem haver ruptura no processo de aprendizagem, buscando a contextualização.

“Violência na escola em tempo de web 2.0”

Entrevista/Depoimento da Coordenadora Pedagógica da escola, Profª Heloisa Guimarães.Grupo: A escola possui algum projeto que trabalhe esse tema? ProfªHeloisa: Sim. O tema violência está presente no projeto anual – “Cultura pela Paz” que é trabalhado em projetos menores ao longo do ano , com o atual – “Festas X Violência”

A sala de leitura dá suporte ao projeto através da seleção e oferta de vários títulos relativos ao tema, para empréstimo aos alunos e para o trabalho docente.Para o subtema atual programou diversas modalidades de contação de histórias regionais, mostrando a riqueza de várias culturas e o respeito que devemos ter aos costumes diferentes dos nossos.

A prática pedagógica com esse tema consiste em respeitar o outro, não discriminar. Entender as especificidades de cada um e aprender que o mundo necessita das diferenças para crescer, através de pequenos eventos que culminam com uma festa, para que eles aprendam a conviver com a diversidade. As crianças participam ativamente ,pois nosso objetivo é envolve-los em dinâmicas que propiciem a interação dos alunos de forma harmoniosa, criando um ambiente de tolerância na resolução de conflitos.

CONCLUSÃO

O grupo pode perceber que o planejamento da escola é muito bem elaborado e que há participação de todos na sua construção e que a prática de avaliar e (re)planejar acontece, corrigindo possíveis desvios e orientar o grupo. Vimos que as professoras entrevistadas trabalham contextualizando situações reais do meio social do aluno, trazendo discussões e problematizando-as, proporcionando, assim, uma aprendizagem significativa ao aluno.

O tema “Violência e Escola” estava sendo trabalhado junto ao projeto Festa Junina, que tinha como objetivo trabalhar a festividade como um momento de alegria, confraternização, paz, distanciando-se de uma ocasião para brigas e discussões e lembrando que o Brasil é um pais continental, com uma riqueza de costumes que devem ser respeitados .