Plano de Negocio Hotel Fazenda

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5 1 INTRODUÇÃO Este trabalho representa o resultado de estudos acadêmicos, sob a orientação e incentivo dos professores e orientador, estudando e analisando dados sobre a abertura de um Hotel Fazenda na cidade de Lajeado TO, buscando uma análise de seu desenvolvimento e resultados que nos possibilite a verificação da viabilidade do referido empreendimento. Os resultados neste estudo demonstram a grande importância do Plano de Negócio para o empreendimento, pois possibilitará uma clareza de entendimento do negócio realizando uma análise geral da organização para o seu desenvolvimento. Desenvolver um Plano de Negócios consistente é a melhor maneira de profissionalizar a empresa e os seus colaboradores. A metodologia desenvolvida no Plano de Negócio servirá como um instrumento de gestão para a implementação de um Hotel Fazenda, pois um bom plano é uma peça indispensável para o sucesso de qualquer negócio. O projeto do empreendimento elaborado possui uma estrutura simplificada, em conformidade com os padrões exigidos pelo mercado, não deixando de preocupar-se com a qualidade no atendimento e prestação dos serviços e produtos aos clientes, fornecedores e colaboradores. Este Projeto de um Hotel Fazenda pressupõe o envolvimento de duas realidades distintas que lhes são comuns: o meio urbano e o rural. O ritmo alucinante das cidades tem gerado nas pessoas a necessidade de buscar cada vez mais ambientes diferentes e, principalmente, contatos com a natureza. O que elas desejam é melhor qualidade de vida, o que é possível no ambiente rural. No campo, elas sabem a procedência dos alimentos que consomem, respiram ar puro e saudável, encontram sossego e simplicidade. É uma busca de valores e hábitos que os grandes centros, já dissiparam ou estão dissipando aos poucos. Pesquisas ressaltam que é cada vez mais viável e rentável um investimento em meio à natureza, pois as pessoas buscam cada vez mais um local que seja capaz de oferecer lazer, diversão, gastronomia e atividades esportivas com qualidade e profissionalismo. Na formatação do plano de negócios, verifica-se que havia a necessidade de se fazer um amplo estudo sobre as aéreas afins do empreendimento, pois seria praticamente impossível

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Monografia

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1 INTRODUÇÃO

Este trabalho representa o resultado de estudos acadêmicos, sob a orientação e incentivo dos

professores e orientador, estudando e analisando dados sobre a abertura de um Hotel Fazenda

na cidade de Lajeado – TO, buscando uma análise de seu desenvolvimento e resultados que

nos possibilite a verificação da viabilidade do referido empreendimento.

Os resultados neste estudo demonstram a grande importância do Plano de Negócio para o

empreendimento, pois possibilitará uma clareza de entendimento do negócio realizando uma

análise geral da organização para o seu desenvolvimento.

Desenvolver um Plano de Negócios consistente é a melhor maneira de profissionalizar a

empresa e os seus colaboradores. A metodologia desenvolvida no Plano de Negócio servirá

como um instrumento de gestão para a implementação de um Hotel Fazenda, pois um bom

plano é uma peça indispensável para o sucesso de qualquer negócio.

O projeto do empreendimento elaborado possui uma estrutura simplificada, em conformidade

com os padrões exigidos pelo mercado, não deixando de preocupar-se com a qualidade no

atendimento e prestação dos serviços e produtos aos clientes, fornecedores e colaboradores.

Este Projeto de um Hotel Fazenda pressupõe o envolvimento de duas realidades distintas que

lhes são comuns: o meio urbano e o rural. O ritmo alucinante das cidades tem gerado nas

pessoas a necessidade de buscar cada vez mais ambientes diferentes e, principalmente,

contatos com a natureza. O que elas desejam é melhor qualidade de vida, o que é possível no

ambiente rural. No campo, elas sabem a procedência dos alimentos que consomem, respiram

ar puro e saudável, encontram sossego e simplicidade. É uma busca de valores e hábitos que

os grandes centros, já dissiparam ou estão dissipando aos poucos.

Pesquisas ressaltam que é cada vez mais viável e rentável um investimento em meio à

natureza, pois as pessoas buscam cada vez mais um local que seja capaz de oferecer lazer,

diversão, gastronomia e atividades esportivas com qualidade e profissionalismo.

Na formatação do plano de negócios, verifica-se que havia a necessidade de se fazer um

amplo estudo sobre as aéreas afins do empreendimento, pois seria praticamente impossível

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desenvolver um trabalho com esse vigor sem antes conhecer características do mercado

turístico e hoteleiro tanto regional quanto global.

É importante destacar que para inserir uma empresa de prestação de serviços/produtos é

necessário um planejamento eficiente e o bom gerenciamento tem que se basear num tripé,

que vai suportar o projeto: custo, prazo e qualidade.

1.1 Metodologia

Com relação a presente pesquisa, importa frisar, de inicio, que trata-se de uma analise teórico-

empírica, a qual, segundo Tachizawa (2000:40), é um teste de hipóteses, modelos ou teorias, a

partir de dados primários e secundários.

Partindo dessa definição utilizou métodos abaixo relacionados:

Obtenção e formulação dos dados: para o próprio pesquisador ou outros interessados é

de guiar o trabalho de forma a nada perder, é de importância vital os registros e a

consulta ininterrupta durante o trabalho científico;

Pesquisa de Mercado: consiste na análise do mercado onde o empreendimento será

inserido, contendo relatos de período de sazonalidade, economia regional,

concorrência e segmentação de mercado;

Pesquisa bibliográfica: é fundamentada nos conhecimentos de biblioteconomia,

documentação e bibliografia, onde a sua finalidade é colocar o pesquisador em contato

com o que já se produziu a respeito do seu tema de pesquisa.

1.2 Problema

O Estado do Tocantins vem crescendo a uma taxa populacional em media anual de 6%,

conforme fontes do IBGE – Censo 2000. A migração é constante e a mistificação cultural

contribui para a geração de oportunidades de negócios. Diante desses fatores favoráveis, foi

proposto à elaboração de um projeto para verificar a viabilidade de implementação de um

Hotel Fazenda.

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Ao detectar esta oportunidade, surge a idéia em projetar uma estrutura organizacional através

de um Plano de Negócio, onde poder-se-á utilizá-lo como um documento de suma

importância para a analise dos fatores que contribua para os estudos dos dados colhidos, que

servirão como instrumento na tomada de decisão para a implementação da empresa.

Neste sentido, Slim (2001) assegura que o mundo empresarial e dos negócios pertence cada

vez mais aos empreendedores, mais somente àqueles que souberem identificar as

oportunidades e aproveitá-las de forma efetiva alcançarão o sucesso.

Com isto pode-se chegar a definição do problema deste projeto: Há viabilidade na cidade de

Lajeado e em todo o Estado do Tocantins, para uma empresa de prestação de serviços

hoteleiros em meio a natureza?

1.3 Justificativa

O tema abordado surgiu da motivação dos componentes da equipe em desenvolver um projeto

que permitisse a aplicação da prática dos conhecimentos adquiridos no decorrer do curso de

graduação, tendo como conseqüência o desenvolvimento de um Plano de Negócios.

O trabalho de pesquisa proposto tem papel fundamental de elaboração de um Plano de

Negócio e na verificação da viabilidade de um hotel fazenda com o fornecimento de serviços

hoteleiros em meio à natureza.

Observa-se, que o mercado local ainda é restrito em empresas que forneçam serviços de

hotelaria rural. A tendência desse mercado, no entanto, é crescer, haja vista, de se tratar de

uma localidade próxima a uma capital com pouco mais de 19 (dezenove) anos de fundação e

em constante crescimento econômico e demográfico, sendo acima de outras capitais, e um

Estado com posição geográfica privilegiada, estando posicionado na região central do país. O

Estado do Tocantins oferece às pessoas que aqui chegam oportunidades únicas de inserção no

mercado.

Sendo um dos Estados brasileiros privilegiados com a posição geográfica o Tocantins oferece

um mercado bastante propenso à prática de Ecoturismo e Turismo Rural.

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Para que haja conhecimento de mercado, é de suma importância, aprimorar nos estudos de

análise de viabilidade de implementação da empresa, com isto, poderá verificar sua

complexidade.

Diante do exposto, acredita-se, que é uma grande oportunidade de negócio com a

implementação dessa empresa.

1.4 Hipóteses

O Plano de Negócios é uma técnica que permite as empresas decidir sobre qual o melhor uso

de seus recursos e maximizar seus esforços para alcançar os seus objetivos empresariais,

sendo assim é um passaporte para o futuro, ajuda e construí a cultura organizacional

permitindo entender as forças e os comportamentos do mercado, vislumbrando oportunidades

de negócios, o estudo dos produtos e serviços oferecidos as necessidades dos clientes.

Um Plano de Negócios deve ser abranger todo o contingente organizacional, sendo objetivo e

essencialmente um documento de estratégia aplicado ao negócio, com mecanismos previstos

de avaliação ao longo do período.

1.5 Objetivos

1.5.1 Objetivo Geral

Elaborar um Plano de Negócio, para a implementação de um Hotel Fazenda no

Município de Lajeado – TO.

1.5.2 Objetivos Específicos

Levantar histórico sobre a hotelaria;

Apresentar a evolução do segmento de hoteleiro no Brasil;

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Apresentar o impacto econômico da hotelaria no Brasil e no Estado do Tocantins;

Descrever os principais aspectos do Turismo Rural no Brasil;

Descrever as principais características do Ecoturismo bem como os seus praticantes e

elencar os principais pontos para a prática do ecoturismo no Estado do Tocantins;

Elaborar o Plano de Negócios;

Analisar a viabilidade financeira do empreendimento.

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2 REFERÊNCIAL TEÓRICO

2.1 Plano de Negócio

O plano de negócios é um documento usado para descrever seu negócio. As seções que

compõem um Plano de Negócios geralmente são padronizadas para facilitar o entendimento.

Cada uma das seções do plano tem um propósito específico.

Um Plano de Negócios para uma pequena empresa pode ser menor que o de uma grande

organização, não ultrapassando talvez vinte a trinta páginas. Muitas seções podem ser mais

curtas que outras e até ser menor que uma única página de papel. Mas para se chegar ao

formato final geralmente são feitas muitas versões e revisões do Plano até que esteja

adequado ao público alvo do mesmo.

Não existe uma estrutura rígida e específica para se escrever um Plano de Negócios, porém,

qualquer Plano de Negócios deve possuir um mínimo de seções as quais proporcionam um

entendimento completo do negócio. Estas seções são organizadas de forma a manter uma

seqüência lógica que permita a qualquer leitor do Plano de Negócios entender como é sua

empresa, seus objetivos, seus produtos e serviços, seu mercado, sua estratégia de marketing e

sua situação financeira.

