Plano de 5 anos: 2001-2006

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O PLANO DE CINCO ANOS, 2001-2006 Resumo de Realizações e Aprendizados

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O PLANO DE CINCO ANOS, 2001-2006Resumo de Realizações e Aprendizados

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O PLANO DE CINCO ANOS, 2001-2006Resumo de Realizações e Aprendizados

PREPARADO SOB A SUPERVISÃO DO

CENTRO INTERNACIONAL DE ENSINO

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Foto da Capa: Um círculo de estudo em Ruanda.

Título original em inglês: THE FIVE YEAR PLAN, 2001-2006Summary of Achievements and Learning

© Dezembro de 2006. CENTRO MUNDIAL BAHÁ’Í

© 2007 em português:

Editora Bahá’í do BrasilC.P. 108513800-973 – Mogi Mirim – SP

www.editorabahaibrasil.com.br

ISBN: 978-85-320-0169-6

1a Edição: 2007

Tradução: Osmar Mendes

Revisão: Kássia Fernandes de Carvalho

Impressão: Prisma Printer Gráfica e Editora Ltda., Campinas – SP, Brasil

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Introdução 1

I. Avançando o Processo de Entrada em Tropas 5O Indivíduo 13A Comunidade 22As Instituições 49Programas Intensivos de Crescimento 62

Apêndices

A Administração Bahá’í durante o Plano de Cinco Anos 81B Estatísticas do Desenvolvimento de Recursos Humanos,

das Atividades Básicas e do Avanço dos Agrupamentos, 2001-2006 82C Totalidade de Pioneiros Enviados durante o Plano de Cinco Anos 84D Acontecimentos Majoritários Registrados pelos Governos 89E Propriedades Adquiridas durante o Plano de Cinco Anos 90

Referências Bibliográficas 91

CONTEÚDO*

*Para esta edição em português, a Assembléia Espiritual Nacional dos Bahá’ís do Brasil decidiu não incluir os capítulos II, IIIe IV, que tratam, respectivamente, sobre: O DESENVOLVIMENTO SOCIAL E ECONÔMICO; ASSUNTOS EXTERNOS; e CONQUISTAS NO

CENTRO MUNDIAL BAHÁ’Í.

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conclusão do Plano de CincoAnos no Ridván de 2006 marcou

“um momento decisivo no desdobra-mento do histórico empreendimentono qual a comunidade do MáximoNome está envolvida”1. Em 2001, trêsmeses antes do lançamento do Plano, aCasa Universal de Justiça havia anun-ciado o início de uma nova época nosdestinos da Fé – a quinta época da IdadeFormativa. O progresso alcançado nomundo bahá’í durante os últimos cincoanos refletiu o salto avante que a aber-tura de uma nova época prognosticou.Neste último capítulo no desdobra-mento do Plano Divino concebido peloMestre, os seguidores de Bahá’u’lláhcontinuaram a concentrar seus esforçospara alcançar um avanço significativono processo de entrada em tropas.

Fortalecidos pelo sucesso do Planode Quatro Anos e do Plano de DozeMeses no desenvolvimento de recursoshumanos na Fé em uma larga escala,os crentes dirigiram seus esforços paraa implementação de uma “estruturapara a ação”2, que nasceu de décadasde experiência e que em alguns poucosanos provou ser universal em suaeficácia. A sistematização do trabalhode ensino no contexto dos agrupamen-tos geográficos foi um conceito quepossibilitou aos crentes adquirirem umavisão de crescimento sistemático e aestabelecer prioridades para a ação.

No âmago dessa estrutura ocorriam“dois movimentos complementares eque se reforçam mutuamente”3, os quaisguiaram e direcionaram os esforços doscrentes em como fazer avançar, de for-ma sistemática, o processo de entrada

em tropas. Decorrente de um esforçopaciente e contínuo, tornou-se aparenteque quanto maior era o número deamigos completando a seqüência doscursos e se levantando para realizar astarefas de expansão e consolidação, maisforte foi o impulso dado ao desenvol-vimento dos agrupamentos e à suacapacidade de atingir e manter o cres-cimento. Atenção concentrada a essesdois movimentos foi vista como essen-cial ao progresso do Plano e tornou-seo padrão pelo qual o progresso foi asse-gurado.

Institutos de capacitação crescerame tornaram-se progressivamente maiseficazes em “prover suas comunidadescom uma torrente constante de recursoshumanos para servir ao processo deentrada em tropas”4. Até o final de 2006,mais de 36.000 facilitadores e aproxi-madamente 75.000 professores de aulasde crianças haviam sido capacitados. Onúmero de atividades centrais cresceuna mesma proporção, representandoum aumento de seiscentos por centoem reuniões devocionais e de trezentospor cento em aulas de crianças. Oimpacto do sucesso em capacitação e nautilização de recursos humanos foicomprovado em um número crescentede agrupamentos mais avançados. Apóster-se alcançado um vigoroso processode instituto, multiplicação das atividadescentrais, e aumento no ritmo do ensino,as condições mostraram-se se favoráveispara o lançamento de programas inten-sivos de crescimento nesses agrupa-mentos. Ao final do Plano de CincoAnos, 296 desses programas haviamsido iniciados.

…os seguidores de Bahá’u’lláhcontinuaram a concentrar seusesforços para alcançar um avançosignificativo no processo deentrada em tropas.

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INTRODUÇÃO

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O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados

O aprendizado sobre crescimentofoi o mais intenso nesses agrupamentosde vanguarda, na medida em que oscrentes ganharam novos discernimentose experiência sobre expansão, ensino,ingresso e capacidade de crescimento.Os programas intensivos de cresci-mento continuaram em uma sucessãode ciclos. Cada ciclo incluía fasesdistintas de expansão, consolidação,reflexão e planejamento. Através daexperiência adquirida em um ciclo, oscrentes aprenderam valiosas lições quelevaram à melhoria da eficácia de cadafase. Mais importante, os meios para oestabelecimento de um padrão deatividade com “igual ênfase nosprocessos gêmeos de expansão econsolidação”5 foram mais bem enten-didos.

As reuniões de reflexão foram achave para o progresso dos programasintensivos de crescimento ao proverema arena a nível de agrupamento para aavaliação do progresso alcançado,analisando experiências, planejamentose mantendo a unidade de visão. Comotornar as reuniões de reflexão maiseficazes tornou-se uma área específicade aprendizagem, e gradualmente ficouevidente que tais reuniões precisavamcombinar tanto “de celebração alegre efestiva”, como “também uma oportu-nidade para sérias consultas”6.

O processo de crescimento “estáganhando impulso em centros urbanoscomo também em áreas rurais”7. Amudança ocorrida em comunidadesurbanas foi um marco em realizações.Por muitos anos, mesmo em paísesaltamente receptivos, as comunidadesbahá’ís em cidades haviam enfrentadodesafios para a criação de comunidadesdinâmicas e numerosas. Porém, arma-das agora com novas habilidades e forteconfiança, resultantes de sua partici-pação nos cursos do instituto, umnúmero muito maior de crentes temparticipado dos trabalhos de ensino.Começando com esforços sistemáticos

para contatarem mais vigorosamenteamigos e familiares, os bahá’ís, tanto emáreas urbanas como rurais, no Ocidentee no Oriente, descobriram que seucomprometimento com o ensino lhesmostrava, em contrapartida, uminesperado grau de receptividade. Asatividades centrais atraíam um númerocrescente de buscadores, almas queeram cada vez mais atraídas à Revelaçãode Bahá’u’lláh e vivificadas por suapotência espiritual. Em muitas áreasaltamente receptivas, a maioria dosconvidados participantes de círculos deestudo tornou-se bahá’í logo após oestudo do primeiro livro da seqüência,atividade esta que demonstrou suaeficácia como “do processo de entradaem tropas”8.

A vida comunitária bahá’í foi sen-do gradualmente transformada poruma crescente orientação no sentido devoltar-se para o mundo externo, umaatitude incipiente em muitos lugares,mas logo costumeira em outros.Tornou-se notavelmente aparente aoscrentes, ao abrirem suas comunidadesao público externo, tornando-oscapazes “a ver mais prontamente aslatentes possibilidades existentes naspessoas”9, uma pré-condição paraefetivamente atraí-las à Mensagem deBahá’u’lláh. Ainda mais, o padrão deatividade refletido no modelo coerenteaplicado no crescimento sistemático –o processo de instituto, juntamentecom as reuniões devocionais, aulas decrianças e círculos de estudo – foi inega-velmente enriquecedor para a vidaespiritual dos próprios bahá’ís e con-tribuiu para a solidariedade e caráterespiritual de suas comunidades. Asvisitas aos lares, que são um meionatural de se chegar aos corações, pro-varam ser simplesmente o enfoque maisefetivo tanto para a expansão como parao trabalho de consolidação.

Como a Casa de Justiça indicou emmensagens anteriores, os esforçosvisando o avanço do processo de

Mais importante, os meios parao estabelecimento de um padrãode atividade com “igual ênfasenos processos gêmeos de expansãoe consolidação” foram mais bementendidos.

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INTRODUÇÃO

entrada em tropas “atuará sobre”10 asinstituições da Fé tanto quantoatuariam sobre o próprio processo. AsAssembléias Espirituais Nacionais e osConselhos Regionais Bahá’ís alcan-çaram significativa maturidade duranteos últimos cinco anos ao se tornaremmais sistemáticos na promoção e nomonitoramento do processo de cresci-mento em suas regiões. Tornou-setambém bem claro que a arena para aação e para o aprendizado sobrecrescimento é o agrupamento, e queeste aprendizado é enriquecido pelaexperiência dos agrupamentos maisavançados.

Adicionalmente ao aprendizadosobre a sistematização da expansão econsolidação, havia a necessidade dedesenvolver a capacidade institucionalpara administrar o processo decrescimento no nível das raízes dacomunidade. A Casa de Justiça explicouque isso dependeria da colaboração dastrês entidades no nível do agrupamento:o instituto de capacitação, os membrosde Corpo Auxiliar e seus ajudantes, eum Comitê de Ensino de Área. Oscoordenadores de instituto tiveram umpapel central na capacitação de mais de150.000 pessoas que entraram noprocesso de instituto durante o Planode Cinco Anos, contribuindo para umacervo crescente de recursos humanospara as tarefas de expansão e conso-lidação. Nos últimos anos, os Comitêsde Ensino de Área, tambémmencionados como Comitês deCrescimento do Agrupamento,consolidaram-se em agrupamentosavançados e começaram a organizarreuniões de reflexão e a administrarvários aspectos do processo decrescimento sistemático. Os membrosde Corpo Auxiliar trabalharam emambas as frentes para apoiar odesenvolvimento de recursos humanose ajudar as atividades centrais bemcomo os esforços de ensino. Juntas, essastrês agências constituiram-se numa

forte estrutura, tornando possíveltomarem muitas decisões relacionadascom o processo de crescimento a serdesenvolvido pelas instituições envol-vidas em sua execução. O apoio dasAssembléias Espirituais Locais aoprocesso de instituto e sua promoção eajuda no trabalho de ensino entre oscrentes em sua área de jurisdiçãotambém representaram um papel vitalno avanço do processo de crescimentosistemático, especialmente onde asAssembléias estiveram engajadas emimplementar programas intensivos decrescimento.

A cada avanço de um agrupamentopara um novo estágio de desenvol-vimento, ocorre uma mudança no focoe na dinâmica do agrupamento. Emnenhum outro lugar isso foi tãoevidente quanto em agrupamentosonde foram lançados programasintensivos de crescimento. Oplanejamento sistemático do qual asinstituições e os crentes participaram,a realização de uma grande reunião dereflexão para lançá-lo, a mobilizaçãodos amigos para formar grupos deensino e outras atividades, e a contínuacapacitação de recursos humanos queprecisa ser mantida, todos combinampara criar uma elevada motivação e umgrande entusiasmo para as atividades deensino e consolidação. As estatísticasprovenientes de numerosos programasintensivos de crescimento em todo omundo, tanto em áreas urbanas comoem áreas rurais, revelaram que onúmero de novos contatos ou decla-rações gerados durante a fase de expan-são de um único ciclo muitas vezesultrapassou os resultados dos dozemeses anteriores.

Em todos os casos foi observado queo aprendizado chave decorrente dosestágios anteriores de desenvolvimentode um agrupamento – estabelecendoum forte processo de instituto,praticando os componentes dos cursos,desenvolvendo uma orientação de

A cada avanço de um agrupa-mento para um novo estágio dedesenvolvimento, ocorre umamudança no foco e na dinâmicado agrupamento.

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atenção ao mundo externo, estimu-lando a iniciativa individual, conta-tando populações especiais e multipli-cando o número das atividades centrais– culminou em ações necessárias parao lançamento e sustentação de umprograma intensivo de crescimento.Todos esses elementos deviam estarintegrados para um esforço bem-sucedido. Ao mesmo tempo, os ciclosde atividades de um programa decrescimento estavam tão claros e tãobem definidos que se tornou possível verquando um ou mais desses elementosnão estavam acontecendo num grau denível ótimo, e que tais carências podiamentão ser tratadas sistematicamente.Esse processo de análise e intervençãona implementação de programasintensivos de crescimento foi respon-sável pelos “avanços mais significativosde aprendizagem”11 durante o Plano deCinco Anos.

Juntamente com a análise dosesforços dos crentes em dar conti-nuidade às tarefas centrais do Plano,este sumário apresentará realizações notrabalho especializado de desenvol-vimento social e econômico e deassuntos externos. Adicionalmente àconsecução de seus objetivosespecíficos, ambas essas áreas deatividade efetivamente reforçaram a

orientação da comunidade bahá’íquanto ao mundo externo e assegu-raram oportuno apoio a pessoas comideais afins em círculos internacionais.Na parte final, as realizações associadascom o Centro Mundial Bahá’í serãoapresentadas. Seu caráter de longoalcance reflete a realidade de que “aevolução do Centro AdministrativoMundial da Fé, ...cruzou um limiarcrucial”12.

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O aprendizado sobre crescimento nosúltimos cinco anos traçou o curso domundo bahá’í para os próximos quinzeanos. A Casa de Justiça explica que aexperiência com os programas inten-sivos de crescimento foi universal econsistente. O objetivo desta avaliaçãovai além do estímulo à reflexão sobre oque foi conseguido para inspirarconfiança quanto ao curso à frente.Tudo o que se faz necessário agora é queos crentes dirijam os seus mais sincerosesforços para o estabelecimento domaior número possível de programasintensivos de crescimento em todos oscontinentes e, assim fazendo, serembem-sucedidos em “difundir... o conhe-cimento do poder redentor da Fé deBahá’u’lláh”13 ao inteiro corpo de umahumanidade assolada.

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I AVANÇANDO O PROCESSO

DE ENTRADA EM TROPAS

róximo da conclusão do Plano deCinco Anos, a Casa Universal de

Justiça afirmou em sua mensagem,datada de 27 de dezembro de 2005,dirigida aos Corpos Continentais deConselheiros, que “a séria e sinceraresposta de cada crente, da comunidadee das instituições à guia que receberamhá cinco anos atrás, elevou suacapacidade a novos níveis”1..Analisandoas etapas que levaram a esta realização,a Casa de Justiça destacou que:

Como primeiro passo, as comunida-des bahá’ís foram instadas a sistema-tizar seus esforços para desenvolverrecursos humanos da Causa através deuma rede de institutos de capacitação.Ainda que todas as comunidades na-cionais tivessem adotado medidas quevisavam criar capacidade institucionalpara realizar essa função essencial, nãofoi, senão, no início do Plano de Cin-co Anos que a importância de umbem concebido programa de capaci-tação tornou-se amplamente reconhe-cido.2

O Desenvolvimento deRecursos Humanos

O processo de instituto foi estabelecidodurante os cinco anos anteriores, masno início do Plano poucas comunidadeseram capazes de oferecer mais do queos livros iniciais da seqüência doscursos. A demanda por facilitadorescapacitados superou a disponibilidadeentão existente. E assim, os primeirosdesafios que tiveram de ser superadosforam fortalecer o processo de instituto

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adicionando um nível mais elevado decursos e capacitando uma leva maiorde facilitadores. No Ridván de 2001,haviam 616 pessoas no mundo quehaviam completado o Livro 7 doInstituto Ruhí – Trilhando Juntos umCaminho de Serviço, o curso para otreinamento de facilitadores e muitosdeles não haviam ainda completadotodos os livros que levavam ao livro denúmero 7. Na realidade, o Livro 7 nãoestava disponível em muitos países atéuma boa parte desde o início Plano, e umavez liberado, teve de ser traduzido nosidiomas de cada região. Sua introduçãoe utilização, porém, rapidamente elevoua qualidade de todos os cursos deinstituto e trouxe maior visão do quepodia ser alcançado através do processode instituto. Tão bem-sucedido foi oesforço para capacitar facilitadores que,ao final do Plano, mais de 36.000pessoas haviam completado o Livro 7.

Amigos em um círculo de estudosem Washington, D.C., E.U.A.

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s moradores de Nova Iorque são conhecidos comopessoas muito ocupadas. Encontrar tempo para

participar da seqüência dos cursos do instituto foi umdesafio para muitos dos crentes naquela cidade,especialmente jovens executivos. Quando os amigos,inspirados pela reunião de reflexão de fevereiro de2004, decidiram fazer a seqüência dos cursos paraelevar o agrupamento para a categoria “A”, asinstituições e o coordenador do agrupamento semovimentaram para ajudá-los a alcançar sua meta,promovendo uma campanha intensiva de institutoque começou em junho. Um planejamento siste-mático foi a chave para levar ao sucesso, o desafio deorganizar horários que atendessem aos interesses detodos, já que o tempo é sempre curto para oshabitantes daquela cidade.

O primeiro passo foi buscar conhecer cuidado-samente os membros da comunidade que estavamparticipando do processo de instituto. Quem fizeraqual livro? Que livros cada um deles precisava estudarpara completar a seqüência a fim de tornar-se umfacilitador capacitado? A análise foi seguida de umaonda de estímulo sistemático. A Assembléia EspiritualLocal de Nova Iorque enviou cartas individualizadasa cada pessoa que havia estudado os três primeiroslivros, estimulando-os a continuarem a seqüência. Osmembros de Corpo Auxiliar contatavam aquelesamigos que precisavam ainda fazer apenas um ou doisdos últimos livros para completarem a seqüência etornarem-se facilitadores. O coordenador da área deinstituto concentrou-se naqueles que precisavam

Uma Campanha de Instituto:Ação Sistemática Conduz os Amigos através da Seqüência dos Cursos na Cidade do Convênio

completar apenas o Livro 7. Recordando agora aexperiência, torna-se claro que esta atençãopersonalizada aos indivíduos em uma comunidadefoi a chave para o sucesso da campanha intensiva deinstituto.

O coordenador de área analisou a comunidadepara determinar o tempo que as pessoas teriamdisponíveis, e então marcou as datas e horários doscursos da mesma forma de uma tabela escolar. Oscírculos de estudo foram organizados em trêsdiferentes horários: durante o dia para aqueles quetrabalhavam à noite, como atores e músicos; logo noinício da noite para aqueles que trabalhavam emescritórios; e fins de semana para aqueles que somentenessas datas tinham tempo disponível. Alguns cursosforam realizados no sistema intensivo em fins desemana, enquanto que outros foram organizados paraserem concluídos em quatro domingos consecutivos.Muitos dos jovens executivos optaram por participarnas sessões do começo da noite, porque lhes era maisfácil chegar à sede bahá’í de Manhattan, logo apósdeixarem seus locais de trabalho no centro da cidade.As sessões deste período eram de 3 horas, realizadasduas ou três noites por semana e possibilitavam aosamigos adiantar-se rapidamente na seqüência doscursos.

Em novembro de 2004, 43 pessoas haviamterminado a seqüência de cursos, o que representouum aumento de 35 novos facilitadores em um períodode menos de seis meses.

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A capacitação de facilitadores noinício muitas vezes exigiu sacrifícios,tanto dos capacitadores como dos queestavam sendo capacitados. Por exem-plo, determinados crentes nas cidadesde Knoxville, Tennessee, nos EstadosUnidos e Manchester, no Reino Uni-do, necessitavam de alguém paracapacitá-los na seqüência dos cursos,mas suas comunidades não dispunhamde ninguém qualificado como capaci-tador do Livro 7. A comunidade de

Knoxville solicitou os serviços de umcapacitador que vivia em outra partedo estado. Durante o curso de três anos,aquele dedicado crente dirigia cerca de290 quilômetros todas as semanas parapreparar novos capacitadores que pu-dessem capacitar novos facilitadores.Apenas dez participantes haviam com-pletado o segundo livro em Manchesterquando seu membro de Corpo Auxili-ar, teve a feliz idéia de que o agrupa-mento poderia avançar para a catego-

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AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS

ria “A” através de um esforço concen-trado. Seu entusiasmo repercutiu emtoda a comunidade. Como no caso deKnoxville, um capacitador tinha de via-jar a Manchester para ajudar no movi-mento de crentes através da seqüênciados cursos, mas em vez de trabalharcom eles uma vez por semana, cada

curso era dado durante a semana intei-ra, começando com um fim de semanaintensivo e continuando nos outros diasda semana em sessões noturnas de es-tudo. A semana seguinte era livre, parapermitir aos participantes a oportuni-dade de praticar o que haviam apren-dido.

O Processo de Instituto Provê umNovo Foco para as Escolas de Verão e Inverno

período de tempo maior que as Escolas deVerão e Inverno oferecem para estudo e

companheirismo durante feriados há muito tem sidoum elemento importante e de união das comunidadesbahá’ís. Em anos recentes, o processo de instituto teminfluenciado o estilo das Escolas de Verão e Invernoem muitas comunidades nacionais.

A capacitação pelo estudo do Livro 3 sobre comotrabalhar com as crianças gerou programas melhorplanejados para as crianças e pré-jovens como partedessas escolas. Os jovens, quase sempre os primeirosa completarem os cursos de instituto, estão cada vezmais colocando em ação suas recém adquiridashabilidades para ajudar no planejamento e naexecução de programas de instituto realizados nasEscolas de Verão e Inverno. O uso das artes nasatividades centrais, introduzido e alimentado peloprocesso de instituto, deu mais criatividade evivacidade às escolas, como o uso da música, canto,teatro e outras atividades artísticas tornando-se parteintegrante dos programas das Escolas.

Muitas Escolas de Verão e Inverno incluíram cursosde instituto como parte das atividades oferecidas,provendo uma oportunidade para as pessoasacelerarem seu progresso através da seqüência doscursos. Um exemplo vem da Escola de Inverno deBoldren, na Suíça, em 2005. Os cursos de institutoforam oferecidos para ajudar os amigos a se prepa-rarem, através de um estudo intensivo, para ajudarno avanço dos processos do Plano de Cinco Anos.Em outras escolas, atividades especiais reforçaram oucomplementaram os cursos de instituto. Uma Escola,realizada em Darjeeling, na Índia, apresentou umteatro com participação do público sobre como asatividades centrais podem mudar as atitudes, a

conduta e o caráter das pessoas. Em uma Escola deInverno no Brasil, foi dada uma aula sobre comorealizar reuniões devocionais. Muitas Escolas de Verãoem 2003 incluíram sessões de estudo do documento:Construindo o Momento: Um Enfoque Coerente com oCrescimento.

As sessões de uma escola de inverno na Índia foramutilizadas para a preparação das pessoas para umacampanha de ensino. Ao final da Escola, osparticipantes eram enviados para localidadespróximas, previamente selecionadas, para realizarvisitas aos lares e reuniões devocionais.

A influência sobre as Escolas de Verão e Invernoatingiu igualmente o público externo, um pontomarcante do Plano de Cinco Anos, o que ficouevidenciado no número crescente de buscadoresparticipando de Escolas de Verão e Inverno. NaPolônia, por exemplo, os bahá’ís notaram um elevadocrescimento no número de convidados participandodas Escolas. E a presença dos participantes de outrospaíses trouxe entusiasmo a muitas pequenas e isoladascomunidades, como o Líbano, Chipre, Ilhas Mariana,Bósnia e Herzegovina.

Orações matinais sendo feitas na Escola de Inverno deDarjeeling, na Índia.

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Outros meios foram encontradospara acelerar a capacitação dos facili-tadores, incluindo campanhas intensi-vas de instituto, muitas vezes realiza-das como cursos nas residências. Du-rante o primeiro ano do Plano, umgrande impulso foi dado ao processode instituto na África do baixo Saaracom uma série de campanhas decapacitação intensiva organizadas pelosConselheiros Continentais. Na Áfricade idioma inglês, selecionados bahá’ísque haviam completado os livros inici-ais da seqüência participaram de ses-sões de capacitação de seis semanas, umna Uganda e outro na Zâmbia. Comoresultado, 176 amigos de 22 países fo-

ram capacitados para atuarem comofacilitadores dos Livros 4 ao 7. Subse-qüentemente, nos países de língua fran-cesa na África, similares programas in-tensivos de capacitação foram realiza-dos em Camarões, na República De-mocrática do Congo e na Nigéria. Emmuitos agrupamentos rurais na África,Ásia e na América Latina, os institutoscontinuaram a manter cursos intensi-vos para os livros de níveis superioresem locais centrais afim de melhorar aqualidade da capacitação.

Na França, campanhas intensivasforam marcadas para serem realizadasduas vezes por ano durante os feriadosnas universidades, tornando-se um ele-

Aulas em Universidades – Um Novo Cenário para os Cursos do Instituto

omo local da sede mundial da Igreja CatólicaRomana, a Itália tradicionalmente tem sido um

país desafiador para a Causa de Bahá’u’lláh. Mascorajosamente aproveitando uma oportunidade, umbahá’í italiano, em colaboração com um instituto decapacitação na Itália, e do Fórum Bahá’í Europeu deNegócios, conseguiu fazer do ensino da Fé parte deum currículo da segunda maior universidade italiana,a Universidade de Bari.

Como um líder bem-sucedido no ramo de negó-cios, e autor conhecido, o bahá’í italiano durante váriosanos dera palestras, como convidado, sobre ética nosnegócios a alunos da Escola de Comércio em Bari.Sempre fazia leves referên-cias à Fé em suas palestras,particularmente sobreBahá’u’lláh, Sua vida e Seussofrimentos, explicando afonte de suas idéias. Taispalestras motivaram a Uni-versidade a criar um cursode 10 semanas oferecido poresse bahá’í, que tinha comotitulo: “Ética e Economia:Rumo a uma Nova OrdemMundial”. O curso é basea-do exclusivamente nos

Escritos Bahá’ís e é dado anualmente desde 2002.O Departamento de Educação Científica e Teoria

da Filosofia, bem impressionado com as apresentaçõesnas salas de aula desde 2003, convidou o orador bahá’ía dar aulas também aos estudantes de seu departa-mento. Trabalhando em estreita colaboração com oinstituto de capacitação, ele decidiu apresentar o Livro1 do Instituto Ruhí como um modelo educacionalsingular, digno de ser emulado.

O primeiro passo foi a preparação e distribuiçãode um questionário a 220 sub-graduados e estudantesde mestrado, baseado em materiais do Livro 1, queincluíam muitas citações de Bahá’u’lláh. Quando os

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Estudantes na Universidade de Bari em um dos cursos sobre os ensinamentos de Bahá’u’lláh.

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AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS

questionários foram devolvidos, os bahá’ís presentesentenderam melhor os pontos de vista dos estudantesantes do início do curso. As semanas seguintes foramutilizadas para a realização de palestras aos estudantessobre a vida e obra de Bahá’u’lláh, Seus ensinamentos,e sobre a filosofia e a metodologia subjacentes aoinstituto de capacitação. Os estudantes tiveram entãoa oportunidade de ver um círculo de estudos em ação.Quinze estudantes foram escolhidos e solicitados airem em frente à classe. Eles realizaram uma sessãonormal do círculo de estudos usando os materiais doLivro 1, enquanto mais de cem de seus colegasobservavam atentamente.

A reação foi de um entusiasmo contagiante.Ninguém queria deixar o salão. Posteriormente,muitos alunos cercaram os apresentadores bahá’ísfazendo perguntas e falando dos seus sentimentossobre o que tinham presenciado. Por exemplo, umaestudante disse ter sentido um calor humano comonunca antes sentira. Entre outros comentários posi-tivos, citamos os seguintes:

“Senti-me livre e ao mesmo tempo pleno de umanova consciência.”“Senti-me muito bem, sem qualquer sentimentode competitividade, sem qualquer forma dejulgamento alheio.”“Tenho agora uma visão totalmente nova do quesignifica educação.”

Ao final desta série de palestras, o professor daUniversidade de Bari, que supervisionou os cursos,solicitou que o tempo remanescente daquela aula fossededicado para que os bahá’ís explicassem o significadode várias citações do livro As Palavras Ocultas deBahá’u’lláh. Usando o enfoque participativo doprocesso de instituto, a classe dedicou uma hora emeia ao estudo e comentários sobre 12 versículos dosEscritos Bahá’ís.

O impacto extraordinário dos cursos bahá’ís sobreos estudantes foi bem retratado nas respostas quederam após os exames do curso sobre a OrdemMundial no Departamento de Economia. O professorbahá’í perguntou se eles prestariam uma homenagemà memória de Bahá’u’lláh fazendo 10 segundos desilêncio. Um por um todos os estudantes foram selevantando até que a classe inteira “ficou em pé emabsoluto silêncio”. O emocionante relatório bahá’ícontinua: “Tive que baixar minha cabeça, pois fiqueiprofundamente comovido. Meus olhos encheram-sede lágrimas. Após 15 segundos de silêncio absoluto,peguei o microfone e disse: ‘Muito Obrigado.’ Os120 estudantes, em pé, aplaudiram por cerca de 4 a 5minutos.”

mento inseparável da vida bahá’í paraestudantes que falavam francês proce-dentes de vários países da Europa. Umprograma intensivo semelhante foi re-alizado na Alemanha para a juventu-de. Outros exemplos de campanhas in-tensivas de instituto incluem as seguin-tes:

Para aumentar o número e qualificaros facilitadores, no Brasil mais de350 bahá’ís passaram pela seqüênciados cursos através de capacitaçãointensiva, especialmente entre osmeses de janeiro a abril do primeiroano do Plano.

Uma campanha intensiva de seissemanas foi realizada nos EstadosUnidos, para crentes nativosamericanos, para aumentar onúmero de facilitadores entre aquelapopulação.

Campanhas intensivas na Ucrâniativeram como alvo a juventude. Oscursos tiveram um grande impactonos participantes, com um bomnúmero deles iniciando aulas paracrianças após terem completado oLivro 3 da seqüência de livros.

Um bahá’í capacitado numacampanha intensiva de instituto de

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seis semanas para Papua NovaGuinéa, Ilhas Salomão e Vanuatu,retornou ao seu vilarejo natal emKaming, Papua Nova Guinéa, e láorganizou uma campanha de quatromeses para os crentes locais. Oscursos foram concluídos com umacerimônia de formatura para maisde 30 participantes, evento quecontou com a presença de 350pessoas, incluindo 12 líderes devilarejos. Dezessete buscadorespediram para participarem tambémdos cursos e todos eles aceitaram aFé.

Campanhas intensivas de institutorealizadas no Paquistão, entrerefugiados afegãos, renderam osfrutos esperados quando osrefugiados retornaram aoAfeganistão. Esses crentes, por suavez, estabeleceram as atividadescentrais em várias áreas de sua terranatal.

Em Kiribati, logo após o Livro 7ter sido disponibilizado no idiomalocal, um processo de dois estágiosfoi completado para levantar umnúmero suficiente de facilitadorespara participarem de campanhas a

nível local em agrupamentosprioritários. Em dezembro de 2003,somente 5 pessoas haviam comple-tado o Livro 7. Ao final de janeirode 2004 esse número subira paramais de 40.

Nos primeiros anos do Plano, 16crentes haviam participado de umacampanha de capacitação de cincosemanas em Ontário, Canadá, empreparação para servirem comopioneiros de linha de frente,capacitados para oferecerem oscursos do instituto em seus novospostos.

Ainda mais, outras comunidadescomo Austrália, Bulgária e Hondurastambém começaram a oferecer cursosrápidos de recapitulação dos livrosestudados, principalmente para aconsolidação do aprendizado anteriore para treinamento dos atos de serviço,preparação essa realizada um poucoantes do lançamento de projetos deensino ou para campanhas de instituto.Nos últimos meses do Plano de CincoAnos, em muitas áreas, particularmenteem comunidades urbanas e em outrosagrupamentos prioritários, existia umacervo significativo de facilitadores,possibilitando a todos os crentespassarem pela seqüência dos cursos,cada um dentro de suas disponi-bilidades de tempo e num ritmoadequado.

Em todo o mundo, os círculos deestudo tornaram-se o meio principalpara a implementação da seqüência doscursos, substituindo os “institutosmóveis”, um método utilizado inicial-mente em muitos países pelos quaisinstrutores de tempo integral viajavam

Um curso para relembrar os pontos doinstituto no Sri Lanka.

TotalData África Américas Ásia Australásia Europa543

2.1231.2154.099

6892.735

107665

5701.665

3.12411.287

Abril de 2001Abril de 2006

Número total de círculos de estudo em todo o mundo 2001–2006

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AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS

de vila em vila para apresentar e realizaros cursos. Um esquema de trabalho quepermitisse ampla multiplicação doscírculos de estudo era um dos pré-requisitos para um programa intensivode crescimento. O número de círculosde estudo no mundo inteiro cresceucom grande rapidez conforme mos-trado na tabela na página anterior.

