Plano Estratégico Para as Migrações_2015-2020
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Plano Estratgico para as Migraes
2015-2020
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R
Resoluo do Conselho de Ministros
O perfil migratrio dos pases tem mudado significativamente, a um ritmo acelerado,
nos ltimos anos. O fenmeno da globalizao, as crises financeiras e as assimetrias
entre blocos econmicos justificam estas mudanas.
No caso portugus, o perfil migratrio alterou-se profundamente desde os anos 60 do
sculo passado. De um pas fortemente marcado pela emigrao transformou-se, na
dcada de 90 do mesmo sculo, num pas muito procurado por imigrantes para
viverem e trabalharem.
Esta alterao de perfil tem vrias explicaes: a melhoria das condies econmicas e
sociais, que conduziu a uma maior atratividade para trabalhadores de outros Estados;
um vasto programa de obras pblicas e de construo de infraestruturas, que permitiu
a capacidade de absoro de muitos trabalhadores nesses setores, maioritariamente
em posies pouco qualificadas; e, finalmente, a instabilidade poltica e social em
pases com os quais Portugal tem histricas relaes culturais e afinidades lingusticas,
que justificou a procura desses trabalhadores por melhores condies de vida em
Portugal.
Desde o incio do sculo XXI tem-se assistido a uma nova alterao do perfil migratrio
do pas. Assistiu-se a um decrscimo da populao imigrante, numa tendncia que se
confirma igualmente no ano de 2014.
Paralelamente registou-se um aumento gradual da emigrao de portugueses para o
estrangeiro. No sendo a experincia emigratria portuguesa um fenmeno recente, e
tendo Portugal uma emigrao acumulada bastante superior ao nmero de imigrantes
residentes no pas, foi nos ltimos anos que o pas retomou os saldos migratrios
negativos.
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Nesta nova realidade, o fenmeno migratrio tambm se complexificou. J no
estamos apenas a falar da imigrao sul-norte. As populaes migrantes tornaram-se
mais diversificadas em razo dos pases de origem, dos pases de destino, da durao
migratria e dos motivos para a imigrao.
O decrscimo na populao estrangeira residente nos ltimos anos no reflete,
contudo, uma diminuio de todos os perfis de imigrantes. Se em 2008 as autorizaes
de residncia para o exerccio de uma atividade profissional subordinada e de
reagrupamento familiar eram os ttulos mais representativos, a sua importncia veio a
decrescer ao longo dos ltimos anos. Entre 2008 e 2012, a concesso destas
autorizaes de residncia teve quebras bastante mais acentuadas (-65,1% e -77,7%,
respetivamente) que a quebra associada ao total de residentes (-5,3%). Em contraste,
o nmero de residentes estrangeiros titulares de autorizao de residncia para
estudantes do ensino superior aumentou entre 2008 e 2012 (+109,1%).
Por outro lado, verificou-se uma subida dos descendentes de imigrantes nascidos em
Portugal, que, por via das alteraes Lei n. 37/81, de 3 de outubro (Lei da
Nacionalidade), introduzidas pela Lei Orgnica n. 2/2006, de 17 de abril, adquiriram a
nacionalidade portuguesa, sendo hoje novos cidados nacionais. O enquadramento
legal portugus, fruto de extenso consenso nacional, foi reconhecido como uma boa
poltica de integrao de imigrantes ao nvel internacional. Uma poltica migratria
moderna no pode ignorar esta realidade.
, assim, claro que a poltica de imigrao em Portugal deve adaptar-se a estes novos
perfis migratrios, no podendo ser uma poltica vocacionada apenas para a situao
do mercado laboral, mas devendo levar, decisivamente, em conta uma perspetiva
econmica e social de conjunto. Para tal, certamente necessrio consolidar o
trabalho de acolhimento e de integrao e, sobretudo, redobrar esforos na correta
integrao das segundas e terceiras geraes de imigrantes, relativamente aos quais a
incluso profissional e a cidadania so aspetos fundamentais.
Para alm disso, tambm vital, neste seguimento, perspetivar as migraes como
parte de uma estratgia de valorizao e crescimento econmico de Portugal, de
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gesto e valorizao do talento, de gesto e valorizao da mobilidade, reforando e
promovendo o contributo das populaes migrantes para esse objetivo. Estudos
demonstram o efeito muito positivo da imigrao nas contas pblicas, sendo os
imigrantes contribuintes lquidos. Mas o impacto pode ainda ser medido por outras
dimenses. Em paralelo com o investimento na rea da educao, da investigao e
desenvolvimento, das infraestruturas pblicas e das polticas de promoo ao
emprego, o investimento em polticas migratrias contribui diretamente para a
inovao, para o progresso tecnolgico, para o investimento, para o enriquecimento
cultural e para o aumento do capital humano.
Finalmente, a circularidade em que hoje se processam muitas migraes e a crescente
mobilidade de migrantes portugueses e estrangeiros que aproveitam oportunidades
profissionais em diferentes pases, aconselham a que os fluxos migratrios sejam
considerados com uma viso de conjunto. neste contexto que alguns pases
tradicionalmente sujeitos a significativos fluxos de imigrao e de emigrao tm
procurado gradualmente articular e integrar as polticas migratrias, quer as relativas
s entradas, quer as relativas s sadas, internalizando uma viso integrada do
fenmeno imigratrio e emigratrio.
Reconhecendo que as migraes tm um impacto positivo na sociedade em diferentes
dimenses, Portugal enfrenta hoje cinco desafios particularmente decisivos que
convocam as migraes: (i) o combate transversal ao dfice demogrfico e o equilbrio
do saldo migratrio; (ii) a consolidao da integrao e capacitao das comunidades
imigrantes residentes em Portugal, respeitando e aprofundando a tradio humanista
de Portugal; (iii) a incluso dos novos portugueses, em razo da aquisio de
nacionalidade ou da descendncia de imigrantes; (iv) a resposta mobilidade
internacional, atravs da internacionalizao da economia portuguesa, na perspetiva
da captao de migrantes e da promoo das migraes como incentivo ao
crescimento econmico; (v) o acompanhamento da nova emigrao portuguesa,
atravs do reforo dos laos de vnculo e da criao de incentivos para o regresso e
reintegrao de cidados nacionais emigrados.
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Estes cinco desafios ao nvel da integrao, da incluso, da captao e do regresso dos
nossos emigrantes tornam perentrio o desenho de uma nova estratgia nacional para
as migraes que seja articulada transversalmente. O plano agora aprovado ser
sustentado pelo financiamento comunitrio 2014-2020, sem onerar de forma
acrescida o oramento nacional, e dar um novo impulso s polticas migratrias,
ajustando as iniciativas desenvolvidas s necessidades atuais, projetando novas
medidas que, de forma eficaz e com uma gesto eficiente, possam ser mais um
contributo para o enriquecimento do pas.
Esta estratgia deve primar pela absoluta garantia da dignidade da pessoa humana e
da promoo da igualdade entre homens e mulheres, em estreita articulao com as
polticas pblicas de segurana interna e com as polticas para a emigrao.
Foi ouvido o Conselho para as Migraes.
Assim:
Nos termos da alnea g) do artigo 199. da Constituio, o Conselho de Ministros
resolve:
1 - Aprovar o Plano Estratgico para as Migraes (2015-2020), doravante designado
por PEM, que consta do anexo presente resoluo e da qual faz parte integrante.
2 - Criar a Rede de Pontos Focais de Acompanhamento do PEM, constituda por dois
representantes de cada ministrio, um efetivo e um suplente, para
acompanhamento e execuo do PEM.
3 - Elaborar um relatrio anual de execuo do PEM pelo Alto Comissariado para as
Migraes, I.P. (ACM, I.P.) a apresentar ao Conselho para as Migraes.
4 - Determinar que a assuno de compromissos para a execuo das medidas do PEM,
incluindo os inerentes ao das suas estruturas de operacionalizao, depende de
fundos disponveis por parte das entidades pblicas competentes.
5 - Determinar que a presente resoluo produz efeitos no dia seguinte sua
publicao.
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ANEXO
(a que se refere o n. 1)
Plano Estratgico para as Migraes (2015-2020)
Parte I
1 - Enquadramento
Vivemos hoje um tempo de migraes, correspondendo as migraes internacionais a
uma parte integrante da globalizao. Os impactos das migraes internacionais so
mltiplos, tendo inerentes a diversidade cultural das sociedades, o aprofundamento
das relaes entre pases, o empreendedorismo e a inovao, a abertura de mercados,
os contributos lquidos para as finanas pblicas e os efeitos na demografia.
Os fluxos migratrios em Portugal apresentam uma variabilidade assinalvel ao longo
dos ltimos anos. No passado recente, os fluxos migratrios de entrada foram muito
expressivos, conduzindo a um aumento significativo da populao estrangeira
residente entre os anos de 2000 e 2010. Os fluxos migratrios de sada permaneceram
constantes durante o incio da dcada, tendo-se verificado um acrscimo assinalvel
desde 2008. O saldo migratrio apresentou, entre 2000 e 2010, valores sempre
positivos, apesar de tendencialmente decrescentes. J nos ltimos anos, os saldos
migratrios tm tido valores negativos.
Adicionalmente, a partir de 2010, e associando saldos naturais negativos descida do
saldo migratrio, Portugal assiste a saldos populacionais totais negativos. Por outras
palavras, nos ltimos anos, o saldo migratrio em Portugal deixou de conseguir
compensar os valores negativos do saldo natural. A diminuio do ndice de
fecundidade e dos saldos migratrios e o aumento da esperana mdia de vida,
acompanhando a tendncia verificada em outros Estados-membros, induz ao reforo
do envelhecimento demogrfico e ou sobre representao de idosos.
Neste mbito, Portugal apresentou em 2013 um ndice sinttico de fecundidade de
1,21 filhos por mulher, abaixo da mdia da Unio Europeia, e uma taxa lquida de
migrao negativa (-3,6%), face a uma mdia positiva da Unio Europeia. Ora,
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atendendo a que, segundo um estudo do EUROSTAT, a partir de 2015 se prev que o
crescimento populacional dos Estados-membros se consiga apenas com saldos
migratrios positivos, Portugal encontra-se numa situao de fragilidade demogrfica
a que o Governo deve responder de forma integrada. neste contexto que deve ser
analisado o fenmeno migratrio em Portugal e ser desenhada uma poltica
transversal que atenda evoluo deste sistema.
de salientar que as polticas pblicas neste domnio tm de privilegiar uma lgica
integrada e articulada entre a imigrao e a emigrao, de modo a permitir o
desenvolvimento consolidado de respostas a desafios emergentes, evitando vises
parcelares ou atomistas. Deste modo, hoje evidente que uma poltica migratria
eficaz deve fundar-se na gesto integrada e equilibrada dos fluxos migratrios.
