PLANEJAMENTO E GESTÃO DA CAPACIDADE DAS OPERAÇÕES

32
GESTÃO DE OPERAÇÕES PLANEJAMENTO E GESTÃO DA CAPACIDADE DA OPERAÇÃO

Transcript of PLANEJAMENTO E GESTÃO DA CAPACIDADE DAS OPERAÇÕES

GESTÃO DE OPERAÇÕES

PLANEJAMENTO E GESTÃO DA CAPACIDADE DA

OPERAÇÃO

Prof. PAULO ROBERTO LEITE

NATUREZA DO PLANEJAMENTO E CONTROLE

� OBJETIVO: garantir que os processos ocorram de acordo com padrões esperados de forma a suprir os clientes de produtos e serviços previstos , ou , garantir o suprimento de serviços e produtos de acordo com a demanda

� PLANEJAMENTO: plano elaborado envolvendo a previsão dos diferentes recursos de entrada, sua conversão ou transformação e os resultados esperados.

� CONTROLE: processo necessário no sentido de verificar eventuais alterações na realização dos planos.

Prof. PAULO ROBERTO LEITE

HORIZONTE DE PLANEJAMENTO

� LONGO PRAZO ( MAIS DE 1 ANO): utilizam-se elementos financeiros ou produção agregada , demanda provável com alta imprecisão. � Realizado através de “ratio” conhecidos do setor.� Exemplo: hospital para 2.000 pacientes, investimento de r$ 500 mil no

projeto,

� MÉDIO PRAZO: ( DE 6 MESES A 1 ANO) : os produtos e serviços já são planejados de forma semi desagregada, ou categorias de serviços ou de produtos, demandas mais precisas, maior detalhe na especificação da capacidade das operações.� Veremos adiante o planejamento agregado como um dos exemplos de

planejamento de médio prazo.� Exemplo: capacidade da operação e a demanda mês a mês.

� CURTO PRAZO: é a operação do dia a dia em que todos os produtos e serviços estão desagregados e sua realização é tratada em detalhes da operação, as previsões devem ser as mais precisas possíveis..� Neste caso estão as decisões de sequenciamento das operações, a

carga de postos de trabalho, o uso dos recursos especificados por posto de trabalho, etc.

Prof. PAULO ROBERTO LEITE

CAPACIDADE DE UMA OPERAÇÃO

� Nível máximo e potencial de uma operação na unidade de tempo.

� Estabelecida para um período de tempo futuro.

� Medidas de capacidade:exemplos � Fábrica de suco = litros/hora� Fábrica de aço = ton/mês� Cinema, teatro, estacionamento = nº de lugares, ou nº por dia,

� Hospital = nº de leitos� Serviço = nº de clientes atendidos/ dia

Prof. PAULO ROBERTO LEITE

UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE

� Exemplo: � Capacidade de projeto = 24 h/dia x 7 dias /sem. = 168 h / sem.

� Perdas de tempo = planejadas e não planejadas

� No exemplo = 59 h/sem + 58 h/sem. = 117 h/sem.

� Capacidade efetiva = 168 – 59 = 109 h/sem.

� Capacidade real = 168 – 117 = 51 h/sem.

� Utilização = 51 / 168 = 0,304 ou 30,4% da capacidade de projeto.

� Eficiência = 51 / 109 = 0, 468 ou 46,8 % da capacidade efetiva ou possível de ser usada

Prof. PAULO ROBERTO LEITE

GESTÃO DA CAPACIDADE NO LONGO PRAZO

� Exemplo: � Nova fábrica = 1 a 10 anos� Grande supermercado= 1 ano� Hospital = 1 a 2 anos

� Decisões � O momento de realizar modificações na capacidade� Quanto aumentar e aonde aumentar a capacidade� Exige previsões de longo prazo� Investimentos antecipados em recursos de

transformação� Erros nas previsões de demanda e lucratividade são

pouco reversíveis� Tamanho ideal da nova instalação� Aumentar antes ou após a a demanda

Prof. PAULO ROBERTO LEITE

GESTÃO DA CAPACIDADE NO MEDIO E CURTO PRAZO

� Equilibrar a demanda em períodos de tempo menores

� Os recursos de transformações normalmente não podem ser modificados

� Decisões:� Número de horas de trabalho

� Subcontratação de operação

� Estoques

� etc.