O diligente esforço para ampliar aárea de alcance do instituto e paraajudar “um número cada vez maior deamigos a passarem por uma seqüênciabásica de cursos”3 resultou em talvez amais notável realização do Plano deCinco Anos – a aceleração do desen-volvimento de recursos humanos. Noinício do Plano, 94.000 pessoas haviamcompletado um curso na seqüênciabásica oferecida pelos institutos. Essenúmero cresceu para 244.000 noRidván de 2006. Devido a ênfase dadana capacitação de facilitadores e comum significativo número de crentes“que entendem os requisitos necessáriospara um crescimento sustentável”4 amaior porcentagem de ganhosregistrados foi o número de crentes quecompletaram os cursos de níveis maiselevados. As estatísticas sobre o Livro6, Ensinando a Causa, provêem umvívido retrato da expansão dos recursoshumanos. Em 2001, apenas 1.700pessoas haviam completado o Livro 6;este número subiu para 44.000 ao finaldo Plano.

Mas as realizações não se restrin-giram a números. Comentando sobreo empreendimento espiritual decor-rente da participação nos cursos deinstituto, a Casa de Justiça destacou emsua mensagem de 27 de dezembro de2005:

Os acontecimentos... serviram parademonstrar ainda mais a eficácia deuma seqüência de cursos que buscacriar capacidade para o serviço,concentrando-se na aplicação depercepções espirituais ganhas através

Amigos em Eritréia, consultandosobre a divisão de seu país emagrupamentos.

do estudo profundo dos Escritos....Que o espírito de fé, nascido docontato íntimo com a Palavra deDeus, tenha tal efeito sobre as almas,de forma alguma representa um novofenômeno. O que é alentador é o fatodo processo de instituto estarauxiliando a tão grandes números depessoas a experimentarem o podertransformador da Fé.5

Agrupamentos e MobilizaçãoSistemática de Recursos Humanos

Uma das mais importantes inova-ções introduzidas no Plano de CincoAnos foi o conceito de agrupamento,descrito pela Casa de Justiça nasseguintes palavras:

A introdução do conceito deagrupamento tornou possível aosamigos pensar no crescimentoacelerado da comunidade em umaescala administrável, e concebê-la emtermos de dois movimentos comple-mentares e que se reforçam mutua-mente: o fluxo constante de pessoasatravés da seqüência de cursos doinstituto e o movimento dos agru-pamentos de um estágio de desen-volvimento para o seguinte. Estaimagem ajudou os crentes a analisa-rem as lições que eram aprendidas em

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campo e a empregarem um voca-bulário comum para articular suasdescobertas. Jamais foram tão bemcompreendidos os meios para oestabelecimento de um padrão deatividades que coloca igual ênfase nosprocessos gêmeos de expansão econsolidação.6

As instituições começaram a darmaior atenção aos números de crentesque haviam completado a seqüência doscursos, atenção essa de forma bemsignificativa ao aprenderem a mobilizá-los para as tarefas de expansão e conso-lidação. A utilização efetiva dessesrecursos humanos tornou-se um desa-fio. As instituições foram encarregadaspela Casa de Justiça a criarem dentro

de cada comunidade “um ambienteencorajador, no qual os amigos sesintam empoderados para dar um passoà frente, independente de quais sejamsuas capacidades, e assumam o trabalhoda Fé”7. Mais ainda, a Casa Universalde Justiça disse que as instituiçõesprecisam “assegurar-se de que, à medidaque o número de apoiadores ativos daCausa aumente através do processo deinstituto, eles sejam utilizados nocampo de serviço, reforçando o traba-lho de expansão e consolidação em largaescala”8.

O que é apresentado a seguir é umaanálise mais profunda dos resultadosdos esforços sistemáticos dos trêsparticipantes do Plano: O Indivíduo, AComunidade e As Instituições.

!

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primeiro movimento essencialdo Plano de Cinco Anos foi “o

fluxo constante de pessoas através daseqüência de cursos do instituto”9. Estemovimento trouxe profundos resul-tados na vida de muitas pessoas. Porexemplo, uma bahá’í no Reino Unidoressaltou que o processo de institutotinha “transformado sua vida e lhe dadoum novo foco de interesse”. Tendo con-cluído o Livro 3, disse que esperava seruma avó melhor do que tinha sidocomo mãe, e assim iniciou uma classe deaulas para crianças com sete estudantes.Uma facilitadora, na Austrália,comentou que seu círculo de estudos,composto de crentes aborígines, trouxea eles uma nova confiança e poder comsua participação nos cursos. “Issoaconteceu simplesmente dando a eles achance de ler e entender a Palavra deDeus com suas próprias mentes.” Umajovem de 16 anos de idade do Senegalachou que os cursos eram “enorme-mente enriquecedores” e que aprenderamuito com eles. Os cursos lhe ajudarama tornar-se mais autoconfiante e que

fortaleceu sua identidade bahá’í. NaEtiópia, quando a cerimônia deencerramento dos cursos foi realizadapara um grande grupo de estudantessecundários que haviam completado oscursos do instituto durante um feriadoescolar, os graduados, inspirados peloestudo dos Escritos Sagrados, “mos-traram-se habilitados a produzir algoque nos deixou fascinados, com acomposição de sérios e significativospoemas, interpretações teatraisrealmente emocionantes e comoventescanções. O deleite que nos deram comisso não dá para expressar em palavras”.Claramente, estes poucos exemplos sãoos frutos do “estudo e reflexão sobre aPalavra Criativa, numa atmosferaelevada e inspiradora de um círculo deestudos”, o qual, conseqüentemente“eleva o nível de consciência de cadaum quanto aos seus deveres com aCausa e cria uma percepção da alegriaque decorre do ensino da Fé e dadedicação aos seus interesses”10.

Quando os primeiros participantesprogrediram através da seqüência dos

O INDIVÍDUO

O

Um bahá’í em Murun, Mongólia,conduzindo o curso do Livro 3 doInstituto Ruhí.

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cursos, os componentes práticos doslivros eram algumas vezes negligen-ciados. Com a experiência, porém,tornou-se claro que esses elementospráticos eram vitais para capacitar apessoa para o trabalho de expansão econsolidação. Sem essas práticas,muitos crentes sentiam-se incapacitadose sem a confiança devida para realizaras tarefas necessárias, como abrir seu larpara reuniões devocionais, realizarvisitas aos lares, iniciar uma classe deaulas para crianças, promover atividadescom pré-jovens ou ainda participar deuma campanha de ensino com outrosmembros da comunidade. A Casa deJustiça enfatizou o verdadeiro signifi-cado da realização desses atos de serviçoem sua mensagem de 27 de dezembrode 2005:

A confiança é construída paciente-mente à medida que os amigos seengajam em atos de serviço pro-gressivamente mais complexos e querequerem ainda maior dedicação. Noentanto, acima de tudo, está a con-fiança em Deus que os sustenta emseus esforços. Quão abundantes sãoos relatos dos crentes que adentram ocampo do ensino com alguma insegu-rança, mas que logo se vêem ampa-rados por confirmações de todos oslados.11

Os exemplos da confiança que seadquire através da oração e da certezada ajuda divina são abundantes.Quando uma comunidade nos EstadosUnidos realizou uma campanha devisita aos lares pela primeira vez, “amaior aprendizagem... foi a descoberta,pelos próprios bahá’ís, de que ainiciativa de contatar os vizinhos eamigos é algo que podiam fazer e quelhes trazia muita alegria e satisfação”.Uma bahá’í, no Reino Unido, afirmouque depois que começou a colocar emprática os atos de serviço “tornou-sealgo normal promover reuniões de

orações com os amigos – é muitopoderoso e animador, e eu nunca maisme senti tímida ou temerosa de oferecera oportunidade de compartilharmomentos de orações com outraspessoas”. Uma bahá’í na Rússia,completou a seqüência dos cursos, masnunca imaginara que pudesse lecionarem aulas para crianças. A despeito dafalta de confiança, foi estimulada atentar fazê-lo. Pediu a sua própria filhapara ajudá-la, e no dia de sua primeiraaula ficou surpresa como foi fácil egratificante. Disse que “sentiu umaalegria imensa e muita luz” em seucoração. Na Eslováquia, uma bahá’ídeixou de lado seu temor de contataroutras pessoas para ensinar, não só pararealizar visitas aos lares como tambémpara convidar seus contatos a se torna-rem bahá’ís.

O que me parecia absurdo há poucosdias, tornou-se agora algo bem natural– convidar uma pessoa para ingressarna Fé, a qual encontrara apenas umavez em minha vida. Não havia plane-jado nada, mas uma voz em meucoração deu-me um simples e clarocomando: “Faça!” Senti a unidade eproximidade de nossas almas desde oinício. E sabem o que ela disse depoisde algum tempo? “Sendo assim, eugostaria de unir-me a vocês.”

Tendo adquirido confiança emcomo apresentar a Fé e oferecer aMensagem de Bahá’u’lláh aos outros,os crentes estão “vendo as possibilidadese oportunidades diante deles com novosolhos”, e “testemunham em primeiramão o poder da ajuda Divina, ao seesforçarem para colocar em prática oque estão aprendendo e alcançamresultados que em muito excedem suasexpectativas”12. Um jovem casal noReino Unido, que esperava um filho,convidou outros casais que freqüen-tavam o mesmo curso pré-natal, parauma reunião de oração em seu lar

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AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS

dedicada aos filhos que iriam nascer,tendo por isso recebido uma respostacalorosa por parte dos convidados. Omarido comentou: “A atmosfera à nossavolta pareceu-nos diferente do que eraantes. Muitas coisas estão acontecendoque normalmente não acontecem; aspessoas cruzam nossos caminhos duasou três vezes por dia, em diferentespartes de Londres (como se Bahá’u’lláhestivesse levando-as ao nosso encon-tro!); as pessoas que se sentam ao nossolado no ônibus, nos perguntam sesomos religiosos.”

Iniciativa Individual e Ensino

A Casa Universal de Justiça escreveuque: “Um resultado visível da ênfasedada à capacitação tem sido o crescenteaumento nas atividades de iniciativaindividual – iniciativa que é discipli-nada pelo entendimento da exigênciade ações sistemáticas no avanço doprocesso de entrada em tropas.”13

Um número crescente de bahá’ísdurante o Plano começou a sair e ir aoencontro de outras pessoas para ensinar,com firmeza e determinação, utilizandoas habilidades que tinham aprendido ecom isso viram seus esforços se torna-rem mais efetivos que no passado. Areceptividade encontrada foi geral.Especialmente digno de nota foi quecomeçaram a ver com olhos diferentesas pessoas que cruzavam seu caminho.Sentiam que as pessoas estavam prontaspara ouvir sobre a Mensagem. O ensinotornou-se algo que se pode realizar nopróprio lar, como também entre seusvizinhos e nos locais de trabalho; nãomais entre estranhos. Com a nova cul-tura criada pelo processo de instituto,“o ensino é a paixão dominante da vidados crentes. Não há lugar para temorou fracasso. Apoio mútuo, comprome-timento com o aprendizado e o reco-nhecimento da diversidade de ações sãoas normas prevalecentes”14.

As atividades centrais provêem aestrutura para a ação, com cadaindivíduo atraindo e levando natural-mente outros bahá’ís a participaremtambém do ensino. Um exemplomarcante vem de Maurícios, onde umcrente que estivera inativo por muitosanos foi estimulado a fazer a seqüênciados cursos. Completou o estudo doLivro 6, e durante todo esse tempomostrava-se ainda hesitante para levarà prática as ações de serviço. Naqueleponto de seus estudos, um compa-nheiro bahá’í estimulou-o a começaruma reunião devocional em sua casa.A fim de agradar o amigo, concordou,mas somente para uma reunião mensal.Convidou dois amigos, mas para suasurpresa nove pessoas compareceram –seus próprios convidados convidaramoutros amigos. Decidiu então aumentaro número de reuniões devocionais emseu lar, primeiro a cada 15 dias e depoissemanalmente. Uma das reuniõessemanais acabou se transformando numcírculo de estudos com oito não-bahá’ís,porém o curso era feito em dois dias dasemana. Os adultos, em seu primeirocírculo de estudos, começaram a trazerseus filhos, formando-se uma classe deaulas bahá’ís para crianças. Esta classecresceu rapidamente, criando interessedos pais das crianças sobre os ensina-mentos bahá’ís, os quais tambémdecidiram entrar num círculo deestudos. Os participantes até mesmoparticipavam em grupos de ensino.Tudo isso foi o resultado de uma únicapessoa que assumiu a coragem de colo-car em prática o que havia aprendidocom o estudo do Livro 1.

Na Colômbia, uma jovem quecompletara a seqüência dos cursos,decidiu oferecer um ano de serviço emsua cidade natal, uma pequena vila.Começou realizando aulas de educaçãobahá’í para crianças, iniciativa quecomeçou a atrair a atenção dos pais paraconhecer mais sobre a Fé. Precisandode ajuda para poder atender ao interesse

“Um resultado visível da ênfasedada à capacitação tem sido ocrescente aumento nas atividadesde iniciativa individual –iniciativa que é disciplinada peloentendimento da exigência deações sistemáticas no avanço doprocesso de entrada em tropas.”

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criado na comunidade pelos Ensina-mentos, ela pediu a ajuda de diversosoutros bahá’ís para irem à sua aldeia eparticiparem também das atividades deensino. Nove pessoas se declararam eforam convidadas, juntamente comoutros pais, a estudarem o Livro 1 eparticiparem das reuniões devocionais.A vila agora conta com duas reuniõesdevocionais regulares, das quaisparticipam cerca de vinte pessoas. OsDias Sagrados também são comemo-rados.

Uma bahá’í mãe de família, noReino Unido, jamais havia ensinadoanteriormente, mas fortalecida pelo queaprendera nos cursos do instituto,começou a realizar visitas ao lar de suaprofessora de yoga e a uma família deimigrantes que tinha parentes bahá’ís.Ela também compartilhava de oraçõescom outras mães e convidava-as paraas reuniões devocionais em sua casa.Inclusive produziu um panfleto paraconvidar os pais da escola de seus filhospara participarem de um círculo de estu-

Nova Visão para um Facilitador: um AmploCampo de Ação para a Iniciativa Individual

Casa Universal de Justiça exaltou “o espírito deiniciativa demonstrado pelos crentes ao

ampliarem o campo de ação de seus esforços paraajudar aqueles que estão se esforçando para trilhar ocaminho do serviço”. Estes últimos cinco anosproduziram inúmeros exemplos notáveis do que podeser realizado pelos bahá’ís que foram capacitados peloprocesso de instituto. Eles iniciam atos de serviço,visitam seus vizinhos e gradualmente os conduzematravés dos cursos do instituto até que eles mesmos setornem ativos servos da Causa e promotores doprocesso de crescimento. Os seguintes são apenas trêsdos exemplos mais marcantes.

Uma senhora mãe em Taiwan, que vivia em umaárea sem outros bahá’ís ativos, começou uma classede inspiração bahá’í de aulas de educação moral paraos colegas de escola de sua filha em uma escola públicaelementar. Outra mãe, impressionada com o que suafilha estava aprendendo, interessou-se em saber maissobre a Fé e assim a bahá’í sugeriu que ela fizesse oestudo do Livro l do Instituto Ruhí. Não somentequis fazer isso, como convidou outras cinco mães comfilhos naquela mesma escola para juntarem-se a elano curso que iria fazer. Essas entusiastas amigastornaram-se crentes confirmadas passando por todaa seqüência dos cursos e começaram a ajudar a realizaras atividades centrais. Realizavam reuniões de orações,ajudavam nas aulas para crianças e convidavam suasamigas e amigos para participarem das crescentes

atividades bahá’ís que se desenvolviam em torno dasenhora mãe que dera início a todo esse movimento.

Dentro de menos de dois anos, este grupo denovos crentes realizava sete círculos de estudo do Livro1 com 24 participantes, como também quatro círculosde estudo de nível mais alto. Contavam com cincoclasses de aulas bahá’ís às crianças, a maioria filhos defamílias não-bahá’ís. Decorrente do sucesso quetinham com as aulas às crianças, adicionaram umgrupo de pré-jovens às suas atividades. E suas reuniõesdevocionais diárias atraíam cerca de 30 pessoasregularmente. Em junho de 2005, o número de novoscrentes subiu para 11.

Esse sucesso resultou das forças ganhas quandoum grupo de pessoas, que já participavam de umgrupo social, começou a estudar e a servir numtrabalho conjunto. Desta forma, foi uma decorrêncianatural que seus amigos e familiares fossem tambématraídos ao processo através do exemplo que davam.

Um modelo similar surgiu em uma comunidadede bairro no Reino Unido, na qual, como em outrosexemplos, existia apenas uma bahá’í adulta. Desta vezcomeçou quando um casal que participavaregularmente de um fire-side semanal expressou seuinteresse de estudar o Livro 1, mas somente se issopudesse ser feito na mesma noite do fire-side. Assim,o fire-side se transformou num círculo de estudos.Com esses dois participantes e mais alguns que logoingressaram no grupo, seguiram a seqüência até seufinal e abraçaram a Fé, reuniões devocionais e outrosfire-sides começaram a ser realizados e mais pessoasadentraram em novos círculos de estudo. Em menosde dois anos, 13 pessoas da mesma área declararam

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dos do Livro 1. Embora estivesse muitoansiosa no início, ao tomar tais inicia-tivas, seus esforços foram compensadosquando três mães participaram da pri-meira reunião do círculo de estudos, eoutros pais demonstraram interesse emparticipar também.

Existem muitos outros relatosinspiradores sobre a iniciativa indivi-dual:

Na Turquia, uma família bahá’íconvidou uma vizinha que havia

sua fé em Bahá’u’lláh. O número de facilitadoresaumentou e outras atividades foram adicionadas, taiscomo atividades com pré-jovens e aulas para crianças.Esta nascente comunidade foi capaz de atrair umamédia de 30 pessoas para as comemorações dos DiasSagrados. Tudo começou pequeno e simples. Muitosdos participantes viviam a pequenas distâncias umasdas outras e, como no grupo de Taiwan, participavamde uma rede social já existente. Essas pessoas entraramna Fé, juntamente com seus familiares.

A bahá’í que havia iniciado esse processo aindamantém fire-sides ocasionalmente, mas utiliza talatividade para falar e motivar as pessoas a ingressaremnas atividades centrais do Plano. Ela acha que asreuniões devocionais são o melhor enfoque para atrairpessoas em sua área. Ela aprendeu que mesmo“pensando que para ensinar devemos sair para longe”,as melhores oportunidades ocorrem quase semprepróximas de nós e em nossa vida diária.

De forma semelhante, uma família com filhospequenos abriu uma comunidade bahá’í na Índia. Opai, um facilitador capacitado, fez alguns contatos paraa Fé entre seus vizinhos, mas inicialmente seus esforçosnão deram resultados. E assim, a família começou apromover pequenas e simples atividades com ascrianças do bairro. Os pais ficaram tão impressionadoscom a influência dessas aulas sobre seus filhos quepediram à família bahá’í para educar também seusfilhos mais velhos. Círculos de estudo foramigualmente estabelecidos. As orações desta família eseu comprometimento de sistematicamente levaravante o que haviam aprendido nos cursos deinstituto, rapidamente deram frutos.

Começamos primeiro com as aulas às crianças eexplicamos sobre as virtudes, ensinando-as tambémalgumas canções e danças. Todos vinham para vertais ações e sentiam-se felizes e nos elogiavam. Entãoexplicamos a eles em detalhes sobre a vinda deBahá’u’lláh e nós também ficamos alegres e contentesao nos associarmos a eles. Eles nos viam seguindo ospadrões bahá’ís de conduta e se deslumbravam coma ausência de conflitos, disputas e discórdias entrenós, e como ouvíamos com atenção uns aos outros.Recitávamos a Epístola de Ahmad todos os dias eseu poder nos trouxe muitas transformações.

Os esforços do facilitador e sua família resultaramem 70 declarações em menos de um ano. E quandoesses novos bahá’ís passaram pela seqüência dos cursos,eles também se capacitaram para participar em umasérie de campanhas de ensino que trouxeram à Fémais de 140 novos adeptos. Dentro de 18 meses damudança da família para aquela comunidade, atéentão uma comunidade virgem, existiam 54 reuniõesdevocionais, 24 aulas para crianças, 21 círculos deestudo e 2 grupos de pré-jovens.

Com a dedicação de um facilitador para sistemati-camente ajudar os outros a encontrarem Bahá’u’lláhe trilharem também o caminho do serviço, nasceuuma comunidade que se capacitou a florescer comseus próprios recursos.

demonstrado interesse pela Fé paraum fire-side. Ela disse: “Dediqueiminha vida ajudando as pessoas,para beneficiá-las de alguma manei-ra, e Deus, em retribuição, trouxe-me até vocês. É um prêmio paramim.” Ela e dois filhos aceitaram aFé.

Um pioneiro em Hong Kong,sentindo receptividade ao estudo deinglês entre seus vizinhos, começoua ensinar esse idioma às crianças,

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O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados

incluindo textos sobre a Fé Bahá’í.A classe tornou-se tão grande queuma segunda turma teve de serorganizada com a ajuda de outrocrente. Tal iniciativa estimulou ointeresse pela Fé entre os pais, levan-do seis deles a participarem de umcírculo de estudos do Livro 1.

No Zimbábue, um casal bahá’í,recém-declarado, que completara oestudo dos Livros 1, 2 e 3, decidiuregressar à sua vila natal, onde osdois começaram uma classe de aulaspara crianças. Os pais logo se inte-ressaram em participar também dealguma atividade bahá’í. Com aajuda do Comitê Nacional de Ensi-no, um instrutor viajante foi convo-cado para facilitar um círculo deestudos. Em menos de um ano, 30pessoas haviam completado o Livro1; 28 fizeram o Livro 2; 57 pessoasaceitaram a Fé e uma AssembléiaEspiritual Local foi formada. Festasde Dezenove Dias estão sendorealizadas regularmente, bem comoaulas às crianças e círculos deestudo.

Um médico bahá’í em Bucareste,Romênia, iniciou círculos de estudoe reuniões devocionais em sua clí-nica para mais de 40 dos 60 funcio-nários da área de saúde, sendo que20 deles declararam-se bahá’ís.

O que estes e muitos outros relatosde várias partes do mundo ilustram são“esforços... feitos com uma humildepostura de aprendizado dentro daestrutura definida pelo Plano”15.Aquelas pessoas que tiveram seuscorações tocados pelo processo deinstituto aprendem a trilhar o caminhodo serviço utilizando seus própriostalentos e habilidades e começam ainfluenciar outras pessoas à sua volta.Conforme destacado por uma bahá’í noReino Unido, ela agora entende que o

ensino é algo que podia promover emsua própria casa com pessoas queconhecia e com as quais mantinhacontato praticamente diariamente, nãomais algo a ser feito esporadicamente e“em algum outro lugar”. Os contatosque participavam das atividades centraisque ela iniciara, viviam em locais próxi-mos e 14 deles entraram na Fé.

O processo de instituto criou umsistema que se perpetua por si mesmo,constantemente se renovando com apresença de novos participantes. Issoestá levando os crentes a tornarem-semenos promotores de eventos, sabendoque os processos de expansão econsolidação são processos gêmeos quecaminham lado a lado. Menos foco édado às atividades de proclamação, jáque os amigos aprenderam a eficácia decontatos mais íntimos e renovados parao ensino da Causa. Existe agora ummelhor entendimento da importânciade educar e consolidar pacientementeos contatos interessados pela Fé. Umnovo crente, ou um buscador, não deveser deixado à sua própria sorte dentroda Fé. Círculos de estudo, reuniõesdevocionais e visitas aos lares sãocaminhos para o aprofundamento econsolidação dessas almas. Este enfoquede paciência e persistência é igualmentefrutífero quando programas sãoestabelecidos para os jovens. EmCamboja, por exemplo, aprenderamcom a experiência que uma capacitaçãoe estímulo a pré-jovens produz em umtempo relativamente curto, jovens eadultos entusiastas capazes e ansiosospara levar avante o trabalho da Fé. Acapacitação recebida pelos pré-jovenspermite-lhes, quando jovens, realizaraulas de educação bahá’í para criançase atividades com os mais novos, tudopor iniciativa própria. As habilidadesadicionais aprendidas nas escolassecundárias que freqüentam fazem delesprofessores e líderes competentes ededicados jovens bahá’ís aos serviços daFé. Como várias histórias confirmam,

O processo de instituto criou umsistema que se perpetua por simesmo, constantemente serenovando com a presença denovos participantes.

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pequenos passos iniciais, mas sistemá-ticos, levam a um crescimento susten-tável. O “comprometimento com açõesde longo prazo cresce”16 à medida queos amigos vão entendendo melhor adinâmica do processo.

Durante este Plano, os relatosdemonstram que os crentes estãoencontrando respostas positivas aos seusesforços de ensino quando os enfoquesestudados nos cursos de instituto sãocolocados em prática. Existem muitosrelatos de indivíduos que aprenderamdecor a apresentação de “Ana” do Livro6, adquirindo, assim, uma estruturadireta de ensino da Fé ao se tornaremmais confiantes em seu trabalho deensino. Mesmo em países onde aindaexista alguma inibição para falarabertamente de religião com outraspessoas, os amigos estão demonstrandouma coragem e firmeza cada vezmaiores. Do Canadá, França, Irlanda,Itália e Holanda, bem como dos paísesnórdicos, da Rússia e da Suíça entreoutros, chegam relatos confirmandoque os crentes estão falando aberta-mente sobre a Fé com seus amigos econvidando-os para fire-sides, círculosde estudo e reuniões devocionais.

“Equipados com destreza e metodo-logia, eficazes e acessíveis a todos, e esti-mulados pela resposta resultante de suasações, os crentes estão entrando em umaassociação mais íntima com pessoas dediferentes origens, envolvendo-as emuma atraente conversação sobre temasde relevância espiritual.”17

A memorização de algumas passa-gens dos Textos Sagrados, um aspectocomum dos cursos de instituto, mudoua maneira pelal qual os amigos compar-tilham a mensagem bahá’í. Em vez deusar somente suas próprias palavras,usam a Palavra Criativa para explicar aFé aos outros, o que causa neles umimpacto profundo. Por exemplo, acomunidade bahá’í de Houston, Texas,Estados Unidos, organizou umareunião inter-religiosa abrangendo todaa cidade, com um jantar em seu centrobahá’í com a participação de um grandenúmero de representantes de outrasreligiões. Uma senhora, bahá’í há maisde trinta anos, disse que ela e tantosoutros estavam gratos por terem com-pletado o curso do Instituto Ruhí e quepodia usar nesta oportunidade de ensi-no citações que memorizara há poucotempo.

Amigos participando em umacampanha de instituto no agrupa-mento de Mongen-Leufu, Chile,em um círculo de estudos que acon-teceu ao ar livre.

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As habilidades aprendidas nos Livros1, 2 e 6 eram demonstradas em todoo ambiente e citações dos EscritosSagrados fluíam de nossas bocas;éramos ou não o exército de luz? Nodecorrer da noite, parecia (pelo menosem nossa mesa) que as outras pessoasesperavam apenas que abríssemosnossos lábios e falássemos. O poderda Palavra de Deus era verdadeira-mente o magneto que estava atraindoseus corações – a chave para abrir oscorações humanos. Todos encon-travam justificativas para mostrarpontos em comum da fé que profes-savam com os ensinamentos bahá’ís.

Todos estavam felizes – física eespiritualmente. Um dos partici-pantes de um círculo de estudos dissedepois: “É por isso que a CasaUniversal de Justiça nos convoca paranos engajarmos no processo deinstituto – as habilidades e discer-nimentos ganhos haviam nos dadocoragem e grande alegria.” Outroparticipante disse: “Sou grato por nosterem feito memorizar; as citaçõesfluíam de minha boca.”

Relatórios de agrupamentos avan-çados como o agrupamento Metro, emEl Salvador, destacam o número cada

vez maior de professores sazonais quese sentiram receptivos e capazes deoferecer a Mensagem “de uma formatanto atraente como receptiva”18.

Ao tempo da conclusão do Plano,as atividades de ensino começavam adar resultados com números cada vezmaiores de novos crentes. Em muitospaíses, os números, mesmo que modes-tos, em muito excediam aqueles de anosanteriores. Muitos países relataram quea maioria das declarações decorreramda participação dos buscadores nasatividades centrais. Naqueles paísesonde era tradicionalmente fácil atrairnovos crentes, através de breves encon-tros com as pessoas em praças públicas,a maioria daqueles que foram ensinadosdesta maneira estão rapidamenteparticipando das atividades centrais,normalmente depois de serem visitadosem seus lares, o que acabava tornando-os servos ativos de Bahá’u’lláh.

Ajudando os Outros aTrilharem a Senda do Serviço

A Casa Universal de Justiça exaltouaqueles crentes que “ampliam o âmbitode seus esforços ajudando os outros a

Dois amigos em Perth, Austráliaestudando juntos as passagens dasEscrituras do Livro 1 do InstitutoRuhí.

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AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS

também se esforçarem para trilhar asenda do serviço”19. Isso ocorre maisnotavelmente com os facilitadores decírculos de estudo. Eles aprenderam,por experiência própria e reflexão, nãosimplesmente dar a seqüência de cursos,mas também a acompanhar os partici-pantes em suas práticas de atos de ser-viço para, por fim, iniciarem as ativi-dades centrais por sua livre iniciativa.Um facilitador no estado de Bihar,Índia, coordenou o estudo de um grupono Livro 1 e sistematicamente, passo apasso, ajudou os participantes aaprender como realizar uma reuniãodevocional. Não somente os estimu-lava, mas também participava de suasreuniões, mesmo após ter o grupoconcluído o estudo do Livro 1, compro-vando estarem todos habilitados apromover por si mesmos as reuniõesdevocionais. Das oito reuniões quesurgiram daquele círculo de ensino, seiscontinuaram sem ajuda externa dofacilitador. Em Camboja, professoresregulares de aulas para crianças rece-beram a colaboração de recém capaci-tados do Livro 3, para ajudar profes-sores veteranos até que eles própriosalcançassem a confiança necessária paraassumirem sozinhos suas própriasclasses. No Reino Unido, aqueles quehaviam completado a seqüência decursos juntaram-se aos que ainda nãohaviam completado a seqüência paraajudar os crentes menos experientes arealizarem visitas aos lares. Em todo omundo bahá’í existem pacientes ededicados facilitadores que estão

conduzindo outros companheiros de féatravés da inteira seqüência e então osajudando para poderem, eles também,ajudar ainda outros na prática dos atosde serviço.

No estado de Rajasthan, Índia, umcrente que ensinava em uma escola decapacitação técnica, decidiu ensinar aFé a seus alunos apresentando-lhes asorações bahá’ís e depois convidando-os a um círculo de estudos. Cinco deseus estudantes começaram o Livro 1após o horário da escola. O número deestudantes cresceu e seis deles comple-taram a seqüência. Dois deles tornaram-se facilitadores e iniciaram círculos deestudo para outros estudantes namesma escola. Este exemplo reflete opotencial de um simples facilitador parafazer avançar o processo de crescimentosistemático. O processo foi descrito pelaCasa de Justiça nas seguintes palavras:

Tendo adquirido a capacidade deservir como facilitadores de cursos doinstituto, eles assumem o desafio deacompanhar os participantes em suastentativas iniciais de realizar atos deserviço, até que eles, também, estejamprontos para começar seus próprioscírculos de estudo e ajudar outros afazerem o mesmo, ampliando destaforma o escopo da influência doinstituto e colocando almas receptivasem contato com a Palavra de Deus.20

Almas como essas foram os verda-deiros heróis e heroínas do Plano deCinco Anos.

!

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22

A COMUNIDADE

A Casa Universal de Justiça chegouà conclusão que “a crescente

vitalidade que distingue a vida do crenteé igualmente evidente na vida comu-nitária bahá’í”21. A iniciativa individualé um pré-requisito para a criação deuma comunidade saudável e vibrante,mas os resultados que podem seralcançados somente pelos indivíduossão limitados. Quando essas atividadessão ligadas a ações coletivas, sistemá-ticas, decorrentes de consultas, muitomais é conseguido. Ocorre um impulsomais forte para o progresso da Fé, e àmedida que ela cresce a comunidadebahá’í torna-se capaz de executar tarefasmais complexas e abrangentes. Estaprogressão das comunidades, de umestágio de desenvolvimento para oseguinte, é o segundo movimento essen-cial no avanço do processo de entradaem tropas.

Atividades Centrais comoPortais para o Crescimento

Em sua mensagem de 17 de janeirode 2003 aos bahá’ís do mundo, a Casade Justiça disse que “a coerência assim

alcançada através do estabelecimento decírculos de estudo, reuniões devocionaise aulas para crianças provê o impulsoinicial para o crescimento em umagrupamento, um impulso que ganhaforça à medida em que essas atividadesbásicas se multiplicam em número”22.A experiência no agrupamento deBintawa Lama, em Sarawak, ilustrabem como a iniciativa de uma famíliapode infundir vitalidade espiritualnuma comunidade, a qual, por sua vez,através de ações sistemáticas, podeadministrar um crescimento susten-tável.