As exigncias do momento presente reclamam medidas e aes concretas que
promovam a integrao pessoal, social, profissional e cvica, a fim de garantir o acesso
de direito a uma cidadania comum. O modelo de governao participada da
diversidade cultural de Portugal, mostra-se, pois, aberto mudana e evoluo com
vista preparao do futuro, prevenindo clivagens e preservando a coeso social,
dando resposta aos desafios e oportunidades inerentes experincia migratria de
Portugal. Assim, o desenvolvimento de uma poltica para as migraes tem,
forosamente, de atender aos principais desafios contemporneos e enquadrar o seu
potencial no desenvolvimento de outras reas da interveno pblica.
O amplo consenso poltico em torno do tema das migraes, em Portugal, tem
permitido o sucesso das polticas de integrao. Este consenso tem sido expresso na
prtica poltica e, tambm, nas expressivas maiorias de aprovao na Assembleia da
Repblica dos principais instrumentos legislativos de que so exemplo as alteraes ao
regime jurdico de entrada, permanncia, sada e afastamento de estrangeiros do
territrio nacional e Lei da Nacionalidade.
Este consenso verifica-se no apenas quanto necessidade de adequada integrao
dos imigrantes mas tambm quanto imprescindvel promoo da legalidade
migratria, erradicao de redes de imigrao ilegal e fiscalizao e punio de
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empregadores coniventes com estas redes. Este controlo e conscincia so tanto mais
importantes quanto sabido que o pas atravessa uma crise econmica ao mesmo
tempo que as fronteiras externas da Unio Europeia so objecto de uma presso
migratria sem precedentes, revelando situaes de grande carncia humanitria.
S esta prtica integrada e o consenso poltico existente permitem que o pas continue
a honrar a sua tradio humanista garantindo, simultaneamente, o respeito pela
dignidade da pessoa humana, pela legalidade e Estado de direito.
2 - Principais desafios
2.1. Dfice demogrfico
Portugal enfrenta um problema de dfice demogrfico que hoje uma emergncia
social, econmica e poltica nacional.
As tendncias demogrficas recentes em Portugal so caraterizadas pelos aumento
continuado da esperana de vida, reduo da mortalidade infantil, aumento da
emigrao, saldos migratrios negativos, declnio acentuado e persistente da
fecundidade e o consequente envelhecimento da populao. , pois, neste contexto
que se vem agravando nos ltimos anos o dfice demogrfico.
Apesar de se verificar uma tendncia de decrscimo populacional residente em
Portugal, o ltimo recenseamento da populao realizado pelo Instituto Nacional de
Estatstica, I.P., (Censos 2011) reafirmou o contributo positivo da populao
estrangeira para a demografia portuguesa. Nos ltimos 10 anos, a populao cresceu
2% (206.061 indivduos), sobretudo como consequncia do saldo migratrio (que
explica 91% desse crescimento). Os estrangeiros tm sido responsveis no s pelo
aumento de efetivos em idade ativa, mas tambm por uma percentagem significativa
dos nascimentos em Portugal.
Tal como demonstrado por inmeros investigadores nacionais, sem a entrada de
novos imigrantes e sem a manuteno de um saldo migratrio positivo, as
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possibilidades de Portugal inverter a tendncia de decrscimo de efetivos em idade
ativa so diminutas, correndo-se o risco de se agravar cada vez mais o problema
demogrfico associado ao envelhecimento da populao.
Estas tendncias que ameaam o futuro coletivo do pas implicam duas linhas de
interveno: uma agenda para a natalidade, tambm uma prioridade do Governo, e
outra para as migraes, em desenvolvimento e objeto do presente plano com
impacto no curto e mdio prazo.
Um saldo migratrio positivo permite compensar este efeito a curto e mdio prazo. ,
alis, essa a poltica de muitos Estados europeus, para quem o fenmeno do
envelhecimento da populao se tornou realidade mais cedo do que entre ns. S com
uma estratgia articulada ser possvel responder a este desafio.
2.2 Integrao e capacitao
Os portugueses sentem os benefcios da imigrao, no s no plano econmico, mas
tambm na expanso da diversidade, qualificaes, ambiente de tolerncia, abertura
ao mundo e maior cosmopolitismo. O novo contexto exigiu da sociedade portuguesa o
desenvolvimento de uma poltica de acolhimento e integrao de imigrantes mais
consistente. A implementao de medidas de reconhecimento e valorizao da
diversidade cultural e religiosa, tendo em vista o enriquecimento da sociedade no seu
todo e a capitalizao da criatividade e da inovao, assim como a preveno de focos
de tenso baseados no desconhecimento e no preconceito mtuo. O grande
investimento feito nas ltimas duas dcadas em Portugal teve resultados bastante
meritrios, internacionalmente reconhecidos como boa prtica.
Nas vrias dimenses da integrao, Portugal apresenta resultados positivos, em
termos de baixos ndices de discriminao, polticas de reagrupamento familiar, acesso
a educao, mobilidade no mercado laboral ou passagem de visto a autorizao de
residncia temporria e posteriormente a permanente, que so reconhecidos
internacionalmente.
No entanto, os bons resultados no impedem que o pas assuma novos desafios no
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domnio da integrao, que obrigam a solues ambiciosas. Os novos perfis
migratrios que tm vindo a procurar o pas implicam novas polticas de integrao,
no descurando o que hoje feito para a imigrao j instalada.
Nas duas ltimas dcadas, as polticas de imigrao privilegiaram os projetos
migratrios de permanncia, dirigindo uma parte substancial do esforo legislativo
para a insero e integrao de imigrantes, na perspetiva de uma estada longa com
uma insero laboral estvel. A integrao foi essencialmente laboral, tentando-se por
essa via uma melhor insero na sociedade portuguesa. Alis, a integrao laboral foi
condio para um conjunto de regularizaes extraordinrias e hoje central
enquanto condio de entrada e permanncia regular.
As polticas pblicas tm privilegiado a integrao dos imigrantes pouco qualificados
que se encontram j em territrio nacional, passando agora tambm a apostar num
esforo de captao e integrao dos imigrantes altamente qualificados e de procura
de solues para os seus problemas. Atualmente, Portugal tem uma imigrao muito
polarizada, com entrada de imigrantes altamente qualificados e imigrantes de baixas
qualificaes, importando desenhar polticas de integrao para ambos.
Para tal, necessrio promover uma maior correspondncia entre as qualificaes dos
imigrantes e a utilizao destas qualificaes pelo mercado de trabalho nacional, de
modo a prevenir o recrutamento de indivduos qualificados para o exerccio de
profisses em que essas qualificaes no so aproveitadas.
Devemos desenvolver novas polticas de integrao que promovam a abertura da
sociedade, o melhor aproveitamento das competncias dos imigrantes e a capacitao
dos seus descendentes. Devemos ainda alargar polticas de integrao a perfis
migratrios que delas estavam excludas, como os estudantes.
2.3 Novos portugueses
As polticas de integrao visam uma melhor insero na sociedade portuguesa dos
imigrantes e seus descendentes, incluindo desta forma todos aqueles que obtiveram a
nacionalidade portuguesa, seja por nascimento, seja por naturalizao.
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Este universo de novos cidados no dispensa polticas ativas de integrao, mesmo
sendo escassa a informao estatstica a seu respeito, dado que esta apenas
recolhida segundo a nacionalidade do indivduo.
De acordo com os dados dos ltimos Censos 2011, residiam em Portugal 871 813
portugueses nascidos no estrangeiro, o que representa mais do dobro dos estrangeiros
residentes em Portugal (394 496). Atravs da mesma fonte, conclui-se ainda que 92
700 cidados de nacionalidade portuguesa tm pelo menos um progenitor de
nacionalidade estrangeira. Estes dados, ainda que por aproximao, permitem ter em
conta a efetiva importncia dos descendentes de imigrantes na sociedade portuguesa
bem como o ritmo e eficcia do processo de naturalizao de imigrantes nos ltimos
anos.
A naturalizao , de resto, apresentada no relatrio International Migration Outlook
2014 da Organizao para a Cooperao e Desenvolvimento Econmico (OCDE) como
uma das justificaes para a diminuio do nmero de imigrantes em Portugal.
Entre 2007 e 2013, o nmero de cidados a quem foi concedida a nacionalidade
portuguesa atingiu os 268 831, quando entre 2001 e 2006 esse nmero se situava
apenas nos 14 865. Com a atual poltica de aquisio de nacionalidade, todos os
residentes estabelecidos e que planeiam permanecer no pas recebem apoio total para
se tornarem cidados e participar na vida pblica, podendo ter dupla nacionalidade.
Esses benefcios conduziram a que Portugal tivesse atribudo a cidadania portuguesa a
muitos descendentes de imigrantes. Torna-se, assim, imprescindvel executar medidas
e aes concretas que promovam a integrao pessoal, social, profissional e cvica
destes cidados, a fim de garantir o seu acesso a uma cidadania plena. A participao
cvica e poltica uma rea especialmente visada no presente plano, para uma
efetivao dos direitos legais consagrados.
A este nvel tambm fundamental dar continuidade ao trabalho desenvolvido na
promoo da incluso de crianas e jovens provenientes de contextos
socioeconmicos vulnerveis, tendo em vista a promoo da igualdade e o reforo da
coeso social.
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No plano da educao, Portugal teve uma evoluo positiva da integrao dos alunos
de origem imigrante de acordo com os resultados do Programme for International
Student Assessment, OCDE, 2013, que avalia os sistemas de ensino dos vrios pases da
OCDE. Este relatrio indica que Portugal um dos exemplos de evoluo positiva entre
os 34 pases analisados pela OCDE. Em 2012, 7% dos alunos avaliados eram imigrantes
ou descendentes de imigrantes, quando em 2009 representavam 5% do total de
alunos avaliados. Ainda assim, torna-se necessria uma poltica dirigida aos novos
portugueses que promova a sua escolaridade, qualificao e acesso ao mercado de
trabalho e a sua condio de cidados e participantes plenos na sociedade portuguesa.
Tratando-se de um universo crescente e com um peso populacional relevante, um
plano estratgico orientado para as migraes no pode deixar de refletir esta
realidade, bem como as polticas pblicas especficas destinadas sua mais efetiva
gesto.
Neste sentido, o Governo deve refora as medidas de promoo da integrao e
incluso cvica dos novos portugueses, nomeadamente dos descendentes de
imigrantes e de todos aqueles que entretanto acederam nacionalidade portuguesa,
atravs de aes nos domnios da educao, formao profissional, transio para o
mercado de trabalho, participao cvica e poltica, incluso digital,
empreendedorismo e capacitao.