Prof. PAULO ROBERTO LEITE

CUSTOS NAS OPERAÇÕES

Custo fixo unitário

Quantidade

$Custo total

Custo fixo total

Custo variável

Prof. PAULO ROBERTO LEITE

PONTO DE EQUILÍBRIO

$

QUANTIDADE DE PRODUÇÃO

RECEITA

CUSTOS TOTAIS

QE

PREZUÍZO

LUCRO

RECEITA = Pv x QCUSTO TOTAL = CF + CV = CF + Cv x QQUANDO R = CT Q = QE Pv x QE = CF + Cv x QEQE = CF / ( Pv – Cv)

Prof. PAULO ROBERTO LEITE

Exercício ponto de equilíbrio

� Uma empresa produz bonecas para exportação. Vende a US$ 3,00 cada boneca com custos adicionais de venda de US$ 0,50 / boneca. Os trabalhadores ba fábrica recebem em media o equivalente a US$ 8,00 / dia com uma produção média diária de 50 bonecas. O custo de materiais ( insumos) diretos na fabricação é de US $ 1,25 por boneca e os custos fixos da operação são estimados em US$ 160.000 por ano. � Qual o ponto de equilíbrio desta operação em numero de bonecas?

� Vendendo 135.00 bonecas no exercício fiscal do ano passado qual foi o resultado da operação? Lucro ou perda?

� Resp: a) 146.788 bonecas por ano � b) Prejuízo de US$ 12.850.

Prof. PAULO ROBERTO LEITE

NÍVEL ÓTIMO DE CAPACIDADE

Custo unitário

Volume de atividade

Custo unitário para cada nível de capacidade

Economia de escala

Deseconomias de escala

Custos fixos e investimentos não são proporcionais às quantidades

Prof. PAULO ROBERTO LEITE

DECISÕES SOBRE CAPACIDADE

� Avaliação da capacidade existente

� Previsões de futuras necessidades de capacidade

� Formas de alteração da capacidade

� Formas de alteração da demanda

� Capacidade x desempenho

� Como incrementar capacidade

� Como obter capacidade adicional

Prof. PAULO ROBERTO LEITE

AUMENTO DA CAPACIDADE DE LONGO PRAZO

Tempo

Capacidade Demanda

Aumento após demanda ou acompanha a demanda

Aumento antecipado

Prof. PAULO ROBERTO LEITE

ACOMPANHAMENTO DA DEMANDA DE LONGO PRAZO

� Operação funciona com capacidade adequada e custos corretos

� Investimentos somente quando necessário

� Incapacidade de atender com flexibilidade demandas inesperadas.

� Riscos financeiros de vendas perdidas.

Prof. PAULO ROBERTO LEITE

ANTECIPAÇÃO À DEMANDA NO LONGO PRAZO

� Existe capacidade e a receita é realizada.

� Pulmão de capacidade permite atender imprevisões

� Não existem interrupções de fornecimento

� Existe ociosidade da operação com custos maiores

� Desembolso de capital antecipado

Prof. PAULO ROBERTO LEITE

EQUILÍBRIO CAPACIDADE E DEMANDA-LONGO PRAZO

� Equilíbrio de custos: capacidade excedente custam mais

� Receitas são afetadas: asseguradas se houver capacidade.

� Capital de giro: com decisão de antecipação com estoques

� Qualidade da operação:capacidade extra com recursos menos treinados

� Velocidade de resposta: evitando filas ou com estoques atendendo rápido

� Confiabilidade: sem excedentes de capacidade pode ser penalizada

� Flexibilidade: resposta a desmanda inesperadas.

