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  DENISE ALVES DE JESUS ROSAL FERNANDA DE MORAES PENA EDELINE LIMA COSTA MARCOS FRANCISCO CABRAL MICHELLY NUNES DA SILVA PROJETO INTEGRADOR APLICAÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS NO CULTIVO DE TOMATE Goiânia 2010 Faculdade de Tecnologia SENAC Goiás Curso de Gestão Ambiental 

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DENISE ALVES DE JESUS ROSALFERNANDA DE MORAES PENA

EDELINE LIMA COSTAMARCOS FRANCISCO CABRAL

MICHELLY NUNES DA SILVA

PROJETO INTEGRADORAPLICAÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS NO CULTIVO DE TOMATE

Goiânia

2010

Faculdade de Tecnologia SENAC GoiásCurso de Gestão Ambiental 

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DENISE ALVES DE JESUS ROSALEDELINE LIMA COSTA

FERNANDA PENA DE MORAESMARCOS FRANCISCO CABRAL

MICHELLY NUNES DA SILVA

PROJETO INTEGRADOR

APLICAÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS NO CULTIVO DE TOMATE

Trabalho apresentado à unidade curricular

de Projeto Integrador II voltado paraDiagnóstico Ambiental, como requisitoparcial para aprovação no II Módulo docurso de Gestão Ambiental da Faculdadede Tecnologia Senac Goiás, soborientação da professora Katia AlineForville de Andrade.

Goiânia2010

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 1 2 DA AGRICULTURA A CULTURA DO TOMATE ...................................................... 2 

2.1 – A História da Agricultura .............................................................................. 2 2.1.1 Agricultura no Brasil .................................................................................... 3 2.1.2 Agricultura em Goiás ................................................................................... 4 2.2 A Cultura do Tomate ...................................................................................... 5 2.2.1 Municípios goianos produtores de tomate ................................................... 7 2.2.2 Organização dos produtores de tomate .................................................... 10 2.2.3 Características do tomate ......................................................................... 11 2.2.4 Espécies de tomate ................................................................................... 12 

3 PROCESSOS E INSUMOS .................................................................................... 13 3.1 Insumos ........................................................................................................... 13 

3.1.1 Solo ........................................................................................................... 13 3.1.2 Sementes .................................................................................................. 14 3.1.3 Água .......................................................................................................... 15 3.1.4 Adubo Orgânico ........................................................................................ 15 3.1.5 Equipamentos e Mão-de-Obra .................................................................. 15 

3.2 Processo de Plantio ......................................................................................... 17 3.2.1 Escolha da área de plantio ........................................................................ 17 3.2.2 Época de plantio........................................................................................ 18 3.2.3 O preparo do solo...................................................................................... 18 3.2.4 Limpeza da Área ....................................................................................... 19 3.2.5 Calagem ................................................................................................... 19 3.2.6 Uso de adubo orgânico ............................................................................ 20 3.2.7 Adubação em Cobertura .......................................................................... 21 3.2.8 Plantio / Propagação ................................................................................. 21 3.2.9 Produção de Mudas .................................................................................. 22 

3.3 Manejos ........................................................................................................... 23 3.3.1 Irrigação da Cultura ................................................................................... 23 3.3.2 Transplantio .............................................................................................. 25 3.3.3 Tutoramento .............................................................................................. 26 3.3.4 Controle de plantas invasoras ................................................................... 26 3.3.5 Controle fitossanitário e Prevenção de Doenças ...................................... 27 3.3.6 Controle de insetos ................................................................................... 30 3.3.7 Uso de Agrotóxicos ................................................................................... 31 3.3.8 Conservação do Solo ............................................................................... 33 

3.4 Colheita............................................................................................................ 34 4 RISCOS E IMPACTOS........................................................................................... 37 

4.1 Riscos .............................................................................................................. 37 4.1.1 Degradação do solo ................................................................................. 38 4.1.2 Degradação do solo no plantio de tomate ................................................ 39 4.1.3 Problemas da irrigação ............................................................................. 40 

4.2 Resíduos .......................................................................................................... 41 5 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL .................................................................................. 42 

5.1 – Legislação quanto aos Agrotóxicos .............................................................. 43 

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6 TECNOLOGIAS AMBIENTAIS ............................................................................... 45 6.1 Tecnologias Limpas ......................................................................................... 46 6.2 Novas Técnicas Empregadas no Cultivo do Tomate ....................................... 47 

6.2.1 Plantio direto ............................................................................................. 47 6.1.2 Controle biológico...................................................................................... 49 6.1.3 Gotejamento e a fertirrigação no plantio de tomate................................... 51 6.1.4 Fertirrigação .............................................................................................. 53 

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 54 8 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 55 

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1 INTRODUÇÃO

Este trabalho aborda o cultivo de tomates, com o objetivo de abordar as

técnicas convencionais de produção, sobretudo apontando soluções ambientais por

meio de novas tecnologias que estabeleçam padrões mais eficientes no processo

produtivo do tomate.

É muito importante realizar estudos dos impactos gerados na agricultura e de

como chegar à sustentabilidade. Considerando que o homem esta envolvido com

práticas de cultivo e busca pelo desenvolvimento econômico é preciso entender que

tal prática deve estar vinculada à conservação ambiental. 

Gomez Orea (1992) diz que o meio ambiente é um conjunto de elementos

físicos, biológicos, econômicos, sociais, culturais e estéticos que interagem entre si,

com o individuo e com a comunidade em que vive, determinando sua forma, caráter,

comportamento e sobrevivência.

É importante ressaltar que a agricultura é responsável por aproximadamente

80% do comércio no Brasil segundo (EMBRAPA,1993), sendo assim a busca por

novas tecnologias capaz de reduzir os custos gerados com a industrialização das

culturas geradas em solo brasileiro, tem se tornado cada vez mais crescente.

Analisando os aspectos sócio-econômicos, a cultura do tomateiro é hoje a mais

importante hortaliça produzida no Brasil.

Com o mercado em expansão as empresas passaram a necessitar de

produtos com maior rotatividade e lucratividade. Neste sentido, no Estado de Goiás,

onde se concentra a maior parte da produção de tomate no Brasil, começou a

implantar sistemas para a produção mais rápida e custo reduzido. Assim, com a

implantação desses sistemas a investigação de novas tecnologias passa a ser

inevitável.

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Por meio da revisão da literatura a partir de consultas realizadas em livros,

trabalhos acadêmicos e bancos de dados virtuais relacionados ao tema, foi possível

a obtenção de informações mais precisas sobre o assunto a ser abordado que

envolve as novas tecnologias no plantio de tomate em Goiás.

2 DA AGRICULTURA A CULTURA DO TOMATE

Como este trabalho aborda a cultura do tomate foi necessário apresentar

nesta parte o histórico da agricultura no mundo, no Brasil e em Goiás, a partir da

realização de pesquisas bibliográficas com base em Linhares (1990), Ferreira e

Fernandes Filho (2003) e Estevam (2004).

2.1  – A História da Agricultura

A agricultura é utilizada no mundo desde a Pré-história quando os grãos que

caiam da alimentação eram coletados pela natureza e produziam novas plantas. Os

indivíduos desse período começaram a perceber que essa prática permitia aquisição

de mais alimentos. Assim, as sementes começaram a ser plantadas próximas umas

das outras possibilitando e facilitando o cultivo.

Os grãos passaram a ser selecionados de acordo com suas características,

tais como: tamanho, produtividade, sabor etc. As áreas agrícolas eram localizadas

às margens de rios e lagos, facilitando a irrigação.

À medida que a população humana aumentava houve uma necessidade de

ocupar maiores extensões de terra para o cultivo de plantas. Entretanto, a ocupação

de grandes extensões territoriais nem sempre eram bem sucedidas obrigando as

pessoas a buscarem novas terras, outras vezes produziam bons rendimentos,

obrigando as comunidades a utilizarem novas técnicas para o plantio de grãos

selecionados e em maiores quantidades.

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Naquele período iniciou-se a migração de indivíduos para novas terras férteis,

o que com a evolução tecnológica passou a exigir novas técnicas para usufruir

melhor da terra e dos grãos.

2.1.1 Agricultura no Brasil

Antes da ocupação do Brasil por Portugal os nativos já faziam uso da terra

para sua sobrevivência. Eles se dedicavam a agricultura cultivando variedades como

a mandioca, o amendoim, tabaco, milho entre outras espécies.

Mesmo com a introdução do cultivo de cana-de-açúcar no nordeste brasileiro

não foi suficiente para o desenvolvimento agrícola, técnico e social. A economia do

Brasil passa a ser dependente da exportação do açúcar, contudo no século XVII

ocorre um declínio nesta prática.

A agricultura toma um novo rumo, as produções agrícolas se diversificam,

começa o cultivo de algodão, tabaco e cacau. As propriedades são divididas dando

inicio ao feudalismo1 que gera uma estrutura social arcaica e baixa tecnologia

agrícola.

No fim do regime monárquico no Brasil o café é introduzido no país, sendo

consolidado somente na região Sudeste. O mercado de exportação do café salta de

dezenove por cento para cerca de sessenta e três por cento, ente 1880 e 1890,

surgindo assim os chamados Barões do café.

Com a crise econômica internacional de 1930 incrementa-se a

industrialização do país encerrando o ciclo cafeeiro, dando início a “Marcha para o

Oeste” que caracterizou a ocupação da região Centro-Oeste brasileira.

1Na época das Capitanias Hereditárias, os donatários não tinham os mesmos direitos dos senhoresfeudais. A caracterização da Colônia como feudal surgia então por analogia, devido à presença dolatifúndio

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Em 1938 é fundada o Departamento Nacional de Pesquisa Agropecuária

(DNPEA), mas só em 1972dá-se inicio às pesquisas agropecuárias através dos

Programas de Pesquisas Agropecuárias (PEPA) com o objetivo de melhorar

os trabalhos com arroz, feijão, milho, sorgo, soja e bovinos.

Somente em 1973, com a fundação da Empresa Brasileira de Pesquisa

Agropecuária (EMBRAPA), no período do regime militar, ocorre o desenvolvimento

de novos plantios. As fronteiras agrícolas se expandem tomando outras regiões,

principalmente do bioma cerrado2, começando uma fase de produção em escala

semi-industrial com o cultivo de soja, algodão e feijão.

Já na década de 1980, o pacote tecnológico rural inclui maquinários e

insumos, mecanizando o cultivo e reduzindo o trabalho no campo, porém

intensificando o êxodo rural.

2.1.2 Agricultura em Goiás

O desenvolvimento agropecuário do Estado de Goiás se deu na era Vargas

com a preocupação capitalista na expansão agrícola e crescimento territorial. O

Estado passou a ter a responsabilidade de sustentar o desenvolvimento das regiões

sul e sudeste do país. Segundo Ferreira e Fernandes Filho (2003) Goiás passa a ser

fornecedor de alimentos e matérias-primas para o restante das regiões

industrializadas do país.

Essas transformações contribuíram em muito para o desenvolvimento do

Estado, com a transferência da capital federal para o Centro-Oeste brasileiro, a

implementação de eixos rodoviários, projetos e programas de incentivos para

agricultura moderna.

2Bioma Cerrado é o segundo maior do país, ocupando uma área de 2.036.448, corresponde a maisde 23% do território brasileiro.

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O solo do Estado de Goiás é propício ao desenvolvimento do plantio de

diversas culturas por ser um solo rico em nutrientes como o níquel, fosfato, amianto,

titânio, manganês.