2.4. Tirar partido da mobilidade internacional e da atratividade do pas
At hoje, a imigrao tem sido considerada de um ponto de vista essencialmente
passivo. Portugal recebia os imigrantes que procuravam o nosso pas para viver e
trabalhar, tudo fazendo para os acolher e integrar condignamente. Essa tarefa tem
sido largamente atingida.
Porm, o investimento nas polticas migratrias tambm um instrumento de
modernizao e competitividade, num mundo de competio pelo talento, que exige
organizao e pro-atividade. O capital humano hoje considerado o principal
catalisador da mudana e crescimento econmico.
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O pas precisa de uma poltica migratria moderna, que se concentre na manuteno
de um saldo migratrio positivo, pela gesto integrada dos fluxos de emigrao e
imigrao. Este saldo s pode manter-se se forem desenvolvidas polticas de captao
de migrantes, em particular daqueles que podem suprir as nossas carncias ou
contribuir com os seus talentos e competncias para o desenvolvimento do pas,
atravs da promoo da coeso regional. O pas pode aproveitar este espao de
mobilidade migratria para captar talento e empreendedores qualificados, sendo os
portugueses no estrangeiro a primeira reserva de talento que podemos captar.
Nesse sentido, tais polticas devem criar condies para incentivar e apoiar o regresso
dos portugueses emigrantes. Procura-se, assim, criar condies para a reteno e
potenciao do capital humano nacional.
Polticas de incentivos assertivas e o desenvolvimento de projetos que promovam a
reteno, o regresso e a integrao ao nvel regional, podem ajudar a alcanar este
objetivo. As migraes permitem a construo e o desenvolvimento de novos
mercados, com produtos diferenciados e que geram novos pblicos. Os migrantes
trazem consigo conhecimentos e competncias, em que se incluem no s o
conhecimento de uma cultura diferente, mas tambm caratersticas pessoais, como a
propenso para o risco e para o investimento. Portugal pode beneficiar destes novos
negcios, geradores de riqueza e que fomentem emprego nacional.
Em muitos casos, os imigrantes apresentam taxas de auto-empregabilidade cada vez
mais elevadas. Os imigrantes contribuem positivamente para a economia nacional, no
s em termos fiscais, mas tambm em criao lquida de emprego, bens e servios.
Segundo dados dos Censos 2011, entre 1981 e 2011, a importncia relativa de
empregadores estrangeiros no total de empregadores do pas passou de 1,4% para
5,2%. Este crescimento ainda mais relevante se se considerar que de 1981 a 2011 a
taxa de variao de empregadores estrangeiros foi seis vezes superior registada para
os portugueses.
Outros pases avanaram j com enquadramentos legais para captar novas migraes
econmicas, que pode passar pelo incentivo criao de pequenas e mdias
empresas.
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Neste contexto, o Governo tem vindo a aprovar medidas nos diferentes setores que
reforam a atratividade e internacionalizao da economia nacional, com as quais o
presente plano se encontra em total consonncia.
2.5. Melhor articulao entre imigrao e emigrao e o apoio ao regresso e
reintegrao dos emigrantes portugueses
As polticas migratrias modernas, num contexto de maior mobilidade, mas tambm
de ampliao dos instrumentos de ao, no podem ignorar a gesto integrada do
binmio imigrao/emigrao.
Hoje, mais do que nunca, os governos dos pases dos dois lados do movimento
migratrio origem e acolhimento reconhecem a importncia deste envolvimento
estratgico dos emigrantes e procuram novas formas de cooperao. Os pases de
origem procuram atrair o talento e os recursos da dispora, enquanto os pases de
destino procuram optimizar a eficcia das polticas de integrao. Os dois lados tm
um objetivo comum: fortalecer o papel das populaes migrantes no desenvolvimento
do seu pas.
A prossecuo de uma estratgia de captao de fluxos migratrios no pode deixar
de considerar em primeira linha os portugueses na dispora ou os luso-descendentes,
considerando as suas qualificaes, conhecimento e experincias. Dispondo Portugal
de uma vasta e muito qualificada dispora, hoje enriquecida por novos perfis
migratrios de jovens que tm procurado outros destinos, estar a a primeira fonte de
migrantes que nos interessa enquanto nao captar.
De igual modo, o caminho reconhecido de Portugal no domnio da integrao de
imigrantes deve ser acompanhado por outro caminho no aprofundamento do apoio
reintegrao de emigrantes portugueses regressados. Torna-se, assim, fundamental
identificar e mapear a nova dispora portuguesa, as suas competncias e
necessidades, criando, em seguida, condies para a manuteno de uma relao
estvel, com informao dedicada e constante.
Nesse sentido, torna-se tambm fundamental empreender estratgias focadas de
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apoio ao regresso dos emigrantes portugueses, bem como o desenvolvimento de vias
criativas e inovadoras de ligao entre o pas e os seus novos emigrantes.
Desde logo, o pas deve incentivar e apoiar o regresso e a integrao de emigrantes
portugueses que desejem voltar, trazendo consigo a valorizao que obtiveram com a
sua experincia no estrangeiro. Alm disso, o pas deve estimular a aproximao e o
estreitamento de laos mais profundos uma nova emigrao portuguesa, mais
dispersa e menos organizada nas tradicionais comunidades portuguesas.
Polticas com estes objetivos incentivar o retorno de emigrantes e incentivar a
religao dispora tm sido aplicadas noutros pases com amplo sucesso. Na
verdade, so os migrantes oriundos do prprio Estado os primeiros e mais sensveis a
reagir a polticas ativas de captao, retorno e aproximao.
Esta poltica permite atingir, pelo menos, quatro importantes objetivos:
1. Equilibrar o saldo migratrio, atravs da reentrada de pessoas que haviam sado;
2. Facilitar o processo de reintegrao, pois ainda que eventualmente necessria,
certamente mais fcil a integrao de um cidado portugus que a de algum
que no possui com Portugal quaisquer laos;
3. Enriquecer o pas atravs da captao de emigrantes cuja valorizao acadmica
e profissional no estrangeiro constitua uma mais-valia para os prprios e para o
pas;
4. Criar incentivos e condies para o regresso de cidados emigrados,
aproveitando a mobilidade de forma positiva, para defender, por essa via, que a
emigrao de nacionais ocorra por livre vontade e no por necessidade, sendo
que semelhante estratgia tem que dedicar a sua ateno ao fortalecimento da
relao entre as instituies governamentais, as comunidades portuguesas e
stakeholders para trabalharem em conjunto.
3 - Eixos prioritrios
As exigncias do momento presente, nos planos demogrfico, econmico e social,
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impem uma estratgia transversal articulada tendo por base polticas criativas que
permitam maximizar os recursos disponveis.
Depois dos I e do II Plano para a Integrao dos Imigrantes aprovados, respetivamente,
pela Resoluo do Conselho de Ministros n. 63-A/2007, de 3 de Maio e pela
Resoluo do Conselho de Ministros n. 74/2010, de 12 de Agosto, os atuais desafios
impem o desenvolvimento de um plano estratgico na rea das migraes assente
em cinco eixos polticos prioritrios:
i) Eixo I Polticas de integrao de imigrantes
Os objetivos deste eixo visam a consolidao do trabalho de integrao,
capacitao e combate discriminao dos imigrantes e grupos tnicos na
sociedade portuguesa, tendo em vista uma melhor mobilizao do seu talento
e competncias, a valorizao da diversidade cultural, o reforo da mobilidade
social, da descentralizao das polticas de integrao e uma melhor articulao
com a poltica de emprego e o acesso a uma cidadania comum.
ii) Eixo II Polticas de promoo da incluso dos novos portugueses
Os objetivos deste eixo tm em vista o reforo de medidas de promoo da
integrao e incluso dos novos portugueses, nomeadamente dos
descendentes de imigrantes e de todos aqueles que entretanto acederam
nacionalidade portuguesa, atravs de aes nos domnios da educao,
formao profissional, transio para o mercado de trabalho, participao
cvica e poltica, incluso digital, empreendedorismo e capacitao.
iii) Eixo III Polticas de coordenao dos fluxos migratrios
Os objetivos deste eixo dirigem-se valorizao e promoo internacional de
Portugal enquanto destino de migraes, atravs de aes nacionais e
internacionais de identificao, captao e fixao de migrantes, contribuindo
para uma gesto mais adequada e inteligente dos fluxos migratrios e para o
reforo da atrao e circulao de talento e capital humano.
iv) Eixo IV - Polticas de reforo da legalidade migratria e da qualidade dos
servios migratrios.
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Os objetivos deste eixo prendem- se com o reforo da capacidade de
interveno transversal na execuo da poltica migratria, atravs do
aprofundamento da rede de parcerias com entidades pblicas e privadas, do
enquadramento e acompanhamento dos potenciais migrantes, do recurso a
ferramentas eletrnicas, da flexibilizao dos procedimentos de entrada e da
afirmao de uma cultura reforada de qualidade e de boas prticas na
prestao dos servios migratrios.
v) Eixo V Polticas de incentivo, acompanhamento e apoio ao regresso dos
cidados nacionais emigrantes
Os objetivos deste eixo visam aes e programas, sob coordenao com o
Ministrio dos Negcios Estrangeiros, que promovam, acompanhem e
apoiem o regresso de cidados nacionais emigrados no estrangeiro ou o
reforo dos seus laos de vnculo a Portugal, contribuindo por essa via para a
reverso do movimento emigratrio de cidados portugueses para o
estrangeiro.
4 - Avaliao e monitorizao do Plano Estratgico para as Migraes (2015-2020)
Para uma rigorosa avaliao e acompanhamento da implementao do presente
plano, ser elaborado, um relatrio anual de execuo pelo Alto Comissariado para as
Migraes, I.P. (ACM, I.P.), com base no reporte das atividade realizadas pela Rede de
Pontos Focais de Acompanhamento do PEM. Neste reporte recomenda-se que os
indicadores disponibilizados pela Rede de Pontos Focais sejam desagregados por sexo,
sempre que possvel. A Rede de Pontos Focais no remunerada.
O relatrio anual apresentado ao Conselho para as Migraes.
No ano de 2017, deve ser realizada uma avaliao intercalar das medidas, que se
encontram na parte II do anexo I ao presente plano. Deste modo, o mecanismo de
monitorizao e avaliao previsto reflete a capacidade do presente plano de se
adaptar e ajustar a novos desafios e oportunidades que se venham a verificar ao longo
do seu perodo de implementao, de forma a potenciar as aes e objetivos
-
18
definidos.
-
19
Parte II
Medidas
EIXO I - Polticas de integrao de imigrantes
N. Medida Ao Indicador SMART Interveniente Calendarizao
1
Definio de estratgias locais que garantam uma ao concertada das diversas
entidades envolvidas na rea das migraes, visando a promoo e captao,
bem como a integrao dos migrantes.