Prof. PAULO ROBERTO LEITE

PLANEJAMENTO AGREGADO DAS OPERAÇÕES –MÉDIO PRAZO

� Objetivos do planejamento agregado� Adequar a capacidade agregada à demanda agregada em um horizonte de médio prazo , equivalente a 6 meses ou 1 ano.

� Entender a demanda e suas variações sazonais� Medir a demanda e a capacidade agregadas� Identificar as políticas alternativas de capacidade� Escolher as políticas de capacidade mais

adequadas � Recursos fixos neste horizonte

� Capacidade das instalações� Produtividade de equipamentos e M.O.� Eficiências operacionais em geral

Prof. PAULO ROBERTO LEITE

DEMANDA E CAPACIDADE AGREGADA

� Não detalha o tipo de produto ou serviço mas o total dos itens produzidos: � Exemplos:unidades de malhas / mês : sem levar em conta os diversos tipos e cores por exemplo.

� Unidades de produção de eletrodomésticos: não leva em consideração se de geladeiras, televisão ou outro especifico.

� Unidades / mês na fabricação de medicamentos: não leva em consideração se são injeções, xaropes ou comprimidos.

� Mix de produtos ou serviços: composto que pode influir na capacidade das operações

Prof. PAULO ROBERTO LEITE

POLITICAS DE PLANEJAMENTO AGREGADO

POLÍTICA DE CAPACIDADE CONSTANTE: Adota uma capacidade constante durante todo o planejamento do período de forma a adequar a demanda conhecida

POLITICA DE ACOMPANHAMENTO DA DEMANDA: A capacidade varia de acordo com a demanda agregada durante os diversos períodos do planejamento.

POLÍTICA DE MODIFICAÇÃO DA DEMANDA AGREGADA: Altera a demanda de forma a adequá-la à capacidade existente.

Prof. PAULO ROBERTO LEITE

POLÍTICA DE CAPACIDADE CONSTANTE

� Mantem-se constante a capacidade através da constância nos recursos de operação durante o tempo de planejamento.

� A variação de demanda será compensada pela variação de estoques.

� Implicações desta política � Aplicável quando possível manter-se estoques� Difícil para produtos perecíveis , de moda rápida� Os custos de manutenção de estoques precisam também ser calculados.

� Em geral não aplicável em serviços.� Adequado à produtos sazonais

Prof. PAULO ROBERTO LEITE

POLÍTICA DE ACOMPANHAMENTO DA DEMANDA

� Ajusta a capacidade à demanda a cada período do planejamento.

� A capacidade é ajustada pela variação dos recursos envolvidas na operação.

� Implicações desta política� Mais adequada em operações de serviços.� Limitada às restrições internas e externas às variações dos recursos , sobretudo referentes à M.O.

� Pouco usada por empresas com ponto de equilíbrio próximo à capacidade: químicas, siderúrgicas

Prof. PAULO ROBERTO LEITE

POLÍTICAS DE GESTÃO AGREGADA

DEMANDA

POLÍTICA DE CAPACIDADE CONSTANTE

QUANTIDADE / MES

MESES

POLÍTICA DE ACOMPANHAMENTO DA

DEMANDA

ESTOQUE

ESTOQUE

USO DO ESTOQUE

Prof. PAULO ROBERTO LEITE

POLÍTICAS DE GESTÃO DA DEMANDA

Tempo

Volume de operação

Capacidade constanteEstoque

Uso do estoque

Demanda Acompanhamento da demanda

Prof. PAULO ROBERTO LEITE

RECURSOS VARIÁVEIS DE AJUSTE PARA A CAPACIDADE

� Tempo de uso das instalações: horários de trabalho

� Horas extras e tempo ocioso

� Tamanho da força de trabalho ou quantidade de m.O.