Desta forma, com a expansão agrícola, novas culturas são introduzidas no

Estado, como: soja, milho, cana-de-açúcar, tomate, algodão entre outras. As

fronteiras agrícolas se estreitavam possibilitando cada vez mais a consolidação

agrícola do Estado de Goiás.

No período de expansão houve um estímulo para aumentar o povoamento

dos municípios do Estado. Em 1882, o município de Rio Verde se torna cidade deacordo com a Lei Provincial nº670, a população cresce gerando mais mão-de-obra,

contudo especializada. Até os anos de 1960, a cidade de Rio verde se mantém em

primeiro lugar no pólo agropecuário tanto na produção bovina como na produção de

grãos e leguminosas. Já a partir de 1970, acentua-se a modernização da agricultura

no Estado.

Com o crescimento significativo do mercado agrícola, muitos municípioscomeçaram a expandir seus negócios, distribuindo e adaptando as culturas por

regiões.

Embora alguns produtores que estavam em busca de culturas mais fácies

começaram a buscar novas alternativas de plantio, viram no tomate uma escolha

plausível e lucrativa.

Em Goiás a safra de tomate começou ganhar espaço na década de 70, e os

produtores começaram a efetuar o plantio por regiões em grande escala.

2.2 A Cultura do Tomate

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O tomate está entre as hortaliças mais consumidas no mundo, é um fruto

originário dos países andinos, desde o norte do Chile até a Colômbia. Pertence a

família das Solanáceas, como a pimenta, pimentão e berinjela. (GLOBO RURAL,

2010)

Apesar de ser originário da região dos Andes, da faixa de terras que vai do

norte do Chile até a Colômbia, o tomateiro foi inicialmente cultivado no México.

Antes considerado venenoso, por muito tempo o tomate foi utilizado pelos

europeus como planta ornamental. Apenas no século XIX, seu consumo tornou-se

difundido. Atualmente, está presente em várias receitas culinárias no mundo todo.

Os anos 1990 marcam uma nova fase da agroindústria de tomate. Com a

queda na produção da região sudeste surge uma nova fronteira de produção

agrícola, a região de Goiás, que se consolida como a maior região de produção de

tomate atualmente. (GLOBO RURAL, 2010)

A produção brasileira de tomate apresenta um crescimento deaproximadamente 43 % no período de 2000 a 2010, conforme mostra o gráfico 1.

Mil/ton.

 Gráfico 1 – Produção Brasileira de Tomate de 2000 a 2010.Fonte: IV Congresso Brasileiro de Tomate (2010)

O aumento da produção brasileira de tomate apresentado no gráfico 1 coloca

o Brasil como o 5º maior produtor mundial (IV CBT, 2010).

De acordo a demanda do mercado e o constante crescimento na linha de

produção do tomate industrial (rasteiro) e o tomate de mesa, leva o Estado de Goiás

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e o Distrito Federal a alcançarem juntos a posição de maior produtor nacional em

produtividade, conforme dados do quadro 1.

Quadro1- Distribuição da Produção Brasileira – 2010Regiões Produção – mil/ton.

Goiás/DF 1.291São Paulo 325

Outros Estados 98Total 1.714

Fonte: IV Congresso Brasileiro de Tomate (2010).

2.2.1 Municípios goianos produtores de tomate

Goiás reconhecido como maior produtor nacional de tomate(GCEA/LSPA/IBGE – 2009 )

O crescimento da procura nacional por produtos oriundos do tomate e seus

derivados traz boas notícias a Goiás. Reconhecido como maior produtor de tomatedo Brasil, o Estado tem área plantada de 7.546 hectares e produção total de cerca

de 660 mil toneladas. Além dos dividendos econômicos que representa, esta cultura

gera benefícios sociais, uma vez que emprega muita mão-de-obra, ao mesmo tempo

em que representa matéria-prima para a indústria. Segundo dados de pesquisa

realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2009, no

Estado existem 44 municípios produtores de tomate, as dez principais cidades

produtoras são elencadas na tabela 1.

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Municípios Área Colhida (ha) Produção(t) RendimentoMédio(kg/ha)

1º SILVÂNIA 280 15.400 55.000

2º LEOPOLDO DE BULHÕES 250 13.750 55.000

3º GAMELEIRA DE GOIÁS 250 13.750 55.000

4º BONFINÓPOLIS 200 11.000 55.000

5º PIRENÓPOLIS 180 8.100 45.000

6º CORUMBÁ DE GOIÁS 100 4.500 45.000

7º INHUMAS 60 3.600 60.000

8º GOIANÁPOLIS 80 3.600 45.000

9º TRINDADE 50 3.000 60.000

10º CATALÃO 30 2.400 80.000

Tabela 1 - Municípios goianos com maior produção de tomate de mesa no ano de 2009Fonte: GCEA/LSPA/IBGE – 2009

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Mapa de localização dos municípios ;

Mapa dos municípios produtores de tomateno Estado de Goiás

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2.2.2 Organização dos produtores de tomate

Independe do aumento da demanda de mercado do crescimento da linha de

produção do tomate industrial (rasteiro) e o tomate de mesa, os produtores de

tomate no Estado de Goiás ainda carecem de representatividade de classe, como

discutido no IV Congresso Brasileiro de Tomate  – IV CBT realizado na cidade de

Goiânia no mês de novembro de 2010.

Isto com exceção da linha industrial, que conta com uma subcomissão de

criadores de mudas/viveiros, produtores e indústria ligada à Federação da

Agricultura e Pecuária de Goiás  – FAEG, órgão gestor e representativo da classe

agropecuária, que busca resultados junto ao mercado nacional e o devido

reconhecimento internacional junto ao Conselho Mundial do Tomate para

Processamento Industrial - WPTC (IV CBT, 2010).

Esta ação, sem dúvidas nenhuma, tem trazido resultados positivos com

referência a produção de tomate industrial no cenário internacional, alavancando

negócios e dando maior visibilidade para o mercado, captando linhas de crédito para

a classe produtiva.

Mesmo assim, pode-se afirmar a importância de outras ações de promoção, a

exemplo do IV Congresso Brasileiro de Tomate Industrial e o II Seminário Nacionalde Tomate de Mesa, no período de 17 a 19 de novembro de 2010, em Goiânia (GO).

O evento, que já realizou sua quarta edição, busca motivar para a necessidade do

real envolvimento das classes produtivas e organização interna de suas

representatividades, vindo, portanto, a despertar, a real necessidade de se criar

associações institucionais de forma legal, em busca do fortalecimento das classes

produtivas do tomate, em toda sua cadeia produtiva.

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2.2.3 Características do tomate

Segundo (Mari, 2009), A propagação do tomate é feita por sementes. A

germinação ocorre de 5 a 7 dias após a semeadura. A planta inicia o florescimento

aos 45 a 50 dias da semeadura, e o início da maturação dos frutos é de 45 a 60 dias

depois. O período de colheita do tomateiro conduzido por estaqueamento pode-se

estender por mais de dois meses porque, à medida que as plantas crescem,

ocorrem florescimento e frutificação. As várias espécies de tomateiro para

processamento industrial, principalmente aquelas para colheita mecanizada, onde

mais de 95% de frutos ficam maduros, fazem uma ou duas colheitas. A planta é

hermafrodita, isto é, tem os dois sexos na mesma flor.

A haste é flexível e não suporta o peso dos frutos na posição vertical, a

menos que a mantenha presa num suporte. O tomateiro é de rápido

desenvolvimento e, dependendo da variedade, o crescimento da planta pode chegar

a mais de 1 metro de comprimento para tomate conduzido por estaqueamento, ou

menos de 50 centímetros para tomate para processamento industrial. (Mari, 2009)

As condições climáticas favoráveis para o bom desenvolvimento vegetativo e

produção dos frutos são: temperatura amena e boa disponibilidade de água no solo.

Quanto ao efeito de altas temperaturas, hoje, depois de extensos programas de

melhoramento genético, há variedades ou híbridos tolerantes a essas condições.

Há também frutos que apresentam cor alaranjada e contam com boa

presença de beta-caroteno, precursor da vitamina A. O tomate ainda possui vitamina

C, vitaminas do complexo B, fósforo e potássio, é composto também principalmente

de água, possuindo aproximadamente 14 calorias em 100 gramas. Alguns estudos

comprovam sua influencia positiva no tratamento de câncer, pois o licopeno,

pigmento que dá cor ao tomate, é considerado eficiente na prevenção do câncer depróstata e no fortalecimento do sistema imunológico, (João Mathias, 2008). Segundo

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(Davies, 1981), O fruto do tomateiro possui em sua composição de 93% a 95% de

água. Nos 5% a 7% restantes, encontram-se compostos inorgânicos, ácidos

orgânicos, açúcares, sólidos insolúveis em álcool e outros compostos.

2.2.4 Espécies de tomate

Existem mais de 80 espécies cultivadas e uma grande segmentação, devido os

diferentes tipos de produto e formas de oferecê-lo ao mercado, nas quais pode-se

destacar algumas delas: Caqui/maça/Gaúcho, Italiano, Salada, SweetGrape, Santa

Cruz e Cereja (quadro 2). (Takii, 2010)

Quadro 2- Espécies de tomate mais consumidas no Brasil

Nome Comercial Características Uso

TomateCaqui/Gaúcho

I. Cor vermelho rosado.II. Poupa Grossa e pouco ácida.

III. Possui 10 cm de diâmetro.IV. Peso médio 140-250g.

Usado na culinária parasaladas em geral.

Tomate Salada

1 Cor vermelho rosado.2 Formato redondo, achatado.3 Possui diâmetromaior que 75

mm.

Usado na culinária parasaladas em geral.

Tomate Cereja

Cor vermelho brilhante. Possui crescimento

precoce e indeterminado. Frutos arredondados e

uniformes. Peso médio 15-20g. Tolerante a oscilações de

temperatura.

Por possuir um grau Brix* quevaria 9-10. Pode ser

consumido como fruto devidoseu sabor adocicado.

TomateSweetGrape

Ciclo de vida de 60 dias Cor vermelho rosado. Cultivo é protegido por estufas. Peso médio 12g. Grau Brix de no mínimo 6.

É fruto menos ácido do que o

tomate salada devido seugrau Brix. Possuicaracterísticas similares ao

tomate cereja. Usado naculinária em geral.

Tomate SantaCruz

Cor vermelha. Comprimento de 0,7 cm Diâmetro 0,5 cm Peso médio de 90g.

Usado na culinária em geral,principalmente em saladas.

Tomate Italiano

Possui cor vermelho intensa. Comprimento de 7-10 cm. Diâmetro de 3 e 5 cm. Poupa espessa.

Devido possuir uma poupaespessa ele é usado na

culinária para o preparo de

molhos.

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Refratometria na escala Brix: Constitui em um método físico para medir a quantidade de sólidos

solúveis presentes em uma amostra. Baseia-se em um sistema de graduação de aparelhos

especialmente para ser utilizado na indústria açucareira, mais precisamente na análise de açúcares

em geral que estejam em solução. (Scielo, 2010) 

3 PROCESSOS E INSUMOS

Nesta parte são abordados insumos e processos envolvidos no processo

produtivo convencional do tomate. Primeiramente são identificados os insumos e

posteriormente os processos existentes.

3.1 Insumos

Os insumos são apresentados o solo, as sementes, água e, por fim,

equipamentos e mão-de-obra.

3.1.1 Solo

O solo constitui-se em um corpo e material inconsolidado que recobre a

superfície terrestre imersa, entre a litosfera e a atmosfera o solo é a camada na qualse desenvolve vida vegetal e estes são constituídos de três fases: (EMBRAPA,

1993)

a) Sólida - que perfazem os minerais e matéria orgânica;

b) Líquida - que são as soluções do solo;

c) Gasosa - caracterizada pelo ar.