No início do Plano, a comunidadede Bintawa Lama estava tendodificuldades para organizar seus círculosde estudo. O único que estava ocor-rendo contava apenas com a partici-pação de uma família. Havia, porém,reuniões semanais de orações com apresença dessa mesma família e algumascrianças, como também uma classe deaulas para crianças. Com a continui-dade e desenvolvimento dessas duasatividades durante alguns anos, muitaspessoas começaram a participar tam-bém e muitos contatos ofereceram suascasas para reuniões. As aulas de criançaseram realizadas regularmente e asreuniões devocionais aumentaram emfreqüência, de uma para várias vezes porsemana. Em 2004, os esforços paraestabelecerem círculos de estudofinalmente foram compensados einclusive a comunidade conseguiurealizar a comemoração do Naw-Rúzcom uma significativa presença deinteressados. Em seguida, foi iniciadoum programa com os pré-jovens. Oscrentes começaram a achar mais fácilsair de casa e ensinar as pessoas queconheciam. Cresceu o número departicipação nas Festas de DezenoveDias e a Assembléia Espiritual Local

Novos crentes em espírito de oraçãoem um encontro devocional emVancouver, Canadá.

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AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS

começou a funcionar regularmente. Ospais das crianças nas aulas bahá’ísdemonstraram interesse em conhecermais sobre a Fé. Em setembro de 2004,11 almas de Bintawa Lama declararamoficialmente sua fé em Bahá’u’lláh – três

ma idéia audaciosa, uma vez colocada emprática, pode trazer grandes resultados.

Observando uma improvisada aula bahá’í para criançasnuma rua entre duas fileiras de casas, um coordenadorde instituto teve a idéia de buscar a ajuda do governopara conseguir um local mais seguro para a realizaçãodas aulas. Os bahá’ís contataram o Conselho Municipalde Bagahabag no agrupamento Solano-Bayombong,solicitando seu apoio para o estabelecimento dasatividades centrais na área e um local apropriado paraa realização das mesmas. Foramestimulados a continuarem, maslhes disseram que o governo nãopodia ajudar. Após pesquisarema comunidade para conhecê-lamelhor, os amigos contataramnovamente o governo algunsmeses mais tarde. Desta vezpediram somente a ajuda para serencontrado um local para as aulaspara as crianças. O Conselhoconcordou e determinou quelíderes comunitários em toda aárea “organizassem” as criançaspara participarem.

Como faltava mão-de-obrapara estabelecer as aulas em todas as partes da pequenacidade, um plano-piloto foi iniciado. Um lídercomunitário ajudou na organização e panfletos foramdistribuídos aos pais. Vinte crianças se registraramna primeira semana. O líder providenciou as cadeirase um quadro-negro. Os bahá’ís contribuíram comfundos e materiais, e alguns deles se ofereceram paradar as aulas.

As mães das crianças e outras, curiosas, ficaramobservando o tempo todo como transcorria a aula, eobviamente gostaram do que viram, porquanto outrasmães vieram no segundo dia de aulas para matricular

seus filhos. Muitas perguntaram onde os professoreshaviam se habilitado a dar aulas, pois os acharamaltamente capacitados. Foram informados que osprofessores não haviam recebido treinamento formalem colégios, mas que haviam concluído os cursosoferecidos pelo instituto bahá’í de capacitação. Muitasmães expressaram o desejo de receber também talcapacitação.

Não demorou para que logo alguns círculos deestudo fossem formados e iniciadas aulas para os pré-

jovens. Uma família bahá’í tam-bém começou a realizar reuniõesdevocionais para a vizinhançatoda.

Os amigos no agrupamentocontinuaram a seguir avante apósesta primeira iniciativa bem-sucedida. Ao final do Plano deCinco Anos, o instituto de capa-citação no agrupamento Solano-Bayombong já tinha iniciadoaulas do Programa de Empode-ramento Espiritual de Pré-Jovensem inúmeras escolas públicaselementares no Distrito deBayombong. Os pré-jovens

encontram-se nos níveis V e VI. Existem 14 turmasdesses dois níveis, num total de 500 alunos pré-jovens,que recebem as aulas de 4 animadores bahá’ís.

A influência desse esforço estendeu-se para oagrupamento vizinho de Diffun-Cabarroguis, ondeseis grupos de pré-jovens foram organizados sob acoordenação de dois animadores com a ajuda daquelesque atuavam no agrupamento Solano-Bayombong. Aofinal do Plano, este programa atendia a mais de 300pré-jovens e crianças.

Educando Centenas de Pré-Jovens e Crianças em Escolas das Filipinas

U

pré-jovens, cinco jovens adultos e trêspessoas de meia-idade. Quatro dos onzenovos crentes começaram a participarde um círculo de estudos. Em outubrode 2004, em uma vila nas proximi-dades, Kanowit, houve também 11

Treinamento de animadores para escolaspúblicas, com enfoque em pré-jovens emNorth Luzon, região das Filipinas.

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O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados

Dois jovens bahá’ís dando aulasbahá’ís para crianças em Godam-chaur, Nepal.

declarações, em grande parte devido aosesforços dos crentes de Bintawa Lama.A comunidade avançara para um nívelem que podia administrar sistematica-mente as crescentes e complexas ativi-dades.

O exemplo da comunidade deBintawa Lama ilustra bem “a multi-plicação constante das atividadesbásicas, impulsionadas pelos institutosde capacitação, criam um padrãosustentável de expansão e consolidaçãoque é ao mesmo tempo estrutural eorgânico”23. Este modelo foi reprodu-zido em numerosas comunidades emtodo o mundo durante o Plano deCinco Anos. A união de forças entre osbahá’ís dentro de uma comunidade deuinclusive um impulso maior aoprocesso. Por exemplo, sete ou oito fa-mílias em um agrupamento urbano naÍndia decidiram trabalhar juntas paraconvidar seus amigos, parentes,vizinhos e colegas de trabalho para asatividades bahá’ís. Fizeram uma lista de250 potenciais buscadores e entãopartiram para esforços concentrados decontatos e convites a todas essas pessoas,conseguindo, porém, acabar conta-tando cerca de 400 pessoas. Mais de100 entraram em círculos de estudo,

48 dos quais completaram a seqüência,conseguindo, com isso, aumentar opotencial de mão-de-obra para asatividades de instituto no agrupamento.O número de aulas para crianças subiude 5 para 13, com o dobro de criançasparticipando. A participação nasreuniões devocionais também dobrou.Este aumento geral nas atividadescentrais do Plano foi possível graças aosesforços feitos para levar sistematica-mente os novos crentes ao processo deinstituto, assegurando, desta forma, que“cresce o conjunto de recursos humanosnecessários para levar avante o trabalhoda Fé”24. As famílias que trabalharamjuntas para iniciar o processo de cresci-mento da comunidade em sua área nãoteriam conseguido chegar aos resultadosque chegaram sem os serviços e a ener-gia dos novos crentes.

Relatórios de outras partes domundo confirmam que as atividadescentrais tornaram-se os portaisprincipais através dos quais os busca-dores investigam e se confirmam comobahá’ís. Mas o que tem sido realmentenotável é o grau de interesse e até ansie-dade em servir, demonstrado pelosbuscadores, mesmo antes de declararemsua fé. Um exemplo disso está no rela-

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AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS

tório de uma comunidade sob o pálioda Casa de Adoração nos EstadosUnidos:

Sabíamos que trazer nossos contatospara participarem das atividadescentrais tinha um efeito positivo, masnão havíamos nos dado conta, emespecial mais recentemente, que pedira eles para nos ajudarem nas atividadese eventos quase sempre leva a umresultado especial. Eles geralmente semostram encantados com as oportu-nidades que lhes oferecemos, nãonegando apoiarem e assumiremalgumas tarefas.

Exemplos de “serviços primeiro edeclaração mais tarde” desta mesmacomunidade incluem:

Uma senhora, muito firme em suafé cristã, foi solicitada por suavizinha do andar de cima paraajudar com fire-sides em seu lar.

Um homem que participou deum projeto de desenvolvimentosocial e econômico da comuni-dade.

Uma jovem senhora que parti-cipou e ajudou a registrar osparticipantes em um setor deplanejamento e reuniões dereflexão do agrupamento.

Uma senhora mãe, de um bairropróximo, que ajudou a recepcionarpessoas na celebração da Decla-ração do Báb na Casa de AdoraçãoBahá’í, tendo ficado tão emocio-nada que pediu para ser registradaantes de voltar à sua casa.

Vários buscadores que decidiramsediar círculos de estudo em seuspróprios lares; tudo o que pediramfoi facilitadores para coordenaremos estudos.

À medida que os buscadores passampela seqüência dos cursos, como osoutros participantes, eles tambémrealizam as práticas recomendadas nos

livros. Por exemplo, um não-bahá’í nasIlhas Salomão, realizou uma visita a umlar e abriu uma reunião devocional emsua casa. Mais tarde disse que, emborainicialmente nervoso, sentiu-se “compoder” e com “uma grande alegria” aocompartilhar esta “grande mensagem”.Da mesma forma, buscadores partici-param de grupos de ensino quandoestes foram inicialmente formados emPorto Rico.

Com o estímulo do processo deinstituto, com o aumento das atividadescentrais e sua integração gradual na vidada comunidade e com ações de ensinofora do âmbito apenas local, esseconjunto de esforços cria uma coerêncianas atividades das comunidades quetem resultado em um padrão susten-tável de expansão e consolidação. ACasa de Justiça identificou vários exem-plos de sucesso decorrentes dessacoerência. Primeiro e mais importanteé que “o estudo e a aplicação dos ensina-mentos tornam-se um hábito geral”25.Talvez a mais gratificante ilustraçãodeste desenvolvimento foi o efeito doestudo e da memorização dos EscritosSagrados pelos membros mais jovens dacomunidade. Como resultado da capa-citação recebida de seus professores efacilitadores, as crianças e os pré-jovensem muitas partes do mundo começa-ram a memorizar os Escritos. Asmudanças em suas formas de conduta,que demonstravam a transformaçãointerna que tiveram, repercutiram forte-mente sobre seus pais e sobre os pró-prios professores. A imersão nos Escri-tos durante a infância cria nas criançasuma profunda atração ao estudo dosTextos Sagrados que irá continuar portoda a sua vida.

O estudo da Palavra Criativa temcausado um efeito transformadormesmo em comunidades com elevadograu de analfabetismo. Na área rural deMalawi, onde inúmeras mulheresanalfabetas entraram na seqüência doscursos, a transformação foi tal que uma

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O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados

pessoa comentou que mesmo o rostodas mulheres parecia ser diferente.Tornaram-se mais conscientes quantoaos hábitos de higiene, mais pontuaisnos horários e começaram a dar maisatenção a seus filhos para irem à escola.Mesmo que não pudessem ser facilita-doras depois de haverem completado aseqüência dos cursos, devido ao fato denão saberem ler, elas, no entanto,mostram-se capazes de colocar emprática outras habilidades aprendidas.Além disso, o amor dos malawianos emcomporem canções, motivou-as aincluírem palavras bahá’ís nas letras dasmúsicas. Na Libéria, onde também égrande o número de analfabetos, mui-tos memorizaram os Escritos e os reci-taram em reuniões devocionais e emoutras reuniões. Os amigos em Kiribati,Papua Nova Guinéa e em Vanuatu,incluindo aqueles que não podem ler,memorizam citações dos Escritosatravés de suas canções.

Tendo aprendido muitos textos dasEscrituras Bahá’ís como parte de seuscursos de instituto, os amigos estãodescobrindo a potência existente natransmissão da Mensagem em suaforma mais pura, expressando direta-mente as palavras dos Escritos. O efeitoque isso tem causado nas outras pessoasé de transformação de suas vidas. O

Uma reunião devocional numavila de Motipur no agrupamentode Morang, Nepal.

relato seguinte vem de um facilitadorna Austrália:

Um amigo meu começou o Livro 1depois de se mostrar muito interes-sado pela Fé e no que ela representava.Estudamos uma parte que falava daveracidade e então, algum tempodepois, ele me perguntou: “O quevocê pensa disso... ‘a veracidade é abase de todas as virtudes’?” Outra vez,em meio a uma conversa, ele inter-rompia para dizer: “Na verdade, émelhor que eu não vá lá, pois poderiadar início a um falatório!”

A imersão nos Textos Sagradosconduz naturalmente ao “espírito deadoração comunitária gerado nareunião devocional”26, o qual irápermear todas as outras atividades dacomunidade. Observando o efeito dasreuniões devocionais, a AssembléiaEspiritual Nacional da Geórgiaafirmou: “É algo que nos traz muitaalegria ver que as reuniões devocionaistornaram-se parte da vida de cada umdos crentes. Eles estão aprendendocomo utilizar as incalculáveis potencia-lidades de compartilhar a Palavra deDeus com os amigos.” Uma pesquisaem cerca de 50 agrupamentos avança-dos no mundo indicou que o foco das

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AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS

reuniões devocionais estava exercendouma influência positiva sobre a quali-dade da forma de conduzir a partedevocional das Festas de DezenoveDias.

Os crentes no mundo inteiro desco-briram como podem facilmente fazerorações junto com outras pessoas, ami-gos, parentes e colegas de trabalho.Durante o período em revista, milharesde pessoas, bahá’ís e não-bahá’ís igual-mente, abriram seus lares para arealização de reuniões devocionais.Muitas comunidades aumentaram suacapacidade de tornar as Festas deDezenove Dias mais espiritualmenteinspiradoras. Além das reuniões infor-mais baseadas na recitação espontâneade orações, muitas outras eram organi-zadas com cuidadosa e prévia seleçãode Textos Sagrados, quase sempretratando de um tema específico comocura ou paz mundial. Os relatóriosindicam que essas reuniões, devotadasà adoração comunitária, estão cobrindoo grande vazio espiritual nos coraçõesdaquelas multidões que anseiam aproxi-mar-se de seu Criador. Reuniões devo-cionais provêem, desta forma, o meiomais fácil e eficaz de se atingir comuni-

Animadores para aulas de pré-jovens são treinados na arte doorigami em um workshop emKinshasa, Congo.

dades maiores. Embora a maioria dosparticipantes das reuniões devocionaisseja formada por pessoas convidadaspelos próprios bahá’ís, algumas comu-nidades desenvolveram formas inova-doras de oferecer tais reuniões ao públicoem geral. Por exemplo, a comunidadede Botswana realiza regularmentereuniões devocionais em clínicas e nascasas mantidas pelo governo para pes-soas com algum tipo de carência.

Comentando sobre a natureza dereforço mútuo das atividades centrais,a Assembléia Espiritual Nacional daÍndia escreveu:

A qualidade de todas as atividadescentrais melhorou rapidamente, estasse tornaram cada vez mais eficazes. Asreuniões devocionais melhoraram deforma marcante a parte devocionaldas outras reuniões comunitárias,como as Festas de Dezenove Dias e ascomemorações de Dias Sagrados. Ospais das crianças estão entrando noscírculos de estudo e participando dasorações à medida que os crentesestabelecem relações mais estreitascom eles. Os contatos que vêm paraas reuniões devocionais estão sendogradativamente convidados para

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O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados

entrarem também nos círculos deestudo e seus filhos convidados paraas aulas de crianças.

Em seu relatório anual de 2006, aAssembléia Espiritual Nacional doAlasca fez referência ao impacto queestão tendo essas atividades: “O fato deter sido dobrada a média de contribui-ções anuais e triplicada a média do nú-mero de contribuintes ao Fundo Nacio-nal ilustra bem a transformação espiri-tual que está ocorrendo na comunida-de bahá’í do Alasca.”

m legado do Plano de Quatro Anos foi o enri-quecimento das atividades bahá’ís através das

artes. A introdução do Livro 7 do Instituto Ruhí noPlano de Cinco Anos, com seu capítulo “Promovendoas Artes junto às Raízes da Comunidade”, explicoucomo o fato de saber apreciar a beleza é uma das forçasespirituais que eleva as almas a níveis superiores deexistência e estimula os facilitadores a integrarem asartes nos círculos de estudo. Sendo um promotor dasartes junto às raízes da comunidade, o facilitador abre“canais criativos através dos quais podem fluir inspi-ração e a força de atração à beleza”.

As agências em operação no agrupamento dePerth, numa região da Austrália, colocou ênfaseespecial no uso das artes nas atividades centrais. Umcurso especial de recapitulação para facilitadores foirealizado, não somente para aumentar as formas deintegração das artes em seus círculos de estudo, mastambém para criar uma conscientização do que elespodiam gerar em seus participantes de círculos deestudo. Por exemplo, um facilitador pode pedir aogrupo para estudar uma citação dos Escritos Bahá’íssilenciosamente e então criar uma pintura sobre acitação, destacando algum “resultado surpreendente”dela decorrente. Uma sessão de treinamentosemelhante foi realizada na França para coordenadoresregionais e de agrupamentos, para membros dosgrupos coordenadores de instituto de capacitação,membros de Corpo Auxiliar e facilitadores em geral

da França e da Inglaterra. Entre as coisas que o grupoaprendeu estava como facilitar a memorização decitações dos Escritos utilizando a prática de algumaarte. No treinamento de pessoas-chave no processode instituto, as artes tornaram-se uma parte integrantedas atividades centrais nesses dois países. Por exemplo,na Inglaterra, participantes de círculos de estudoprepararam atrativos cartões usando uma variedadede materiais nos quais colocavam uma citação dosEscritos, ou uma oração, para serem compartilhadoscom os amigos.

À medida que os amigos aplicam o que aprendem,as artes estão sendo utilizadas também em outrasatividades, como reuniões devocionais. Numa dessasreuniões, realizada durante um curso intensivo decapacitação no Canadá, foi incluído o uso de artesdecorativas com os participantes atuando em turnospara enfeitar a sala com flores, folhagens, tecidos, velase outros itens, com a finalidade de tornar o local maisbonito e agradável aos olhos dos visitantes. Osparticipantes compartilharam canções que haviamcomposto, inspiradas ou em textos dos Escritos ouem fatos da história bahá’í. Um participantecomentou:

Expressões espontâneas de canto, arte ou teatro sãoagora uma ocorrência diária. As pessoas que nuncacantaram em frente aos outros haviam compostomúsicas e as apresentado para todos nós. Jamais víisso acontecer, e estou agora contemplando, ouvindoe participando de uma grande alegria, que mais emais deslumbra nossas almas.

O Uso das Artes no Nível de Agrupamento

U

As Artes

A Casa Universal de Justiça obser-vou que nas comunidades “uma inte-gração agradável das artes nas diversasatividades faz com que haja umdespertar da energia que mobiliza oscrentes”27. Este fenômeno recebeu umgrande impulso através do estudo doLivro 7 do Instituto Ruhí, o qual provêcapacitação prática sobre como integraras artes no processo de instituto. Osfacilitadores treinados nesses conceitosmais prontamente incorporaram asartes em seus círculos de estudo. Um

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AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS

Apresentações artísticas, como interpretaçõesteatrais, música e dança, têm sido freqüentementeusadas como um meio de proclamar a Fé ao públicoem geral. Durante o Plano, as comunidadesaprenderam a usar as artes mais eficazmente ligando-as com as atividades centrais. Por exemplo, quandoum grupo de jovens, que havia participado de oficinasrealizadas nos Estados Unidos e Canadá, viajou paraa Tailândia, a comunidade tailandesa conseguiu queo grupo se apresentasse em escolas onde estudavamjovens bahá’ís, em vez de apresentações ao públicoem geral. Quando as apresentações de dança geravaminteresse nos alunos, seus colegas bahá’ís prontamentedavam atendimento aos interessados, convidando-ospara as atividades centrais, onde participariamtambém de atividades artísticas. Através de repetidasapresentações nas mesmas escolas, um relacionamentopositivo entre a Fé e os colégios foi consolidado,resultando que alguns professores tambémdemonstraram interesse em participar das atividadescentrais.

A narrativa de histórias teve uma importânciaadicional, como aquelas da prática do Livro 4, sobrefatos da história bahá’í, quando aplicadas durante asvisitas aos lares. A fim de aprimorar tal habilidade,algumas comunidades ofereceram oficinas de treina-mento em narrativas de histórias.

As aulas para crianças e à juventude através dosanos sempre utilizaram o canto, o desenho e o teatro,mas agora aqueles que trabalham com membros maisjovens da comunidade estão também aprendendo, em

seus cursos de instituto, como usar as artes maiseficazmente para enriquecer as aulas através da dança,do canto, de marionetes e outros recursos.

O enriquecimento da vida comunitária bahá’íatravés das artes ficou particularmente evidente nosagrupamentos em suas reuniões de reflexão, onde oplanejamento e as consultas eram geralmente combi-nados com apresentações culturais e música alegre.Esta maior integração das artes estendeu-se para asConvenções Nacionais, Festas de Dezenove Dias,comemoração de Dias Sagrados e Escolas de Verão.Apresentações musicais e teatrais, exibição de filmese exposições artísticas, são algumas das formas deutilização nos esforços criativos que deram vida eenriqueceram a experiência bahá’í e seus convidados.

Em Guajuviras, Brasil, um grupo de mulheresbahá’ís empresárias, utilizou suas habilidades em arte-sanato não somente para promover as atividadescentrais, mas também para iniciar um projeto dedesenvolvimento econômico formando um gruposemanal de artes e manufaturas no Centro Bahá’í. Aintenção era lançar outros meios de atração a seusamigos e amigas, e à vizinhança em geral, parafreqüentarem o Centro Bahá’í e, em decorrência,participarem das atividades centrais. Depois de doismeses, as mulheres iniciaram uma reunião devocionale aulas de artesanato, em um dia, e círculo de estudos,no dia seguinte.

relatório da Austrália, por exemplo,assinala que: “A utilização da arte emum círculo de estudos em Sydney criouuma vida própria ao grupo... a únicacoisa que as pessoas mencionaram comdestaque especial ao fazerem a avaliaçãodo círculo de estudos foi a incorporaçãodas artes! Tal inovação tem sido suafavorita e muitas vezes a mais forteexperiência do círculo de estudos.”

Crentes em uma conferência na Bahia,Brasil, aprendendo como incorporartambores e artes tradicionais nos processosde instituto.

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O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados

É gratificante ver os resultadosquando os amigos conscientementeincluem elementos artísticos em suasatividades. A música, em particular, foiutilizada, levando inclusive muitascomunidades à formação de corais e atécomposição de músicas. Entre osrecursos criados para os institutos estãocassetes com músicas e CDs comversões com fundo musical de citaçõesque estão sendo memorizadas noscursos. Nas Ilhas Marshall, em umcírculo de estudos composto princi-palmente por jovens, os novos crentesentoaram os textos que haviam deco-rado dos materiais estudados no curso,usando músicas compostas por seufacilitador. Isso levou à formação de umcoral, o qual se apresentou naConvenção Nacional, comprovando atransformação espiritual ocorrida emseus membros. Uma reunião devocionalmensal na Filadélfia, Pensilvânia, nosEstados Unidos, sempre inclui algumuso de arte, usualmente mostrando os

Tutores em Perth, Austrália,preparando um show de mario-netes sobre o tema de “orações”.

talentos de pessoas que até há poucotempo não eram bahá’ís. Foram feitasapresentações musicais de jazz, demúsica clássica, reggae, música folcló-rica e até mesmo um coral budista.Pintores e escultores locais tambémexibiram seus trabalhos, adicionandoum elemento visual à reunião. Oanfitrião explicou:

Nossa idéia foi criar um ambienteonde as pessoas pudessem sentir osagrado. Ficamos todos inspiradoscom música ao vivo e com a apresen-tação de algum tipo de arte. Osbuscadores são tocados pelo espíritode unidade e pela espiritualidade dosEscritos Bahá’ís, e então desejamconhecer mais.

Pequenas peças de teatro, especial-mente diálogos e interpretações bemfeitas, tornaram-se amplamente usadascomo um método de treinamento paracapacitar os amigos a falarem sobre aFé e realizarem visitas aos lares. Nasreuniões de reflexão em Londres,Inglaterra, pequenas cenas teatrais têmsido utilizadas para compartilharalgumas das experiências que os amigosestão tendo ao ensinarem a Fé. Mesmoalgo no estilo comédia foi usado paraajudar os participantes a refletiremsobre alguns aspectos do aprendizadosobre o crescimento. A apresentação deuma peça teatral em Mali, retratando anecessidade da unidade em umasociedade com diversidade religiosa,serviu como um elemento catalisadorpara o estabelecimento de uma reuniãodevocional em determinado bairro noagrupamento Bamako. Esta reuniãodevocional, realizada regularmente, eque algumas vezes é promovida pornão-bahá’ís, tornou-se um ponto deunidade no bairro com a participaçãodos moradores, que se reúnem paraorar, pedindo por graças específicas paraas necessidades da comunidade, comotambém para a proteção dos filhos e

Crianças em uma classe bahá’í emPune, Maharashtra, Índia, inici-ando suas aulas entoando orações.

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AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS

harmonia na vida de maridos e esposas.As reuniões devocionais têm sido tam-bém um rico celeiro para a formaçãode novos círculos de estudo.

Uma forma de estimular o uso dasartes é prover treinamento para essafinalidade. Em Barbados, oficinas sobremarionetes foram promovidas, e as cri-anças que receberam treinamentocriaram um show de marionetes focali-zando alguns aspectos de como viver avida bahá’í, o qual foi então apresentadoem outras áreas da ilha. A comunidadede Cingapura promoveu oficinas detreinamento para a narração de históriase interpretações teatrais. Cartas noticio-sas para os facilitadores de instituto naAustrália, incluem páginas com su-gestões específicas sobre atividadesartísticas que podem ser usadas paraenriquecer os círculos de estudo. E naNova Zelândia, uma reunião especial

Transformação de Crianças e Pré-Jovens Ciganos

trabalho com o grupo vital de idade dos pré-jovens, como também das crianças, provou ser

especialmente útil e eficaz para o fortalecimento “dasraízes da Fé em populações locais”. Uma históriainspiradora vem do Tajiquistão, onde um grupo depré-jovens foi formado em uma comunidade cigana,a única população minoritária analfabeta em todo opaís, que tinha uma longa história de ostracismo eperseguição. Quando a animadora começou suaprimeira atividade com o grupo, viu que nenhum dosparticipantes sabia ler ou escrever. Eles começaram aouvir e memorizar as lições. Ela foi adicionando algunsmateriais suplementares para ajudá-los no apren-dizado, expressando-lhes muito amor e compreensão,ao ponto de não quererem receber qualquer outroprofessor quando ela buscou ajuda de outros bahá’íspara o trabalho que estava sendo feito. Através dessasatividades, os jovens ciganos encontraram umainspiração de vida e foram transformados. Sentiam-se motivados para receber uma educação formal emudar a sua comunidade. Trouxeram suas irmãs maisjovens às aulas para crianças e começaram a buscar

justificativas para ficarem mais tempo com suaprofessora. Antes de participarem do programa de pré-jovens, era praticamente impossível envolver ajuventude cigana em atividades de serviço comuni-tário, pois consideravam esse serviço um ato dehumilhação. Mas depois de participarem do programade pré-jovens começaram a realizar tarefas com alegriae boa vontade, melhorando a qualidade de vida de suacomunidade varrendo e limpando as ruas e cuidandodas árvores.

Animadores pré-jovens com suaclasse de jovens ciganos.

O

de bahá’ís com experiência artística foirealizada para compartilhar e consultarsobre como contribuir para o enrique-cimento da vida comunitária bahá’í.

Aulas para Crianças

Outro fruto do padrão coerente dasatividades em comunidades que a Casade Justiça destacou é que “as aulas deeducação espiritual às crianças e pré-jovens servem para fortalecer as raízesda Fé em comunidades locais”28. Estefoi um dos mais bem-sucedidosempreendimentos do Plano de CincoAnos – o estabelecimento de atividadespara crianças e pré-jovens em áreasvizinhas.

Numerosos relatórios falam decrentes, incluindo pré-jovens e jovens,dando início a modestas classes em seuslares para ensinar crianças de parentes

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e vizinhos. A história de uma famíliaem Gana ilustra como, trabalhandojuntos com outros crentes, foi possívelpara uma família servir às crianças deuma vizinhança – inicialmente ascrianças de artesãos locais, muitos delesnão podendo arcar com as despesas doenvio dos filhos à escola. Começaramcom uma família bahá’í assistindo a umjogo de futebol e dando-se conta de queseus netos, brincando perto de sua casa,eram buscadores potenciais. A famíliaconsultou e decidiu oferecer aulasbahá’ís para crianças em seu lar para ascrianças da vizinhança e também proverum lugar seguro para praticaremesportes. Eles ampliaram a área de lazer,compraram alguns equipamentosesportivos e começaram a convidar ascrianças locais tanto para aprenderemcomo para brincarem. Foram apoiadosnesta idéia por outro bahá’í que assavabolos para as sessões de estudo e porvários outros jovens que lhes ajudavamnas aulas. Outros crentes ajudaramdoando carteiras e bancos para a salade aula. O número de crianças cresceupara 60, o que tornou possível dividira classe em grupos por idade. Esteesforço, que começou em 2002, conti-nuou, e como resultado aquelas criançasque são agora pré-jovens e jovens,continuam a participar das atividadesbahá’ís.

As aulas às crianças tornaram maisfácil a introdução regular de reuniõesdevocionais para os pais... em toda avizinhança. Durante essas reuniões otrabalho das crianças é apresentado eos pais elogiam os professores pelobom trabalho que estão realizandocom seus filhos.... As crianças sabemagora muitas coisas sobre a Fé ealgumas expressaram o desejo de setornarem bahá’ís um dia. E emdecorrência das histórias contadassobre ‘Abdu’l-Bahá, decidiramdemonstrar um grande amor por Ele.

Na Colômbia, uma mãe inspiradapelo que aprendera com o estudo doLivro 3, decidiu organizar aulas paracrianças em seu edifício de apartamentode muitos andares. Ofereceu aulas a umgrupo de crianças que regularmentebrincavam numa área comum ao ladodo prédio, tendo realizado a primeiraaula no hall principal. Então foi deporta em porta, com a ajuda das crian-ças, falando com os pais e convidando-os para enviarem seus filhos às aulas.Este enfoque com base na vizinhançaprovou ser um meio eficaz de multi-plicar as aulas de crianças em comuni-dades bahá’ís.

Com mais e mais comunidadescomeçando a oferecer aulas às criançasda vizinhança, os bahá’ís descobriramhaver um grande anseio por esse tipode atividade. Por exemplo, um relatórioprovindo de Lesoto informa que nãosomente foram as aulas às crianças amaior das atividades centrais, comotambém em algumas vilas elas eram aúnica atividade da qual as criançasparticipavam, o que destaca “aconclusão chegada por alguns dosamigos que nosso sucesso em espalharos Ensinamentos de nossa Fé virá dascrianças”. Mas este sucesso teve outrobenefício – uma integração mais íntimadas crianças na comunidade bahá’í. Orelatório de Lesoto adiciona que o sensode “pertencer à Fé” foi agora despertadotambém nas crianças e elas inclusiveestão contribuindo aos fundosregularmente, mesmo que os valoressejam pequenos. As crianças estãotambém convidando seus amigos eamigas às reuniões devocionais e às aulasbahá’ís e participam de viagens deensino.

O processo de instituto e sua ênfasena educação de crianças pode levar aoutras formas de transformação positivacom um aprofundamento maior naligação entre a Fé e as comunidadesexternas. A pequena comunidade deSardar, considerada de uma casta

Em abril de 2006, haviam maisde 10.000 aulas atendendo amais de 93.000 crianças, dasquais 56% são de comunidadesexternas.

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inferior no Nepal, nunca acreditou nemrecebeu educação formal para seusfilhos. Quando vários adultos de Sardarcomeçaram a freqüentar um curso doLivro 1 e seus filhos as aulas bahá’ís,ficaram motivados a enviar os filhos àescola. Pela primeira vez as crianças deSardar começaram a se matricular naescola pública local. Existem agora 25a 30 freqüentando a escola e muitasparticipam das aulas de educação bahá’ícom grande entusiasmo. O professor daescola local ficou tão grato aos bahá’ísque lhes agradeceu por terem promo-vido essa “pequena revolução”.

O maior e mais sistemático enfoquepara prover educação bahá’í às criançasfoi sem dúvida o programa (BESS) –Programa de Educação Bahá’í emEscolas Públicas – na Austrália, o qual,iniciado antes de 2001, expandiu-se emelhorou significativamente durante oPlano de Cinco Anos. Inúmeras escolasprimárias, como um meio de atrairmatriculas às suas escolas, promoveramo fato de oferecerem também aulasbahá’ís. Tão grande foi a demanda poreste programa por parte dos adminis-tradores da escola e de pais não-bahá’ís,que a comunidade não teve condiçõesde prover o número necessário deprofessores. Ao tempo da conclusão doPlano, o programa BESS servia a maisde 6.000 crianças em toda a Austrália,e mais de 90% delas eram de famíliasnão-bahá’ís.