� Contratação e demissão de pessoal

� Horas extras e tempo parcial

� Trabalho de M.O. temporária

� Obs: restrições legais; sindicais; éticas; fadiga; aprendizagem

� Estoques quando possível

� Subcontratação à outras empresas

� Obs: disponibilidade no mercado; conflitos mercadológicos; conflitos técnicos e de qualidade.

Prof. PAULO ROBERTO LEITE

POLÍTICA DE ALTERAÇÃO OU COMPENSAÇÃO DA DEMANDA

� Trata-se de encontrar alternativas que variem a demanda ou que utilizem os recursos de capacidade de forma a minimizar os custos operacionais no período de planejamento agregado.� Promoção de preços diferenciados� Propaganda dirigida

� Promoção na baixa da sazonalidade� Produtos complementares sazonais

� Sorvetes x chocolates� Panetone x colomba� Ofertas de outros atrativos

Prof. PAULO ROBERTO LEITE

AJUSTES DA DEMANDA NAS ALTERNATIVAS

� Capacidade constante� Estoques e custos dos mesmos

� Possível para produto

� Capacidade ajustada� Horas extras; força de trabalho; subcontratação;

� Gestão da demanda� Alterar a demanda: promoções

� Produtos alternativos: sazonais

Prof. PAULO ROBERTO LEITE

MODELOS USADOS

� Modelos usados para a escolha das alternativas

� Modelo por tentativas e erros � Modelo de programação linear

� Modelo por tentativas e erros� Procura uma composição alternativa por bom senso

� Não utiliza modelo matemático para a tomada da decisão

� Compara os custos de algumas alternativas sem chegar na solução ótima necessariamente.

Prof. PAULO ROBERTO LEITE

CASO OLARIA BARROFORTE (Livro: Moreira, Daniel A. pág. 371-376)

MÊS JAN FEV MARÇO ABR MAI JUN

DEMANDA 1100 1200 1200 1500 1600 1400

MÊS JUL AG SET OUT NOV DEZ

DEMANDA 1700 1800 2000 2300 1800 1600

PREVISÃO DE VENDAS EM MILHEIROS POR MÊS

Prof. PAULO ROBERTO LEITE

ESTRUTURA DE CUSTOS

� Custos de contratação de pessoal = $1000 / func.

� Custo de demissão de pessoal= $3500 / func.

� Custo de estocar = $ 5 / milheiro. Mês

� Custo regular da produção = $ 20 / milheiro

� Custo da produção em hora extra = $ 24 / milheiro

� Número de funcionários em jan. = 16 func.

� Capacidade regular da planta = 1600 milheiros / mês ou 100 milheiros / func. Mês

� Estoque inicial em jan. = Zero

Prof. PAULO ROBERTO LEITE

EXERCÍCIO EM CLASSE

� 1ª estratégia: Capacidade constante � Manter a força de trabalho atual e compensar as diferenças com uso de estoques.

� Resp . Custo total = R$ 439.000,00

� 2ª estratégia: Acompanhamento da demanda � Contratar e demitir supondo que o nível de produção varie linearmente com o número de funcionários.

� Resp. Custo total = R$ 447.000,00

Prof. PAULO ROBERTO LEITE

ECONOMIA DE ESCALA

� Custo total = custo fixo + custo variável

� Custo fixo = independe das quantidades produzidas

� Custo variável= dependem das quantidades produzidas pela operação

� Custo fixo unitário= custo fixo / quantidade de operação � Maior a quantidade menor custo fixo unitário = “Economia de escala”

Prof. PAULO ROBERTO LEITE

DESECONOMIAS DE ESCALA

� Excesso de operação

� Turbulência nas operações

� Horas adicionais de trabalho

� Congestionamento de espaços

� Aumento de quebras de equipamentos

� Aumento de transportes, etc...� AUMENTO DOS CUSTOS FIXOS UNITÁRIOS = DESECONOMIAS DE ESCALA