Criar planos locais para as migraes enquanto ferramenta de desenvolvimento de polticas locais na
rea do acolhimento e integrao de imigrantes.
50 planos municipais em implementao.
MADR/ACM, I.P.; MAI/SEF; municpios.
2015-2020
2 Implementao de ferramenta de apoio s
polticas locais na rea das migraes.
Implementar o ndice dos Municpios Amigos dos Imigrantes e da Diversidade (IMAD), enquanto
ferramenta de concretizao e monitorizao na rea das migraes, em articulao com o Portal da
Transparncia.
60 municpios envolvidos no IMAD.
MADR/ACM, I.P.; municpios. 2015-2020
3 Desenvolvimento de iniciativas de
preveno e combate ao racismo e discriminao racial.
Dinamizar aes de formao e sensibilizao contra a discriminao racial, designadamente atravs de
meios eletrnicos.
Cinco aes de sensibilizao anuais.
MADR/ACM, I.P.; MPAP/IPDJ 2015-2020
Promover eventos, culturais e ou desportivos, em parceria com entidades pblicas e privadas,
destinados a consciencializar a populao em geral contra a discriminao racial.
5 000 pessoas abrangidas por ano.
-
20
4
Reviso do quadro legislativo atual referente s contraordenaes pela prtica
de atos discriminatrios em funo da nacionalidade ou origem tnica.
Prevenir e melhorar a instruo dos processos contraordenacionais por discriminao racial.
Elaborao e aprovao da proposta de alterao
legislativa at final de 2015. MADR/ACM, I.P. 2015
Alterar as competncias e composio da Comisso para a Igualdade e Contra a Discriminao Racial
(CICDR), de modo a assegurar uma melhor representatividade e um funcionamento mais eficaz.
5 Restruturao da pgina eletrnica da
CICDR.
Rever a atual presena online da CICDR, reformulando a pgina eletrnica e tornando-o autnomo face ao
pgina eletrnica do ACM, I.P.
Lanamento da pgina eletrnica da CICDR at
final de 2015. MADR/ACM, I.P. 2015
6 Melhoria dos dados oficiais sobre a
integrao dos migrantes.
Criar novos indicadores e melhorar os j existentes nas fontes oficiais das vrias tutelas que
acompanham, de forma direta ou indireta, o nvel de integrao dos migrantes.
Elaborao de um relatrio analtico anual, com
disponibilizao online de dados promovido pelo
Observatrios das Migraes do ACM e
aprofundar as Estatsticas dos Movimentos
Migratrios pelo Instituto Nacional de Estatstica
(INE).
MADR/ ACM e INE e todas as entidades com dados
estatsticos relevantes sobre os fluxos migratrios.
2015-2020
Desenvolver o sistema de informao estatstica do Portal de Estatstica - SEFSTAT e disponibilizar
informao em ambiente web e mobile.
Disponibilizao do sistema e da informao.
MAI/SEF. 2015-2016
7 Promoo do associativismo junto das
comunidades imigrantes.
Promover o associativismo junto das comunidades, atravs da divulgao de material informativo e
formativo, bem como atravs da realizao de aes de informao/sensibilizao.
4 aes por ano.
MADR/ACM, I.P.
2015-2020
Alterar a legislao, promovendo uma maior consolidao do movimento associativo imigrante e
apoiando as suas estruturas, clarificando as regras de acesso e financiamento do regime.
Elaborao e aprovao da proposta de alterao
legislativa. 2015
-
21
8
Promoo do envolvimento comunitrio dos jovens migrantes, atravs do
associativismo jovem, reforando a coeso identitria e a afirmao intercultural.
Estimular o associativismo jovem e a educao no-formal, enquanto instrumentos de coeso social, integrao, afirmao identitria e atividade de
expresso e permuta cultural.
So apoiadas 10 associaes Registo
Nacional de Associativismo Juvenil (RNAJ) com 10
projetos apoiados, por ano, dos seus planos de
atividades, inseridos ou contribuintes no contexto
definido na medida.
PCM/IPDJ, I.P. 2015 - 2020
9 Promoo da participao das mulheres
imigrantes no movimento associativo
Mobilizao das mulheres imigrantes para a participao no movimento associativo pelos
mediadores interculturais.
Promover campanhas de informao e de
sensibilizao; Produzir / atualizar folhetos
informativos
PCM/ CIG; MADR/ACM 2015-2020
Informao s mulheres imigrantes sobre os seus direitos e deveres especficos enquanto mulheres.
10 Capacitao das associaes de imigrantes.
Criar um processo de formao destinado s associaes representativas de imigrantes, tendo em vista a sua gradual autonomizao, dotando-as das
ferramentas necessrias para uma melhor capacidade de apresentao e execuo de projetos nos
diferentes domnios, nomeadamente pedaggico, financeiro, gesto de fundos comunitrios, bem como
na rea da inovao e empreendedorismo social.
Formao tcnica; n. de aes de formao.
MADR/ACM, I.P. 2015-2020
11 Criao de um plano de formao nacional para os tcnicos que desenvolvem trabalho
na integrao dos imigrantes.
Desenvolver formao aos tcnicos da rede de Centros Locais de Apoio Integrao de Imigrantes
(CLAII) e a outros tcnicos de servios locais, nomeadamente de sade e da rede escolar.
Trs aes: norte, centro e sul.
MADR/ACM, I.P.; MSESS/ACT; municpios.
2015-2020
12
Promoo de iniciativas com vista sensibilizao da opinio pblica para a importncia da diversidade cultural e da
interculturalidade.
Disponibilizar ferramentas online que permitam a formao e certificao na rea da gesto da
diversidade, nomeadamente atravs da criao de mdulos de formao e de um teste que certifique
competncias na rea da gesto da diversidade.
Lanamento de sistema online de formao e
certificao.
MADR/ACM, I.P.
2015-2020
Reforar a formao para a interculturalidade na qualificao de profissionais de diversas reas, tais
como o ensino, sade, emprego, entre outras.
2 000 formandos em 30 aes de formao por ano.
2015-2020
-
22
Promover eventos que valorizem a diversidade cultural e religiosa, nomeadamente atravs de
parcerias estratgicas. 20 eventos.
13 Promoo do exerccio da cidadania ativa
pelos membros das comunidades migrantes.
Promover informao regular e abundante e realizar eventos sobre os direitos e deveres cvicos e polticos dos imigrantes, nomeadamente atravs do incentivo
ao recenseamento.
20 eventos. MADR/ACM, I.P.; MAI/SGAI;
ANMP; ANAFRE. 2015-2020
14 Sensibilizar para o papel dos media no tema
das migraes, diversidade cultural, religiosa e discriminao racial.
Promover concursos de comunicao, bem como peas de comunicao e cursos de formao para
jornalistas que divulguem a tolerncia pela diversidade cultural e religiosa .
Realizar um concurso anualmente; n. aes de
formao. MADR/ACM, I.P. 2015-2020
15 Sensibilizar a opinio pblica para a
temtica das migraes.
Dinamizar um programa televisivo. Criao de um programa de televiso sobre migraes.
MADR/ACM, I.P.; MAI/SEF. 2015-2020
Produzir contedos na rea da gesto da diversidade para divulgao em meios audiovisuais e multimdia.
Emisso de 30 peas em mdia por ano.
MADR/ACM, I.P. 2015-2020
16 Reestruturar o projeto de colocao de
mediadores interculturais.
Rever os projetos de mediao do ACM, I.P., reforando esta dimenso com a criao de um
programa integrado de maior alcance.
50 mediadores em exerccio.
MADR/ACM, I.P. 2015
Consolidar e dinamizar uma Rede de Ensino Superior em Mediao Intercultural com o objetivo de criar
sinergias ao nvel da investigao, formao e consultoria no mbito da mediao intercultural e da
gesto da diversidade
10 entidades do ensino superior/
2 encontros presenciais anuais
MADR/ ACM; e outros 2015-2020
17 Capacitao dos imigrantes
empreendedores.
Promover o envolvimento dos imigrantes nos programas de incentivo criao do prprio emprego, atravs da sua capacitao e melhor aproveitamento
das linhas de financiamento existentes.
200 formandos por ano; 20 negcios criados por ano.
MADR/ACM, I.P., PCM/ CIG; outros.
2015-2020
18 Dinamizao do Programa Mentores para
Imigrantes.
Promover experincias de troca de entreajuda e apoio entre cidados portugueses e imigrantes para
conhecimento mtuo, resoluo de dificuldades e desafios.
100 participantes em mdia envolvidos por ano em
aes de mentoria (mentores e mentorados).
MADR/ACM, I.P. 2015-2020
-
23
19
Divulgao de informao de apoio aos operadores econmicos de origem
estrangeira com estabelecimentos em territrio nacional.
Promover sesses pblicas de esclarecimento relativas s regras de segurana alimentar aplicveis a estabelecimentos de restaurao especializados em
gastronomia estrangeira.
Uma sesso de esclarecimento anual.
ME/ASAE. 2015-2020
20
Preveno e combate explorao da utilizao e contratao de estrangeiros em
situao irregular para o exerccio de atividade laboral.
Criar rede de interlocutores nacionais e regionais de combate explorao de mo-de-obra ilegal
imigrante.
N. de aes de sensibilizao entre as
entidades da rede e associaes empresariais e
de imigrantes.
MAI/SEF; MF/AT; MSESS/ACT-ISS, I.P.; MADR/ACM, I.P.
2015-2020
Intensificar o combate utilizao de mo-de-obra ilegal atravs do reforo da atividade inspetiva junto
das entidades empregadoras.
N. de operaes de fiscalizao efetuadas por
ano. MSESS/ACT; MAI/SEF.
21 Promoo de informao sobre direitos e
deveres dos trabalhadores imigrantes.
Dinamizar aes de sensibilizao/informao com as redes locais de integrao dos imigrantes, nas reas
das relaes laborais, segurana e sade no trabalho. Duas aes por ano.
MADR/ACM, I.P.; MSESS/ACT; municpios; outros.
2015-2020 Aes de sensibilizao e informao promovidas pelo ACM, I.P., em articulao com a Comisso para a
Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE) e com a Comisso para a Cidadania e Igualdade de Gnero (CIG), relativas igualdade e no discriminao de gnero, nomeadamente na rea da parentalidade,
igualdade salarial, conciliao entre trabalho e famlia e assdio moral e sexual.
10 aes de sensibilizao e informao por ano.
MADR/ACM, I.P.; MSESS/CITE; PCM/CIG.
22
Promoo de informao sobre direitos e deveres dos empregadores estrangeiros,
nas reas das relaes laborais e segurana e sade no trabalho.
Dinamizar aes de sensibilizao/informao com associaes de empregadores.