O aumento no número de aulas decrianças em todo o mundo durante oPlano de Cinco Anos foi dramático. Noinício do Plano havia cerca de 1.800aulas bahá’ís para crianças no mundo,atendendo a cerca de 42.000 crianças,em sua grande maioria filhos de famíliasbahá’ís (87%). Em abril de 2006, haviamais de 10.000 aulas atendendo a maisde 93.000 crianças, das quais 56% sãode comunidades externas.

Alguns desses aumentos ocorreramdentro de um curto período de tempo.

Os exemplos são abundantes:

Em maio de 2001, havia 4 aulaspara crianças em Camboja, com umtotal de 150 estudantes. Em outu-bro de 2002, o número de aulascresceu para 45 com cerca de 1.000estudantes. Ao final do Plano, havia169 aulas em andamento no país com2.289 alunos.

O número de aulas para crianças naMongólia cresceu de 11 para 32entre abril de 2001 e outubro de2002. Ao final do Plano, havia 186aulas atendendo a 796 crianças, dasquais 548 de famílias não-bahá’ís.

Do início do Plano até outubro de2002, o Nepal elevou o número decrianças participando das aulasbahá’ís de 168 para 700. Em outu-bro de 2002, 525 das crianças eramde famílias não-bahá’ís.

Durante os primeiros 18 meses doPlano, Taiwan elevou o número deaulas para crianças de 6 com 43 estu-dantes, para 20 aulas com 127participantes.

Sem dúvida, muito do crédito pelogrande aumento de atividades educa-cionais às crianças deve-se ao grandenúmero de bahá’ís que estudaram oLivro 3, o qual trata da educação espiri-tual de crianças. Mesmo aqueles quecompletaram o estudo do livro mas nãocomeçaram a ensinar em aulas bahá’ís,ganharam maior compreensão quantoàs necessidades e adquiriram habilida-des no trato com as crianças. Quandoda conclusão do Plano, cerca de 75.000pessoas haviam estudado o Livro 3.

Em adição, durante esse períodomuitas Assembléias Espirituais Nacio-nais concluíram o trabalho começadodurante o Plano de Doze Meses de esta-belecer uma infra-estrutura para as ati-vidades com as crianças. Esses esforços

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continuaram a se desenvolver, mas aotérmino do Plano de Cinco Anos todosos países tinham já estabelecido umaestrutura administrativa para realizaraulas para as crianças e professoresbasicamente capacitados, com a maioriadas comunidades nacionais tendo jáadotado ou desenvolvido materiaiscurriculares. As aulas eram geralmenteministradas em uma base semanalregular, em vez de atividades esporá-dicas como era feito no passado. Muitasclasses continuaram pequenas e cobrin-do uma área relativamente grande, masaos poucos foram capazes de dividir ascrianças em grupos por faixa etária, como crescimento do número de professorese de alunos.

Em comunidades bem estabele-cidas, onde as aulas às crianças já eramrealizadas há muito tempo em um localcentral e servindo a uma ampla áreageográfica, os amigos começaram aaprender o valor de realizarem as aulastambém em áreas menores, em bairros,o que tornava mais fácil a participaçãodas crianças de famílias não-bahá’ís, emais em harmonia com a condiçãocultural do bairro. Essa descentralizaçãolevou ao aumento geral no número decrianças participando. As criançastornaram-se mais integradas na vida dacomunidade através de uma variedadede formas, incluindo o estabelecimentode cartas informativas para as criançase programas especiais para elas nasFestas de Dezenove Dias, escolas deverão e outras atividades. Inúmerascomunidades também realizavamfestivais ou atividades campais para ascrianças nos feriados escolares.

Comunidades em muitos paísesrelataram a realização de programaspara os pais, desde simples sessões deaprofundamento sobre a vida familiarou sobre o papel dos pais na educaçãoespiritual dos filhos, a programas maissofisticados como a série “Meu Lar”desenvolvida e utilizada na Europa. Osamigos foram descobrindo cada vez

mais que os pais, ansiosos para que seusfilhos recebessem educação moral eespiritual, eram também receptivos à Fée podiam facilmente ser convidados aparticiparem das atividades centrais. Avisita aos lares dos familiares dos alunosdas aulas bahá’ís tornou-se umaferramenta eficaz para não somentereforçar o aprendizado recebido naescola e na família, mas também paraapresentar a Fé a toda a família. Porexemplo, na Colômbia, durante 2005,dois tipos de visitas eram realizadas aospais das crianças. Na primeira visita, eraapresentado o programa das aulasministradas às crianças, com os pais eos próprios professores cada vez maisconscientes da importância da educaçãoespiritual dos filhos. A segunda visitaera para fazer ensino direto da Fé.Aproximadamente 430 pais foramvisitados, dos quais a impressionantecifra de 60% aceitaram a Fé e registra-ram os filhos como bahá’ís. As apresen-tações das aulas aos pais, utilizandoteatro e música pelos alunos, serviuainda mais como uma forma natural derelacionar a Fé com o envolvimento dasfamílias.

Os Pré-jovens

Programas para os pré-jovens entreas idades de 12 a 15 anos são funda-mentais para levantar grandes númerosde recursos humanos em uma comu-nidade. Um ano antes do início doPlano de Cinco Anos, a Casa de Justiçadestacou o valor desse “grupo especialcom necessidades especiais” e afirmouque “uma atenção criativa devia serdevotada para envolvê-los emprogramas de atividades que despertemseus interesses e molde suas capacidadespara o ensino e serviço da Causa”29. Issoexige que se veja esse grupo de idadenão apenas como crianças mais velhaspara as quais os programas devem serfeitos, mas como jovens em um períodocrítico de suas vidas durante o qual a

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Em Londres, um grupo de pré-jovens encontra tempo para ativi-dades sociais.

fidelidade espiritual é definida e quandoas capacidades para o serviço começama brotar.

Próximo do ponto mediano doPlano de Cinco Anos, cursos para pré-jovens começaram a ficar disponíveisdepois de alguns anos de desenvol-vimento gradual de projetos-pilotos.Dezenas de animadores de pré-jovensforam capacitados, especialmentedurante o último ano do Plano, e as comu-nidades começaram a expandir seutrabalho com este grupo de idade.Gradualmente, o que começara comoesforço de desenvolvimento sócio-econômico, conhecido como Programade Empoderamento Espiritual de Pré-Jovens tornou-se intimamente inte-grado com o trabalho realizado pelosinstitutos de capacitação. Comentandosobre a importância desses programas,a Casa de Justiça escreveu:

O que se tornou especialmenteaparente durante o presente Plano deCinco Anos foi a eficácia dosprogramas educacionais que objeti-vam o empoderamento espiritual dospré-jovens. Quando acompanhadosdurante três anos através de um pro-grama que aumente sua percepçãoespiritual e encorajados a adentrar aseqüência básica de cursos do ins-tituto na idade de 15 anos, esses jo-vens representam um vasto reser-vatório de energia e talento que podeser devotado ao progresso da civili-zação material e espiritual.30

Em país após país, este grupo deidade provou ser especialmentereceptivo. No Canadá, durante apenasuma noite, grupos visitaram 55 lares emum bairro para convidar as famílias parauma série de atividades, encontrando38 delas prontas para participarem.Convidaram também 22 outros pré-jovens que encontraram em praças eparques e ao longo das ruas no mesmobairro. Ao todo, 39 pré-jovens e

crianças participaram no programa deuma semana de duração de atividadessociais, artísticas e esportivas. Ao finaldo programa, 17 pré-jovens regis-traram-se formalmente para formar umgrupo de pré-jovens com o apoio totalde seus pais. O programa para pré-jovens em Maurício começou em 2004com seis grupos e este número haviapraticamente dobrado ao final doPlano. Cerca de 80% dos participanteseram de famílias não-bahá’ís e algunsde seus pais envolveram-se também nasatividades centrais. A comunidade daMongólia constatou serem os pré-jovens tão receptivos que em 2004 amaioria dos crentes no agrupamentoSainshand era composta de pré-jovens.Naquele ano realizaram seu primeiroFestival de Pré-Jovens, com a partici-pação de 80 jovens daquela faixa etária.No ano seguinte, a maioria deles reali-zava a maioria das atividades centrais eparticipavam ativamente das reuniõesde reflexão.

Os diretores de um grande centroeducacional, na França, ficaram tãoimpressionados com o trabalho que osbahá’ís realizavam com as crianças quedecidiram apoiar o estabelecimento deum grupo de pré-jovens com 12participantes utilizando o novo material:Brisas de Confirmação. Uma escola naregião ártica (North Calotte) ficoumuito satisfeita com o programa pós-

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Pré-Jovens Servindo como Professores de Crianças

uando o pequeno grupo de crianças repetia aspalavras de Bahá’u’lláh: “Uma língua bondosaé o magneto que atrai os corações dos

homens...” uma menina de 8 anos exclamou: “E dasmulheres também.” A professora de 16 anos de idadesorri e amorosamente explica que essas palavras deBahá’u’lláh certamente aplicavam-se também àsmulheres. A classe então recomeçou suas liçõesdaquele dia.

Esta alegre classe de aulas bahá’ís para crianças jáexiste há mais de quatro anos, realizada no lar dafamília da professora num subúrbio da cidade deJinotepe, Nicarágua. Sua jovem professora começoua dar aulas quando era ainda pré-jovem. Ela recordacomo isso aconteceu e progrediu:

Comecei as aulas às crianças quando tinha apenas12 anos de idade, com um jovem em ano deserviço, mas ele veio apenas três vezes. Eu não haviaestudado o Livro 3, portanto comecei antes de sercapacitada. Quando comecei oficialmente minhacapacitação com o estudo do Livro 3 já tinha muitaexperiência.

As 11 crianças do bairro que participavamregularmente das aulas gostavam muito do que estu-davam, conforme afirma a professora: “Durante asférias elas aproveitavam a oportunidade para viremàs aulas diariamente, em vez de semanalmente.” Ascrianças aprenderam muito bem todas as 15 liçõesdo Livro 3 do Instituto Ruhí, tendo estudado tambémoutras lições usando a mesma metodologia.

Para reforçar seu trabalho com as crianças, a jovemprofessora visitava os pais dos alunos, normalmenteacompanhada de um bahá’í adulto. Durante essasvisitas perguntava aos pais suas opiniões sobre o efeitodas aulas nas crianças. Eles, por via de regra, respon-diam que as aulas eram boas porque proviam ativi-dades supervisionadas de uma forma positiva, quandoseus filhos podiam estar fazendo outras coisas fora decasa, enquanto os pais trabalhavam.

Um dos temas que a jovem professora bahá’ícompartilha com os pais durante as visitas é queexistem diferentes tipos de educação. Através daconsulta, os pais começam a entender que seus filhosnão precisam apenas de educação material eintelectual, mas também de educação espiritual – oensino das qualidades e virtudes espirituais. Elesacabaram vendo que as aulas bahá’ís ensinavam ascrianças a entenderem e praticarem qualidadesespirituais na vida diária. Os pais então afirmaramque isso era benéfico e necessário para seus filhos.

“Espero que todos sejam estimulados a enviar osfilhos às aulas para crianças”, disse a professora. “Éum lindo serviço... você aprende muito sobre o quesignifica ser espiritual.”

Uma jovem se responsabiliza pelo ensino regular de aulaspara crianças no agrupamento Carazo, Nicarágua.

Q

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escolar oferecido a seus alunos da faixaetária de 12 anos, o Brisas de Confir-mação, especialmente a apresentaçãoteatral criada pelos estudantes baseadanuma história do livro. Igualmente emYap nas Ilhas Carolinas, um professorbahá’í recebeu permissão para realizarum programa depois do horário escolarpara mais de 100 alunos usando omaterial de pré-jovens, novamente oBrisas de Confirmação, o qual foi bemrecebido tanto pelos estudantes comopor seus pais.

O programa de pré-jovens no Quêniacomeçou em março de 2004. Quinzemeses mais tarde havia 111 animadorese 53 grupos com 949 participantes, umterço deles não-bahá’ís. Nos agrupa-mentos Lugari e Malava, a associaçãode pais e mestres, como também oencarregado do setor de educação e ochefe de área solicitaram o programaporque ele conseguira produzir “umamudança significativa no trabalhoacadêmico dos jovens que deleparticiparam”. O trabalho mantido porgrupos de pré-jovens na escola da vilade Ndiosmone, no agrupamentoTattaguine, no Senegal, resultou em tãodestacada melhoria tanto na forma deconduta como no estudo acadêmico

Um grupo de pré-jovens emGodamchaur, Nepal, estudando“Brisas de Confirmação”.

dentre os 44 estudantes que partici-param, que tanto o diretor da escolacomo o professor da classe indicaramque iriam convidar os bahá’ís paracoordenarem o programa em qualqueruma das escolas futuras sob suas respon-sabilidades.

Os próprios pré-jovens provaramser apoiadores valiosos da Causa,tornando-se firmes crentes quando maisvelhos. Depois que os amigos naTailândia começaram a se concentrarsobre os pré-jovens em um agrupa-mento, descobriram que após algunsanos de aulas, esses jovens traziam seusamigos e colegas de escola para asatividades bahá’ís, e podiam ensinar porvontade própria em aulas de crianças.Então surgiu um novo contingente depré-jovens e com eles muitos ajudantes.Muitos dos jovens que haviam iniciadoo estudo do material bahá’í para suaidade, ingressaram depois e concluírama seqüência dos cursos de instituto,oferecendo-se como voluntários pararesidir próximo do Centro Bahá’í, a fimde mais facilmente poderem atuarcomo facilitadores. Os pré-jovens emum programa pós-escolar no Brasil,assumiram a responsabilidade deensinar para os mais jovens e foram bem-

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sucedidos em seu trabalho. Esses jovensprofessores falaram com orgulho ealegria do programa que seus alunosestavam participando. Na Indonésia,um pré-jovem de 13 anos assumiu emuma reunião no agrupamento ondevivia a responsabilidade de trazer 20amigos às reuniões devocionais. Aofinal, trouxe 21, o maior número conse-guido pelo agrupamento, com algunsdos adultos trazendo apenas 5 ou 6.

Tendo o desenvolvimento destaimportante atividade começado somen-te a florescer nos anos finais do Plano,no Ridván de 2006 mais de 3.000grupos de pré-jovens haviam sidoformados, em todo o mundo, envol-vendo mais de 25.000 participantes,dos quais cerca da metade provinhamde famílias não-bahá’ís.

Visitas aos Lares

A vida comunitária foi enriquecidadurante os últimos cinco anos com aintrodução da prática da visitas aos lares,tanto aos crentes como aos buscadores.Embora visitar os amigos tenha sidouma prática há muito estimulada por‘Abdu’l-Bahá e Shoghi Effendi, duranteo Plano de Cinco Anos tais visitasadquiriram dimensões maiores etornaram-se mais sistemáticas.Relacionada com a prática recomen-dada no Livro 2, as visitas aos laresforam inicialmente feitas para compar-tilhar temas de aprofundamento comnovos bahá’ís. Adicionalmente, com odesenvolvimento da capacidade dosbahá’ís apresentarem os fundamentosda Fé, essas visitas provaram ser umcomponente indispensável ao desenvol-vimento da cultura bahá’í. O que osamigos vieram a entender foi que igual-mente importante ao ato de visitar umcompanheiro de fé, ou um contatointeressado, estão as qualidadesespirituais compartilhadas com este atode serviço. A prática das visitas aos laresnão somente deu empoderamento aos

indivíduos, como também contribuiupara um maior amor e solidariedade nascomunidades.

Além de compartilhar temas deaprofundamento com novos membrosda fé, as visitas aos lares foram realizadastambém para compartilhar orações comoutras pessoas, narrar histórias da FéBahá’í aprendidas no Livro 4, etransmitir diretamente a Mensagem deBahá’u’lláh como parte de uma cam-panha de ensino. As visitas aos laresforam também recomendadas pela CasaUniversal de Justiça como uma formade restabelecer contatos com os crentesafastados ou pouco envolvidos nas ativi-dades bahá’ís já há algum tempo. Aatmosfera informal criou uma oportu-nidade para “o engajamento em conver-sações sérias e importantes” que gradual-mente levam à apresentação da idéia doscursos de instituto.

Um resultado positivo das visitas foique, através dessas interações calorosase informais, os crentes estão se conhe-cendo melhor uns aos outros, criandoamizade com os membros da família etambém com vizinhos, algo que estásendo sistematicamente estabelecido emantido. Não é de surpreender, então,que em Battambang, Camboja, mais de60 grupos em uma área rural estejamconstantemente realizando visitas aoslares para manter os laços de união comos crentes da comunidade e conhecermelhor uns aos outros. Um crente daMongólia narrou o impacto das visitasaos lares:

Foi uma experiência de alerta paraqualquer pessoa, quando constatamosnão ser difícil multiplicar as atividadescentrais através da visitas aos lares doscrentes, tanto os ativos como osmenos ativos, se formos capazes deconseguir ser bem recebidos em suascasas. Antigamente nos esforçávamospara trazer as pessoas às nossas casas,ou ao Centro Bahá’í, agora vemos sermuito mais eficaz iniciar atividades nacasa das pessoas.

…no Ridván de 2006 mais de3.000 grupos de pré-jovenshaviam sido formados, em todo omundo, envolvendo mais de25.000 participantes, dos quaiscerca da metade provinham defamílias não-bahá’ís.

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Um crente na Eslováquia observouquão solitárias muitas pessoas se senteme que, após realizar sua primeira visitabem-sucedida, exclamou: “Graças aDeus, também para a solidão a Fé temremédio – as visitas aos lares, ou visitasespirituais, como meus amigos e eu aschamamos, depois da última experiên-cia que tive. Foi incrível, algo natural esimples.”

O poder existente na prática dasvisitas aos lares para transformar umacomunidade foi bem exemplificado nasIlhas Marshall, onde o progresso dasatividades centrais nos primeiros anosdo Plano foi relativamente vagaroso eo modelo de círculos de estudo dealguma forma incompleto. Com aintrodução das visitas aos lares, essadinâmica mudou. Primeiro, os amigosse dedicaram a visitar os bahá’ís menosativos, cuja resposta às visitas recebidasfoi de grande entusiasmo. Em algunscasos, os membros não-bahá’ís dafamília juntaram-se às consultas eacabaram se envolvendo também nasatividades, e desta forma o número debuscadores interessados expandiu-se.Algumas das comunidades deramcontinuidade ao sucesso inicialmentealcançado, começando novos círculosde estudo, outras ativando atividadeseducacionais com as crianças, e aindaoutras, realizando essas mesmas ativi-dades e mais as reuniões devocionais.Tornou-se uma prática comumencontrar-se cinco ou seis círculos deestudo realizando-se em uma mesmanoite.

O sucesso das visitas aos lares nasIlhas Marshall produziu dois resultadossignificativos. Primeiro, trouxe aoprocesso de instituto e às atividadescentrais um grande número de adultos,jovens e crianças, quase que dobrandoo número de crentes ativos nacomunidade. O número de pessoasparticipando das reuniões expandiu-sede tal forma que a Assembléia Espiritual

Local foi obrigada a dobrar a área deseu Centro Bahá’í. O segundo resultadofoi que relações foram estabelecidas àminoria étnica Kiribati na comunidade.O relatório conclui dizendo que “existeum renovado espírito em ação... e umcomprometimento crescente com oprocesso de capacitação do institutoentre os amigos”.

Os bahá’ís nas Ilhas Salomãotambém acharam que as visitas aos lareseram um meio eficaz de contataraqueles bahá’ís que não participavamjá há algum tempo das reuniões.Quando tais visitas foram feitas pelaprimeira vez, dois que haviam abando-nado as atividades da comunidade, porcausa de um problema de desunião,relataram terem se sentido espiritual-mente renovados com as visitas quereceberam, prometendo esquecer asmágoas do passado e voltar a participarda comunidade. Na Austrália, algumasmulheres bahá’ís perguntaram se osamigos podiam visitá-las novamente,para fazerem orações junto com seusesposos não-bahá’ís, o que aconteceu eculminou na realização de reuniõesdevocionais com aquelas famílias.

As visitas aos lares deu resultadomesmo em áreas do mundo onde visitassem serem previamente combinadasnão eram um hábito da cultura local.Isso foi especialmente verdadeiro noNorte e no Oeste da Europa, ondemuitos bahá’ís relataram as dificuldadesiniciais, mas que ao ganharem coragempara realizar as visitas, viram que aspessoas não eram apenas receptivas, mastambém ansiavam pelas visitas.

Os amigos se deram conta serperfeitamente aceitável na Inglaterravisitar o lar de outra pessoa, mas ousual é esperar primeiro serconvidado. Assim, superando o temorinicial de quebrar uma tradiçãocultural, visitaram uma nova bahá’í ecompartilharam com ela um dos

O que os amigos vieram aentender foi que igualmenteimportante ao ato de visitar umcompanheiro de fé, ou um contatointeressado, estão as qualidadesespirituais compartilhadas comeste ato de serviço.

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Conectando Corações a Bahá’u’lláh através das Visitas aos Lares

m facilitador do Livro 2 do Instituto Ruhí deum círculo de estudos na Hungria, constatou

que nenhum dos participantes de seu grupo haviaainda aprofundado qualquer pessoa nos temas daquelelivro. Descobriu, porém, para sua alegria, durante asconsultas em seu círculo de estudos, que um dosparticipantes já havia marcado visita a um amigoreceptivo, e outro havia planejado visitar uma novabahá’í cujo marido estava bem interessado pela Fé.Ficou decidido realizarem essas visitas em pares, deforma que todos os integrantes do círculo de estudospudessem participar e para encorajamento mútuo,cada um preparando uma parte das apresentações quefariam. O facilitador fez par com um novo crente ejuntos foram visitar a nova bahá’í e seu marido. Outrodecidiu ir junto, trazendo com ele sua mãe, que eracatólica, mas que estava interessada pela Fé. Para ajudarnos preparativos, a esposa do facilitador se ofereceupara cuidar das crianças pequenas de ambas as famí-lias.

E assim chegou o dia da visita com dois novoscrentes, dois buscadores e dois crentes veteranos todospresentes. O facilitador havia preparado uma apresen-tação sobre o tema: “O Convênio Eterno de Deus” eseu companheiro estava pronto para falar sobre “AVida de Bahá’u’lláh”.

Os anfitriões expressaram sua grande alegria pelapresença dos visitantes, oferecendo-lhes chá e biscoitoscomo um pequeno lanche. Foram entoadas orações einclusive cantadas algumas canções de inspiraçãobahá’í, o que elevou em muito a atmosfera espiritualdo lar visitado. O facilitador começou então a suaapresentação. Lembrando depois daquele momento,disse que: “Eu não queria apenas ler o texto, mas simfalar com toda a sinceridade de meu coração. Masqueria ser bem fiel às idéias e aos pensamentos expres-sados no livro de forma linda sobre aquele tema deaprofundamento.” Então todos entoaram a oração:“Bem-aventurado é o lugar, a casa e o coração...”

As orações, a beleza e a simplicidade das idéiasvisivelmente emocionaram a mãe católica que entãocompartilhou com o grupo alguns fatos de sua própriavida – incluindo algumas dificuldades pelas quais

tinha passado. Isso levou o grupo a refletir sobre osignificado dos sofrimentos dos Manifestantes deDeus nas mãos da humanidade. O facilitador relatouque as Palavras de Bahá’u’lláh – “a Beleza Antigaconsentiu em ser amarrada com correntes para que ahumanidade pudesse ser libertada de sua servidão” –pareceram ter liberado uma grande força ao seremlidas para o grupo.

A seguir o grupo ouviu a segunda apresentaçãosobre “A Vida de Bahá’u’lláh”. A amiga bahá’í haviaexpressado ansiedade antes da apresentação, pois eraa primeira vez que dava uma palestra, embora estivessebem preparada. Mas quando começou a falar seutemor desapareceu e ela fez um relato claro, coerentee sincero dos eventos da vida da Beleza Antiga. Ofacilitador escreveu que foi como “ver um filme”.Emocionado, o facilitador descreveu aquela apresen-tação:

Aqui estava alguém que fora profundamente tocadapela majestade da vida de Bahá’u’lláh, cujas palavrasdas páginas do livro ela como que internalizou, fê-las suas próprias e então compartilhou-as conosco –este, que é o mais significativo dos temas sobre avida de Bahá’u’lláh, falando de uma forma natural,sincera e envolvente. Pelo que sei, ela foi uma dasprimeiras bahá’ís na Hungria a ser visitada nacampanha de visitas aos lares após tornar-se bahá’í,tendo estudado alguns dos temas de aprofundamentodo Livro 2, fazendo apresentações nos lares de outraspessoas usando os mesmos materiais.

Depois das palestras, foram feitas muitas per-guntas, planejando-se então as próximas visitas.

O facilitador escreveu entusiasticamente sobre estaprimeira visita. “Tendo tido esta experiência, agoranossos níveis de energia eram realmente elevados....Nossos esforços estão longe de serem perfeitos, e preci-samos fazer estas coisas muitas e muitas vezes, nãoapenas falar em fazer; as confirmações virão do Alto,nossos olhos estão abertos para novas realidades aocrescermos em confiança, entendimento e efetivi-dade.”

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temas de aprofundamento. A novacrente havia sido recentemente eleitapara uma Assembléia Espiritual Local,tendo perguntado aos visitantes sepodiam voltar na próxima semanapara ajudá-la a aprofundar seusconhecimentos sobre o tópicotratado.

Relembrando da campanha deensino que deu a eles o primeiro sabordas visitas aos lares, um membro de umgrupo de ensino de Londres comentou:

De um modo geral, a única e melhorpreparação foi orar. Isso nos permitiufalar do fundo do coração e fazer umaconexão de suas almas comBahá’u’lláh. Por um período de duassemanas tornamo-nos mais confiantese menos tímidos ao compartilharorações. Não nos pareceu quedevíamos nos desculpar para lhestransmitir a Palavra de Deus, aocontrário, era uma Mensagem Divinaque estávamos felizes por compar-tilhá-la.

As visitas aos lares também provouserem uma ferramenta muito útil paraestreitar os laços entre as instituições daFé e aqueles que a servem. Por exemplo,inúmeras Assembléias EspirituaisLocais nos Estados Unidos decidiramvisitar todos os membros de suascomunidades para estreitar os laços comsuas instituições e para entenderemmelhor as suas próprias comunidades.Uma noite, a Assembléia EspiritualLocal de Cambridge, Massachusetts,decidiu realizar visitas aos lares em vezde realizar sua reunião administrativa,mas ficou apreensiva com o que poderiaacontecer com as visitas sem umanúncio prévio. Refletindo sobre os“emocionantes” resultados dessa suainiciativa, os membros disseram: “Aprimeira descoberta foi o poder que asvisitas têm para ajudar a revitalizar avida comunitária.”

O que no passado podia ser apenasuma visita social tem agora um novosignificado, com as visitas sendo eleva-das a ocasiões onde são tratados detemas espirituais e utilizada a PalavraCriativa de Deus. O sentido da experi-ência das visitas aos lares é eloqüente-mente descrito por um facilitador noReino Unido:

Quando visitamos nossos contatos ouum novo crente, e nos envolvemos emconversação sobre assuntos espiri-tuais, imediatamente criamos um laçode amizade. A gente se sente capaz decompartilhar a Palavra de Deus emum ambiente onde nossos anfitriõesvivem, ou seja, em seus próprios lares.Eles podem fazer as perguntas quedesejam, sem qualquer acanhamento,perguntas que não fariam em outrascircunstâncias. Seus familiares podemparticipar também, e geralmente ofazem.... Aprendemos como fazerensino direto e como fomentar a vidacomunitária com estas simplespráticas.

Amigos no agrupamento da GrandeMonrovia, Libéria, revendo seusplanos de ensino.

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Reuniões de Reflexão

À medida que as comunidadesestabelecem um forte processo deinstituto e começam a gerar um númeromaior de recursos humanos, outraferramenta foi adicionada para ajudarno avanço do processo de entrada emtropas: as reuniões de reflexão. Essasreuniões periódicas de consulta “livreda exigência de uma tomada de decisãoformal”, “dá apoio a um intensoprocesso de ação, consulta e aprendi-zado”31. Em tais reuniões, os amigospodem refletir sobre suas experiências,explorar novos enfoques, modificarplanos e “manter o entusiasmo e a uni-dade de pensamento”.

As reuniões de reflexão ao nível deagrupamento tem ajudado os crentes eas instituições a adquirirem um enten-dimento mais claro de como podemcontribuir para atingir a meta centraldo Plano. As consultas levam a umconsenso sobre metas de curto prazo,tanto para os indivíduos como para osgrupos de ensino. As reuniões têmtambém ajudado os agrupamentos queincluem várias comunidades, para cadauma delas melhor desenvolver umaidentidade própria e ao mesmo tempoum senso de unidade com as outras

comunidades do agrupamento emtrabalhos conjuntos. O agrupamentoBroward County na Flórida, EstadosUnidos, contém 16 AssembléiasEspirituais Locais. Os participantes, emsuas reuniões de reflexão, relataram quesuas reuniões eram bem planejadas eque, ao terminarem, saíam delas comum senso de unidade sobre o quehaviam realizado e o que estariamrealizando em seguida. As AssembléiasLocais entenderam qual seria sua parteno plano do agrupamento como umtodo, e sentiam-se preparadas paraajudar os crentes em seu trabalho. Asconsultas tinham como base as guiasexistentes sobre o Plano, e a música e apoesia apresentadas mantinham “aatmosfera de júbilo e espiritualidade”,sem nenhum tipo de excesso.

Muitas reuniões de reflexão, umperíodo de “sérias consultas” comotambém de “alegre celebração”32, com-binam harmoniosamente devoções,apresentações inspiradoras, estudo dasguias recebidas do Centro MundialBahá’í, breves relatórios das realizaçõesdas comunidades desde a últimareunião de reflexão, consultas sobre oaprendizado adquirido, o estabeleci-mento de metas, camaradagem ehospitalidade. As artes dão umavivamento especial e elevam o nívelespiritual dessas reuniões. As crianças eos jovens são ativos participantes, coma juventude exercendo um papel deliderança. Os participantes deixam asreuniões, ao seu final, restauradosespiritualmente e com metas de tra-balho claramente definidas para ospróximos meses.

Talvez a maior dessas reuniõesdurante o Plano de Cinco Anos ocorreuem Daga, Papua Nova Guinéa, na qualmais de 1.000 pessoas participaram.Muitas reuniões, porém, foram bemmenores, com muitas comunidadesrelatando um aumento gradativo nonúmero de participantes à medida queforam ganhando experiência em como

Amigos em Whitehorse, Victoria,Austrália, preparando cartazespara a reunião de reflexão de seuagrupamento.

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melhor organizar e atrair os amigos àsmesmas, especialmente tornando-asmais alegres e participativas. A seguir,alguns dos comentários sobre reuniõesde reflexão em uma diversidade deagrupamentos:

Os amigos em Kiribati, com umalonga tradição em reuniões na sedelocal de sua vila, naturalmenteiniciaram também suas reuniões dereflexão, as quais lhes deram umaunidade de visão sobre o processode instituto e fortaleceram seu apoioao mesmo.

O coordenador do agrupamentoAustin, Texas, Estados Unidos, disseque suas reuniões de reflexãohaviam se tornado como “reuniõesde família”, devido ao fato dosamigos daquele grande agrupa-mento, com muitas localidades,demonstrarem uma alegria especialao se reunirem.

Um jovem no Nepal, no agrupa-mento Sunsari, não somente aju-dava na organização das reuniões dereflexão como visitava os crentescom antecedência para estimulá-lose educá-los sobre a importânciadessas reuniões.

No agrupamento Scudai, na Malá-sia, histórias sobre grandes instru-tores da Fé foram utilizadas parainspirar os amigos nas reuniões dereflexão. A reunião terminava comuma sessão especial de orações pelosucesso do próximo período decampanhas de ensino.

A participação nas reuniões dereflexão no agrupamento da GrandeÁrea Metropolitana, na Costa Rica,aumentou com a organização dotransporte dos amigos, assuntotratado nas Festas de DezenoveDias, seja com o oferecimento

daqueles que possuíam carro, oucom a contratação de ônibus oumicro-ônibus. Nota-se também umespírito de convivência familiar naparte social quando todos levam ecompartilham mutuamente dosalimentos.

A participação nas reuniões dereflexão no Quênia cresceu porqueas reuniões eram sistematicamentepromovidas: o coordenador de cres-cimento do agrupamento sugeriu àsAssembléias Espirituais Locais paradarem maior apoio às reuniões; oscoordenadores de instituto a nívelde agrupamento, e os facilitadoresdos círculos de estudo, lembravamsempre os bahá’ís para compare-cerem; e os membros de Corpo

Uma bahá’í em uma reunião dereflexão em Jalapa, Nicarágua,revendo o progresso das atividadesde seu agrupamento.

Amigos consultando sobre seu plano setorial em uma reunião de reflexão em Nova Iorque.

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Auxiliar orientavam seus ajudantespara promoverem as reuniões. Deacordo com informações do coorde-nador nacional, eles aprenderamque as reuniões precisam ter um“equilíbrio” e serem “claras e curtas”,e que se não houver a troca de expe-riências sobre ensino não haveráaprendizado.