2.2 Hotel Fazenda

Uma propriedade inserida no meio rural construída com um número grande de apartamentos e

com o objetivo de oferecer lazer aos hóspedes, além de outras formas de turismo, como

ecológico, esportivo, cultural, dentre outros, sem que se tenham características com atividades

produtivas e a lucratividades advém, principalmente, da hotelaria.

Segundo o site Hotel In Site, o Hotel Fazenda é um estabelecimento comercial de

hospedagem situado em propriedades rurais e antigas fazendas, com equipamentos novos ou

adaptados de tradicionais ou modernas edificações, voltado à pratica de atividades

recreacionais campestres e contato com a natureza.

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3 ASPECTOS HISTÓRICOS DA HOTELARIA

Ninguém sabe precisar exatamente quando e como surgiu a atividade hoteleira no mundo.

Mas, os indícios levam a crer que esta atividade tenha se iniciado em função da necessidade

natural que os viajantes têm em procurar abrigo, apoio e alimentação durante suas viagens. De

acordo com o livro Introdução a Turismo e Hotelaria, editado pelo SENAC- Serviço Nacional

de Aprendizagem Comercial, a primeira notícia sobre a criação de um espaço destinado

especificamente à hospedagem vem de alguns séculos antes da era cristã,quando na Grécia

Antiga, no santuário de Olímpia, eram realizados os jogos olímpicos. Para esses eventos,

foram construídos o estádio e o pódio, onde se homenageavam os vencedores e ficava a

chama olímpica. Mais tarde, foram acrescentados os balneários e uma hospedaria, com cerca

de 10 mil metros quadrados, com o objetivo de abrigar os visitantes. Essa hospedaria teria

sido o primeiro hotel que se tem notícia.

Já as termas romanas, embora não se destinassem propriamente à hospedagem e sim ao lazer,

dispunham de água quente, instalações de até 100 mil metros quadrados e cômodos para os

usuários descansarem. Dependendo do status do cliente, esses aposentos podiam ser luxuosos

e de grandes dimensões, ou mais simples, menores, até mesmo de uso coletivo, para as

pessoas comuns.

A evolução da hotelaria sofreu grande influência dos gregos e especialmente dos romanos,

que tendo sido ótimos construtores de estradas, propiciaram a expansão das viagens por todos

os seus domínios e, conseqüentemente, o surgimento de abrigos para os viajantes. A

Bretanha, por exemplo, durante muitos séculos, dominada por Roma, incorporou à sua cultura

a arte de hospedar, e ao longo de suas estradas se multiplicavam as pousadas. Essa mesma

tendência era comum a quase todos os países europeus, igualmente influenciados pelos

romanos.

Como naquela época os meios de transportes não percorriam mais do que 60 quilômetros

diários, as viagens quase sempre duravam alguns dias. Disso resultou o estímulo à criação das

hospedarias que, em Roma, obedeciam a regras muito rígidas; por exemplo, um hoteleiro não

poderia receber um hóspede que não tivesse uma carta assinada por uma autoridade, estivesse

ele viajando a negócios ou a serviço do imperador.

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Nas grandes e refinadas mansiones, amplos "hotéis" situados ao longo das principais vias, tais

normas eram seguidas à risca, o que não acontecia nas pequenas pousadas que proliferavam

nas redondezas das mansiones. Essas hospedarias eram muito numerosas e chegavam a dar

nome a certas regiões e a alguns locais de entretenimento, como os circus. A famosa Via

Appia, por exemplo, era um local repleto de pequenas pousadas, ao tempo do Império

Romano e naqueles estabelecimentos ocorria toda a sorte de orgias, crimes e desordens.

Essa época de intrigas políticas e intensa luta pelo poder, os magistrados mantinham essas

pousadas sob vigilância, já que civis e militares, além dos funcionários dos correios, ali se

hospedavam. Isso levava as autoridades a colocarem os donos de pousada em sua folha de

pagamento, para que eles relatassem tudo que ouvissem de seus hóspedes. A lei obrigava a

manter vigília à noite, visando à segurança dos hóspedes, de quem era obrigatório anotar os

nomes, a procedência e a nacionalidade. Esse panorama continuou mais ou menos inalterado

até o final da Idade Antiga. Com a queda do Império Romano, as estradas vieram a ser menos

usadas, em razão da falta de segurança. Esse fato diminuiu o número de hóspedes,

prejudicando seriamente as pousadas. Desse modo, a hospedagem passou a ser oferecida

pelos monastérios e outras instituições religiosas, bem mais seguras e confiáveis.

De início um serviço informal, essa hospitalidade dispensada pelos religiosos tornou-se, mais

tarde, uma atividade organizada, com a construção de quartos e refeitórios separados, e

monges dedicados ao atendimento dos viajantes. Posteriormente, foram construídos prédios

próximos aos monastérios, destinados exclusivamente aos hóspedes dando origem às

pousadas. Nesses abrigos, os hóspedes eram obrigados a cuidar da própria alimentação, da

iluminação (velas, lampiões, etc.) e das roupas de dormir. Além disso, os viajantes dependiam

da boa vontade e da acolhida dos responsáveis pelas pousadas.

No século XII, as viagens na Europa voltavam a se tornar mais seguras, e rapidamente as

hospedarias se estabeleceram ao longo das estradas. Aos poucos, diversos países implantavam

leis e normas para regulamentar a atividade hoteleira, especialmente a França e a Inglaterra.

A França, por exemplo, já dispunha de leis reguladoras dos estabelecimentos e dos serviços

hoteleiros no ano de 1254 (século XIII), enquanto na Inglaterra isso aconteceu em 1446

(século XV). No ano de 1514 (século XVI), os hoteleiros de Londres foram reconhecidos

legalmente, passando de hostelers (hospedeiros) para innnholders (hoteleiros).

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Em 1589, foi editado pelos ingleses o primeiro guia de viagens de que se têm notícia,

definindo de modo claro os diferentes tipos de acomodações disponíveis para viajantes a

negócio ou passeio. No interior da Inglaterra, muitas pousadas se desenvolveram a partir dos

monastérios que fechavam suas portas. Alguns modernos hotéis ingleses, sem dúvida, tiveram

essa origem, a exemplo do New Inn, em Gloucester, e o George, em Glastonbury.

Em 1650 (século XVII), consolidou-se na Europa um meio de transporte que teve grande

influência na expansão da hotelaria: as diligências, carruagens puxadas por cavalos.

Durante quase 200 anos, esses veículos circularam pelas estradas européias, garantindo um

fluxo constante de hóspedes para as pousadas e hotéis. Convém notar que muitos serviços de

diligências foram estabelecidos pelos próprios hoteleiros, que assim conseguiam assegurar

clientela para seus estabelecimentos.

Até o fim da era das diligências, em torno do ano de 1840 - quando surgiram às ferrovias - os

terminais de trota e os estábulos ficavam instalados nas pousadas. Velhos estabelecimentos

foram reformados ou reconstruídos, outros novos surgiram em estradas que levavam às

capitais, devido ao intenso tráfego das diligências. Algumas das maiores pousadas daquele

período foram projetadas especificamente para se integrar com esse meio de transporte,

fazendo o papel de estação de chegadas e partidas. Dispunham de escritório de reservas e

salas de espera; além disso, muitas dessas "estações "possibilitavam ao viajante fazer reservas

e comprar passagens de diligências, de várias rotas, a partir da pousada - o Hotel Royal, na

Inglaterra, por exemplo, tinha um total de 23 linhas.

Com a chegada das ferrovias, as diligências praticamente desapareceram, e a rede hoteleira

que delas dependia sofreu um golpe rude, já que as ferrovias eram um meio de transporte

muito mais rápido, o que resultava em viagens de menor duração. Muitos hoteleiros não

conseguiram se adaptar aos novos tempos, já que estavam habituados com determinadas

regras de hospedagem.

Dessa maneira, muitos hotéis fecharam suas portas ou reduziram seu tamanho, enquanto

outros estabelecimentos conseguiram acompanhar as novas regras e se ambientar com o novo

meio de transporte. Novos hotéis foram construídos, próximos às estações ferroviárias, a

exemplo de Euston, em Londres.

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No final do século XIX., os hóspedes tinham se tornado mais exigentes e surgiram então

hotéis de grande luxo, como os famosos Savoy, Ritz, Claridge, Carlton e outros,

acompanhando a tendência dos fabulosos trens e navios de passageiros da época. O ano de

1872 trouxe uma novidade: a primeira viagem turística em grupo, organizada por Thomas

Cook. ''

3.1 Evolução do segmento de hotelaria no Brasil

Segundo o BNDS, a base da oferta existente da indústria hoteleira no Brasil é formada ainda

hoje por hotéis de pequeno e médio porte, freqüentemente de propriedade familiar. Em geral,

o aumento de investimentos no setor hoteleiro responde à situação econômica do país, porém

com certa defasagem. Já o crescimento da demanda, diretamente associado ao crescimento da

renda, responde mais prontamente ao crescimento da economia.

A expansão da hotelaria, na década de 1970, foi estimulada pelo crescimento do número de

viagens, possibilitado pelo desenvolvimento da infra-estrutura dos transportes aéreo e

rodoviário. Também contribuíram para o desenvolvimento de novos empreendimentos o

elevado nível de atividade econômica no período e os incentivos para os investimentos no

setor de turismo oferecidos pela EMBRATUR, a partir da segunda metade da década de 1960,

assim como os financiamentos do BNDES e os incentivos fiscais (Fiset, Fungetur, Finam e

Finor). Nesse período, cabe destacar a expansão das redes hoteleiras locais, assim como a

entrada no país das grandes cadeias internacionais, motivadas pelo crescimento econômico e o

aumento dos investimentos de empresas estrangeiras no Brasil.

Algumas redes internacionais entraram no país realizando investimentos imobiliários e

administrando seus hotéis, outras ficaram somente com a operação, enquanto os imóveis eram

construídos com recursos de investidores nacionais. A primeira cadeia internacional a operar

no Brasil foi a Hilton International Corporation, que passou a administrar, em 1971, um hotel

com 400 apartamentos na Avenida Ipiranga (Hilton São Paulo). Em 1974, começaram a

operar no Brasil as redes Holiday Inn (Campinas), Sheraton (Rio de Janeiro) e

Intercontinental (Rio de Janeiro). Em 1975, foram inaugurados o Le Méridien (Rio de

Janeiro) e o Club Med (Itaparica) e, em 1977, o Novotel (Morumbi) – todos ligados a

tradicionais redes internacionais.

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Após um período de estagnação no setor, o final da década de 1980 marca a entrada de novas

operadoras internacionais, interessadas em diversificar seus mercados e oferecer serviços em

escala mundial, por conta do acirramento da concorrência internacional. Nesse contexto, a

presença nos grandes centros econômicos do país, como São Paulo e Rio de Janeiro, tornou-se

importante para as grandes redes internacionais.