Duas aes por ano. MADR/ACM, I.P.; MSESS/ACT;
outros. 2015-2020
-
24
23 Promoo da melhoria das condies do
trabalho.
Realizar aes inspetivas nos locais de trabalho, promovendo a cidadania e a igualdade de gnero
atravs da integrao dos imigrantes, do combate utilizao ilegal de mo-de-obra (nomeadamente o
trabalho no declarado), da discriminao racial e do trfico de seres humanos.
Sinalizao e reporte ACT de situaes de
incumprimento da legislao; 300 visitas a
locais de trabalho por ano.
MSESS/ACT; PCM/ CIG todas as entidades envolvidas.
2015-2020
24 Desenvolvimento de instrumentos para melhorar a integrao dos imigrantes no
mercado de trabalho agrcola.
Elaborar guia da legislao, normas e procedimentos aplicveis aos trabalhadores imigrantes no setor
agrcola.
Elaborao do guia; n. de consultas do guia; n. de
downloads
MAM/DGADR; MSESS/IEFP, I.P.
2015-2016
Construir um roteiro das atividades sazonais agrcolas por regio, a disponibilizar na pgina eletrnica da
Direo Geral de Agricultura e Desenvolvimento Regional (DGADR).
Construo do roteiro; n. de consultas.
MAM/DGADR/DRAP. 2015
25
Identificao das intervenes potencialmente mais adequadas para
promover a integrao da populao no mercado de trabalho.
Monitorizar e analisar, de forma integrada, o fluxo de inscries nos servios de emprego e a integrao em
medidas ativas de emprego e no mercado de trabalho.
Relatrio anual. MSESS/IEFP, I.P., outros. 2016-2020
26
Clarificao da aplicao do quadro normativo relativo ao acesso de imigrantes,
em situao documental irregular, ao Servio Nacional de Sade (SNS).
Elaborar despacho ministerial que clarifique a situao.
Publicao de despacho ministerial.
MS/DGS-ACSS, I.P.; MADR/ACM, I.P.
2015 - 2017
27 Implementao e monitorizao do Manual
de Acolhimento no Sistema de Sade de Cidados Estrangeiros.
Assegurar a implementao do Manual de Acolhimento no Sistema de Sade de Cidados
Estrangeiros junto dos servios e dos imigrantes.
Implementao do Manual de Acolhimento no Sistema
de Sade de Cidados Estrangeiros.
MS/DGS-ACSS, I.P.; MADR/ACM, I.P.; PCM/CIG.
2015-2020
28 Incremento da monitorizao da sade em
populaes vulnerveis, nomeadamente imigrantes.
Elaborar um estudo transversal. Apresentao de estudo em
2015. MS/DGS. 2015-2020
29 Criao de informao acessvel sobre o
sistema de sade.
Criar brochuras de informao e disponibilizar informao na pgina eletrnica da Direo Geral de Sade (DGS) e Portal da Sade, em vrios idiomas,
sobre o sistema de sade e em matria de direitos de cidadania e sade nos diferentes pases.
Publicao da informao. MS/DGS; MADR/ACM, I.P. 2015-2020
-
25
Divulgar, atravs da rede consular portuguesa, informao sobre os direitos dos migrantes aos servios de sade locais e ao sistema nacional
portugus, atravs de brochuras de informao disponibilizadas na pgina eletrnica da DGS e Portal
da Sade, em vrios idiomas.
Publicao da informao. MS/DGS; MNE/DGACCP;
MADR/ACM, I.P. 2015-2020
30 Celebrao de protocolos para a mediao
intercultural no mbito do acesso dos imigrantes ao SNS.
Celebrar protocolos com Organizaes No Governamentais(ONG), Instituies Particulares de
Responsabilidade Social (IPSS), municpios, ACM, I.P.
N. de mediadores colocados.
MS/DGS; MADR/ACM, I.P. 2015-2020
31 Promoo de formao a profissionais de
sade acerca das necessidades dos migrantes na rea da sade.
Realizar aes de formao especficas. N. de aes de formao. MS/DGS-ARS; PCM/ CIG. 2015-2020
32 Melhoria do conhecimento nacional e
europeu na rea da sade dos migrantes. Promover investigao no domnio da sade dos
migrantes. N. de estudos qualitativos
e quantitativos. MS/DGS. 2015-2020
33 Promoo da integrao de imigrantes na
rea da habitao. Aes de melhoria das condies de alojamento dos
imigrantes.
Nmero de famlias de minorias tnicas e de
imigrantes realojadas em habitao social/ano
.
MAOTE/IHRU, I.P.; municpios.
2015-2020
34 Melhoria da eficcia da tramitao e
informao dos processos para obteno da nacionalidade.
Reduzir o tempo de tramitao interna dos processos para a obteno da nacionalidade e disponibilizar apoio informativo, no s sobre as condies de
acesso nacionalidade, mas tambm ao nvel dos processos pendentes.
Assegurar em seis meses o tempo de tramitao
interna dos processos para aquisio da nacionalidade, e assegurar anualmente o
atendimento de 40 000 chamadas para apoio e
informao sobre o estado dos processos de
nacionalidade pendentes.
MJ/CRC. 2015-2020
35
Definio de estratgias que garantam uma ao concertada das diversas entidades
com vista a informar e sensibilizar os consumidores imigrantes e os novos portugueses, nomeadamente para as
questes do sobreendividamento.
Desenvolver aes/sesses de informao e esclarecimento sobre os direitos dos imigrantes
enquanto consumidores. N. de aes/sesses realizadas.
MADR/ACM, I.P.; ME/DGC; MF/BdP; municpios.
2015-2020 Desenvolver aes/sesses de sensibilizao relativas
ao endividamento e os mecanismos de proteo existentes.
-
26
36
Incentivar e facilitar o acesso e o exerccio de atividades econmicas em Portugal aos
migrantes, no mbito das polticas de responsabilidade social das empresas
Realizao de questionrio para aferir as necessidades/dificuldades dos migrantes quanto ao acesso e ao exerccio de atividades econmicas em
Portugal.
1 questionrio para aferio de
necessidades/dificuldades ME/DGAE 2016
Desenvolvimento de brochuras de apoio aos migrantes para o acesso e exerccio de atividades
econmicas em Portugal enquanto ferramenta facilitadora de empreendedorismo
1 brochura informativa ME/ DGAE 2016-2020
37 Reforo do ensino da lngua portuguesa.
Reviso do Programa Portugus para Falantes de Outras Lnguas, atravs da alterao dos nmeros mnimos e mximos de formandos exigidos por lei
para a constituio dos grupos de formao.
Reviso da Portaria n. 216-B/2012, de 18 de julho.
MESS/IEFP, I.P.-ANQEP, I.P.; MEC/SEE-SEBS.
2016
Promover o ensino da lngua portuguesa aos migrantes, crianas e adultos com o envolvimento das
escolas, do IEFP, I.P., associaes, ONG e empresas.
5 800 formandos mdia por ano e 2 500 formandos
certificados
MADR/ACM, I.P.; MEC/DGES; MSESSS/IEFP, I.P.
2015
38
Consolidao dos programas de aprendizagem do portugus como lngua
no materna, bem como de mecanismos de realizao de prova de conhecimento de
lngua portuguesa para efeitos de aquisio de nacionalidade.
Disponibilizar informao atualizada sobre o funcionamento do Portugus Lngua No Materna
(PLNM) no sistema educativo.
Divulgao de informao atualizada sobre o
funcionamento do PLNM nos ensinos bsico e
secundrio, nos canais de comunicao institucionais
da DGE, da DGEstE e do ACM, I.P., entre outros,
sempre que se justifique.
MADR/ACM, I.P.; MEC/DGE-DGEstE.
2015-2020
Elaborar proposta de um normativo regulamentador do funcionamento do PLNM no sistema educativo, tendo em vista a promoo do acesso equitativo ao
currculo e, consequentemente, do sucesso educativo.
Elaborao de um normativo regulamentador
do PLNM no sistema educativo.
MEC/DGE. 2015
Divulgar estudos de avaliao de impacto das medidas de poltica educativa definidas para o PLNM.
Publicao, na pgina eletrnica da DGE, do
Estudo - Portugus Lngua No Materna no Sistema Educativo: Avaliao de
Impacto e Medidas
MEC/DGE. 2015
-
27
Prospetivas.
Conceber uma formao, acreditada pelo Conselho Cientfico-Pedaggico da Formao Contnua (CCPFC), dirigida aos professores titulares de turma do 1. ciclo
do ensino bsico, e de uma formao dirigida aos professores de PLNM e de Portugus dos 2. e 3. ciclos do ensino bsico e do ensino secundrio, no mbito da especificidade do ensino do Portugus como lngua no materna, tendo em vista a sua
cedncia aos Centros de Formao de Associao de Escolas (CFAE).
Divulgao das formaes a 100% dos CFAE.
MEC/DGE-CFAE. 2015-2017
39 Alterao das normas de aquisio do nvel de proficincia lingustica para dispensa de
realizao do teste de nacionalidade.
Rever a Portaria n. 1262/2009, de 15 de outubro, em articulao com o Despacho n. 13567/2010, de 24 de
agosto.
Alterao legislativa at ao incio de 2016.
MSESS/IEFP, I.P.; MEC/DGE. 2015-2016
40
Consolidao do mecanismo de realizao da prova de conhecimento da lngua
portuguesa para efeitos de aquisio da nacionalidade.
Assegurar a realizao da prova de conhecimento da lngua portuguesa para efeitos de aquisio da
nacionalidade.
Realizao da prova de lngua portuguesa com
periodicidade quadrimestral, em territrio nacional ou no estrangeiro em locais acreditados pelo
Cames - Instituto da Cooperao e da Lngua, I.P.
MEC/IAVE, I.P.; MAI/SEF; MJ/IRN, I.P.; MSESS.
2015-2020
41 Promoo da rea da Educao Intercultural
nas escolas.
Apoiar a integrao da Educao Intercultural no currculo e na prtica pedaggica das escolas.
Conceo de um Referencial de Educao
Intercultural, enquanto rea da Educao para a
Cidadania.
MEC/DGE; MADR/ACM, I.P.; Fundao Aga Khan.
2016
Conceber e acreditar, por parte do CCPFC, uma oficina de formao na rea da Educao Intercultural,
destinada a docentes da educao pr-escolar e dos ensinos bsico e secundrio.
Divulgao da oficina de formao a 100% dos CFAE.
MEC/DGE-CFAE. 2017-2020
-
28
Realizar aes de informao/sensibilizao sobre a temtica da Educao Intercultural.
N. de aes de informao/sensibilizao
desenvolvidas e um seminrio na Internet
(webinar) por ano.