O coordenador de um agrupamentoem uma área rural na Índia descreve astransformações decorrentes das reu-niões de reflexão:

Essas reuniões têm sido responsáveispor grandes transformações. Asatividades tornaram-se mais siste-máticas e melhor organizadas....Observamos algo muito interessante:reuniões de reflexão regulares e bemorganizadas resultaram inicialmenteem um constante aumento no nívelda iniciativa individual. Porém, maistarde, descobrimos que mesmo tendotais práticas continuado e atéaumentado, a participação nasreuniões de reflexão deu aos crentesmaior “senso de comunidade”,motivando-os a trabalharem maisefetivamente em grupos. Essesdesenvolvimentos contribuíram emmuito para a qualidade das atividadesde ensino, que agora atraem oenvolvimento entusiasmado econfiante de um número cada vezmaior de crentes. Tal espírito decomunidade está também contribu-indo para o fortalecimento dasAssembléias Espirituais Locais.

O impacto de tais reuniões foiconfirmado pela Casa Universal deJustiça em sua mensagem de 27 dedezembro de 2005: “Reuniões dereflexão ao nível de agrupamento estãose tornando um fórum para consultassobre as carências ainda existentes esobre os planos, criando uma identi-dade comum e fortalecendo a vontadecoletiva.”

Uma Orientação Voltadapara Fora da Comunidade

Por todo o mundo, as comunidadesbahá’ís abriram mais amplamente suasportas para o público durante o Planode Cinco Anos, e buscaram incluirtodas aquelas pessoas que demonstras-sem algum interesse pela Fé para par-ticiparem das diversas atividades da vidacomunitária. As pessoas que estãoinvestigando a Fé freqüentementetornam-se parte integrante das ativi-dades centrais, representando um nú-mero crescente de almas que compar-tilham dos valores da vida bahá’í egradualmente se identificam com eles.De forma crescente, os bahá’ís estãofazendo contatos com seus amigos,parentes, vizinhos e colegas de trabalho,e a participação desses grupos e suasfamílias na comunidade expande-se emcírculos de amizade mais amplos e comideais mais elevados. A Casa de Justiçarefere-se a essa orientação voltada parafora como “um dos mais excelentesfrutos”33 de aprendizado durante oPlano. Ao recepcionar grandes númerosna vida da comunidade, os bahá’ísaprendem a “ver mais rapidamente aspotencialidades latentes nas pessoas”, “eevitam criar barreiras artificiais paraelas”34, o que, por fim, diminui adiscriminação entre os bahá’ís e acomunidade externa. Cada vez mais,constata-se que a descrição da Fé,freqüentemente repetida, de que elarepresenta um “amplo abraço”, tornou-se uma realidade.

O padrão de atividade comunitáriacaracterizado pelos círculos de estudo,reuniões devocionais, aulas às criançase atividades com pré-jovens, veio supriras necessidades e nutrir as almas dasfamílias. Esta experiência foi intensa-mente comprovada nos agrupamentosavançados onde a multiplicação dasatividades centrais ocorreram e oalcance da Fé pôde estender-se a áreasvizinhas. Referindo-se aos resultados

Por todo o mundo, as comuni-dades bahá’ís abriram maisamplamente suas portas para opúblico durante o Plano de CincoAnos…

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desta orientação voltada para fora dacomunidade, a Assembléia EspiritualNacional da Índia escreveu ao final doPlano: “O processo das comunidadesbahá’ís abrirem suas atividades tem sidolento, mas bem-sucedido. Cerca de 70a 80% dos participantes em aulasbahá’ís para crianças são de famíliasnão-bahá’ís, e 50 a 60% dos buscadoresparticipam das reuniões devocionais.Uma grande porcentagem dos busca-dores que entram em círculos de estudoacabam aceitando a Fé.”

Os amigos estão aprendendo porexperiência própria que qualquer pessoapode ser atraída a Bahá’u’lláh. NosEstados Unidos, cristãos que entraramem círculos de estudo com a intençãode levar os bahá’ís de volta a Cristo,receberam dos bahá’ís uma recepçãocalorosa e a explicação que reconheciama origem divina e autenticidade da fécristã, o que derrubou por terraeventuais barreiras contra participantescristãos. Um deles, finalmente,exclamou: “Não acredito que haviaesquecido do Senhor por tanto tempo!”Da mesma forma, uma católica bemfirme começou a participar de umcírculo de estudos do Livro 1 naColômbia, mas afirmara enfaticamenteestar ligada indissoluvelmente com suaprópria Fé. A mulher, mais tarde,acabou se declarando bahá’í. Depois desua declaração, foi-lhe perguntadoporque se tornara bahá’í a despeito desua firme ligação com o Catolicismo,ela respondeu que os bahá’ís, em seucírculo de estudos, fizeram com que elase sentisse parte inseparável do grupo.

Em Kiribati, um grupo de ensinoencontrou-se com um homem conhe-cido na comunidade como um alcoóla-tra irrecuperável, que fora rejeitado pelafamília e que vivia sem um lar já porcerca de 30 anos. Não se deixandoimpressionar negativamente pelaaparência do homem, ou por suacondição degradante, os bahá’ís oestimularam a iniciar o estudo do Livro

1 num círculo de estudos. O homemtornou-se um crente e completou aseqüência dos cursos. Esse homemtransformou-se inteiramente, em todosos sentidos, especialmente em suaaparência e maneira de agir. Começou,então, a atrair muitas pessoas à Fé eestabeleceu vários círculos de estudopara os mais interessados.

Um bahá’í em Maurício, que haviaabraçado a Fé em 2004, deu-se conta,após ter participado de uma reunião dereflexão, que podia esforçar-se mais paraenvolver outras pessoas nas atividadescentrais. Sistematicamente contatoucerca de 500 pessoas, e 96% delasparticiparam das reuniões devocionaisque ele realizava. Isso levou a quatronovos círculos de estudo para seuscontatos, e o número de crianças parti-cipando das aulas bahá’ís aumentou de9 para 35.

De particular significado têm sidoos contatos com grupos especiais efreqüentemente receptivos, como aspopulações de imigrantes. Na Áustria,por muitos anos houve um esforçocontinuado no trabalho com crentes ebuscadores nascidos na Turquia,trabalho esse que foi intensificadodurante o Plano. Também em outrasáreas da Europa Ocidental forammantidas interações com imigrantesturcos, com a ajuda da comunidadeturca. Os amigos na Malásia consegui-ram fazer com que trabalhadoresimigrantes do Nepal fizessem alguns outodos os cursos do instituto e mais decem deles tornaram-se bahá’ís em umúnico agrupamento. No agrupamentode Vancouver, no Canadá, têm sido bem-sucedidos os contatos para a divulgaçãoda Fé entre estudantes chineses. NosEstados Unidos, os amigos em BrowardCounty, Flórida, têm trabalhado comimigrantes do Haiti e da AméricaLatina, e os crentes do agrupamento dacidade de Nova Iorque criaram umareunião devocional no Centro Bahá’ípara os imigrantes de língua espanhola.

De particular significado têm sidoos contatos com grupos especiais efreqüentemente receptivos, comoas populações de imigrantes.

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Na Austrália, foram criadas aulasbahá’ís para as crianças e pré-jovens defamílias imigrantes do Afeganistão e daÁfrica. Estes são apenas alguns peque-nos exemplos de como estão aconte-cendo os contatos com diferentes popu-lações não-bahá’ís.

Devido aos longos conflitos queocorrem em Burundi, na RepúblicaDemocrática do Congo e em Ruanda,muitas pessoas têm sido deslocadas ealgumas acabaram parando em camposde refugiados na Tanzânia Ocidental.Os amigos dos agrupamentos vizinhossentiram e aproveitaram a oportu-nidade para ensinar em dois dessescampos, Lugufu e Nyarugusu, juntoscom alguns poucos bahá’ís que faziamparte do grupo de refugiados. Logo onúmero de bahá’ís cresceu e os amigos,assim que possível, deram início aoprocesso de instituto. Como resultado,nesses dois campos existem agora,respectivamente, mais de 800 e 600bahá’ís, com 61 e 42 bahá’ís tendocompletado a seqüência dos cursos.Programas intensivos de crescimentoforam lançados em ambas as áreas.

Muitas comunidades concentraramsuas atenções em grupos da populaçãoque lhes pareceram especialmentereceptivos. Por exemplo, em umagrupamento na Etiópia, muitosestudantes de nível médio passarampela seqüência dos cursos, resultandoem mais de 400 declarações. Os pais,os professores e os estudantes universi-tários, só para citar alguns, demonstra-ram grande interesse pelos Ensina-mentos da Fé. O coordenador de umagrupamento em Austin, Texas, EstadosUnidos, destacou que: “Não encon-tramos grupo algum que não fossereceptivo.”

E, naturalmente, os crentes con-tinuaram a trabalhar para derrubar asbarreiras existentes em sua sociedadeatravés do ensinamento bahá’í de quedevemos “demonstrar uma atenção ecarinho sem reservas à diversidade de

origens étnicas e raciais, reconhecendoa energia que tal diversidade confere aotodo”. Nepal, por exemplo, tem sidovítima do flagelo de um sistema decastas, mas nos grupos dos círculos deestudo pessoas de diferentes classessociais sentam-se lado a lado e estudamjuntas os livros dos cursos do instituto.Um círculo de estudos no Reino Unido,tinha como participantes membros dasseguintes nacionalidades: austríaca,inglesa, alemã, hindu, escocesa,queniana e russa, das seguintes origensreligiosas: católica, protestante, cristãortodoxa, hindu, bahá’í e ateísta.

Mantendo o Foco

Com tanta atividade, um dos prin-cipais e contínuos desafios tem sidomanter o foco. A Casa de Justiça identi-ficou o foco como uma importanteorientação aprendida no Plano:

Esta habilidade, adquirida lentamenteatravés de sucessivos Planos, repre-senta um dos mais valiosos acervos,duramente conquistados através dedisciplina, comprometimento eantevisão à medida que os amigos esuas instituições aprenderam aperseguir o objetivo único de fazeravançar o processo de entrada emtropas.35

As instituições e as agênciasaprenderam, através dos anos, inúmeraslições valiosas sobre como manter osamigos focalizados sobre as tarefas à suafrente. Um importante elemento noaprendizado para manter o foco foi opapel exercido pelo encorajamento.Nesse sentido, foram inspirados pelaspalavras de 9 de janeiro de 2001 daCasa Universal de Justiça: “Em todasas áreas de serviço os amigos precisamde estímulo contínuo.... Quando acapacitação e o estímulo são efetivos,uma cultura de crescimento é nutri-da.”36 Os membros de Corpo Auxiliar

Com tanta atividade, um dosprincipais e contínuos desafiostem sido manter o foco. …

“Esta habilidade, adquiridalentamente através de sucessivosPlanos, representa um dos maisvaliosos acervos, duramenteconquistados através de disci-plina, comprometimento e ante-visão…”

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e as Assembléias Espirituais Locais, bemcomo os coordenadores de instituto eos membros dos Comitês de Ensino deÁrea, fizeram contatos diretos com aspessoas para ajudá-las a entenderem eserem estimuladas a se envolverem nosprocessos do Plano. Estímulo paracontinuarem até o final da seqüênciados cursos, levarem à ação oscomponentes práticos dos cursos,fazendo também com que pensassemem novas formas de compartilhar aMensagem de Bahá’u’lláh com outraspessoas – tais ações foram a chave dossucessos alcançados nos agrupamentosavançados.

Os facilitadores aprenderam que osparticipantes em seus círculos de estudomais facilmente se integravam nos atosde serviço quando eram acompanhadosdesde o início para estabelecerem asatividades centrais. As Festas deDezenove Dias, as reuniões de reflexão,as oficinas de treinamento erecapitulação de facilitadores e deprofessores de aulas para crianças, bemcomo as escolas de verão e inverno,foram todas utilizadas como reforçoadicional a este encorajamento e focode ação. Um exemplo excelente do usode reuniões para esta finalidade ocorreunos Estados Unidos, quando oConselho Bahá’í Regional promoveuuma conferência de capacitação pararepresentantes de agrupamentos “B”para ajudá-los a se focalizarem no queseria necessário para alcançarem aclassificação “A” para seus agrupa-mentos, bem como para estimulá-los atrabalharem para conseguirem talobjetivo. Analisando os resultadosdesses esforços no final do Plano deCinco Anos, a Assembléia EspiritualNacional das Ilhas Seychelles descreveuas realizações de sua comunidade daseguinte forma:

Os amigos estão começando aentender porque devem intensificarsuas atividades, porque precisam

manter o foco e ao mesmo temposerem igualmente objetivos esistemáticos em seus planejamentos.O papel das várias agências emoperação num agrupamento está setornando cada vez mais claro àmedida que pequenos erros sãoignorados e uma atitude deaprendizado é adotada. Desenvolvi-mentos marcantes foram observadosna forma como as reuniões de reflexãoeram feitas e na eficácia de comoinformações importantes são compar-tilhadas com os participantes. Ao todo,tanto as agências nacionais, bem comoos amigos em geral, estão gradual-mente assumindo suas responsabili-dades.

Estabelecendo Prioridades

Estabelecer prioridades provou serimprescindível. Por exemplo, muitascomunidades inexperientes foramorientadas a focalizar-se em fazer apenasuma das atividades centrais antes deiniciar outras. As comunidades apren-deram que grandes campanhas deensino absorvem muitos recursos etrarão poucos resultados se o volumenecessário de recursos humanos nãoexistirem para consolidar os ganhosinicialmente obtidos. Nos primeirosanos do Plano de Cinco anos, asAssembléias Espirituais Nacionaisidentificaram agrupamentos “priori-tários”, isto é, aqueles com maiorpotencial de estabelecerem firmementeo processo de instituto e cresceremrapidamente. A esses agrupamentosforam dadas atenções especiais para aalocação de recursos, sabedores de que,com a criação de comunidades fortes ecrescentes, novos crentes podiam sergerados e capacitados, os quais, por suavez, ajudariam no processo de institutoe no trabalho de expansão e consoli-dação em outros agrupamentos.Determinar prioridades muitas vezessignifica que atividades importantes,

“nem todas as atividades têm amesma importância em umdeterminado estágio do cresci-mento, …algumas precisam,necessariamente, ter precedênciasobre outras.”

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mas que podem desviar o foco daatenção do impulso principal do Plano,deviam ser postas de lado, ou adiadas,compreendendo-se que “nem todas asatividades têm a mesma importânciaem um determinado estágio docrescimento, e que algumas precisam,necessariamente, ter precedência sobreoutras”37. No decorrer do Plano, como crescimento dos recursos humanos,aumentou também o número deagrupamentos prioritários.

O entendimento da necessidade deestabelecer prioridades foi sendo aospoucos confirmado ao nível dos agrupa-mentos e também pelos crentes indivi-duais. Na Ucrânia, membros de gruposde ensino atuavam dentro de apertadadisponibilidade de tempo. Como ummembro mencionou:

Quando nos reunimos pela primeiravez, compreendemos ser pouco otempo de que dispúnhamos. Sefôssemos dedicar nosso tempo emreuniões de nosso grupo de ensino,não haveria tempo para ensinar. Oque pensam que fizemos? Reunimo-nos às 9 horas da noite!

Esses amigos deram-se conta que seestivessem bem focados no que lhes eraprioritário durante suas reuniões, elasnão demorariam muito. Uma palestracom finalidades de inspiração feita porum membro de Corpo Auxiliar em umareunião de reflexão na Colômbia, tevecomo foco os serviços à Causa e o deverde “colocar Bahá’u’lláh no centro de

nossas vidas”. A palestra ajudou osamigos a “estabelecerem prioridades emsuas vidas e terem um melhor enten-dimento da relação íntima entre ser efazer”.

! ! !

A “vitalidade bem fortalecida”38

demonstrada pelas comunidadesbahá’ís nos últimos anos reflete aintegração dos vários elementosassociados com a estrutura de ação doPlano de Cinco Anos. Começou comas mudanças que ocorreram na vida doscrentes, particularmente devido àinfluência do processo de instituto. Asatividades centrais atuaram nãosomente como portais para que umnúmero bem maior de almas pudesseter contato com a comunidade doMáximo Nome; elas também enrique-ceram o caráter espiritual dascomunidades bahá’ís. O foco que oPlano exigia ajudou os crentes amanterem uma visão comum efortaleceu sua unidade através das ações.Todos esses desenvolvimentos contri-buíram para as transformações queestão ocorrendo e que foram descritaspela Casa de Justiça nas seguintespalavras:

À medida que as bases espirituais dacomunidade são... fortalecidas, o níveldo discurso coletivo é elevado, asrelações sociais entre os amigosassumem um novo significado e umsenso de propósito comum inspiraseus relacionamentos.39

!

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AS INSTITUIÇÕES

m sua mensagem de 27 dedezembro de 2005, a Casa

Universal de Justiça afirmou que“nenhuma das realizações do indivíduoou da comunidade pode ser mantidasem a guia, o encorajamento e o apoiodo terceiro participante do Plano – asinstituições da Fé”40. A Casa de Justiçaposteriormente observou que: “Égratificante ver o quanto as instituiçõesestão promovendo a iniciativa indivi-dual, canalizando as energias para ocampo de ensino, enfatizando o valorda ação sistemática, fomentando a vidaespiritual da comunidade e cultivandoum ambiente acolhedor.”41 Tais capaci-dades institucionais que contribuempara o processo de crescimento siste-mático foram demonstradas em todosos níveis – nacional, regional e nosagrupamentos – è medida que as insti-tuições e as agências ganharam novasexperiências e alcançaram novos discer-nimentos.

Ao promover a iniciativa individual,um dos meios mais eficazes provou sero “encorajamento contínuo”. Muitosmembros de instituições rapidamenteaprenderam que uma dimensão crítica

E para o encorajamento era manter-seombro a ombro com o restante doscrentes cujas energias desejavam cana-lizar. Em muitos exemplos, a forçadinâmica do exemplo pessoal foidemonstrada através de seu comprome-timento em concluir a seqüência doscursos e, trabalhando com seus compa-nheiros bahá’ís, participar das ativida-des centrais.

As instituições também promove-ram o processo de crescimento mobili-zando os recursos ao seu dispor, base-ando suas decisões sobre o estudofreqüente das guias do Centro Mundialrelacionadas ao Plano de Cinco Anos.Muitas Assembléias Espirituais Locaiscomeçaram a utilizar as oportunidadesdas Festas de Dezenove Dias parapromoverem a participação dos amigosnos cursos de instituto e nas reuniõesde reflexão do agrupamento. AAssembléia Espiritual Local da cidadede Nova Iorque, nos Estados Unidos,enviou cartas individualizadas paraaqueles que haviam completado osprimeiros cursos da seqüência. AAssembléia Espiritual Local de Dallas,Texas, nos Estados Unidos, realizou

No agrupamento Nur, Congo, todauma família estuda as guias daCasa Universal de Justiça para oPlano de Cinco Anos.

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duas reuniões especiais com aqueles quehaviam completado o estudo dos Livros1, 2, 3 e 6 do Instituto Ruhí, estimu-lando-os a realizarem os atos de serviçosobre os quais haviam sido treinadoscom o estudo daqueles 4 livros. AsAssembléias Espirituais Nacionais e osConselhos Bahá’ís Regionais tambémcomeçaram a usar diferentes meiosdisponíveis a eles, como cartas circularesaos crentes, cartas noticiosas, e apresen-tações nas Convenções Nacionais e emoutras grandes reuniões, para inspirare motivar os amigos a se envolveremno trabalho do Plano. Através dessesinúmeros meios, as instituições foramadquirindo experiência e aumentandoa confiança em como canalizar as ener-gias e os talentos dos crentes, especial-mente no de todo importante trabalhode ensino.

Aproveitando o que haviam apren-dido durante os dois Planos anterioressobre o valor da ação sistemática, asinstituições da Fé ajudaram suascomunidades a manterem o foco sobreas “prioridades sabiamente estabele-cidas”42. Reexaminando os enfoquesadministrativos, muitas comunidadesnacionais começaram a adotar umprocesso de reflexão à luz das realidadese das exigências decorrentes dapromoção de uma cultura de cresci-mento. Em diversos casos, o númerode comitês nacionais foi radicalmentereduzido para assegurar que os proces-sos de crescimento recebessem a devidaprioridade e que o maior número pos-sível de crentes fosse liberado para con-centrarem-se no trabalho de ensino. AsAssembléias Espirituais Nacionais doQuênia e da Alemanha foram exemplosnotáveis de Assembléias que tomaramtais decisões. Este enfoque tambémrepercutiu a nível local. A AssembléiaEspiritual Local de Baltimore, Mary-land, nos Estados Unidos, decidiureconfigurar a designação de comitêspara liberar tantos bahá’ís, quanto lhefosse possível, para se envolverem no

processo de instituto e nas atividadescentrais. Os orçamentos também foramrevistos quando as comunidades come-çaram a considerar seus gastos sob umanova ótica. Um exemplo de uma insti-tuição cujas prioridades foram definidaspelo Plano de Cinco Anos foi a Assem-bléia Espiritual Local de Charlotte,Carolina do Norte, Estados Unidos. Oprimeiro item de sua agenda em todasas suas reuniões era: “Como pode a Assem-bléia ajudar na consecução das metas doagrupamento?”

Em muitos casos, as necessidades doPlano também exigiam maior descen-tralização. Por exemplo, em 2002, aAssembléia Espiritual Nacional doReino Unido, analisou detidamentesuas prioridades e, através de umareorganização e consolidação opera-cional, reduziu o staff de seu EscritórioNacional para liberar fundos para seusórgãos regionais. Isso, então, possibi-litou à Assembléia apoiar, pela primeiravez, o trabalho de um coordenadorregional de instituto a tempo integral.A criação desta função, por sua vez,permitiu que maior atenção pudesse serdada diretamente aos agrupamentos,com o coordenador agora capaz de daruma atenção sistemática ao desenvol-vimento dos coordenadores a nível deagrupamentos, assegurando que oprocesso de instituto fosse vigorosa-mente promovido naquele nível. Emoutro exemplo, a Assembléia EspiritualNacional da Austrália devolveu asresponsabilidades de seu Comitê Nacio-nal de Educação de Crianças aos Conse-lhos Bahá’ís Regionais, tendo consta-tado haver suficiente capacidadenaquele nível para levar avante o traba-lho vital da educação de crianças.

As instituições comprovaram oenriquecimento da vitalidade espiritualde suas comunidades como resultadodo impulso gerado pelo processo deinstituto. O que provou ser um dosmeios mais eficazes para a promoçãodo senso de vitalidade, comprome-

As instituições comprovaram oenriquecimento da vitalidadeespiritual de suas comunidadescomo resultado do impulso geradopelo processo de instituto.

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timento e unidade de propósito entreos crentes foram as reuniões de reflexão.Essas reuniões, quando bem organi-zadas com antecedência pelas insti-tuições e agências atuando no agrupa-mento, traziam alegria aos corações dosamigos e os inspiravam a realizarmaiores atos de serviço. As AssembléiasEspirituais Locais estimularam osamigos a participarem dessas reuniõese através da participação de seuspróprios membros foram capazes deaproveitar bem o elevado entusiasmo eo comprometimento dos amigos.Outros meios para promover umambiente criativo foram as visitas aoslares. Relatórios indicam queespecialmente as Assembléias Espiri-tuais Locais acharam ser esse enfoqueimensamente útil para o estabele-cimento de um caloroso relaciona-mento entre os membros da comu-nidade. De fato, algumas Assembléias,como a de Cambridge, Massachusetts,nos Estados Unidos, enviaram seusmembros para realizar visitas aos laresa todos os membros de sua comuni-dade.

A vitalidade espiritual da comuni-dade foi também fortalecida pelasinstituições através de sua crescenteutilização dos serviços da juventude,tendo os jovens adicionado um espíritoespecial e exemplar com sua presençanas atividades. Mesmo aqueles comidades que não lhes possibilitam votarem eleições bahá’ís foram da mesmaforma estimulados e convidados pelasinstituições para participarem emdiferentes atividades, demonstrandosempre responsabilidade no serviço. Porexemplo, jovens foram apoiados porAssembléias Espirituais Locais como asde Costa Rica, Nepal e Nicarágua a selevantarem para dar aulas bahá’ís àscrianças. Os jovens serviram comoprofessores, enquanto que as Assem-bléias colocaram à disposição deles osrecursos e materiais necessários paratrabalharem. E, naturalmente, as Assem-

bléias e outras agências se beneficiaramcom o aumento ocorrido em suas ativi-dades.

Um dos resultados satisfatórios danova energia gerada foi a expansãonumérica de participantes nas ativi-dades centrais, com os crentes alcan-çando crescente reconhecimento daimportância dessas atividades da Causa.Os desafios naturais decorrentes doentendimento do conceito de novasfronteiras geográficas (os agrupamen-tos) estão criando um ambiente forta-lecedor para que o sempre crescentecorpo de indivíduos trabalhe junto e emperfeita união no caminho do serviço aBahá’u’lláh. A administração deste novoelemento da comunidade exige que eleseja considerado como um novo einseparável integrante da vida comu-nitária. As instituições começaram apensar de uma forma bem objetiva paraentender melhor as necessidades emotivações relacionadas a esses recémintegrados e novos amigos, procurandofazê-los sentirem-se à vontade dentrodo ambiente bahá’í. As AssembléiasEspirituais Locais, em particular,começaram também a trabalhar lado alado com as agências em operação nosagrupamentos, identificando, dando asboas-vindas e nutrindo os buscadoresna Fé, e em assim fazendo adquiriramum elevado grau de consciência sobreo “ambiente produtivo de cresci-mento”43 que devem criar. Em algunscasos, aqueles que não eram aindabahá’ís declarados participavam dasreuniões de reflexão e ofereciam seuapoio e participação na promoção daCausa. As Assembléias começaram aaprender a aceitar calorosamente eutilizar aqueles oferecimentos deserviço. As instituições também viramque muitos deles, ao conhecerem oselementos práticos dos cursos – aexpressão natural do aprendizado e dosdiscernimentos que surgem do estudodos materiais do instituto – e emboraainda não oficialmente bahá’ís, gosta-

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riam de atuar como facilitadores,professores de aulas para crianças e pré-jovens e como anfitriões de reuniõesdevocionais em seus lares, geralmentecom a cooperação e participação dosbahá’ís.

Agências em Operaçãonos Agrupamentos

Durante o Plano de Quatro Anos,as Assembléias Espirituais Nacionaisestabeleceram institutos de capacitaçãocom grupos coordenadores a fim decriarem uma estrutura sistemática parao levantamento de recursos humanos.No primeiro Plano de Cinco Anostornou-se necessário aumentar aefetividade dos institutos de capacitaçãocom sistemas administrativos adicionaisao nível de agrupamento. Os institutosde capacitação começaram a designarcoordenadores de instituto de agrupa-mento, que trabalhavam sob a super-visão de um coordenador regional ounacional, para atuar junto às raízes dacomunidade. O serviço dessas pessoasprovou ser vital para a criação dadinâmica necessária ao processo deinstituto. Os coordenadores de institutonos agrupamentos cuidavam para queos recursos humanos fossem sistemati-camente levantados e capacitados,assegurando que houvesse sempre umprocesso contínuo de aprendizado para

melhorar a qualidade da capacitação ea forma pela qual tal capacitação fosseexpressada em ação.

Com o crescimento do número decrentes, muitos institutos de capaci-tação sentiram a necessidade de designaroutros coordenadores adicionais paraum agrupamento, normalmente paracuidarem de cada uma das linhas deação relacionadas com o desenvolvi-mento de recursos humanos. Por exem-plo, ao final do Plano, o agrupamentourbano de Austin, Texas, EstadosUnidos, tinha quatro coordenadores,um para aulas de crianças, outro paraas atividades com pré-jovens, e dois paraos círculos de estudo, porque com maisde 750 crentes era impossível para umaúnica pessoa realizar todo o trabalhonecessário. Em um agrupamento comuma das mais numerosas populaçõesbahá’ís, em Battambang, Camboja,com mais de 5.600 crentes, haviamcoordenadores para círculos de estudo,grupos de pré-jovens e para aulas decrianças, durante o último ano do Planode Cinco Anos. Haviam tambémajudantes de coordenadores designadospara diferentes segmentos do agrupa-mento. Crescentemente, onde o alcancee a complexidade do trabalho exigia, oscoordenadores de instituto ofereciamseus serviços a tempo integral. Ao finaldo Plano, ficou claro que esses dedi-cados servidores foram um valioso com-ponente do processo de instituto, dosquais muito dependeu o sucesso alcan-çado no Plano.

Uma vez estabelecido num agrupa-mento um florescente processo de insti-tuto de capacitação, esforços combi-nados de ensino naturalmente começa-ram a progredir e dar frutos, com o quecresceu também a necessidade desistematicamente fortalecer e coordenaro trabalho de ensino. As AssembléiasEspirituais Nacionais ou os ConselhosBahá’ís Regionais, começaram adesignar uma nova instituição paraagrupamentos avançados que foi

Grupo no agrupamento Murun,Mongólia, planejando seu primeirociclo do programa intensivo decrescimento.

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Reuniões de Reflexão Trazem Alegria à Índia Rural

agrupamento Bihar Sharif no Nordeste da Índiaé típico das áreas rurais daquele vasto

subcontinente. As estradas são primitivas e o terrenoexige muitas rotas cheias de curvas para viagensmesmo de curtas distâncias. Mas os quilômetros decaminhada para os amigos poderem participar de umareunião de reflexão não detinham os bahá’ís; de fato,eles mostravam-se sempre ansiosos para ir, e levavamcom eles seus contatos mais interessados pela Fé.

Anos antes, a área de Bihar Sharif havia tido umrápido crescimento através das atividades de ensinoem massa, mas depois o trabalho da Fé caiu até queno último ano do Plano de Quatro Anos, quando seiniciou o processo de instituto e tirou a comunidadede sua dormência, houve uma renovação das ativi-dades e restabelecido seu vigor. Muito do sucesso noagrupamento pode ser atribuído às reuniões dereflexão, as quais reuniam os amigos para se engajaremno processo de instituto e nas atividades centrais. Aprimeira reunião de reflexão foi realizada em 2001com a presença de apenas alguns poucos amigos detrês ou quatro comunidades, mas em 2004 a médiade presenças era de mais de 100 pessoas, represen-tando 16 comunidades.

As reuniões de reflexão, que se estendiam pelo diainteiro, eram realizadas em rodízio, cobrindo todasas áreas do agrupamento, cada uma sendo a anfitriãquando chegava o seu turno. Cada comunidadeanfitriã preparava uma atmosfera festiva e a partesocial para todos os participantes. A presença de tantosvisitantes na cidade ou vila gerava uma verdadeiraagitação entre os outros moradores, curiosos e atentos,os quais observavam o que acontecia e alguns atéparticipavam da reunião, a qual incluía também oestudo das guias do Plano de Cinco Anos, relatos deexperiências, relatórios especiais, apresentaçõesartísticas e atividades das crianças. Havia consultasbem participativas durante as quais os desafios eramdiscutidos e sugestões apresentadas para superá-los.Observar todas essas bem planejadas e alegresatividades, despertava o interesse nos visitantes, osquais freqüentemente eram atraídos às atividadescentrais e que, por fim, declaravam-se bahá’ís.

Um aspecto marcante dessas reuniões, em umaárea onde as mulheres e crianças normalmente não sedestacavam em público, foi sua ativa participação emtodos os aspectos da reunião, incluindo falar e darsugestões. Um dos presentes relatou o seguinte sobrea apresentação de pré-jovens a uma audiência de cercade 300 pessoas:

Uma das coisas que jamais esquecerei sobre aquelareunião foi quando três pré-jovens foram solicitadosa subir ao palco e usar o microfone para compartilharseus sentimentos sobre a participação dos pré-jovensno programa, participação essa que havia sidoaprovada já há um mês. Todos ficaram deslumbradosquando aqueles jovens, demonstrando muitaconfiança, falaram à uma platéia tão grande,relatando suas experiências, onde tradicionalmenteos jovens nessa idade são muito acanhados e incapazesde falar diante de um grande público.

Essas reuniões no agrupamento ajudaram a comu-nidade a seguir avante e expandir-se mais sistemati-camente, cuja experiência, por sua vez, aprimorou ofuncionamento das instituições em operação no agru-pamento. Um crente veterano deu seu parecer sobrea eficácia das reuniões de reflexão:

As reuniões de reflexão deixaram todos osparticipantes muito emocionados, fazendo com quetodos nós alcançássemos um nível bem maior decompreensão sobre as necessidades a serem providase como realizá-las. A interação regular que acontecenessas reuniões assegura que nossos esforços sejambaseados sobre os recursos humanos existentes e queeste enfoque levou ao caminho certo para o sucessoalcançado. O que trouxe maior entusiasmo a todosfoi o fato de que, quando temos de enfrentar algunsdesafios, os mesmos são efetivamente tratados nareunião, onde invariavelmente surgem as soluçõespara resolvê-los em definitivo, enquanto que, antes,costumávamos depender dos outros para superar osdesafios que eram nossos.

Um resultando tangível dessas reuniões é que onúmero de vilas no agrupamento que tinham ativi-dades centrais em ação efetiva cresceu de 3 para 20no Ridván de 2006.