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Estas podem ser encontradas em diferentes proporções dependendo de

fatores como tipo de solo e forma de utilização. (ESPINOSA, 1991)

Um solo é um produto de uma ação combinada e concomitante de diversos

fatores. São fatores da formação do solo: clima, material de origem, organismos,

tempo e relevo. (id.:)

O solo tem a função de ser o principal substrato utilizado pelas plantas para o

seu crescimento e disseminação, tem a função de reciclagem e armazenamento de

nutrientes e detritos orgânicos, controle do fluxo da água e ação protetora da

qualidade da água subterrânea, pois serve de habitat para a fauna do solo. (id.:)

A primeira camada rica em húmus, detrito de origem orgânica, é o solo. Essa

camada é também chamada de camada fértil, sendo a melhor para o plantio, pois

nela as plantas encontram alguns sais minerais e água para se desenvolver. (id.:)

3.1.2 Sementes

Segundo o dicionário Michaelis Uol (2010) sementes é substantivo feminino

que vem do latim semente, que na botânica representa um óvulo fecundado, maduro

e desenvolvido, constituído geralmente de amêndoa e tegumento, ou qualquer

substância ou grão que se semeia ou que se lança à terra para se fazer germinar; ou

ainda as partes propagativas de uma planta, preservadas para o próximo plantio.

Para o sucesso da cultura a idoneidade das sementes deve ser levada em

consideração o acondicionamento em latas ou envelopes de papel alumínio, com

todas as informações necessárias como, maneira de cultivar, percentagem de

germinação e de pureza e data de validade. (EMBRAPA, 1993)

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3.1.3 Água

A água é uma substância química (H2O: hidrogênio e oxigênio) sendo

essencial para todas as formas de vida.

Ela é encontrada das diversas formas, que além do estado líquido apresenta

as propriedades em estado sólida (gelo) e gasoso (vapor). Na terra ela é encontrada

nos oceanos, rios, lagos e lagoas, como também nas geleiras e calotas polares.

Seu uso na agricultura é proveniente dos rios, lençóis subterrâneos, represas

e lagos para irrigação das culturas, desde nossos antepassados.

3.1.4 Adubo Orgânico

Pode-se utilizar adubo orgânico, composto por materiais orgânicos como

estercos, tortas, cascas, lodo de esgoto, composto orgânico, húmus, dentre outros,

podem ser utilizados para compor substratos isolados ou em misturas em diversas

proporções. Para se definir o adubo ideal para uma determinada cultura, deve-se

avaliar a quantidade de nutrientes presentes no referido adubo e essencial ao

crescimento e desenvolvimento das plantas, apresentar baixa densidade,

condutividade elétrica, elevada capacidade de infiltração e retenção de umidade e

isenção de patógenos, plantas daninhas e metais pesados.

3.1.5 Equipamentos e Mão-de-Obra

As quantidades de mão-de-obra, máquinas e insumos necessários para a

cultura são definidos a cada 1 ha de tomateiro tutorado (15 mil plantas). Com base

nesses dados, cada produtor pode fazer sua própria previsão de custo, tomando

como referência os preços unitários de cada fator em sua região, por ocasião do

plantio. (ESPINOSA, 1991)

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No quadro 3 a necessidade de mão-de-obra na cultura do tomate.

(ESPINOSA,1991) 

Quadro 3 – Emprego de mão-de-obra e maquinários da cultura do tomateiro

Operações Unidade Quantidade (1 ha) 

Limpeza da área d-h 20

Aração, (2) h-t 8

Gradagem, (2) h-t 6

Aplicação de calcário h-t 3

Marcação do sulco d-h 1Sulcamento h-t 3

Distribuição da matéria orgânica h-t 8

Distribuição da matéria orgânica d-h 10

Distribuição dos adubos d-h 4

Incorporação M.O + adubos d-h 10

Produção de mudas d-h 25

Transplantio d-h 20

Tutoramento d-h 30

Irrigação d-h 70

Irrigação h-motor bomba 70

Aplicação de defensivos d-h 15

Aplicação de defensivos h-máquina 30

Cultivos d-h 10

Adubação em cobertura d-h 5

Amarração e desbrota d-h 100

Colheita d-h 80

Seleção, classificação e acondicionamento d-h 100

Transporte interno h-t 60

Legenda: d-h - homem-dia (8hs); h-t – hora-trator

Fonte: Com dados obtidos Espinosa, 1991

Como se observa no quadro 3 a unidade de mão-de-obra é dia-homem (d-H),

ou seja, a quantidade de dias na jornada de 8 horas, que um homem leva para

realizar o trabalho é igual a quantidade de diárias que tem de ser paga para a

execução do serviço. Já a unidade de trabalho de máquina é definida por hora-trator

(h-t), isto é, a quantidade de hora que um trator leva para realizar o trabalho.

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3.2 Processo de Plantio

O cultivo do tomateiro tem maior adaptação em clima tropical de altitude

subtropical, fresco e seco com alto índice de luz. . (EMBRAPA, 1993)

A temperatura favorável a germinação é na faixa de 20 a 25ºC, já no

desenvolvimento vegetativo o ambiente ideal para a floração e a frutificação e o

crescimento, esta entre 18 a 25ºC diurnos e de 13 a 24ºC noturnos. Contudo,

temperaturas acima dos 28ºC, com ventos quentes e fortes, além de colocar em

risco a queda das flores, prejudica a firmeza e a cor dos frutos, que podem ficar

amarelados e ocos devido a inibição do licopeno, responsável pela coloração

vermelha típica, dentre outros. (EMBRAPA, 1993)

Em regiões brasileiras onde as temperaturas podem chegar a 0º, são

recomendados o plantio da fruta entre os meses de Agosto a Janeiro, pois este tipo

de ambiente faz com que haja a queima dos folíolos, podendo ocorrer a morte da

planta em casos de geadas intensas. . (id.:)

Enquanto, chuvas fortes e alta umidade relativa do ar favorecem a incidência

de doenças e pragas. (id.:)

3.2.1 Escolha da área de plantio

Qualquer tipo de solo presta-se para o cultivo do tomateiro, uma vez que se

pode adequá-lo quanto à fertilidade, porém solos leves, ricos em matéria orgânica,

baixo índice de acidez e alta fertilidade, reduzem as exigências de correção e

fertilização, então para melhor desenvolvimento e produção da planta “tomateiro”, é

preciso escolher com antecedência de 4 a 5 meses do plantio, áreas em que

apresentem solos profundos, permeáveis de fácil drenagem, boa estrutura e de

preferência onde não haja o cultivo de plantas solanáceas nativas (como a jurubeba,

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o juá, a berinjela, pimentão, jiló, fumo e batata) pois estas culturas são mais

susceptíveis a presença de fungos e bactérias, transmissíveis ao tomateiro. .

(EMBRAPA, 1993)

Não havendo outra opção, admite-se o uso deste tipo de área, desde que a

última plantação não tenha sido o cultivo das solanáceas e principalmente não

tenham havido problemas com infecção de fungos e bactérias, dentre outros.

(EMBRAPA, 1993)

Vale lembrar que, a área escolhida, dever ser bem exposta ao sol, com

pequena declividade no terreno para uma melhor sistematização para utilização dairrigação por sulco. (id.:)

Numa mesma área é recomendável também, evitar plantios sucessivos de

tomate a fim de impedir uma maior proliferação de pragas e doenças. (id.:)

3.2.2 Época de plantio

A melhor época para o plantio do cultivo do tomateiro é aquela em que

oferece melhores condições para todo o ciclo da planta. Em Goiás, os agricultores

utilizam os meses de Fevereiro a Junho, época em que as temperaturas, umidades

relativas do ar e o baixo índice de chuvas, são favoráveis ao cultivo do tomateiro.

Em condições adversas, há a opção de se instalar a cultura sob cobertura de

plástico ou em estufa. (EMBRAPA, 1993)

3.2.3 O preparo do solo

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Após a definição da área o próximo passo é a coleta de amostras do solo a

fim de se realizar análises em laboratório específico, para serem conhecidas as suas

condições químicas primárias e estabelecer as operações básicas de aplicação de

calcário, matérias orgânicas e fertilizantes. (EMBRAPA, 1993)

Caso ocorra a infestação da área por ervas daninhas após o preparo do solo

a eliminação das plantas invasoras, poderá ser feita com uma gradeação ou

aplicação de uma mistura de herbicidas, antes do transplantio. (EMBRAPA, 1993)

3.2.4 Limpeza da Área

Mediante a operação de roçagem, elimina-se o excesso de cobertura vegetal

e demais materiais capazes de causar empecilho ao plantio a fim de visualização da

eficiência às atividades subsequentes. (EMBRAPA, 1993)

3.2.5 Calagem

Em regiões tropicais onde há a presença de acidez no solo e falta de

nutrientes, a prática da adubação através do processo de calagem, tem-se tornadoindispensável na agricultura. . (EMBRAPA, 1993)

A calagem é a preparação do solo utilizando o calcário pra melhorar o solo é

aumentar o teor de cálcio e magnésio, neutralizar o alumínio e corrigindo o ph. O

calcário em contato com as partículas do solo promove a sua correção e

posteriormente a fertilização com maior rapidez e eficiência na produtividade

agrícola. (EMBRAPA, 1993)

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A quantidade de calcário é determinada com base nos resultados da análise

do solo e havendo necessidade, esta dever ser corrigida de acordo com o poder

relativo de neutralização total do material a ser empregado. (id.:) 

Após determinar a quantidade de calcário a ser aplicado, inicia-se o processo

de calagem através de equipamentos disponíveis, acoplado ao trator agrícola, onde

distribui-se uniformemente o fertilizante na área, em duas etapas: (id.:)

1ª etapa - distribui-se a metade do produto recomendado, uniformemente na

área escolhida. Revolve-se a terra até a profundidade de 25 a 30 cm, para uma

melhor incorporação do calcário nas camadas inferiores do solo.

2ª etapa - novamente distribui-se uniformemente a outra metade do calcáriorestante, em toda a área.

3.2.6 Uso de adubo orgânico

O processo de correção do solo com o uso de adubo orgânico, pretende

colocar a disposição das plantas nutrientes necessários às suas exigências

nutricionais, tendo sempre presente o aspecto econômico. (EMBRAPA, 1993)

Para produzir o adubo ideal, o produtor deve selecionar alguns materiais

orgânicos disponíveis em sua região e misturar uma fonte de matéria orgânica rica

em alguns nutrientes com outra fonte que a complemente. (EMBRAPA, 1993) 

O uso de adubos orgânicos permite a reciclagem de nutrientes, o

aproveitamento de resíduos sólidos e redução dos impactos ambientais provocados

pelo acúmulo destes materiais no ambiente, redução da acidez e salinização do solo

pela diminuição da utilização de fertilizantes minerais, melhoria das propriedades

químicas, físicas e biológicas do solo e consequente aumento em sua fertilidade,

além de redução nos custos de produção e aumento na receita do produtor. (

Campo & Negocio, 2010)

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A partir da existência de alguns materiais em abundância, na própria área de

cultivo ou na propriedade rural como: cascas de cereais, esterco de animais, cinzas

de madeira, tortas de oleaginosas (mamonas), vinhaça, resíduos de curtume, dentre

outros, é possível baratear o curso da aquisição do adubo, pois se estes fertilizantes

estiverem nas proximidades da propriedade não haverá gastos desnecessários com

o transporte e manuseio, objetivando minimizando os custos de obtenção. ( Campo

& Negocio, 2010)

A relação de custos x benefícios, é muito estreita e por esta razão é muito

difícil mensurá-la, uma vez que a aplicação de adubos orgânicos aumenta a

rentabilidade das culturas, melhora a fertilidade do solo e a atividade microbiana,além de reduzir a poluição ambiental e a degradação do ambiente provocada pelo

uso abusivo de fertilizantes químicos. (ESPINOSA, 1991)

3.2.7 Adubação em Cobertura

É efetuado de acordo com o desenvolvimento e as necessidades da planta,

de modo geral aplicam-se por cova de 25 a 30 g de mistura preparada com 10 kg de

nitrogênio e 20 kg de potássio, aos 30 a 5 dias e aos 60 a 70 dias do transplantio.