A partir de 1994, com o fim do processo inflacionário e o começo de um novo ciclo de

crescimento econômico, iniciou-se uma fase de expansão da demanda hoteleira no Brasil. O

crescimento da renda da população e dos investimentos de empresas nacionais e estrangeiras

no país, notadamente em infra-estrutura, impactou o aumento do número de viagens

domésticas, assim como o aumento da entrada de turistas estrangeiros. Esse período foi

também marcado pelo início de um processo de reorganização e diversificação do setor,

cabendo mencionar o desenvolvimento de novos empreendimentos hoteleiros, a criação de

pólos turísticos (o complexo Costa do Sauípe, na Bahia, é o mais emblemático), a entrada de

novas operadoras hoteleiras, o aumento da profissionalização da administração dos hotéis,

especialmente das redes, e os investimentos em modernização e reposicionamento de mercado

dos empreendimentos já estabelecidos.

Esse período também foi marcado pela entrada dos fundos de pensão no mercado hoteleiro, na

qualidade de investidores imobiliários, de forma semelhante à que ocorre em outros países.

Assim, em 1996 foi inaugurado em São Paulo o Hotel Sol Meliá, com 300 quartos e

investimento de R$ 84 milhões, uma parceria entre 35 fundos institucionais. Posteriormente,

os fundos adquiriram os imóveis ou financiaram as construções do Transamérica Morro do

Conselho, em Salvador, do Meliá Maceió, dos hotéis das redes Marriott, Accor e Superclub

Breezers no complexo Costa do Sauípe, do Le Méridien Rio, do Renaissance São Paulo (rede

Marriott) e do resort Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco, além de várias novas

unidades da rede Accor. Dessa forma, os fundos de pensão do Banco do Brasil (Previ), da

Caixa Econômica Federal (Funcef) e da Petrobras (Petros) passaram a assumir um papel de

destaque no mercado hoteleiro brasileiro.

Em suma, o período que vai de meados da década de 1990 a 2000/01 marcou a indústria

hoteleira brasileira como sendo uma das que apresentaram maior expansão da sua oferta.

Vários hotéis de luxo foram inaugurados em São Paulo (Meliá, Inter-Continental,

Renaissance e Sofitel), em Belo Horizonte (Ouro Minas), em Porto Alegre (Sheraton), em

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Pernambuco (Blue Tree Cabo de Santo Agostinho e SummerVille) e em um novo destino

turístico na Bahia, o complexo Costa do Sauípe, com cinco hotéis de luxo. Na cidade do Rio

de Janeiro, que já contava com uma grande oferta de hotéis, foram feitas as reformas de

importantes propriedades, como o Copacabana Palace, o Le Méridien e o Sofitel Rio Palace.

Ainda em abril de 2001 foi inaugurado o Marriott Copacabana, o primeiro hotel de luxo a ser

construído no Rio de Janeiro desde a década de 1970.

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4 ASPECTOS ECONÔMICOS DA HOTELARIA NACIONAL

O Censo de Serviços do IBGE de 2002 aponta a existência de 23.366 empresas de “serviços

de alojamento” no Brasil, o que incluiria não apenas hotéis, mas também pousadas, hotéis-

fazenda, pensões, motéis etc., com 244 mil pessoas ocupadas nesses estabelecimentos.

A ABIH (Associação Brasileira da Indústria Hoteleira), mais antiga entidade do trade turístico

nacional, com 72 anos de existência é a representante oficial dos Meios de Hospedagem do

Brasil. Em 9 de novembro deste ano completará 73 anos relata em seu site que: o Parque

Hoteleiro nacional possui hoje aproximadamente 25 mil meios de hospedagem, e deste

universo 18 mil são hotéis e pousadas. No geral, 70% são empreendimentos de pequeno porte.

Isto representa mais de um milhão de empregos e a oferta de aproximadamente um milhão de

apartamentos em todo o país.

Muitas matérias trazem inovações, o que é certo e que de cada 10 empregos da população

ativa 1 é de turismo, o que já é um número expressivo e razoável, levando em conta que os

outros segmentos tem força e representatividade. Estima-se que a hotelaria nacional tenha um

faturamento, da ordem de U$ 2 bilhões de dólares ano.

A hotelaria do Brasil vem experimentando uma forma diferente de aferir este crescimento. Há

regiões aonde ele vem sendo expressivo, o Rio de Janeiro, por exemplo, que é da região

sudeste, mas São Paulo que é da mesma região vem no máximo empatando, vem existindo

um crescimento da ordem de 8 a 10% que oscila de região para região. O turismo de negócios

é forte e expressivo para todo o Brasil, este tanto a nível nacional como internacional tem

crescido a níveis superiores a 10%, a taxas que se situam em torno de 15% ao ano.

Nosso país é continental e também nisto há muita variação, media por

media, o turismo forma geral tem uma media de 3 a 4 dias, no turismo de negócios 1,5 a 2,5.

No turismo de negócios as pessoas ficam menos tempo, do que no de lazer.

A ABIH foi teve a sua inauguração no dia 09 de novembro de 1936, entre os associados da

ABIH Nacional estão cerca de 2.200 empreendimentos, que juntos disponibilizam ao Parque

Hoteleiro Nacional cerca de 130 mil apartamentos. Com esse potencial, os empreendimentos

associados da ABIH Nacional, assumem o seu papel de grande gerador de empregos,

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oferecendo mais de 75 mil empregos diretos e 100 mil empregos indiretos. Um coeficiente

bastante expressivo, se considerarmos que o segmento hoteleiro por completo emprega hoje

550 mil funcionários, o que representa 0,8% da força do trabalho, gerando ainda outras 500

mil vagas indiretas.

Os associados da ABIH são empreendimentos de diferentes portes, desde os simples aos

luxuosos e até suntuosos. Há de se observar que 56% dos empreendimentos associados

possuem até 60 apartamentos; 20% possuem de 60 a 100 apartamentos; 12% de 100 a 150

apartamentos; 4% de 150 a 200 aptos; 4% de 200 a 300 aptos e 4% acima de 300 aptos.

Tabela 1

QUANTIDADE DE APTOS. POR ESTADO DOS HOTÉIS ASSOCIADOS À ABIH NACIONAL

STATUS ESTADO TOTAL

1º Rio de Janeiro 18.766

2º São Paulo 16.697

3º Sta. Catarina 14.886

4º Bahia 9.443

5º Paraná 8.240

6º Ceará 7.832

7º Minas Gerais 7.088

8º Rio Gde. do Sul 6.825

9º Distrito federal 6.299

10º Pernambuco 5.172

11º Rio Gde. do Norte 4.641

12º Alagoas 3.638

13º Mato grosso do sul 2.834

14º Pará 2.728

15º Amazonas 2.645

16º Goiás 2.598

17º Paraíba 1.651

18º Maranhão 1.486

19º Sergipe 1.247

20º Mato grosso 794

21º Espírito santo 637

22º Piauí 535

23º Roraima 529

24º Acre 513

25º Amapá 499

26º Tocantins 169

Total 128.392

Fonte: ABIH

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Tabela 2

RELATÓRIO NÚMERO DE HOTÉIS POR ESTADO

Estados Nº de Hotéis nas

Capitais

Nº de hotéis no

Interior

Nº de Municípios Total de

Associados

Acre 10 3 1 13

Alagoas 40 12 7 55

Amazonas 30 30

Amapá 12 34 10 46

Bahia 64 89 27 153

Ceará 56 9 4 65

Distrito federal 35 9 6 44

Esp. santo 11 10 4 21

Goiás 34 17 6 51

Maranhão 17 1 1 18

Minas gerais 37 44 30 81

Mato grosso 8 2 1 10

MT. Grosso do sul 34 26 10 60

Pará 19 17 8 36

Paraíba 30 1 1 31

Pernambuco 32 28 12 60

Piauí 7 1 1 8

Paraná 58 45 12 103

Rio de Janeiro 114 73 20 187

Rio Gde. do Norte 56 15 5 71

Roraima 15 15

Rio Gde. do sul 29 71 41 100

Sta. Catarina 85 250 57 335

Sergipe 20 1 1 21

São Paulo 43 67 41 110

Tocantins 9 16 10 25

TOTAL 905 835 312 1.740

Fonte: ABIH

E considerando que o setor hoteleiro investe cerca de 8 a 12% em tecnologia e que muitos

empreendimentos devem receber recursos da ordem de 5 bilhões nos próximos anos em

modernização, podemos considerar que a hotelaria nacional movimenta hoje cerca de US$ 8

bilhões ao ano, cabendo aos associados da ABIH grande parte deste desfecho.

Esse setor, enfim, possui um patrimônio de R$ 78,7 bilhões, gasta em média R$ 2 bilhões por

ano com mão de obra e mais de R$ 30 milhões com Contribuição para Financiamento da

Seguridade Social (COFINS). Historicamente, de acordo com a ABIH Nacional, os hotéis

investem cerca de US$ 50 milhões por ano somente para manter o que já existe.

Segundo o BNDS, os principais agentes da hotelaria são os proprietários dos bens imóveis,

explorados comercialmente como meios de hospedagem, e as empresas operadoras,

responsáveis pela administração e gerenciamento dos empreendimentos. A separação entre

Page 16: Plano de Negocio Hotel Fazenda

20

propriedade e gestão na hotelaria é mais evidente no segmento representado pela grande

hotelaria, que engloba os grupos e as empresas que operam redes domésticas ou

internacionais de estabelecimentos de médio e grande porte. Ser somente operador ou ter

também a propriedade do imóvel é estratégia que varia conforme o grupo empreendedor. Os

hotéis independentes, em geral, são administrados pelos próprios proprietários.

A pesquisa “Raios-X da Hotelaria Brasileira”, outra fonte de dados do setor, investiga 144

redes hoteleiras do país (incluindo flats), classificando-as em nacionais e internacionais e,

ainda, em hotéis e flats. Das 129 redes concretamente analisadas, 101 são nacionais,

respondendo por cerca de 57 mil UHs em 530 empreendimentos, e 28 são redes

internacionais, que somavam 46 mil UHs em 268 empreendimentos em 2004. Segundo a

classificação do estudo, as 10 maiores redes nacionais (inclusive administradoras/operadoras

de marcas) contavam com o total de 22 mil UHs em 149 empreendimentos. Já as 10 maiores

redes internacionais, classificadas segundo os mesmos critérios, totalizavam 41 mil UHs em

241 empreendimentos, cabendo destacar que somente a rede francesa Accor responde por

metade dos empreendimentos internacionais no Brasil, incluindo os hotéis em que detém a

propriedade e aqueles em que atua somente como administradora/franqueadora.