O

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anunciada oficialmente na mensagemde 9 de janeiro de 2001 – o Comitê deEnsino de Área. Este novo órgãoassumiu a responsabilidade de criaçãoe promoção de planos de ensino para oagrupamento, assegurando a multipli-cação das reuniões devocionais,estimulando as visitas aos lares, manten-do atualizados os dados estatísticos,entre outros deveres. Tendo em vista ovasto propósito e alcance de suasfunções, em agrupamentos maisavançados, os secretários dos Comitêsde Ensino de Área – freqüentementedesignados como facilitadores de desen-volvimento do agrupamento – começa-ram a realizar seu trabalho em tempo par-cial e algumas vezes a tempo integral.

Assim como os institutos decapacitação precisaram de coordena-dores adicionais dentro de um agrupa-mento, devido ao aumento das tarefasa realizar, assim também os Comitês deEnsino de Área, em algumas comuni-

Amigos revisando suas metas emuma reunião do agrupamentoKinshasa, Congo.

dades com rápido crescimento, viramser necessário designar pessoas pararepresentar o órgão e ajudar no tra-balho dentro das localidades integran-tes do agrupamento, normalmente paraampliar as atividades do comitê a nívelde bairros e vizinhanças. InúmerosComitês de Ensino de Área tentaramdiferentes enfoques para ampliar seutrabalho de administração do ensinoem áreas maiores, com muitos crentes.Por exemplo, em Costa Rica, umrepresentante foi designado para cada20 localidades em um agrupamento.Esses colaboradores foram treinados eorientados a entender bem a visão doPlano e então voltarem às suas locali-dades para promoverem esta visão nasFestas de Dezenove Dias. Foramtambém solicitados a identificar pessoasque pudessem servir em grupos deensino e também deviam estimular osamigos a comparecerem às reuniões dereflexão do agrupamento. Esquemas

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similares foram implementados emagrupamentos no Quênia e na Índia.Na Mongólia, “grupos de família”foram identificados pelos Comitês deEnsino de Área, os quais os ajudaram apromover as atividades de ensino. Esteenfoque tornou mais fácil o trabalhodentro dos agrupamentos com grandenúmero de crentes, dividindo a comu-nidade em grupos menores, já que aMongólia é um país onde as comuni-cações e os transportes são bem limi-tados.

O significativo alcance de umComitê de Ensino de Área não pode,naturalmente, ser levado a efeito deforma eficaz sem a estreita colaboraçãodos coordenadores de instituto noagrupamento e dos membros de CorpoAuxiliar. Muito foi aprendido sobre aforma pela qual essas agênciascolaboram em conjunto e, ao final doPlano, em todos os 296 agrupamentoscom programas intensivos de cresci-mento, essas entidades se concentravamdiretamente nas tarefas de planeja-mento e implementação. Trabalhandojuntas, essas agências asseguravam queos resultados fossem imediatamenteconsolidados, o aprendizado sistemati-camente alcançado, com os ajustamen-tos apropriados rapidamente feitos eincluídos nos planos para os ciclossubseqüentes.

Um exemplo dos frutos da colabo-ração dessas entidades é dado noseguinte sumário feito pela AssembléiaEspiritual Nacional de Camarões noRidván de 2006:

Considerando o número de recursoshumanos que deviam ser capacitadospara promover essas atividades (istoé, 903 pessoas que haviam com-pletado o estudo do Livro 1, existindo200 facilitadores e 403 professores deaulas para crianças), o maior desafiodos coordenadores, como também deoutras instituições em operação nosagrupamentos, era a mobilização e o

estímulo desses recursos para selevantarem e tomarem iniciativaspróprias. Foi observado que nosagrupamentos onde as instituiçõescolaboraram na organização e narealização das reuniões de reflexão doagrupamento, um número maior derecursos humanos foi levantado paratomarem iniciativas próprias.

Um extraordinário espírito decolaboração foi testemunhado nosagrupamentos Garoua-Boulaï/Ndokayo e Batouri/Kette. Os comitêsde coordenação dos agrupamentos,em colaboração com os coordena-dores de instituto (círculos de estudoe aulas para crianças) realizaram váriascampanhas de instituto de umasemana em inúmeras vilas... onde osfacilitadores precisavam começar oscírculos de estudo. As campanhasforam apoiadas financeiramentequanto ao alimento e a acomodaçãopelos participantes e pelas AssembléiasLocais anfitriãs, que demonstraramque mais e mais os amigos estãoalcançando maior entendimentosobre o andamento das atividades daFé.

Comentando sobre a florescentecolaboração dos membros de CorpoAuxiliar, dos coordenadores de institutoe dos Comitês de Ensino de Área juntoàs raízes da comunidade, a Casa deJustiça afirmou:

Enquanto esses vários componentessão estabelecidos em agrupamentosapós agrupamentos, ainda assimexiste muito a se aprender sobre osfuncionamentos que cada qual irádesenvolver e sobre os relaciona-mentos entre eles. O que importa éque o grau atual de flexibilidade, oqual permite a criação de novosinstrumentos assim que se tornemnecessários, não seja comprometidopara que o esquema da coordenaçãorepresente uma resposta para ademanda do próprio crescimento.44

O significativo alcance de umComitê de Ensino de Área nãopode, naturalmente, ser levado aefeito de forma eficaz sem aestreita colaboração dos coordena-dores de instituto no agrupamentoe dos membros de Corpo Auxiliar.

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Membros de Corpo Auxiliare seus Ajudantes

Um fator essencial no impressio-nante avanço do processo de institutode capacitação foi a ativa colaboraçãodos membros de Corpo Auxiliar comos Grupos Coordenadores de Institutoa nível nacional e regional, e tambémcom os coordenadores de agrupamentoa nível local. Onde foi designado umComitê de Ensino de Área, os membrosde Corpo Auxiliar também traba-lharam lado a lado com os membrosdesse novo órgão. Os membros deCorpo Auxiliar não somente se reuniamcom os coordenadores de agrupa-mentos e com os Comitês de Ensinode Área, compartilhando de orientaçõesbaseadas quase sempre em anos deexperiência trabalhando nos agrupa-mentos, eles também os apoiavam emseu trabalho chamando em sua ajuda oexército de seus ajudantes. De fato, osmembros de Corpo Auxiliar no mundointeiro têm orientado seus ajudantes ase posicionarem sempre na vanguardados crentes completando a seqüênciados cursos e então servindo comofacilitadores.

Durante o Plano de Cinco Anos, osmembros de Corpo Auxiliar inspiraramos amigos a passarem por toda aseqüência dos cursos, seja através deapelos gerais, ou trabalhando direta-mente com os crentes, em especial comaqueles que demonstravam maiorpotencial, estimulando a todos paracompletarem a seqüência dos cursos –o primeiro movimento essencial doPlano. Os membros de Corpo Auxiliarnão estavam intimamente envolvidosnas reuniões nas quais os agrupamentosdesenvolviam seus planos, mas partici-pavam com os amigos em suarealização, desta forma promovendo osegundo movimento do Plano – o pro-gresso dos agrupamentos para alcan-çarem o estágio seguinte de desen-volvimento. Assim é que “os membros

de Corpo Auxiliar trabalham em ambasas frentes para assegurar que os doismovimentos que caracterizam oprocesso de crescimento se desen-volvam livremente”45. Trabalhando emestreita colaboração com os Conse-lheiros, os membros de Corpo Auxiliarpuderam também prover aos amigosuma visão mais ampla, necessária paramanter concentrada a atenção sobre astarefas imediatamente à frente e, aomesmo tempo, infundindo em todas asatividades o espírito da Fé.

Assembléias Espirituais Locais

A Casa Universal de Justiça referiu-se em sua mensagem de 27 de dezembrode 2005 a duas grandes categorias deAssembléias Espirituais Locais e indicouque ambas progrediram durante oPlano de Cinco Anos. As Assembléiasmais fracas começaram gradualmentea assumir suas responsabilidades aoaprenderem “a coordenar atividadesespecíficas do Plano”. As Assembléiashá muito estabelecidas, por outro lado,começaram a mostrar “sinais de umaforça adicional à medida que adotaramuma visão de crescimento sistemá-tico”46. Em muitos agrupamentos domundo ambos os tipos de AssembléiasLocais conviveram lado a lado.

Aquelas Assembléias que tinhamum grau limitado ou baixo defuncionamento se beneficiaram doaprendizado que seus membros recebe-ram através do processo de instituto. Àmedida que o número de crentes ativose capacitados aumentava em umalocalidade, aumentava também onúmero de pessoas capacitadas quepodiam servir eficazmente nas insti-tuições locais. E com os membros dasAssembléias tornando-se mais compro-metidos com a Fé e mais conhecedoresde seus ensinamentos através de suaparticipação na seqüência dos cursos, aqualidade da consulta melhorou

“Os membros de Corpo Auxiliartrabalham em ambas as frentespara assegurar que os doismovimentos que caracterizam oprocesso de crescimento se desen-volvam livremente.”

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naturalmente e foi alcançada uma visãomais ampla de como a Assembléiapodia contribuir para o processo decrescimento. Os crentes tornaram-semais preparados para assumir crescentesresponsabilidades para a eleição de suasAssembléias, as quais, uma vez forma-das, puderam assumir um maior domí-nio dos assuntos da Causa do que atéentão possuíam.

Uma avaliação do progressoalcançado em cerca de 50 agrupa-

Casas Bahá’ís de Adoração

correram muitos desenvolvimentos signifi-cativos associados com as Casas Bahá’ís de

Adoração durante o Plano de Cinco Anos. Asseguintes são algumas dessas notáveis realizações:

Austrália – Contando com o sacrifício degenerosas contribuições dos membros da comuni-dade bahá’í australiana, a Assembléia EspiritualNacional conseguiu adquirir duas grandes áreasde terra com mais de 4 hectares adjacentes aoMashriqu’l-Adhkár. Essas aquisições, juntamentecom a recentemente concluída estrada de novoacesso à Casa de Adoração, abriu caminho paraum desenvolvimento adicional desta área em anosfuturos.

Chile – Um projeto arquitetônico foi aprovadopara a primeira Casa Bahá’í de Adoração da Amé-rica do Sul, a última das Casas de Adoraçãocontinentais. O Templo, projeto do arquitetocanadense Siamak Hariri, será construído emSantiago, no Chile. O arrojado projeto de vidro ealabastro já foi designado como o “Templo de Luz”e foi fruto de reportagens e artigos em proemi-nentes revistas de arquitetura. Sua arquiteturasingular gerou também entusiasmo e o apoio dogoverno do Chile para o projeto do Templo.

Alemanha – Importante trabalho de renovação foifeito na Casa de Adoração em Langenhain para evitardanos de vazamento de água no subsolo, fazer algunsreparos e melhorar as fundações e a aparência doambulatório e escadarias em volta do edifício.

Índia – Um novo centro de informações eatendimento a visitantes foi inaugurado em 2003na Casa Bahá’í de Adoração em Nova Delhi. Emadição a uma galeria com exposições sobre a Fé, olocal conta com um auditório para 400 pessoas, edois outros, menores.

Samoa – Renovações e melhorias foram feitas naCasa de Adoração de Samoa e em sua área externa,em preparação para a comemoração do cinqüen-tenário do estabelecimento da Fé naquele país,evento ocorrido em 2004.

Estados Unidos – O Templo-Mãe do Ocidente,em Wilmette, Illinois, passou por importantesrenovações. Uma delas foi a construção, duranteesse período, de uma piscina iluminada junto àentrada principal do Templo, a qual, embora partedo projeto original do arquiteto, Louis Bourgeois,nunca fora construída. Planos arquitetônicos paraum centro de recepção a visitantes na área da Casade Adoração foram apresentados em 2006.

mentos avançados, feita em meados doPlano pelo Centro Internacional deEnsino, demonstrou que, nascomunidades bahá’ís onde tradicional-mente a capacidade administrativa dasinstituições locais era fraca, umasignificativa porcentagem de Assem-bléias Locais começou a funcionarrelativamente bem. Por exemplo, 6 de10 Assembléias Locais no AgrupamentoEfate, em Vanuatu, e 7 das 8 Assem-bléias na área de Bangui, na República

O

A concepção da arquitetura da Casa de Adoração a serconstruída em Santiago, Chile.

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Centro-Africana, mostraram sinais demelhoria em seu funcionamento. Issoficou evidente pela qualidade dasconsultas e pela habilidade das Assem-bléias de harmonizarem seus assuntoscom as metas do Plano de Cinco Anos.A Assembléia Espiritual Nacional dasIlhas do Havaí relatou que:

Quando as Assembléias EspirituaisLocais e seus membros se envolvementusiasticamente no processo deinstituto, mudanças sensacionaiscomeçam a acontecer. Suas festastornam-se mais animadas e partici-pativas; membros da comunidadecomeçam a dedicar mais tempo à Fé,e há uma mudança marcante na vida

Alcançando o Público em Geralatravés de Livros Bahá’ís

s livros bahá’ís foram pela primeira vezacessíveis durante os últimos anos do ministério

de Bahá’u’lláh quando Seus Escritos foram publicadosna Índia. Desde então, a maior parte da distribuiçãoda literatura bahá’í tem acontecido dentro da própriacomunidade bahá’í. Disponibilidade da literaturabahá’í ao público externo através de livrarias ocorreusomente em casos raros devido à dificuldade deintroduzir títulos bahá’ís na indústria e na comercia-lização de livros.

A comunidade dos Estados Unidos está agoradesenvolvendo esforços bem determinadospara colocar títulos bahá’ís no mercadolivreiro através de uma rede de livrarias,com livros especificamente dirigidos aleitores não-bahá’ís e trabalhando de formapaciente, mas sistemática, com aquelaindústria. Para fazer isso, teve de adotarum enfoque diferente para a publicação ecomercialização dos livros bahá’ís. Pri-meiro, uma nova marca editorial foi criada:BAHÁ’Í PUBLISHING. Edições dos TextosSagrados e outras literaturas bahá’ís padrões,como Bahá’u’lláh e a Nova Era, foramentão reimpressas em formatos atualizadosvoltados a um público em geral. Novas

publicações incluem referências de auxílio aos leitorescomo glossários, notas, sugestões de outras leituras enovas introduções. Ainda mais, inúmeros novostítulos foram especificamente escritos para o públicoem geral. Esses esforços estão começando a dar frutos.

Os livros escritos para leitores não-bahá’ís forambem recebidos por analistas externos. Os seguintessão apenas alguns exemplos:

“Lights of the Spirit (Luzes do Espírito) é umaimportante primeira chave para o atual desenvol-

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O

comunitária, do estilo congregacionalde atividades, cuja tendência é reunir-se sempre em torno de uma sedebahá’í, para um sentido muito maisabrangente de ações, com atividadesse espalhando pelas várias áreas de umdeterminado distrito.

Ecoando os mesmos sentimentos, ocoordenador de instituto do Agrupa-mento Bihar Sharif, na Índia, comen-tou sobre o efeito do processo de insti-tuto em geral, e das reuniões de reflexãoem particular, sobre as AssembléiasEspirituais Locais:

Essas reuniões têm sido responsáveispor grandes transformações. As

A escritora Gwendolyn Etter-Lewis conversa com umapessoa interessada durante a recepção para autógrafo deseu livro: “Lights of the Spirit”.

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AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS

vimento de conscientização de uma ética religiosae a necessidade fundamental da igualdade racial...uma excelente contribuição de leitura altamentevaliosa e recomendada a estudantes de religião,sociologia e a todos os que vivem e buscam aigualdade racial.” (Midwest Book Review sobreLights of the Spirit)

“Cederquist descreve a vida de Bahá’u’lláh deforma bem franca mas como uma obra dramáticae com talento para evocar o ambiente existente naPérsia no século dezenove e os costumes e culturaotomanos.” (Library Journal sobre The Story ofBahá’u’lláh)

“...o enfoque abrangente de Bowers é equilibradopor uma fácil leitura que torna o livro tantoacessível como informativo, uma bem-vindaapresentação da Fé de cerca de seis milhões depessoas no mundo inteiro.” (Publishers Weeklysobre God Speaks Again)

A comercialização de títulos bahá’ís incluiulançamentos com autógrafos dos autores e palestrasem livrarias em todo o país. Um livreiro independenteconhecido nacionalmente escreveu que: “Nós sempreachamos os autores bahá’ís cativantes e informativos,sua presteza em compartilhar seus conhecimentos comnossos clientes visitantes resultaram sempre em

eventos bem-sucedidos, tanto para a livraria comopara a comunidade.”

As vendas cresceram de forma dramática. Duranteo período de 18 meses, desde janeiro de 2004 atéjunho de 2005, aproximadamente 13.000 livrosforam vendidos através do mercado externo de livros.Porém, no período de julho de 2005 a julho de 2006,cerca de 32.000 exemplares foram vendidos –representando 77% de aumento em apenas uma terçaparte de tempo.

Existe um número crescente de ocorrências quedestacam o sucesso desses esforços. Por exemplo, umcomprador em uma livraria, que teve a oportunidadede ouvir uma palestra de um autor bahá’í, começou aparticipar de um círculo de estudos e acabou aceitandoa Fé. Na Califórnia, uma senhora leu alguns livrosbahá’ís que comprara em uma livraria e entãocontatou a comunidade bahá’í para que pudesse tercontato com seus “companheiros bahá’ís”.

A atenção dada pela Assembléia EspiritualNacional dos Estados Unidos a uma bem ampladistribuição de livros bahá’ís e à publicação de novostítulos visando o público em geral, reforça a orientaçãode “voltarmo-nos para o mundo externo” que acomunidade bahá’í se esforçou por demonstrardurante o Plano de Cinco Anos. É um esforço quetraz mais e mais pessoas da sociedade em geral maispróximas da Revelação de Bahá’u’lláh.

atividades se tornaram mais siste-máticas e melhor organizadas....Observamos algo muito interessante:reuniões de reflexão regulares e bemorganizadas inicialmente resultaramem um aumento constante no nívelda iniciativa individual. Porém,posteriormente, descobrimos que,mesmo que esses exemplos de inicia-tivas individuais permanecessem e defato aumentassem, a participação nasreuniões de reflexão dava aos crentesuma maior “consciência comuni-tária”, motivando-os a trabalharemem grupos de uma forma mais efetiva.Esses desenvolvimentos contribuírammuito para a qualidade das atividadesde ensino, que estão atraindo o envol-

vimento entusiasmado e confiante deum número crescente de crentes. Talespírito comunitário está tambémcontribuindo para o fortalecimentodas Assembléias Espirituais Locais.

Tão consistente foi o impacto posi-tivo e profundo da participação nos cur-sos do instituto sobre o funcionamentodas Assembléias Espirituais Locais que,em muitas áreas, esforços especiaisforam feitos pelas agências em operaçãonos agrupamentos para estimular eajudar os membros das Assembléias eos ajudantes dos membros de CorpoAuxiliar a estarem na vanguardadaqueles que completaram a seqüência

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O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados

dos cursos. Lugares onde tais esforçosforam realizados incluem países tãodiversos como o Brasil, Malawi eVanuatu. Relatórios provindos de váriaspartes do mundo indicam que muitasAssembléias tornaram-se mais unidas esuas reuniões mais inspiradoras eprodutivas do que antes. O impacto daimersão sistemática na Palavra de Deus,engendrando habilidades e percepçõesespirituais, pôde ser sentido da formamais variada e do jeito mais prático notrabalho das Assembléias Espirituais.

O sucesso do processo de institutoem levantar novas AssembléiasEspirituais Locais pôde também serobservado em muitos lugares, como noagrupamento Tiriki Ocidental, noQuênia. Ao final do Plano, aqueleagrupamento rural, com muitos crentesanalfabetos e com diferentes idiomasfalados pelos membros da comunidade,contava com 42 Assembléias Locais –todas as localidades tinham sua própriaAssembléia Local. Além disso, à medidaque as antigamente fracas Assembléiasdemonstravam que podiam assumirsuas responsabilidades, os Comitês deEnsino de Área puderam lhes passardeterminadas tarefas do agrupamento.Por exemplo, quando os Comitês deEnsino de Área em Malawi e naMalásia perceberam que uma miríadede atividades de seus agrupamentosestavam além de sua capacidade demonitoramento, pediram às Assem-bléias para assumirem a responsabi-lidade pela multiplicação e apoio àsreuniões devocionais. Esse foco propor-cionou às inexperientes Assembléias aoportunidade de praticar habilidadesadministrativas com sucesso garantido.

Aquelas Assembléias EspirituaisLocais que já tinham um histórico deadministrarem os assuntos de suascomunidades adquiriram “um novoestado mental”47 sobre suas funções,como um resultado dos processos emudanças colocados em ação peloPlano de Cinco Anos. Um primeiro passo

altamente importante que muitasderam foi o estudo intensivo das guiasda Casa de Justiça, algumas vezes sereunindo em fins de semana parapoderem ter bastante tempo paraadquirir um entendimento profundo denovos conceitos. Muitas Assembléiasprecisaram de “um período de ajustes”48

para identificar como iriam trabalharcom a agência do instituto de capaci-tação e mais tarde com o Comitê deEnsino de Área. Nos agrupamentoscom apenas uma Assembléia Local,como o da cidade de Nova Iorque,Estados Unidos, era natural que oComitê de Ensino de Área e ocoordenador de instituto noagrupamento trabalhassem estreita-mente com a Assembléia. Outroexemplo de uma boa colaboração entrea Assembléia Local e as agências emoperação nos agrupamentos ocorreu noagrupamento urbano de Joanesburgo,África do Sul. Muitos agrupamentos,porém, são formados por inúmeraslocalidades com várias Assembléias. Emmuitos casos, as agências em operaçãonos agrupamentos estão aprendendo acolaborar com as Assembléias Locais, edesta forma aumentando a habilidadedas Assembléias em apoiar as atividadesdo Plano, e estimulando-as a tomar suaspróprias iniciativas para reforçar osplanos do agrupamento em suas locali-dades.

Com a multiplicação dos esforçosde ensino e das atividades centrais, acapacidade das instituições também foisendo fortalecida por um númerocrescente de recursos humanos à suadisposição. Os crentes, antigos e novos,foram se tornando mais cooperadorese capacitados para os serviços da Causaà medida que sua fé e confiançatornaram-se mais fortes através do pro-cesso de instituto. Ao tentar aproveitaressa florescente energia, bem comoestimular os crentes a iniciarem ativi-dades, as Assembléias Espirituais Locaisfreqüentemente procuraram provi-

A Casa de Justiça convocou asAssembléias Espirituais Locais amanterem “uma visão do tama-nho potencial de futuras comu-nidades”.

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AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS

denciar apoio prático. Em KualaLumpur, Malásia, por exemplo, com ocrescimento do número de reuniõesdevocionais nos lares, a AssembléiaLocal forneceu fitas cassetes commúsicas bahá’ís e livretos com seleçõestemáticas dos Escritos para seremusados nas reuniões. A AssembléiaLocal de Katong, Cingapura, alugouuma casa onde as reuniões devocionaisda comunidade podiam ser realizadasregularmente. Além disso, em áreasonde ainda não haviam Comitês deEnsino de Área, as Assembléias Locaisalgumas vezes tomaram a iniciativa deorganizar campanhas de ensino basea-das no processo de instituto. Porexemplo, no Brasil, a Assembléia Espi-ritual Local de Canoas organizou umacampanha de ensino sistemática combase em textos do Livro 6, mobilizandocom sucesso os amigos em sua área,resultando em 38 declarações e 600novas pessoas participando das ativi-dades centrais.

A Casa de Justiça convocou asAssembléias Espirituais Locais amanterem “uma visão do tamanhopotencial de futuras comunidades”49.Em um número crescente de agrupa-mentos com apenas uma Assembléia ecom um grande número de crentes, ascidades foram divididas em setores paraum melhor planejamento do trabalhode ensino. Essa setorização “provou sercrucial no planejamento para ocrescimento sustentado”50. Muitascomunidades começaram a realizardiversas Festas de Dezenove Dias, emcada uma dessas áreas menores. Emmuitos casos, a descentralização das

Festas de Dezenove Dias estimulouuma maior e melhor participação, ealgumas vezes criou uma conscien-tização maior das áreas vizinhas. EmCali, Colômbia, os crentes, em todosos setores, estabeleceram metas durantea fase de expansão de seus ciclos deatividade e suas festas setorizadastornaram-se um fórum para consultassobre o progresso de seus planos. A Casade Justiça indicou que os setoresproporcionam a mesma facilidade parauma Assembléia Local que a estruturado agrupamento oferece a uma Assem-bléia Nacional: “Não há nada queimpeça uma Assembléia Local deestimular um enfoque sistemático decrescimento nesses setores, conformelinhas de ação semelhantes usadas emoutras partes com os agrupamentos.”51

! ! !

Ao referir-se às instituições daCausa, a Casa Universal de Justiçaindicou que a “entrada em tropas atuarásobre elas na mesma proporção comque elas atuem sobre esse processo”52.O firme desenvolvimento das insti-tuições e sua crescente maturidade eevolução durante o Plano de CincoAnos já aconteceu de acordo com aafirmativa acima. Ainda assim, com oprocesso de crescimento ganhando cadavez mais ímpeto, existe toda umaexpectativa de que o aprendizado vai seintensificar e uma maior percepção eexperiência serão geradas, lançando luzsobre como as instituições vão “admi-nistrar os assuntos de comunidadescujos membros crescerão a milhares”53.

!

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PROGRAMAS INTENSIVOS DE CRESCIMENTO

T odas as atividades descritas nasseções anteriores, que repre-

sentam esforços graduais, porém siste-máticos, que impulsionam os “doismovimentos complementares dereforço”54 do Plano de Cinco Anos,conduzem ao estágio no qual o cresci-mento num agrupamento pode ocorrernuma taxa acelerada e sustentável. ACasa Universal de Justiça descreveu esteprocesso em sua carta de 27 de dezem-bro de 2005:

O empenho sustentado, por parte doindivíduo, comunidade e instituiçõespara acelerar o processo de institutonum agrupamento, ao mesmo tempoem que contribui para sua marcha deum estágio de desenvolvimento paraoutro, através de meios comprovados,culmina no lançamento de um pro-grama intensivo de crescimento.55

Ao longo dos meados do Plano,foram iniciados os primeiros programasintensivos de crescimento. Durante osdois anos seguintes, uma serie deagrupamentos adiantados, em todo omundo, lançaram programas semelhan-tes, elevando o número a 296 no

Ridván de 2006, uma das maioresrealizações do Plano de Cinco Anos. ACasa de Justiça escreveu que estesagrupamentos de vanguarda têmservido como modelos a seguir e emu-lar. As comunidades abaixo examinadasrepresentam algumas daquelas queestavam na vanguarda deste processo,e assim forneceram a melhor imagem doque pode se obter por meio de “atençãoconcentrada e sustentada”56 aos doismovimentos essenciais do Plano.

Ao introduzir o conceito de progra-mas intensivos de crescimento, na suamensagem de 9 de janeiro de 2001 àConferência do Corpo Continental deConselheiros, a Casa de Justiça declarouque o propósito era “assegurar que aRevelação de Bahá’u’lláh chegasse àsmassas da humanidade e as habilitassea alcançar progresso espiritual e materialpor meio da aplicação dos Ensina-mentos”57. A Casa de Justiça descreveuo programa intensivo de crescimentocomo “direto, simples e eficaz”58. Elesconsistem de “ciclos de atividade, emgeral de três meses de duração cada, queprosseguem conforme as distintas fasesde expansão, consolidação, reflexão eplanejamento”59. Os ciclos seguem umao outro, cada um apresentando aper-feiçoamento em relação aos ciclos ante-riores, bem como novos desafios.

O lançamento de um programaintensivo de crescimento, por agrupa-mento, é uma ocasião digna de come-moração, pois marca a conclusão deanos de dedicado esforço a fim de cana-lizar os recursos necessários para realizarum empreendimento como esse. Seuinício depende das seguintes condições:

Um elevado nível de entusiasmo entreum grupo considerável de crentesdevotados e capazes, que compreen-dam os pré-requisitos de um cresci-mento sustentável e assumam o

Um bahá’í explica as metas dopróximo ciclo de crescimento noagrupamento em Puno, Perú.

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AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS

programa; alguma experiência básica,por parte de algumas comunidades noagrupamento, em realizar aulas deeducação espiritual para crianças,reuniões devocionais, e Festas deDezenove Dias; a existência de umgrau razoável de capacidade adminis-trativa em pelo menos algumasAssembléias Espirituais Locais; oenvolvimento ativo de vários assis-tentes do membro de Corpo Auxiliarna promoção da vida comunitária;um marcante espírito de colaboraçãoentre várias instituições que trabalhamna área; e acima de tudo, a forte pre-sença do instituto de treinamentocom um plano de coordenação queapóie a multiplicação sistemática doscírculos de estudo.60

Quando estas condições estão, final-mente, presentes, as atividades asso-ciadas com um programa intensivo decrescimento requerem “um nível deaplicação que testa a determinação dosamigos”61.

Nos agrupamentos, as dinâmicasmudam à medida que os crentes se

esforçam na direção do estágio deimplementar um programa intensivo decrescimento. Por exemplo, a comuni-dade de Londres, Reino Unido, con-seguia reunir somente um punhado deamigos, em qualquer ocasião, para ascampanhas de ensino, apenas poucosanos antes de lançar seu programaintensivo de crescimento, em 2005.Porém, no seu primeiro ciclo, 155amigos participaram na campanhaintensiva de ensino, uma evidência dotrabalho de base que precedeu o lança-mento. Londres começou seu programade crescimento, como uma comuni-dade bem diferente da que fora a apenaspoucos anos antes. Considerando que,anteriormente, sua capacidade decrescimento era limitada, em 2005, acomunidade de Londres tinha umaorientação visível e uma elevada dispo-sição de ânimo.

Da mesma maneira, os membros deCorpo Auxiliar do agrupamento Auck-land, Nova Zelândia, relataram umaevidente sensação de vibração, nova vida,e crescimento durante o período, levan-

Amigos em Nova Iorque, celebrandoo avanço de seu agrupamento parao estágio “A” de desenvolvimento.

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O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados

do ao lançamento do seu programaintensivo de crescimento, como resul-tado do envolvimento dos amigos noprocesso de instituto. Por meio decampanhas intensivas de instituto, a metade 50 pessoas concluindo a seqüênciade cursos foi alcançada e superada nadata de comemoração da Declaração doBáb, em 2004. Também, durante o mêsanterior ao lançamento do seu pro-grama intensivo de crescimento, umacampanha bem planejada e sistemáticade visitas aos lares foi conduzida emalguns setores desse agrupamento, aqual criou entusiasmo para o ensinointensivo durante a fase de expansão.

A fim de ilustrar programas intensivosde crescimento com maiores detalhes,serão consideradas as seguintes amostrasrepresentativas de cada continente:

Auckland, Nova Zelândia: umagrupamento urbano com 7 Assem-bléias Espirituais Locais e cerca de1.200 crentes no Ridván de 2006.No primeiro ano do seu programaintensivo de crescimento, registra-ram-se 17 novos crentes. Duranteseu segundo ciclo, o número deconvidados participantes nas ativi-dades centrais cresceu de cerca de100 para 190. E em menos de doisanos, o número dos que haviamconcluído o Livro 7 do InstitutoRuhí cresceu de 51 para 86.

Austin, Texas, Estados Unidos: umagrupamento predominantementeurbano, com 9 Assembléias Espiri-tuais Locais funcionando. No Ridvánde 2006, havia cerca de 750 crentes,80 dos quais haviam concluído oLivro 7 e cerca de 300, o Livro 1.Durante o primeiro ano do programaintensivo de crescimento, 50 pessoasabraçaram a Fé, um aumento signifi-cativo em relação aos anos anterio-res. Durante esse ano, quase dobrouo número de amigos envolvidos nascampanhas de ensino, aumentandode 65, no início do segundo ciclo,para 123, no começo do quintociclo.

Battambang, Camboja: um agrupa-mento predominantemente rural,com 6 Assembléias Espirituais Locais.Quando se iniciou o Plano de CincoAnos, o agrupamento tinha cerca de1.700 crentes. No Ridván de 2006,havia cerca de 5.700 (2,3% da popu-lação total). Em 2003, 41 pessoashaviam concluído o Livro 7. Nofinal do Plano, o número tinhasubido para 385. Nos últimos seismeses do Plano, a média de partici-pantes de um ciclo do programa decrescimento era 362 (em média, 61tutores, 66 professores de aulas paracrianças, 50 animadores de pré-jovens, e 42 membros de times deconsolidação).

Londres, Reino Unido: uma grandeárea metropolitana, com 29 Assem-bléias Espirituais Locais e 945 adul-tos e jovens, dos quais cerca de 50%envolvidos no processo de instituto.Durante o primeiro ciclo do seuprograma intensivo de crescimento,foram realizadas 101 visitas aos larese 47 convidados começaram a parti-cipar de círculos de estudo. Nosúltimos 18 meses do Plano, onúmero de aulas para crianças, nosbairros, subiu de 1 para 21; e o

Amigos no agrupamento daGrande Londres consultando pla-nos para o próximo ciclo do seuprograma intensivo de crescimento.

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AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS

número de times de pré-jovens foide zero para 3. O número decírculos de estudo aumentou de 7para 34; e 34 indivíduos aceitarama Fé. No final do Plano, cerca de90 pessoas haviam concluído a sériede cursos.