(EMBRAPA, 1991)

3.2.8 Plantio / Propagação

Após a escolha da área, adubação e correção do PH do solo, inicia-se o

processo de sulcagem (abertura de valas), com auxílio de sulcador, entre uma fileira

e outra, para melhor irrigação da cultura. (EMBRAPA, 1993)

Para a produção de mudas em canteiros as covas são abertas com o auxílio

de equipamentos como enxadão, sulcador ou encanteirador, que vem acoplado ao

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tratar específico. As covas são preparadas com as dimensões de 1 metro de largura

e 25 cm de abertura. (id.:)

3.2.9 Produção de Mudas

Existem várias maneiras de se produzir mudas do tomateiro, dentre elas

destacamos a produção em sementeira, copinho de papel ou em bandejas de

isopor. O método de sementeira e o menos utilizado, devido ser mais trabalhoso e

demorado, pois por esse método, as sementes são lançadas nas sementeiras e as

mudas obtidas, repicadas para canteiros e daí para o local definitivo com um torrão

aderido às raízes. ( EMBRAPA, 1993 ; Espinosa, 1991)

Estas sementeiras (viveiros) devem ser instaladas em área com baixa

exposição ao sol, sem problema de drenagem e perto de fonte de água para uma

melhor irrigação e próximo ao local do plantio definitivo, contendo 1 m de largura, 25

cm de altura e comprimento de acordo com as condições locais. Para um melhor

monitoramento o espaço entre uma fileira e outra deverá se de 30 a 40 cm.

(EMBRAPA, 1993; Espinosa, 1991)

Para a produção de mudas em canteiro, as covas são abetas com o auxílio de

equipamento adequado e os canteiros devem seguir as seguintes dimensões: de 1,0

a 1,20m de largura e sobra de 10 cm de cada lado, e altura em torno de 15 cm, pois

alturas ou acima ou abaixo do recomendado podem ressecar com mais facilidade na

época da seca ou encharcar na época chuvosa ou até mesmo no processo de

irrigação por sulcos. (id.:)

Com o auxílio do sulcador faz-se dois sulcos paralelos com distâncias de

1,40m de centro a centro completando a preparação com enxadão, enxada e

rastelo. (id.:)

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A semeadura nos sulcos é feita com o auxílio de marcador ou riscador de

madeira, transversalmente ao comprimento do canteiro com intervalos de 10 cm e

profundidade de 1,0 a 1,5 cm. Em cada célula efetua-se então a semeadura com 3

ou 4 sementes, em duas etapas distintas: a primeira semeia-se 2/3 da sementeira e

na 2ª parte, somente após a germinação da primeira, este processo permite o

replantio com mudas de boa qualidade. (id.:)

Depois de depositadas as sementes, cobre-se a mesma com terra fina ou

areia lavada, peneirando com estrume de animal (adubo orgânico) para que a

mesma adquira nutrientes necessários ao seu desenvolvimento e crescimento. ( id.:)

O excesso de sementes deve ser evitado, pois muitas plantas competindo

pelo mesmo espaço acaba enfraquecendo uma a outra. Após a semeadura os

canteiros devem ser cobertos com palha de arroz, capim seco, ramos verdes de

malva ou ouros similares e após germinação, estes devem ser retirados fim de não

danificarem a planta, porém se for utilizado a compostagem (capim seco picado

triturado com casca de feijão ou palha de arroz) estes materiais podem permanecer

sobre o canteiro sem a necessidade de serem retirados na germinação, pois esteprocesso ajuda no controle de ervas daninhas e na retenção da umidade. ( id.:)

Quando as mudas tiverem 2 folhas definitivas, faz-se a relação, deixando 2

mudas em cada célula. ( id.:)

Em todos os sistemas, faz-se necessário a irrigação da cultura com maior

frequência durante o período de crescimento até o transplante que vai de 20 a 30dias. ( id.:)

3.3 Manejos

3.3.1 Irrigação da Cultura

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A sulcagem é o uso do método de irrigação por superfície onde a distribuição

da água se dá através da gravidade que contem a superfície do solo. O custo fixo e

operacional é menor, pois consome menos energia que os métodos por aspersão,

em geral é o método ideal para cultivos em fileiras. Por ser um método que se exige

investimento de mão-de-obra, possui baixa eficiência, que é em torno de 30 a 40%,

no máximo. (EMBRAPA, 1993 ; Espinosa, 1991)

Atualmente devido a escassez de água no mundo e problemas ambientais,

esse método tem recebido várias críticas devido a sua baixa eficiência. ( EMBRAPA,

1993 ; Espinosa, 1991)

A irrigação se fará com o uso de aspersores, esguicho, regadores ou micro

aspersão. As irrigações devem ser constantes até alguns dias após a germinação,

passando a duas vezes por dia e mais tarde uma vez. ( id.:)

O sistema por sulcos é o mais utilizado para o tomateiro, pois embora exija a

sistematização do solo para sua implantação, reduz a possibilidade de ocorrência de

doenças fungicidas em comparação com o sistema de aspersão. ( id.:)

O volume de água a aplicar e a frequência de irrigação variam de acordo com

o tipo de solo, topografia da área, condições de clima e estágio de desenvolvimento

da planta. O período crítico ocorre no início da floração até o início da maturação,

compreendendo, portanto, toda a fase de desenvolvimento do fruto. ( id.:)

Irrigações menos frequentes no estágio do crescimento das plantas, suas

raízes se desenvolvem melhor, já durante a fase da floração, frutificação e

maturação, irrigações leves e frequentes favorecem o desenvolvimento do fruto e

aumentam-se o teor de suco. ( id.:)

A irrigação de ser suficiente para manter úmida a camada de solo explorada

pelo sistema radicular do tomateiro, que de modo geral, atinge até 40 cm de

profundidade. Salienta-se ainda que o excesso de irrigação poderá apresentar vários

fatores negativos como: (id.:)

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- Crescimento exagerado da planta e retarde da maturação dos frutos;

- Remoção de nutrientes, como o nitrogênio, para longe do alcance das

raízes;

- Queda de flores;

- Favorecimento a ocorrência de podridão, apical, aparecimento de doenças;

- Aumento de gastos com energia e mão-de-obra;

- Desgaste do equipamento, dentre outros.

3.3.2 Transplantio

Para o plantio definitivo das mudas, é preciso que o terreno esteja

devidamente preparado, com os sulcos abertos em fileiras duplas e as linhas (ruas)

devem ter em média 1.20 m de largura. Nos sulcos coloca-se o adubo e em seguida

efetua-se plantio, seguido de nova rega, favorecendo a pega da muda. (id.:)

No transplantio a muda deve ficar enterrada no sulco, na mesma

profundidade em que se encontrava no canteiro, copinho ou na bandeja. (id.:)

O espaçamento para o transplante varia de 50 a 70 cm e as mudas que são

transferidas para o local definitivo devem apresentar de 4 a 5 folhas definitivas. Este

processo dever ser realizado em horários mais frescos do dia e com o solo úmido. 

(id.:)

O plantio pode ser feito em linhas simples ou duplas utilizando-se uma ou

duas plantas por cova, neste processo devem ser observados alguns fatores como

variedade da planta, época do plantio, sistema de irrigação, tratos culturais e tratos

fitossanitários. Ao transplantar as mudas é preciso segurar com firmeza a base das

plantas para evitar o seu estrangulamento, enterrando-as até a altura das duas

primeiras folhas da base. O replante dever ser feito logo após a ocorrência de falhas,

no período máximo de 8 (oito) dias, para evitar grandes diferenças de idade entre asplantas. (id.:)

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Uma vez transplantadas para o local definitivo, o tomateiro necessita de

cuidados para que a planta encontre as melhores condições possíveis para o seu

desenvolvimento. (id.:)

3.3.3 Tutoramento

O tutoramento  é utilizado para evitar que a planta cresça apoiada ao solo,

neste processo o sistema mais utilizado é a instalação de um fio de arame à altura

de 1,70 a 1,80 m entre duas linhas de plantio, onde junto a cada muda de tomate

são fincadas uma estaca que ficará apoiada e amarrada ao fio para que a planta

cresça verticalmente. (id.:)

Na falta de estacas o tomateiro pode ser conduzido apoiado em corsão, onde

uma das pontas é amarrada na haste da planta e a outra no arame. Outro modo é a

colocação de 3 ou 4 fios de arame espaçados de 30 0 cm, em forma de cerca. (id.:)

À medida que as plantas crescem, são amarradas nas estacas ou no arame.

No caso de se usar o cordão a haste é enrolada nele. Se o costume é plantar uma

muda por cova, o usual é deixar o primeiro broto e eliminar os demais conduzindo a

planta com duas hastes. (id.:)

Quando se plantam duas mudas por cova, eliminam-se todos os brotos e se

conduz a planta com uma haste. (id.:)

3.3.4 Controle de plantas invasoras

A interferência de plantas invasoras, afeta o rendimento do tomateiro e a

qualidade de seus frutos, essa interferência é sentida nos primeiro 30 a 35 dias do

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transplante então, mantém-se a cultura ate o início da colheita, livre de plantas

invasoras que concorrem em água, luz e nutrientes com o tomateiro ou são

hospedeiras de pragas e doenças. A necessidade de controle do mato depende do

grau de sua infestação e da agressividade das plantas presentes.   (ESPINOSA,

1991)

A eficiência de cada um depende da espécie invasora, da época de execução

do controle, estágio da cultura, condições climáticas, tipo de solo, tratos culturais,

manejo da rotação de culturas, disponibilidade de herbicidas, mão-de-obra e

equipamentos. (ESPINOSA, 1991)

3.3.5 Controle fitossanitário e Prevenção de Doenças

O manejo para o controle de doenças consta de um conjunto de medidas que

incidem determinadas práticas culturais (métodos não químicos) e, em certos casos,

pelo controle químico. Enquanto as práticas culturais preventivas são sempre

recomendadas, os agrotóxicos não são eficazes em muitos dos casos.  (ESPINOSA,

1991)

É impossível controlar totalmente uma doença, o que se faz é manejar a

cultura de forma a reduzir ao mínimo os danos causados pela doença. (ESPINOSA,

1991)

Desta forma, a plantação deve ser inspecionada diariamente, a fim de se

verificar a eventual ocorrência de doenças e pragas e adotar o método de controle

mais adequado a cada situação. (id.:) 

As plantas, a exemplo dos animais e do homem, são sujeitas a doenças. Que

dá mesma forma associa-se a idéia de doença a organismos causadores, os

patógenos, tais como vírus, bactérias, fungos e nematóides. De fato, a maior parte

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das doenças é causada por estes organismos; neste caso, diz-se que as doenças

são de origem biótica (REIFSCHNEIDER e COBBE, 1989).