Tabela 3

REDES NACIONAIS: RANKING POR NUMERO DE APARTAMENTO EM OPERAÇÃO

Empreendimentos Em operação Projeção para 2007

Nº de

apartamentos

Nº de empre-

endimentos

Nº de

apartamentos

Nº de empre-

endimentos

1 Blue Tree 5.235 22 5.585 24 2 Othon 3.141 26 3.141 26

3 Nacional Inn 2.286 18 2.486 19

4 Transamérica Flats 2.105 17 2.189 18

5 Tropical 1.935 9 2.407 11

6 Bristol Hotelaria 1.918 16 2.303 19

7 Bourbon 1.673 9 1.673 9

8 Windsor 1.410 6 2.383 10

9 Estanplaza 1.142 9 1.142 9

10 Rede Bristol 1.097 17 1.257 20

Total 21.942 149 24.566 165

Fonte: Amazonas e Goldner (2004).

Page 17: Plano de Negocio Hotel Fazenda

21

Tabela 4

REDES INTERNACIONAIS: RANKING POR NUMERO DE APARTAMENTO EM OPERAÇÃO

Empreendimentos Em operação Projeção para 2007

Nº de

apartamentos

Nº de empre-

endimentos

Nº de

apartamentos

Nº de empre-

endimentos

1 Accor 17.725 122 25.957 173

2 Sol Meliá 6.353 27 6.813 29

3 Atlântica 6.102 43 10.365 71

4 InterContinental 3.009 10 3.596 14

5 Golden Tulip 1.963 15 2.078 16

6 Posadas 1.751 9 2.143 11

7 Hilton 1.226 3 1.422 4 8 Marriott 1.179 4 1.552 6

9 Pestana 1.063 5 1.240 6

10 Starwood 1.025 3 1.275 4

Total 41.396 241 56.441 334

Fonte: Amazonas e Goldner (2004).

4.1 Hotelaria no Tocantins

Segundo a Agência de Desenvolvimento Turístico do Estado do Tocantins (ADTUR), a busca

de acomodações no Estado do Tocantins para a pratica turística e comercial é bastante

acentuada e cresce em uma escala de cerca de 8% ao ano, onde o fato é explicado pelo

reconhecimento do Estado Tocantins como destino turístico por causa de suas diversidades

culturais e suas belezas naturais.

Segundo pesquisa da própria ADTUR no ano de 2008 à seguinte disposição dos dados:

A Tabela 5 abaixo mostra a predominância do sexo masculino nos hóspedes correspondendo

80% dos entrevistados seguido pela parcela feminina (20%), onde foi analisado em 23 (vinte e

três) tipos de hospedagens (incluindo hotéis, hotel-fazenda, pousadas) no período que

compreende ao mês de janeiro a dezembro de 2008, com um universo de estudo de 36.504

(trinta e seis mil e quinhentos e quatro) fichas.

Tabela 5

REGISTRO DE HOSPEDES - SEXO

Sexo Freqüência Percentual

Válido

Masculino 29.233 80,1 Feminino 7.196 19,7

Perdidas 75 0,2

Total 36.504 100

Page 18: Plano de Negocio Hotel Fazenda

22

Em relação à faixa etária destacam-se os pesquisados que se situam entre 32 a 40 anos (26%)

em 2008, depois quase empatados dois grupos entre 41 a 50 anos (16%) e os acima de 60

anos (16%), como pode ser observado na tabela abaixo:

Tabela 6

REGISTRO DE HOSPEDES – FAIXA ETARIA

Idade Freqüência Percentual

Válido

18 a 24 anos 1486 4,1

25 a 31 anos 4.692 12,9

32 a 40 anos 6.301 26

41 a 50 anos 5.800 15,9

51 a 59 anos 3850 10,5

acima de 60 anos 7158 16,3

Perdidas 7217 14,3

Total 36.504

GRAFICO 1

Page 19: Plano de Negocio Hotel Fazenda

23

5 TURISMO

5.1 Histórico do Turismo

O turismo tem origem no século XIX, quando o inglês Thomas Cook, em 1841, organizou

uma viagem de um dia partindo de Lancaster para Loughborug, reunindo 570 pessoas que iam

participar de um congresso anti-álcool e cobrou pelos seus serviços. Este simples fato criou o

Turismo e o primeiro profissional de serviços de viagem. Cook ficou tão entusiasmado que se

transformou em empresário, montando uma empresa para desenvolver um sistema de funções

e serviços para viajantes que existe até hoje - as agências de viagem. Surgiu logo depois a

figura ou a função do guia de turismo.

A conseqüência desta iniciativa é o crescimento da indústria de alojamento e alimentação. O

desenvolvimento da aviação comercial deu nova dimensão ao Turismo. Surgem os vôos

charters (fretados) e as transportadoras aéreas passaram a exercer um papel fundamental no

desenvolvimento turístico.

Com o desenvolvimento dos serviços de transportes, alojamento, alimentação e recreação

passaram-se a reivindicar a profissionalização de quem presta estes serviços. Assim, surgiram

escolas de hotelaria e as de serviço.

Hoje, países como a Suíça, Itália, Estados Unidos, Espanha, Inglaterra e México em especial

investem fortemente na formação de recursos humanos na área, pois Turismo só funciona

com especialização. Afinal o progresso econômico criou necessidades de conhecer, saber e ter

status, logo de viajar.

Segundo a OMT, o turismo está entre os setores de maior crescimento no mundo, tendo

triplicado seu tamanho e impacto econômico nos últimos 50 anos. Os dados para os

desembarques de turistas internacionais no período 1970/2003 mostram, contudo, certa

desaceleração das taxas médias de crescimento: o movimento mundial de turistas por via

aérea cresceu, respectivamente, 6,1%, 4,5% e 4,0% ao ano, nas décadas de 1970, 1980 e

1990. O pico dessa série foi 2004, com cerca de 763 milhões de desembarques.

Page 20: Plano de Negocio Hotel Fazenda

24

A seguir dados da evolução do turismo mundial segundo o Banco Nacional de

Desenvolvimento Econômico Social (BNDES):

Tabela 7

EVOLUÇÃO DO TURISMO MUNDIAL – 1990/2004

(Em Milhoes De Desembarque)

ANO MUNDO VARIAÇÃO ANUAL(%)

1990 458,2

1995 565,5 4,3%¹

2000 687,3 3,4%¹ 2001 684,1 -0,5

2002 702,6 2,7

2003 691,0 -1,6

2004² 763,0 10,0

Fontes: OMT e Embratur.

¹ Taxas médias para 1990/95 e 1995/2000. ² Dados provisórios.

5.2 Turismo Rural

O turismo rural pode ser definido como um produto que supre a necessidade de clientes

interessados na produção e no consumo de bens e serviços, no ambiente rural. O

desenvolvimento deve ajudar a manter as características rurais da região, utilizando os

recursos locais e os conhecimentos derivados do saber das populações, e não ser um

instrumento de urbanização (Brasil. Ministério da Agricultura, 1999).

Segundo a Associação Brasileira de Turismo Rural, o Turismo Rural baseia-se em quatro

conceitos que são eles: incremento de receita; geração de empregos; preservação do meio

ambiente e preservação do patrimônio rural.

A conceituação de Turismo Rural fundamenta-se em aspectos que se referem ao turismo, ao

território, à base econômica, aos recursos naturais e culturais e à sociedade. Com base nesses

aspectos, e nas contribuições dos parceiros de todo o País, define-se Turismo Rural como: o

conjunto de atividades turísticas desenvolvidas no meio rural, comprometido com a produção

agropecuária, agregando valor a produtos e serviços, resgatando e promovendo o patrimônio

cultural e natural da comunidade (GRAZIANO DA SILVA et al., 1998:14).

Page 21: Plano de Negocio Hotel Fazenda

25

A uma freqüente confusão sobre o Turismo Rural e sobre Turismo no Espaço Rural. Entende-

se Turismo no Espaço Rural como um recorte geográfico, onde o Turismo Rural está inserido.

Isto é, as muitas práticas turísticas que ocorrem no espaço rural não são, necessariamente,

Turismo Rural, e sim atividades de lazer, esportivas, ou ócio de citadinos, que ocorrem

alheias ao meio em que estão inseridas. Isto é, considera-se Turismo no Espaço Rural ou em

áreas rurais “todas as atividades praticadas no meio não urbano, que consiste de atividades de

lazer no meio rural em várias modalidades definidas com base na oferta: turismo rural,

agroturismo, turismo ecológico ou ecoturismo, turismo de aventura, turismo de negócios,

turismo de saúde, turismo cultural, turismo esportivo, atividades estas que se complementam

ou não”. (GRAZIANO DA SILVA et al., 1998:14).

5.3 Justificativas para se fazer atividades turísticas no meio rural

O turismo rural ajuda a estabilizar a economia local, criando empregos nas atividades

indiretamente ligadas à atividade agrícola e ao próprio turismo, como comércio de

mercadorias, serviços auxiliares, construção civil, entre outras, além de abrir oportunidades de

negócios diretos, como hospedagem, lazer e recreação. Além disso, promove maior integração

entre campo e cidade, reduz o êxodo rural e contribui para a melhoria da qualidade de vida da

população rural.

Com relação aos benefícios ambientais, pode-se mencionar o estímulo à conservação

ambiental e à multiplicação de espécies de plantas e animais, entre outros, pelo aumento da

demanda turística.

Economicamente, pode-se mencionar como exemplo de vantagens associadas ao turismo

rural, a possibilidade de agregar valor aos produtos agrícolas do estabelecimento e a

instalação de indústrias artesanais, por exemplo, para a produção de alimentos regionais

típicos. Contudo, também desperta a atenção para o manejo, conservação e recuperação de

áreas degradadas e da vegetação florestal e natural.

Page 22: Plano de Negocio Hotel Fazenda

26

6 ECOTURISMO

O ecoturismo é uma forma de turismo voltada para a apreciação de ecossistemas em seu

estado natural, com sua vida selvagem e sua população nativa intactos.

Embora o trânsito de pessoas e veículos seja agressivo ao estado natural desses ecossistemas,

os defensores de sua prática argumentam que, complementarmente, o ecoturismo contribui

para a preservação dos mesmos e para o desenvolvimento sustentável das populações locais,

melhorando a qualidade de vida das mesmas.

O ecoturismo é percebido pelos seus adeptos ou tende a ser promovido como:

uma forma de praticar turismo em pequena escala;

uma prática mais ativa e intensa do que outras formas de turismo;

uma modalidade de turismo na qual a oferta de uma infra-estrutura de apoio

sofisticada é um dado menos relevante;

uma prática de pessoas esclarecidas e bem-educadas, conscientes de questões

relacionadas à ecologia e ao desenvolvimento sustentável, em busca do aprofundamento de

conhecimentos e vivências sobre os temas de meio-ambiente;

uma prática menos espoliativa e agressiva da cultura e meio-ambiente locais do que

formas tradicionais de turismo.

De acordo com David Weaver, registrou-se o termo pela primeira vez no início dos anos 80.