Mulanje, Malawi: uma área ruralcom 21 Assembléias Espirituais Locaise 1.265 crentes jovens e adultos. Aofim do Plano, mais de 1.000 dessesamigos haviam concluído o Livro1, e 213, o Livro 7. Uma rápidaexpansão das atividades centraisocorreu em menos de dois anos. Porexemplo, o número de aulas para crian-ças cresceu de 20 para 59 entre no-vembro de 2004 e janeiro de 2006.

Murun, Mongólia: um agrupa-mento semi-rural com centro nacidade de Murun, com 4 localidadespossuindo Assembléias EspirituaisLocais. A população bahá’í cresceude 476 na ocasião do lançamentodo programa intensivo de cresci-mento em julho de 2004, para cercade 2.000 no Ridván de 2006 (4%da população total), dos quais, maisde 900 haviam concluído o Livro1, e 190 o Livro 7. Durante os últi-mos sete meses do Plano de CincoAnos, o número de interessados par-ticipando das atividades centraiscresceu de 177 para mais de 400.

Norte de Bolívar, Colômbia: umaárea de pequenas cidades e áreasrurais com 21 Assembléias Espiri-tuais Locais em vários níveis de fun-cionamento. No início de seu pro-grama intensivo de crescimento emfevereiro de 2005, haviam cerca de3.600 bahá’ís no agrupamento. Estenúmero subiu para 4.150 (1,5% dapopulação total) no Ridván de2006. Nessa ocasião, havia aproxi-madamente 800 crianças, jovens eadultos da comunidade geral parti-

cipando de pelo menos uma dasatividades centrais.

Thiruvannamalai (T. V. Malai),Índia: uma área de vilarejos rurais com24 Assembléias Espirituais Locais.No Ridván de 2006, a populaçãobahá’í era de 6.300, o que represen-tava um aumento de 1.300 desde olançamento de seu programa inten-sivo de crescimento. Em média, 360indivíduos abraçaram a Fé durantecada ciclo do seu programa de cresci-mento. Ao fim do Plano, cerca de3.000 pessoas estavam envolvidasno processo de instituto. Mais de 1.700amigos atendiam aproximadamente300 reuniões devocionais no agru-pamento.

Tiriki Ocidental, Quênia: uma árearural com 42 Assembléias Espiri-tuais Locais, das quais 38 funcio-navam plenamente. Ao fim do Plano,havia cerca de 2.500 crentes, dosquais mais de 860 haviam concluídoo Livro 1, e 100 o Livro 7. Cerca de1.100 atendiam às reuniões devo-cionais no agrupamento e 734 crian-ças participavam das aulas paracrianças. Mais de 1.225 convidados,incluindo crianças e pré-jovens,atendiam a pelo menos uma das ativi-dades centrais. Houve 288 novasdeclarações entre o primeiro ciclodo programa de crescimento, emjaneiro de 2005 e o Ridván de 2006.

Membros de um grupo de ensino emAustin, Texas, com três bahá’ís.

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O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados

Instituto Bahá’í MAGDALENE CARNEY, servindovários estados da região sul dos Estados Unidos,

reconheceu a necessidade de dar assistência aos jovenspara se tornarem instrutores permanentes da Fé eservos da humanidade por meio do processo de insti-tuto. Como não se aproveitavam as oportunidades,então existentes, de praticar os conceitos que elesaprendiam, o Projeto Badí foi introduzido na Flórida,em 2003.

Pré-jovens participantes do Projeto Badí, tutoriando criançasda vizinhança num círculo de leitura.

O projeto agrupa jovens na faixa etária dos 15aos 23 anos que tenham completado os três primeiroslivros da série de cursos. Num período de três semanas,em julho, durante as férias de verão, os jovens queainda não haviam concluído a seqüência, têm umaoportunidade de participar dos cursos seguintes, eaqueles que concluíram toda a série são treinados em“liderança moral”. Todos os participantes recebemaprofundamento suplementar e a oportunidade deaprimorar suas habilidades em ensino, como partedo projeto.

O coração do projeto é serviço. Após a primeirasemana, os participantes são enviados a agrupamentosprioritários, na região, onde colaboram com asatividades do instituto. Oferecem-se, também, parainstruir as crianças na leitura. Os círculos de leiturado Projeto Badí se concentram nas crianças dos bairrosonde a população é receptiva – principalmente afro-americanos e imigrantes. Os jovens sentam com seusalunos, à sombra de uma árvore na casa dosestudantes, e transmitem suas lições utilizando tanto

PROJETO BADÍ: Formando Servos da Causa entre Estudantes Colegiais e Universitários

materiais instrutivos bahá’ís, como os da escola dodistrito. Surgem, naturalmente, elos de amizade entreos jovens e as famílias que eles ajudam, criandooportunidades de convidar as famílias para represen-tações teatrais semanais do Projeto Badí, que incluemmarionetes, atos cômicos, cantos e danças a fim deintroduzir temas extraídos dos ensinamentos da Fé.Os círculos de leitura têm se tornado um meio eficazde convidar famílias não-bahá’ís para participaremde outras atividades bahá’ís, em especial, aulas paracrianças e pré-jovens.

Durante os 3 primeiros anos do projeto, o númerode participantes dobrou para 40, dos quais 8participaram todos os 3 anos. O número de criançase pré-jovens educadas na leitura subiu para 140. Nocurso de 2005, os jovens também começaram aalcançar as famílias das crianças contatadas duranteos ciclos dos programas intensivos de crescimento,dando aulas bahá’ís para crianças em suas casas ereinforçando os esforços nos agrupamentos. Foiestimado que mais de 400 crianças, jovens e adultosforam alcançados pelo projeto em 2005. As atividadesdos jovens resultaram em um considerável númerode adesões à Fé.

Especialmente notável é a transformação que sepassa nos jovens que participam, a maioria dos quaisiniciam significantes atos de serviço ao retornarem aseus lares. Os jovens que residem nas áreas do projetocontinuam a trabalhar, sistematicamente, com asfamílias assistidas pelo projeto, ao longo do ano, emcoordenação com os Comitês de Ensino de Área. Amaioria dos jovens segue como anfitriões de fire-sidese reuniões devocionais para seus amigos, formamgrupos de pré-jovens, ensinam crianças, e facilitamcírculos de estudo. Os elos de amizade, criadosdurante o projeto, se prolongam, muito além de umverão, conforme os jovens trocam experiências eencorajam uns aos outros. Um participante escreveu:“Palavras não podem descrever a alegria, a confir-mação e a chama de amor inflamada no meu coraçãopor causa deste projeto. Ser contemplado com estaoportunidade de servir a Bahá’u’lláh e à humanidadeé a maior bênção.”

O

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AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS

A Fase de Expansão

Um ciclo do programa intensivo decrescimento começa com uma fase deexpansão, durando geralmente duas outrês semanas, durante as quais há umperíodo intensivo de atividades de ensino.Especificamente, seu objetivo é “ampli-ar o círculo dos interessados pela Fé, encon-trar almas receptivas, e ensina-las”62. Aforma de expansão nos agrupamentos,no entanto, se desenvolve de váriasmaneiras. A Casa de Justiça explica quea maioria dos agrupamentos se enqua-dra em dois padrões distintos, e queestes geralmente “definem a natureza dafase de consolidação”63:

Nos lugares onde a população temdemonstrado, tradicionalmente, umalto nível de receptividade à Fé,espera-se uma rápida afluência denovos crentes... Em outros agrupa-mentos, pode não haver muitas decla-rações durante a fase de expansão,especialmente nos primeiros ciclos, ea meta é aumentar o número dos quequerem participar das atividadescentrais.64

Em ambos os tipos de agrupa-mento, antes de iniciar a fase deexpansão, há consulta e planejamentoentre os membros de Corpo Auxiliar,coordenadores do agrupamento e oComitê de Ensino de Área. Então, éapresentado um amplo esboço do planona reunião de reflexão do agrupamentodurante a qual os participantesformulam ações específicas e deter-minam metas a serem alcançadas. Damesma maneira, o ciclo termina comuma reunião de reflexão a fim de ana-lisar o que foi feito, tirar lições dos últi-mos três meses e considerar quais passosprecisam ser dados para aperfeiçoar asfases de expansão e consolidação nociclo seguinte.

Se os agrupamentos refletem o pri-meiro ou o segundo padrão de cresci-

mento, o que determina a fase deexpansão de um programa intensivo decrescimento de outros períodos detempo no ano, é a intensidade dosesforços de ensino, quando os indiví-duos bahá’ís ou os grupos de ensinoconcentram sua atenção diária em atrairalmas à Fé. Os recursos espirituais dacomunidade são direcionados, de umaforma concentrada, em encontrar almasreceptivas. Durante o tempo designadopara a campanha de ensino, mesmoaqueles que não participam direta-mente, oram para o sucesso do trabalhoque está sendo feito e oferecem outrasformas de ajuda.

Em algumas comunidades, como ado Norte de Bolívar, na Colômbia, osamigos freqüentemente conseguemdispensa do trabalho ou da escola,deixam de lado suas atividades diáriasdurante a fase de expansão a fim dededicar todo o seu tempo para o ensino.Para aqueles que não têm a possibi-lidade de conseguir tanto tempo dispo-nível como gostariam para dedicar aoensino, existe ainda a consciência danecessidade de ensinar através de suasatividades normais de vida. O ensino,na verdade, torna-se a “paixão domi-nante”65 de suas vidas. Os amigos emLondres, Reino Unido, descobriramque seu desejo de participar do períodointensivo de ensino lhes impulsionavafortemente a serem mais ousados e nãodeixarem passar nenhuma oportunidadeque tivessem para compartilhar a

Um grupo de ensino em ação emPorto Rico.

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O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados

Mensagem com terceiros. No andamentodesse processo conseguiram inumeráveisconfirmações que lhes deu ainda maiscoragem para continuarem ensinando.

Outro aspecto chave da fase deexpansão, não importando o padrão daforma de recebimento de novas decla-rações, é que as atividades de ensinodecorrem das práticas dos cursos doinstituto.

Embora essa fase possa incluir algumelemento de proclamação, não deveser vista como um tempo para pro-mover alguns eventos com estafinalidade que meramente informamsobre a Fé. A experiência recomendaque quanto mais direto é o enfoquedo ensino, e quando os métodos estão

alinhados com a capacidade adquiridaatravés do estudo dos cursos do insti-tuto, mais compensadores serão osresultados.66

Por exemplo, quando os grupos de ensi-no em T. V. Malai, Índia, promovemreuniões nos bairros e vizinhanças, elesnão estão realizando apenas reuniõesintrodutórias da Fé. Mais ainda, empre-gam métodos aprendidos nos cursos doinstituto sobre como atrair as pessoaspara as reuniões, tais como, apresen-tando a Fé em conversações, ou compar-tilhando os ensinamentos durante umavisita a um lar de amigos, de parentes,de vizinhos e de companheiros de tra-balho. Os crentes aplicam o que apren-deram com relação aos temas que apre-sentam e como introduzí-los em suasreuniões de ensino em seus bairros evizinhanças. Em numerosos casos, osamigos relatam que a qualidade de seuensino e a forma de compartilhar a Men-sagem Bahá’í melhoraram extraordina-riamente desde os anos anteriores.

Em agrupamentos onde a meta eraaumentar o número de participantesnas atividades centrais, os crentes come-çaram a perceber que seus amigos e vizi-nhos normalmente exigiam um ensinoe uma consolidação sem pressa, sendonecessária muita paciência, a fim demelhor orientá-los a como aceitarem aFé. Em Auckland, Nova Zelândia, porexemplo, mesmo com o seu quintociclo de programa de crescimento tendoalcançado um resultado dramático noaumento do número de participantesnas atividades de ensino (170), seu sucessofoi melhor confirmado pela atração de 42buscadores para as atividades centrais.

Um elemento importante da fase deexpansão em muitos dos programasintensivos de crescimento foi a mobi-lização dos grupos de ensino. Emborao ensino individual continue a ser ofator principal do trabalho de expansão,os grupos de ensino têm demonstradoos frutos que podem ser colhidos

Crentes em Metro Manila,Filipinas, identificando recursoshumanos em seu agrupamento.

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AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS

Grupos de Ensino se Fortalecemcom o Poder Decorrente do Trabalho em Grupo

uanto mais e mais relatos das atividades degrupos de ensino em programas intensivos decrescimento são registrados, mais evidente se

torna quão mais eficaz se tornam os instrutores capaci-tados ao trabalharem juntos, lado a lado, uns com osoutros. A seguinte história de um grupo de ensinoem Burkina Faso ilustra bem como o ensino podetornar-se audacioso quando realizado em grupo:

Ser parte de um grupo dá à pessoa coragem parafazer o que jamais faria sozinha. Durante o segundociclo de ensino em nosso agrupamento, quando nosencontramos pela primeira vez, chegamos àconclusão que havíamos exaurido nosso círculo sociale por isso decidimos criar um novo. Um casal denosso grupo escolheu um grupo de jovens com osquais se encontrava todas as noites para um chá, numlocal próximo de sua casa. Resultou que seis dosjovens ficaram muito sensibilizados e felizes emparticipar de um fire-side e de uma reuniãodevocional, atividades mantidas na casa do casal. Aospoucos, surgiu a idéia de um círculo de estudos, oque logo aconteceu com dois dos jovens, os quaisparticipam regularmente.

Aprendendo a trabalhar juntos, os grupos desco-briram que podiam aumentar o âmbito de suas ativi-dades ao juntarem as forças que cada um, indivi-dualmente, trazia para o grupo como um todo. O relatoseguinte sobre o aumento da capacidade de um grupovem da Austrália:

Nosso grupo desenvolveu suas experiências iniciaisno ensino através dos contatos feitos por telefonecom pessoas interessadas que ligavam para o númeroque tínhamos na lista telefônica da comunidade deBrisbane e que queiram informações sobre a Fé.

Desde então, temos usado todos os ciclos decrescimento para aumentar o âmbito e a profundi-dade de nosso trabalho, utilizando não somente ashabilidades que adquirimos através dos cursos doinstituto, mas também de nossos próprios interessese temperamentos. No primeiro ciclo, começamosreuniões devocionais com o grupo que estudava oLivro 1 (do qual uma pessoa aceitou a Fé). Nosegundo ciclo, começamos outro círculo de estudosdo Livro 1 (com dois participantes se declarando).No terceiro ciclo, estaremos começando o estudo doLivro 1 com um terceiro grupo, bem como atividadescom pré-jovens e iniciaremos o estudo do Livro 4com aqueles dos dois grupos iniciais que não sedeclararam bahá’ís, membros de nossa comunidadede interesse.

Entendemos também o potencial de força einteresse dos outros participantes. Vimos, porexemplo, que um de nós era excelente em fazercontatos e conseguir de imediato a aceitação doscontatos em participarem em alguma de nossasatividades centrais. Outro membro gostava de atuarna consolidação e no estímulo a relacionamentosentre as pessoas. Um terceiro membro adorava levarnosso grupo a novas áreas de ação dentro do agrupa-mento. Nosso grupo, agora, distribui sua agenda detrabalho entre os vários integrantes, dando a cadaum a tarefa que mais gosta de fazer, realizando-acontente e feliz.

Um integrante de um grupo de ensino na Irlandaexpressou de uma forma tocante a importância dotrabalho em grupo:

O que aprendi é sobre o poder existente num grupo.O processo utilizado por um grupo realmentesistematiza o trabalho de ensino. Houve ocasiões emque minha energia estava realmente esgotada e eume sentia desencorajado, mas através do processode leitura dos Escritos Sagrados e reflexão conjuntado grupo minha energia foi renovada.

através de uma ação coletiva. Freqüen-temente, os grupos trabalham em paresou em pequenos números, e durante todaa fase de expansão eles se reúnem regular-mente para consultar sobre o progressode seus esforços individuais ou coleti-vos. Os membros dos grupos oram juntos,

trocam informações sobre suas experiên-cias, estudam para aprenderem mais efazem as práticas recomendadas noscursos de instituto, atraindo, com tudoisso, confirmações para seus esforços.

Talvez alguns dos mais bem organi-zados grupos de ensino sejam os exis-

Q

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tentes em Tiriki Ocidental, um agrupa-mento no Quênia. Após aprenderem pelaexperiência que nem todos os grupos,ou alguns de seus integrantes, não eramigualmente ativos, eles começaram aformar grupos que refletissem umequilíbrio entre ativos e menos ativos.Cada grupo de cinco ou seis membrostinha um líder designado que respondiaàs agências e instituições em operaçãono agrupamento. Também, cada grupocontava com pelo menos um membroque havia concluído o Livro 7, portantoqualificado para atuar como facilitador.Contava igualmente com um membroqualificado para dar aulas às crianças eoutros que se mostravam até ansiosospara ensinar, após terem concluídoalguns dos livros do instituto. Ajudamuito também se um dos integrantesdo grupo tem experiência em apresentara Fé a buscadores. Esses grupos eram,então, capazes de atender de formaintegral a todas as necessidades apresen-tadas por aqueles aos quais ensinavam,com isso atraindo muitas pessoas à Fé.

Em Londres, num agrupamentobem diferente do estilo de ação deTiriki Ocidental, os amigos aprende-ram que seria benéfico assegurar que osmembros dos grupos de ensino vives-sem bem próximos uns dos outros e quecada grupo tivesse um membro quehavia completado toda a seqüência doscursos. Tanto em Londres como em

Tiriki Ocidental, os grupos de ensino,no início, consistiam de um grandenúmero de participantes, mas depoisdescobriram que grupos menoresoferecem a oportunidade de pratica-mente todos se engajarem diretamentenos contatos de ensino. Ao final doPlano, a formação de muitos dos gruposda média dos nove agrupamentosexperimentais era feita com base na áreaonde os membros viviam. Eles se reu-niam e combinavam juntos as ativi-dades a realizar em seu próprio bairroou em vizinhanças próximas.

A extensão do serviço dos grupostambém variava. Em Malawi e naColômbia, os grupos ficavam juntosapenas por um breve período da fasede expansão intensiva. Mas em outrosagrupamentos foi decidido ser impor-tante que continuassem atuando juntos.Os novos crentes e os buscadores emgeral se entendiam melhor e com maisconfiança com aqueles que os conta-taram pela primeira vez na fase deexpansão e continuavam assim tambémna fase de consolidação. Ainda mais,trabalhando juntos por um longoperíodo de tempo, os próprios grupostornavam-se mais sistemáticos e maismotivados. Eles desenvolviam umritmo de ensino que os fortalecia indivi-dualmente e gradualmente levava amaiores resultados.

Os métodos de ensino durante a fasede expansão variavam, muitas vezesrefletindo a natureza do agrupamentoe da experiência de anos anteriores. NoQuênia, o ensino é feito em feiras livrese ao longo das estradas, porque apopulação está bem acostumada comas pessoas falando com elas sobrereligião naqueles locais. Em paísesocidentais, os fire-sides continuamsendo um método eficaz para ajudar osbuscadores em suas buscas espirituais,e geralmente os levam a aceitarem oconvite para ingressarem em um círculode estudos. Durante o primeiro ciclode seus programas intensivos de cresci-

Uma reunião devocional emKawangare, Congo.

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AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS

Amigos em Murun, Mongólia,avaliando os resultados de suascampanhas de ensino.

mento, os amigos em Auckland, porexemplo, mantinham 33 reuniões fire-sides.

Visitas aos lares, um enfoque quese tornou amplamente utilizado comoprática do Livro 2, provou ser umimportante enfoque de ensino na fasede expansão de virtualmente todos ostipos de agrupamento. Na Colômbia ena Mongólia, grupos de ensinovisitaram os pais não-bahá’ís dascrianças que participavam regularmentedas aulas bahá’ís. No Quênia, durantea fase intensiva, os grupos de ensino iamde porta em porta, visitando as famíliasem suas próprias vilas. Em Austin, noTexas, a comunidade constatou ser avisita aos lares um meio fácil e bemrecebido para contatar as pessoas,porquanto faz parte da cultura daregião, visitá-las.

Em todos os nove agrupamentosanalisados, os crentes inicialmentefocalizavam seus esforços de ensinonaquelas pessoas com as quais já tinhamalgum conhecimento. Na Índia, osprimeiros a serem ensinados eram osmembros da família dos crentes. NaNova Zelândia, nos Estados Unidos eno Reino Unido, amigos, vizinhos ecompanheiros de trabalho eram os maispreferidos para o início da fase intensivade ensino. Altamente compensador eestimulante foram as iniciativas toma-das pelos crentes das Ilhas do Pacíficoque viviam na comunidade deAuckland, que se levantaram para ensi-nar primeiro a seus conterrâneos queviviam em Auckland. Hoje, muitos des-ses agrupamentos avançados confiamcada vez menos em eventos para atraí-rem pessoas à Fé, dedicando mais tem-po aos contatos diretos com as pessoas.

As reuniões devocionais tornaram-se um portal vital para novos crentes eforam realizadas em grandes númerosdurante a fase de expansão nessesagrupamentos analisados. Em T. V.Malai, na Índia, quando da conclusãodo Plano, durante o sexto ciclo de seu

programa intensivo de crescimento,existiam cerca de 300 reuniões devocio-nais com a participação de cerca de 800buscadores, ou seja, 65% do total dosparticipantes. Os amigos nessa área ado-ram decorar suas casas com flores eluzes, para a realização dessas reuniõesespeciais. Algumas das agências dosagrupamentos estão provendo apoiotangível para estimular tais reuniões.Em T. V. Malai, as agências do agrupa-mento criaram um convite especial paraas reuniões devocionais que os bahá’ísanfitriões usam para convidar seuscontatos. As agências do agrupamentode Tiriki Ocidental, também provêemconvites impressos para ajudar os cren-tes que realizam reuniões devocionais.

Os resultados da fase de expansãoem países que têm “tradicionalmentemostrado um elevado grau dereceptividade”67 foram substanciais. Aspessoas no Camboja estavam sedentasde espiritualidade e prontamente tor-naram-se bahá’ís. Durante todo o Plano,Battambang alcançou a cifra de 1.000novos bahá’ís por ano. A Índia rural foitambém um grande celeiro de novosbahá’ís. Um membro de Corpo Auxiliarde T. V. Malai relatou que o agrupa-mento tinha poucas pessoas envolvidasnas atividades centrais porque muitasdelas haviam declarado sua fé emBahá’u’lláh tão logo dela foraminformados. Em tais áreas onde o

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Um amigável sorriso dá boas-vindas a bahá’ís que faziamcampanhas de visita aos lares emVancouver, Canadá.

interesse na Fé muitas vezes ultrapassaa mão-de-obra disponível para atenderadequadamente às demandas, cálculosatentos tiveram de ser feitos antes dolançamento de um ciclo no programaintensivo de crescimento, previsões, porexemplo, de quantas novas pessoaspodiam ser atendidas, e que a campa-nha de ensino terminasse quando talnúmero fosse atingido. Os grupos deensino em Battambang precisavam deapenas um ou dois dias de ensinointensivo no início de cada ciclo paragerar um número suficiente de novosbuscadores e declarantes para manteros bahá’ís engajados no trabalho de conso-lidação pelo tempo restante do ciclo.

Em agrupamentos onde a fase deexpansão se focou em um crescentenúmero de pessoas interessadas pelasatividades centrais, as declaraçõesocorriam durante as campanhas deensino e esses resultados normalmenteultrapassavam o crescimento alcançadono último ano. O crescimento emagrupamentos como os de Auckland,Austin e Londres, foi aumentado ereforçado durante a fase de consolida-

ção, porquanto o ensino continuouininterrupto “nutrindo o interesse dosbuscadores e acompanhando-os em suabusca espiritual até que eles... (eram)confirmados em sua fé”68.

Universalmente, os crentes emtodos esses agrupamentos avançadosaprenderam a confiar no poder da ora-ção e da ajuda divina, especialmentedurante a fase de expansão de cada ciclo.Em Austin, os bahá’ís foram estimu-lados a preparar uma lista com os nomesdaqueles pelos quais iriam orar durantetodo o ciclo. Os amigos relataram quehaviam testemunhado o poder da ora-ção durante esses ciclos, pois surpreen-dentes oportunidades para comparti-lharem a Mensagem de Bahá’u’lláh lhessurgiam quase que diariamente.

A Fase de Consolidação

Em áreas que passaram pelaexperiência de “um rápido influxo denovos crentes”69, o objetivo primário dafase de consolidação era “levar uma boaporcentagem de novos crentes aoprocesso de instituto, de forma a queum grande potencial de recursoshumanos... estivesse disponível emciclos futuros, para sustentarem ocrescimento”70. Em Norte de Bolívar,foi observado que quando os novosparticipantes do Livro 1 em círculos deestudo tiveram pela primeira vez a visãodo tipo de conhecimento que teriamcom a seqüência dos cursos, que nãoera simplesmente um único livro, e selhes fosse também explicado que iriamreceber treinamentos específicos comoum elemento prático de cada curso, osparticipantes demonstravam maiorinteresse em continuar através daseqüência completa.

Essencial aos esforços de consolida-ção foram os facilitadores. Não somentevital que o número de facilitadores fossecomensurável com o número de busca-dores e de novos crentes desejando

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AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS

Jovens em Battambang, Cambodia,revendo temas de aprofundamentopara a preparação de visitas aoslares dos novos crentes em seu agru-pamento.

passar por toda a seqüência dos cursos,mas foi também vital que os facilita-dores estivessem comprometidos enutrindo essas almas até sua confirma-ção na Fé e elas mesmas trilhandotambém o caminho do serviço. Algunsdos facilitadores mais eficientes foramaqueles que acompanharam seus parti-cipantes desde o início do Livro 1 até ofinal do Livro 7, trabalhando com elesombro a ombro em todo o caminhopara realizarem os elementos práticosdos cursos. Através deste processo, nãosomente foi a consolidação feita commaior sucesso, como também os recur-sos humanos do agrupamento foramaumentados, possibilitando ainda aosamigos, ensinar e consolidar muitoscrentes. Em Murun, por exemplo, osnovos crentes eram de imediato convi-dados para participarem dos cursos deinstituto e muitos deles já haviamcompletado o Livro 1 até o término dafase de consolidação. Os coordenadoresde instituto em Tiriki Ocidental traba-lharam estreitamente com os facilitadoresdos círculos de estudo para assegurar asua continuidade. Eles realizavam issoatravés de visitas regulares aos círculosde estudo e pedindo aos facilitadorespara determinarem as datas de início e

as datas previstas para a duração de cadacurso. Relatos de todos os nove agrupa-mentos analisados indicaram quequando os buscadores ou os novos cren-tes eram amigos ou parentes dos bahá’ís,havia mais facilidade para apoiar essasalmas ao longo de sua jornada espiri-tual.

As visitas aos lares provaram ser umimportante elemento de consolidaçãodos novos crentes e buscadores. Emcasos onde as pessoas não podiamparticipar dos círculos de estudo ou doscursos centrais, as visitas aos lares eramrealizadas para compartilharem temasde aprofundamento e preparar os novosbahá’ís para uma eventual entrada noprocesso de instituto. Em 2006, emBattambang, foram organizados 42grupos de visita aos lares, com 184participantes, para a fase de consoli-dação. No agrupamento Norte deBolívar, os grupos de consolidaçãoseguiam imediatamente atrás dosgrupos de ensino. Em Mulanje, osgrupos de visita aos lares continuarama interagir com aqueles que haviam sidoensinados sobre a Fé durante o cicloanterior e os facilitadores os contatavampara estimulá-los a participarem dasatividades centrais. Em consulta com o

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Tutores reunidos em um “encontrode tutores” em Murun, Mongólia.

Comitê de Crescimento de Área, oscoordenadores de instituto designaramfacilitadores e professores de aulas àscrianças para os novos contatos e novoscrentes. Por esta razão, os líderes dosgrupos de ensino receberam a responsa-bilidade de manter informaçõesdetalhadas sobre aqueles que eram ensi-nados. Em muitos de outros agrupa-mentos, a expectativa era que aquelesque inicialmente faziam contatos comum novo crente ou buscador conti-nuasse a nutrir aquela pessoa. Atravésdo acompanhamento feito, 57% dosadultos e jovens recém declarados emMurun entraram em programas doinstituto e uma porcentagem similar decrianças e pré-jovens dessas famíliascomeçaram a freqüentar as aulasbahá’ís.

Além de ser um importante elemen-to das fases de expansão e consolidaçãoem uma grande variedade de agrupa-mentos, as visitas aos lares estão influ-enciando outros enfoques há muitoutilizados para a consolidação comu-nitária. Por exemplo, em Londres, emvez de convidar o novo crente para umareunião com a Assembléia EspiritualLocal para dar as boas-vindas ao novobahá’í, foi constatado que esses amigosrespondem melhor quando recebem

uma visita em seus lares de represen-tantes da Assembléia. Relatórios domundo inteiro indicam que buscadorese novos crentes pedem aos visitantespara voltarem a visitá-los. Em inúmerosagrupamentos com programas inten-sivos de crescimento, os bahá’ís quehaviam completado o Livro 2 alegre-mente uniram-se aos grupos para visi-tarem os novos crentes.

Na fase de consolidação, a atençãodas instituições e das agências em umagrupamento interrompiam o ensinointensivo para assegurar que as neces-sidades espirituais dos novos crentes,dos buscadores e suas famílias fossemmelhor atendidas. Isso exigia organi-zação e um registro de informações bemfeito para que ninguém fosse esquecido.Os grupos de ensino, apoiados pelosComitês de Ensino de Área, provaramser particularmente eficazes na conti-nuidade dos contatos feitos, registrandoa natureza das interações e persona-lizando o enfoque de ensino às pessoasque demonstrassem algum interesse pelaFé. Em agrupamentos que obtiveramapenas um limitado número de decla-rações durante a fase de expansão, a fasede consolidação foi caracterizada porum foco em ensino sistemático de pes-soas participando das atividades centraise de fire-sides. Na realidade, o ensinopessoal continua através de todo o ciclode um programa intensivo de cresci-mento em todos os tipos de agrupa-mento, mas o foco na fase de consoli-dação é diferente. Uma das coisasaprendidas em Tiriki Ocidental foi quemesmo que o buscador ou o novocrente possa ter começado a participardas atividades bahá’ís, não significa quenão precise de ensinamentos adicionaisusando-se temas dos cursos do instituto.

Em agrupamentos como os deLondres e Austin, a comprovação realdo sucesso da expansão durante o pro-grama intensivo de crescimento veio aofinal da fase de consolidação, já que énessa fase que ocorre a maioria das

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AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS

Uma reunião de reflexão noagrupamento Mulanje, Malawi, éfeita à protetora sombra dasárvores.

declarações, após um ensino diligentee sistemático, mais do que nas campa-nhas de duas semanas de expansão. Masas atividades intensivas de expansãoresultaram em um acervo de buscadoresbem maior do que em anos anteriores.Por fim, o crescimento no agrupamentode Londres durante o primeiro ano deseu programa intensivo de crescimento– 30 novos crentes – foi mais do triplodo nível de crescimento durante o anoanterior. Embora o número possaparecer modesto, comparado comaqueles agrupamentos com populaçõesaltamente receptivas, de qualquer formarepresenta uma vitória real para aquelacomunidade e despertou a confiançanos crentes da eficácia de seus esforços.A comunidade de Austin, também, teveuma experiência muito animadora, umaumento dramático no número dedeclarações logo que começou seu

programa intensivo de crescimento, de10 para 40 novos bahá’ís em um ano.

Outra característica desses agrupa-mentos avançados é que muitas dasatividades do Plano de Cinco Anos esta-vam sendo realizadas predominante-mente por jovens e pré-jovens. Asinstituições descobriram que o processode instituto era um caminho natural esatisfatório para canalizar a energia e oidealismo dos jovens. Um exemplobrilhante da juventude atuando ativa-mente junto a outros jovens e aquelesmais jovens que eles, pode serencontrado em Austin, sede daUniversidade do Texas. Os estudantesbahá’ís da universidade desenvolveramuma orientação voltada para a comuni-dade não-bahá’í e um enfoque sistemá-tico no trabalho do Plano que incluíareuniões devocionais, círculos de estudoe fire-sides no campus universitário.

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Uma bahá’í faz um relatóriodurante a reunião de reflexão noagrupamento da Grande Monrovia,Libéria.

Pré-jovens de Asli fazem umaencenação no Centro Bahá’í doAlto-Camarões, Malásia.

Além disso, organizaram e realizaramaulas de educação bahá’í às criançascarentes de um bairro próximo,mantendo-a ano após ano. Ao final doPlano, esses mesmos jovens universi-tários foram capacitados a atuaremcomo animadores de grupos de pré-jovens, iniciando então atividades comessa faixa etária de moradores.

Conforme orientado pela Casa deJustiça em sua mensagem de 27 dedezembro de 2005: “Qualquer que sejaa natureza do agrupamento, é impe-rativo que se dê toda a atenção às criançase aos pré-jovens em todas as partes.”71

Muitos dos agrupamentos avançadospossuem aulas bem organizadas paracrianças, supervisionadas pelos coorde-nadores de agrupamentos. As aulas emT. V. Malai são tão numerosas – 115servindo 952 crianças – que existe umcoordenador especial para as classes deaulas, o qual é ajudado em sua funçãopor monitores de aulas para crianças navila ou nas áreas vizinhas. São realizadasregularmente oficinas de treinamentoe de recapitulação para os professores,mas existem reuniões de professores emáreas menores dentro do agrupamento.Em Tiriki Ocidental, o coordenador deaulas para crianças viaja para visitarmais de 100 classes de aula, muitas vezessem aviso prévio, e além disso realizareuniões trimestrais com os professores.As Assembléias Espirituais Locais noagrupamento começaram a assumir um

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AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS

papel bem mais amplo na busca deprofessores e para assegurar a conti-nuidade regular das aulas. Outrosucesso nesse agrupamento tem sido amobilização daqueles que completarama capacitação para ensinar às crianças.Ao final do Plano mais de um terçodaqueles que foram capacitados estãoefetivamente lecionando aulas para ascrianças.