MADR/ACM, I.P.; MEC/DGE. 2016-2020
Reconhecer e divulgar boas prticas das escolas na rea da Educao Intercultural, atravs da atribuio
do Selo de Escola Intercultural.
N. de Selos de Escola Intercultural atribudos, por cada nvel de certificao.
MEC/DGE; MADR/ACM, I.P.; Fundao Aga Khan.
2015-2020
Divulgar na pgina eletrnica da DGE recursos pedaggicos e de projetos interculturais.
N. de recursos divulgados; n. de projetos divulgados.
MEC/DGE. 2015-2020
42 Medidas de promoo e conhecimento sobre o reconhecimento acadmico e
profissional.
Realizar aes de sensibilizao dirigidas s instituies de ensino superior.
Realizao de duas aes de sensibilizao por parte da
DGES, junto das instituies de ensino superior, no prazo de vigncia do
presente plano, com o objetivo de esclarecer e
promover os instrumentos em vigor em matria de
reconhecimento acadmicos de qualificaes
estrangeiras.
MEC/DGES. 2015-2020
Sensibilizar os Centros Nacionais de Apoio ao Imigrante (CNAI)/CLAII em articulao com o Gabinete
de Apoio ao Reconhecimento de Qualificaes do CNAI para as prticas do reconhecimento acadmico e
reconhecimento profissional.
Realizao de duas aes de sensibilizao por parte da
DGES, junto dos CNAI/CLAII, no prazo de vigncia do presente plano, com o
objetivo de esclarecer e atualizar os centros tendo em conta a sua atividade
neste mbito.
MEC/DGES; MSESS/DGERT-IEFP, I.P.
2015-2020
-
29
Compilar testemunhos e experincias de imigrantes que, atravs do reconhecimento das suas
qualificaes, puderam realizar-se pessoal e profissionalmente.
Criao de uma brochura. MEC/DGES. 2015-2020
Adequar e atualizar a legislao sobre o reconhecimento de diplomas obtidos atravs de
cursos de ensino superior de curta durao, conferidos por instituies de ensino superior
estrangeiras.
Reviso da atual legislao, de forma a adequar a
mesma aos novos cursos de ensino superior de curta durao, possibilitando o
reconhecimento dos diplomas de igual natureza atribudos pelas instituies
de ensino superior estrangeiras, durante o perodo de vigncia do
presente plano.
MEC. 2015-2020
43 Medidas educativas e promotoras do
sucesso educativo e da reduo do abandono escolar.
Medidas e intervenes promovidas por escolas, especificamente orientadas para a promoo da qualidade do ensino e da aprendizagem, do sucesso escolar, para a preveno do abandono, a reduo da indisciplina e do absentismo escolares , nomeadamente atravs: I. da constituio de grupos temporrios de homogeneidade relativa como por exemplo, fazendo recurso s metodologias que resultaram do Programa Mais Sucesso Escolar; II. do aprofundamento do Programa Territrios Educativos de Interveno Prioritria (TEIP), nos termos regulados pelo Despacho Normativo n 20/2012, de 3 de Outubro; III. do desenvolvimento de Programas Integrados de Educao e Formao criado pelo Despacho Conjunto n. 882/99, de 28 de setembro na sua redao atual; IV. de outras iniciativas a concorrentes para os objetivos da poltica educativa e da Agenda ET2020.
Reduzir em 25% o valor da taxa de abandono escolar
precoce face ao valor verificado em 2013/14.
Reduzir em 25% o valor da taxa de reteno escolar
face ao valor verificado em 2013/14
MEC/DGE. 2015-2020
44 Integrao de estudantes internacionais. Organizar workshop com universidades sobre
captao e integrao de estudantes internacionais. Realizao de workshop. MADR/ACM, I.P. 2015
-
30
45
Reforo da cooperao estabelecida entre o Servio de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e
a Direo-Geral de Reinsero e Servios Prisionais (DGRSP).
Atualizar o Protocolo de Cooperao assinado em 2009 entre o SEF e a ex-Direo-Geral dos Servios
Prisionais.
Protocolo atualizado; n. de reclusos estrangeiros com
situao documental regularizada.
MAI/SEF; MJ/DGRSP. 2015
46 Reforo da cooperao entre a DGRSP e as entidades consulares dos pases de origem
no apoio aos reclusos estrangeiros.
Definir metodologia de trabalho com entidades consulares.
N. de entidades envolvidas; n. de visitas
consulares aos estabelecimentos
prisionais.
MJ/DGRSP; MNE. 2015-2020
47 Promoo da incluso social dos cidados
estrangeiros que se encontram sob a tutela da DGRSP.
Realizar aes de formao, e de outra natureza, orientadas para cidados estrangeiros.
N. de aes realizadas, por tipo de ao; n. de
cidados abrangidos. MJ/DGRSP; MEC; PCM/ CIG. 2015 - 2020
48 Divulgao da cinematografia internacional
e promoo do acesso por pblico estrangeiro.
Desenvolver nas atividades dirias da programao regular da Cinemateca Portuguesa, que inclui
cinematografia de outros pases, ciclos organizados em colaborao com embaixadas e outras entidades
de representao estrangeira.
Organizao de cinco atividades anuais, em
colaborao com entidades representativas de outros
pases.
SEC; outros. 2015-2020
Aumentar substancialmente o nmero de espetculos apresentados com legendagem em Ingls.
Incremento de 20% do n. de espetculos legendados
em ingls. SEC/TNSJ. 2015-2020
Realizar aes de promoo especficas para captao de pblico estrangeiro.
Incremento at 20% de pblico estrangeiro
registado.
49
Promoo da cultura junto da populao imigrante, em especial para a populao
residente em ambientes economicamente vulnerveis.
Realizar anualmente um concurso nacional, enquanto ferramenta de sensibilizao para a temtica do Direito de Autor, junto da populao imigrante
residente em bairros desfavorecidos.
Seis edies do concurso.
SEC/IGAC; outros. 2015-2020
Valorizar talentos desconhecidos, provenientes de bairros desfavorecidos.
Divulgao de 60 autores imigrantes desconhecidos.
-
31
50
Implementao do Protocolo celebrado entre Portugal e Cabo Verde, para a
integrao de imigrantes da comunidade cabo-verdiana em Portugal.
Desenvolver uma campanha nacional para regularizao de crianas indocumentadas de origem
cabo-verdiana a residir em Portugal.
Implementao da campanha em 2015.
MADR/ACM, I.P. 2015-2016 Criar programas especiais que permitam o regresso de
idosos cabo-verdianos em situao vulnervel ou, quando possvel, a melhoria da sua integrao em
Portugal.
3 aes previstas no Protocolo.
Dinamizar grupos de trabalho sobre integrao de imigrantes criados entre os pases de origem e
Portugal.
1 seminrio promovido pela
Subcomisso para as Migraes do Instituto
Cames
MNE/ Instituto Cames 2015-2020
EIXO II - Polticas de promoo da incluso dos novos portugueses
N. Medida Ao Indicador SMART Interveniente Calendarizao
51 Combate excluso social, escolar e
profissional dos descendentes de imigrantes.
Consolidao do Programa Escolhas na procura de respostas integradas a situaes de excluso social, escolar e profissional das
crianas e jovens mais vulnerveis, promovendo uma integrao mais efetiva.
Taxa de sucesso escolar anual superior a 70%.
MADR/ACM, I.P. 2015-2020 2 000 (re)integraes escolares, em
formao profissional e emprego por ano.
52 Participao de jovens em atividades
desportivas.
Consolidar programas de incluso social, nomeadamente atravs da organizao de
eventos desportivos pela celebrao de protocolos com entidades do setor.
1 evento desportivo; 5 protocolos celebrados.
MADR/ACM, I.P.; MPAP /IPDJ
2015-2020
-
32
53 Incluso digital.
Dinamizar espaos vocacionados para o acesso a atividades ocupacionais e de
desenvolvimento de competncias, cursos de iniciao s Tecnologias de Informao e
Comunicao (TIC), num mnimo de oito horas por semana) e atividades de apoio ao
sucesso escolar e empregabilidade.
30 000 certificados no domnio das TIC; 50 000 de participantes.
MADR/ACM, I.P. 2015-2020
54 Bolsas de estudo para jovens
universitrios.
Atribuir bolsas de estudo a jovens universitrios, residentes em territrios
vulnerveis, procurando evitar o abandono neste ciclo de estudos.
50 bolsas por ano. MADR/ACM, I.P. 2015-2020
55 Promoo da atribuio de nacionalidade
portuguesa.
Criar mecanismos de valorizao da atribuio da nacionalidade portuguesa,
promovendo os valores da cidadania.
Criar momentos cerimoniais, incluindo envio de carta no momento de obteno da
nacionalidade.
MADR/ACM, I.P.; MJ/IRN, I.P.; municpios.
2015-2020
Criar uma campanha de valorizao da atribuio da nacionalidade
portuguesa, promovendo os valores da cidadania.
MADR/ACM, I.P;.
Criao de grupo de trabalho com a adeso de 15 jovens novos
portugueses por ano. MADR/ACM, I.P.
56 Apoio criao de solues de
empreendedorismo econmico e social pelos descendentes de imigrantes.
Promover concurso anual de ideias para jovens.
30 projetos anualmente concretizados.
MADR/ACM, I.P., MPAP/ IPDJ, outros.
2015-2020
57 Capacitao dos descendentes de
imigrantes para a participao cvica e poltica.
Criar um programa anual de capacitao, de forma a dar a conhecer os rgos de
soberania portugueses, bem como dos pases de origem, reforando a participao
poltica e social.
Realizao de um curso por ano, com o envolvimento de 20
formandos por ano.
MADR/ACM, I.P., outros.
2015-2020
-
33
Criar programa de formao de jovens lderes de origem cabo-verdiana, no mbito do Protocolo assinado entre Portugal e Cabo
Verde.
1 programa de formao. MADR/ACM, I.P. 2015-2016
58 Apoio transio dos descendentes para
o mercado de trabalho.
Implementar medidas de fomento da responsabilidade social das empresas, no
sentido de acolher em estgio e ou emprego jovens descendentes qualificados.
50 experincias anuais com efetiva colocao em posto de trabalho.
MADR/ACM, I.P., e outros.
2015-2020
59
Consolidao do Programa SEF em Movimento e seus subprogramas e
alargamento do programa s questes de reinsero social e proteo de menores
em risco.
Facilitar o relacionamento com os grupos vulnerveis de cidados, propiciando um
atendimento e acompanhamento individualizado, salvaguardando os direitos fundamentais e oportunidades de incluso
na sociedade.
Dois protocolos; 10 parcerias locais; seis relatrios de avaliao.
MAI/SEF, MJ/DGRSP; ME; CNPCJR; Comisso Nacional de Proteco das Crianas e Jovens
em Risco (CPCJ); municpios. 2015-2020
Divulgar programas SEF em Movimento e SEF vai Escola.