O Ecoclub.com define-o como um estado ideal de um turismo que:

minimiza seu próprio impacto ambiental;

patrocina a conservação ambiental;

patrocina projetos que promovam igualdade e redução da pobreza em comunidades

locais;

aumente o conhecimento cultural e ambiental e o entendimento intercultural;

e que seja financeiramente viável e aberto a todos.

Já a The International Ecotourism Society (TIES) define ecoturismo como a viagem

responsável para áreas naturais que conservam o ambiente e melhorem o bem-estar da

população local. Isto significa que quem opera e participa de atividades ecoturisticas deve

seguir os seguintes sete princípios:

minimizar impactos

Page 23: Plano de Negocio Hotel Fazenda

27

desenvolver consciência e respeito ambiental e cultural;

fornecer experiências positivas para ambos visitantes e anfitriões;

fornecer benefícios financeiros diretos para a conservação;

fornecer benefícios financeiros e poder legal de decisão para o povo local;

Elevar a sensibilidade pelo contexto político, ambiental e social dos países anfitriões;

Apoiar os direitos humanos internacionais e acordos trabalhistas.

A atividade, como presentemente configurada em muitas partes do mundo, é confundida com

o turismo de aventura e, de fato, há quem inclua esta última, assim como outras

nomenclaturas dadas ao turismo (por exemplo: turismo rural, turismo responsável, turismo

ecológico, turismo alternativo, turismo verde, turismo cultural) como partes ou derivações de

uma generalização chamada ecoturismo.

6.1 O Ecoturista

Tendo em vista as diferentes motivações e comportamentos do ecoturista, é muito difícil a

definição de um perfil único para esse turista. Os adeptos do Ecoturismo apresentam perfis

diferenciados em função das diversas atividades motivacionais que determinam as

características de cada público, abarcando, principalmente, uma faixa etária abrangente.

Geralmente, os turistas desse segmento querem ver, sentir, cheirar, tocar e comer o inusitado;

lêem muito sobre o destino antes de planejar a viagem; anotam perguntas e querem respostas

dos guias e do pessoal que os atendem; querem um tratamento personalizado e prezam pela

segurança.

Entretanto é possível observar alguns elementos comuns e classificar como características do

perfil de maior incidência no segmento os indivíduos:

Entre 25 e 50 anos;

Poder aquisitivo médio e alto;

Escolaridade de nível superior;

Profissão de caráter liberal;

Viaja sozinho ou em pequenos grupos;

Permanência média no destino:

– Nacional: 4 dias.

Page 24: Plano de Negocio Hotel Fazenda

28

– Internacional: 10 dias.

Procedência de grandes centros urbanos; e

Desejo de contribuir para a conservação do meio ambiente.

Esse tipo de consumidor, de modo geral, importa-se com a qualidade dos serviços e

equipamentos, com a singularidade e autenticidades da experiência, com o estado de

conservação do ambiente muito mais do que com o custo da viagem.

6.2 Os principais pontos para a prática do ecoturismo no estado do Tocantins

Segunda a ADTUR os principais pontos do ecoturismo no Tocantins são:

Serra do Espírito Santo, localizada entre o deserto de Jalapão e o município de

Mateiros, é ponto de encontro dos que praticam escaladas e trilhas em meio a serra;

O Fervedouro, também localizado entre o deserto de Jalapão e o município de

Mateiros, parece um oásis, em meio à vegetação fechada, entre brejos e riachos, surge

um lugar de rara beleza, cercado por bananeiras. Ao seu centro está um grande poço

de água azul transparente - na verdade, a nascente de um rio subterrâneo. A água que

brota das areias claras cria o fenômeno da ressurgência, que tornam impossível até o

banhista mais persistente afundar;

A Cachoeira do Roncador, localizada no bairro de Taquaruçu município de Palmas, é

um grande atrativo para os ecoturistas praticarem, escalada, rapel e mergulho. É um

local de médio acesso, proporcionando ao ecoturista uma caminhada entre a mata

densa do cerrado com cerca de 30 (trinta) minutos até a chegada na cachoeira;

Rio Palmeiras, localizado em Dianópolis, com suas fortes corredeiras é um local ideal

para a prática de Rafting, sendo um percurso de alta complexidade, chamando a

atenção de vários ecoturistas que procuram diversão, lazer e esporte em um local

paradisíaco;

Pólo Ecoturístico do Cantão, localizado nos municípios de Caseara e Pium, tem como

núcleo o Parque Estadual do Cantão, uma área protegida com 90.017,9 hectares,

situado ao norte da Ilha do Bananal e às margens do rio Araguaia, é um local que

proporciona ao ecoturista atividades como a observação da fauna e flora pois se está

inserido em uma aérea de transição entre o cerrado e a densa floresta amazônica, com

grande diversidade de espécies e de paisagens naturais. Seus ecossistemas abrigam

Page 25: Plano de Negocio Hotel Fazenda

29

mais de 500 espécies de aves, muitas das quais endêmicas, o que faz da região um

paraíso para, os observadores de aves.;

As cinco praias mais destacados do Estado: Praia da Tartaruga, no município de Peixe,

Praia da Ilha Grande, no município de Araguanã, Praias do Sol e da Ilha, no município

de Caseara e a Praia da Gaivota, no município de Araguacema, juntas formam uma

rede de atrativos para a prática de esportes aquáticos, como a pesca esportiva. É

importa destacar que todas as praias mencionadas estão inseridas no rio Araguaia e são

pontos de referência em estrutura, organização e receptividade dos moradores locais.

Page 26: Plano de Negocio Hotel Fazenda

30

7 GESTÃO

O Dicionário Aurélio a define como o ato de gerir ou gerência e aponta a palavra

administração como sinônimo. Alguns autores, no entanto, entendem que administração

possui uma conotação diferente do vocábulo gestão já que esta, mais recentemente, passou a

significar a interferência direta e ampla dos gestores nos sistemas e procedimentos

empresariais. Neste sentido, gestão poderia ser definida como o gerenciamento do conjunto de

ações e estratégias nas organizações, de maneira holística, visando atingir seus objetivos. Há

uma linha de pensamento que afirma que a administração está para os gerentes assim como a

gestão está para os líderes.

A administração é uma ciência fundamentada em um conjunto de normas e funções

elaboradas para disciplinar elementos de produção. A administração estuda os

empreendimentos humanos com o objetivo de alcançar um resultado eficaz e retorno

financeiro de forma sustentável e com responsabilidade social. Administrar envolve a

elaboração de planos, pareceres, relatórios, projetos, arbitragens e laudos, em que é exigida a

aplicação de conhecimentos inerentes às técnicas de Administração.

De fato a gestão é o ato de agir, pensar e sistematizar os processos de forma organizada com o

objetivo c principal de ordenar e coordenar as atividades desenvolvidas. Entende-se como

características do gestor, suas funções, habilidades e competências.

Segundo Araujo (2004), "as funções do gestor foram, num primeiro momento, delimitadas

como: planejar, organizar, comandar, coordenar e controlar. No entanto, por ser essa

classificação bastante difundida, é comum encontrá-la em diversos livros e até mesmo em

jornais de forma condensada em quatro categorias. São elas: planejar, organizar, liderar e

controlar."

Planejar: "definir o futuro da empresa, principalmente, suas metas, como serão alcançadas e

quais são seus propósitos e seus objetivos" (ARAÚJO, 169, 2004), ou como "ferramenta que

as pessoas e as organizações usam para administrar suas relações com o futuro. É uma

aplicação específica do processo decisório." (MAXIMIANO, 105, 2002).

Page 27: Plano de Negocio Hotel Fazenda

31

O planejamento envolve a determinação do que se espera para o presente da organização,

envolvendo quais as decisões deverão ser tomadas, para que as metas e propósitos sejam

alcançados.

Organizar: pode-se constatar que se fosse possível seqüenciar, diríamos que depois de

traçada(s) a(s) meta(s) organizacional (ais), são necessárias que as pessoas sejam adequadas

as atividades e aos recursos da organização, ou seja, chega à hora de definir o que deve ser

feito, por quem deve ser feito, como deve ser feito, a quem a pessoa deve reportar-se, o que é

preciso para a realização da tarefa. (ARAÚJO, 169, 2004).

Logo, "organizar é o processo anterior de dispor qualquer conjunto de recursos em uma

estrutura que facilite a realização de objetivos. O processo de organizar tem como resultado o

ordenamento das partes de um todo, ou a divisão de um todo em partes ordenadas."

(MAXIMIANO, 111, 2002).

Liderar: envolve influenciar as pessoas para que trabalhem num objetivo comum. "Meta(s)

traçada(s), responsabilidades definidas, será preciso neste momento uma competência

essencial, qual seja, a de influenciar pessoas de forma que os objetivos planejados sejam

alcançados." (ARAÚJO, 170, 2004).

Maximiano, ao invés de liderar, define o terceiro passo como executar, "o processo de

execução consiste em realizar as atividades planejadas que envolvem dispêndio de energia

física e intelectual" (MAXIMIANO, 119, 2002).

E por último controlar, que "estando à organização devidamente planejada, organizada e

liderada, é preciso que haja um acompanhamento das atividades, a fim de se garantir a

execução do planejado e a correção de possíveis desvios" (ARAÚJO, 170, 2004).

Cada uma das características podem ser definidas separadamente, porém dentro da

organização, são executadas em conjunto, ou seja, não podem ser trabalhados disjuntas.

Princípios para um bom Administrador são: saber utilizar princípios, técnicas e ferramentas

administrativas; saber decidir e solucionar problemas; saber lidar com pessoas; ter uma

comunicação eficiente; negociar, conduzir mudanças, obter cooperação e solucionar conflitos;

Page 28: Plano de Negocio Hotel Fazenda

32

ter uma visão sistêmica e global da estrutura da organização; ser proativo, ousado e criativo;

ser um bom líder e gerir com responsabilidade e profissionalismo.

7.1 Gerente

O sucesso ou desastre de uma exploração hoteleira podem deriva de muitos fatores, alguns até

incontroláveis, mas, em qualquer das situações, toda a responsabilidade cairá sobre o gerente.

Nem todos os acontecimentos do dia-a-dia têm a interferência direta do responsável pela

gestão, mas não há dúvida de que alguns podem sofrer a sua influencia. Pequenos incidentes,

erros ou omissões estão diretamente ligados a causas fortuitas, às quais o gerente é alheio,

mas deficiências de equipamento, pessoal desinteressado e excesso de trabalho são coisas que

também acontecem num hotel e, de maneira geral, têm a sua origem em deficiente atuação da

Gerência, seja por indiferença, seja por mau julgamento ou percepção das causas que os

originam.

Poderemos alegar que o gerente é um ser humano, sujeito a falhas, e não um computador

programado para trabalhar sem erros ou auto-corrigindo. Mas este raciocínio não será válido

se maus resultados de Gerência forem causa, não dos erros cometidos, mas sim da

incapacidade em aprender com eles. Todos estão sujeitos a enganos; apenas, devemos tirar

experiência dos nossos erros, sob pena de repeti-los com os mesmos penosos resultados.