Entretanto, existem doenças causadas por outros fatores “não vivos”, ou

abióticos. Por exemplo, a queima dos frutos pela exposição ao sol, o fundo preto do

tomate, resultante da deficiência de cálcio etc. (IV CBT, 2010)

Faz-se ressalvas de que a ocorrência de doenças depende da própria

existência de um ambiente cíclico (clima, solo, sistema de irrigação, entre outros)

favorável de uma planta suscetível à doença e, em alguns casos, de um vetor

(insetos: vaquinha, pulgão, cigarrinha etc.) que levam o verdadeiro causador dadoença de uma planta para a outra. (IV CBT, 2010)

Muitas das doenças são controladas eliminando-se o vetor e não diretamente

o organismo que as causa. O tomateiro é atacado por vários fungos, bactérias e

vírus, cuja intensidade de danos depende das condições climáticas e culturais.

Todas as partes da planta podem ser atacadas. (id.:)

Dentre as doenças fungicas e bacterianas de importância econômica

destacam-se as seguintes: Phytophthorainfestans (requeima), Alternaria solani

(pinta-preta), Septoriose (septorialycopersici), Xanthomonasvesicatora (mancha-

bacteriana), entre outras. (EMBRAPA,1993)

A tentativa de controlar as doenças exclusivamente pelos agrotóxicos tem

como conseqüência (ESPINOSA, 1991)

o controle deficiente e às vezes nulo das doenças porque a maioria delas,

como já foi dito, exige outras medidas além do controle químico;

o prejuízo econômico porque, neste caso, o investimento em agrotóxicos

não dá resultados e há queda na produção.

Algumas medidas preventivas podem minimizar a ocorrência das doençasfúngicas e bacterianas e facilitar o controle: (EMBRAPA, 1993)

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a) Na formação de mudas

Produzir mudas em copinho de papel jornal ou em bandejas de isopor;

Usas sementes tratadas de firmas idôneas;

Esterilizar o substrato para enchimento dos copinhos;

Fazer sementeira e o viveiro em local de boa exposição ao sol;

Evitar alta densidade de plantas;

Evitar excesso de adubo nitrogenado;

Evitar excesso de irrigação;

Eliminar plantas hospedeiras de pragas e doenças no canteiro e ao redor

da sementeira ou viveiro;

b) No campo

Escolher áreas que não tenham sido cultivadas nos últimos anos com

batata, pimentão, berinjela ou outra solanácea. Dar preferência a áreas

cuja cultura anterior tenha sido pastagem ou cultivada com milho, arroz,

trigo, cevada, sorgo, cana-de-açucar;

Escolher áreas que tenham boa exposição ao sol, de fácil frenagem e não

sejam de acúmulo de ar frio ou umidade; Evitar área cuja vegetação ou cultura anterior tenha sido atacada por

nematóides, fungos ou bactérias do solo;

Fazer aração profunda;

Fazer a correção e adubação do solo de acordo com análise;

Evitar o plantio em época chuvosa ou em períodos longos de temperaturas

baixas;

Não utilizar água contaminada; Não irrigar em excesso;

Evitar o plantio próximo de outras culturas de tomate ou batata,

principalmente se estas já estiverem em fase mais avançadas de

crescimento;

Eliminar restos de cultura próximos da área cultivada;

Aplicar fungicidas ou outros defensivos agrícolas somente com orientação

de um engenheiro-agronômo.

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3.3.6 Controle de insetos

Como as demais culturas, a cultura do tomateiro não pode ser estabelecidasem que sejam adotadas medidas de segurança contra as pragas. Desde o

momento em que as sementes são colocadas no solo, iniciam as preocupações dos

produtores, pois é comum a presença de insetos. (ESPINOSA, 1991)

Que além de danificarem as plantas para delas se alimentarem, os insetos

pode inocular viroses, algumas tidas como fatais para o tomateiro. Como esta cultura

exige vultosos investimentos e o produtor não pode colocar em risco seu capital, o

emprego de defensivos torna-se uma prática obrigatória. (id.:)

Dentre os insetos de importância econômica destacam-se na produção do

tomate:Pulgões (02 espécies: Macrosiphumeuphorbiae e Myzuspersicae), Tripes

(Frankliniellaschulzei), Mosca branca (Bemisiatabaci)o principal vetor do

Geminivírus, Cigarrinhas (02 espécies: Agalliaalbidula e Agallianasticticollis), Traça

do tomateiro (Tuta absoluta), Acaro do bronzeamento (Aculopslycupersici), Acaro

rajado (Tetranychusurticae), Broca grande do tomateiro (Helicoverpazea), Brocapequena do tomateiro (Neoleucinodeselegantallis).( IV CBP,2010 ; EMBRAPA, 1993)

A cultura do tomateiro pode provir da semeadura direta ou do transplante de

mudas. Quando se faz a semeadura no local definitivo, a aplicação de herbicidas

pode precedê-la, más será feita sempre antes da emergência das plantas, que logo

após a germinação são extremamente sensíveis à competição por parte das plantas

daninhas. (ESPINOSA, 1991)

Quando a cultura provém do transplante de mudas, os herbicidas podem ser

aplicados antes e depois deste, Quando aplicados após o transplante, a operação

deve ser feita depois da recuperação da turgescência das mudas, ou seja, quando

elas não mais murcham durante horas mais quentes do dia. A aplicação dos

herbicidas de uma forma, ou de outra vai depender das características do produto,

principalmente da sua seletividade, e também do local de absorção pelas plantas e

do comportamento delas. (ESPINOSA, 1991) 

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O produto é aplicado após a emergência das plantas quando ele é absorvido

pelas folhas e quando a cultura o tolera nas folhas. O estágio de desenvolvimento da

cultura e da planta daninha é muito importante porque ambas, com idade, adquirem

rapidamente tolerância aos herbicidas (EMBRAPA-CPATSA, 1989).

3.3.7 Uso de Agrotóxicos

O manejo para controle de doenças e pragas e um conjunto de medidas que

inclui determinadas práticas de cultivo, uso de variedades resistentes e em certos

casos o controle biológico, métodos físicos e o controle químico. (IV CBT, 2010)

Um conjunto de medidas, quando adotado de forma planejada, constitui o

chamado manejo integrado de doenças e pragas. Enquanto as práticas culturais

preventivas e o uso de variedades resistentes são sempre recomendados, as

demais medidas, inclusive o uso de agrotóxicos, não são eficazes em muitos casos.

(IV CBT, 2010)

Recomenda-se, de maneira geral, o manejo integrado das pragas,

envolvendo todos os princípios e medidas disponíveis e viáveis de controle. (id.:)

Manejo integrado é a associação de medidas de controle que visa atender os

aspectos econômicos, ecológicos e sociológicos. Dentre os princípios de manejo

integrado, podemos destacar as seguintes práticas: utilizar sementes/material de

propagação sadios, trabalhar com materiais resistentes ou tolerantes sempre que

possível, realizar adubação adequada, praticar sempre rotação de culturas e utilizar

o tratamento fitossanitário, quando recomendado através de diagnose correta do

problema. (id.:)

Agrotóxicos mais vendidos para a cultura do tomate nas cidades de Goiânia

(GO) e Goianápolis (GO), e seus respectivos grupos químicos e ingredientes ativos

são apresentados no quadro 4.

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Quadro 4 – Agrotóxicos Mais Vendidos para a Cultura do Tomate

MARCA (cml*) FORMULAÇÃOINGREDIENTE

ATIVOGRUPO QUÍMICO CLASSE

Decis25 CE EC Deltamethrin Piretroide InseticidaTamaronBr Sl Methamidofos Organofosforado Inseticida

Lorsban 480 Br Ec Chlorpyrifos Organofosforado Inseticida

Folido0l 600 Ec Parathion-Methyl Organofosforado Inseticida

CartapBr 500 Sp Cartap Ditiocarbamato Fungicida/Inseticida

Meothrin 300 Ec Fenpropathryn Piretroide Inseticida

Pounce 384 Ce Ec Permethrin Piretróide Inseticida

ElsanEc Ec Phenthoate Organofosforado Inseticida

Daconil 500 Sc Clorothalonil Isoftalonitrila Fungicida

DithanePm Wp Mancozeb Ditocarbamato Fungicida

Recop WpOxicloreto de

cobreIsoftalonitrila Fungicida

Fonte: Estabelecimentos comerciais de referência nascidades de Goiânia-GO e Goianápolis-GO, 2003. Marcacomercial dos agrotóxicos que foram citados duas oumais vezes como mais vendidos para a cultura do tomate.

Segundo Latorraca et al (2008), observou-se que os pesticidas mais vendidos

nos estabelecimentos comerciais, são os das classes inseticidas e fungicidas. A

maioria possui permissão para uso na cultura, com exceção do inseticida de nomecomercial Folidol 600 de ingrediente ativo parathion-methyl, que não tem registro

para uso no cultivo do tomate.

Mas o que mais chama a atenção, que nesta cultura é percebido à presença

de substâncias proibidas, a exemplo dos monocrotofós, ingrediente ativo proibido em

2006 (com denúncia junto a Polícia Federal e ao Ministério da Agricultura), em razão

de sua toxidade.

Também foi detectada a presença de metamidofós no tomate de mesa,

mesmo que em teores que não ultrapassam os limites aceitáveis para a alimentação,

sendo permitido somente seu uso na cultura do tomate industrial (plantio rasteiro),

por permitir sua aplicação via aérea, e por manuseio. (ESPINOSA, 1991)

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Uma análise realizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária  – 

ANVISA, em parceria com as secretarias estaduais de saúde indica que o tomate, o

morango e a alface são os alimentos com maior índice de resíduos de agrotóxicos.

3.3.8 Conservação do Solo

As práticas de conservação do solo são entendidas, na maioria das vezes,

como tecnologia de controle á erosão, que requer altos investimentos á sua

implantação e somente produzindo resultados em longo prazo. (POZATI et al. 2007).

Conservação do solo é "o processo ativo de seleção de sistemas de uso e de

manejo da terra, que funcionam sem perda de estabilidade, produtividade ou

utilidade para o uso escolhido". (id.:)

Com as práticas conservacionistas, pode-se cultivar o solo sem depauperá-lo significativamente, quebrando assim um aparente conflito ecológico queexiste entre a agricultura do homem e o equilíbrio do meio ambiente. Essaspráticas fazem parte da tecnologia moderna e permitem controlar a erosão,ainda que não a anulem completamente, mas reduzindo-a a proporçõesinsignificantes. (LEPSCH, 2002, p. 160)

Considerando a realidade de país tropical, como o Brasil, onde predominam

solos de baixa fertilidade natural e potencial, é fundamental que se preserve a sua

camada superficial e também se promova a sua melhoria, visando ao usoagropecuário.(POZATI et al. 2007).

As técnicas a serem utilizadas no manejo e na conservação dos solos devem

encarar os diversos fatores de produção (sementes, fertilizantes, defensivos) como

um conjunto sistêmico e rotativo, que visa não só a promover o aumento de

produção, como também melhorar as propriedades desejáveis do solo, através de

processos biológicos, sem promover a degradação e a poluição do agro-ecossistema. (POZATI et al. 2007).

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É importante salientar que qualquer tipo de exploração do solo deve ser

efetuado por meio de critérios que permitam a continuidade, em longo prazo, do

processo produtivo, visando o bem-estar das gerações futuras e, principalmente, em

curto prazo, do uso racional do solo, em suas atividades agropecuárias. A

conservação do solo tem o objetivo de aumentar a produtividade e a resistência do

solo e diminuir a degradação do solo com práticas sustentáveis. (POZATI et al.

2007).