A comunidade de Battambangcomeçou seus modelos sistemáticos dedesenvolvimento antes do Plano deCinco Anos trabalhando com pequenosgrupos de pré-jovens, os quais, atravésde carinhosa atenção, foram nutridosde forma a se tornarem recursos huma-nos capazes de ajudar eficazmente noprogresso alcançado em seu programaintensivo de crescimento. Em 2006, aquarta onda de pré-jovens havia seengajado no programa. Battambang éum exemplo vívido do enfoque queutiliza as raízes da comunidade para aconstrução de comunidades, conformeexpresso nas seguintes palavras da CasaUniversal de Justiça:

O que se tornou especialmente apa-rente durante o presente Plano deCinco Anos foi a eficácia dos pro-gramas educacionais que objetivam oempoderamento espiritual dos pré-jovens. Quando acompanhadosdurante três anos através de um pro-grama que aumente sua percepçãoespiritual e encorajados a adentrar aseqüência básica de cursos do insti-tuto na idade de 15 anos, esses jovensrepresentam um vasto reservatório deenergia e talento que pode ser devo-tado ao progresso da civilização mate-rial e espiritual.72

Fase de Reflexão e Planejamentopara o Ciclo Seguinte

A Casa de Justiça afirmou que: “Achave para o progresso de um programaintensivo de crescimento é a fase

dedicada à reflexão, na qual as liçõesaprendidas em ação são articuladas eincorporadas nos planos das fases deatividades seguintes.”73 Próximo do fimde cada ciclo de um programa intensivode crescimento deve ser feita umaanálise das fortalezas e carências noagrupamento, em reunião entre oscoordenadores de instituto do agrupa-mento, os membros de Corpo Auxiliare seus ajudantes e o Comitê de Ensinode Área, agências que atuam no agrupa-mento. No agrupamento Norte deBolívar, o Comitê de Ensino de Áreareunía-se a cada duas semanas paraacompanhar e dirigir o trabalho. Emtodos os agrupamentos analisados eaqui mencionados, ao chegar o final dafase de consolidação, as agências emoperação no agrupamento completa-vam a coleta de dados e reuníam-se paraanalisá-los e planejar o próximo ciclo,com base no estudo das estatísticas doagrupamento e uma avaliação realistadas capacidades dos amigos para acontinuidade do avanço do agrupa-mento à sua fase seguinte.

As agências no agrupamento tam-bém dedicavam grandes esforços paraplanejar com antecedência todos osaspectos das reuniões de reflexão esistematicamente promovê-las. EmAustin, foi instalado um serviçotelefônico que deixava um recado gra-vado sobre a próxima reunião de refle-xão, que era transmitido a todos os laresbahá’ís. No agrupamento Mulanje, osmembros das agências em operação noagrupamento visitavam os crentespessoalmente, instando-os a partici-parem. O agrupamento T. V. Malaipossuía um ou dois crentes em cada viladesignado para divulgar as reuniões dereflexão.

Compartilhar o aprendizado e a for-mulação de planos simples eram entãoo foco da reunião de reflexão. Uma dascaracterísticas que talvez distinguem osagrupamentos mais avançados daquelesem estágio ainda menor de desenvol-

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vimento era a qualidade das reuniõesde reflexão. Os amigos em TirikiOcidental aprenderam que essas reuniõeseram mais eficazes quando havia umequilíbrio entre as consultas mais sériase a alegria gerada com as menções àsrealizações alcançadas no último ciclo.Os crentes em T. V. Malai tambémaprenderam a tornar as reuniões maiscurtas e mais simples, com menosapresentações e mais tempo paraconsultas e compartilhamento deexperiências. Em muitos desses agrupa-mentos, as grandes reuniões eramdivididas em grupos menores de acordocom as áreas onde os amigos viviam,um enfoque que, além de facilitar asconsultas, orientava os crentes a realiza-rem suas atividades de ensino e consoli-dação em áreas mais próximas de onderesidiam. Mulanje, por exemplo, foisubdividida em três zonas e os amigosconsultavam com aqueles participantesda sua mesma zona.

As crianças e os pré-jovens traziam umespírito alegre e entusiasmado a essasreuniões, apresentando o que haviamaprendido em suas aulas bahá’ís,normalmente recitando Textos Sagradose alguma pequena apresentação teatral.As apresentações dos participantes decírculos de estudo davam vida nãosomente às reuniões de reflexão dosagrupamentos T. V. Malai e emMulanje, como também em outraspartes da África, com seus números decanto e danças tradicionais. Londresinclusive apresentava filmes de curta-metragem produzidos para suas reu-niões, contendo testemunhos dos inte-grantes dos grupos de ensino e tambémde buscadores, como uma forma maiseficiente de trocar experiências e esti-mular o aprendizado.

O coordenador de instituto doagrupamento Norte de Bolívar talvezconseguiu encontrar a chave para osucesso dessas reuniões em agrupa-mentos avançados observando seremelas, momentos de celebração das

realizações feitas e do fortalecimentoalcançado, e nunca reuniões nas quaisse levantavam problemas ou se discu-tissem as razões de eventuais fracassosencontrados, algo que deve ser tratadointernamente pelas agências em ope-ração no agrupamento. As reuniões dereflexão não devem desencorajar quemquer que seja, devendo os amigos, aotérmino das mesmas, delas saírem bementusiasmados e ansiosos por servir.

Pioneirismo e Viagens de Ensino

Pioneiros, tanto de frente internacomo os internacionais, exerceram umpapel preponderante no estabeleci-mento de programas intensivos decrescimento. Em sua mensagem de 9de janeiro de 2001, a Casa Universalde Justiça reiterou a necessidade depioneiros e de instrutores viajantesdurante o Plano de Cinco Anos, masconclamou-os a partirem para o campode serviço munidos de uma formadiferente: “as metas podem ser ganhascom relativa facilidade se os pioneirostiverem experiência em programas deinstituto e forem capazes de utilizar seusmétodos e materiais para levantar umgrupo de crentes dedicados que possamlevar avante os trabalhos da Fé em suasáreas.”74

A identificação de agrupamentosprioritários influenciou a natureza dopioneirismo. Pioneiros e instrutoresviajantes eram enviados menos paraáreas ainda não abertas à Fé do que paraaquelas onde podiam mais diretamentefortalecer o processo de instituto eestabelecer programas intensivos decrescimento. As comunidades quepuderam lançar programas intensivosde crescimento conseguiram tal feitoquase sempre pela presença e atuaçãode pioneiros de curto ou longo prazosque se estabeleceram mesmo aindaantes do lançamento do Plano de CincoAnos, quando a meta primária era

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AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS

simplesmente estabelecer o processo deinstituto. Murun, Mongólia, porexemplo, começou a florescer somentedepois que alguns bahá’ís capacitadospelo processo de instituto mudaram-separa lá como pioneiros de frenteinterna. Muitas das comunidades comprogramas intensivos de crescimentoem Bangladesh e na República daÁfrica Central devem suas conquistasgraças ao envio sistemático de pioneirosa esses agrupamentos durante os anosfinais do Plano de Quatro Anos e o iní-cio do Plano de Cinco Anos.

No último ano do Plano de CincoAnos, três jovens instrutores viajantesde Azerbaijão, enviados para comuni-dades na região da Sibéria, na Rússia,conseguiram estabelecer círculos deestudo e ensinar aos crentes locais comorealizar visitas aos lares. Da mesmaforma, 13 jovens de Vanuatu visitaramFiji, as Ilhas Salomão e a NovaCaledônia, entre dezembro de 2005 ejaneiro de 2006, para ajudar ascomunidades no processo de instituto.Quatro jovens desse grupo que forampara Fiji, por exemplo, puderam realizartrês programas intensivos de capaci-tação em diferentes localidades, paraanimadores de programas com pré-jovens, com isso levantando 13 novosprofessores de aulas a pré-jovens. Umainstrutora viajante do Alasca, comexperiência no processo de instituto,realizou algumas viagens para as IlhasLeeward num período de dois anos. Elaconseguiu iniciar atividades com pré-jovens nas escolas e os bons resultadosobtidos motivaram outras atividadesem uma comunidade até então umtanto adormecida, levando à realizaçãode reuniões devocionais e aulas paracrianças.

De um modo geral, os esforços emenviar pioneiros internacionais einstrutores viajantes deram grandesresultados. A meta mundial de 3.322pioneiros internacionais não foisomente alcançada como ultrapassada,

com 3.755 pioneiros estabelecidos emoutros países. A meta de instrutoresviajantes internacionais foi quase alcan-çada com 9.184 crentes respondendoao chamado de realização desteimportante serviço, bem próxima dameta mundial de 9.508.

No último ano do Plano, em prepa-ração para o lançamento dos programasintensivos de crescimento em outrosagrupamentos, na Mongólia foi lan-çado um programa de identificação depioneiros potenciais para a frenteinterna, com um treinamento dado aeles e então ajudando-os a se estabe-lecerem em metas definidas. As insti-tuições em alguns agrupamentos maisfortes, como Murun e Ulaanbaatar,descobriram que podiam enviarpioneiros de frente interna para áreasmenos desenvolvidas, fazendo ecoar asseguintes palavras da Casa Universal deJustiça:

Não será exagero assumir que umesforço concentrado para trabalharcom o potencial existente resultará noeventual fluxo de pioneiros dessesagrupamentos para áreas destinadas atornarem-se o teatro de futurasconquistas.75

O agrupamento Tiriki Ocidental,no Quênia, foi também capaz deestabelecer pioneiros de frente internaem agrupamentos “C”, os quais haviamsido selecionados para serem futurosagrupamentos prioritários. Conformedestacado pelo coordenador de insti-tuto daquele país, enviar 10 a 15 pio-neiros de Tiriki Ocidental não iria afetara força de trabalho daquele agrupa-mento, agora que existe um grandenúmero de recursos humanos disponí-veis. Papua Nova Guinéa e Vanuatupuderam também enviar pioneiros defrente interna de agrupamentos maisfortes para outras áreas-metas.

Em todo o mundo, 2.309 bahá’ísse levantaram para servir como pio-

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neiros de frente interna durante o Planode Cinco Anos.

! ! !

A meta mais suprema do Plano deCinco Anos foi “alcançar um signifi-cativo avanço no processo de entradaem tropas”76, programas intensivos decrescimento provaram ser possível criarum enfoque sistemático para o cresci-mento que foi continuamente expan-dido e que se auto-perpetuou. Com aexperiência adquirida pelos agrupa-mentos de vanguarda sobre os elemen-tos vitais do serviço, e outros agrupa-mentos aprendendo da experiênciadeles, os crentes e as instituiçõestornaram-se mais proficientes no

levantamento de recursos humanos,produzindo com isso maior cresci-mento. Nunca antes “foi o processo deexpansão e consolidação tão bementendido como agora”77. O mundobahá’í descobriu “métodos diversi-ficados e uma variedade de instru-mentos para o estabelecimento de umpadrão sustentável de crescimento”78. ACasa de Justiça resumiu as realizaçõesdo Plano nas seguintes palavras:

Os elementos necessários para umesforço conjunto visando infundir nasdiversas regiões do mundo o espíritoda Revelação de Bahá’u’lláh cris-talizou-se em uma estrutura para aação que agora precisa apenas serexplorada. 79

!

Page 87: Plano de 5 anos: 2001-2006

81

APÊNDICE AAdministração Bahá’ídurante o Plano de Cinco Anos

Em Planos Locais e nos Agrupamentos

Durante o Plano de Cinco Anos, a evolu-ção da Administração Bahá’í foi marcanteno plano dos agrupamentos. Ao final doPlano, em pelo menos 296 daqueles comprogramas intensivos de crescimento,organizou-se um esquema implementadopelos coordenadores de instituto desig-nados pelos agrupamentos para aulasde crianças, grupos de pré-jovens e círcu-los de estudo. Comitês de Ensino deÁrea foram estabelecidos para coor-denar os desdobramentos dos recursoshumanos levantados pelo instituto parao campo do ensino. Íntima cooperaçãoentre o instituto, o Comitê de Ensinode Área e os membros de Corpo Auxi-liar e seus assistentes, manteve umsignificante aumento em suas capaci-dades institucionais, estimulando ocrescimento no plano dos agrupa-mentos.

Em agrupamentos fortes através domundo, especialmente naqueles comprogramas intensivos de crescimento,uma melhora qualitativa era claramenteaparente no funcionamento das Assem-bléias Espirituais Locais. O númerosaltou para 8.700.

Em Planos Nacionais e Regionais

A Assembléia Espiritual Nacionaldo Iraque foi eleita em 2004 pela pri-meira vez desde sua dissolução em1972. Adicionalmente, um número deAssembléias Nacionais mudaram seusstatus durante o Plano. Por exemplo, asIlhas Leeward, Ocidental e Oriental, noCaribe, combinaram em formar uma sóAssembléia Espiritual Nacional e a Assem-bléia Espiritual Regional da Eslováquiae Croácia foi dissolvida e formaram-seComitês Administrativos em cada paísantecipando a formação das Assem-bléias Nacionais em cada país. Comoresultado, houve um total de 179 Assem-bléias Espirituais Nacionais no final doPlano.

O número de Assembléias Espiri-tuais Nacionais com Conselhos Regio-nais Bahá’ís aumentou de 32 no começodo Plano para 39 em seu final. Quatrodestes Conselhos têm nacionalidadesinternacionais, pois atravessam as fron-teiras dos países. A formação de 7 Conse-lhos Regionais Bahá’ís na Austrália, nodia do Convênio, em 2001, marcou aintrodução deste elemento na adminis-tração bahá’í no continente da austra-lásia. O número total de ConselhosRegionais Bahá’ís no mundo saltou de138 no começo do Plano para 164 emseu final.

África

Américas

Ásia

Australásia

Europa

Total

15

10

7

2

5

39

45

42

48

9

20

164

Continente no de países com ConselhosRegionais Bahá’ís

no de ConselhosRegionais Bahá’ís

Conselhos Regionais Bahá’ís

Page 88: Plano de 5 anos: 2001-2006

82

APÊNDICE BEstatísticas do Desenvolvimento de Recursos Humanos, das Atividades Básicase do Avanço dos Agrupamentos, 2001–2006

Continente Data

África

Américas

Ásia

Australásia

Europa

TotalMundial

Desenvolvimento de Recursos Humanos Círculos de EstudoC

urso

1

Cur

so 2

Cur

so 3

Cur

so 4

Cur

so 5

Cur

so 6

Cur

so 7

14.908

45.067

9,799

50.726

62.288

117.465

2.122

14.341

4.590

17.051

93.707

244.650

2.918

21.516

2.236

28.716

12.348

41.207

57

8.444

1.156

10.302

18.715

110.185

1.809

14.578

2.182

20.427

3.892

26.626

11

5.790

411

7.485

8.305

74.906

301

10.483

401

18.262

1.600

20.066

-

5.017

140

6.847

2.442

60.675

-

560

-

1.771

-

2.817

-

1.473

-

713

-

7.334

84

7.794

630

12.975

613

15.081

1

3.123

330

5.003

1.658

43.976

64

6.263

56

11.618

432

11.895

3

2.877

61

3.693

616

36.346

Abr-01

Abr-06

Abr-01

Abr-06

Abr-01

Abr-06

Abr-01

Abr-06

Abr-01

Abr-06

Abr-01

Abr-06

543

2.123

1.215

4.099

689

2.735

107

665

570

1.665

3.124

11.287

-

7.127

-

18.186

-

11.799

-

3.242

-

5.910

-

46.264

118

2.751

912

3.690

585

4.818

2

396

329

1.820

1.946

13.475

Part

icip

ante

s

Núm

ero

Não

-Bah

á’ís

Page 89: Plano de 5 anos: 2001-2006

83

APÊNDICES

Agr

upam

ento

AReuniões Devocionais Aulas de Crianças Aulas de Pré-Jovens

Agr

upam

ento

B

Agr

upam

ento

C

Agr

upam

ento

D

Tota

l

-

5.887

-

3.779

-

4.562

-

556

-

1.260

-

16.044

-

4.503

-

1.630

-

3.088

-

290

-

556

-

10.067

-

1.208

-

1.835

-

1.185

-

197

-

565

-

4.990

-

91

-

222

-

194

-

51

-

108

-

666

-

85

-

92

-

97

-

18

-

31

-

323

-

2.631

-

3.511

-

4.624

-

1.002

-

410

-

12.178

708

4.729

3.409

6.184

564

10.435

610

3.414

556

921

5.847

25.683

-

546

-

747

-

1.386

-

272

-

207

-

3.158

Part

icip

ante

s

Núm

ero

Não

-Bah

á’ís

Part

icip

ante

s

Núm

ero

Não

-Bah

á’ís

538

14.314

2.836

10.657

2.081

18.334

23

7.410

81

1.215

5.559

51.930

7.618

23.216

19.754

20.934

7.247

31.400

4.181

14.401

2.847

3.115

41.647

93.066

654

2.579

1.355

2.468

928

3.139

466

1.438

462

688

3.865

10.312

132

7.531

126

7.455

1.231

12.840

8

2.212

150

2.488

1.647

32.526

8.487

29.562

5.305

23.017

12.004

42.659

3.345

12.180

4.299

5.579

33.440

112.997

690

1.062

584

1.582

830

1.545

274

597

550

869

2.928

5.655

701

4.073

614

4.117

866

6.617

274

1.371

550

1.480

3.005

17.658

Núm

ero

Loca

is

Part

icip

ante

s

Não

-bah

á’ís

Page 90: Plano de 5 anos: 2001-2006

84

APÊNDICE CTotalidade de Pioneiros Enviados durante o Plano de Cinco Anos

África do SulAngolaBeninBotswanaBurkinaCamarõesCabo VerdeCentro-Africana, RepúblicaChadCongo, República Democrática doCongo, República doCôte d’IvoireEritréiaEtiópiaGabonGâmbiaGanaGuinéGuiné-BissauGuiné EquatorialLesotoLibériaMadagascarMalawiMalíMauríciosMarrocosMoçambiqueNamíbiaNigerNigériaQuêniaRéunionRuandaSão Tomé e PríncipeSenegalSerra LeoaSeychellesSuazilândiaSudãoTanzâniaTogoTunísiaUgandaZâmbiaZimbábueTotal

3213

1

1

52113121

36

10133

141

63131

94

15

34

15222

18

9164

7

1

1

18

34

1283

4512

17

5154

244324

194

3049

43

112

18

2

2

1

1014

142

1223

1

38

69

278

160

ÁFRICAPaís/Território Pioneiros Internacionais Instrutores Viajantes Pioneiros Frente Interna

Page 91: Plano de 5 anos: 2001-2006

85

APÊNDICES

AMÉRICASPaís/Território Pioneiros Internacionais Instrutores Viajantes Pioneiros Frente Interna

AlascaArgentinaBahamasBarbadosBelizeBermudasBolíviaBrasilCanadáChileColômbiaCosta RicaCubaDomínicaDominicana, RepúblicaEquadorEl SalvadorEstados UnidosGranadaGroenlândiaGuadalupeGuatemalaGuianaGuiana FrancesaHaitiHondurasJamaicaLeeward, IlhasMartiniqueMéxicoNicaráguaPanamáParaguaiPerúPorto RicoSanta LúciaSão Vicente e GranadinasSurinameTrinidad e TobagoUruguaiVenezuelaVirgens, IlhasTotal

262

16

35810

527

95

1.501

2

2

1

2631

231

11

91

2.462

51211

38

361.367

5231

3111155

4.11027

7

11

45544

1254

672

116

5.790

373

11

5363309

7106

2556

255

2

57

17

122

1118

17

1.142

Page 92: Plano de 5 anos: 2001-2006

86

O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados

ÁSIAPaís/Território Pioneiros Internacionais Instrutores Viajantes Pioneiros Frente Interna

Andaman e Nicobar, IlhasArmêniaAzerbaijãoBahrainBangladeshCambojaCazaquistãoCingapuraCoréiaEmirados Árabes UnidosFilipinasGeórgiaHong KongÍndiaIndonésiaIraqueJapãoJordãoKwaitLaosLíbanoMacauMalásiaMongóliaMianmarNepalOmãPaquistãoPenínsula ÁrabeQatarQuirguistãoSabáSarawakSri LankaTailândiaTaiwanTajiquistãoTurquemenistãoUsbequistãoYemenTotal

17

12

202

2621

152

34232

4

35

13106

3

1253

1144

524261

376

1397

198

96

9

23198

83

2213433

417124

128

948

2710

2135

112

820

2

7

15

71

14112

5

5

12

11724456

2

244

3

3

22

268

Page 93: Plano de 5 anos: 2001-2006

87

APÊNDICES

País/Território Pioneiros Internacionais Instrutores Viajantes Pioneiros Frente InternaAUSTRALÁSIAAustráliaCarolina Ocidental, IlhasCarolina Oriental, IlhasCook, IlhasFijiHavaianas, IlhasKiribatiMariana, IlhasMarshall, IlhasNova Caledônia e Ilhas de LealdadeNova ZelândiaPapua Nova GuinéaSalomão, IlhasSamoaTongaTuvaluVanuatuTotal

105

5

29

13

162

617

5234

344

4

103

243

26214

11148

32774

198

518

31

11210212

16

20397

Page 94: Plano de 5 anos: 2001-2006

88

O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados

EUROPAPaís/Território Pioneiros Internacionais Instrutores Viajantes Pioneiros Frente Interna

AlbâniaAlemanhaÁustriaBelarusBélgicaBulgáriaCanárias, IlhasChipreDinamarcaEslováquiaEslovênia e CroáciaEspanhaEstôniaFinlândiaFrançaGréciaHolandaHungriaIslândiaIrlandaItáliaLatviaLituâniaLuxemburgoMoldáviaNoruegaPolôniaPortugalReino UnidoRomêniaRussa, FederaçãoSicíliaSuéciaSuíçaTcheca, RepúblicaTurquiaUcrâniaTotal

542

3135

1

27

5263

1112

272

61224

1938637

11243

461

11368214

84

491

15

16704

19307

10423

57844

111

25

15378123

31227766

211.606

1085231

4331

2121

2111774

1078494

15935

143214

189

13342

Total Mundial 3.755 9.184 2.309

Page 95: Plano de 5 anos: 2001-2006

89

APÊNDICE DAcontecimentos Majoritários Registrados pelos Governos

Eritréia Entre maio e agosto de 2001, a Assembléia EspiritualNacional foi incorporada.

ÁFRICA

Azerbaijão Entre 2004 e 2005 – o Escritório Nacional foi registradocomo uma entidade legal.

ÁSIA

Camboja2003 – a Assembléia Espiritual Nacional foi registrada comouma organização religiosa não-governamental junto aoMinistério de Cultos e Religiões.

Indonésia

9 de maio de 2003 – a Assembléia Espiritual Nacional foiregistrada junto ao Departamento de Assuntos Domésti-cos desta República juntamente ao subdiretório da Organi-zação Comunitária.

Turquemenistão11 de agosto de 2004 – a comunidade bahá’í foi registradacomo uma organização religiosa junto ao Ministério da Jus-tiça. (Organização Religiosa dos Bahá’ís do Turquemenistão)

Belarus4 de junho de 2004 – a comunidade bahá’í foi novamenteregistrada como União Religiosa dos Bahá’ís da Repúblicade Belarus.

EUROPA

9 de dezembro de 2004 – a comunidade bahá’í foi registradacomo uma entidade legal. (Associação do Bahá’ís da Bósnia eHerzegovina)

Bósnia eHerzegovina

Estônia17 de junho de 2002 – a comunidade bahá’í foi registradajunto ao Ministério de Assuntos Internos. (União da Comuni-dades Bahá’ís na Estônia)

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90

APÊNDICE EPropriedades Adquiridas durante o Plano de Cinco Anos

Novos Hazíratu’l-Quds Nacionais Adquiridos para Repor os Existentes

Assembléia Nacional Data

Benin Adquirido em 15 de abril de 2004

Angola Adquirido em 2 de abril de 2004

Botswana Inaugurado em 23 de março de 2002Estônia 2005

Gâmbia Dedicado em 24 de dezembro de 2004

Geórgia 2003

Ilhas Mariana Adquirido em 24 de julho de 2002

Nicarágua Inaugurado em 18 de outubro de 2003

Polônia 2005Sabá Adquirido em 31 de dezembro de 2003

Seychelles Inaugurado em novembro de 2003

Terrenos para os Templos

Assembléia Nacional Tipo de Aquisição

Chile Aquisição finalizada em 8 de abril de 2005

Angola 18 de abril de 2001

Equador Inaugurado em 16 de novembro de 2002Etiópia 28 de setembro de 2005

Hungria Agosto de 2003

Sri Lanka Dezembro de 2002Togo Fevereiro de 2003

Vanuatu Transferência da compra completada em setembro de2005

DataPrimeira

Nova

NovaNova

Nova

Nova

Nova

Nova

Propriedades para os Institutos

Assembléia Nacional Data

Sabá30 de dezembro de 2003 – terreno inicialmente adquirido para o Templo. Foi aprovadaa sua utilização como uma propriedade para o Instituto. (Centro Educacional KotaMarudu)

Page 97: Plano de 5 anos: 2001-2006

91

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Introdução

Mensagem datada de 27 de dezem-bro de 2005, escrita pela Casa Uni-versal de Justiça à Conferência doCorpo Continental de Conselheiros.Ibid.Ibid.Mensagem datada de 9 de janeiro de2001, escrita pela Casa Universal deJustiça à Conferência do Corpo Con-tinental de Conselheiros.Mensagem datada de 27 de dezem-bro de 2005, escrita pela Casa Uni-versal de Justiça à Conferência doCorpo Continental de Conselheiros.Ibid.Ibid.Mensagem do Ridván de 2002,escrita pela Casa Universal de Justiçaaos bahá’ís do mundo.Mensagem datada de 27 de dezem-bro de 2005, escrita pela Casa Uni-versal de Justiça à Conferência doCorpo Continental de Conselheiros.Mensagem do Ridván do ano 153[1996] escrita pela Casa Universal deJustiça aos bahá’ís do mundo.Mensagem datada de 27 de dezem-bro de 2005, escrita pela Casa Uni-versal de Justiça à Conferência doCorpo Continental de Conselheiros.Mensagem do Ridván de 2006,escrita pela Casa Universal de Justiçaaos bahá’ís do mundo.Shoghi Effendi. O Advento da JustiçaDivina. 2a ed. Rio de Janeiro: EditoraBahá’í do Brasil, 1977, p. 74.

I: Avançando o Processo deEntrada em Tropas

Mensagem datada de 27 de dezem-bro de 2005, escrita pela Casa Uni-versal de Justiça à Conferência doCorpo Continental de Conselheiros.Ibid.Mensagem datada de 17 de janeirode 2003, escrita pela Casa Universalde Justiça aos bahá’ís do mundo.Mensagem datada de 9 de janeiro de2001, escrita pela Casa Universal deJustiça à Conferência do Corpo Con-tinental de Conselheiros.Mensagem datada de 27 de dezem-bro de 2005, escrita pela Casa Uni-versal de Justiça à Conferência doCorpo Continental de Conselheiros.Ibid.Carta datada de 3 de março de 1998,escrita em nome da Casa Universalde Justiça à Assembléia Espiritual deHong Kong.Carta datada de 23 de dezembro de2001, escrita em nome da CasaUniversal de Justiça à AssembléiaEspiritual Nacional do Brasil.Mensagem datada de 27 de dezem-bro de 2005, escrita pela Casa Uni-versal de Justiça à Conferência doCorpo Continental de Conselheiros.Ibid.Ibid.Ibid.Ibid.Mensagem datada de 9 de janeiro de2001, escrita pela Casa Universal deJustiça à Conferência do Corpo Con-tinental de Conselheiros.Mensagem datada de 27 de dezem-bro de 2005, escrita pela Casa Uni-

1-

2-3-4-

5-

6-7-8-

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1-

2-3-

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10-11-12-13-14-

15-

versal de Justiça à Conferência doCorpo Continental de Conselheiros.Ibid.Ibid.Ibid.Ibid.Ibid.Ibid.Mensagem datada de 17 de janeirode 2003, escrita pela Casa Universalde Justiça aos bahá’ís do mundo.Mensagem datada de 27 de dezem-bro de 2005, escrita pela Casa Uni-versal de Justiça à Conferência doCorpo Continental de Conselheiros.Ibid.Ibid.Ibid.Ibid.Ibid.Mensagem do Ridván de 2002,escrita pela Casa Universal de Justiçaaos bahá’ís do mundo.Mensagem datada de 27 de dezem-bro de 2005, escrita pela Casa Uni-versal de Justiça à Conferência doCorpo Continental de Conselheiros.Mensagem datada de 17 de janeirode 2003, escrita pela Casa Universalde Justiça aos bahá’ís do mundo.Mensagem datada de 27 de dezem-bro de 2005, escrita pela Casa Uni-versal de Justiça à Conferência doCorpo Continental de Conselheiros.Mensagem datada de 17 de janeirode 2003, escrita pela Casa Universalde Justiça aos bahá’ís do mundo.Mensagem datada de 27 de dezem-bro de 2005, escrita pela Casa Uni-versal de Justiça à Conferência doCorpo Continental de Conselheiros.Ibid.

16-17-18-19-20-21-22-

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Page 98: Plano de 5 anos: 2001-2006

92

O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados

Mensagem datada de 9 de janeiro de2001, escrita pela Casa Universal deJustiça à Conferência do Corpo Con-tinental de Conselheiros.Mensagem datada de 27 de dezem-bro de 2005, escrita pela Casa Uni-versal de Justiça à Conferência doCorpo Continental de Conselheiros.Ibid.Ibid.Ibid.Ibid.Ibid.“Promovendo a Entrada em Tropas”,uma declaração preparada peloDepartamento de Pesquisa da CasaUniversal de Justiça, datada deoutubro de 1993.Mensagem datada de 27 de dezem-bro de 2005, escrita pela Casa Uni-versal de Justiça à Conferência doCorpo Continental de Conselheiros.Ibid.Ibid.Mensagem do Ridván de 2001,escrita pela Casa Universal de Justiçaaos bahá’ís do mundo.Mensagem datada de 27 de dezem-bro de 2005, escrita pela Casa Uni-versal de Justiça à Conferência doCorpo Continental de Conselheiros.Ibid.Ibid.Carta datada de 8 de outubro de 2001,escrita em nome da Casa Universalde Justiça à Assembléia EspiritualNacional da Nova Zelândia.Mensagem do Ridván do ano 153[1996] escrita pela Casa Universal deJustiça aos bahá’ís do mundo.Mensagem datada de 27 de dezem-bro de 2005, escrita pela Casa Uni-versal de Justiça à Conferência doCorpo Continental de Conselheiros.Ibid.Ibid.Mensagem datada de 22 de dezem-bro de 2001, escrita pela Casa Univer-sal de Justiça aos amigos reunidos naoitava Conferência de JuventudeASEAN, na Tailândia.Mensagem datada de 9 de janeiro de

2001, escrita pela Casa Universal deJustiça à Conferência do Corpo Con-tinental de Conselheiros.Mensagem datada de 27 de dezem-bro de 2005, escrita pela Casa Uni-versal de Justiça à Conferência doCorpo Continental de Conselheiros.Ibid.Mensagem datada de 9 de janeiro de2001, escrita pela Casa Universal deJustiça à Conferência do Corpo Con-tinental de Conselheiros.Mensagem datada de 27 de dezem-bro de 2005, escrita pela Casa Uni-versal de Justiça à Conferência doCorpo Continental de Conselheiros.Ibid.Ibid.Ibid.Mensagem datada de 9 de janeiro de2001, escrita pela Casa Universal deJustiça à Conferência do Corpo Con-tinental de Conselheiros.Mensagem datada de 27 de dezem-bro de 2005, escrita pela Casa Uni-versal de Justiça à Conferência doCorpo Continental de Conselheiros.Ibid.Ibid.Ibid.Ibid.Ibid.Ibid.Ibid.Mensagem datada de 9 de janeiro de2001, escrita pela Casa Universal deJustiça à Conferência do Corpo Con-tinental de Conselheiros.Mensagem datada de 27 de dezem-bro de 2005, escrita pela Casa Uni-versal de Justiça à Conferência doCorpo Continental de Conselheiros.Mensagem do Ridván de 2001,escrita pela Casa Universal de Justiçaaos bahá’ís do mundo.Mensagem datada de 27 de dezem-bro de 2005, escrita pela Casa Uni-versal de Justiça à Conferência doCorpo Continental de Conselheiros.Mensagem do Ridván de 2006,escrita pela Casa Universal de Justiçaaos bahá’ís do mundo.

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O PLANO DE CINCO ANOS, 2001-2006Resumo de Realizações e Aprendizados

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