Page 29: Plano de Negocio Hotel Fazenda

33

8 PLANO DE NEGÓCIO HOTEL FAZENDA DOIS PASSOS DO PARAÍSO

8.1 Sumário Executivo

O Hotel Fazenda Dois Passos do Paraíso, é um ponto de prestação de serviços, que tem como

objetivo introduzir e posteriormente aumentar a participação no mercado de hotelaria rural no

Estado do Tocantins, aumentando a confiabilidade do cliente, onde a principal diferença será

a busca constante pela qualidade dos serviços prestados.

Os principais serviços do Hotel Fazenda Dois Passos do Paraíso são:

Hospedagem;

Buffet;

Trilhas;

Rapel;

Camping;

Salão para conferências.

8.1.1 Enunciado do projeto

Este plano objetiva apresentar os estudos e analisar a viabilidade técnica e econômico-

financeira de um Hotel Fazenda, onde será focado na prestação de serviços condizentes aos

praticantes do Ecoturismo e do Turismo Rural.

8.1.2 Competências dos responsáveis

A estrutura será simples e enxuta, aproveitando-se as tecnologias existentes para transformar,

todo o treinamento em profissionalismo para melhor atender aos clientes, pois os mesmo se

queixam de falta de versatilidade de concorrentes a não divulgação de seus índices de

qualidade.

Somos em um total de 4 (quatro) sócios com as seguintes características:

Page 30: Plano de Negocio Hotel Fazenda

34

Luvanor da Silva Oliveira – será o Presidente e responsável Gestão Administrativa e

Estratégica, exercendo as funções inerentes ao cargo. Possui vários conhecimentos em relação

a gerência e a argumentação entre as partes administrativas, atuou na Gestão dos Recursos

Humanos da Superintendência Regional do Trabalho em Palmas – TO. Está atualmente na

Agência Setor Público do Banco do Brasil em Palmas - TO possuindo um caráter estratégico,

pois a unidade gerência todas as contas do Governo do Estado do Tocantins, Prefeitura

Municipal de Palmas, Câmara Municipal de Palmas e de todos os órgãos federais instalados

na cidade.

Michael David de Rezende – será o responsável pela Diretoria Financeira, exercendo as

funções inerentes do cargo, possui conhecimentos adquiridos ao longo de varias experiências

profissionais, atuando por vários anos no setor financeiro da Unimed – Plan Saúde.

Atualmente está na Agência Central do Bradesco em Palmas, sendo uma das maiores agências

de Palmas – TO, atende a um número elevado de clientes que solicitam os mais variados

serviços.

Lívia Abreu Rosa – será responsável pela Diretoria de Marketing e Articulação de Negócios,

divulgando a empresa, assim como deverá preservar o bom relacionamento com os

fornecedores, parceiros e clientes. Adquiriu conhecimentos na área após concluir cursos de

qualificação profissional.

Paulo Sergio dos Santos Araújo – será responsável pela Diretoria de Recursos Humanos e

Segurança, estando sempre atento a necessidades e anseios dos colaboradores da organização,

e oferecendo sempre aos clientes segurança e agilidade nos serviços prestados. Conquistou o

conhecimento necessário após cursos de capacitação profissional e por trabalhar diversos anos

na Empresa Auditec Contabilidade.

8.1.3 Os serviços e a tecnologia

Os serviços que se pretende oferecer ao mercado se caracterizam pela confiabilidade,

flexibilidade no processo de acompanhamento e por um conceito de atendimento ao cliente

que não se limita em ser apenas educado, mas propor soluções de problemas dos clientes. No

Hotel Fazenda Dois Passos do Paraíso o atendimento de qualidade é bem mais abrangente, vai

Page 31: Plano de Negocio Hotel Fazenda

35

alem das características pessoais de cada cliente, busca o conhecimento, a habilidade e o

talento durante e pós-prestação dos serviços, onde serão fatores que definirão os índices de

satisfação dos clientes.

Quanto à tecnologia, utilizará software que permita controlar a qualidade do serviço prestado

e que seja capaz de gerar relatórios os quais serão divulgados, software de gestão que faça a

gerência no processo de atualização dos dados minuto a minuto e um software de gestão

financeira que será uma ferramenta de auxilio ao controle de todas as entradas e saídas

ocasionadas pelo fluxo de movimentações.

8.1.4 O Mercado potencial

O Hotel Fazenda Dois Passos do Paraíso será segmentado no mercado de hospedagem rural,

oferecendo aos clientes práticas de esportes praticados no Ecoturismo, pois com a crescente

procura por essa modalidade nos motiva a desenvolver um projeto dessa natureza.

O mercado de hospedagem rural é cada vez mais crescente no Estado do Tocantins, pois a sua

paisagem em meio ao Cerrado proporciona uma sensação incomparável aos turistas que

optam como destino o Estado.

8.1.5 Elementos de diferenciação

Como características de diferenciação, procura-se, impingir em todos os serviços a serem

ofertados. Algumas premissas básicas, dentre as quais se deve criar a confiabilidade, a

flexibilidade, a busca constante para a melhoria de nosso atendimento, e levar respeito e

satisfação ao cliente com a exposição dos nossos indicies de qualidade em nossa pagina na

Internet.

Page 32: Plano de Negocio Hotel Fazenda

36

8.1.6 Previsão de Vendas

Na primeira etapa de implementação do projeto, projeta-se um faturamento da ordem de R$

99.116,66 mensal, onde esperamos que possa ter um crescimento anual de no mínimo de 5%

para todos os serviços do portfólio.

8.1.7 Rentabilidade e projeções financeiras

O Hotel Fazenda Dois Passos do Paraíso, apresenta um investimento alto em imobilização,

obtendo retorno do investimento em pouco menos de 45 meses ou 3,72 anos com uma taxa de

lucratividade de mais de 16%, e uma taxa de rentabilidade simples de 2,24%, pois levamos

em conta o faturamento mensal e todo o valor aplicado no investimento da empresa.

8.1.8 Necessidade de Financiamento

O investimento será realizado com parte em capital próprio dos sócios e parte com o capital

de terceiros no valor de R$ 369.270,00 (trezentos e sessenta e nove mil e duzentos e setenta

reais) com pagamento sendo realizado em um prazo de 60 meses com uma taxa de juros de

1,15% ao mês baseando-se no Sistema de Amortização Constante (SAC).

Page 33: Plano de Negocio Hotel Fazenda

37

9 A EMPRESA

O Hotel Fazenda Dois Passos do Paraíso pretende garantir serviços com excelente

atendimento, flexibilidade, agilidade e ofertar ao seu usuário o melhor da hospedagem rural.

9.1 A Missão

Ser referência nos serviços hoteleiros, atender as expectativas dos seus clientes e parceiros,

fortalecer o compromisso entre os funcionários e ser útil a sociedade.

9.2 Os Objetivos da empresa

9.2.1 Situação planejada desejada

9.2.1.1 Objetivo Geral:

Participar do mercado de hotelaria rural de forma atuante e rentável no Estado do

Tocantins, aumentando a qualidade e confiabilidade dos serviços ofertados aos

clientes.

9.2.1.2 Objetivos específicos:

Conquistar o mercado de hotelaria rural no Estado do Tocantins, através da qualidade

e veracidade, do empreendimento a ser implantado;

Oferecer aos clientes mão de obra e serviços de qualidades satisfatórias;

Ofertar aos clientes uma política de preço justa;

Atender ao cliente de forma personalizada e eficaz;

Atuar de forma dinâmica e eficaz buscando sempre solucionar os problemas dos

clientes;

Page 34: Plano de Negocio Hotel Fazenda

38

Desenvolver práticas educacionais voltadas para a sustentabilidade ambiental.

9.2.1.3 Metas:

O Hotel Fazenda Dois Passos do Paraíso tem como meta buscar um excelente retorno tanto

financeiramente quanto ao índice de satisfação do consumidor através de pesquisas na área,

para que com isso possamos alcançar 35% do mercado em 5 (cinco) anos.

9.2.1.4 O foco:

O foco do Hotel Fazenda Dois Passos do Paraíso é de atuar no mercado de hospedagem rural,

com práticas encontradas em atividades que envolvam o ecoturismo e o turismo rural.

9.3 Estrutura organizacional e legal

9.3.1 Descrição legal

A empresa será constituída na forma de Sociedade empresarial por cota de responsabilidade

sendo uma empresa Limitada (LTDA), devidamente registrada na junta Comercial do Estado

do Tocantins e demais órgãos que se fizer necessário o devido registro, bem como deverá

cumprir rigorosamente aos preceitos legais e institucionais deste.

9.3.2 Estrutura Funcional, Diretoria, gerência e staff

Inicialmente a intenção de se estruturar a primeira diretoria aproveitando todos os membros

da equipe envolvidos no desenvolvimento do projeto que são em número de 4 (quatro)

componentes, organizando da seguinte forma:

Diretoria de Marketing e Articulação de Negócios, que terá a responsabilidade de

divulgar as atividades e os produtos/serviços oferecidos pelo empreendimento e fazer

Page 35: Plano de Negocio Hotel Fazenda

39

pesquisas de mercado além de manter sempre o bom relacionamento entre os

fornecedores e parceiros;

Diretoria de Recursos Humanos e Segurança: que ficará responsável pela seleção e

treinamento do corpo de colaboradores da empresa além de executar todas as

atividades que envolvam a situação funcional dos colaboradores e será responsável

pela segurança e devido controle dos equipamentos e serviços oferecidos ao cliente;

Presidência e Diretoria de gestão de Administração e Planejamento, responsabilidade

principal será: planejar, executar, dirigir e acompanhar todas as atividades do âmbito

organizacional;

Diretoria Financeira; ficará responsável pela presidência e pelo controle financeiro da

organização.

9.4 Sínteses das Responsabilidades da Equipe Dirigente

Luvanor da Silva Oliveira – será responsável pela Presidência e Diretoria Gestão

Administrativa e Planejamento, exercendo as funções inerentes do cargo

Michael David de Rezende – será responsável pela Diretoria Financeira, exercendo

as funções inerentes do cargo.

Lívia Abreu Rosa – será responsável pela Diretoria de Marketing e Articulação de

Negócios, cuidando assim do “rosto” e divulgação da empresa, assim como preservar

o bom relacionamento com os fornecedores, parceiros e clientes.

Paulo Sergio dos Santos Araújo – será responsável pela Diretoria de Recursos

Humanos e Segurança, estando sempre atento a necessidades e anseios dos

colaboradores da organização, e oferecendo sempre aos clientes segurança e agilidade

nos serviços prestados.