Desenvolvimento de stio eletrnico para o SEF em Movimento; n. de
participantes nas aes de sensibilizao/formao.
MAI/SEF; MJ-DGRSP; CNPCJR; CPCJ; MEC.
EIXO III - Poltica de coordenao dos fluxos migratrios
N. Medida Ao Indicador SMART Interveniente Calendarizao
60 Criao dos vistos talento. Rever regime de vistos para potenciar a atribuio de
vistos talento.
Enquadramento que estabelea as regras e procedimentos para a atribuio dos
vistos talento.
MAI/MADR; MNE/ME.
At ao final de 2015
-
34
61 Promoo da atrao e
mobilidade no ensino superior.
Ampliar a Plataforma ISU Interface SEF -Universidades a todos os estabelecimentos de ensino
superior pblico, de forma a garantir a qualidade e celeridade na tramitao dos procedimentos
tendentes concesso de ttulo de residncia a estudantes internacionais de modo a agilizar o
procedimento de inscrio dos estudantes internacionais nos estabelecimentos de ensino.
Taxa de cobertura: n. de estabelecimentos de ensino superior
integrados na Plataforma ISU - Interface SEF/n. de estabelecimentos de ensino
superior.
MAI/SEF; CRUP; estabelecimentos
de ensino superior.
2018
Criar uma plataforma comum de comunicao entre os diversos organismos e instituies envolvidos
neste processo.
Lanamento da plataforma de comunicao online, atravs de um
grupo de trabalho, para a agilizao dos procedimentos de concesso de vistos a
estudantes, num prazo de trs anos.
MAI; MNE; MEC/DGES; CRUP;
Conselho Coordenador dos
Institutos Superiores
Politcnicos (CCISP);
Associao Portuguesa de
Ensino Superior Privado (APESP).
2015-2017
Preparar guia para acolhimento e integrao do estudante/professor/investigador internacional, nomeadamente tornando clara e acessvel toda a
informao necessria para ingresso no ensino superior em Portugal, prosseguimento de estudos ou
para fins de reconhecimento acadmicos e profissionais.
Publicao do guia.
MADR/ACM, I.P.; MEC/DGES; CRUP; estabelecimentos
de ensino superior.
2015
62 Promoo da imagem de
Portugal no exterior.
Criar um plano de comunicao para a atrao de migrantes (imagem, suportes, contedos, etc.)
atravs da informao e sensibilizao sobre direitos e deveres, procedimento de obteno de autorizao de residncia/reagrupamento familiar, condies de vida, emprego, investimento, acesso a cuidados de sade, regimes de segurana social, entre outros
aspetos no sentido de facilitar a futura integrao na sociedade portuguesa.
Concretizao de dois roadshows anuais; disseminao anual de produtos de
contedos.
MAI/SEF; MNE; MADR/ACM, I.P.; VPM/AICEP, E.P.E.
2015-2018
-
35
63
Caraterizao e identificao das principais necessidades,
reas de interesse e especificidades de cada pas de
origem.
Apoiar o desenvolvimento de polticas e medidas que permitam o cruzamento entre as necessidades dos
pases de origem, potenciando a negociao de acordos para promoo do desenvolvimento socioeconmico e da capacidade diplomtica.
Elaborao de cinco estudos relativos a cada pas de origem e concepo de
suporte grfico. MAI/SEF;
MNE/DGACCP. 2015-2020
Colocar oficiais de ligao de imigrao junto das embaixadas dos pases de origem relevantes.
N. de pases com oficiais de ligao e imigrao colocados por ano.
64 Continuidade da VIS - Sistema
de Informao de Vistos.
Garantir os nveis esperados de performance do sistema, mediante a modernizao tecnolgica dos
centros emissores de vistos.
Nvel de performance verificado/nvel de performance previsto.
MNE/DGACCP; MAI/SEF.
2015-2020
Agilizar o procedimento de validao da informao sobre vistos do VIS e os sistemas de controlo de entrada e permanncia em territrio nacional;
Desenvolver a interoperabilidade entre o VIS e o Sistema Integrado de Informao do SEF (SIISEF
)/Sistema Nacional de Vistos(SNV) e o SIISEF/Passagem Automtica e Segura de Sadas e
Entradas (PASSE)
Execuo de projetos de interveno tecnolgica.
65
Agilizao dos processos de recepo, tramitao e
emisso dos vistos de longa durao.
Criar sistema de credenciao prvia de sponsors atravs da certificao de entidades recrutadoras
mediante avaliao da idoneidade e legitimidade pelo SEF. Elaborao e aprovao da proposta de
alterao legislativa at 2015.
MAI/SEF; MADR/ACM, I.P.;
MNE/DGACCP. 2015
Criar possibilidade de formulao de requerimentos para a emisso de vistos em territrio nacional junto
do SEF.
66
Portugal Vistos online - reformulao da plataforma de
recepo e de deciso de pedidos de vistos em linha,
com possibilidade de ligao com a plataforma da nova
pgina eletrnica do ACM, I.P.
Possibilitar a formulao dos pedidos em qualquer lugar do mundo, dimensionar como plataforma de trabalho para os intervenientes na tramitao do
pedido e na sua instruo e emisso de vistos, simplificar a apresentao de comprovativos.
Data de entrada em funcionamento da nova plataforma.
MNE/DGACCP; MAI/SEF.
2015/2016
67
Sistema eletrnico de pr-registo de viagem: Potenciar a
mobilidade de nacionais de pases terceiros que viagem
Criar um sistema comum automatizado para circulao de cidados, designadamente oriundos da
Comunidade dos Pases de Lngua Portuguesa, atravs do sistema de pr-registo de viagem.
Data de entrada em funcionamento da nova plataforma.
MNE/DGACCP; MAI/SEF.
2015-2020
-
36
frequentemente para Portugal. Celebrar acordos com estados terceiros relevantes,
tendentes agilizao e facilitao dos procedimentos de emisso de vistos.
N. de acordos de agilizao celebrados. MAI/SEF.
68 Qualificao-Vistos.
Qualificar e formar os intervenientes nos procedimentos de concesso de vistos, incidindo especialmente no domnio do Cdigo de Vistos,
documentao de identificao e viagem, conhecimento tecnolgico dos operadores nos locais
e de suporte.
N. de formandos; n. de aes de formao [ver com MNE].
MNE/DGACCP; MAI/SEF.
2015-2020
69
Promoo das melhores prticas identificadas no
mbito do Centro Comum de Vistos na Praia - Cabo Verde.
Alargar a rede de cooperao local a outros intervenientes.
N. de aes de sensibilizao, divulgao e promoo da atividade
desenvolvida.
MNE/DGACCP; MAI/SEF.
2015-2020
70
Qualificao e formao dos intervenientes nos
procedimentos do mbito do controlo de fronteiras, direitos
fundamentais e fraude documental, em acordo com o Quadro Comum de Formao
da Agncia Europeia de Gesto das Fronteiras Externas
(FRONTEX).
Dotar todos os elementos do SEF intervenientes com conhecimentos para melhorar a prestao do servio ao cidado e promover a salvaguarda da segurana
interna.
90% do efetivo CIF/ SEF com n. aes de formao Carreira de Investigao e
Fiscalizao do SEF (CIF). MAI/SEF. 2015-2020
71
Promover o conhecimento para melhor atuao segundo o modelo de gesto integrada de fronteiras (IBM - Integrated Border Management Model), centralizando a informao
tcnica e operacional.
Dinamizar o Centro de Situao de Fronteiras (CSF), nomeadamente pela recolha, tratamento e anlise de informao sobre fronteiras, permanncia e regresso, assim como a elaborao de documentos tendentes ao direcionamento da atividade operacional para as
principais tendncias e riscos.
N. de terminais de acesso ao European Border Surveillance System (EUROSUR)
disponibilizados no CSF; n. de produtos que auxiliem a tomada de deciso relativamente ao risco migratrio.
MAI/SEF. 2015 - 2020
72 Participao de elementos nas
operaes promovidas pela Agncia Europeia FRONTEX.
Prevenir, detetar, e combater a entrada ilegal de cidados estrangeiros, em particular no que refere ao
auxlio imigrao ilegal e ao trfico de seres humanos.
80% taxa de participao nas operaes: operaes com participao
portuguesa/operaes previstas.
MAI/SEF; PCM/CIG.
2015-2020
-
37
73
Agilizar os procedimentos de controlo de fronteiras e
reforar a troca de informao no contexto da gesto
integrada de fronteiras, atravs da gesto tecnolgica
das fronteiras..
Atualizar o Sistema RAPID s fronteiras martimas relevantes e ampliar a capacidade na utilizao da
fronteira eletrnica e reduzir o tempo de passagem na fronteira.
Quatro postos de fronteiras martimas com o Sistema RAPID instalado; quatro
postos de fronteira com o Carto do Cidado (CC) instalado.
MAI/SEF. 2015-2020
Desenvolver a interoperabilidade entre os vrios sistemas de controlo de fronteira externa e de vistos existentes e a desenvolver (PASSE-Entry/Exit System (EES), RAPID- Automated Border Control (ABC), Visa
Information System (VIS), Advance Passenger Information System (APIS), Schengen Information
System II (SIS II), International Criminal Police Organization (Interpol), European Police Office
(Europol), Registered Traveller Programme (RTP), considerando as especificaes da Unio Europeia.
80% de execuo. MAI/SEF. 2016-2020
74 Preparao de um plano de
contingncia perante afluxos massivos de imigrantes.
Capacitar Portugal com um plano de contingncia que permita a disponibilizao de meios e resposta
humanitria perante afluxos massivos de imigrantes. Publicao de um Plano em 2015.
MAI/SEF; MADR/ACM, I.P.;
MDN; MSESS; outras entidades.
2015-2020
75
Agilizao e optimizao dos procedimentos de concesso e
reagrupamento familiar, nomeadamente para
Autorizao de Residncia para Atividade de Investimento
(ARI) e respetivas renovaes, professores e investigadores
estrangeiros, etc.
Promover a eficcia, agilizao, celeridade e segurana dos procedimentos de autorizao de residncia; promover a interoperabilidade com
diferentes sistemas de informao.
Reduo do tempo mdio de deciso. MAI/SEF; MNE. 2015
76 Desenvolvimento e otimizao
do SIISEF.
Garantir a manuteno e eficincia do SIISEF, promovendo a interoperabilidade com outros
sistemas e ferramentas de anlise de informao.
Elaborao de relatrio anual sobre as necessidades evolutivas, evidenciando os
nveis de performance (nvel de performance verificado/nvel de
performance previsto). MAI/SEF. 2015-2020
Implementao de medidas evolutivas/corretivas evidenciadas nos
relatrios anuais.