Antes de iniciar o plantio, se faz a preparação do solo, e deve ser feita

seguindo todas as recomendações técnicas, uma vez que o preparo do solo pode terinfluência decisiva na intensidade do uso de agrotóxicos na cultura, principalmente

em relação às doenças, pois um preparo bem feito normalmente proporciona um

ótimo vigor na fase de desenvolvimento inicial da planta. Um plantio bem planejado

pode, ainda, reduzir bastante as fontes de surgimento de patógenos na área e, por

consequência, diminuir a necessidade de pulverização com agrotóxicos no período

inicial da cultura. (REIS FILHO et al. 2009).

A adubação de cobertura é frequentemente utilizada, em solos de maior

fertilidade normalmente os produtores fazem adubação de quinze em quinze dias, e

em solos mais pobres, de oito em oito dias. (REIS FILHO et al, 2009)

3.4 Colheita

A duração do ciclo desde o plantio até a 1ª colheita é de 90 (noventa) dias e

desde que o fruto tenha completado o seu desenvolvimento fisiológico (germinação

da semente, crescimento da muda, desenvolvimento vegetativo, fixação e

amadurecimento), poderá ser colhido, mesmo que externamente se apresente com a

coloração verde-clara. (EMBRAPA, 1993; ESPINOSA, 1991)

Para identificar o fruto fisiologicamente desenvolvido, faz-se o seu cortetransversal, onde a lâmina não deve cortar nenhuma semente e a placenta exibe

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aspecto gelatinoso. Nessas condições, mesmo colhido verde, o tomate completará

sua maturação, adquirindo cor vermelha, característica.  (EMBRAPA, 1993;

ESPINOSA, 1991)

O ponto de colheita determina a maior ou menor resistência do fruto ao

manuseio, sua capacidade de completar a maturação, sua aparência e qualidade. A

escolha do ponto depende do destino a ser dado ao tomate e da preferência do

mercado. Para mercados próximos, os tomates podem ser colhidos já maduros,

enquanto pra mercados distantes convém que ainda apresentem coloração verde-

clara. (id.:)

Normalmente inicia-se a colheita quando o ápice do tomate começa a mudar

de cor: de verde-clara para avermelhada. Embora o tomate seja resistente ao

manuseio, toma-se todo o cuidado a sua colheita, a fim de minimizar os danos

mecânicos, capazes de comprometer sua qualidade e aparência. A colheita no

avental ou na sacola pode evitar esses danos. Toma-se também bastante cuidado

no manejo das caixas cheias por ocasião de sua carga e descarga. (id.:)

O tomate é colhido deixando-se o cálice e a base do pedúnculo, tanto nas

variedades para consumo, completamente limpo, quanto no caso das variedades

para fins industriais. (id.:)

Uma planta bem cuidada produz em média de 10 a 15 kg par consumo fresco

ou de 1 a 2 kg para uso industrial, podendo a colheita, neste caso, processa-se em

duas etapas, espaçadas entre 7 e 10 dias. (id.:)

O tomate industrial é colhido no estado de “vermelho maduro”. A colheita é

manual em todos os perímetros irrigados, constituindo-se numa importante fonte de

emprego. A colheita mecanizada do tomate é feita por grandes máquinas que cortam

e levantam a planta inteira, para posterior separação dos frutos que vão caindo nas

caixas. O material vegetal é devolvido ao solo. (id.:)

A uniformidade de maturação pode ser conseguida com o manejo da água e a

pulverização com Ethefon (hormônio vegetal com capacidade de liberar o gás etileno

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responsável por induzir o florescimento antecipando o amadurecimento do fruto), de

14 a 16 dias antes da colheita, isto é, quando 15 a 30% dos tomates estiverem

vermelhos. (id.:)

O preparo do tomate para vende compreende as seguintes operações: (id.:)

1) Seleção - Consiste em eliminar os frutos imprestáveis, ou seja, os que

apresentam danos mecânicos, fisiológicos os causados pelo ataque de

pragas e doenças, e separar os bons pelo estágio de maturação.

2) Classificação - é o agrupamento dos frutos pelo seu formato, tamanho e

qualidade de acordo com as normas oficiais, estabelecidas pelo ministério da

agricultura do abastecimento e da reforma agrária. A portaria ministerial nº 76de 1975, estabeleceu parâmetros para a classificação do tomate de mesa.

Considerando o formato do fruto, os tomates são classificado em 4 classes,

subdivididas por 2 grupos, conforme o quadro 5.

Quadro 5- Classificação do tomate para comercialização

Grupo Diâmetrotransversal

Porte % defeitos porembalagem-padrão

Tipo

GRUPO I

33 a 40 mm Miúdo 40% Segunda

40 a 47 mm Pequeno 25% Primeira

47 a 52 mm Médio 15% Especial

52 mm Graúdo 7% Extra

GRUPO II

50 a 80 mm Miúdo 40% Segunda

80 a 120 mm Médio 25% Primeira

>120mm Graúdo 15% Especial

Nota: As variedades do grupo santa cruz, formam o GRUPO I e os do grupo salada, GRUPO II.Fonte: Embrapa

3) Acondicionamento - após a classificação, os frutos são acondicionados em

caixas de madeira, conforme padronização do Ministério da Agricultura. A

organização deve ser feita ordenadamente na caixa com enchimento feito

pelo fundo de maneira a ocupar todo o espaço, evitando a formação de

vazios pela acomodação interna dos frutos durante o manuseio da caixa.

Todas estas operações de preparo devem ser executadas ao abrigo do sol.

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Ao finalizar esta etapa o fruto está pronto para a comercialização, que envolve a

participação do produtor e do comerciante, nas dependências das Centrais de

Abastecimento - CEASA onde se concentram a maior parte da produção, de lá

também são feitas as redistribuições para outros mercados. Essas situações,

associadas aos cultivos em diferentes regiões do país e em diferentes épocas,

permite o abastecimento durante o ano todo. (id.:)

4 RISCOS E IMPACTOS

4.1 Riscos

A análise de riscos e impactos é uma ferramenta muito importante para

identificar os pontos mais vulneráveis de uma instalação no caso de empresas ou

até mesmo em um processo produtivo, permitindo adotar antecipadamente asmedidas preventivas que protegerão o meio ambiente e o homem, na eventualidade

de um acidente e identificar também, entre os aspectos ambientais, aqueles capazes

de causar impactos que modifiquem o meio ambiente (VALLE, 2006).

Há os riscos causados por contaminação, sobretudo quando são atingidos o

solo e os corpos d’água, provocadas por falhas operacionais persistentes e não

corrigidas, como exemplo, os diversos tipos de agrotóxicos utilizados na plantação

de tomate, além de causar intoxicação ao aplicador do agrotóxico, se não tiver

utilizando EPI (equipamento de proteção individual), o consumidor também esta

sujeito a intoxicação se não tiver passado o período de carência necessário para a

ingestão do tomate (VALLE, 2006).

O cultivo do tomate é uma das culturas que mais causam impactos ao meio

ambiente, devido a exploração desordenada dos solos, aliada à destruição da

cobertura vegetal, que intensifica, a erosão e, consequentemente, a perda da

fertilidade dos mesmos, o que resulta no abandono, mais tarde, das áreas por parte

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dos produtores(CARVALHO, et al,1998). Outro fator agravante é a diversidade e

quantidade de agrotóxicos que são utilizadas para o controle de pragas e doenças

que geralmente assolam esse tipo de cultura. As áreas onde são desenvolvidas as

culturas de tomate caracterizam-se por uma intensa produtividade, o ano inteiro

ininterrupto, com um ciclo que varia de 3 a 4 anos (RAMALHO et al, 2000).

O uso abusivo e de forma indiscriminada dos agrotóxicos, principalmente na

agricultura, é o principal fator de desequilíbrio e impacto dos agroecossistemas.

Estes desequilíbrios são os mais diversos possíveis, seja pela contaminação das

comunidades de seres vivos que o compõem, seja pela 

4.1.1 Degradação do solo

O solo sofre com diversas ações que resultam em impactos que trazem

consequências ambientais, sociais e econômicas de grandes significados. Com o

aumento da população a cada ano que se passa, surge a necessidade de cada vez

mais aperfeiçoar o processo de produção de alimentos no campo, tentando-se

alcançar índices de produtividade cada vez maiores, com o propósito de evitar abrir

novas áreas de plantio, invadindo muitas vezes áreas protegidas ou preservadas. No

entanto, juntamente com a busca de produtividade surge a necessidade de tomar

medidas cada vez mais preservacionistas, adotando-se explorações sustentáveis em

relação às diversas culturas (REIS FILHO et al. 2009).

Devido à grande incidência das degradações que ocorrem com o solo, cerca

de dois terços das áreas cultiváveis acabam se tornando improdutivas para a

exploração agrícola (REIS FILHO et al. 2009).

Isso pode ser ocasionado por fatores químicos (perda de nutrientes,

acidificação, salinização etc), físicos (perda de estrutura, diminuição de

permeabilidade etc) ou biológicos (diminuição de matéria orgânica). (POZATI et al.2007).

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A perda de produtividade do solo, ocasionada pela administração inadequada

das culturas, do uso excessivo de fertilizantes, da exploração vegetal

(desmatamento), essas atividades destroem a cobertura vegetal natural do solo,

acaba sendo responsável pela desertificação do solo, o aparecimento de terrenos

arenosos, amplamente vulneráveis aos processos de lixiviação, assoreamento e

perda da capacidade de armazenamento de água. (POZATI et al. 2007).

Ocorre também a degradação por Contaminação, o uso da terra para centros

urbanos, para as atividades agrícolas, pecuária e industrial tem tido como

conseqüência, elevados níveis de contaminação. Geralmente, a contaminaçãointerfere no ambiente global da área afetada (solo, águas superficiais e

subterrâneas, ar, fauna e vegetação), podendo mesmo estar na origem de

problemas de saúde pública como, por exemplo, descargas acidentais ou voluntárias

de poluentes no solo e águas, deposição não controlada de produtos que podem ser

resíduos perigosos, aterros sanitários não controlados, deposições atmosféricas

resultantes das várias atividades etc. (POZATI et al. 2007).

Assim, ao longo dos últimos anos, têm sido detectados numerosos casos de

contaminação do solo em zonas urbanas e rurais. (POZATI et al. 2007).

4.1.2 Degradação do solo no plantio de tomate

O tomate exige grandes investimentos fitossanitários, chegando a se fazer,

pulverizações a cada três dias, desde a emergência das plantas até a colheita. Este

fato, além de promover um maior custo na produção, pode acarretar desequilíbrio no

ecossistema do tomateiro devido aos prejuízos sobre a fauna benéfica. (REIS FILHO

et al. 2009).

Tal desequilíbrio pode ser detectado pelo reaparecimento de pragas, o

surgimento de novas pragas, até então consideradas secundárias, ou, ainda, pela

resistência de algumas dessas pragas aos produtos utilizados. (REIS FILHO et al.

2009).

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O controle de pragas através do uso intensivo e indiscriminado de inseticidas

químicos (agrotóxicos), de largo espectro de ação e grandes períodos de carência,

representa um componente significativo na formação do custo de produção, além de

oferecer riscos de contaminação aos trabalhadores, consumidores e meio ambiente

em geral. Os inseticidas recomendados para o controle das pragas do tomateiro

chegam a ter período de carência de 14 a 30 dias (REIS FILHO et al. 2009).

Em função do uso intensivo, inclusive na colheita, é inevitável a presença de

resíduos tóxicos nos alimentos, pois muitas vezes os produtores não respeitam esse

período de carência específico para cada produto, levando a produção para oslocais de venda antes do período recomendado. (REIS FILHO et al. 2009).

4.1.3 Problemas da irrigação

Para a condução e a exploração da cultura do tomate, muitas vezes

necessita-se de um sistema de irrigação para que se tenha uma produção regular

durante todo o ano. O sistema de irrigação mais utilizado é por meio de sulcos.