9.4.1 Organograma

Conforme demonstra a figura 1, o organograma da alta gerência do Hotel Fazenda Dois

Passos do Paraíso terá a seguinte estrutura:

Page 36: Plano de Negocio Hotel Fazenda

40

Luvanor da Silva

Oliveira

Gestor Administrativo e

Estratégico

Michael David Rezende Gestor Financeiro

Lívia Abreu Rosa Gestora Comercial e

Marketing

Paulo Sergio dos Santos

Araújo

Gestor de Recursos Humanos

e Segurança

Figura 1 – Organograma Organizacional

9.5 Plano de Operações

9.5.1 Administração

Os produtos/serviços oferecidos pelo Hotel Fazenda Dois Passos do Paraíso exigirão

inicialmente de espaço bem localizado e uma estrutura física composta por escritórios

devidamente informatizados, com sistema de telefone e Internet, uma frota de 2 (dois) carros

que serão utilizados para locomoção de sua diretoria. Haverá a necessidade de um amplo

espaço físico para que possa ser implantada a estrutura do Hotel Fazenda, que contará com

um total de 15 (quinze) chalés para acomodações dos hospedes divididos entre 5 (cinco) para

solteiros 5 (cinco) conjugados e 5 (cinco) para casais, 1 (um) refeitório, 1 (um) centro de

convenções onde será um grande atrativo pois contará com uma amplo auditório com espaço

para 200 (duzentos) convidados, e 1 (um) prédio administrativo onde se localizará a recepção

e a parte administrativa da organização.

Page 37: Plano de Negocio Hotel Fazenda

41

9.5.2 Comercial

Em pesquisa realizada detectou que 70% do universo pesquisado, requerem que seja

implantado um Hotel Fazenda com atendimento de alta-qualidade e com custos acessíveis,

onde planejamos atingir o publico através de divulgações em Jornais e campanhas em Rádios

e Televisões.

9.5.3 Controle e Qualidade

Para controle e qualidade dos produtos/serviços oferecidos pelo Hotel Fazenda Dois Passos

do Paraíso, será desenvolvido programas de controle que obedecerão todas as necessidades do

cliente e dos indicadores de padrões qualitativos, onde o próprio mercado consumidor irá

saber através de avisos e panfletos ali expostos e divulgados posteriormente no site do

empreendimento.

O empreendimento contará com os seguintes indicadores: Financeiro, com o objetivo de

avaliar o desempenho financeiro; Pesquisa de mercado, com o objetivo principal de medir o

índice de satisfação do cliente sobre os produtos e serviços oferecidos pelo empreendimento.

9.5.4 Terceirização

O Hotel Fazenda Dois Passos do Paraíso, não irá trabalhar com terceirização de seus serviços.

9.5.5 Sistema de Gestão

A gestão da empresa dar-se á pelos sócios diretores que responsabilizarão pela Administração,

Marketing, Planejamento e Controle da empresa, que serão responsáveis pelo controle

organizacional e definiram todos os rumos que a organização deverá ser direcionada.

Page 38: Plano de Negocio Hotel Fazenda

42

10 O PLANO DE MARKETING

10.1 Análise de Mercado

10.1.1 O setor

O setor de hotelaria rural esta em constante crescimento no Brasil, pois esse setor é

responsável por levar aos seus consumidores, diversão, cultura e interação com a natureza de

maneira responsável e ecologicamente correta. Na cidade de Palmas e no Estado do Tocantins

não poderia ser diferente, pois o único empreendimento do ramo existente no Estado se

localiza em Palmas e leva aos seus consumidores à interação da natureza, com a prática de

varias modalidades de esportes radicais.

10.1.1.1 Oportunidades e ameaças

As oportunidades do Hotel Fazenda Dois Passos do Paraíso, são representadas pela pouca

concorrência existente no mercado, é um ramo com alta taxa de crescimento e adeptos, o

Estado do Tocantins possui uma paisagem propicia a pratica do Ecoturismo e do Turismo

Rural e a sua população está em um acintoso crescimento.

Com referencia ao índice de crescimento das modalidades do Ecoturismo e do Turismo Rural,

encontramos dificuldades com os dados sobre a taxa de crescimento no Estado do Tocantins

pois a ADETUR não possui nenhum tipo de pesquisa voltada para a área.

As ameaças para o Hotel Fazenda Dois Passos do Paraíso, são representadas através das

competições com a concorrência de outros estados e também aqui do Estado do Tocantins,

uma possível queimada fora de controle no período das secas, boicote por parte de

fornecedores e constantes mudanças climáticas onde poderá ter a incidência de um longo

período de chuvas ou de seca.

Page 39: Plano de Negocio Hotel Fazenda

43

10.1.2 A clientela

Teremos foco à prestação de serviços para os praticantes do Ecoturismo, Turismo de

Aventura, o Turismo Rural, e os ainda os serviços básicos de um hotel comum, como: piscina,

áreas desportivas e um auditório com a finalidade de receber convenções e reuniões com

capacidade para 200 (duzentos) convidados.

De acordo com pesquisa realizada cerca de 69% do universo entrevistado, requerem um Hotel

Fazenda, com inovação, agilidade, confiabilidade no atendimento e com uma política de preço

competitiva.

10.1.2.1 Segmentação

Embasado nos conhecimentos adquiridos o Hotel Fazenda Dois Passos do Paraíso,

direcionará suas atividades para as famílias de classe media a alta de qualquer localidade,

adeptos das modalidades de Turismo no Espaço Rural e as famílias que buscam a comodidade

e tranqüilidade que o meio Rural oferece.

10.1.3 A concorrência

O principal e único concorrente, Hotel Fazenda Encantada localizado na região sudeste de

Palmas-TO, oferece serviços de restaurante, praticas de turismo no espaço rural, uma salão de

com capacidade para 60 (sessenta) e um espaço infantil com brinquedos mais não suprem

totalmente as necessidades de seus clientes, pois uma de nossas políticas de relacionamento é

sempre colocar o cliente em primeiro plano, satisfazendo assim as suas vontades mais

exploradas.

10.1.4 Fornecedores

Teremos uma relação de fidelidade e parceria com nossos fornecedores em potencial, pois

iremos trabalhar com o objetivo de cada vez mais buscar a melhoria e eficácia dos matérias

Page 40: Plano de Negocio Hotel Fazenda

44

utilizados tanto nos serviços de hospedagem normal quanto para os serviço de praticas

esportivas.

10.2 Estratégia de Marketing

10.2.1 Os serviços

Os serviços oferecidos pelo Hotel Fazenda Dois Passos do Paraíso, são:

Hospedagem;

Buffet;

Trilhas;

Rapel;

Camping;

Salão para conferências.

Onde podemos ter como destaque um Auditório que será implantado para realização de

palestras e conferências de negócios, treinamentos, enfim, que estará disponível para a

locação tanto de entes conveniados, tanto para os clientes interessados em um espaço

agradável para a execução de atividades dessas modalidades.

10.2.1.1 A tecnologia

A tecnologia utilizada pelo Hotel Fazenda Dois Passos do Paraíso será aplicada através de

softwares de gestão e controle das soluções de contratos, e usará aplicativos para manter e

estudar a qualidade dos serviços prestados e a segurança dos equipamentos utilizados nas

atividades esportivas.

10.2.1.2 Vantagens competitivas

O Hotel Fazenda Dois Passos do Paraíso apresenta competitividade aos concorrentes, tais

como;

Page 41: Plano de Negocio Hotel Fazenda

45

Profissionais contratados e treinados, oferecendo capacidade de agilidade e segurança

dos serviços prestados;

Diretor Responsável pelo controle de sistema de segurança;

Grande rede de contatos dos sócios-diretores;

Localização e preços adequados aos clientes em potenciais.

10.2.1.3 Planos de pesquisa e desenvolvimento

O Hotel Fazenda Dois Passos do Paraíso projeta expandir suas operações priorizando o

atendimento ao cliente e ainda estabelecer parcerias com outras empresas possibilitando uma

possível criação de um pólo administrativo na cidade de Palmas - TO.

10.2.2 Preço

Os preços serão definidos a principio da seguinte maneira:

Hospedagem – R$ 125,00 a diária por pessoa, incluso café da manhã, almoço e jantar.

Buffet – incluso no valor da hospedagem; R$ 25,00 para o jantar ou almoço no caso

dos clientes que preferem a modalidade de camping.

Café da manhã – R$ 5,00 por pessoa – valor para os clientes que preferem a

modalidade camping;

Trilhas – incluso no valor da hospedagem;

Rapel – R$ 25,00 por pessoa

Camping – R$ 70,00 por pessoa, valor incluindo o Buffet com opção para café da

manhã, almoço ou jantar e as Trilhas que serão percorridas;

Salão para conferências – R$ 2.500,00 por evento limitado a 5 (cinco) horas, sendo

cobrado 30% do valor por hora excedente.

10.2.3 Distribuição

Os serviços serão distribuídos em local fixo, onde o Hotel Fazenda Dois Passos do Paraíso

terá uma boa localização regional e social, estará localizado no município de Lajeado-TO a 15

Page 42: Plano de Negocio Hotel Fazenda

46

(quinze) quilômetros do centro da cidade, em uma área de reserva florestal situada entre duas

serras, que serão bastante utilizadas pelos praticantes de Turismo de Aventura.

10.2.4 Promoção e publicidade

A divulgação do Hotel Fazenda Dois Passos do Paraíso será realizada inicialmente através de

consultor de vendas, jornais, panfletos e internet. Posteriormente estenderemos a rádio,

outdoor e televisão. Com divulgações em todo Estado do Tocantins.

10.2.5 Serviços ao cliente (de venda e pós-venda)

O Hotel Fazenda Dois Passos do Paraíso contará com um consultor de vendas responsável

pela venda e pós-venda realizando assim a manutenção do cliente, onde a empresa montará

uma pagina na Internet, para receber sugestões e tirar duvidas dos nossos clientes.

10.2.6 Relacionamento com os clientes

A comunicação com os clientes será realizada diretamente através do consultor de vendas e

serviços oferecidos pela nossa pagina na Internet onde os clientes terão acesso a todos os

índices de controle e qualidade dos serviços prestados.

10.3 Pesquisa de Mercado

Foram pesquisadas 189 pessoas que representam o universo de amostragem sobre os possíveis

clientes do Hotel Fazenda Dois Passos do Paraíso. A pesquisa foi composta por 15 (quinze)

questões de múltiplas escolhas e foi aplicada entre os dias 1 de outubro à 8 de novembro de

2009.

Page 43: Plano de Negocio Hotel Fazenda

47

Os resultados apresentados pela pesquisa são os seguintes:

Conforme é demonstrado através da Tabela 8 e observado no Gráfico 3 em relação a faixa

etária destacam-se os pesquisados que se situam entre 20 a 29 anos representando 42% do

universo entrevistado.

Tabela 8

ANÁLISE DE MERCADO POR FAIXA ETÁRIA

FAIXA ETÁRIA QUANTIDADE

QUANTIDADE

EM (%)

até 19 40 21

20-29 79 42

30-39 34 18

40-49 19 10

acima de 50 17 9

Total de entrevistados 189 100

De acordo com a Tabela 9 e o Gráfico 4 que se referem à análise do mercado por sexo,

podemos concluir que a grande maioria do sexo abordado foi o feminino com um total de 110

entrevistas correspondendo a 58% do universo entrevistado.