-
38
Elaborao de relatrio de avaliao do SISEF.
Agilizar o modelo de troca de informao sobre cidados estrangeiros no mbito da colaborao
interinstitucional.
Desenvolvimento e implementao do novo modelo de troca de informao.
MAI/SEF-FSS.
77
VISAMOBILE - Desenvolvimento de
instrumentos de emisso, verificao e validao de
vistos nos postos de atendimento e de fronteira do SEF e centros de cooperao
policial e aduaneiros (controlos mveis) no mbito da
cooperao policial direta, adotando um equipamento mvel capaz de proceder
verificao e emisso de vistos e ttulos de residncia..
Permitir a verificao documental, datiloscpica e de segurana em tempo real, bem como a recolha de
elementos tendentes concesso e emisso de ttulos de residncia e vistos.
Incio de testes com um prottipo. MAI/SEF; INCM,
S.A. 2017-2020
78
Promoo do conhecimento sobre a dimenso do regresso
(pr-regresso e regresso coercivo, voluntrio e
assistido).
Realizar estudo sobre o retorno voluntrio em Portugal.
Realizao de estudo bienal.
MAI/SEF; outras entidades.
2018
Promover aes de sensibilizao relativas s alternativas deteno no contexto do regresso,
destinadas a operadores policiais e judiciais; promover aes de sensibilizao sobre a dimenso
regresso para atores relevantes (tcnicos sociais, comunicao social, juristas, etc.).
Seis aes por ano. 2015-2020
79
Melhoria da qualidade e capacidade de instalao de nacionais de pases terceiros
em situao irregular em momento prvio ao regresso,
Operacionalizar os centros de instalao temporria e espaos equiparados.
Abertura de um novo centro. MAI/SEF; outras
entidades. 2016-2018
-
39
salvaguardando os direitos fundamentais e garantindo a prestao de assistncia em
diversos domnios (social, sade, jurdico, lingustico). Desenvolver aplicao informacional de
workflow para a vertente de regresso e gesto dos CIT e EECIT.
2016
80
Monitorizao das aes de afastamento, incluindo o regresso, procedendo
certificao do procedimento de identificao, deteno e afastamento de nacionais de
pases terceiros.
Desenvolver mecanismos de normalizao e certificao de procedimentos, incluindo a promoo
de aes de controlo interno e a verificao de conformidade das prticas
Duas aes de controlo interno executadas.
MAI/SEF. 2016
Implementar o sistema de monitorizao de regresso e avaliao das prticas de retorno.
Operacionalizao do sistema de monitorizao at 2016.
MAI/IGAI-SEF. 2016
81
Promoo de mecanismos de retorno voluntrio e da reintegrao no pas de
origem, garantindo o acesso prioritrio das vtimas de
Trfico de Seres HumanosTSH.
Fomentar a utilizao da figura de regresso voluntrio e o apoio ao imigrante enquanto instrumentos
essenciais na gesto das migraes, nomeadamente atravs do Programa VolREG (retorno voluntrio e
reintegrao).
Rcio regresso voluntrio/regresso forado.
MAI/SEF; PCM/ /CIG; outras entidades.
2015-2020
N. de vtimas apoiadas.
Implementar aes de pr-embarque e afastamento de nacionais de pases terceiros/regresso voluntrio,
assistido ou coercivo, nomeadamente atravs do Programa de Regresso ao Pas de Origem.
N. de aes de pr-embarque a afastamento.
MAI/SEF; outras entidades.
2015-2020
82 Operacionalizao dos acordos
de readmisso.
Desenvolver a capacidade dos pases no mbito da readmisso e reintegrao dos nacionais regressados e promover a gesto dos fluxos migratrios, atravs
do Programa de Acordos de Readmisso.
10 pontos de contato at 2020 com relatrio de avaliao anual.
MAI/SEF; outras entidades.
2015-2020
-
40
EIXO IV - Polticas de reforo da legalidade migratria e da qualidade dos servios migratrios.
N. Medida Ao Indicador SMART Interveniente Calendarizao
83
Promoo de um melhor nvel de atendimento
(agendamento, notificao e prestao de informao sobre
os procedimentos administrativos individuais).
Operacionalizar o Centro de Contato SEF e respetiva evoluo da plataforma tecnolgica, recorrendo a
mediadores culturais.
Tempo mdio de espera de chamada; data de implementao da informao
automatizada para renovao de TR (notificao automtica) at 2015.
MAI/SEF; associaes de
imigrantes. 2015-2020
84
Agilizao do relacionamento entre o cidado e o SEF,
permitindo complementar o servio prestado pelo Centro
de Contato SEF.
Redimensionar o Balco nico SEF, transformando-o num portal dinmico e relacional (Administrao
Pblica e utente) e potenciando assim as boas prticas de e-government.
Operacionalizao do Portal do SEF como Balco nico.
MAI/SEF. 2016-2018
85
Facilitao da comunicao dos nacionais de pases terceiros e agilizao da
concluso dos procedimentos administrativos.
Alargar o Programa Mediadores Culturais generalidade das atribuies do SEF.
N. de unidades orgnicas com servios de atendimento ao pblico com
mediadores culturais.
MAI/SEF; associaes de
imigrantes. 2015-2020
86
Agilizao dos procedimentos administrativos que implicam a
validao da situao de regularidade documental em territrio nacional, atravs do Programa IS-AP/Interface SEF-
Administrao Pblica.
Alargar a outras instituies da Administrao Pblica com interao com migrantes para validao da
situao documental (por exemplo, emisso de cartas de conduo, cuidados de sade, educao e
formao, emprego, segurana social, desporto).
10 protocolos implementados. MAI/SEF; outras
entidades. 2015-2020
87
Modernizao dos procedimentos em matria de
migraes, potenciando a eficcia e celeridade dos mesmos e promovendo a
criao de informao com maior qualidade e passvel de
maior partilha.
Automatizar os procedimentos de emisso de ttulos de residncia, garantindo a evoluo e manuteno do Sistema Integrado de Gesto Automatizada de Processos (SIGAP), de modo a garantir uma maior
qualidade, celeridade e segurana na promoo das medidas de imigrao e integrao prosseguidas.
Desenvolvimento e implementao de interface de interoperabilidade entre o
sistema de gesto documental do SEF e o SIGAP.
MAI/SEF. 2015-2020 Elaborao de relatrio anual sobre as necessidades evolutivas, evidenciando os
nveis de performance (nvel de performance verificado/nvel de
performance previsto).
-
41
Implementao de medidas evolutivas/corretivas evidenciadas nos
relatrios anuais.
Elaborao de relatrio de avaliao do SIGAP.
88 Promoo da legalidade na
gesto dos fluxos migratrios.
Rever enquadramento aplicvel aos intermedirios de servios migratrios atravs da criao de quadro
legal ou regulamentar. Publicao de enquadramento legal. MADR. 2015
89
Criao de novo portal com potencialidades ao nvel da
gesto dos servios migratrios, de forma
desmaterializada Simplex Migrante.
Atualizar e adaptar o portal do ACM, I.P., s suas novas atribuies promovendo a imagem
internacional de Portugal enquanto destino de migraes; a prestao de servios migratrios online
e iniciativas com vista sensibilizao da opinio pblica para a importncia da diversidade cultural.
Lanamento do novo portal. MADR/ACM, I.P.; MAI/SEF; MNE;
VPM/AICEP, E.P.E. 2015
90 Reequacionamento dos
servios de apoio s migraes.
Avaliar os CNAI e os CLAII, em termos de capacidade de resposta dos gabinetes e servios que o integram,
nomeadamente face s novas atribuies do ACM, I.P.
Estudo de avaliao at ao 1. trimestre de 2015.
MADR/ACM, I.P.;
2015-2020
MAI / SEF Promoo de uma nova abordagem ao
relacionamento com os determinados grupos de cidados migrantes nos Gabinetes de Atendimento
Especializados.
Seis Gabinetes de Atendimento Especializados at 2020.
91
Elaborao de estudos em reas chave para as polticas
de migraes com vista a contribuir para a definio e
avaliao das polticas migratrias.
Promover a investigao dos fenmenos migratrios, integrao de imigrantes, valorizao da diversidade.
Publicao anual de cinco estudos.
MADR/ACM, I.P. 2015
Lanamento do Observatrio das Migraes (OM). Entrada em vigor do Regulamento do
OM.
-
42
EIXO V - Polticas de incentivo, acompanhamento e apoio ao regresso dos cidados nacionais emigrantes
N. Medida Ao Indicador SMART Interveniente Calendarizao
92 Preveno, deteco e combate contratao irregular
e explorao laboral do emigrante.
Criar uma rede de interlocutores locais, pblicos e privados, que
apoiem a rede consular, incluindo o associativismo.
N. de intervenes para correo de situaes; n. de aes de sensibilizao para
a respetiva preveno.
MNE; rede consular; outras entidades.
2015-2020
93 Implementao de medidas de apoio ao cidado
emigrante.
Reforar as ferramentas da rede consular, incluindo permanncias e antenas consulares e expanso da
rede CC e SIRIC.
N. de atos consulares; n. de permanncias e antenas; n. de postos dotados de CC
e SIRIC.
MNE; rede consular; outras entidades.
2015-2020
94
Estmulo e consolidao dos vnculos de pertena a Portugal, promovendo e divulgando a lngua e cultura portuguesa e o movimento associativo em benefcio
das comunidades portuguesas.
Atribuir apoios a iniciativas e projetos do movimento associativo
que para tal contribuam.
N. de iniciativas e eventos patrocinados.
MNE; ICA, I.P.; rede consular; outras
entidades. 2015-2020
95 Incentivo integrao e participao cvica e poltica
do emigrante nas sociedades e comunidades de acolhimento.
Apoiar a escolaridade; fomentar a participao poltica e cvica.
Taxa de sucesso escolar; identificao e dilogo com
luso-eleitos. MNE; rede consular. 2015-2020
96 Dinamizao das relaes econmicas e empresariais
do emigrante com Portugal; atraco do emigrante empreendedor.
Promover iniciativas de incentivo e atraco de relaes comerciais e do
investimento das comunidades portuguesas com e em Portugal.
N. de aes de promoo. MNE; VPM/AICEP, E.P.E.;
rede consular; outras entidades.
2015-2020
-
43
97
Promoo de polticas de apoio ao regresso dos cidados nacionais, atravs da divulgao de
informao relacionada com as questes inerentes ao regresso e reinsero em todas as suas vertentes:
social, jurdica, econmica, investimento, emprego, educao, fiscal, administrativa, etc.
Constituir e acompanhar os Gabinetes de Apoio ao Emigrante
(GAE), nas cmaras municipais; dinamizar um Portal especfico.
N. de GAE