(REIS FILHO et al. 2009).

Esse sistema de irrigação causa alguns problemas ambientais, tais como:

aumenta a exigência e consumo de água; quando mal dimensionado, ocasiona

erosão nos carreadores e sulcos, podem ocasionar em alguns casos a lixiviação do

solo, levando resíduos para os cursos d’água existentes próximos da lavoura, além

de muitas vezes criar um micro-clima favorável à proliferação de doenças, na parte

inferior da planta, tornando-se eficiente veículo condutor de determinados

patógenos. (REIS FILHO et al. 2009).

No entanto, há uma tendência de substituir o sistema de sulcos pelo

gotejamento. O gotejamento reduz alguns dos problemas ambientais ocasionadospelo sistema de irrigação por sulcos, principalmente em relação ao menor consumo

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de água e a não formação de erosões. Além do mais, pode-se fazer a ferti-irrigação

através deste sistema, o que diminui a perda de nutrientes aplicados ao solo,

podendo ainda diminuir da incidência de geminivírus na cultura, uma vez que é

possível adicionar produtos via água, que, com isso, ficariam disponíveis para a

planta de forma mais direta e rápida, inibindo a presença de insetos vetores da

virose. (REIS FILHO et al. 2009).

Atribui-se também ao gotejamento, a vantagem da capacidade de se bombear

a água para uma parte mais alta do terreno. (REIS FILHO et al. 2009).

4.2 Resíduos

A definição proposta pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)

define os resíduos como materiais decorrentes de atividades antrópicas, gerados

como sobras de um processo qualquer, ou os que não possam ser utilizados com a

finalidade para qual foram originalmente produzidos. (VALLE, 2006).

Os resíduos resultam, via de regra, do uso impróprio de materiais ou decorem

de processos produtivos inadequados ou mal conduzidos.

Como os resíduos agrícolas são considerados, resíduos perigosos em razão

de suas características, podem apresentar riscos à saúde publica, provocando ou

contribuindo para um aumento de mortalidade ou incidência de doenças e ainda

trazer efeitos adversos ao meio ambiente quando manuseados ou dispostos de

forma inadequada (VALLE, 2006)

Os agrotóxicos são considerados resíduos perigosos (significa grau de

nocividade que representa para o homem e o meio ambiente), por sua vez têm seu

papel importante na agricultura, mas por outro lado são responsáveis pela

contaminação do solo, ar e água e por diversas interações danosas a biodiversidade

e ao meio ambiente. Uma grande parte dos agrotóxicos que são aplicados nasplantações para o controle de pragas, acaba atingindo o solo e a águas, alem disso,

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resíduos destes produtos atingem esses meios por conta de embalagens vazias de

agrotóxicos descartadas inadequadamente, descarte inadequado de sobras de

misturas ou a percolação destes resíduos pelo solo atingindo os lençóis

subterrâneos (PERES,1999;SILVA,et al.,2001;MORAES & JORDÃO,2002).

5 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL

Segundo a constituição federal de 1988, artigo 225: “Todos tem direito ao

meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo essencial à

sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à Coletividade o deve de

defende-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. 

São inúmeras as formas como o homem agride a natureza, inclusive a sua

própria alimentação, com o uso intensivo de agrotóxicos, mudando o ambiente

natural pelo extermínio de espécies animais e vegetais.

O planeta Terra esta em perigo, e isso tem provocado a atenção de vários

países que vem demonstrando sua preocupação com a ecologia.

A isso temos a Instrução Normativa (IN) nº 24 de 15 de Abril de 2003, artigo

1º onde diz:

“Implantar o Manejo Integrado de Pragas do Tomateiro, cultivado

paraprocessamento industrial, nas microrregiões produtoras dasUnidades da Federação, com a finalidade de reduzir os níveis deinfecção e de infestação provocados pelas pragas do Tomateiro”. 

Parágrafo único. Caracteriza-se como Manejo Integrado de Pragas do Tomateiro -

Lycopersiconesculentum Mill - a aplicação racional e integrada de várias

ações/práticas de controle de pragas, no contexto do ambiente em que a praga se

encontra, levando-se em conta os aspectos econômicos, toxicológicos, ambientais e

sociais.

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Art. 2º O Órgão de Defesa Fitossanitária na Unidade da Federação deverá

estabelecer um calendário de plantio anual, definindo um período mínimo entre 60 a

120 dias consecutivos livres de cultivo de tomate.

Art. 4º Tornar obrigatória a eliminação de restos culturais até 10 dias após a colheita

de cada talhão.

Art. 5º A produção de mudas se dará em viveiros com pedilúvio, antecâmaras e

telados com malha máxima de 0,239 mm (zero vírgula duzentos e trinta e nove.

Art. 7º Caberá aos órgãos executores de defesa fitossanitária, em cada Unidade da

Federação:

I ouvir os representantes dos órgãos oficiais de pesquisa agropecuária, as

representações de produtores rurais, indústrias de processamento de tomate e a

Comissão de Defesa Sanitária Vegetal com a finalidade de regulamentar o

preconizado nesta Instrução Normativa para as microrregiões produtoras de tomate,

por meio de legislação estadual apropriada;

II definir, em função das suas peculiaridades, pela cação ou não das medidas

preconizadas nesta Instrução Normativa para os cultivos de tomateiro com a

finalidade de consumo de "mesa"; e

III no caso de microrregião que pertença a mais de uma Unidade da

Federação, a determinação das datas favoráveis para plantio, escalonamento

adequado e períodos de cultivo livre de tomateiro devem ser tomadas em conjunto.

5.1  – Legislação quanto aos Agrotóxicos

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De acordo a Instrução Normativa Conjunta nº 20 do Mapa, do Instituto

Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis  – IBAMA e da

Agência Nacional de Vigilância Sanitária  – ANVISA. A Instrução Normativa diz que

“representativas são as culturas eleitas dentro de um grupo de culturas em função

de sua importância econômica, área de cultivo, consumo humano, disponibilidade de

agrotóxicos registrados ou similaridade de problemas fitossanitários.

Segundo a norma, são culturas para as quais falta ou há números reduzidos

de agrotóxicos e afins registrados, o que acarreta impacto sócio-econômico

negativo, em função das demandas fitossanitárias (MinorCrops: Culturas com

suporte fitossanitário insuficiente; Falta ou há número reduzido de agrotóxicos eafins registrados – necessidade de registro de agrotóxicos para essas culturas; Uso

irregular de agrotóxicos; Uso de produtos em desacordo ao recomendado pelo MIP

(Manejo Integrado de Pragas).

Que pela Lei Estadual nº 12.280, de 24 de Janeiro de 1994- Vide a Lei nº

9.614 de 17/12/1984 e Regulamentada pelo Decreto nº 4.580 de 20/10/1995. Dispõe

sobre o controle de agrotóxicos, seu componente e afim, a nível estadual e da outras

providências.

Como também pelo registro de agrotóxicos, seus componentes e afins é uma

condição obrigatória para toda e qualquer atividade que os utilize no país.

Lei nº 9.974, de 6 de junho de 2000. Altera a Lei nº 7.802, de 11 de julho de 1989,

que dispões sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e

rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização a propaganda

comercial a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e

embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de

agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências

Lei 7.802/89  – art. 3º, Agrotóxicos só poderão ser produzidos, importados,

manipulados, comercializados e utilizados, se previamente, registrados em órgão

federal, de acordo com as diretrizes e exigências dos órgãos federais responsáveis

pelos setores da saúde, do meio ambiente e da agricultura.

Decreto 4.074/02, art. 7° - Cabe ao Ministério do Meio Ambiente:

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45

I – avaliar os agrotóxicos e afins destinados ao uso em ambientes hídricos, na

proteção de florestas nativas e de outros ecossistemas, quanto à eficiência do

produto;

II  – realizar a avaliação ambiental quanto ao potencial de periculosidade

ambiental;

III – realizar a avaliação ambiental preliminar quando destinados à pesquisa e

à experimentação;

IV – conceder o registro quando destinados ao uso em ambientes hídricos, na

proteção de florestas nativas e outros ecossistemas.

Resolução nº 334, de 3 de abril de 2003  – Dispõe sobre os procedimentos de

licenciamento ambiental de estabelecimentos destinados ao recebimento de

embalagens vazias de agrotóxicos.

Agência Nacional de Transportes Terrestres  – ANTT, a Diretoria da Agência

Nacional de Transportes Terrestres, no uso de suas atribuições legais, fundamenta

nos termos do Relatório DNO 036/2004, de 11 de fevereiro de 2004.

6 TECNOLOGIAS AMBIENTAIS

Nesta seção são abordadas as tecnologias usadas como soluções no manejo

ambiental, em busca de resolução de problemas ambientais advindos de processosprodutivos, gerindo riscos e tratando impactos causados (VALLE, 2006).

Para que as soluções ambientais resolvam adequadamente os problemas

causados pela poluição ambiental deve adotar uma sequência lógica e natural, a

qual inclui (VALLE, 2006): a) prevenção da geração, b) reduzir a geração; c)

reaproveitamento; d) tratamento; e) disposição. Ver quadro 8

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6.1 Tecnologias Limpas

É método de prevenir problemas e minimizar impactos ambientais negativos

que são causados pela sobra de resíduos e no caso da agricultura reverter

problemas ambientais como, por exemplo: a infiltração da água, retenção de

agrotóxicos no solo, preservação da paisagem rural e outros. (VALLE, 2010)

O principal objetivo da tecnologia limpa utilizada na agricultura e ressaltar a

sustentabilidade. E como propósito final é utilizar melhor as matérias-primas e a

produção obtida, incitando o desenvolvimento e assegurar a qualidade dos produtos

considerando as exigências do mercado.

Figura1: Engenharia de soluções.

Fonte: Valle, 2006

SoluçãoO erando

ProblemaProposto

Ações em 5 Fases:

1. Caracterização do Problema e de suas consequências.

2. Identificação de soluções convencionais.

3. Busca de soluções não convencionais

4. Comparação das Alternativas de soluções.5. Implantação da solução escolhida.

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Para uma produção mais limpa há métodos que devem ser seguidos e

observados destacando maneiras e etapas para melhorar a produção. São

geralmente práticas, métodos e estratégias econômicas e ambientais e vão trazer

benefícios para um desenvolvimento sustentável. (VALLE, 2010)

6.2 Novas Técnicas Empregadas no Cultivo do Tomate

Nesta parte são abordadas novas técnicas já utilizadas no plantio de tomate

como sugestão ao processo produtivo do fruto.

6.2.1 Plantio direto

A prática de usar o plantio direto com o tomate começou nos anos 1990. O

plantio direto foi cada vez mais inserido e avaliado continuamente na região Centro – 

Oeste. Esse sistema tem como vantagens: (HIRATA, 2009)

Melhor conservação do solo;

Menor uso de máquinas na lavoura;

O Cultivo, levando em consideração a região centro-oeste é feito em

sucessão às culturas comerciais, como milho e arroz de sequeiro, ou de cobertura

de solo, como o milheto e sorgo-forrageiro. (HIRATA, 2009)

O milheto para a formação da palha deve der semeados 55 dias antes do

transplantio. O herbicida visando a dessecação é feita 45 dias após a germinação de

10 dias antes do transplantio. (Id.:)

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O plantio direto no tomate industrial regula a redução na quantidade de água

de irrigação e aumento na produção do fruto. Esse benefício de maior conservação

da água se dá devido a manutenção dos restos da cobertura continua dos restos

sobre a superfície do solo, reduzindo a evaporação da água. Outro beneficio

alcançado e a diminuição das perdas do fruto pela podridão. (Id.:)

Já no tomate de mesa destaca-se um maior armazenamento de água no solo

e menor amplitude térmica, favorecendo um desenvolvimento uniforme do tomateiro.