Page 44: Plano de Negocio Hotel Fazenda

48

Tabela 9

ANALISE DE MERCADO POR SEXO

SEXO QUANTIDADE

Feminino 110

Masculino 79

Total 189

Como pode ser visualizado no Gráfico 5 e demonstrado através da Tabela 10, no universo

estuda pode concluir que o Estado do Tocantins é um grande polo para prática do Ecoturimo e

do Turismo Rural, poís a grande maioria dos entrevistados afirmara que já praticaram ou

praticam as duas modalidades de Turismo.

Tabela 10

ANÁLISE DE MERCADO PRATICANTE

MODALIDADE QUANTIDADE

SIM NÃO

Ecoturismo 119 70

Turismo rural 172 17

Page 45: Plano de Negocio Hotel Fazenda

49

A tabela 11 e o gráfico 6 demonstram que 41% do universo estudado possui um renda

familiar de 3 a 5 salários mínimos, seguida pelo grupo que ganha abaixo de 3 salários

mínimos.

Tabela 11

ANALISE DE MERCADO POR RENDA FAMILIAR

RENDA FAMILIAR QUANTIDADE

QUANTIDADE

EM (%)

abaixo de 3 salários 54 28

de 3 a 5 salários 78 41

de 5 a 7 salários 44 24

acima de 7 salários 13 7

Total de entrevistados 189 100

Page 46: Plano de Negocio Hotel Fazenda

50

Como podemos observar na tabela 12 e no gráfico 7, a pesquisa foi voltada para a avaliação

dos serviços prestados no Estado do Tocantins e na cidade de Palmas – TO, poís o munícipio

de Lajeado – TO não possui nenhum tipo de serviço que se enquadre as perguntas solicitadas.

Após tabularmos todo o corpo da pesquisa podemos destacar que:

65% dos entrevistados alegam que a prestação de serviços turísticos no Estado do

Tocantins é regular, não atendendo aos anceios esperados pelos clientes;

52% dos estrevistados afirmam que as Atividades Sócio-ambientais desenvolvidas no

Estado do Tocantins são boas;

66% confirmam que o Estado do Tocantins é um exelente ponto para a prática do

Ecoturismo;

69% consideram ruim os serviços oferecidos nas hospedarias rurais no Estado do

Tocantins;

68% se dizem insatisfeitos com os preços praticados nas hopedarias rurais.

Page 47: Plano de Negocio Hotel Fazenda

51

Tabela 12

AVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS E ATIVIDADES

ITEM QUALIDADE DOS SERVIÇOS

RUIM REGULAR BOM OTIMO EXELENTE

Serviços Turísticos no Tocantins 40 123 19 5 2

Atividades Sócio-ambientais no Tocantins 13 23 98 29 26

Turismo ecológico no Tocantins 9 17 19 19 125

Atividades Sócio-ambientais em Palmas 15 21 111 23 19

Turismo ecológico em Palmas 2 7 28 129 23

Serviços de hospedarias rurais no Tocantins 130 28 17 11 3

Serviço Hoteleiro no Tocantins 19 131 16 14 9

Serviço Hoteleiro em Palmas 23 129 19 13 5

Preço praticado pelas hospedarias rurais no

Tocantins 128 27 18 12 4

Infra-estrutura oferecida nas hospedarias rurais 19 32 66 47 25

Page 48: Plano de Negocio Hotel Fazenda

52

11 PLANO FINANCEIRO

Os demonstrativos financeiros das ações planejadas para o Hotel Fazenda Dois Passos do

Paraíso estão em apêndice. O conteúdo da análise financeira responde as seguintes perguntas:

Quanto será necessário para iniciar o negócio?

Existe disponibilidade de recursos para isto?

De onde virão os recursos para o crescimento do negócio?

Qual o mínimo de vendas necessário para que o negócio seja viável?

O volume de vendas que a empresa julga atingir torna o negócio atrativo?

A lucratividade que a empresa conseguirá obter é atrativa?

11.1 Investimento Inicial (Apêndice – Quadro 1)

Conforme se pode verificar no apêndice quadro 1, para a implantação do negócio os

investimentos projetados com as instalações, suprimentos, equipamentos e mobiliário

necessários serão da ordem de R$ 676.961,79 e o valor de R$ 32.308,28 que será utilizado

para capital de giro, constituição da empresa e publicidade, totalizando assim um

investimento projetado na ordem de R$ 709.269,79.

O recurso próprio se dará no valor de R$ 340.000,00 a partir da aplicação por parte dos

proprietários em valores iguais de R$ 85.000,00 para cada sócio a constituição do capital

inicial necessário para a abertura da empresa, prontamente a utilização de recursos de

terceiros envolve a busca de investidores ou de empréstimos junto a instituições financeiras

no valor de R$ 369.270,00.

Conforme se pode observar não existe gasto com o terreno, isso se justifica pelo fato de que o

empreendimento será construído em meio a uma área de proteção ambiental, e nesse caso o

Governo do Tocantins sede o terreno para há implementação do empreendimento desde que

se comprove que o mesmo gerará riqueza e preservará a natureza através da sustentabilidade

ambiental, buscando assim o aumento da demanda e da cultura turística do Estado do

Tocantins.

Page 49: Plano de Negocio Hotel Fazenda

53

11.2 Receitas (Apêndice – Quadro 2)

Conforme a média de 600 pessoas por mês distribuídas nas modalidades de camping e

hospedagem freqüentando o Hotel Fazenda Dois Passos do Paraíso, projeta-se uma receita

mensal no valor total de R$ 99.112,66 e com média diária no valor de R$ 3.303,76.

11.3 Custos e Despesas (Apêndice – Quadro 3 e 4)

O Hotel Fazenda Dois Passos do Paraíso possui os seguintes custos:

Custos variáveis: estão incluídos os gastos com o consumo de material direto no

empreendimento projetado mensalmente na ordem de R$ 28.423,73, e os impostos no

valor projetado de R$ 13.558,61, apresentado um total de custos variáveis no valor de

R$ 42.821,99, variando diretamente com a quantidade de hospedes no mês;

Custos fixos: conforme apêndice quadro 3 e 4, estão relacionado a quantidade exata de

funcionários e os respectivos custos operacionais que não cairiam com a quantidade de

hospedes. O custo total da mão de obra é R$ 14.569,00, os encargos sobre a mão de

obra no valor de R$ 2.331,04, Pró-labore no valor total de R$ 4.800,00, honorários do

contador de R$ 500,00, depreciação de R$ 3.803,23, linha telefônica de R$ 800,00,

gasto com publicidade na ordem de R$ 3.964,51, energia elétrica no valor de R$

7.230,00, manutenção das instalações no valor de R$ 1.008,86, seguro no valor de R$

607,85, totalizando assim um custo operacional fixo mensal projetado no valor de R$

40.406,79.

11.4 Fluxo de caixa (Apêndice 1 – Quadro 11)

O fluxo de caixa é um instrumento que tem como objetivo básico, a projeção das entradas

(receitas) e saídas (custos, despesas e investimentos) de recursos financeiros por um

determinado período de tempo. Com o fluxo de caixa, o empreendedor terá condições de

identificar se haverá excedentes ou escassez de caixa durante o período em questão, de modo

que este constitui um importante instrumento de apoio ao planejamento da empresa

(especialmente na determinação de objetivos e estratégias). Evidentemente não haverá

condições de executar-se um plano sem disponibilidade financeira para tal.

Page 50: Plano de Negocio Hotel Fazenda

54

11.5 Demonstrativos de Resultados / Lucratividade Prevista / Ponto de equilíbrio

(Apêndice – Quadros 9, 10, 13-18)

Como demonstrado no apêndice nos quadros 9, 10, 13-18 apresentam os seguintes resultados

projetados mensalmente abaixo relacionados:

Lucro operacional de R$ 15.883,88;

Lucro líquido de R$ 13.501,30;

Lucro financeiro de R$ 18.178,67;

Uma ótima lucratividade na ordem de 16% por mês;

Uma rentabilidade simples mensal 2,24% ao mês;

Um excelente prazo de retorno do investimento projetado por volta de 3 anos e 8

meses;

Ponto de equilíbrio no valor de R$ 71.145,43;

Liquidez corrente projetada onde para cada R$ 1,00 em divida o empreendimento

possui R$ 0,74 para pagar, sendo um excelente valor, pois se verifica que o

financiamento efetuado equivale a 52,06% do valor investido para a implementação

do empreendimento;

Índice de endividamento de R$ 0,64, significa que a empresa contraiu suas dividas à

longo prazo onde para cada R$ 1,00 de capital próprio a empresa utiliza R$ 0,64 de

terceiros.

11.6 Sazonalidade do Mercado

A demanda poderá sofrer influencias devido as influencias climáticas causando uma

sazonalidade no mercado, porém, a partir de convênios com o governo e demais entidades

para prover o hotel fazenda.

Não há necessidade de informar a sazonalidade na planilha financeira, pois, de acordo com

pesquisa realizada e com todas as atividades que serão desenvolvidas projetamos uma média

de 600 pessoas por mês que irão usufruir de todos os serviços do empreendimento, sendo

assim não ocorrerá alteração nos valores expostos na planilha.

Page 51: Plano de Negocio Hotel Fazenda

55

12 CONCLUSÃO

Para atender a demanda de bens e serviços de uma comunidade, as empresas constituem-se da

união de capital, informação, tecnologia e trabalho. A eficácia dessa união depende

fundamentalmente do gerenciamento do fator capital.

A elaboração deste projeto poderá servir como base para a verificação de implementação de

uma empresa, e a ferramenta utilizada será um instrumento valioso para que o perfil

sócio/econômico dos consumidores potenciais seja traçado e conhecido. Desta forma, a

decisão pela implantação ou não da empresa será facilitada. O uso desta ferramenta é

primordial para que se possa analisar o mercado antes de sua implantação, uma vez que o

resultado de uma pesquisa representa conhecer o seu público alvo, além de onde estão e quem

são os clientes potenciais da empresa.

Neste contexto, conclui-se que é aceitável a idéia de implantação de um hotel fazenda no

município de Lajeado – TO, haja vista, que as potencialidades não só da cidade mais sim de

todo o Estado do Tocantins favoreçam economicamente há implementação do

empreendimento.

Page 52: Plano de Negocio Hotel Fazenda

56

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Page 54: Plano de Negocio Hotel Fazenda

58

APÊNDICE

APÊNDICE 1 – QUESTIONÁRIO PESQUISA DE MERCADO

APÊNDICE 2 – ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICO/FINANCEIRA

APÊNDICE 3 – PROJETO ARQUITETÔNICO