Outros benefícios são alcançados como: ( IAC, 2005)

Diminuição da erosão;

Redução das perdas de nutrientes e matéria orgânica do solo;

Melhoria na qualidade das características física, química e biológica do

solo;

Diminuição das infestações de plantas daninhas;

E redução da mecanização e uso de insumos agrícolas;

A implantação do sistema de plantio direto requer um bom planejamento.Erros podem colocar em risco toda produção desde o desenvolvimento da planta até

a diminuição da qualidade e produtividade. (IAC, 2005)

O produtor deve fazer um monitoramento do histórico da área, providenciando

a correção do pH e da fertilidade do solo, de acordo com a analise do solo e a

recomendação para cultura. (IAC, 2005)

Caso seja identificadas problemas e necessitam de correções devem ser feita

escarificação da área: o terreno deve ser limpo, corrigindo ondulações do solo e

removendo pedras e outros materiais que possam dificultar o plantio. Após esse

processo e que o produtor dará inicio a produção da palhada. (IAC, 2005)

A utilização do plantio direto do tomateiro associado a outras boas práticas,

como o manejo integrado de doenças, insetos pragas e plantas daninhas (ControleBiológico) e a irrigação por gotejamento e fertirrigação proporcionam reduções nos

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custos de produções e aumentos na produtividade e qualidade de frutos. (HIRATA,

2009)

6.1.2 Controle biológico

Em culturas hortícolas, as práticas culturais envolvem grande distúrbio nosolo, como aração, gradagem, enxada rotativa e baixo nível de estressecom uso de adubações químicas e orgânicas, irrigações frequentes eabundantes, facilitando a ocorrência de elevadas populações de plantas

daninhas e insetos pragas na área (PITELLI, 1984; PEREIRA, 1987).

Controle biológico é uma estratégia em que se usa um organismo (predador,

parasita ou patógeno) que ataca outro que está causando danos econômicos às

lavouras, sendo muito utilizada em sistemas agroecológicos, assim como na

agricultura convencional que se vale do Manejo Integrado de Pragas (MIP).

(PLANETA ORGÂNICO)

O primeiro passo pra fazer o manejo integrado de pragas (MIP) é monitorar o

plantio desde inicio. Fazer o controle de densidade da praga que ataca a lavoura,

onde ela começa a atacar primeiro, fazendo esse monitoramento é possível isolar a

praga. (PLANETA ORGÂNICO)

A praga sendo isolada começa a ser estuda, nesse estagio os laboratórios

especializados em controle biológico consegue produzir um predador para praga.

Esse predador tem características próprias como: Somente atacará a praga que foiestudada, seu ciclo de vida poderá ser curto ou o tempo previsto para a lavoura.

Através do Controle biológico e feito também o uso mais sustentável de

inseticidas, de baixa toxicidade e de excelente ação no controle de pragas.

(PLANETA ORGÂNICO)

O Brasil possui o maior programa mundial de uso de um vírus contra umapraga. O uso do baculovírusAnticarsiagemmatalisnucleopolyhedrovirus (AgMNPV)

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contra a lagarta da soja (A. gemmatalis) já é usado em mais de 1 milhão de hectares

de soja no país e constitui uma alternativa real ao controle químico dessa praga.

(PLANETA ORGÂNICO)

Considerando que o plantio de tomate é de grande risco, por causa da

infestação de diversas pragas. Dentre ela podemos citar: os Lipidópteros (Traça-do-

tomateiro, Broca-grande, Largata-militar e Broca-pequena) são registrados essas

pragas em todo território nacional.Geralmente esses insetos se manifestam durante

todo cultivo, danificando todas as partes da planta, com exceção das raízes.

(PALLINE,2009)

Visando o controle de pragas na plantação a produção de um organismo vivo

requer um controle de qualidade rigoroso para alcançar um agente de controle livre

de deformação, contaminação, anomalias etc. (PALLINE,2009)

O controle é feito com liberações semanais na lavoura logo nas primeiras

infestações. Geralmente é no início do plantio de tomate. Em se tratando da traça do

tomateiro as infestações se manifestam muito cedo ainda em ramos e folhas novas,então as liberações do predador devem der iniciadas logo na primeira semana do

cultivo. (PALLINE,2009)

As liberações devem ser associadas à aplicação de inseticidas biológicos

para ser obtido êxito na aplicação do controle pragas. (PALLINE,2009)

Agentes de controle biológicos são muito promissores no combate a pragas,mais sempre levando em consideração que o manejo eficiente pode evitar o uso

desnecessário do controle biológico e químico. (ALVINO et al.,2009)

Segundo, Alvinoet al. (2009), são necessárias algumas medidas como:

Adotar rotação de culturas.

Destruir os restos culturais imediatamente após a colheita.

Manter a lavoura livre de plantas daninhas e outras hospedeiras de insetos eácaros.

Utilizar cultivares mais adaptadas à região.

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Essas medidas requerem uma mudança de atitude dos produtores que, em

conjunto e de forma organizada devem:

Concentrar os plantios em cada microrregião, no mais curto espaço de tempo.

Utilizar os insumos recomendados de maneira racional, coordenada e

articulada, de modo que os problemas comuns à cultura sejam enfrentados

por todos ao mesmo tempo.

Desinfetar sistematicamente os vasilhames e os meios de transporte, para

reduzir as condições de disseminação das pragas entre regiões.

Fazer inspeções periódicas das áreas de produção, dando especial atenção

às bordas dos campos e aos locais onde há maior incidência de plantas

daninhas,pulverizando essas áreas.

Obedecer às recomendações de controle dos insetos e ácaros quanto ao

produto,dosagem, horário e freqüência de pulverizações.

Atendendo a estas exigências o cultivo do tomate terá qualidade e alcançara

êxito ate a pós colheita, evitando gastos desnecessários e resultados negativos.

(ALVINO et al,2009)

Para que o sucesso do controle biológico seja completo, é necessário, entre

outros, que os inimigos naturais liberados encontrem condições de se manterem e

se multiplicarem no interior da casa de vegetação ou na lavoura-alvo. Para que isso

ocorra, deve-se fornecer ambiente e recursos adequados para os inimigos naturais.

A adição de pólen nas plantas no início do ciclo da cultura, por exemplo, pode

possibilitar o aumento e o estabelecimento da população dos predadores liberadosantes que a praga surja na cultura. (PALLINE, 2009)

6.1.3 Gotejamento e a fertirrigação no plantio de tomate

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O gotejamento vem se tornando, com a redução do custo do sistema nos

últimos anos, uma opção viável para a irrigação do tomateiro. A viabilidade

econômica, todavia, está condicionada a um manejo racional da água de irrigação e

da fertirrigação. (CAMPO & NEGOCIO, 2010)

As principais vantagens do gotejamento, comparativamente à aspersão, são:

(CAMPO & NEGOCIO, 2010)

a. Maior produtividade: 20-40% de incremento de produtividade (110-140 t/ha).

b. Menor gasto de água: por não molhar toda a superfície do solo e apresentar

maior eficiência de irrigação, utiliza até 30% a menos de água.c. Menor incidência de doenças foliares: por não molhar a folhagem e os frutos,

favorece menor incidência de doenças da parte aérea, reduzindo perdas na

produção e na qualidade de frutos

d. Maior flexibilidade no uso da fertirrigação: os fertilizantes são aplicados via

água, junto às raízes das plantas, em regime de alta freqüência conforme as

necessidades das plantas.

Para obter resultados satisfatório é necessário um planejamento para o

manejo do gotejamento e da fertirrigação como: ( EMBRAPA, 2010)

  Sistema de Plantio

Deve ser realizado em fileira, com uma lateral de gotejadores por linha de

plantio. Há um aumento de 10% na produtividade.

  Espaçamento Entre Gotejadores

Para solos do cerrado, o espaçamento deve variar de 10-40 cm, acima de 50

cm ocorre uma diminuição na produtividade.

  Profundidade dos Gotejadores

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De maneira geral os gotejadores são instalados na superfície, mais evitando

prejuízos com roedores e danos mecânicos, bem como facilitar as práticas da

colheita, os gotejadores pode ser instalados entre 5-10 cm de profundidade.

  Manejo da água de irrigação

Deve considerar o volume e carga da água que ser utilizada. Quando o plantio

apresentar mais de 70% de fruto maduro deve ser paralisado a irrigação.

6.1.4 Fertirrigação

A finalidade da fertilização e do monitoramento do solo no tomateiro está no

controle dos nutrientes disponíveis às plantas, que serve de indicativo para as

dosagens a aplicar nas fertirrigações seguintes. (CAMPO & NEGOCIO, 2010)

A fertirrigação, em solos de cerrado, pode ser realizada com freqüência

semanal. Também não se faz necessário o fornecimento de todos os fertilizantes viaágua. Assim, 100% do fósforo (P), magnésio (Mg) e micronutrientes, 70% do cálcio

(Ca), e 15% do nitrogênio (N) e potássio (K) podem ser aplicados diretamente ao

solo por ocasião do plantio. ( EMBRAPA, 2010)

Devido ao menor custo, a fertirrigação pode ser realizada utilizando-se

principalmente: uréia, cloreto de potássio e cloreto de cálcio. Outros fertilizantes

recomendados são o nitrato de amônio, sulfato de amônio, nitrato de potássio enitrato de cálcio. Os fertilizantes utilizados devem ser específicos para fertirrigação,

para se evitar problemas de entupimento. (CAMPO & NEGOCIO, 2010)

Para que a irrigação por Gotejamento e a Fertirrigação seja eficiente deverá

desde o principio haver um monitoramento e manutenção do sistema de forma

continua e preventiva. (EMBRAPA, 2010)

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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Muitas são as práticas utilizadas no cultivo do tomateiro que tem se mantido

eficiente e benéfica para obter resultados satisfatórios na produção.

Hoje há uma maior necessidade de buscar no campo de pesquisa soluções

para diminuir os prejuízos ambientais caudados pelos agricultores no plantio de

tomate.

Toda essa tecnologia do desenvolvimento sustentável envolve, basicamente,

a análise das opções de técnicas feitas pelos produtores rurais e seus efeitos sobrea eficiência da produção e os benefícios ambientais gerados no processo.

Conclui-se que as tecnologias são essenciais, embora não há como serem

utilizadas isoladamente, requer uma integração de varias práticas. Neste trabalho foi

estudado o plantio direto, irrigação por gotejamento e fertirrigação e o controle

biológico. Quando essas práticas são utilizadas de forma sustentável é visível a

redução da degradação, diminuição do uso de agrotóxico e maquinários.

A incorporação de novas tecnologias tem mantido a produtividade nacional de

tomate em 75 t/ha. O produtor está mais preocupado em cultivar tomates de forma

sustentável fazendo assim uso de monitoramento e tecnologias para diminuir

impactos no meio ambiente.

Desta forma as tecnologias aqui apresentadas têm sua grande significânciana agricultura, pois quando aplicadas contribuem para minimizar os impactos

ambientais nos solos, referentes ao uso abusivo de agrotóxicos, reduzindo o

consumo de água aumentando a eficácia no cultivo da planta.

O êxito só será alcançado quando os produtores tiverem a concepção de que

as práticas aplicadas na agricultura são voltadas para sustentabilidade. Vale

ressaltar que o sucesso para uma boa produtividade depende de um monitoramento

continuo.

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